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DESCRIÇÃO
Os campos de moral e ética e o seu papel da sociedade. Concepções de ética e Código de
Ética Profissional do Contador. A organização dos Conselhos de Contabilidade.
PROPÓSITO
Compreender os princípios éticos que norteiam a profissão contábil e que estão ligados aos
principais conflitos e problemas preconizados no Código de Ética é fundamental para o
profissional de contabilidade.
PREPARAÇÃO
Para acompanhar o curso, tenha em mãos o Código de Ética Profissional do Contador a fim de
ler os detalhes das normas quando necessário.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar os deveres e as proibições pertinentes aos profissionais de contabilidade
MÓDULO 2
Reconhecer a reflexão do julgamento profissional do profissional de contabilidade
MÓDULO 3
Descrever a organização dos conselhos de contabilidade
INTRODUÇÃO
A sociedade é construída de conjuntos de valores que servem como apoio do comportamento
do homem que será adotado ao longo de sua vida. Por meio da ética, é possível mensurar
níveis de convivência que sejam plausíveis entre a sociedade e os indivíduos que a integram.
Dentro do estudo da Contabilidade, os parâmetros éticos estão descritos em normas que
devem ser seguidas pelos profissionais da área, refletindo o reconhecimento da profissão de
sua responsabilidade de interesse público.
Vamos abordar as normas que fornecem a estrutura conceitual cujos profissionais da
contabilidade devem aplicar para identificar, avaliar e tratar as ameaças ao cumprimento dos
princípios fundamentais. Estudaremos as teorias relacionadas à ética, os principais problemas
e a tomada de decisão baseada em princípios éticos.
Bom estudo!
MÓDULO 1
 Identificar os deveres e proibições pertinentes aos profissionais de contabilidade
CONCEITO DE ÉTICA
De acordo com o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda o que é ética?
É “o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de
qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade,
seja de modo absoluto”.
Tendo como base esse conceito, concluímos que pensar em ética é analisar a conduta humana
e divergi-la para o bem ou para o mal, relacionando-a ao conceito de moral e bons costumes,
conforme ditames sociais.
A aplicação da ética está intimamente relacionada a um conjunto de valores morais e princípios
que rege a conduta humana na sociedade, cuja finalidade é o equilíbrio e desenvolvimento.
A adequação do conceito de ética ocorre em inúmeras esferas: a política, econômica, social,
empresarial, médica, profissional dentre tantas.
Como se pode observar, a ética se mostra presente no cotidiano em ações individuais,
coletivas, andando sempre de maneira paralela com a moral.
Princípios que diferem o certo ou errado decorrem da ética. Ser ético é optar pelo certo,
mesmo podendo escolher o errado sem qualquer fiscalização.
O comportamento humano está sempre sujeito a um julgamento, cujos pressupostos se
enquadram no rol de valores. Em sociedade ou mesmo em um grupo, são avaliados os
princípios de cada indivíduo visando ao almejado comportamento correto.
A ética enquanto ciência tem por finalidade inspirar valores morais por meio do que se entende
por honestidade.
A principal diferença entre a ética e a moral se dá na individualização:
Ética
É a pessoa, o indivíduo. A ética se dá pela predisposição do indivíduo de observar os conceitos
da moral.

Moral
Traduz o que se espera do comportamento, hábitos, costumes e crenças do meio social. A
moral se dá pelo cumprimento de normas, leis e costumes de uma sociedade
Nas palavras de Aurélio Buarque de Holanda, o que é moral?
É o "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto
para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada".
Fazendo um comparativo, a moral seria o termo mais amplo para a ética. A ética está para o
indivíduo assim como a moral está para o grupo de indivíduos.
De acordo com Norma Brasileira de Contabilidade – NBC PG 100 (R1), seção 100, uma
característica da profissão contábil é a aceitação da responsabilidade de agir no interesse
público.
A responsabilidade do profissional contábil não é exclusivamente a de satisfazer as
necessidades do cliente ou da organização empregadora em particular. O Código contém
requisitos e material de aplicação que permitem que esses profissionais cumpram com a sua
responsabilidade de agir no interesse público.
TEORIAS RELACIONADAS À ÉTICA
As Normas Brasileiras de Contabilidade descrevem os princípios fundamentais de ética para os
profissionais da contabilidade, refletindo o reconhecimento da profissão de sua
responsabilidade de interesse público. Esses princípios estabelecem o padrão de
comportamento esperado do profissional da contabilidade.
Nesse sentido, a NBC PG 100 (R1) fornece uma estrutura conceitual que os profissionais da
contabilidade devem aplicar para identificar, avaliar e tratar as ameaças ao cumprimento dos
princípios fundamentais.
NBC PG 100 (R1)
Vamos, a partir de agora, apresentar e discutir a NBC PG 100 (R1), que está dividida em
diversas seções. Vamos conhecê-las!
SEÇÃO 100 – CUMPRIMENTO DO CÓDIGO
O profissional da contabilidade deve cumprir com o Código, que engloba um conjunto de regras
e princípios que deverão ser adotados. Se não houver exceções estabelecidas por leis ou
regulamentos, ou mesmo por jurisdições que diferem daquelas apresentadas pela NBC, o
profissional deverá cumprir na íntegra o Código.
O profissional da contabilidade pode se deparar com circunstâncias incomuns nas quais
acredita que o resultado da aplicação de exigência específica do Código seria desproporcional
ou que não seria do interesse público. Nessas circunstâncias, ele deve consultar o órgão
profissional ou regulador.
SEÇÃO 110 – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
São cinco os princípios fundamentais de ética para os profissionais da contabilidade:
INTEGRIDADE
OBJETIVIDADE
COMPETÊNCIA PROFISSIONAL E DEVIDO ZELO
COMPORTAMENTO PROFISSIONAL
CONFIDENCIALIDADE
INTEGRIDADE:
O profissional de contabilidade deverá ser direto e honesto em todas as relações profissionais
e comerciais, apresentando uma conduta irrepreensível, cuja natureza das ações transpareça
honestidade e integridade.
