Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
F-107 Física para Biologia Mecânica – Conceitos Gerais Prof. Dr. Edmilson Manganote • Quando se deseja medir algo, como por exemplo o comprimento de um objeto, está-se medindo uma quantidade ou grandeza física. • A medida de uma grandeza física é expressa pelo número de vezes que a unidade padrão, tomada como referência, está contida na grandeza a ser medida. • O valor de uma medida é composto por duas partes inseparáveis: o número e a unidade padrão em que a grandeza foi expressa. • Claramente, a informação de que uma pessoa saltou “15” de distância está incompleta, porque se foram 15 cm, 15 polegadas ou até 15 m, estamos falando de distâncias que são completamente diferentes. Grandezas Físicas • No sentido de normalizar as unidades de medida, foi criado o Sistema Internacional de Unidades (SI), que determina quais são as unidades padrões a serem utilizadas. Sistema de Unidades Principais unidades de medida do Sistema Internacional de Unidade a) Paramecium b) Alvéolo c) Célula Cardíaca d) Hemácias e) Bactéria Escherichia Coli a) Vírus HIV b) Hemoglobina c) Membrana Celular d) Molécula de DNA e) Moléculas de Glucose Nosso pequeno mundo... Tipos de grandezas físicas • Escalar: Uma quantidade caracterizada somente por sua magnitude. Exemplos: massa, comprimento, tempo e energia. • Vetor: Uma quantidade caracterizada por sua magnitude e direção. Exemplos: força, posição e velocidade. Vetores e Escalares Algarismos Significativos Qual é o comprimento afinal? 4,3?4,32 Algarismo duvidoso 4,32 0,005 Erro: metade da menor divisão Scolopendra heros Quais são os algarismos significativos? Qualquer algarismo à direita, no sentido usual de leitura, do primeiro algarismo não nulo Exemplos: 0,02 1 algarismo significativo 0,2 1 algarismo significativo 2 1 algarismo significativo 2,0 2 algarismos significativos 2,00 3 algarismos significativos 2000 4 algarismos significativos 2,0 x 103 2 algarismos significativos Aproximações N = 3,87XY N = 3,88 se X>5 N = 3,87 se X<5 Se X=5 se Y 5 depois de X N = 3,88 se Y< 5 depois de X N = 3,87 Operações Soma: 135 + 2,73 - 10,57 - 4,3 + 0,8 135 + 3 - 11 - 4 +1 = 124 Multiplicação e divisão: 24,63 x 12,3 = 302 n. de algs. significativos = ao que tem menos Regra prática: 135,xx+ 2,73 - 10,57 - 4,3x+ 0,8x 124,xx Regra prática: 24,63 12,3x xxxx 7389 4926 2463 302 Em operações tipo senN, cosN, exp(N), log (N) , o problema é bem mais complicado. Por exemplo: exp(0,455) = 1,576 sen(0,45) = 1,568 1,570,1 sen(0,445) = 1,560 Valor médio e desvio médio Valor médio X = <X> = ( X1 + X2 + X3 + ... + XN) / N Desvio médio: <d> = (<X> - X1+ <X> - X2+ ... + <X> - XN) / N Exemplo : Xi: 20,34 20,32 20,38 20,30 20,35 20,37 20,35 20,35 <X> = (20,34 + 20,32 + 20,38 + 20,30 + 20,35 + 20,37 + 20,35 + 20,35) / 8 <X> = 20,34 <d> = (20,34-20,34+20,34-20,32+20,34-20,38+ 20,34-20,30+ ...+ 20,34-20,35+ 20,34-20,37+ 20,34-20,35+ 20,34-20,35) / 8 <d> = 0,02 A medida se expressa por : 20,34 0,02 Algumas Relação Trigonométricas A C B senB =AC/BC cosecB = 1/senB cosB = AB/BC secB = 1/cosB tgB = AC/AB tgB= senB/cosB (AB)2 +(AC)2 = (BC)2 sen2B+cos2B = 1 tg2B+1 = sec2B sen(A ± B) = senA.cosB ± senB.cosA cos(A ± B) = cosA.cosB senA.senB ± Gráficos (1,4) (2,-5) (-3,-3) (-4,2) y = (x2 - 4) x y -3 5 -2 0 -1 -3 0 -4 1 -3 2 0 3 5 Derivada X1 X2 y2 y1 a Dy Dx a x y tg D D =a Fixando x1 e fazendo x2 x1 , A secante se transforma em tangente à curva em (x1,y1) e dx dy x y D D que é a derivada da curva em (x1,y1). Portanto, a derivada num ponto dá a tangente trigonométrica (tga) do ângulo que a tangente geométrica, no ponto