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TINTAS E VERNIZES

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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE TEÓFILO OTONI - MG
ENGENHARIA CIVIL
LORRAYNE JUSTO
LUANA MARQUES 
MAIARA ALVES
MÁRCIO MURBACK
WÁLISSON LIESNER
TINTAS E VERNIZES
TEÓFILO OTONI
 2017
LORRAYNE JUSTO
LUANA MARQUES 
MAIARA ALVES
MÁRCIO MURBACK
WÁLISSON LIESNER
TINTAS E VERNIZES
Trabalho apresentado à professora Ana Paula Moura, referente à disciplina Materiais de Construção II, do Curso Engenharia Civil, Faculdade Presidente Antônio Carlos.
TEÓFILO OTONI
 2017
INTRODUÇÃO e objetivos
Desde a pré-história o homem já utilizava pigmentos no seu cotidiano, um grande exemplo são as pinturas rupestres, deixadas em cavernas e ao ar livre sobre as rochas, que hoje ainda estão preservadas nos sítios arqueológicos. As pinturas rupestres trazem consigo imagens de animais, símbolos, plantas e pessoas; é difícil dizer ao certo o que elas representam, mas especula-se que dentro dos possíveis significados podem estar representados: rituais, cenas do cotidiano, crenças, o processo de caça e valores.
Ao longo do presente trabalho serão abordadas as tintas de revestimento, utilizadas em larga escala no setor da construção civil e presentes nos processos de produção de diversos setores industriais.
As tintas e vernizes constituem-se de uma composição química solúvel, apresentando-se em forma líquida ou pastosa, com o intuito de cobrir e/ou colorir uma determinada superfície formando um fino filme sobre ela. 
O que basicamente diferencia as tintas dos vernizes é que as elas possuem o espalhamento de pigmentos na solução, cobrindo e colorindo a superfície, enquanto os vernizes não possuem pigmentos, ou seja, formam uma película fina, transparente e com brilho sobre a superfície, ligado diretamente à função de proteção da mesma.
As duas principais funções a que se destinam as tintas e os vernizes são: proteção e embelezamento. Porém existem muitas outras funções, como por exemplo: impermeabilização da superfície, identificação, sinalização e isolante térmico (tinta térmica).
 Como função de proteção eles são formulados para evitar corrosão, maresia, eflorescência, entre outros. Os gastos com recuperação de materiais que sofreram com intempéries é muito maior do que com a prevenção. De maneira alguma podem ser desprezadas as ações causadas por intempéries nos materiais em um projeto, principalmente naqueles que ficam expostos diariamente e diretamente a agentes corrosivos.
Quando exercem a função de embelezamento são destinados a pinturas de interiores e exteriores, fazendo parte do conforto visual para quem utilizará o ambiente. As cores podem despertar emoções ou sensações nas pessoas, por exemplo, cores frias como azul claro, verde claro, cinza etc. podem provocar sensações de calmaria, suavidade, tranquilidade e quietude, já cores quentes como laranja, vermelho, amarelo são cores vibrantes e fortes e trazem sensações alegria e movimento. Essa classificação foi elaborada pelo psicólogo Wilhelm Wundt (1832-1920), que tinha o intuito de descobrir como os blocos de cores influenciavam nas sensações dos seres humanos. As cores também estão associadas à sensação de ampliação ou diminuição de um ambiente, por exemplo, quando uma sala é pintada na cor gelo ou cinza claro tem-se a impressão de que ela é mais ampla, mudando a cor da tinta para um marrom, a impressão que se tem é que a mesma sala reduziu o seu tamanho, isso é devido a como as cores refletem a luz solar e causam essas impressões para o observador.
O objetivo do presente trabalho foi discorrer sobre as funções das tintas e dos vernizes, como são constituídos, os tipos existentes, seu preparo e suas patologias. Apresentando a grande importância dos mesmos a construção civil.
Figura 1 - Demonstrativo de cores. Fonte: GMP INDUSTRIAIS
 
composição das tintas e dos vernizes
As tintas e os vernizes são materiais de revestimento que uma vez aplicados sobre uma determinada superfície, formam uma fina película após o processo de secagem. Podem se apresentar nas seguintes formas: incolores ou coloridos, transparentes ou não, com acabamento fosco (matte) ou brilhante.