OBJETIVIDADE:
Seus julgamentos profissionais ou comerciais não podem apresentar comportamento
tendencioso ou ser influenciados por qualquer conflito de interesse, prezando sempre pela
objetividade.
COMPETÊNCIA PROFISSIONAL E DEVIDO ZELO:
Na execução das suas atividades, além do zelo, o profissional deve possuir conhecimento
técnico capaz de assegurar que os serviços possuam qualidade e estejam nos padrões
adequados, contemplando a legislação vigente.
COMPORTAMENTO PROFISSIONAL:
O comportamento profissional engloba ainda o cumprimento de leis e regulamentos
pertinentes, evitando qualquer fato que possa desacreditar a profissão.
CONFIDENCIALIDADE:
O resguardo das informações deve ser garantido em confiança e proteção contra a sua
revelação não autorizada, ou seja, deve haver a confidencialidade das informações obtidas
em decorrência de relações profissionais e comerciais.
Esses princípios deverão ser cumpridos por todos os profissionais de contabilidade. Ainda de
acordo com essa seção, o profissional de contabilidade pode enfrentar uma situação na qual o
cumprimento com um princípio fundamental esteja em conflito com um ou mais princípios
fundamentais.
Nessa situação, ele pode considerar a consulta, de forma anônima se necessário, com:
Outros profissionais dentro da firma ou da organização empregadora
Responsáveis pela governança
Órgão profissional
Órgão regulador
Assessores jurídicos
Entretanto, essa consulta não desobriga o profissional da contabilidade da responsabilidade de
exercer julgamento profissional para resolver o conflito ou, se necessário e salvo se proibido
por lei ou regulamento, desassociar-se do assunto que criou o conflito.
Por fim, o profissional da contabilidadedeve documentar a essência da questão, os detalhes
de todas as discussões, as decisões tomadas e a lógica dessas decisões.
SUBSEÇÃO 111 – INTEGRIDADE
Essa subseção apresenta o princípio da integridade, que implica negociação justa e
veracidade, sendo vedada a omissão de informações necessárias e relevantes.
O profissional da contabilidade deve cumprir com o princípio da integridade que requer que ele
seja direto e honesto em todos os relacionamentos profissionais e comerciais. Esse profissional
não deve, conscientemente, estar associado a relatórios, declarações, comunicações ou outras
informações que sejam falsas ou enganosas, ou que tenham sido fornecidas de maneira
leviana.
SUBSEÇÃO 112 – OBJETIVIDADE
Nesta subseção, o princípio da objetividade é apresentado, deixando explícito que o
julgamento profissional não deverá apresentar nenhum conflito de interesse, tampouco deverá
ter algum viés.
O profissional da contabilidade deve cumprir com o princípio da objetividade que requer que
seu julgamento profissional ou comercial não seja comprometido devido a comportamento
tendencioso, a conflito de interesses ou à influência indevida de outros.
SUBSEÇÃO 113 – COMPETÊNCIA PROFISSIONAL E
DEVIDO ZELO
De maneira geral, a palavra “competência” está relacionada à capacidade de uma pessoa de
executar determinada tarefa. O zelo consiste na máxima atenção em tudo que o profissional se
dispõe fazer.
O profissional da contabilidade deve cumprir com o princípio da competência profissional e o
devido zelo, sendo requerido que ele:
Obtenha e mantenha conhecimento profissional e habilidade no nível necessário para
assegurar que o cliente ou a organização empregadora receba serviço profissional competente,
com base em padrões técnicos e profissionais atuais e legislação relevante.
Aja de modo diligente e de acordo com os padrões técnicos e profissionais aplicáveis.
Atender aos clientes e às organizações empregadoras com competência profissional requer o
exercício de julgamento sólido na aplicação do conhecimento profissional e na habilidade da
realização de atividades profissionais.
O que a manutenção da competência profissional requer?
A consciência contínua e o entendimento dos desenvolvimentos técnicos, profissionais e
comerciais pertinentes. O desenvolvimento contínuo permite que o profissional da
contabilidade desenvolva e mantenha as habilidades para apresentar desempenho
competente.
A diligência abrange a responsabilidade de agir de acordo com os requisitos de designação de
maneira cuidadosa, exaustiva e tempestiva.
Ao cumprir com o princípio da competência profissional e do devido zelo, o profissional da
contabilidade deve tomar as providências razoáveis para assegurar que os que estão
trabalhando na qualidade de profissional sob sua autoridade tenham o treinamento e a
supervisão adequados.
Quando apropriado, o profissional da contabilidade deve informar as limitações inerentes aos
serviços ou às atividades aos clientes, à organização empregadora ou a outros usuários dos
seus serviços ou atividades profissionais.
SUBSEÇÃO 114 – CONFIDENCIALIDADE
Nessa subseção, é apresentado o princípio da confidencialidade. Profissionais contratados são
proibidos de divulgar as informações que têm acesso, salvo explícita permissão.
O profissional da contabilidade deve cumprir com o princípio de confidencialidade, o que requer
que ele respeite as informações confidenciais obtidas em decorrência de relações profissionais
e comerciais. Além disso, são alguns de seus deveres:
A
Estar atento para a possibilidade de divulgação inadvertida, incluindo em ambiente social e,
especialmente, a parceiro de negócio próximo ou a familiar próximo ou imediato.
Manter a confidencialidade das informações dentro da firma ou da organização empregadora.
B
C
Manter a confidencialidade das informações divulgadas por cliente ou organização
empregadora em potencial.
Não divulgar fora da firma ou da organização empregadora informações confidenciais obtidas
em decorrência de relações profissionais e comerciais sem a devida autorização específica, a
menos que haja um direito ou dever legal ou profissional de divulgação.
D
E
Não usar informações confidenciais obtidas em decorrência de relações profissionais e
comerciais para seu benefício pessoal ou para o benefício de terceiro.
