Buscar

Hiperlink trab Anderson-convertido

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Niterói: um espelho de longevidade 
ideal para o Rio de Janeiro 
Como a região metropolitana pode se inspirar na cidade 
vizinha para melhorar as necessidades dos idosos 
Por: Gabriel de Oliveira 
O Rio de Janeiro é a cidade com a maior concentração de idosos em todo o Brasil. De 
acordo com O Globo, são mais de três milhões de pessoas acima dos 65 anos, 
representando 18,7% da população carioca, enquanto a média nacional é de 14%. 
Apesar da alta demanda, apenas Niterói figura entre as cidades consideradas ideais 
para envelhecer de forma saudável. 
Uma série de fatores criam o contexto que pode ser considerado o mais próximo do 
ideal para um envelhecimento saudável. Além da aplicação correta das leis, melhorias 
em transportes públicos, hospitais e até recursos voltados exclusivamente para os 
idosos, como a academia ao ar livre, estimulam a longevidade de forma ativa. 
Niterói é considerada a quarta melhor cidade brasileira para envelhecer. A pesquisa 
feita pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, em parceria com a Fundação 
Getúlio Vargas, em 2017, afirma que no município existe a maior concentração de 
médicos por habitante no Brasil. Além do mais, a pesquisa aponta que Niterói é a 
segunda cidade que mais tem pessoas inscritas em planos de saúde e lidera em 
número de hospitais filiados às escolas médicas. 
A estimativa da ONU revela que o envelhecimento da população mundial é um 
processo natural, e como se espera, no Rio de Janeiro não será diferente. Apesar dessa 
tendência, poucos recursos para os idosos na cidade carioca são considerados 
eficientes. Para o professor de matemática Fábio Damasceno, 52 anos, o exercício dos 
conceitos básicos na educação e o estímulo do Estado podem ser fatores 
determinantes para o Rio de Janeiro melhorar relações com os idosos. 
“Tudo começa na educação, os idosos não são respeitados e as leis não são cumpridas 
como deveria. O Estado também deve incentivar nos meios de comunicação, 
programas e mensagens para que seja criado na sociedade um pensamento 
apropriado para a melhoria dessa demanda”, afirma o professor. 
O cotidiano do idoso na região metropolitana é influenciado negativamente em 
diversos fatores, um deles é a falta de segurança nas ruas. Além da violência urbana, 
falhas no asfalto, na calçada e sinalizações são quesitos que a recepcionista Maria José 
de Moura, 45 anos, ressalta. 
“Muita coisa precisa ser melhorada. As calçadas são cheias de falhas, os idosos andam 
no meio de buracos, as marcações nas ruas e o trânsito não são respeitosos com os 
mais velhos”. 
Nascido e criado em Niterói, para o aposentado, Paulo Cesar, de 66 anos, os valores 
familiares e a raiz interiorana da cidade são características que ajudam no destaque 
nacional, confirmada pela pesquisa. 
“A massa de trabalho de Niterói está concentrada no Rio, por isso, as raízes da cidade 
estão mais protegidas, do que a região metropolitana, que é ponto de diversificação de 
culturas, hábitos e crenças. Além de Niterói, Friburgo, Paquetá, Petrópolis, são lugares 
que eu conheço e possuem características semelhantes”. 
Questionado sobre o papel do Estado preservação dos direitos e do bem-estar do 
idoso, Paulo afirma que cabe ao indivíduo ter um senso crítico, pois não há como ter 
uma fiscalização pessoal por parte das autoridades, considerada pelo entrevistado 
como “paternalismo ultrapassado”. 
“O Estado aplica um limite, cabe a pessoa respeitar. As leis existem e elas são lindas, 
mas devem ser bem aplicadas. Sem educação não podemos cobrar nada de ninguém, 
devemos priorizar esse viés desde o ensino primário na escola com suporte familiar”, 
finaliza.

Outros materiais