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1 ATA DA QUARTA REUNIÃO DA COMISSÃO JULGADORA DO CONCURSO DE LIVRE DOCÊNCIA, NA ÁREA DE GEOGRAFIA, DISCIPLINA GF 801 – GEOGRAFIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS, DO DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA, DO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS, DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, AO QUAL SE INSCREVEU A PROFESSORA DOUTORA CLAUDETE DE CASTRO SILVA VITTE. RESULTADO Aos vinte e dois dias do mês outubro de dois mil e vinte e um, às cinco horas e quinze minutos, reuniu-se a Comissão Julgadora do Concurso em epígrafe, virtualmente pela Plataforma Google Meets, no link: https://meet.google.com/tjz-uqzt-cbb , com a participação dos Professores Doutores Archimedes Perez Filho (Presidente), André Roberto Martin, André Tosi Furtado, Eliseu Savério Sposito e Wanderley Messias da Costa para informar as notas atribuídas individualmente pelos membros da Comissão Julgadora para a candidata, Professora Doutora Claudete de Castro Silva Vitte, bem como anunciar o resultado do Concurso. O Senhor Presidente, dando inicio aos trabalhos, destacou que a sessão estava sendo gravada e transmitida publicamente ao vivo (https://stream.meet.google.com/stream/4d5a0d6a-8033-4d3f-b69c-e583ed3b729a), nos termos do parágrafo 1º, do Artigo 1º da Deliberação CONSU-A-60/2020, que regulamenta a realização dos concursos para o Título de Livre Docente. A partir desse instante, a secretária Nara Sbrissa Rossi passou a exibir o quadro de notas, contendo as notas de cada membro, que estavam sob sua guarda após terem sido preenchidas ao final de cada prova através da ferramenta Formulários Google. Procedeu-se à tabulação das notas e ao cálculo da média ponderada das notas atribuídas em cada prova (Títulos – peso 1; Didática – peso 1 e Arguição – peso 1), cujo resultado segue abaixo transcrito: QUADRO DE NOTAS Candidata: Profa. Dra. Claudete de Castro Silva Vitte De acordo com o § 2º do Artigo 16 da Deliberação CONSU-A-60/2020, a Professora Doutora Claudete de Castro Silva Vitte foi considerada habilitada ao título de Livre-Docente. A Comissão, em atendimento ao § 3º do Artigo acima citado, emitiu Parecer Final sobre o resultado do Concurso, nos seguintes termos: “Da análise do memorial apresentado pela Professora Doutora Claudete de Castro Silva Vitte verifica-se que a candidata apresenta evolução acadêmica rica, regular e coerente, com produção científica de qualidade, caracterizada por uma postura multidisciplinar com ênfase no caráter coletivo de formação de recursos humanos. Destaca-se na sua produção científica a originalidade na aproximação entre geografia e relações COMISSÃO JULGADORA: Profs. Drs. TÍTULOS DIDÁTICA ARGUIÇÃO MÉDIA Archimedes Perez Filho 9,5 9,0 10,0 9,5 André Roberto Martin 9,5 9,0 10,0 9,5 André Tosi Furtado 9,5 9,0 9,5 9,3 Eliseu Savério Sposito 9,5 9,0 9,5 9,3 Wanderley Messias da Costa 9,5 9,0 9,5 9,3 515 https://meet.google.com/tjz-uqzt-cbb https://stream.meet.google.com/stream/4d5a0d6a-8033-4d3f-b69c-e583ed3b729a 2 internacionais, bem como intensa atividade no ensino de graduação e de pós-graduação. A candidata também demonstra engajamento nas atividades acadêmicas e administrativas do Instituto de Geociências. Nas atividades de extensão salienta-se seu importante papel na qualificação de docentes da rede pública. Na prova didática, intitulada “Integração Regional da Infraestrutura Produtiva da América do Sul: uma Experiência Recente”, a professora desenvolveu a temática proposta dentro do prazo determinado pelas normas institucionais, abordando os principais aspectos dos fenômenos por ela tratados ao longo da sua pesquisa. A aula atendeu às exigências de uma prova didática de Livre Docência. Na prova de arguição, a candidata respondeu com propriedade às questões elaboradas pela Comissão Julgadora, demonstrando maturidade e capacidade de argumentação. Diante do exposto, a Comissão Julgadora considera que a candidata Professora Doutora Claudete de Castro Silva Vitte atendeu à normativa do concurso, quantitativamente e qualitativamente e, foi considerada habilitada ao título de Professor Livre Docente do Instituto de Geociências da UNICAMP.” Em seguida, com a participação da candidata e demais convidados, o Senhor Presidente efetuou a leitura do Parecer Final, cumprimentou a Professora Doutora Claudete de Castro Silva Vitte, agradeceu a todos e encerrou a Sessão. Nada mais havendo a tratar, eu, Nara Sbrissa Rossi, lavrei a presente Ata, que depois de lida e achada conforme, vai assinada pelo Presidente, pelos demais membros da Comissão Julgadora e por mim. Cidade Universitária “Zeferino Vaz”, vinte e dois de outubro de dois mil e vinte e um. Prof. Dr. Archimedes Perez Filho Presidente Prof. Dr. André Roberto Martin Prof. Dr. André Tosi Furtado Membro Membro Prof. Dr. Eliseu Savério Sposito Prof. Dr. Wanderley Messias Costa Membro Membro Nara Sbrissa Rossi Secretária 516 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS ___________________________________________________________________________________________________ Instituto de Geociências Rua Carlos Gomes, 250, Cidade Universitária “Zeferino Vaz” Campinas | SP | Brasil | CEP: 13083-855 Diretoria Tel: +55 19 3521-4552 E-mail: diretor@ige.unicamp.br Minuta de DELIBERAÇÃO Dispõe sobre Requisitos e Procedimentos Internos para Realização de Concursos para Provimento de Cargo de Professor Titular do Instituto de Geociências. O Diretor do Instituto de Geociências, na qualidade de Presidente da Congregação, tendo em vista o decidido na 249ª Sessão Ordinária de 27 de outubro de 2021, baixa a seguinte Deliberação: Artigo 1º - Os requisitos e procedimentos internos para realização de concursos para provimento de cargo de Professor Titular no Instituto de Geociências, em consonância com a legislação em vigor, em especial a Deliberação CONSU-A-009/2015 e suas eventuais alterações ficam assim estabelecidos: I – Para inscrição, o candidato deverá entregar uma cópia impressa e uma cópia digital, em formato Portable Document Format (PDF), de seu memorial, na forma indicada no artigo 6º da Deliberação CONSU-A-09/2015, bem como uma cópia digital de cada trabalho ou documento mencionado no memorial. II - O concurso para provimento de cargo de Professor Titular constará das seguintes provas: a) Prova de Títulos, com peso 2 (dois); b) Prova de Arguição, com peso 2 (dois) e c) Prova de Erudição, com peso 1 (um). III – O prazo de validade do concurso será de 1 (um) ano, prorrogável 1 (uma) vez por igual período. Artigo 2º - Esta deliberação entra em vigor na data de sua publicação. 517 mailto:diretor@ige.unicamp.br UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA E RECURSOS NATURAIS ______________________________________________________________________________________________ Instituto de Geociências Rua Carlos Gomes, 250, Cidade Universitária “Zeferino Vaz” Campinas | SP | Brasil | CEP: 13083-855 Secretaria DGRN Tel: +55 19 3521-4696 E-mail: odoni@unicamp.br Assunto: Acordo de cooperação de pesquisa entre a Petronas Petróleo Brasil S/A e a UNICAMP com interveniência administrativa da FUNCAMP, responsável Prof. Dr. Ricardo Perobelli Borba. PARECER DGRN Nº 042/2021 A Assembleia do Departamento de Geologia e Recursos Naturais, em sua 121ª Reunião ordinária, realizada em 22 de outubro de 2021, aprovou o Acordo de cooperação de pesquisa entre a Petronas Petróleo Brasil S/A e a UNICAMP com interveniênciaadministrativa da FUNCAMP, responsável Prof. Dr. Ricardo Perobelli Borba. Parecer do departamento emitido pelo Prof. Dr. Alessandro Batezelli. Encaminhe-se à Congregação para as providências cabíveis. Cidade Universitária “Zeferino Vaz”, 25 de outubro de 2021. Prof.Dr.Alfredo Borges de Campos Chefe do Departamento de Geologia e Recursos Naturais Instituto de Geociências Universidade Estadual de Campinas 518 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS Departamento de Geologia e Recursos Naturais Parecer Institucional: Acordo de