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Raízes adventícias de Clusia criuva subespécie parviflora

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Na mata de encosta da Almada o número de RANS esteve relacionado 
negativamente ao tamanho do indivíduo (Figura 3) enquanto que a 
espessura das RNS manteve relação positiva com a AB (Figura 4). Já 
no costão rochoso da Fortaleza encontramos relação positiva entre a 
AST das RAs e a AB (Figura 5).
Conclusão
- Além da influência do tamanho e do declive, a assimetria aérea 
impõe outro estresse mecânico;
- As RNS e as RANS parecem contribuir de forma distinta para a 
estabilidade em áreas que variam em declive e substrato;
- Modificações do sistema radicular nos leva a sugerir diferentes
contribuições da altura da emissão das raízes adventícias à 
estabilidade, conforme as condições ambientais e o estágio de 
desenvolvimento dos indivíduos;
- Outros fatores (heterogeneidade do substrato, raízes de plantas 
vizinhas, inclinação do tronco, tamanho da copa, etc), podem ser 
responsáveis pela baixa explicação das variações relacionadas à
declividade (baixos valores de R2).
Clusia criuva subsp. parviflora é comum em ambientes costeiros da 
Mata Atlântica. Seu sistema radicular superficial é dotado de raízes 
adventícias que contribuem à fixação em terrenos acidentados (Figura 1 A-B).
Nesse trabalho verificamos se variações na quantida de, na 
espessura e na orientação de raízes adventícias sup erficiais se 
correlacionam com o tamanho dos indivíduos e com a declividade.
OCORRÊNCIA DE RAÍZES SUPERFICIAIS EM CLUSIA CRIUVA SUBESPECIE PARVIFLORA
VESQUE (CLUSIACEAE)
Aline Lopes e Lima1 & Flavio Antonio Maës dos Santos2. 
1. Instituto de Biologia/UNICAMP, Graduação em Ciências Biológicas, CEP 13.083-970, Campinas, SP, Brasil, (allbio03@gmail.com);
2. Departamento de Botânica/IB-UNICAMP.
Projeto financiado pelo CNPq
Palavras-chave: Morfologia radicular - Ambientes costeiros – Ubatuba, SP. 
A distribuição das RA na Fortaleza 
também esteve direcionada para o 
aclive (mata) (Figura 7 D-E), 
As RNS são mais 
abundantes e mais 
espessas no costão
rochoso (Figuras 2 A-
B), enquanto que as 
RANS são escassas
neste, mas abundantes 
na mata de encosta 
(Figuras 2 C-D). 
Figura 2. Box plot da análise 
descritiva do número de 
raízes no nível do solo (RNS) 
(A) e do número de raízes 
acima do nível do solo 
(RANS) (B) e da somatória 
das áreas da secção 
transversal (AST) em cm² das 
raízes no nível do solo (RNS) 
(C) e das raízes acima do 
nível do solo (RANS) (D).
Almada Fortaleza
PRAIA
0
1
2
3
4
5
6
7
8
N
úm
er
o 
de
 R
N
S
CAlmada FortalezaPRAIA
0
1
2
3
4
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N
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d
e 
R
A
N
S
A
Almada Fortaleza
PRAIAS
-100
0
100
200
300
400
A
S
T 
da
s 
R
A
N
S
 (
cm
 q
ua
dr
ad
os
)
D
Almada Fortaleza
PRAIAS
0
600
1200
A
S
T
 d
as
 R
N
S
 (
cm
 q
ua
dr
ad
os
)
B
RNS no costão
rochoso e RANS na 
mata de encosta
foram correlacionadas 
com a declividade : 
aumentam em 
número e em 
espessura quanto 
maior o declive, 
atuando como 
âncora (Figura 6)
Figura 5. Somatória da área da secção 
transversal das raízes adventícias 
(ARA) em função da área da base (AB)
dos indivíduos da Fortaleza. 
(ARA=104,785+0,003AB; p=0,001; 
R2=22,40%)
Figura 4 . Área das RNS (ARNS) em 
função da área da base (AB) dos 
indivíduos da Almada. 