Constituintes 
As tintas líquidas são constituídas basicamente por um veículo, pigmentos e aditivos, enquanto os vernizes são constituídos apenas pela resina ou polímero diluídos no solvente. A resina ou o polímero trabalha como veículo não volátil e o solvente como veículo volátil.
•	Pigmentos: possuem dois tipos de partículas sólidas e insolúveis, utilizados para obter vários resultados. Dividem-se entre ativos que possuem o poder de dar cor e cobertura à tinta, e os inertes que proporcionam lixabilidade, dureza, consistência etc. Uma tinta comum é composta por vários pigmentos. Podem ser classificados em três grupos: anticorrosivos, opacificantes coloridos e cargas ou extensores.
•	Veículo fixo ou Veículo não volátil: considerado ligante ou aglomerante das partículas de pigmento, responsável direto pela formação da película de tinta. Respondendo pela maioria das propriedades químicas. Constituído por um ou mais tipos de resina que na maioria das vezes é orgânica. A resistência dependerá de quais tipos de resina forem utilizados na sua composição. Ex.: óleos vegetais (linhaça, soja etc.), resinas alquídicas, resinas acrílicas; resinas epoxídicas e resinas poliuretâmicas. 
•	Solventes: São substâncias utilizadas para auxiliar na fabricação das tintas, solubilização e no controle de viscosidade. Classificam-se entre: solventes verdadeiros (aqueles que dissolvem, ou são miscíveis em qualquer proporção), solventes auxiliares (aqueles que não solubilizam o veículo, ou resina, mas aumentam o poder de solubilização do solvente verdadeiro) e falsos solventes (possuem baixo poder de solvência, usados normalmente para reduzir o custo final das tintas).
•	Aditivos: são compostos adicionados na formulação das tintas com o objetivo de oferecer determinadas características que a composição básica não fornece. Ex.: aditivo plastificante, nivelantes, antifungos, etc.
Principais tipos de tintas
A classificação das tintas depende muito da sua finalidade, por exemplo, se ela será utilizada para impedir que uma estrutura metálica seja corroída pelas intempéries, ou se ela é exclusivamente decorativa para interiores, conforto visual e climático, se ela será aplicada no exterior necessitando de uma resistência maior contra os efeitos climáticos pelos quais será submetida ao passar do tempo, ou se a mesma entrará ou não em contato com água e assim por diante. 
•	TINTAS PVAs - LÁTEX (Cloreto de Polivinila): são indicadas para pintura de paredes internas e externas. Largamente utilizadas na construção civil, pois não apresentam cheiro forte e o seu preparo é mais fácil e rápido, já que elas são diluídas em água e não necessitam de solventes, o que facilita o trabalho dos profissionais envolvidos. Para sua limpeza é recomendado apenas a passagem do pano úmido sobre a área. Geralmente são dividas entre: Econômica, Standard e Premium, ficando a critério orçamentário do cliente. Porém para paredes exteriores e regiões com altas umidades são recomendadas as Standards e as Premium por resistirem melhor às intempéries.
•	TINTAS ACRÍLICAS: são indicadas para paredes internas e principalmente paredes externas. Também é diluída em água, entretanto, apresenta em sua formulação compostos que tem a capacidade de impermeabilizar a superfície que receberá a pintura, tornando possível a lavagem com água e proporcionando uma limpeza mais eficaz do que as tintas PVAs. Ideal para serem utilizadas em exteriores e áreas molhadas. Assim como as PVAs não apresenta cheiro forte. Podem ser encontradas nas formas: fosco e brilhante, e em questão de custos é um pouco mais cara que as tintas PVAs.
•	TINTAS ESMALTES: são indicadas para a pintura de janelas, corrimãos, ferros, bancos, madeiras, portões, entre outros. As tintas esmaltes
são à base de óleo e não são indicadas para paredes, devido a sua consistência mais espessa que pode acarretar no surgimento de bolhas na superfície. Assim como a tinta acrílica pode ser lavada e geralmente é vendida em embalagens menores. Seu acabamento é altamente brilhoso.
preparo das superfícies
MADEIRA
Para evitar sujeiras forre o chão com jornais ou plásticos. Utilize a lixa para madeira número 150 e comece a lixar toda superfície, até que se eliminem as partes soltas de tinta e o brilho da tinta anterior, bem como farpas de madeira.