cooperação de pesquisa entre a Petronas Petróleo Brasil S/A e a UNICAMP com interveniência administrativa da FUNCAMP Interessado: Prof. Dr. Ricardo Perobelli Borba O presente parecer trata de um acordo de cooperação de pesquisa a ser firmado entre a empresa Petronas Petróleo Brasil S/A e a UNICAMP com interveniência administrativa da FUNCAMP. O acordo viabilizará a realização de um projeto de pesquisa a ser desenvolvido no IG sob coordenação do Prof. Dr. Ricardo Perobelli Borba com participação dos professores Alfredo Borges de Campos e Wanilson Luiz Silva, intitulado “Implicações geoquímicas de injeções alternadas de CO2 e água salgada (CO2-WAG) em reservatórios carbonáticos: mudanças nas propriedades mineralógicas e petrofísicas, tubulações e instalações industriais” o qual aborda tema de extrema importância no contexto atual da exploração de petróleo em campos do pré-sal brasileiro. O projeto terá vigência de 48 meses e seu início está previsto para o primeiro semestre de 2022. O objetivo geral do projeto é avaliar mudanças na hidrogeoquímica, mineralogia, propriedades petrofísicas, química dos fluidos produzidos, precipitação de carbonatos e asfaltenos em tubulações, poços e instalações industriais associadas a modos de injeção alternada CO2-WAG em reservatórios carbonáticos do Pré-sal brasileiro e análogos visando otimizar a recuperação de petróleo. Cabe salientar que para realização do projeto está previsto: 1 - Instalação em laboratório de aparato experimental de injeção alternada CO2-WAG e do CO2 puro em rochas carbonáticas em condições de P e T de reservatório. 2 - Montagem de parque analítico específico dedicado à pesquisas na área de óleo e gás por meio da aquisição de equipamentos essenciais para análise dos fluídos de injeção e das soluções salinas geradas nos experimentos de injeção. 3 - Adequação de sistemas de alimentação e de exaustão de gases em laboratório para realização dos experimentos e instalação dos equipamentos. A proposta de acordo tem sido discutida desde abril/2020 e ela está bastante amadurecida sendo de interesse direto do DGRN. Ressalta-se que o acordo de cooperação irá viabilizar o aporte de um montante significativo de recursos para o instituto via AIU, prevendo pagamento de bolsas de doutorado e pós-doutorado a alunos do Programa de Pós-graduação em Geociências do IG e 519 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS Departamento de Geologia e Recursos Naturais gerando assim, oportunidades de pesquisa e qualificação na área de óleo e gás para nossos alunos e docentes. Considerando o exposto, recomendo fortemente ao Conselho do DGRN a aprovação da proposta de acordo de cooperação elaborada pelo Prof. Dr. Ricardo Perobelli Borba. Campinas, 22 de outubro de 2021. 520 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA E RECURSOS NATURAIS Campinas, 22 de outubro de 2021 Á Chefia do Departamento de Geologia e Recursos Naturais Prof. Dr. Alfredo B. de Campos Venho por meio desta solicitar ao DGRN e ao IG a avaliação da participação de docentes do DGRN no projeto de pesquisa a ser firmado entre a Unicamp e a Petronas com a interveniência da Unicamp. Os docentes envolvidos são: Ricardo Perobelli Borba, Alfredo Borges de Campos e Wanilson Luiz Silva. Além disto solicito também a avaliação de minha participação no projeto de infraestrutura em contratação pela Unicamp e a Petronas. A pesquisa intitulada “Implicações geoquímicas de injeções alternadas do CO2 e água salgada (CO2-WAG) em reservatórios carbonáticos: mudanças nas propriedades mineralógicas e petrofísicas, tubulações e instalações industriais” tem como objetivos “Avaliar mudanças na hidrogeoquímica, mineralogia, propriedades petrofísicas, química dos fluidos produzidos, precipitação de carbonatos e asfaltenos em tubulações, poços e instalações industriais associadas a modos de injeção alternada CO2- WAG em reservatórios carbonáticos do Pré-sal brasileiro e análogos visando otimizar a recuperação de petróleo”. O projeto de infraestrutura denominado “Implantação de infraestrutura experimental e analítica para realizar experimentos de injeção alternada do CO2 e água salgada (CO2-WAG) em rochas reservatório carbonáticas do Pré-sal” tem como objetivos: 1 - Instalação em laboratório de aparato experimental de injeção alternada CO2- WAG e do CO2 puro em rochas carbonáticas em condições de P e T de reservatório. 2 - Montagem de parque analítico específico dedicado à pesquisas na área de óleo e gás por meio da aquisição de equipamentos essenciais para análise dos fluídos de injeção e das soluções salinas geradas nos experimentos de injeção. 3 - Adequação de sistemas de alimentação e de exaustão de gases em laboratório para realização dos experimentos e instalação dos equipamentos. Atenciosamente Prof. Dr. Ricardo Perobelli Borba Instituto de Geociências Rua Carlos Gomes, 250, Cidade Universitária “Zeferino Vaz” Campinas | SP | Brasil | CEP: 13083-855 Secretaria DGRN Tel: +55 19 3521-4696 E-mail: odoni@unicamp.br 521 mailto:odoni@unicamp.br 1 / 13 CLÁUSULAS DE INVESTIMENTO EM PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA PLANO DE TRABALHO DE PROJETO OU PROGRAMA PTR – PARTE A EMPRESA PETROLÍFERA QUE ENCAMINHA O PTR: PETRONAS EMPRESA PETROLÍFERA QUE ENCAMINHA O PTR: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 522 2 / 13 1 – TÍTULO Implicações geoquímicas de injeções alternadas do CO2 e água salgada (CO2-WAG) em reservatórios carbonáticos: mudanças nas propriedades mineralógicas e petrofísicas, tubulações e instalações industriais Investigadores Principais: - Professor Ricardo Perobelli Borba (borbarp@unicamp.br) – IG/UNICAMP – Eng. Geólogo (Universidade Federal de Ouro Preto), MSc e PhD (UNICAMP) – http://lattes.cnpq.br/1543462300385756 - Professor Alfredo Borges de Campos (abcampos@unicamp.br) – IG/UNICAMP - Geólogo (Universidade Federal de Minas Gerais), MSc (USP), PhD (Purdue University, USA) - http://lattes.cnpq.br/3249635044992714 2 - OBJETIVO Geral: Avaliar mudanças na hidrogeoquímica, mineralogia, propriedades petrofísicas, química dos fluidos produzidos, precipitação de carbonatos e asfaltenos em tubulações, poços e instalações industriais associadas a modos de injeção alternada CO2-WAG em reservatórios carbonáticos do Pré-sal brasileiro e análogos visando otimizar a recuperação de petróleo. Específicos: Determinar empiricamente em escala de laboratório as condições ótimas de composição química dos fluidos injetados (CO2 puro como controle experimental; modos de injeção alternada CO2-WAG com água de baixa e alta salinidade) em reservatórios carbonáticos para otimizar a exploração de petróleo, levando em consideração a distribuição de fácies, propriedades mineralógicas e geoquímicas das rochas e fluídos (composição; dissolução e precipitação de carbonatos e outros minerais), propriedades petrofísicas das rochas (porosidade; permeabilidade) e condições do reservatório (T, P, vazão injetada, volume de poro). Determinar indicadores geoquímicos e mineralógicos e mecanismos voltados para solucionarproblemas operacionais relacionados à solubilidade e precipitação de carbonatos e outros minerais, a necessidade de injeção de HCl, o risco de precipitação de asfaltenos, a integridade de reservatórios, e a preservação de equipamentos, poços e tubulações (prolongando sua vida útil por meio da diminuição da precipitação de carbonatos e asfaltenos). Desenvolver modelo geoquímico computacional para interpretar, simular e prever os efeitos de modos de injeção alternada CO2-WAG e do CO2 puro de curto e longo prazo nas propriedades e integridade de reservatórios carbonáticos do Pré-sal brasileiro e análogos. 