Não usar ou divulgar nenhuma informação confidencial obtida ou recebida em decorrência da
relação profissional ou comercial após o término dessa relação.
F
G
Tomar providências razoáveis para assegurar que o pessoal sob o controle do profissional da
contabilidade e das pessoas das quais assessoria e assistência são obtidas respeite o dever
de confidencialidade.
A confidencialidade serve ao interesse público porque facilita o fluxo livre de informações do
cliente ou organização empregadora para o profissional da contabilidade, com a certeza de que
essas informações não serão divulgadas para terceiro.
Vamos, agora, conhecer as circunstâncias em que profissionais da contabilidade são ou podem
ser solicitados a divulgar informações confidenciais ou quando essa divulgação pode ser
apropriada:
(a) Exemplos de divulgação exigida por lei:
(i) Produção de documentos ou outra disponibilização de evidências no curso dos
procedimentos legais.
(ii) Divulgação às autoridades públicas competentes de infrações da lei que são reveladas.
(b) A divulgação é permitida por lei e autorizada pelo cliente ou pela organização
empregadora.
(c) Há o dever ou direito profissional de divulgação, quando não for proibido por lei, de:
(i) Cumprir com a revisão de qualidade de órgão profissional.
(ii) Responder à indagação ou à investigação por órgão profissional ou regulador.
(iii) Proteger os interesses profissionais do profissional da contabilidade em procedimentos
legais.
(iv) Cumprir com as normas técnicas e profissionais, incluindo as exigências éticas.
Ao decidir sobre a divulgação das informações confidenciais, os fatores a serem considerados,
dependendo das circunstâncias, incluem:
Se os interesses de todas as partes, incluindo terceiros que podem ser afetados, serão
prejudicados se o cliente ou a organização empregadora consentir com a divulgação das
informações pelo profissional da contabilidade.
Se todas as informações relevantes são conhecidas e comprovadas na medida praticável. Os
fatores que afetam a decisão de divulgação incluem:
Fatos não comprovados
Informações incompletas
Conclusões não comprovadas
O tipo de comunicação proposto e a quem ela é dirigida.
Se as partes para as quais a comunicação é dirigida são os receptores apropriados.
O profissional da contabilidade deve continuar a cumprir com o princípio de confidencialidade,
mesmo após o término da sua relação com o cliente ou com a organização empregadora.
Ao mudar de emprego ou obter novo cliente, ele pode usar a experiência anterior, mas não
deve usar ou divulgar nenhuma informação confidencial obtida ou recebida em decorrência da
relação profissional ou comercial.
SUBSEÇÃO 115 – COMPORTAMENTO PROFISSIONAL
Como o comportamento profissional pode ser entendido?
Como um conjunto de características pessoais e atitudes tomadas no ambiente de trabalho,
considerando o cumprimento da conduta ética, hábitos e comportamentos.
O profissional da contabilidade:
Deve cumprir com o princípio de comportamento profissional que requer que ele cumpra as leis
e os regulamentos pertinentes e evite qualquer conduta da qual ele tenha conhecimento ou
deveria ter conhecimento que possa desacreditar a profissão.
Não deve, de modo consciente, envolver-se em qualquer negócio, ocupação ou atividade que
prejudique ou possa prejudicar a integridade, a objetividade ou a boa reputação da profissão e
que, como resultado, seria incompatível com os princípios fundamentais.
SEÇÃO 120 – ESTRUTURA CONCEITUAL
A finalidade da estrutura conceitual é especificar a abordagem para que o profissional da
contabilidade:
(a) Identifique ameaças ao cumprimentodos princípios fundamentais.
(b) Avalie as ameaças identificadas.
(c) Trate as ameaças de forma a eliminá-las ou reduzi-las a um nível aceitável.
Ao aplicar a estrutura conceitual, o profissional da contabilidade deve:
(a) Exercer o julgamento profissional.
(b) Permanecer atento a novas informações e mudanças em fatos e circunstâncias.
(c) Usar o teste do terceiro informado e prudente.
EXERCÍCIO DO JULGAMENTO PROFISSIONAL
O QUE ESTÁ ENVOLVIDO NO JULGAMENTO
PROFISSIONAL?
RESPOSTA
RESPOSTA
O julgamento profissional envolve a aplicação de treinamento relevante, o conhecimento
profissional, a habilidade e a experiência proporcionalmente aos fatos e às circunstâncias,
incluindo a natureza e o escopo das atividades profissionais específicas e os interesses e os
relacionamentos envolvidos.
Com relação ao desenvolvimento de atividades, o exercício do julgamento profissional é
necessário quando o profissional da contabilidade aplica a estrutura conceitual a fim de tomar
decisões informadas sobre os cursos de ação disponíveis e determinar se essas decisões são
apropriadas nas circunstâncias.
O entendimento de fatos e circunstâncias conhecidos é pré-requisito para a aplicação
apropriada da estrutura conceitual. Determinar as ações necessárias para obter esse
entendimento e chegar à conclusão se os princípios fundamentais foram cumpridos também
requerem o exercício de julgamento profissional.
Ao exercer o julgamento profissional para obter esse entendimento, o profissional da
contabilidade pode considerar se:
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Há motivo para se preocupar com o fato de que informações potencialmente relevantes podem
faltar nos fatos e nas circunstâncias conhecidos pelo profissional da contabilidade.
Há inconsistência entre os fatos e as circunstâncias conhecidos e as expectativas do
profissional da contabilidade.
A competência e a experiência do profissional da contabilidade são suficientes para que se
chegue à conclusão.
Há a necessidade de consultar outros que tenham competência ou experiência relevantes.
As informações fornecem uma base razoável para se chegar à conclusão.
A própria preconcepção ou o comportamento tendencioso do profissional da contabilidade pode
afetar o exercício de seu julgamento profissional.
Pode haver outras conclusões razoáveis que poderiam ser obtidas a partir das informações
disponíveis.
