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O processo de desenvolvimento sexual dos mamíferos se inicia no momento da fertilização do ovócito. Quando o mesmo é fecundado pelo espermatozoide, já se estabelece o sexo genético/cromossômico, esse sexo se dá pela combinação dos cromossomos sexuais (X e Y). Se o espermatozoide que fecundar for X, junto com o X que já está no ovócito, se determina o sexo cromossômico XX, ou seja, feminino. Caso contrário, se for Y e se juntar com o X do ovócito, resultará em um indivíduo masculino. Interação de genes; Fatores transcricionais; Hormônios e receptores hormonais. Sexo genotípico: genótipo (XX ou XY) é determinado na fecundação por um espermatozoide X ou Y. Sexo gonadal: gônadas originam-se de um espessamento da região média do mesonéfron chamada de Crista Gonadal. Ocorre a migração e colonização das células germinativas primordiais sobre a estrutura gonadal indiferenciada. O macho se estabelece por volta dos 35 dias de gestação, enquanto as fêmeas se estabelecem por volta dos 45 dias. Sexo fenotípico: determinado pelo sexo gonadal, diferenciando as genitálias internas e externas em femininas ou masculinas. Sexo psicológico: adquirido depois do nascimento, através do desenvolvimento social da personalidade, conjuntamente com influências hormonais pré-natais e identificação sexual pós- natal. Sistema reprodutivo fetal A diferenciação sexual é dita até a sexta semana de desenvolvimento como uma gônada bipotencial e indiferenciada, por não ter nenhuma diferença e mecanismos que findam tanto desenvolvimento feminino ou masculino. Constituição: Gônadas não sexualmente diferenciadas; Dois pares de dutos; Um sinus urogenital; Um tubérculo genital; Pregas vestibulares. Desenvolvimento genital As células germinativas primordiais, mesenquimais e epiteliais saem do endoderma, do saco vitelínico, migram para a crista gonadal e se multiplicam, formando os cordões gonadais (cordões medulares nos machos e cordões corticais nas fêmeas). Determinação e Diferenciação Sexual Diferenciação sexual A partir da crista gonadal, ocorre a interação dos fatores SF-1 e WT1 que estimulam a diferenciação e formam a gônada bipotencial. A partir da gônada bipotencial há uma bifurcação, com a presença de DAX-1 e WNT4a (ovário) ou SRY e SOX-9 (testículo). Esse SRY é determinante para a diferenciação testicular, controlando outros genes e atuando nas células epiteliais que migraram para a crista gonadal e faça com que inicie a produção de substâncias. Substâncias essas que se diferenciam em células de Sertoli e células de Leydig. As células de Sertoli são epiteliais e agem por influência dos hormônios (SRY), produzindo um hormônio chamado anti-milleriano (AMH) para regredir os ductos de Muller. Já as células de Leydig estimulam as células mesenquimais a produzirem andrógenos, ou seja, testosterona (T4). Essa testosterona faz com que os tubos de Woff se diferenciem e formem a genitália interna masculina. Além disso ainda há a produção de DHT (dihidrotestosterona) para atuar sobre o seio urogenital, no pênis, na próstata e outros. No caso das fêmeas, ao invés das células de Sertoli e Leydig, com a expressão do DAX-1 e WINT4a temos a presença de células foliculares e tecais, que formam os folículos e integram a genitália interna feminina. Diferenciação das gônadas bipotenciais representado em secção transversal Diferenciação sexual do trato genital masculino É necessário a ação de três hormônios: o antimulleriano (HAM) –para desenvolvimento dos ductos de Muller–, os andrógenos para o desenvolvimento tubular interno (testosterona) e a genitália externa (dihidrotestosterona), e o Insl3 (Fator 3, tipo insulina) que em associação com os outros hormônios faz com que aconteça a descida do testículo. Intersexo Hermafroditismo: indivíduo dotado de dois sexos distintos anatômica e funcionalmente. O hermafrodita verdadeiro é aquele indivíduo que apresenta a gônada -que deveria ser testículo ou ovário- tem os mesmos tecidos, ou seja, através de corte histológico é possível verificar a presença de estruturas testiculares e ovarianas no mesmo tecido, ou de um lado um testículo e do outro um ovário. Já os pseudo-hermafroditas são aqueles que a depender da gônada, normalmente se tem cariótipo XY, testículo, mas a genitália é feminina, sendo um pseudo-hermafrodita macho. O contrário é verdadeiro, ou seja, um indivíduo com gônada XX, porém possui a genitália ou o comportamento masculino, sendo um pseudo- hermafrodita fêmea. Freemartinismo: ocorre na condição de gestação gemelar (gestação de gêmeos, sendo um macho e uma fêmea) e predominantemente em bovinos, pois possuem uma placenta sindesmocorial, que permite a troca sanguínea entre os indivíduos. Como o macho se forma antes da fêmea, o sangue com os hormônios masculinos entra em contato com o sangue da fêmea, influenciando no desenvolvimento genital e comprometendo a capacidade reprodutiva da mesma. O macho em questão só é afetado por fertilidade reduzida, mas mesmo assim consegue reproduzir. Animal Freemartin: é geneticamente feminino, porém possui muitas características masculinas, com ovários que não se desenvolvem corretamente, permanecendo muito pequenos e não produzindo os hormônios necessários para induzir os sinais de cio. As gônadas são semelhantes a um testículo, a tuba uterina é semelhante ao epidídimo ou até mesmo ausente, o útero não se desenvolve, a cérvix também é ausente, a vagina pouco se desenvolve (cerca de 1/3 do comprimento normal), presença anormal de pelos na vulva e o clítoris é bem desenvolvido e proeminente.
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