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História da Enfermagem no Brasil

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História da Enfermagem no Brasil . 
 Enfermagem no Brasil 
 A Lei n° 795, de 6 de agosto de 1949, criou oficialmente 
 os cursos de auxiliar de enfermagem e regulamentou as 
 escolas de nível superior. A divisão de trabalho na 
 enfermagem foi reforçada. 
 Os enfermeiros passaram a administrar os serviços e a 
 fazer treinamentos e supervisão, e os cuidados continuaram 
 sendo prestados por atendentes no serviço hospitalar e 
 visitadoras sanitárias na saúde pública. 
 Na razão inversa do crescimento industrial, a saúde pública 
 perdeu gradativamente sua importância, mesmo nos 
 programas oficiais, cedendo lugar à atenção médica 
 individualizada. Os hospitais incorporaram a moderna 
 tecnologia médico científica e passaram a requerer, cada 
 vez mais, a participação de enfermeiras de "alto padrão", 
 como também eram chamadas as enfermeiras diplomadas. 
 Ampliaram as oportunidades de trabalho para as 
 enfermeiras e também para os auxiliares, já que o número 
 de enfermeiras era insuficiente. Na medida em que se 
 ampliavam as oportunidades de trabalho, crescia o número 
 de escolas e cursos de enfermagem e de auxiliares. 
 De 1940 a 1956, foram criados 43 cursos de Auxiliares de 
 Enfermagem. Desta forma, surgiram escolas de atendentes 
 e auxiliares de enfermagem. Os enfermeiros, ocupando 
 funções de administradores e supervisores de equipe, 
 passaram a constituir o vértice da pirâmide da força de 
 trabalho em enfermagem, sendo a base composta por 
 auxiliares e atendentes de enfermagem. 
 Na década de 60, com a hegemonia da assistência 
 curativa, os enfermeiros continuaram na supervisão e os 
 atendentes continuaram sendo a mão de obra barata e mais 
 utilizada, tanto nos hospitais como na saúde pública. Com a 
 sofisticação da assistência médica, surgiu a necessidade de 
 uma categoria diferenciada de trabalhadores. 
 Em 1966, ocorreu a criação do curso Técnico de 
 Enfermagem. A partir de então a enfermagem passou a ter 
 três níveis profissionais: 
 ● Auxiliar; 
 ● Técnico; 
 ● Enfermeiro. 
 No ano de 1986 houve a aprovação da Lei nº. 7.498, que 
 reconheceu as categorias de enfermeiro, técnico de 
 enfermagem, auxiliar de enfermagem e parteira. Também 
 determinou a extinção do pessoal de nível elementar, sem 
 qualificação específica, dando a este profissional o prazo 
 de dez anos para se qualificar. 
 Ainda em 1986, com a VIII Conferência Nacional de 
 Saúde, a concepção de saúde foi redefinida de maneira 
 mais abrangente, diferindo daquela adotada pela OMS em 
 1946. 
 Na década de 1990, houve a pior crise social e o 
 deterioramento das condições de vida e de saúde da 
 população brasileira. Diante disso, grande número de 
 enfermeiros procurou a especialização para atender às 
 expectativas médico hospitalares, e um número mais 
 reduzido buscou o resgate da saúde pública, 
 empreendendo esforços quase individuais em prol desse 
 objetivo. 
 Mais à frente, devido às precárias condições de saúde, a 
 área de saúde coletiva passou a ser o grande alvo da 
 enfermagem. Em 1991, surgiu a elaboração de uma nova 
 proposta de currículo mínimo para a formação do 
 enfermeiro, pela ABEN Nacional. Nessa proposta, foram 
 extintas as habilitações. 
 Houve alteração da duração mínima do curso, de 3.600 
 horas para 3.000 horas. Mudança do nome do curso de 
 Enfermagem e Obstetrícia para Enfermagem. Sugestão da 
 introdução da pesquisa científica na graduação. 
 Em agosto de 1992 aconteceu a IX Conferência Nacional 
 de Saúde, constituindo uma forte manifestação pública e 
 representativa da população brasileira. A enfermagem 
 passou a ter atuação nas comissões de ética, deflagrando 
 um processo intenso de auditoria em órgãos públicos e 
 privados, denunciando irregularidades e lutando por 
 melhores condições de saúde para a população. Foram 
 então preconizadas as práticas de saúde holísticas como 
 alternativas à assistência de saúde. 