523 3 / 13 3 - RESUMO A injeção alternada de gás CO2 e água (CO2-WAG) é um dos principais métodos de Recuperação Avançada de Petróleo (EOR) atualmente implementado em projetos emergentes offshore do Pré-sal brasileiro, como os campos de Lula e Libra. Os reservatórios do Pré-sal apresentam alta variabilidade quanto a distribuição de fácies, tipos de rochas e propriedades petrofísicas, as quais controlam os depósitos de petróleo. A resposta das fácies carbonáticas do Pré-sal, rochas e propriedades petrofísicas aos modos de injeção alternada CO2-WAG é uma questão em aberto e a determinação de ótimos de injeção para diferentes fácies, tipos de rochas e propriedades petrofísicas é vital para otimizar a recuperação de petróleo. O projeto objetiva 1) determinar modos ótimos para o fluido injetado (CO2 puro como controle experimental e CO2- WAG) em reservatórios carbonáticos para otimizar a exploração de petróleo, levando em consideração a distribuição de fácies do Pré-sal, características mineralógicas e geoquímicas de rochas e fluidos, propriedades petrofísicas de rochas, propriedades do reservatório e a preservação de equipamentos, poços e tubulações; 2) determinar indicadores geoquímicos e mineralógicos e mecanismos para solucionar problemas relacionados à solubilidade e precipitação de carbonatos e outros minerais, a necessidade de injeção de HCl, o risco de precipitação de asfaltenos e a integridade de reservatórios. A pesquisa será baseada em experimentos de laboratório, modelagem geoquímica e abordagem teórica para avaliar o desempenho do EOR e a vida útil de equipamentos, poços e tubulações, e simular a integridade dos reservatórios. Parâmetros hidrogeoquímicos e operacionais de ótimos de injeção alternada CO2-WAG serão fornecidos à Petronas, os quais poderão ser testados em condições de campo para reservatórios associados a sequências de fácies carbonáticas do Pré-sal. 4 – JUSTIFICATIVA Os reservatórios carbonáticos do Pré-sal são muito heterogêneos e apresentam grande variabilidade quanto à distribuição de fácies (Gomes et al., 2020; Figura 1). As fácies carbonáticas são diferenciadas por meio do tipo de rocha, que é descrito pelas composições mineralógicas e químicas e paleoambiente, e propriedades petrofísicas. O enriquecimento em óleo é mais comum nas fácies carbonáticas do Pré-sal associadas a quantidades maiores de minerais de carbonato de cálcio, tais como shrubs, e com maior permeabilidade e porosidade primária e secundária. Assim, a distribuição das fácies carbonáticas desempenha um papel crucial na exploração de óleo, pois controla a distribuição dos reservatórios, a migração e o depósito de petróleo (Gomes et al., 2020). A injeção alternada do gás CO2 e água salina (CO2- WAG) utilizada para recuperação do óleo têm sido realizada por meio de poços e as fases líquidas injetadas interagem com uma diversidade de fácies carbonáticas. Nas fácies carbonáticas, as condições físico- químicas podem mudar à medida que CO2 puro ou CO2 alternado com água salina são injetados, muitas vezes promovendo variações no pH e na força iônica (Vivek et al., 2017). Mudanças nas condições físico- químicas dos fluidos injetados decorrentes da interação destes com as fácies carbonáticas podem causar dissolução e precipitação de minerais, aumento ou diminuição da porosidade e permeabilidade, influenciando a recuperação do óleo. Portanto, a recuperação do óleo obtida por meio da injeção alternada 524 4 / 13 CO2-WAG é fortemente influenciada pela resposta das fácies carbonáticas, bem como das rochas associadas e propriedades petrofísicas, à injeção. Este projeto objetiva investigar a resposta do tipo de rocha e propriedades petrofísicas, ambas associadas às fácies carbonáticas do Pré-sal, a modos de injeção do CO2 puro, como controle experimental, e alternada CO2-WAG com água de alta e baixa salinidade. Figura 1: Seção transversal da Formação Barra Velha mostrando a distribuição das fácies carbonáticas no Pré-sal brasileiro. Exemplos das fácies principais e mineralogia associada: a) shrubs esferulítico com lamito, compreendendo shrubs calcítico, esferulito calcítico e argilas magnesianas localmente substituídas por dolomita; b) shrubs esferulítico com lamito, compreendendo shrubs com calcita fascicular, esferulito calcítico e argilas magnesianas; c) esferulito lamoso, compreendendo esferulito calcítico e argilas magnesianas; d) lamito esferulítico, compreendendo esferulito calcítico e argilas magnesianas; e) lamito com argila magnesiana. Os principais minerais de argila presentes na Formação Barra Velha são kerolita, estevensita, saponita, sepiolita, ilita e minerais de camada mista kerolita / esmectita e ilita / esmectita (Gomes et al., 2020). Vários desafios serão abordados no projeto. Sabe-se que o principal objetivo da injeção do CO2 associada ao método EOR é aumentar a eficiência do deslocamento e reduzir a saturação de óleo residual (Teletzke et al., 2005). Os aspectos positivos da injeção do CO2 são a redução in situ da viscosidade do óleo; alteração nas gotas de óleo favorecendo sua expulsão dos poros da rocha; redução da tensão interfacial entre as fases óleo e gasosa; a pressurização do reservatório; aumento da porosidade dos reservatórios carbonáticos e do armazenamento no reservatório desse gás de efeito estufa (Marques & Pimentel, 2016). No entanto, ainda constituem desafios controlar os efeitos da temperatura e pressão na injeção do CO2; manter a fluidez e miscibilidade do CO2; controlar ou interromper a precipitação de asfaltenos, a corrosão de tubos e equipamentos e a precipitação de carbonatos (Marques & Pimentel, 2016). Esses desafios se tornam 525 5 / 13 ainda mais complexos quando o fluido injetado interage com várias fácies carbonáticas, como é o caso dos reservatórios do Pré-sal. Tais desafios serão abordados no projeto. O método de injeção alternada CO2-WAG é uma das principais técnicas de EOR atualmente em implementação em projetos emergentes offshore do Pré-sal no Brasil, como os campos de Lula e Libra. A injeção alternada CO2-WAG aumenta a eficiência de varredura do óleo em relação à injeção contínua de gás ou água, melhorando a recuperação do óleo ao fornecer uma condição de quase miscibilidade no reservatório (Muggeridge et al., 2014; Xu et al., 2020). No entanto, para ser usado de forma eficiente, o método requer conhecimento sobre a distribuição espacial da permeabilidade e porosidade do reservatório posto que a previsão das propriedades do fluido no reservatório é complexa, havendo variações constantes de saturação de água e gás, permeabilidade e porosidade que influenciam as propriedades dos fluidos (Almeida da Costa et al., 2021). Sabe-se que a permeabilidade em rochas carbonáticas é fortemente influenciada pelas taxas de injeção do CO2. Quando a taxa de injeção aumenta, a permeabilidade pode reduzir (Okhovat et al., 2020). O tempo de injeção também pode desempenhar um papel importante na alteração da permeabilidade porque a injeção prolongada do CO2 pode levar à precipitação de minerais carbonatos a longo prazo (Okhovat et al., 2020). A heterogeneidade e a anisotropia da permeabilidade do reservatório podem influenciar a retenção do CO2, pois uma menor heterogeneidade da permeabilidadee da anisotropia aumentam a retenção do CO2 (Bo Ren & Duncan, 2019). A rede de fraturas associada à porosidade secundária pode aumentar a dissolução, uma vez que uma rocha mais fraturada promove a abertura de cavidades de dissolução (wormholes) e aumento da injetividade do fluido com o tempo, no entanto o tamanho e a localização da dissolução podem ser difíceis de se determinar. Por outro lado, uma rede de fraturas mais fechadas diminui a injeção de fluido favorecendo uma significativa dissolução na escala do poro associada à porosidade primária (Veien, 2021). A permeabilidade e a porosidade também são influenciadas pela heterogeneidade na composição química dos minerais e sua distribuição, pois os minerais controlam a dissolução da rocha. Nesse sentido, a presença de minerais não dissolvidos aumenta a complexidade da dissolução local (Ting Min et al., 2016). É reportado que a injeção imiscível do CO2 é menos eficiente para a recuperação de óleo do que a injeção miscível porque a última pode atingir água conata em poros pequenos, levando a formação de água ácida que promove maior dissolução de minerais carbonáticos (Okhovat et al., 2020). Com base nos estudos anteriores mencionados