TERCEIRO INFORMADO E PRUDENTE
O teste do terceiro informado e prudente é a consideração por parte do profissional da
contabilidade quanto a se as mesmas conclusões seriam provavelmente obtidas por outra
parte.
Como é feita essa consideração?
É feita do ponto de vista de um terceiro informado e prudente que pondera todos os fatos e
todas as circunstâncias relevantes a respeito dos quais o profissional da contabilidade tem, ou
poderia ter, conhecimento na época em que as conclusões são feitas.
O terceiro informado e prudente não precisa ser profissional da contabilidade, mas teria o
conhecimento e a experiência pertinentes para entender e avaliar a adequação das conclusões
do profissional da contabilidade de modo imparcial.
IDENTIFICAÇÃO DE AMEAÇAS
O profissional da contabilidade deve identificar ameaças ao cumprimento dos princípios
fundamentais.
Um pré-requisito para a identificação de ameaças por parte do profissional da contabilidade é o
entendimento dos fatos e circunstâncias, incluindo quaisquer atividades profissionais,
interesses e relacionamentos que possam comprometer o cumprimento dos princípios
fundamentais
A existência de determinadas condições, políticas e de procedimentos estabelecidos pela
profissão, legislação, regulamentação, firma ou organização empregadora a fim de melhorar a
postura ética do profissional da contabilidade também pode ajudar na identificação de ameaças
ao cumprimento dos princípios fundamentais.
As ameaças ao cumprimento dos princípios fundamentais:
Podem ser criadas por vasta gama de fatos e circunstâncias. Não é possível definir todas as
situações que criam ameaças. Além disso, a natureza dos trabalhos e a das designações de
trabalho podem diferir. Consequentemente, diferentes tipos de ameaças podem ser criados.
Enquadram-se em inúmeras categorias. No conjunto dessas ameaças, o comportamento do
profissional de contabilidade não pode ser influenciado de maneira inadequada por interesses
próprios, tampouco deve defender uma posição de cliente ou da organização empregadora que
comprometa a sua objetividade.
Na hipótese de qualquer relacionamento longo ou próximo com o cliente ou a organização
empregadora, o profissional tem de zelar para que não se torne solidário aos interesses deles
ou que de alguma maneira aceite o seu trabalho sem muito questionamento, ensejando
ingressar em uma das ameaças.
Uma circunstância pode criar mais de uma ameaça, e uma ameaça pode afetar o cumprimento
de mais de um dos princípios fundamentais.
AVALIAÇÃO DAS AMEAÇAS
Quando o profissional da contabilidade identificar uma ameaça ao cumprimento dos princípios
fundamentais, deve avaliá-la se está em nível aceitável, ou seja, se a conclusão seria
semelhante à de um profissional que usa o teste do terceiro informado e prudente.
FATORES RELEVANTES NA AVALIAÇÃO DO NÍVEL
DAS AMEAÇAS
A consideração dos fatores qualitativos, assim como quantitativos, é relevante na avaliação do
profissional da contabilidade das ameaças, assim como o efeito combinado de ameaças
múltiplas, quando aplicável.
Exemplos dessas condições, políticas e procedimentos incluem:
Exigências de governança corporativa.
Exigências educacionais, de formação e de experiência para a profissão.
Sistemas eficientes de denúncia que permitem que o profissional da contabilidade e o público
em geral chamem a atenção para o comportamento antiético.
O dever explicitamente declarado de comunicar violações de exigências éticas.
Monitoramento de órgãos profissionais ou de reguladores e procedimentos disciplinares.
CONSIDERAÇÃO DE NOVAS INFORMAÇÕES OU
MUDANÇAS NOS FATOS E CIRCUNSTÂNCIAS
Se o profissional da contabilidade tomar conhecimento de novas informações ou mudanças em
fatos e circunstâncias que possam afetar a eliminação ou redução de uma ameaça a um nível
aceitável, ele deve reavaliar e tratar essa ameaça.
Permanecer atento durante toda a atividade profissional auxilia o profissional da contabilidade
a determinar se surgiram novas informações ou se ocorreram mudanças em fatos e
circunstâncias que:
(a) Afetam o nível de uma ameaça.
(b) Afetam as conclusões do profissional da contabilidade quanto a se as salvaguardas
aplicadas continuam a ser apropriadas para tratar as ameaças identificadas.
TRATAMENTO DAS AMEAÇAS
Se o profissional da contabilidade determinar que as ameaças ao cumprimento dos princípios
fundamentais identificadas não estão em um nível aceitável, ele deve tratá-las mediante a sua
eliminação ou redução a um nível aceitável.
O profissional da contabilidade deve assim agir mediante:
(a) A eliminação das circunstâncias, incluindo interesses ou relacionamentos, que estão
gerando as ameaças
(b) A eliminação das circunstâncias, incluindo interesses ou relacionamentos, que estão
gerando as ameaças.
(c) A recusa ou o término da atividade profissional específica.
AÇÕES PARA ELIMINAR AMEAÇAS
Dependendo dos fatos e das circunstâncias, a ameaça pode ser tratada mediante a eliminação
da circunstância que gerou a ameaça.
Entretanto, há algumas situações em que as ameaças só podem ser tratadas por meio da
recusa ou do término da atividade profissional específica.
Isso porque as circunstâncias que criaram as ameaças não podem ser eliminadas, e as
salvaguardas não podem ser aplicadas para reduzir a ameaça a um nível aceitável.
SALVAGUARDAS
As salvaguardas são ações isoladas ou combinadas tomadas pelo profissional da contabilidade
e que, efetivamente, reduzem as ameaças ao cumprimento dos princípios fundamentais a um
nível aceitável.
CONSIDERAÇÃO DE JULGAMENTOS SIGNIFICATIVOS
E CONCLUSÕES GERAIS OBTIDASO profissional da contabilidade deve formar uma conclusão geral com relação às ações que irá,
ou pretende, tomar contra as ameaças criadas para as eliminar ou as reduzir a um nível
aceitável. Ao formar uma conclusão geral, o profissional da contabilidade deve:
(a) Rever todos os julgamentos significativos feitos ou conclusões obtidas.