Deve-se verificar bem a superfície. Caso tenha alguma imperfeição ou rachaduras na madeira, a correção deverá ser feita com massa à óleo, aplicada com uma espátula (rachaduras) ou desempenadeira de aço (superfícies maiores), em camadas finas e sucessivas. 
O tempo para a secagem é de 10 horas. Necessitando a aplicação de outra demão o tempo de espera para secagem será o mesmo. Após a massa à óleo ter secado, devera-se lixar a superfície da madeira, utilizando uma lixa própria para a mesma, o procedimento deverá ser realizado até que a superfície esteja totalmente nivelada, lisa.
Após esse processo, a limpeza de toda a superfície será necessária, utilizando um pano umedecido em aguarrás. O tempo de secagem é de aproximadamente 30 minutos. A superfície está pronta para ser pintada. Para preparar a tinta de acabamento (esmalte ou à óleo), misturando de 15 a 20% de diluente (aguarrás) na tinta. Deve-se misturar bem, com um bastão de madeira ou plástico.
Comece a pintar. Aplique de 1 a 3 demãos com rolo ou pincel. O intervalo entre demãos é de 12 horas. A secagem completa é de 24 horas.
CONCRETO 
Deve ser realizada limpeza da superfície do concreto aparente. A limpeza deverá ser realizada por meio do hidrojateamento de alta pressão e por lixamento grosso por meio de politizes elétricas. Este processo remove todo tipo de impureza da superfície, expondo a superfície original do concreto aparente.
 Se identificado algum tipo de anomalia, como trincas, brocas, processo de corrosão das armaduras ou infiltração deverá ser realizado o tratamento com técnicas adequadas. Caso o restante do processo de tratamento seja executado sem a eliminação destas anomalias os problemas na estrutura de concreto serão sempre recorrentes.
 	Estucamento da superfície da estrutura. Este é feito com uma mistura de cimento branco, cimento comum, aditivo acrílico e água. O objetivo deste processo é preencher todos os poros do concreto e criar uma superfície lisa, para isso é utilizado desempenadeira metálica.
 	Em seguida é feito o polimento da superfície do concreto estucado. Este polimento é realizado com lixadeira manual fina e tem como objetivo eliminar todo tipo de excesso, proporcionando uma superfície fina e regular para a aplicação da pintura.
A pintura da superfície tem como objetivo proteger a estrutura e dar um acabamento final. Existem inúmeras opções de pinturas protetoras no mercado, entre estas opções estão:
•	Pintura com verniz acrílico à base de água;
•	Pintura com verniz acrílico à base de solvente;
•	Pintura com verniz de poliuretano;
•	Pintura com verniz antipichação;
•	Pintura com verniz de silicone líquido;
•	Pintura com produtos hridrofugante
ALVENARIA
Aguarda a cura total da superfície por um período de no mínimo, 28 dias. Observar se não existe umidade na superfície e, caso exista, eliminar a causa e aguarda sua completa secagem. Lixar a superfície com lixa grana 100 para retirar partículas soltas de areia. Limpar o pó o resultante do lixamento. Remover outros eventuais contaminantes. Aplicar uma demão de selador acrílico branco ou fundo preparador. Após a aplicação aguarda a secagem de no mínimo 2 horas. 
Para o acabamento liso, deve-se aplicar massa corrida (interior) ou massa acrílica (exterior e interior), em demão finas tantas quantas se façam necessárias, até o perfeito nivelamento da superfície, aguardando tempo de secagem mínima de 3 horas entre cada demão. Lixar com lixa grana 220 levemente entre demãos, tomando cuidado de limpar bem o pó resultante. O lixamento final deverá ser feito com lixa grana 360 para deixar a massa bem lisa. Aplicar a primeira demão de tinta de acabamento, diluída com 30% a 40% (ou conforme orientação do fabricante na embalagem) de água limpa, para selar e uniformizar a absorção da superfície. Aguardar secagem mínima de 2 horas. Aplicar mais duas demãos do acabamento, diluído com 15% a 25% (ou conforme orientação do fabricante na embalagem), observando um intervalo mínimo de 2 horas entre demãos.