considerado, forma com o eixo dos X. y x Máximos e mínimos: Derivada nula Curva crescente: Derivada positiva Curva decrescente: Derivada negativa Unidade da derivada: u(y) / u(x) Derivada Função Derivada 0 0 ax+b a exp(x) exp(x) sen(x) cos(x) arcsen(x) [1/(1-x2)]1/2 tg(x) sec²(x) sec(x) sec(x).tg(x) arctg(x) 1/(1+x²) Função Derivada 1 0 xn n xn-1 log(x) 1/x cos(x) -sen(x) arccos(x) -[1/(1-x²)]1/2 cot(x) -csc²(x) csc(x) -csc(x).cot(x) arccot(x) -1/(1+x²) Derivadas de algumas funções: Derivada Integral Definição: ou seja, a Integral da função f(x) é uma outra função, F(x), tal que a derivada de F(x) é a própria função f(x). Portanto, pode-se dizer que a Integral é a operação inversa da Derivada. É a Antiderivada. Integral Vetores direção sentido A A também pode ser representado por A O módulo de é representado por ou simplesmente por A A A Se dois vetores têm o mesmo módulo, direção e sentido, eles são iguais B B = A Algumas propriedades e operações dos vetores A A A B B B C C C A+B+C = B+C+A = C+A+B = ... A k1A k2A k3A k1>1 0<k2<1 k3<0 A + (-B) A -B A+B A B Soma de vetores: Multiplicação por um escalar: “Subtração” de vetores: Projeções A Ax Ay q A2 = Ax 2 + Ay 2 Ax = A.cosq Ay= A.senq xA yAtg =q Soma de vetores C B A y xab g Ry Rx R q Seixo x = Rx Seixo y = Ry R2x+R 2 y= R 2 xR yRtg =q Mecânica - Subdivisões • Ramo da Física que trata do movimento (ou repouso) dos corpos • Subdivisões: – Mecânica dos corpos rígidos: - Estática (corpos em repouso) - Cinemática (corpos em movimento) - Dinâmica (forças: alteram o estado dos corpos) – Mecânica dos Fluidos – Mecânica dos Corpos Deformáveis Grandezas - Mecânica • Grandezas fundamentais da Mecânica: – Posição vetorial – Velocidade vetorial – Aceleração vetorial – Massa escalar m – Tempo escalar t • Relações entre as grandezas: Mecânica Mecânica Mecânica Mecânica Mecânica Movimento retilíneo: 1) v = vo + a.t Se não há aceleração, S = So + vo.t Se não há aceleração v = vo , i.é, v é constante. 2) S = So + vo.t + (1/2).a.t 2 3) v2 = vo 2 + 2.a.DS Movimento circular uniforme de raio R e velocidade angular w : v ac1) v = w.R 2) ac = w 2R = v2/R ac é aceleração normal ou centrípeta Obs: A velocidade é sempre tangencial à trajetória A aceleração centrípeta é normal à trajetória Leis de Newton 1ª Lei – Um corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme se nenhuma força resultante atua sobre ele. Leis de Newton Leis de Newton 2ª Lei – A taxa de variação do momento de uma partícula é a força resultante que atua sobre ela, isto é: onde é o momento da partícula Se a massa é constante, então: Leis de Newton 3ª Lei – À toda ação de um corpo A sobre um corpo B, corresponde uma reação igual e de sentido oposto do corpo B sobre A. Atenção: Ação e reação atuam em corpos diferentes Leis de Newton Tipos de forças: Força peso (gravitacional) Leis de Newton Tipos de forças: Tração (ou compressão) Tração / compressão: Força característica de cabos (tração) e barras. Tração e compressão se transmitem integralmente em cabos e barras ideais (sem massa) T T Leis de Newton Tipos de forças: Contato (Normal) Normal: Reação de contato. É normal às superfícies em contato. Horizontal: P = N = 50 x 9,8 = 490 N Leis de Newton Tipos de forças: Atrito (Normal) Atrito: Força contrária ao movimento (ou à tendência de movimento) F Fa Enquanto não há movimento Fa é sempre igual a F. No limite do deslizamento: F = Fa = mN onde m é o coeficiente de atrito estático Após o deslizamento: Fa = mN onde m é o coeficiente de atrito cinético Leis de Newton Tipos de forças: Centrais (gravidade; cargas elétricas) Força de atração gravitacional e atração / repulsão elétrica: Forças centrais (agem entre os centros de massa ou de carga) e dependentes do inverso do quadrado da distância. F F Massa ou carga Massa ou carga Leis de Newton Torques (): Quando uma força atua num corpo, o módulo do torque em relação a um ponto éo produto da força pela sua distância ao ponto de aplicação. d3 O d2 d1 d4 F1 F2 F3 F4 Condições de equilíbrio: Um corpo está em repouso quando nenhuma força ou torque atua sobre ele: Torques (): Momento de uma força FR FB FP Equilíbrio: FR = FB + FP FR = FB + FP dR.FR = dB.FB + dP.FP Leis de Newton Força no Tendão de Aquiles Força nos Quadris O uso de uma bengala... Energia • Energia Mecânica: Capacidade de realizar trabalho. Se apresenta em duas formas: cinética e potencial. • Energia: Grandeza física envolvida (causa e/ou efeito) nas alterações dos estados das substâncias e dos sistemas. Obs.: • a energia é uma grandeza única e bem definida; • adjetiva-se a energia para se expressar a natureza de diferentes sistemas envolvidos nas mudanças de estado (sistemas mecânicos, eletromagnéticos, químicos, nucleares, etc.) Trabalho • Trabalho Mecânico: É o produto da força pelo deslocamento de seu ponto de aplicação na direção da força. F Dx F F a Se F(r) é um vetor constante, então W = F.Dx W = 0 W = F.Dx.cosa Teorema Trabalho-Energia F vo F Dx v v2 = vo 2 + 2a.Δx [multiplicando por (1/2)m] (1/2)m.v2 = (1/2)m.vo 2 + ma.Δx Ecf = Eci + F.Δx ΔEc = W Obs.: Se houver atrito entre o bloco e o piso: W = Wfa+ DEc Sendo F uma força constante (módulo, direção e sentido), então Energia Potencial W = mgh é o trabalho da força peso e, pelo Teorema Trabalho-Energia: ΔEc = W O trabalho da força peso não depende do caminho, ou seja, o campo gravitacional é conservativo! Energia Potencial Whorz = 0 Wvert = S(m.g.Dy) Wvert = mgh Então, se a diferença de alturas entre dois pontos nas proximidades da Terra é h, a energia potencial de uma massa m no ponto que está mais alto em relação ao ponto que está mais baixo é mgh. A B EPA,B= mgh Observe que: EcB-EcA = mg(hA- hB) Ou seja: EcA+ EPA = EcB+EPB EcA+ EPA é a energia inicial da massa m, portanto um valor constante Portanto EcB+EPB também é constante. Se Ec aumenta, EP diminui e vice-versa de tal forma a manter Ec+ EP constante. Em campos de forças conservativos, sempre: Ec+Ep = E (constante) Conservação da Energia 1- A energia não pode ser criada ou destruída, mas apenas modificada de uma forma a outra. 2- Em um sistema fechado a quantidade total de energia se conserva. Isolamento E1 E2 E3 E4 En Não há troca de massa e energia com o exterior Lei da Conservação da Energia: Conservação da Energia Energia do sistema (existem diferentes formas de energia): ET = E1 + E2 + E3 + ... + En ou DET = DE1 + DE2 + DE3 + ... + DEn dET /dt = 0 ou DET = 0 Sistema aberto: troca de energia (Q) com a vizinhança: dET /dt = Q ou DET = Q "A energia total de um sistema isolado é sempre constante” Lei da Conservação da Energia: Conservação da Energia "A energia total de um sistema isolado é sempre constante” Ecossistema (sistema aberto) A dinâmica de um ecossistema: 1) ciclo dos nutrientes; 2) fluxo de energia da luz solar para os produtores e consumidores. Produtores são as plantas e outros organismos (convertem a luz em energia química) e consumidores são organismos como os animais que alimentam-se dos produtores ou consumidores. Fotossíntese Energia e seres vivos Energia nos seres vivos Taxa Metabólica (metabolic rate) – É a taxa de consumo energético total do organismo em suas atividades vitais Taxa metabólica basal – TMB - (basal metabolic rate - BMR) – É a taxa metabólica de uma pessoa em repouso. Alimentos Oxigênio Oxidação Energia Metabolismo Calor Trabalho Corpo Humano Respiração Energia e seres vivos Se você ingeriu 2500 kcal em um dia, em repouso, quanto desse consumo se transformou em gordura? 