(ARNS=-0,7613+9,9835AB, p<0,01 e 
R2=76,86%)
Figura 3. Número de RANS (NRANS) em 
função da raiz quadrada da área da base 
(AB) dos indivíduos da Almada. 
(NRANS=7,3019-0,1098AB; p=0,007 e 
R2=21,93%)
Figura 1 – Raízes adventícias de C. criuva parviflora (A) em ambiente acidentado de costão rochoso (B).
0 100 200 300 400 500 600 700 800
0
100
200
300
400
500
600
700
800
0100200300400500600700800
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500
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150
180
210
240
270
300
330
Área RNS (cm²) vs Orientações RNS 
0 10 20 30 40 50
0
10
20
30
40
50
01020304050
0
10
20
30
40
50
0
30
60
90
120
150
180
210
240
270
300
330
Área RANS (cm²) vs Orientações RANS 
Figura 7. Distribuição em 
radar das RNS (A), das RANS 
(B) e dos ramos (C) e suas 
respectivas somas das áreas 
da secção transversal em cm²
dos indivíduos da Almada. 
Distribuição em radar das 
RNS (D) e RANS (E) e suas 
respectivas somas das áreas 
da secção transversal em cm²
dos indivíduos da Fortaleza.
Quanto mais afastado do 
centro, maior é o valor da 
soma das áreas. A direção 0º
está voltada para o declive 
(mar), estando a direção 180º
voltada para o aclive (mata).
Polar Plot
0 200 400 600 800
0
200
400
600
800
0200400600800
0
200
400
600
800
0
30
60
90
120
150
180
210
240
270
300
330
Área RNS (cm²) vs Orientações RNS 
0.002
0.062
3.142
0.196
433.736
1.327
1.767
3.450
0.385
0.785
283.529
103.869
0.283
Polar Plot
0 50 100 150 200 250 300 350 400
0
50
100
150
200
250
300
350
400
050100150200250300350400
0
50
100
150
200
250
300
350
400
0
30
60
90
120
150
180
210
240
270
300
330
Área RANS (cm²) vs Orientações RANS 
Polar Plot
0 1000 2000 3000 4000 5000
0
1000
2000
3000
4000
5000
010002000300040005000
0
1000
2000
3000
4000
5000
0
30
60
90
120
150
180
210
240
270
300
330
Área Ramos (cm²) vs Orientações Ramos 
As raízes superficiais foram categorizadas como raízes adventícias no nível 
do solo (RNS) e raízes adventícias acima do nível do solo (RANS) em 
populações de mata de encosta (Praia da Almada) e de costão rochoso
(Enseada da Fortaleza) em Ubatuba-SP.
Registramos o perímetro ou o diâmetro da base do tronco, a quantidade, o 
diâmetro e a orientação das raízes aparentes e o grau de declive (D) do terreno 
em 32 indivíduos na Praia da Almada e 44 na Enseada de Fortaleza.
A B
A assimetria do número de RNS teve 
correlação positiva com a assimetria dos 
ramos. RNS direcionam-se 
predominantemente para o aclive. RANS 
eventualmente escoram quanto maior a 
assimetria da parte aérea (Figuras 7 A-C).
A B
DC
Figura 6. Número de RNS 
(NRNS=3,5285+2,5180D, 
p=0,0150, R²= 3,12%) (A) 
e da somatória da área da 
secção transversal 
(ARNS=-0,5997+5,8674D, 
p=0,0101 e R2=14,65%) 
(B) em função do declive 
dos indivíduos da 
Fortaleza. Número de 
RANS (NRANS=-
0,7197+0,799D, p=0,0262 
e R2=15.14%) (C) 
e da somatória da AST 
das RANS 
(ARANS=-3,1020+0,1422D, 
p=0,0027 e R2=26,86%)
(D) em função do D dos 
indivíduos da Almada
A B
C
D E
indicando um 
sistema de 
ancoragem das 
RNS no costão
rochoso e pelas 
RANS na mata 
de encosta .

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