METAIS
Preparação da Superfície – Aço Carbono
Desengorduramento: Tem função da remoção de óleo, graxa ou qualquer outro contaminante que permaneça sobre a superfície, através da limpeza com panos ou trapos embebidos no solvente. Se o uso de solventes não der uma limpeza satisfatória, pode-se usar vapor com detergentes (desengraxantes).
Limpeza com ferramentas manuais: A remoção de carepas soltas de laminação, regiões oxidadas e tintas envelhecidas, podem ser feitas através do emprego de escovas de aço, lixamento, raspagem, entre outras ferramentas manuais.
Limpeza com ferramentas mecânicas: Esse método é menos trabalhoso que a anterior, pois se empregam lixadeiras elétricas, escovas de aço, pistoletes de agulha, entre outras, para a remoção de carepas soltas de laminação, regiões oxidadas e tintas envelhecidas.
Limpeza por jateamento: O jateamento abrasivo é o método mais eficaz para remoção de carepas soltas de laminação, regiões oxidadas e tintas envelhecidas, com o emprego de areia ou granalha, escória de fundição de cobre e óxido de alumínio, aplicadas sob alta pressão.
Preparação da Superfície – Aço Galvanizado
Desengorduramento: Sua função é a remoção de óleo, graxa ou qualquer outro contaminante que permaneça sobre a superfície, através da limpeza com panos ou estopas embebidos no solvente.
Os produtos resultantes da corrosão branca do zinco devem ser removidos com água sob alta pressão ou lixamento manual. Pode-se usar o jato ligeiro (brush-off), lavando a seguir com água, para assegurar a remoção dos sais solúveis de zinco. Após a limpeza e secagem do substrato, aplicar primer de alta aderência (Calacrom ISO), próprios para superfícies não ferrosas.
Preparação da Superfície – Alumínio
Desengorduramento: Tem função da remoção de óleo, graxa ou qualquer outro contaminante que permaneça sobre a superfície, através da limpeza com panos ou trapos embebidos no solvente. Caso o substrato estiver com indícios de corrosão, fazer um ligeiro lixamento com posterior lavagem. Deixar secar e aplicar primer de alta aderência (Calacrom ISO), próprios para superfícies não ferrosas.
métodos de aplicação
Para que um bom trabalho seja desempenhado na hora da pintura, é necessário que o profissional responsável opte pelo equipamento certo, que vai trazer resultados, tenha produtividade e seja projetado para realizar tal função. Faz-se necessário uma limpeza após o uso para conservar o equipamento, ou seja, não é recomendado que o material fosse lavado no outro dia após a aplicação, pois compromete a durabilidade e eficácia do equipamento.
 Os principais métodos que temos para aplicação de tintas e vernizes são as trinchas (ou pincéis) e os rolos.
Equipamentos 
TRINCHAS: A aplicação de tintas e vernizes com trinchas é uma das mais antigas na construção civil. São recomendadas para aplicação de látex, vernizes, resinas e esmaltes, e utilizadas em pequenas áreas, bordas, cantos e zonas de difícil acesso. Após o uso a limpeza deve ser feita com solvente, a fim de que todos os resquícios sejam eliminados para preservação do equipamento, em seguida devem ser secas e devidamente guardadas. Uma das grandes vantagens do uso das trinchas é que na hora da aplicação, pouca tinta é desperdiçada, não chegando sequer a 5% de perda, e facilita muito na hora de dar acabamento em áreas em que o rolo não atinge. Como desvantagem vemos a baixa produtividade do trabalho com esse equipamento, por ser muito pequeno,
o trabalho acaba sendo muito demorado se a superfície em questão for grande, por esse motivo é indicado para pequenas áreas e acabamento.
As trinchas dividem-se em:
Cerdas Pretas: Ideal para esmaltes sintéticos, óleos vernizes e zarcão, usados em alvenaria.
Cerdas Gris: Ideal para tintas látex, PVA (artesanato) e acrílica a base de água, pode também ser usada com tinta à base de solvente.
Cerdas brancas: Ideal para aplicação de verniz e Stain (o Stain pode ser aplicado por cima sem lixar).
Broxas: É um pincel grande indicado para uso de cal e cimenticia, não deve ser usado com trincha e nem com rolo devido a sua viscosidade.