1g de gordura = 9kcal Energia e seres vivos Energia e seres vivos Energia e seres vivos Energia e seres vivos Energia e seres vivos Eficiência – É a fração útil da energia total utilizada. A tabela abaixo dá a eficiência energética (em %) de algumas atividades do corpo humano e de algumas máquinas. Por definição, Eficiência energética média em % de algumas atividades e de algumas máquinas Corpo Andar de bicicleta 20 Nadar na superfície 2 Nadar submerso 4 Empurrando alguma coisa 3 Motor a vapor 17 Motor a gasolina 38 Usina nuclear 35 Usina a carvão 42 Qual a eficiência de um atleta que ingere 3000 kcal em alimentos e realiza 2,5 x 106J de trabalho útil? 1 cal = 4,186 J Energia e seres vivos Energia Mecânica • Energia cinética • Energia Potencial Maior massa Maior altura Maior energia potencial Maior massa Maior velocidade Maior energia cinética v2 Fluido – Definição: Mecânica dos fluidos De uma maneira geral, o fluido é caracterizado pela relativa mobilidade de suas moléculas que, além de apresentarem os movimentos de rotação e vibração, possuem movimento de translação e portanto não apresentam uma posição média fixa no corpo do fluido. Mecânica dos Fluidos – Definição: Ciência que trata do comportamento dos fluidos em repouso (Hidrostática) e em movimento (Hidrodinâmica). Estuda o transporte de quantidade de movimento nos fluidos. Quais as diferenças fundamentais entre fluido e sólido? Mecânica dos fluidos • Fluido é mole e deformável • Sólido é duro e muito pouco deformável Em linguagem mais técnica: a diferença fundamental entre sólido e fluido está relacionada com a estrutura molecular: Sólido: as moléculas sofrem forte força de atração (estão muito próximas umas das outras) e é isto que garante que o sólido tem um formato próprio; Fluido: apresenta as moléculas com um certo grau de liberdade de movimento (força de atração pequena) e não apresentam um formato próprio. Quais as diferenças fundamentais entre líquidos e gases? Mecânica dos fluidos A principal distinção entre sólido e fluido, é pelo comportamento que apresentam em face às forças externas. Se uma força de compressão fosse usada para distinguir um sólido de um fluido, este último seria inicialmente comprimido, e a partir de um certo ponto ele se comportaria exatamente como se fosse um sólido, isto é, seria incompressível. Quais as diferenças fundamentais entre líquidos e gases? Mecânica dos fluidos Líquidos: • Assumem a forma dos recipientes que os contém; • Apresentam um volume próprio (constante); • Podem apresentar uma superfície livre; Gases e vapores: • apresentam forças de atração intermoleculares desprezíveis; • não apresentam nem um formato próprio e nem um volume próprio; • ocupam todo o volume do recipiente que os contém. Grandezas fundamentais da Mecânica dos Fluidos Mecânica dos fluidos Força (F): responsável pela alteração do movimento dos corpos Massa (m): inércia dos corpos Forma: fixa; define o Centro de Massa Mecânica dos sólidos Pressão (P=F/A): responsável pela alteração do movimento dos fluidos Densidade ( = m/V): inércia dos fluidos, sendo V o volume Forma: variável, depende do reservatório Mecânica dos fluidos Estática dos fluidos Pressão: P = F/A onde F é a força normal à superfície de área A Unidade: u(P)= u(F)/u(A) = N/m2 = Pascal (Pa) Outras unidades não SI: Torr, atm, bar, mm de Hg, kgf/cm2, pound/sq.inch (psi), etc. P1 P2 +DP P1+DP P2+ DP Princípio de