(b) Usar o teste do terceiro informado e prudente.
Considerações para trabalhos de auditoria, de revisão e de outros trabalhos de asseguração.
INDEPENDÊNCIA
As normas internacionais de independência exigem que os contadores que prestam serviços
(contadores externos) sejam independentes ao realizar trabalhos de auditoria, de revisão e de
outros trabalhos de asseguração. A independência está relacionada com os princípios
fundamentais de objetividade e de integridade.
A independência compreende:
(A) INDEPENDÊNCIA DE PENSAMENTO
(B) APARÊNCIA DE INDEPENDÊNCIA
(A) INDEPENDÊNCIA DE PENSAMENTO
Postura que permite a expressão de uma conclusão que não seja afetada por influências que
comprometam o julgamento profissional, permitindo assim que pessoa atue com integridade e
exerça a objetividade e o ceticismo profissional.
(B) APARÊNCIA DE INDEPENDÊNCIA
Prevenção de fatos e circunstâncias que sejam tão significativos que um terceiro informado e
prudente provavelmente concluiria que a integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional
da firma ou de membro da equipe de auditoria ou asseguração tenham sido comprometidos.
As normas internacionais de independência apresentam os requisitos e o material de aplicação
sobre a forma de aplicar a estrutura conceitual para manter a independência na realização de
trabalhos de auditoria, de revisão ou de outros trabalhos de asseguração.
Os profissionais da contabilidade e as firmas devem cumprir com essas normas para que
sejam independentes na condução desses trabalhos.
A estrutura conceitual para identificar, avaliar e tratar as ameaças ao cumprimento dos
princípios fundamentais se aplica do mesmo modo ao cumprimento dos requisitos de
independência.
As categorias de ameaças ao cumprimento dos princípios fundamentais descritas no item
120.6A3 também são as categorias de ameaças ao cumprimento dos requisitos de
independência.
CETICISMO PROFISSIONAL
Nos termos das normas de auditoria, de revisão e de outras normas de asseguração, os
contadores que prestam serviços (contadores externos) têm que exercer o ceticismo
profissional no planejamento e na condução de trabalhos de auditoria, de revisão e de outros
trabalhos de asseguração.
O ceticismo profissional e os princípios fundamentais que estão descritos na seção 110 são
conceitos inter-relacionados.
Na auditoria das demonstrações contábeis, o cumprimento com os princípios fundamentais,
individual e coletivamente, apoia o exercício de ceticismo profissional, conforme demonstrado
nos exemplos a seguir:
INTEGRIDADE:
Integridade requer que o profissional da contabilidade seja direto e honesto. Por exemplo, esse
profissional cumpre com o princípio de integridade ao:
(a) Ser direto e honesto ao levantar preocupações quanto à posição tomada por cliente.
(b) Fazer indagações sobre informações inconsistentes e buscar evidências de auditoria
adicionais para tratar de preocupações sobre declarações que podem ser significativamente
falsas ou enganosas para a tomada de decisões fundamentadas sobre o curso de ação
apropriado nas circunstâncias.
Assim, o profissional da contabilidade demonstra a avaliação crítica das evidências de auditoria
que contribuem para o exercício do ceticismo profissional.
OBJETIVIDADE:
Objetividade requer que o profissional da contabilidade não comprometa o julgamento
profissional ou comercial devido a comportamento tendencioso, a conflito de interesses ou à
influência indevida de outros. Por exemplo, esse profissional cumpre com o princípio de
objetividade ao:
(a) Reconhecer as circunstâncias ou os relacionamentos como familiaridade com o cliente que
pode comprometer o seu julgamento profissional ou comercial.
(b) Considerar o impacto dessas circunstâncias e desses relacionamentos no julgamento do
profissional da contabilidade ao avaliar a suficiência e adequação das evidências de auditoria
relacionadas com assunto relevante para as demonstrações contábeis do cliente.
Assim, o profissional da contabilidade se comporta de modo a contribuir para o exercício do
ceticismo profissional, englobando a aplicação do conhecimento para a identificação dos riscos
de distorção material, devendo conduzir os procedimentos de auditoria de maneira
apropriadas.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÉTICA
No vídeo a seguir, o especialista vai apresentar o conceito da ética e seu campo de aplicação e
explicar os cinco princípios fundamentais de ética para os profissionais da contabilidade.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Reconhecer a reflexão do julgamento profissional do profissional de contabilidade.
O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL E A
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE
Um código reúne compilações sistemáticas de leis, normas e regulamentos aplicáveis em
diversos tipos de atividades.
No caso da Contabilidade, o Código de Ética Profissional está pautado na Norma Brasileira de
Contabilidade PG 01 (NBC PG 01), e tem por objetivo fixar a conduta do contador no exercício
da sua atividade e nos assuntos relacionados à profissão e à classe.
A conduta ética do contador deve se pautar nos preceitos estabelecidos nessa e nas demais
Normas Brasileiras de Contabilidade e na legislação vigente.
Vale ressaltar que o Código de Ética Profissional do Contador se aplica tanto ao contador
quanto ao técnico em contabilidade no exercício de suas prerrogativas profissionais. A NBC
PG01 determina claramente os deveres e proibições.
DEVERES E PROIBIÇÕES
A Norma Brasileira de Contabilidade PG 01 preconiza os deveres, as vedações e as
permissibilidades. De maneira geral, constam como:
DEVERES DO CONTADOR:
 Exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica,
observando sempre as Normas Brasileiras de Contabilidade e a legislação vigente,
guardando o sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional, inclusive no
âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por
autoridades competentes.
 Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto do
trabalho, mantendo a independência profissional.
 Cumprir os Programas de Educação Profissional Continuada de acordo com o
estabelecido pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
VEDAÇÕES AO CONTADOR:
 Assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral
ou desprestígio para a classe, ou exercer a profissão, quando impedido, inclusive quando
for procurador de seu cliente, mesmo que com poderes específicos, dentro das
prerrogativas profissionais.
 Auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra
exclusivamente de sua prática lícita, ou ainda, assinar documentos ou peças contábeis
elaboradas por outrem alheio à sua orientação, supervisão ou revisão.
 Explorar serviços contábeis, por si ou em organização contábil, sem registro regular
em Conselho Regional de Contabilidade, ou facilitar, por qualquer meio, o exercício da
profissão aos não habilitados ou impedidos.
PERMISSÕES DADAS AO CONTADOR:
 Transferir o contrato de serviços de seu cargo a outro profissional, com a anuência do
cliente, sempre por escrito.
 Transferir, parcialmente, a execução dos serviços de seu cargo a outro profissional,
mantendo sempre como sua a responsabilidade técnica.
 Indicar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, títulos, especializações,
serviços oferecidos, trabalhos realizados e a relação de clientes, quando autorizada por
estes.
 Publicar trabalho, científico ou técnico, assinado e sob sua responsabilidade.
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Em relação ao valor e à publicidade dos serviços profissionais,o contador deve estabelecer,
por escrito, o valor dos serviços em suas propostas de prestação de serviços profissionais,
considerando os seguintes elementos:
A)
O tempo que será consumido para a realização do trabalho.
O tempo que será consumido para a realização do trabalho.
B)
C)
A possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços.
O resultado lícito favorável que, para o contratante, advirá com o serviço prestado.
D)
E)
A peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente.
O local em que o serviço será prestado.
F)
INDEPENDÊNCIA PROFISSIONAL
De acordo com a NBC PA 400, é exigido que contadores que prestam serviços (contadores
externos) sejam independentes ao realizarem trabalhos de auditoria e revisão. A independência
está vinculada aos princípios da objetividade e da integridade.
HONORÁRIOS PROFISSIONAIS
Nas propostas para a prestação de serviços profissionais, devem constar, explicitamente, todos
os serviços cobrados de maneira individual, o valor de cada serviço, a periodicidade e a forma
de reajuste.
Aceita a proposta apresentada, deve ser celebrado, por escrito, contrato de prestação de
serviços, respeitando o disposto em legislação específica do CFC. Caso parte dos serviços
tenha de ser executada pelo próprio tomador dos serviços, isso deve estar explicitado na
proposta e no contrato.
A publicidade dos serviços contábeis, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação,
deve primar pela sua natureza técnica e científica, sendo vedada a prática da mercantilização.
A publicidade dos serviços contábeis deve ter caráter meramente informativo, ser moderada e
discreta.
De acordo com a NBC PA 400, quando o total de honorários gerados de um cliente de auditoria
pela firma que emite a opinião de auditoria representa grande proporção do total de honorários
dessa firma, a dependência nesse cliente e a preocupação em perdê-lo criam uma ameaça de
interesse próprio ou de intimidação.
Os fatores relevantes na avaliação do nível dessas ameaças incluem:
A estrutura operacional da firma.
Se a firma é bem estabelecida ou nova.
A importância do cliente para a firma em termos qualitativos ou quantitativos.
Um exemplo de ação que pode ser uma salvaguarda no tratamento dessa ameaça de interesse
próprio ou de intimidação é o aumento da base de clientes da firma para reduzir a dependência
no cliente de auditoria.
A ameaça de interesse próprio ou de intimidação é também criada quando os honorários de um
cliente de auditoria gerados pela firma representam uma grande proporção da receita de sócio
ou escritório da firma.
Os fatores relevantes na avaliação do nível dessas ameaças incluem:
A importância do cliente para o sócio ou escritório em termos qualitativos ou quantitativos.
A extensão na qual a remuneração do sócio, ou dos sócios do escritório, depende dos
honorários gerados pelo cliente.
SIGILO
Cabe ao profissional da contabilidade manter em seu poder os dados fáticos, técnicos e
científicos que dão sustentação à mensagem da publicidade dos seus serviços.
O profissional deve observar, no que couber, o Código de Defesa do Consumidor,
especialmente no que concerne à informação adequada e clara sobre os serviços a serem
prestados e à Lei de Propriedade Industrial, que dispõe sobre crimes de concorrência desleal.
DEVERES EM RELAÇÃO AOS COLEGAS E À CLASSE
A conduta do contador com relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de
consideração, respeito, apreço, solidariedade e harmonia da classe. O espírito de
solidariedade, mesmo na condição de empregado, não induz nem justifica a participação ou a
conivência com erro ou com atos infringentes de normas técnicas, éticas ou legais que regem o
exercício da profissão.
Em relação aos colegas, é orientado que o profissional se abstenha de fazer referências
prejudiciais e jamais se aproprie de trabalhos, iniciativas ou soluções encontradas por colegas
dos quais não tenha participado.
O contador deve, com relação à classe, prestar cooperação moral, intelectual e material, salvo
circunstâncias especiais que justifiquem a sua recusa, zelando pelo cumprimento das normas,
pelo prestígio da classe, pela dignidade profissional e pelo aperfeiçoamento de suas
instituições.
PENALIDADES
A transgressão de preceito das normas ou resoluções do CFC constitui infração ética,
sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de uma das seguintes penalidades:
(a) Advertência reservada
(b) Censura reservada
(c) Censura pública
Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como:
Atenuantes:
 Ação desenvolvida em defesa de prerrogativa profissional.
 Ausência de punição ética anterior.
 Prestação de serviços relevantes à Contabilidade.
 Aplicação de salvaguardas.
e
Agravantes:
 Ação ou omissão que macule publicamente a imagem do contador.
 Punição ética anterior transitada em julgado.
 Gravidade da infração.
O contador pode requerer desagravo público ao Conselho Regional de Contabilidade, quando
atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão.