Figura 3 - Pincel CERDAS BRANCAS
Figura 2 - Pincel CERDAS PRETAS
Figura 4 – Pincel BROXAFigura 5 - Pincel CERDAS GRIS
ROLOS: os rolos são amplamente utilizados em pinturas de paredes interiores e exteriores, principalmente em áreas maiores onde o uso da trincha torna-se inviável. Sua grande vantagem em relação aos pinceis é a alta produtividade do serviço, ele atinge em uma única aplicação, uma superfície largamente maior do que as trinchas conseguem atingir, em contrapartida, o desperdício é maior, visto que se pode perder material devido aos respingos na hora da utilização do mesmo, porém isso acaba sendo suprido pelo fato de que os rolos conseguem entregar camadas mais uniformes e agilizam o processo de pinturas.
Devem ser utilizados em áreas planas; onde o rolo não consegue chegar utilizam-se as trinchas. Existem rolos específicos para cada tipo de tinta, os rolos de lã podem ser usados com tintas à base de água, eles retêm mais material evitando respingos, não devem ser utilizados com tintas a base de solventes, pois os mesmos provocam corrosão das fibras. Podem ser utilizados de 4 a 5 vezes, após o uso devem ser lavados imediatamente com água. 
Já os Rolos de Espuma de Poliéster podem ser usados com tintas à base de solventes e sua utilização é de 2 a 3 vezes.
Para que o serviço seja feito e entregue de forma eficaz, é essencial na hora da compra optar pelos produtos específicos e indicados para cada tipo de tinta ou verniz que será utilizado.
Os rolos dividem se em:
Lã de pelo curto: Utilizado na aplicação Látex e Resina Epóxi, antes de ser usado com tinta látex deve ser umedecido com água e o excesso da água deve ser retirado deslizando o rolo na parede.
Lã de carneiro ou sintética: Utilizado em aplicação de tintas a base de água, látex PVA e acrílico. Proporcionam um melhor acabamento.
Espuma Poliéster: Utilizado em aplicação de esmaltes, verniz, tintas a óleo em madeiras, metal etc. Não é recomendado o uso de thinner, pois pode deformar a espuma do rolo.
Espuma Rígida: Indicada para texturas. Muito utilizada para fazer decorações
Figura 6 - Lã de pelo curto
Figura 7 - Lã de carneiro ou sintética
Figura 9 - Espuma rígida
Figura 8 - Espuma de poliéster
patologias
Os defeitos e anomalias em superfícies após a aplicação da pintura além de causar uma má impressão do resultado final do produto, podem também revelar outros problemas na execução da obra. Segundo Iliescu (2007), os fatores que contribuem para o aparecimento de patologias na pintura são:
• Seleção inadequada da tinta em relação à exposição imprópria e condições agressivas;
• Condições meteorológicas inadequadas: temperatura, umidade, ventos fortes;
• Ausência ou má preparação da superfície, causando na pintura a pulverulência, contaminação em graxa, óleos, sujeiras, bolor, materiais soltos e substrato poroso;
• Falta de estabilidade da superfície, quando ainda não foi atingido o tempo de cura;
• Excesso de umidade na superfície;
• Erro na diluição da tinta para a aplicação;
• Formulação inadequada da tinta.
Principais patologias
• BOLHAS: Uma das patologias mais comuns é o surgimento de bolhas, que segundo Polito (2006), é geralmente resultante da perda da adesão do filme na superfície, que pode ser causada por infiltração ou exposição à umidade logo após a aplicação, principalmente se a superfície não foi preparada de uma maneira adequada. Como soluções foram citadas: a retirada das bolhas, por meio de raspagem nas áreas afetadas e repintar com a tinta adequada; ou caso as bolhas já estiverem baixado, procurar a fonte da umidade e eliminá-la, raspar e lixar o local e posteriormente aplicar um selador.
• DESCASCAMENTO: Outra patologia que ocorre com frequência é o descascamento, que segundo Iliescu (2006), pode ocorrer case se aplique a tinta sobre uma superfície úmida, com partes soltas, ou com aplicação sobre o reboco sem considerar o tempo adequado de cura. Ainda segundo ele essa má aderência da tinta pode acontecer devido à má diluição, ou pelo fato de não ter eliminado os pós corretamente da superfície. Como correções foram indicadas a raspagem e escovação de toda a superfície, que em casos pode ser necessário que se refaça partes do reboco; a aplicação de um fundo reparador de paredes; aplicação de 2 a 3 demãos de massa corrida PVA (interno) e de massa corrida acrílica (interno e externo); após esses procedimento foi recomendada a limpeza de toda a superfície e posteriormente a aplicação das demãos de tinta.