Pascal: A pressão aplicada a um fluido confinado se transmite integralmente a todos os pontos do fluido. Estática dos fluidos Princípio de Pascal: A pressão aplicada a um fluido confinado se transmite integralmente a todos os pontos do fluido. F1 F2 1 1 2 2 2 2 1 1 2 2 2 1 1 1 F A A F A F A F A F P A F P == = = Portanto, se A2 > A1 então F2 > F1 Estática dos fluidos Pressão devido a uma coluna de fluido No fundo, a força será: F = mg = .V.g = .A.h.g, onde = m/V é a densidade do fluido. A pressão será portanto: P = F/A = = .h.g h Paradoxo hidrostático Estática dos fluidos PressãoAtmosférica Normal • Para uniformizar estudos que dependem das condições atmosféricas, adota-se um valor padrão para as condições normais de temperatura e pressão; • Os valores da atmosfera padrão, no nível do mar são: – p = 760,0 mmHg = 101,325 kPa – T = 15oC = 288K – ρ = 1,2232 kg/m3 – γ = 11,9 N/m3 – μ = 1,777 x 10-5 N.s/m2 Estática dos fluidos É a pressão equivalente à exercida por uma coluna de mercúrio de 760 mm de altura, exatamente a 0°C, sob gravidade normal (gn= 980,665 cm/s 2 = 9,806 65 m/s2) Pressão Atmosférica Normal Estática dos fluidos Pressão Atmosférica Normal • Frequentemente se especificam as pressões dando a altura da coluna de mercúrio que a 0°C exerce a mesma pressão; • Assim, é costume expressar a pressão em milímetros de mercúrio (mmHg), unidade de pressão que recebe, também, o nome de Torr em homenagem a Torricelli: 1 mmHg = 1 Torr = 13,5955 g/cm3 x 980,665 cm/s2 x 0,1 cm = 133,326 Pa 1 cmHg = 10 Torr = 1333 Pa Estática dos fluidos Medidas da pressão: • As medidas de pressão são realizadas em relação a uma determinada pressão de referência; • Adota-se como referência a pressão nula existente no vácuo absoluto ou a pressão atmosférica local; pabs= patm + pefetiva patm = patmosférica local pefetiva p=0 (vácuo absoluto) p= pabs Estática dos fluidos Medidas da pressão: • Manômetros: Indicam a diferença entre a pressão medida e a pressão atmosférica local; Os Manômetros medem a pressão efetiva que pode ser positiva ou negativa (pressões de vácuo – menores que a pressão atmosférica); • Barômetros: medem a pressão atmosférica local; O Barômetro de mercúrio (mais simples) consiste em um tubo de vidro cheio de mercúrio com sua extremidade aberta imersa em um recipiente com mercúrio Manômetro Bourdon Estática dos fluidos Medidas da pressão: Estática dos fluidos EMPUXO F1 F2 h E = F1 – F2 = P1.A– P2.A = DP.A f.h.g.A Pois DP = fhg Mas A.h = Vi Ou seja: E =f.Vi.g Teorema de Arquimedes: Todo corpo imerso num fluido sofre a ação de uma força de baixo para cima igual ao peso de fluido deslocado Peso Aparente: Pap = Preal - E p E Fluidos: Dinâmica dos Fluidos De uma maneira geral, o fluido é caracterizado pela relativa mobilidade de suas moléculas que, além de apresentarem os movimentos de rotação e vibração, possuem movimento de translação e portanto não apresentam uma posição média fixa no corpo do fluido. Ciência que trata do comportamento dos fluidos em repouso e em movimento. Estuda o transporte de quantidade de movimento nos fluidos. Mecânica dos Fluidos: Fluidos estáticos (Hidrostática): Dinâmica dos Fluidos A Hidrostática trata dos fluidos em repouso, caracterizando e quantificando suas propriedades, como pressão, volume, densidade, envolvendo leis como os Princípios de Pascal e de Arquimedes (empuxo). A Hidrodinâmica trata dos fluidos em movimento, envolvendo leis de conservação de massa (equação da continuidade) e energia (Bernouille). Fluidos em movimento (Hidrodinâmica): Dinâmica dos fluidos Fluxo: Φ = ΔV/Δt Unidade: m3/s, l/s, etc Tipos de fluxo: Laminar e