acima, pode se considerar que as interações entre fluidos injetados e rochas são bastante complexas e dependem das propriedades do fluido; mineralogia, tipo e propriedades petrofísicas da rocha; e distribuição das fácies carbonáticas. Determinar condições ótimas de injeção alternada CO2-WAG para diferentes tipos de rochas carbonáticas associadas às fácies do Pré-sal é desejável para otimizar a recuperação do óleo. Essa é uma questão em aberto importante que será abordada neste projeto. Em conjunto com os dados experimentais, a modelagem computacional (Silva et al., 2016; Formentin et al., 2017; Yasuda et al., 2018) pode ser usada para auxiliar a responder esta questão. Outro desafio é entender as reações de dissolução e precipitação que ocorrem em reservatórios carbonáticos sob injeção alternada CO2-WAG. Uma dissolução rápida mas limitada da calcita ocorre 526 6 / 13 amplamente no reservatório durante a injeção do CO2 puro, enquanto uma injeção alternada CO2-WAG promove a dissolução contínua da calcita em torno do ponto de injeção e a reprecipitação da calcita ocorre longe do ponto de injeção. Em ambos os casos, a dissolução da calcita pode levar ao desenvolvimento de zonas de maior permeabilidade e porosidade que podem influenciar a recuperação do óleo e a integridade do poço de injeção. Associado a dissolução, existe também o risco de reprecipitação de calcita na região do poço produtor de petróleo (Ribeiro et al., 2016; Silva et al., 2016). Efeito da precipitação da calcita em função do aumento da concentração do CO2 no fluido injetado é observado nos poços produtores. Normalmente em poços, a calcita é solubilizada com a injeção de ácido clorídrico. No entanto, quando em contato com o óleo, o HCl pode levar à precipitação de compostos orgânicos (asfaltenos ou naftenatos de cálcio) capazes de obstruir tubulações e bloquear linhas de fluxo, sendo portanto compostos indesejáveis (Marques & Pimentel, 2016). A precipitação de asfaltenos aumenta à medida que a pressão de injeção do CO2 aumenta porque mais componentes do óleo leve são extraídos e recuperados permanecendo no reservatório compostos mais pesados associados a asfaltenos (Qian et al., 2019). Determinar os modos ótimos de injeção alternada CO2-WAG para reduzir a precipitação destes compostos orgânicos e controlar a dissolução e reprecipitação de minerais ainda é um desafio para os reservatórios do Pré-sal que será abordado nesse projeto. Uma alternativa promissora para a questão da solubilização dos carbonatos é o uso da injeção de água de baixa salinidade (LSWI) associada ao método EOR (Ramanathan et al., 2015; Teklu et al., 2016). LSWI aumenta a densidade e a viscosidade da água, reduzindo assim a segregação por gravidade e o efeito channeling, aumentando os caminhos de fluxo preferenciais associados à dissolução mineral, e diminuindo a molhabilidade, portanto, aumentando a eficiência do método EOR para deslocar óleos crus de baixa a média gravidade (Al-Shalabi & Sepehrnoor, 2016; Teklu et al., 2016; Drexler et al., 2019; Bisweswar1 et al., 2020). Em estudo experimental em laboratório, Teklu et al. (2016) encontraram maior solubilização do CO2 em soluções aquosas com baixa salinidade, o que favorece a continuidade da solubilidade do carbonato de cálcio, portanto, menor potencial de incrustação, e promove maior recuperação do óleo. Assim, o uso da água de baixa salinidade (LSWI) no método EOR é uma alternativa promissora ao uso da água do mar a ser testada em reservatórios carbonáticos do Pré-sal, embora existam preocupações quanto ao abastecimento e descarte da água de baixa salinidade (Al-Shalabi & Sepehrnoor, 2016). A adequação do LSWI como método EOR para reservatórios offshore, como o Pré-sal, ainda é uma questão em aberto que será abordada neste projeto. A variabilidade nas propriedades mineralógicas e geoquímicas das rochas, juntamente com as diferenças nas propriedades petrofísicas dos reservatórios carbonáticos e nos procedimentos técnicos/operacionais envolvidos no método EOR, representam desafios para o gerenciamento das características químicas dos fluidos injetados. Esta é uma questão importante porque os fluidos injetados por meio do método EOR influenciam na manutenção das condições geoquímicas, podendo assim favorecer ou não o aumento na porosidade e recuperação de óleo, a diminuição da precipitação de calcita e asfaltenos em 527 7 / 13 tubulações e poços e a diminuição da corrosão de equipamentos. Portanto, determinar condições ótimas de injeção do fluido é uma questão central para a eficiência do método EOR. Este projeto de pesquisa objetiva determinar as condições ótimas de composição do fluido de injeção (CO2-WAG) para fins de otimização da recuperação de petróleo, levando em consideração a distribuição das fácies carbonáticas do Pré-sal e análogos, as propriedades mineralógicas e geoquímicas das rochas (dissolução e precipitação de carbonatos e outros minerais), as propriedades petrofísicas (porosidade e permeabilidade), e a preservação de equipamentos, poços e tubulações (controle da precipitação de calcita e asfaltenos). Também busca determinar indicadores geoquímicos e mineralógicos e mecanismos voltados para solucionar problemas relacionados à solubilidade e precipitação de carbonatos em poços, reduzindo assim a necessidade de injeção de HCl e o risco de precipitação de asfaltenos. Com base em estudos experimentais desenvolvidos em laboratório e modelagem geoquímica, espera- se obter parâmetros e indicadores hidrogeoquímicos e operacionais de injeção alternada CO2-WAG que serão úteis para monitorar e prever a dissolução e precipitação de carbonatos e de outros minerais e mudanças na mineralogia e propriedades petrofísicas das rochas sob diferentes condições de composição do fluido injetado e modos de injeção alternada CO2-WAG . 4 - MÉTODO DE EXECUÇÃO Metodologia Experimental O projeto será desenvolvido por meio de experimentos de laboratório de longo prazo baseados em modos de injeção do CO2 puro e alternada CO2-WAG em análogos e rochas carbonáticas do Pré-sal (Figuras 2 e 3). Os experimentos serão executados até atingirem um estado estacionário em termos de composição química dos fluidos com o objetivo de avaliar as alterações das propriedades mineralógicas, geoquímicas e petrofísicas das rochas quando o sistema atinge o estado de equilíbrio. Rochas carbonáticas serão coletadas em afloramentos de análogos já caracterizados (Freire et al., 2011; Lima et al., 2020; Claes, et al., 2021), tais como:, Bacia do Parnaíba, Brasil (sucessões contendo microbialita da Formação Codó); Bacia do Paraná, Brasil (carbonatos oolíticos da Formação Tatui e carbonatos intercaladoscom folhelhos da Formação Irati); Bacia de Sergipe-Alagoas, Brasil (coquina da Formação Morro do Chaves); Bacia do Araripe, Brasil (esferulititos Aptianos Araripe Barbalha da Formação Barbalha). Dados e amostras de rochas carbonáticas reservatório das fácies do Pré-sal serão fornecidos pela ANP. A composição do fluído de injeção alternada CO2-WAG, com diferentes proporções do CO2 e água (Pancholi et al., 2020), irá reproduzir a composição química dos fluidos injetados em poços, que geralmente utilizam a água do mar. A injeção de água de baixa salinidade (LSWI) ou de água carbonatada serão testadas como um método alternativo à água do mar (Nasralla et al., 2015; Yu et al., 2016; Drexler et al., 2019; Bisweswar et al., 2020; Mogensen & Masalmeh, 2020). O fluido utilizado pela Petronas para injeção alternada CO2-WAG também pode ser testado. O objetivo é determinar empiricamente as condições ótimas de composição química e proporções do CO2 e água no fluido injetado em reservatórios carbonáticos para 528 8 / 13 otimizar a recuperação do óleo. A composição química inorgânica da solução, incluindo os parâmetros físico-químicos (pH e condutividade elétrica - CE), serão determinados antes, durante e após os experimentos por meio de espectrometria de plasma indutivamente acoplado (ICP-OES ou ICP-MS, se necessário), cromatografia iônica (CI), e eletrodos