 Influência da Enfermagem 
 ➔ Cruz Vermelha 
 É uma organização internacional, sem fins lucrativos. O 
 objetivo principal é prestar socorro e assistência às pessoas 
 vítimas de guerras e catástrofes naturais (terremotos, 
 tornados, enchentes, etc). Foi fundada, em 1863, pelo 
 suíço Jean Henri Dunant. 
 Os princípios da instituição eram: 
 ● Humanidade; 
 ● Igualdade; 
 ● Proporcionalidade; 
 ● Imparcialidade; 
 ● Neutralidade; 
 ● Independência; 
 ● Universalidade. 
 O símbolo adotado pela instituição 
 foi uma cruz vermelha sobre um 
 fundo branco, em homenagem à 
 Suíça, nas cores invertidas da 
 bandeira daquele país. Esse símbolo 
 tem significado de inviolabilidade e 
 respeito com as pessoas e instituições destinadas à 
 assistência, principalmente, durante a guerra. 
 ➔ Cruz Vermelha Brasileira 
 A História da Cruz Vermelha Brasileira se 
 iniciou no ano de 1907. Foi fundada no 
 Rio de Janeiro. 
 A inauguração contribuiu para a 
 profissionalização da enfermagem no país, 
 com a criação da Escola Prática de Enfermeiras em 1916. 
 Entidades de Classe 
 ➔ COFEn 
 Filiado ao Conselho Internacional de Enfermeiros em 
 Genebra. O COFEN (Conselho Federal de Enfermagem) 
 é responsável por normatizar e fiscalizar o exercício da 
 profissão de enfermeiros, técnicos e auxiliares de 
 enfermagem, zelando pela qualidade dos serviços 
 prestados e pelo cumprimento da Lei do Exercício 
 Profissional da Enfermagem. 
 O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e os seus 
 respectivos Conselhos Regionais (CORENs) foram criados 
 em 12 de julho de 1973, por meio da Lei 5.905. Juntos, 
 formam o Sistema COFEN/Conselhos Regionais. 
 ➔ COREn 
 O COREn (Conselho Regional de Enfermagem) é um 
 órgão disciplinador do exercício da Profissão de 
 Enfermagem. Cada estado possui um COREn. 
 Tem como objetivo evitar que leigos exerçam a profissão, 
 afastar a mão-de-obra desqualificada, garantir o espaço 
 para aqueles que têm capacidade para exercer a 
 enfermagem, tendo, inclusive, autoridade para aplicar 
 sanções disciplinares aos integrantes da classe, 
 considerados faltosos com os deveres da profissão. 
 O registro profissional é obrigatório para trabalhar na área 
 de enfermagem. A pessoa que atua na área sem registro 
 está em exercício ilegal da profissão. Através dos atos de 
 disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, o COREN 
 busca valorizar os profissionais de enfermagem e proteger 
 os interesses sociais, resguardando, principalmente, os 
 princípios éticos inerentes à classe. 
 ➔ ABEn 
 Em 1926, as primeiras enfermeiras formadas pela Escola 
 de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde 
 Pública, atual Escola de Enfermagem Anna Nery, no Rio de 
 Janeiro, criaram a Associação Nacional de Enfermeiras 
 Diplomadas. 
 Manteve esse nome até 1928, quando passou a ser 
 denominada de Associação Nacional de Enfermeiras 
 Diplomadas, quando, então, foi registrada juridicamente. 
 Em 1954, a Associação passou a denominar-se ABEn 
 (Associação Brasileira de Enfermagem), mantendo-se com 
 esse nome até a atualidade. 
 A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e 
 político, com personalidade jurídica própria, de direito 
 privado e que congrega pessoas que a ela se associam, 
 individual e livremente, para fins não econômicos. 
 ● Enfermeiros;● Técnicos de Enfermagem; 
 ● Auxiliares de Enfermagem; 
 ● Estudantes de cursos de Graduação em Enfermagem 
 e de Educação Profissional de Nível Técnico em 
 Enfermagem; 
 ● Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; 
 ● Associações ou Sociedades de Especialistas.

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