Turbulento turbulento laminar Nova variável: tempo (t) Dinâmica dos fluidos • Escoamento Laminar: As partículas descrevem trajetórias paralelas. • Escoamento Turbulento: As trajetórias são errantes e cuja previsão é impossível; • Escoamento de Transição: Representa a passagem do escoamento laminar para o turbulento ou vice-versa. Dinâmica dos fluidos Número de Reynolds: transição entre o regime laminar e o turbulento Exemplo: Sangue na aorta R = 1 cm; v = 0, 3 m/s; = 1.060 kg/m3; = 4 mPas NR = 1.590 Laminar Dinâmica dos fluidos Equação de Continuidade: V1 = A1.x1 = A1.v1.Dt V2 = A2.x2 = A2.v2.Dt Vazão: = V/Dt 1 = V1/Dt 2 = V2/Dt Conservação da massa: 1 = 2 A1.v1 = A2.v2 ou A.v = cte. Dinâmica dos fluidos Relação entre fluxo e diferença de pressão: F1 P1 Patm F2 P2 Patm P1<P2 Lei de Poiseuille: 4r L8 R = η - viscosidade do fluido L- comprimento do tubo r - raio da seção reta do tubo Unidade de R: u(R) =u(P)/u(f) = Pa.s/m3 no SI (também usado: torr.s/l) Unidade de : u() = u(R).u4(r)/u(r) = Pa.s = N.s/m2 no SI (também muito usada: Poise (Pi) = 0,1 Pa.s DP = R Semelhante à resistência elétrica: DV=R.i Dinâmica dos fluidos Aplicação da Lei de Poiseuille: DP = R Dinâmica dos fluidos Viscosidade: Dinâmica dos fluidos Viscosidade: perfil de velocidades baixa viscosidade alta viscosidade v = 0 na superfície Dinâmica dos fluidos Viscosidade: fluidos ideais e reais Escoamento de um fluido ideal (viscosidade nula) Escoamento de um fluido real (viscosidade não nula) Dinâmica dos fluidos Aparelho circulatório (sob o aspecto da dinâmica de fluidos) Dinâmica dos fluidos Aparelho circulatório (sob o aspecto da dinâmica de fluidos) Dinâmica dos fluidos Equação de Bernoulli (Conservação da energia): A1 y1 A2 y2v1 v2 2 222 2 111 v 2 1 gypv 2 1 gyp ++=++ Para um tubo horizontal, y1 = y2 e: 2 22 2 11 v 2 1 pv 2 1 p +=+ Dinâmica dos fluidos Equação de Bernoulli (Aplicações): 222111 vAvA = cteghvp =++ 2 2 1 e Dinâmica dos fluidos Equação de Bernoulli (Aplicações): Tubo Venturi Dinâmica dos fluidos Equação de Bernoulli (Aplicações): cteghvp =++ 2 2 1 Dinâmica dos fluidos cteghvp =++ 2 2 1 Equação de Bernoulli (Aplicações): Sustentação Dinâmica dos fluidos Equação de Bernoulli (Aplicações): Efeito Magnus + = Força resultante: bola com efeito Bernoulli outra vez!!!! Dinâmica dos fluidos Tensão superficial: resultante das forças de atração que as moléculas internas do líquido exercem junto às da superfície. Força total não nula Força total nula superfície http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:2006-01-15_coin_on_water.jpg http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:2006-01-15_coin_on_water.jpg Dinâmica dos fluidos Tensão superficial: Líquido Tensão superficial (N/m) Plasma sanguíneo 0,073 Sangue 0,058 Etanol 0,023 Mercúrio 0,436 Água 0oC 20oC 100oC 0,076 0,072 0,059 Água com sabão 0,037 F L L F =g g: Tensão superficial Unidade: N/m A força total na perna do mosquito é: FT = g.2rcosq Dinâmica dos fluidos Tensão superficial: Considerações importantes: 1. g está ligado a propriedades moleculares do líquido. Depende, portanto do material; 2. O fator 2 que multiplica g vem da existência de duas superfícies. No caso de uma única superfície, não tem o fator 2. F = g.L = g.2r FT = F.cosq r F Fq F.cosq FT Dinâmica dos fluidos Capilaridade: propriedade dos fluidos de subir ou descer em tubos muito finos CAPILARIDADE Fa FcF q FT h r FT = mg 2rgcosq = Vg 2rgcosq =r2hg gr cos2 h qg = Fa Fc F q h Dinâmica dos fluidos Osmose: movimento da água entre meios com concentrações diferentes de solutos separados por uma membrana semipermeável DP F Pressão Osmótica
Compartilhar