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Maria Vitória Videira São João Sistema linfático → é um sistema formado por vasos e órgãos linfoides e nele circula a linfa → é basicamente um sistema auxiliar de drenagem, ou seja, auxiliar do sistema venoso → o sistema linfático por meio de capilares de fundo cego permite drenar o excesso de líquido tecidual e das proteínas plasmáticas que extravasam para a corrente sanguínea, além de resíduos da composição celular e infecção → encontra-se distribuído em todo o corpo, exceto no SNC, medula óssea e músculos esqueléticos Composição Plexos linfáticos → redes de capilares linfáticos de fundo cego que se originam nos espaços extracelulares (intercelulares) da maioria dos tecidos Vasos linfáticos → vasos de paredes finas com muitas válvulas linfáticas que compõem uma rede por quase todo o corpo para drenar a linfa dos capilares linfáticos Troncos linfáticos → são grandes vasos coletores que recebem linfa de múltiplos vasos linfáticos Linfa → é o líquido tecidual que entra nos capilares linfáticos e é conduzido por vasos linfáticos. Linfonodos → pequenas massas de tecido linfático, encontradas ao longo do trajeto dos vasos linfáticos, que filtram a linfa em seu trajeto até o sistema venoso Linfócitos → células circulantes do sistema imune que reagem contra materiais estranhos Órgãos linfoides → existem partes do corpo que produzem linfócitos (timo e medula óssea) e locais onde ocorrem as reações de resposta imunológica contra antígenos (linfonodos, baço, tonsilas e outros agregados de tecido linfoide) Órgãos linfoides primário Timo → órgão linfoide formado por massa irregular → localizado no mediastino superior anterior, atrás do esterno → o timo cresce após o nascimento e atinge seu tamanho máximo até a puberdade, posteriormente começa a regredir e grande parte da sua substância é substituída por tecido fibroso e adiposo Medula óssea → localizada no interior dos ossos longos → é o local de origem dos linfócitos B e T derivados de uma célula tronco linfoide Órgãos linfoides secundário Baço Característica → é uma massa oval, geralmente arroxeada, que tem aproximadamente o mesmo tamanho e o mesmo formato de uma mão fechada → na fase fetal, é capaz de produzir elementos figurados do sangue → é um órgão linfoide que filtra o sangue, destrói hemácias e plaquetas, além de ser um órgão onde estão presentes células de defesa (leucócitos e linfócitos), funcionando na defesa do organismo → é recoberto por uma fina cápsula fibrosa esplênica → sua drenagem venosa é feita para o sistema porta, mesmo não estando relacionada com o sistema digestivo → pode ser identificado no baço: -> 2 faces – diafragmática e visceral -> 2 margens – superior e inferior -> 2 polos – anterior e posterior Hilo → presença de uma estrutura chamada hilo do baço, uma fissura na face visceral, por onde entram e saem vasos sanguíneos e nervos Localização e relação → situa-se no lado esquerdo do corpo, contra o diafragma e protegido pela 9º-11º costela → é um órgão móvel e não palpável, a não ser que esteja muito aumentado “Passado boêmio” Anatomia Maria Vitória Videira São João → está em conexão com o estômago por meio do ligamento gastroesplênico e à parede do rim e do abdome por meio do ligamento frenoesplênico Linfonodos Localização → se encontram interpostos no trajeto dos vasos linfáticos (como ocorre no pescoço, nas cavidades torácica e abdominal e pélvica) e agem como uma barreira ou filtro contra a penetração na corrente sanguínea de microrganismos, toxinas ou substâncias estranhas no organismo Características → são elementos de defesa para o organismo, possuindo em sua composição glóbulos brancos e linfócitos → os linfonodos variam muito de tamanho, forma e coloração, ocorrem geralmente em grupo, embora possam se apresentar isolados → o linfonodo é revestido por uma cápsula fibrosa ausente apenas no hilo e da qual partem trabéculas que septam os linfonodos → como reação a uma inflamação, o linfonodo pode entumecer e se tornar dolorosos, chamado comumente de “íngua” Tecidos linfáticos associados a mucosa (MALT) → são estruturas constituídas por infiltrações de linfócitos e nódulos linfáticos no trato gastrointestinal, respiratório e urinário GALT → localizados no íleo (onde formam agregados linfáticos denominados placas de peyer), sendo constituídos por linfócitos B e T SALT → localizados na pele DALT → localizados nos ductos associados aos gânglios linfáticos BALT → localizados nas paredes dos brônquios NALT → localizados na mucosa nasal Tonsila palatina → são coleções de tecido linfoide localizado um de cada lado da parte oral da faringe no intervalo entre os arcos palatinos → a tonsila ocupa parte da fossa tonsilar, que é composto por músculo, uma lâmina e por uma fáscia Tonsila lingual → localizada na parte posterior da língua, das papilas valadas até a epiglote → são nódulos linfoides subjacentes que conferem a língua uma aparência irregular Tonsila faríngea → encontrado na parte nasal da faringe, situada na parte da túnica mucosa do teto e na parede posterior → quando a tonsila faríngea se encontra aumentada, é comumente chamada de adenoide Diferenças entre o sistema linfático e o cardiovascular → os capilares linfáticos não são contínuos com as artérias, mas sim apresentam fundo cego → o sistema linfático não possui um órgão contrátil- propulsor como o sistema cardiovascular → os vasos linfáticos não desembocam no coração, mas sim em veias → os vasos linfáticos são intercalados por linfonodos Padrão de Drenagem Linfática Capilares → as redes de capilares