• BOLOR: O aparecimento de bolores, assim como boa parte das patologias em pinturas, também pode ser ocasionado pela umidade. Polito (2006) caracteriza esse problema com a existência de manchas sobre a superfície, podendo elas ser pretas, acinzentadas ou amarronzadas. Dentre suas possíveis causas ele aponta a umidade, a baixa luminosidade, selagem inadequada quando se trata de uma superfície de madeira e o uso de tinta de baixa qualidade. Como soluções foram citadas: uma limpeza, caso haja necessidade, com o uso de alvejantes e detergentes, a repintura da superfície, e em locais que possuam umidade alta, a instalação de exautores.
conclusão
O uso das tintas e dos vernizes está presente em praticamente tudo o que nos rodeia, eles fazem parte da maioria dos processos produtivos industriais, seja no ramo de automóveis, eletrônicos, construção civil, produção marítima, entre outros.
Um dos mercados que mais consumem esses materiais é o da construção civil, eles estão presentes em várias fases, como por exemplo: proteção anticorrosiva, impermeabilização de superfícies, decoração, conforto visual e térmico, conforto psicológico (as cores influenciando as emoções), entre outros.
É de extrema importância para o conhecimento de suas propriedades, seus tipos, métodos de utilização, conservação, e suas patologias e soluções, afim de que os trabalhos envolvendo os mesmos possam ser executados de forma correta, eficaz e econômica.
 
 					referências
DEFINIÇÃO de Tintas e Vernizes. GMP INDUSTRIAIS. Disponível em: <http://www.moinhopiramide.com.br/news/2017/02/01/definicao-tintas-vernizes/> Acesso em: 01 set. 2017.
FAZENDA, José, et al. Trincha, Broxa e Rolo de pintura. Equipe de Obra. Disponível: <http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/54/trincha-broxa-e-rolo-de-pintura-decisao-depende-do-273734-1.aspx> Acesso em: 24 ago. 2017
GAUTO, A. M. Processos Industriais – tintas. Colégio Dom Feliciano, Gravataí-RS, 2007. Disponível em: <http://professordanielrossi.yolasite.com/resources/Processos%20Industriais%20-%20Tintas%201.pdf >. Acesso em: 27 Ago. 2017.
ILIESCU, Marcelo. Patologia da Pintura. Iliescu Structual Repair, Tijuca – RJ. Disponível em: <http://www.iliescu.com.br/palestras/patologia_e_recuperacao_das_pinturas.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2017.
PETRUCCI, Eládio G. Materiais de Construção. 11ed. São Paulo: Globo, 1998.
PINTURA de Portas e Janelas em Madeira. Faz Fácil Reforma e Construção. Disponível em: <http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/pintura-portas-janelas-madeira/>. Acesso em: 01 set. 2017.
PINTURA em Alvenaria, Concreto Novo, Gesso e Piso – Interno e Externo. 
Wisa Cor Tintas, disponível em: <http://www.wisacortintas.com.br/samba/dicas/250-pintura-alvenaria-e-concreto-novo-interno-e-externo>. Acesso em: 30 ago. 2017.
PREPARAÇÃO da Superfície Metálica para Pintura. DHRA – Soluções Técnicas e Anticorrosivas. Disponível em: <http://www.tintasanticorrosivas.com.br/informacoes-tecnicas/preparacao-da-superficie-metalica-para-pintura/>. Acesso em: 01 set. 2017.
POLITO, Giulliano. Principais Sistemas de Pintura e suas Patologias. Departamento de Engenharia de Materiais e Construção – EEUFMG, Belo Horizonte – MG, 2006. Disponível em:<http://www.demc.ufmg.br/tec3/Apostila%20de%20pintura%20-%20Giulliano%20Polito.pdf> Acesso em: 26 ago. 2017
TRATAMENTO de Concreto Aparente em 5 Passos Práticos. Engenharia Concreta.com disponível em: <http://engenhariaconcreta.com/tratamento-de-concreto-aparente-em-5-passos/>. Acesso em 30 ago. 2017.

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