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Jornalismo Universidade Castelo Branco Gabriel de Oliveira Costa 2019.2 A Constituição Federal de 1988 Conhecida como “Constituição Cidadã”, a lei suprema do Brasil marca o processo de redemocratização do nosso país, depois de aprovada em 22 de setembro de 1988 pela Assembleia Nacional Constituinte, entrando em vigor a partir de 5 de outubro do mesmo ano. Caracterizada pelo fim do Regime Militar que durou 21 anos (1964-1985), a Constituição de 88 teve como inspiração durante sua criação, a Constituição Portuguesa de 1976, que dentre tantos direitos conquistados entre liberdade e garantias, além de deveres econômicos e sociais, marcaram aquela lei assinada em Lisboa anos antes. No Brasil, essa lei é considerada a mais extensa e abrangente, taxada como uma das mais avançadas quando são relacionadas aos direitos e garantias governamentais do mundo. Algumas das normas descritas na legislação suprema era: todos são iguais perante à lei, é livre a manifestação de pensamento, religião e expressão, livre locomoção em território nacional, todos têm acesso ao voto e informação, o direito de propriedade é adquirido e de manifestação também. A Constituição citada tem como marco a junção dos três poderes que compõem uma democracia. O poder executivo, que governa para os interesses públicos e tem o Presidente da República como líder. O Judiciário é o poder que administra a justiça na sociedade de acordo com as leis do país. Por último, o poder Legislativo é o que formula as leis que entrarão em vigor e é composta por ampla maioria em deputados e senadores, que formam o Congresso Nacional, localizado em Brasília. 1 Constituição Cidadã 2019 Apesar do Brasil ter sido considerado por anos um país exemplar no que diz respeito à democracia, é histórico o discurso de Presidentes que passaram pelo cargo ao longo de décadas em tentar resgatar a democracia social. Um ano após a criação da Constituição, vimos Collor ser eleito, porém, três anos depois o primeiro Presidente pós-ditadura era afastado por fraudes e corrupções. Desde então a sociedade apostou em discursos mais populares, bem como os de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff, que na teoria, eram os mais influentes dessa ideologia enquanto candidatos. Nos últimos anos, principalmente após a onda de crises no país depois de 2013, o segundo Impeachtment de um Presidente ocorreu, durante o mandato de Dilma. Desde então a democracia voltou a ser uma pauta presente em quase todas manifestações, alastrando-se até os dias atuais. É verdade que seu sucessor não foi escolhido diretamente pelo povo, mas como assegura a linha de sucessão criada em 1979, Michel Temer foi quem assumiu o posto de Dilma, apesar da sua impopularidade frente ao cargo. Depois da última eleição em 2018, a democracia se tornou o principal assunto do país, visto que, o atual Presidente mantém afirmações políticas que dividem opiniões. Alguns avanços ocorreram desde a redemocratização em 88, bem como o questionamento da sociedade e o livre arbítrio em ir para às ruas protestar, o crescimento do interesse geral em debater política, o acesso da população para os mais diversificados temas que os envolvem, além do papel da imprensa que é primordial na formação de opinião. Apesar de tudo isso é notório que boa parte da população enxergue além de uma ameaça, alguns retrocessos no caminho. O Brasil ainda é um país que engatinha na democracia, são apenas 31 anos de liberdade, e na atual gestão, algumas propostas de governo e ideias politizadas são os ingredientes para amplas discussões e tendenciam um considerável atraso nesse quesito, além claro, de um cenário político que isola o Brasil dos grandes países considerados de “primeiro mundo”. 2
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