DEVERES E OBRIGAÇÕES DO CONTADOR
Neste vídeo, o especialista vai apresentar a Norma Brasileira de contabilidade PG 01 e pontuar
alguns deveres e obrigações do contator.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Descrever a organização dos conselhos de contabilidade
DESCREVER A ORGANIZAÇÃO DOS
CONSELHOS DE CONTABILIDADE
Para entendermos a estrutura dos conselhos, é importante começarmos pelo Conselho Federal
de Contabilidade, uma autarquia especial corporativa dotada de personalidade jurídica de
direito público.
O CFC foi criado e regido por legislação específica, o Decreto-Lei n. 9.295, de 27 de maio de
1946, e possui estrutura, organização e funcionamento regulamentados pela Resolução CFC n.
1.370. É integrado por um representante de cada estado mais o Distrito Federal, tendo um total
de 27 conselheiros efetivos e igual número de suplentes – Lei n. 11.160/2005.
Qual a finalidade do CFC?
É orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão contábil, por intermédio dos
Conselhos Regionais de Contabilidade, e decidir, em última instância, os recursos de
penalidade imposta pelos Conselhos Regionais. Além disso, regula acerca dos princípios
contábeis, do cadastro de qualificação técnica e dos programas de educação continuada, bem
como edita Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional.
Para organizarmos o nosso estudo, vamos apresentar uma cronologia da legislação:
 Quadro: Cronologia dos Decretos e Resoluções. Elaborado por Sidmar Roberto Vieira
Almeida
DECRETO-LEI N. 9.295/1946
O Decreto-Lei n. 9.295/1946 foi o primeiro e teve como objetivo criar o Conselho Federal de
Contabilidade, definindo as atribuições do Contador e do Guarda-livros. Vamos as principais
informações contidas no referido decreto:
CAPÍTULO I - DO CONSELHO FEDERAL DE
CONTABILIDADE E DOS CONSELHOS REGIONAIS
Os conselhos de contabilidade são organizados e dirigidos pelos próprios contadores e
técnicos em contabilidade, sendo mantidos por esses profissionais e por organizações
contábeis, com independência e autonomia, sem qualquer vínculo funcional, técnico,
administrativo ou hierárquico com qualquer órgão da administração pública direta ou indireta.
Eles gozam de imunidade tributária total em relação a seus bens, suas rendas e seus serviços.
A sede do Conselho Federal de Contabilidade é em Brasília-DF. Cada Conselho Regional de
Contabilidade está na capital da unidade federativa da respectiva base territorial.
O Conselho Federal de Contabilidade terá, dentre outras, as seguintes incumbências:
Aprovar os regimentos internos organizados pelos conselhos regionais, modificando o que se
tornar necessário, a fim de manter a respectiva unidade de ação.
Tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscitadas nos Conselhos Regionais e dirimi-las.
Decidir, em última instância, os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais.
Publicar o relatório anualde seus trabalhos, em que deverá figurar a relação de todos os
profissionais registrados.
Regular acerca dos princípios contábeis, do exame de suficiência, do cadastro de qualificação
técnica e dos programas de educação continuada.
Editar normas brasileiras de contabilidade de natureza técnica e profissional.
RESOLUÇÃO CFC N. 1370
A Resolução CFC n. 1.370, de 8 de dezembro de 2011, que considerou a necessidade de o
Sistema CFC/CRCs se adequar aos novos momentos político, jurídico e institucional, resolveu:
CAPÍTULO I – DA CONSTITUIÇÃO, DAS
CARACTERÍSTICAS E FINALIDADES
De acordo com o Decreto-Lei n. 9.295, são competências dos conselhos de Contabilidade:
Registrar, fiscalizar, orientar e disciplinar, técnica e eticamente, o exercício da profissão contábil
em todo o território nacional.
Regular sobre o exame de suficiência, o cadastro de qualificação técnica e os programas de
educação continuada.
Editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional, bem como os
princípios contábeis.
ENTIDADES DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS
PROFISSÕES LIBERAIS
O que é estabelecido no art. 6º da resolução?
É estabelecido como competência do Conselho Federal de Contabilidade a regulamentação
das atividades-fim do Sistema CFC/CRCs, bem como a fiscalização e o controle das atividades
financeiras, econômicas, administrativas, contábeis e orçamentárias dos Conselhos de
Contabilidade.
As contas do CFC e dos CRCs, organizadas e apresentadas por seus presidentes, com
pareceres e deliberações das câmaras de controle interno e dos seus respectivos plenários,
serão submetidas à apreciação e ao julgamento do plenário do CFC até 30 de junho do
exercício social subsequente.
SEÇÃO II – DA COMPETÊNCIA
Os artigos 17 e 18 da resolução enumeram:
Todas as competências do CFC, dentre as quais destacamos: a elaboração, aprovação e
alteração das Normas Brasileiras de Contabilidade de Natureza Técnica e Profissional. São
essas normas que regem toda a contabilidade de maneira harmônica.
As competências dos conselhos regionais, dentre as quais destacamos: o controle e a
execução do Programa de Educação Continuada para manutenção do registro profissional.
CAPÍTULO III – DAS PRERROGATIVAS PROFISSIONAIS
E DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO
Em seu capítulo III, a Resolução CFC n. 1.370/2011 determina as prerrogativas profissionais e
do exercício da profissão.
O exercício de qualquer atividade que exija a aplicação de conhecimentos de natureza contábil
constitui prerrogativa dos contadores e dos técnicos em contabilidade em situação regular
perante o CRC da respectiva jurisdição, observadas as especificações e as discriminações
estabelecidas em resolução do CFC.
Nesse caso, o que se entende por exercício da profissão contábil?
É a execução das tarefas especificadas em resolução própria, independentemente de
exigência de assinatura do profissional da Contabilidade para quaisquer fins legais.
No caso de entidades privadas e órgãos da administração pública, direta ou indireta e
fundacional, nas empresas públicas e nas sociedades de economia mista, os empregos, os
cargos ou as funções que envolvem atividades que constituem prerrogativas dos contadores e
dos técnicos em contabilidade somente poderão ser providos e exercidos por profissionais
devidamente registrados, ativos e em situação regular perante o CRC de seu registro.