de pH e CE com monitoramento automático (medição continua no fluído). As composições químicas e mineralógicas das rochas (incluindo a quantificação de minerais) serão determinadas antes e após os experimentos por técnicas de espectroscopia de fluorescência de raios-X (FRX), difração de raios-X (DRX) e microscopia eletrônica de varredura (MEV-EGF). Dados de propriedades petrofísicas (porosidade, permeabilidade e densidade) serão coletados antes, durante e após os experimentos por tomografia computadorizada de raios-X (CT), espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) e porosimetria com injeção de mercúrio (Jarzyna et al., 2016). As análises mineralógicas e petrofísicas serão realizadas em equipamentos convencionais de bancada e, se necessário, em equipamentos que utilizam a radiação síncroton. Os experimentos serão realizados em fases sucessivas levando em consideração variações na P e T, na composição do fluido e ciclos de injeção, e nas razões de injeção gás-água. Os experimentos serão realizados inicialmente utilizando valores ambiente de T e P, os quais irão aumentar gradativamente até as condições do reservatório. Após os experimentos de injeção, será realizado ensaio de compressão triaxial em amostras de rochas selecionadas para se avaliar a integridade do reservatório (Lin et al., 2021). Os resultados experimentais podem também ser úteis para subsidiar estudos relacionados ao armazenamento do CO2. Figura 2: Diagrama esquemático do sistema de injeção do fluido. 529 9 / 13 Figura 3: Fluxograma do método experimental de laboratório para as fases 1 (rochas análogas) e 2 (rochas do Pré-sal). Modelagem Geoquímica Modelagem geoquímica (Figura 4) dos modos de injeção de fluido nas rochas e fácies do Pré-sal e análogos será realizada para interpretar, simular e prever cenários de mudanças nas propriedades geoquímicas, mineralógicas e petrofísicas sob diferentes projetos operacionais de composição, proporções e ciclos de injeção de fluido (Czernichowski Lauriol et al., 2006; Dawson et al., 2013; Nasralla et al., 2015; Yu et al., 2016; Marieni et al., 2021). A modelagem geoquímica será realizada pelo PHREEQC (Parkhurst, D.L., Appelo, C.A.J., 2013), cujo software os PIs possuem grande experiência, ou por outro software sugerido pela Petronas. Figura 4: Diagrama esquemático do método de modelagem geoquímica para as fases 1 (rochas análogas) e 2 (rochas do Pré-sal). 530 10 / 13 Entregáveis e Nível de Maturidade Tecnológica (TRL) Cinco entregáveis serão gerados pelo projeto, sendo os dois primeiros diretamente relacionados aos dados experimentais (TRL = 5) e os outros de natureza mais teórica (TRL = 2) (Tabela 1). Tabela 1: Entregáveis do projeto classificados de acordo com o Nível de Maturidade Tecnológica (Technology Readiness Level, TRL), conforme definido pela NASA (https://www.nasa.gov/directorates/heo/scan/engineering/technology/technology_readiness_level). Entregável Cronograma (ano) 1 2 3 4 TRL Final (NASA) Abordagem metodológica e diretrizes para se obter os modos ótimos de injeção alternada CO2-WAG para reservatórios carbonáticos do Pré-sal brasileiro e análogos. 5 Modelo geoquímico computacional para o desenvolvimento de cenários relacionados aos efeitos dos modos de injeção alternada CO2-WAG de curto e longo prazo em reservatórios carbonáticos do Pré-sal brasileiro e análogos. 5 Estimativa do desempenho do procedimento de Recuperação Avançada de Petróleo (EOR) em reservatórios carbonáticos do Pré-sal brasileiro para os modos ótimos de injeção alternada CO2-WAG. 2 Avaliação da melhoria da vida útil de equipamentos, poços e tubulações de reservatórios carbonáticos do Pré- sal brasileiro para modos ótimos de injeção alternada CO2-WAG. 2 Simulação teórica piloto (perspectiva upscale) de mudanças na integridade de reservatórios carbonáticos associadas aos modos ótimos de injeção alternada CO2- WAG. 2 Legenda da tabela: TRL (NASA) 1 2 3 4 5 Cor 531 https://www.nasa.gov/directorates/heo/scan/engineering/technology/technology_readiness_level 11 / 13 Cronograma do projeto Ano Atividade 1 2 3 4 Formação da equipe e revisão de literatura. Amostragem e preparação de rochas carbonáticas. Montagem do experimento em laboratório. Experimentos de injeção do CO2 puro e alternada CO2-WAG. Análise química e físico-química dos fluídos e soluções por ICP-OES, CI, eletrodos de pH e CE. Análise mineralógica por DRX, FRX e microscopia eletrônica de varredura (MEV-FEG). Análise petrofísica por CT, RMN, porosimetria com Hg. Modelagem geoquímica e análise de dados. Ensaio de compressão triaxial em rochas do Pré-sal. Simulação teórica piloto de mudanças na integridade dos reservatórios carbonáticos. Estimativa de desempenho do procedimento EOR e do armazenamento do CO2. Avaliação da vida útil de operação de equipamentos, poços e tubulações. Metodologia e diretrizes para aplicação dos modos ótimos de injeção alternada CO2 – WAG em reservatórios carbonáticos do Pré-sal. Consolidação de projeto. 532 12 / 13 Referências Almeida da Costa, A., Costa, G., Embiruçu, M., Soares, J. B., Trivedi, J. J., Rocha, P. S., ... & Jaeger, P. (2021). 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Applied geochemistry, 75:137-151. 534 CLÁUSULAS DE INVESTIMENTO EM PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA PLANO DE TRABALHO DE PROJETO OU PROGRAMA PTR – PARTE A EMPRESA PETROLÍFERA QUE ENCAMINHA O PTR: PETRONAS Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 535 PTR - PARTE A Versão 4 – 10/09/2019 RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015 2 / 15 1 - TÍTULO Implantação de infraestrutura experimental e analítica para realizar experimentos de injeção alternada do CO2 e água salgada (CO2- WAG) em rochas reservatório carbonáticas do Pré-sal Coordenador: Professor Ricardo Perobelli Borba (borbarp@unicamp.br) – IG/UNICAMP – Eng. Geólogo (Universidade Federal de Ouro Preto), MSc e PhD (UNICAMP) – http://lattes.cnpq.br/1543462300385756 2- OBJETIVO Este projeto de infraestrutura tem como objetivos implantar duas linhas experimentais e ampliar o parque analítico existente na UNICAMP para viabilizar a realização de 1) experimentos de injeção alternada CO2-WAG e do CO2 puro em rochas carbonáticas sob condições de pressão e temperatura de reservatórios do Pré-sal e 2) análises químicas do fluido injetado e soluções geradas nos experimentos. A proposta de infraestrutura aqui apresentada está vinculada ao projeto de P&D apoiado pela Petronas denominado “Implicações geoquímicas de injeções alternadas do CO2 e água salgada (CO2-WAG) em reservatórios carbonáticos: mudanças nas propriedades mineralógicas e petrofísicas, tubulações e instalações industriais”. O projeto de P&D tem como objetivo geral avaliar mudanças na hidrogeoquímica, mineralogia, propriedades petrofísicas, química dos fluidos produzidos, precipitação de carbonatos e asfaltenos em tubulações, poços e instalações industriais associadas a modos de injeção alternada CO2-WAG e do CO2 puro em reservatórios carbonáticos do Pré-sal brasileiro e análogos para fins de otimização da recuperação de petróleo. A pesquisa objetiva determinar ótimos de injeção alternada CO2-WAG por meio de experimentos conduzidos em laboratório, os quais servirão para subsidiar operações de recuperação do óleo em campo (método EOR). Os experimentos e análises químicas previstos no projeto P&D serão realizados com o aparato experimental e equipamentos solicitados nesse projeto de infraestrutura. Os objetivos específicos do projeto de infraestrutura são: 1 - Instalação em laboratório de aparato experimental de injeção alternada CO2- WAG e do CO2 puro em rochas carbonáticas em condições de P e T de reservatório. 2 - Montagem de parque analítico específico dedicado à pesquisas na área de óleo e gás por meio da aquisição de equipamentos essenciais para análise dos fluídos de injeção e das soluções salinas geradas nos experimentos de injeção. 3 - Adequação de sistemas de alimentação e de exaustão de gases em laboratório para realização dos experimentos e instalação dos equipamentos. 