linfáticos de fundo cego se originam nos espaços extracelulares da maioria dos tecidos → são formados por um endotélio de parede fina e não possuem membrana basal, o que permite que proteínas, bactérias, resíduos celulares e até mesmo células inteiras (linfócitos) entrem neles com facilidade, assim como o líquido intersticial Vasos linfáticos → o líquido dos capilares vai para os vasos linfáticos superficiais, que são mais numerosos que as veias na tela subcutânea e que se anastomosam livremente, acompanhando a drenagem venosa e convergindo para ela → os vasos superficiais drenam posteriormente para os vasos linfáticos profundos que acompanham as artérias e também recebem a drenagem de órgãos internos → tanto os vasos superficiais como profundos atravessam os linfonodos em seu trajeto no sentido proximal e vão se tornando maiores à medida que se fundem com outros vasos Troncos linfáticos → os grandes vasos linfáticos entram em grandes vasos coletores, os troncos linfáticos, que se unem para formar o ducto linfático direito ou o ducto torácico Ductos linfáticos Ducto linfático direito → drena linfa do quadrante superior direito do corpo (lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax, além do membro superior direito) → na raiz do pescoço, entra na junção das veias jugular interna direita e subclávia direita, o ângulo venoso direito Ducto torácico → drena a linfa do restante do corpo → os troncos linfáticos que drenam a metade inferior do corpo unem-se no abdome, algumas vezes formando um saco coletor dilatado, a cisterna do quilo → a partir desse saco ou da união dos troncos, o ducto torácico ascende, entrando no tórax e o Maria Vitória Videira São João atravessa, para chegar no ângulo venoso esquerdo, junção das veias subclávia e jugular interna esquerda Drenagem por meio das cadeias de linfonodos → todos os vasos linfáticos e linfonodos convergem em uma região antes de cair no sistema venoso Pescoço → existe uma grande concentração de linfonodos faciais e cervicais ficam próximos ao angulo venoso (v.jugular interna e v.subclavia) → nessa região há a chegada de toda a linfa que está sendodrenada da cabeça (superficialmente) e do pescoço através do tronco jugular, caso a linfa venha de uma região mais posterior (dorso) chega pelo tronco supraclavicular → o tronco jugular e o tronco supraclaviular drenam para o ducto torácico → se fosse no lado direito iriam estar encontrando o ducto linfático direito → os troncos trazem toda a linfa da cabeça, pescoço e região dorsal superior para o ducto torácico Mamas →tem uma drenagem linfática diversificada, há vários agregados de linfonodos sendo em sua maioria na cadeia axilar e por isso, sendo drenada pelos linfonodos axilares Linfonodos que drenam a região da mama → linfonodos laterais → linfonodos posteriores → linfonodos anteriore → linfonodos centrais → linfonodos apicais → linfonodos paraesternais Drenagem → a parte superior da mama drena para os linfonodos apicais e centrais, na parte lateral drena para os linfonodos axilares e a medial para os linfonodos paraesternais → posteriormente se unem ao ângulo venoso Pulmões → na região do mediastino tem uma concentração de linfonodos e praticamente todos drenam para 2 troncos um referente a cada pulmão → os troncos broncomediastinal direito e o esquerdo drenam a linfa da árvore brônquica e a porção mediastinal de cada pulmão → os troncos vão se unir com o subclávio e vão desembocar no ducto linfático direito ou no ducto torácico Existem uma exceção, onde o tronco broncomediastinal esquerdo pode se abrir diretamente na veia braquiocefálica esquerda Região do tronco segmentado em 3 partes Troncos → ficam próximos ao hiato aórtico, perto do tronco celíaco Tronco intestinal → faz a drenagem linfática da linfa e das estruturas lipídicas que são absorvidas do intestino Troncos lombares (direito e esquerdo) → trazem a linfa que vem do membro inferior direito e do esquerdo Drenagem → eles desembocam no ducto torácico → os 3 troncos acabam por gerar um grande volume de linfa ao mesmo tempo, dessa forma, muitas vezes Linfonodos cervicais → drenam a face, o couro cabeludo e o pescoço Linfonodos axilares → drenam as axilas, mamas e membros superiores Linfonodos mediastinais → drenam a região mediastinal e a posição central do tórax Linfonodos lombares, ilíacos e inguinais→ drenam a região do abdome e membros inferiores Maria Vitória Videira São João acabam por formar uma dilatação onde se encontram próximo ao hiato aórtico, chamada de cisterna do quilo → podem acabar se ramificando em outros vasos, mas vão em direção ao ducto torácico, em direção ao ângulo venoso esquerdo Drenagem do membro superior → os vasos linfáticos superficiais originam-se de plexos linfáticos da pele dos dedos, palmas e dorso da mão e ascendem junto com as veias superficiais (veia cefálica e veia basílica) → alguns vasos que acompanham a veia basílica drenam para os linfonodos suprarocleares e depois para os axilares → os vasos que acompanham a veia cefálica drenam para os linfonodos deltoperitorais e depois para os axilares Drenagem do membro inferior → o membro inferior tem vasos linfáticos superficiais e profundos → os vasos linfáticos superficiais acompanham as veias safenas e suas tributárias → os vasos linfáticos profundos acompanham as veias tibial, fibular e as femorais → os vasos linfáticos que drenam os tecidos superficiais vão para os linfonodos inguinais superficiais, enquanto os que drenam as estruturas profundas vão para os linfonodos inguinais profundos
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