CAPÍTULO IV – DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
O artigo 24, no capítulo IV da resolução, estabelece todas as infrações, como, por exemplo:
A transgressão do Código de Ética Profissional do Contador (CEPC), ou ainda o exercício da
profissão sem registro no CRC ou, quando registrado, esteja impedido de fazê-lo. Além disso, a
incidência de erros reiterados que possam evidenciar incapacidade profissional está nessa
listagem.
Nessa esfera de infrações e penalidade, existem graduações de acordo com a gravidade.
O parágrafo único do artigo 24 determina:
O CFC CLASSIFICARÁ AS INFRAÇÕES SEGUNDO A
FREQUÊNCIA E A GRAVIDADE DA AÇÃO OU DA
OMISSÃO, OS REFLEXOS PERANTE A SOCIEDADE, A
RELEVÂNCIA DE VALORES BEM COMO OS
PREJUÍZOS DELA DECORRENTES.
(RESOLUÇÃO CFC N. 1.370, 2011)
As penas incluem multas, advertência e reservada, censura pública ou até mesmo a
suspensão e cassação do exercício profissional.
Os critérios para enquadramento das infrações e da aplicação de penas serão estabelecidos
por ato do CFC. Para conhecer e instaurar processo destinado à apreciação e à punição, é
competente o CRC da base territorial onde tenha ocorrido a infração, feita a imediata e
obrigatória comunicação, quando for o caso, ao CRC do registro principal.
CONSELHOS DE CONTABILIDADE
Neste vídeo, o especialista vai discorrer sobre a função social dos conselhos de contabilidade,
sua atuação e sua abrangência, além de demonstrar sua importância.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste conteúdo, você conheceu os diversos aspectos relacionados à ética, desde a sua
concepção filosófica até o cumprimento de leis e regulamentos pertinentes, a fim de evitar
qualquer conduta da qual o profissional da contabilidade tenha conhecimento, ou deva ter
conhecimento, que possa desacreditar a profissão.
No primeiro módulo, estudamos as concepções e teorias relacionadas à ética, os conflitos
éticos, os principais problemas éticos nas empresas, a tomada de decisão baseada em
princípios éticos, a relação entre ética e resultado contábil e os fundamentos da ética
profissional. No segundo módulo, nós nos debruçamos no Código de Ética Profissional do
Contador e, no último módulo, estudamos a organização dos Conselhos de Contabilidade.
Essa construção de conhecimento e aprimoramento contribuirá para o seu crescimento na
carreira profissional, sempre pautado nos princípios éticos.
 PODCAST
Agora, o especialista Sidmar Almeida debaterá alguns tópicos importantes sobre o tema Ética
na contabilidade.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto-Lei n. 9.295, de 27 maio de 1946. Cria o Conselho Federal de
Contabilidade, define as atribuições do Contador e do Guarda-livros, e dá outras providências.
Brasília, 1946.
BRASIL. Decreto-Lei n. 968, de 13 de outubro de 1969. Dispõe sobre o Exercício da
Supervisão Ministerial relativamente às Entidades Incumbidas da Fiscalização do Exercício de
Profissões Liberais. Brasília, 1969.
BRASIL. Decreto-Lei n. 1.040, de 21 de outubro de 1969. Dispõe sobre os Conselhos
Federal e Regionais de Contabilidade, regula a eleição de seus membros, e dá outras
providências. Brasília, 1969.
BRASIL. Lei n. 4.695, de 22 de junho de 1965. Dispõe sobre a composição do Conselho
Federal de Contabilidade e dá outras providências. Brasília, 1965.
BRASIL. Lei n. 570, de 22 de dezembro de 1948. Altera dispositivos do Decreto-lei n. 9.295,
de 27 de maio de 1946, que criou o conselho Federal de Contabilidade e dá outras
providências. Brasília, 1948.
BRASIL. Resolução CFC N. 1.486, de 15 de maio de 2015. Regulamenta o Exame de
Suficiência como requisito para obtenção de Registro Profissional em Conselho Regional de
Contabilidade (CRC). Brasília, 2015.
BRASIL. Resolução CFC N. 1.554, de 6 de dezembro de 2018. Dispõe sobre o Registro
Profissional dos Contadores. Brasília, 2018.
BRASIL. Resolução CFC N. 1.555, de 6 de dezembro de 2018. Dispõe sobre o registro das
organizações contábeis. Brasília, 2018.
BRASIL. Resolução CFC N. 1.370, de 8 de dezembro de 2011. Regulamento Geral dos
Conselhos de Contabilidade. Brasília, 2011.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. CFC. NBC PG 100, de 24 de janeiro de 2014.
Aplicação Geral aos Profissionais da Contabilidade. Brasília, 2014.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. CFC. NBC PA 400, de 24 de novembro de
2019. Aprova a NBC PA 400, que dispõe sobre a independência para trabalho de auditoria e
revisão. Brasília, 2019.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. CFC. NBC PG 01, de 7 de fevereiro de 2019.
Código de Ética Profissional do Contador. Brasília, 2019.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. CFC.[on-line]. Consultado em meio eletrônico
em: 25 fev. 2021.
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. CRCRJ.
[on-line]. Consultado em meio eletrônico em: 25 fev. 2021.
HOLANDA, A. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Positivo, 2010.
EXPLORE+
Para solidificar o seu conhecimento e alavancar a sua carreira profissional, acompanhe as
notícias, os eventos e cursos dos Conselhos Regionais de Contabilidade.
Em especial, indicamos o Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado a cada quatro anos
e que vem reunindo um número cada vez maior de participantes, além da presença dos mais
respeitados nomes da área contábil nacional e internacional. O tema de ética na contabilidade
tem sido amplamente discutido, gerando trabalhos técnico-científicos de alto nível.
CONTEUDISTA
Sidmar Roberto Vieira Almeida
 CURRÍCULO LATTES
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