536 PTR - PARTE A Versão 4 – 10/09/2019 RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015 3 / 15 Numa perspectiva de desenvolvimento do presente projeto e de outros no tema, a infraestrutura laboratorial a ser implantada fornecerá um ambiente específico para realizar pesquisas na área de óleo e gás relacionadas à recuperação avançada de petróleo (EOR); e a geoquímica, mineralogia e petrofísica de rochas reservatório carbonáticas. Com essa infraestrutura espera-se um ganho substancial na aquisição de dados de alta qualidade e na aplicação dos resultados gerados por este projeto e outros na mesma linha, tornando os laboratórios que irão abrigar essa infraestrutura um centro de excelência em pesquisas sobre a injeção alternada CO2-WAG em reservatórios carbonáticos do Pré-sal brasileiro e análogos para fins de otimização da recuperação de petróleo. A infraestrutura laboratorial solicitada será instalada nos Laboratórios de Geoquímica e de Análise Ambiental do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. 537 PTR - PARTE A Versão 4 – 10/09/2019 RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015 4 / 15 3 - RESUMO A injeção alternada do gás CO2 e água (CO2-WAG) é um dos principais métodos de Recuperação Avançada de Petróleo (EOR) atualmente implementado em projetos emergentes offshore do Pré-sal brasileiro. No método EOR é de suma importância a determinação de ótimos de injeção alternada CO2-WAG para diferentes fácies e tipos de rochas, com propriedades petrofísicas, mineralógicas e geoquímicas distintas, para fins de otimização da recuperação de petróleo em reservatórios carbonáticos. A obtenção de ótimos de injeção alternada CO2-WAG em condições controladas de laboratório se torna essencial para aumentar a eficiência do método EOR, constituindo este um procedimento metodológico que servirá de parâmetro para conduzir operações de EOR em campo. Para realizar pesquisa nesse tema é fundamental a implantação de infraestrutura experimental e analítica específica. Assim, o presente projeto de infraestrutura objetiva 1) instalar duas linhas experimentais de injeção alternada CO2 e água salgada (CO2-WAG) e do CO2 puro, como controle experimental, em rochas carbonáticas do Pré-sal e análogos em condições de reservatório (T aprox. de 60ºC e P aprox. de 8.500psi), 2) prover equipamentos para montagem de infraestrutura analítica voltada para realizar análises químicas (cátions e ânions) e físico-químicas (pH e condutividade elétrica) dos fluidos injetados e soluções geradas nos experimentos. Os resultados obtidos com a infraestrutura experimental e analítica serão utilizados para se determinar ótimos de injeção alternada CO2-WAG; realizar modelagem geoquímica; realizar abordagem teórica para avaliar o desempenho do EOR e a vida útil de equipamentos, poços e tubulações; e simular a integridade de reservatórios. Parâmetros hidrogeoquímicos e operacionais de ótimos de injeção alternada CO2-WAG obtidos nos experimentos serão fornecidos à Petronas, os quais poderão ser utilizados em condições de campo para otimizar a recuperação de óleo em reservatórios carbonáticos do Pré-sal. 538 PTR - PARTE A Versão 4 – 10/09/2019 RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015 5 / 15 4 - JUSTIFICATIVA Os reservatórios carbonáticos do Pré-sal são muito heterogêneos e apresentam grande variabilidade quanto à distribuição de fácies (Gomes et al., 2020). As fácies carbonáticas da Formação Barra Velha são diferenciadas por meio do tipo de rocha, que é descrito pelas composições mineralógicas e químicas e paleoambiente, e propriedades petrofísicas. O enriquecimento em óleo é mais comum nas fácies carbonáticas do Pré-sal associadas a quantidades maiores de minerais de carbonato de cálcio, tais como shrubs, e com maior permeabilidade e porosidade primária e secundária. Assim, a distribuição das fácies carbonáticas desempenha um papel crucial na exploração de óleo, pois controla a distribuição dos reservatórios, a migração e o depósito de petróleo (Gomes et al., 2020). Além dos carbonatos os principais minerais de argila presentes na Formação Barra Velha são kerolita ((Mg,Ni)3Si4O10(OH)2 · nH2O (n ~ 1)), estevensita ((Ca,Na)xMg3-x(Si4O10)(OH)2), saponita (Ca0.25(Mg,Fe)3((Si,Al)4O10)(OH)2 · nH2O), sepiolita (Mg4(Si6O15)(OH)2 · 6H2O), ilita (K0.65Al2.0[Al0.65Si3.35O10](OH)2) e minerais de camada mista kerolita / esmectita e ilita / esmectita A injeção alternada do gás CO2 e água salina (CO2-WAG) utilizada para recuperação do óleo (método EOR) têm sido realizada por meio de poços e as fases líquidas injetadas interagem com uma diversidade de fácies carbonáticas. Nas fácies carbonáticas, as condições físico-químicas podem mudar à medida que CO2 alternado com água salina ou CO2 puro são injetados, muitas vezes promovendo variações no pH e na força iônica (Vivek et al., 2017). Mudanças nas condições físico-químicas dos fluidos injetados decorrentes da interação destes com as fácies carbonáticas podem causar dissolução e precipitação de minerais, aumento ou diminuição da porosidade e permeabilidade, influenciando assim a recuperação do óleo. Portanto, a recuperação do óleo obtida por meio da injeção alternada CO2-WAG é fortemente influenciada pela resposta à injeção das fácies carbonáticas e rochas associadas, as quais em geral possuem propriedades petrofísicas, mineralógicas e geoquímicas distintas. A pesquisa associadaa este projeto de infraestrutura objetiva investigar a resposta de tipos de rochas associadas às fácies carbonáticas do Pré-sal e análogos, a modos de injeção do CO2 puro, como controle experimental, e alternada CO2-WAG com águas de alta e baixa salinidade. 539 PTR - PARTE A Versão 4 – 10/09/2019 RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015 6 / 15 Em consonância com a interação rocha-fluído injetado, a compreensão das reações de dissolução e precipitação que ocorrem em reservatórios carbonáticos sob diferentes condições/modos de injeção alternada CO2-WAG é fundamental para o êxito do procedimento de injeção. Uma dissolução rápida mas limitada do mineral carbonático calcita ocorre amplamente no reservatório durante a injeção do CO2 puro, enquanto uma injeção alternada CO2-WAG promove a dissolução contínua do mineral em torno do ponto de injeção e a reprecipitação da calcita ocorre longe do ponto de injeção. Em ambos os casos, a dissolução de carbonatos e outros minerais pode levar ao desenvolvimento de zonas de maior permeabilidade e porosidade que podem influenciar a recuperação do óleo e a integridade do poço de injeção. Associado a dissolução, existe também o risco de reprecipitação de calcita e outros minerais na região do poço produtor de petróleo (Ribeiro et al., 2016; Silva et al., 2016). Normalmente em poços, a calcita reprecipitada é solubilizada com a injeção de ácido clorídrico. No entanto, quando em contato com o óleo, o HCl pode levar à precipitação de compostos orgânicos (asfaltenos ou naftenatos de cálcio) capazes de obstruir tubulações e bloquear linhas de fluxo, sendo portanto compostos indesejáveis (Marques & Pimentel, 2016). A precipitação de asfaltenos aumenta à medida que a pressão de injeção do CO2 aumenta porque mais componentes do óleo leve são extraídos e recuperados permanecendo no reservatório compostos mais pesados associados a asfaltenos (Qian et al., 2019). Assim, a determinação de ótimos para a razão de injeção alternada CO2-WAG que controla o equilíbrio químico e a cinética das reações de dissolução e precipitação dos carbonatos e demais minerais, é procedimento chave para aumentar a eficiência do procedimento de injeção para fins de recuperação de óleo. Para determinação de ótimos de injeção, a realização de experimentos em laboratório sob diferentes condições/modos de injeção alternada CO2-WAG nas rochas carbonáticas em condições de P e T de reservatório se faz necessária. Para realizar estes experimentos é fundamental a implantação de infraestrutura experimental e analítica específica. 540 PTR - PARTE A Versão 4 – 10/09/2019 RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015 7 / 15 A realização de balanços de massa com base nas concentrações dos íons em solução associados às precipitações e dissoluções de minerais que ocorrerem nos experimentos de injeção, é necessária para se compreender os mecanismos geoquímicos e mineralógicos que controlam as condições de injeção. Em particular nesse projeto, os balanços de massa são essenciais para se determinar os efeitos das injeções do CO2 puro e alternada CO2-WAG tanto nas propriedades geoquímicas e mineralógicas quanto petrofísicas das rochas. Nas soluções salinas produzidas nos experimentos, é indicada a determinação das concentrações de íons por meio de Espectrometria de Emissão Óptica com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-OES) para cátions e Cromatografia de Íons para ânions, que são técnicas analíticas de alta qualidade para determinação de concentrações. Também para entendimento dos mecanismos geoquímicos e mineralógicos, devem ser adquiridos dados sobre parâmetros físico-químicos que refletem as condições experimentais e controlam reações químicas, como pH e a condutividade elétrica. Idealmente, medidas desses parâmetros devem ser realizadas em condições de P e T de reservatório por meio de eletrodos instalados em linha nos experimentos para garantia das condições experimentais. Neste projeto de infraestrutura são solicitados equipamentos e eletrodos necessários para realização das análises químicas e físico-químicas descritas acima. Ressalta-se que a infraestrutura laboratorial solicitada irá complementar a infraestrutura analítica existente nos laboratórios do Instituto de Geociências da UNICAMP, ampliando assim seu parque analítico em relação a equipamentos adequados para dar suporte à pesquisas na área de óleo e gás. 5 - MÉTODO DE EXECUÇÃO O principal objetivo do presente projeto de infraestrutura é a compra dos equipamentos abaixo especificados e adaptações de obras civis necessárias para construção do aparato experimental e instalação dos equipamentos. O aparato experimental a ser construído consiste num módulo principal que contém o sistema de injeção e estufa de incubação e um módulo secundário que contém sistema computacional acoplado ao módulo principal para controle e monitoramento operacional do aparato (Figuras 1 e 2). O aparato permitirá realizar experimentos em duas linhas independentes. Cada linha de experimento possibilitará a injeção de diferentes fluidos em fases sucessivas ou alternadas, de curta ou longa duração, em condições de P e T de reservatórios do Pré-sal, com variações na pressão, na temperatura, na composição do fluido e ciclos de injeção, e com diferentes razões de injeção gás-água. 541 PTR - PARTE A Versão 4 – 10/09/2019 RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015 8 / 15 Figura 1: Diagrama esquemático do sistema de injeção do fluido pertencente ao aparato experimental. 542 PTR - PARTE A Versão 4 – 10/09/2019 RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015 9 / 15 Figura 2: Módulos principal e secundário do aparato experimental. Na Tabela 1 é apresentada a descrição dos principais componentes constituintes do aparato experimental. Módulo principal Módulo secundário 543 PTR - PARTE A Versão 4 – 10/09/2019 RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015 10 / 15 Tabela 1: Descrição dos principais componentes constituintes do aparato experimental Equipamento Função Bomba de deslocamento positivo Manter a vazão constante dos diferentes fluidos durante a percolação no meio poroso da amostra de rocha Transdutor de pressão diferencial Medição da perda de pressão no meio poroso da rocha possibilitando a determinação da propriedade permoporosa, permeabilidade, durante o experimento Transdutor de pressão Medição da pressão do experimento Termopar PT 100 Medição da temperatura Estufa Controle de temperatura Supervisório de dados Coleta e armazenamento de dados Célula “Holder” Acomodar amostras de rochas em condições de reservatório durante a percolação dos fluidos nos poros da rocha Célula Garrafa/Acumulador Armazenar fluidos em condições de temperatura e pressão de reservatório que são injetados nas amostras de rochas Válvula Back-Pressure Manter as linhas, células, fluidos com a pressão constante durante o bombeio do fluido Coletor de Frações (amostrador) Equipamento usado para as coletas sequenciais de amostras dos experimentos (soluções) Eletrodo de pH Medir em linha o pH do fluido após percolar os poros da rocha Eletrodo de condutividade Medir em linha a condutividade do fluido após percolar os poros da rocha Nos experimentos de injeção alternada CO2-WAG e do CO2 puro,as amostras de rocha, previamente saturadas com água salina, serão confinadas sob pressão de 9000 psi em células “Holder”, e os fluidos CO2 e água salina serão confinados em célula garrafa/acumulador sob pressão de 8500 psi. Todas as células ficarão dentro de uma estufa para manter a temperatura constante do sistema de injeção durante 544 PTR - PARTE A Versão 4 – 10/09/2019 RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015 11 / 15 todo o experimento. Na Figura 3 é apresentado a disposição das células dentro da estufa. Figura 3: Diagrama esquemático das células dentro da estufa. A injeção dos fluidos contidos nas células garrafa/acumulador será realizada pelo deslocamento do êmbolo deslizando no interior da célula impulsionado pela água bombeada por uma bomba de deslocamento positivo mantendo a vazão constante. A razão de injeção CO2-WAG e o tempo de injeção de cada fluido nas amostras de rocha serão determinados pelo número de volume poroso, previamente determinado com base em critérios análogos ao utilizado no campo. Em linha no aparato, portanto mantendo as condições experimentais de T e P, serão instalados eletrodos de pH e condutividade elétrica que farão medidas continuas desses parâmetros nas soluções produzidas durante o experimento (Figura 3), as quais serão armazenadas no supervisório de dados (Figura 1). Dois coletores de amostras de soluções líquidas (amostrador ou coletor de frações) com funcionamento automático programado (Figura 1) irão operar em conjunto com as especificações dos experimentos. Assim, amostras serão coletadas em intervalos regulares determinados previamente e a seguir analisadas para cátions e ânions por equipamentos a serem adquiridos nesse projeto de infraestrutura. Os cátions serão analisados por Espectrômetro de Emissão Óptica com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-OES). O equipamento solicitado é o Dual View - ThermoScientific - Modelo iCAP Pro XPS que é um equipamento de última geração que opera com observação do plasma pelas vistas axial e radial, permitindo assim Eletrodos de pH e condutividade elétrica 545 PTR - PARTE A Versão 4 – 10/09/2019 RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015 12 / 15 análise de concentrações baixas e altas na mesma amostra, o que agrega um benefício extra importante para esse projeto de pesquisa posto que as amostras coletadas nos experimentos deverão conter vários elementos químicos distribuídos numa ampla faixa de concentrações. Além disso, esse item do equipamento otimiza o tempo de análise e a qualidade dos resultados pois as determinações de concentrações dos elementos podem ser realizadas simultaneamente, evitando assim diluições e repetições de análises. O equipamento opera numa cobertura espectral ampla que varia de 167 a 847 nm, o que permite selecionar comprimentos de onda na faixa espectral do ultravioleta, visível e infravermelho, aumentando dessa forma a sensibilidade do equipamento. O modo ultravioleta, por exemplo, permite melhor sensibilidade e limite de detecção para elementos entre 167 e 220 nm, por meio de uma segunda exposição focada na região do ultravioleta, o que permite determinar com segurança concentrações na faixa de ppb. Os cátions capazes de serem analisados pelo ICP-OES são (os de interesse direto do projeto em virtude dos minerais presentes nas rochas estão em negrito): Ag, Al, As, B, Ba, Be, Ca, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Hg, K, Li, Mg, Mn, Mo, Na, Ni, P, Pb, S, Sb, Se, SiO2, Sn, Sr, Ti, Tl, V, Zn. O equipamento possui sistema de economia de gás de purga (Ar ou N2) que permite operação com baixo consumo no modo de stand-by. Esse item diminui o uso de gás, portanto o custo operacional das análises. Também possuí sistema avançado para geração de hidretos com separador gás/líquido completo, com tubos para amostra/dreno para conexão ao ICP, o qual é recomendado para determinação de baixas de concentrações de As, Se, Hg e Sb em matrizes complexas, como as soluções amostradas nos experimentos de injeção. Além disso, esse ICP-OES é capaz de analisar os íons inorgânicos em amostras de óleo crú e em voláteis também. Ressalta-se que as soluções associadas aos experimentos serão analisadas para uma suíte completa de elementos, pois os minerais dissolvidos durante a injeção podem conter diversos elementos químicos de interesse para a pesquisa, em particular para os estudos de modelagem geoquímica e balanços de massa. O equipamento possui dimensões pequenas em comparação com outros modelos, ocupando espaço laboratorial reduzido, e sistema de exaustão de fácil instalação. A instalação do equipamento requer a construção de sistema de exaustão de gases, casa para abrigar os cilindros de gases, aquisição de válvulas reguladoras e sistema de canalização dos gases dos cilindros para o equipamento. Esses itens acessórios são solicitados nesse projeto de infraestrutura e constam do memorial descritivo. Os ânions (F, Cl, NO3, Br, NO2, SO4, PO4) serão analisados por Cromatógrafo de Íons. O modelo solicitado é o ECO IC. O cromatógrafo solicitado é acompanhado por amostrador automático que otimiza a rotina de análise e o equipamento possui uma bomba de alta pressão inteligente (Ipump), válvula de injeção automática com seis vias, um sistema de supressão química do tipo "packed bed", além de um detector de 546 PTR - PARTE A Versão 4 – 10/09/2019 RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015 13 / 15 condutividade digital inteligente (iDetector). As partes inteligentes do equipamento diminuem erros operacionais, fazendo o reconhecimento e ajuste automático dos itens do equipamento de acordo com o tipo de análise. Estes itens garantem a obtenção de resultados precisos para ânions com um limite de detecção em baixas concentrações. É um equipamento com capacidade para analisar vários ânions numa ampla faixa de concentrações, o que diminui o trabalho de diluição e repetição de análises. Também é um equipamento de porte pequeno que requer pouco espaço laboratorial para sua instalação. Ressalta-se que é um equipamento altamente indicado para análise de ânions mas que é limitado para análise de cátions, posto que este analisa apenas um número pequeno de cátions (Na, K, Mg, Ca, Li, NH4+) em concentrações da ordem de ppm, o que não atende as necessidades das determinações analíticas previstas no projeto P&D associado a este projeto de infraestrutura. 6 - INFORMAÇÕES ADICIONAIS/ESPECÍFICAS Os experimentos serão realizados nos Laboratórios do Instituto de Geociências da Unicamp. Os equipamentos analíticos (ICP-OES e Cromatógrafo de Íons) serão instalados nos Laboratórios de Geoquímica Experimental e de Análise Ambiental. Na Fig. 4 é mostrada a bancada do laboratório onde serão instalados o ICP- OES e o cromatógrafo de íons. Figura 4. Disposição planejada dos equipamentos ICP-OES e cromatógrafo de ions na bancada do laboratório de analise Ambiental do Instituto de Geociências da Unicamp. 547 PTR - PARTE A Versão 4 – 10/09/2019 RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015 14 / 15 O Instituto de Geociências da Unicamp possui um parque de equipamentos diversificado instalado em diversos laboratórios. Aqueles equipamentos relacionados diretamente com o projeto P&D associado a este projeto de infraestrutura são listados abaixo. 1 - Difratômetro de RX, marca BRUKER AXS, Modelo D2 PHASER - equipamento utilizado para a identificação e quantificação da composição mineralógica das rochas. 2 - Espectrômetrode Fluorescência de Raios-X Sequencial para Análise Elementar de amostras sólidas Marca Philips, Modelo PW2404 - equipamento utilizado para determinação da composição química total das amostras de rocha em estado sólido (pulverizadas). 3 - Microscópio eletrônico de Varredura da marca JEOL, modelo JSM-IT500HR com detectores de EDS e catodoluminescência acoplados. Os softwares para operação são: SEM operation JSM IT500HR version 1.270 (operação); SMILEVIEW LAb Data Control (tratamento de dados EDS); GATAN Digital Micrograph (detector CL) - equipamento utilizado para a observação de texturas e porosidades de rochas e determinação de composição química de minerais em amostras de rochas. INDICAÇÃO DAS LINHAS DE PESQUISA E PROJETOS QUE SERÃO VIABILIZADOS PELA NOVA INFRAESTRUTURA O presente projeto de infraestrutura dará suporte ao projeto de P&D também apoiado pela Petronas, o qual é pioneiro em sua linha de pesquisa (estudos experimentais de injeção de fluidos em condições de P e T de reservatório para diferentes fácies e rochas carbonáticas do Pré-sal) no âmbito do Instituto de Geociências da UNICAMP. Outras linhas de pesquisa em temas correlatos desenvolvidos no Instituto de Geociências da UNICAMP ou em associação ao instituto poderão se beneficiar deste projeto. Essas pesquisas têm sido financiadas por diversas empresas petrolíferas, no âmbito da Cláusula de PD&I presente nos Contratos para Exploração, Desenvolvimento e Produção de Petróleo e Gás Natural, e são listadas abaixo: (i) Dissolução de rochas carbonáticas devido à injeção de CO2 em altas pressões. Repsol Sinopec Brasil, Processo #01P 13846/2016. (ii) Desenvolvimento de reservatórios carbonáticos incorporando efeitos de heterogeneidades geológicas críticas - Financiado pela Shell Brasil - Processo #01p- 19948/2017 (iii) Caracterização petrofísica multi-escala de reservatórios do pré-sal". Statoil Brasil Óleo e Gás Ltda, Processo #01-P-15715-2016 (iv) Métodos quantitativos aplicados ao estudo de reservatórios carbonáticos PETROBRÁS - Processo 0050.0076277.12. (v) Análise de Carbonatos PETROBRÁS - Processo #01 P 20635/2011. * 548 PTR - PARTE A Versão 4 – 10/09/2019 RESOLUÇÃO ANP Nº 50/2015 REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 3/2015 15 / 15 (vi) Estudo do Potencial de Recuperação de Petróleo com Técnicas Baseadas na Injeção de Água de Baixa Salinidade e Adição de Íons Metálicos em Reservatórios Carbonáticos". Repsol Sinopec Brasil, Auxílio Pesquisa / 5323, (vii) Avaliação da Injeção do tipo WAG na recuperação de óleo em reservatório carbonático do Pré-sal Brasileiro". Repsol Sinopec Brasil, Auxílio Pesquisa / conv. 5324 Referências Gomes , J . P., Bunevich, R. B., Tedeschi, L. R., Tucker, M. E., & Whitaker, F. F. (2020). Facies classification and patterns of lacustrine carbonate deposition of the Barra Velha Formation, Santos Basin, Brazilian Pre-salt. Marine and Petroleum Geology, 113, [104176]. Marques, L.C.C., Pimentel, D.M. (2016) Pitfalls of CO2 Injection in Enhanced Oil Recovery. Applied Mechanics and Materials, 830:125-133. Qian, K., Yang1, S., Dou, H., Pang, J. & Huang, Y. (2019). Formation damage due to asphaltene precipitation during CO2 flooding processes with NMR technique. Oil & Gas Science and Technology - Rev. IFP Energies nouvelles, 74:11. Ribeiro, A. S., Mackay, E. J., & Guimarães, L. (2016). Predicting calcite scaling risk due to dissolution and reprecipitation in carbonate reservoirs during CO2 injection. SPE International Oilfield Scale Conference and Exhibition (SPE 179884). Silva, D., Sorbie, K. S., & Mackay, E. J. (2016). Modelling CaCO3 Scale in CO2 water alternating gas CO2-WAG processes. SPE International Oilfield Scale Conference and Exhibition (SPE 179893). Vivek, R., Sivasankar, P., & Kumar, G. S. (2017). Accelerating dissolution trapping by low saline WAG injection scenario. Energy Procedia, 114, 5038-5047. 549
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