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TCC_ANDRINE VARELA_CONSTRUÇÃO ENERGITÉRMICA SUSTENTÁVEL

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FACULDADE ESTÁCIO DE CURITIBA 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
ANDRINE MARIANA VARELA DA CRUZ 
 
 
 
 
 
CONSTRUÇÃO ENERGITÉRMICA SUSTENTÁVEL: 
UM ESTUDO COMO ALTERNATIVA AO MODELO DE 
CONSTRUÇÃO CONVENCIONAL NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2022 
 
 
ANDRINE MARIANA VARELA DA CRUZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSTRUÇÃO ENERGITÉRMICA SUSTENTÁVEL: 
UM ESTUDO COMO ALTERNATIVA AO MODELO DE 
CONSTRUÇÃO CONVENCIONAL NO BRASIL 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como requisito parcial para 
obtenção do grau de Bacharel no curso de 
Engenharia Civil da Faculdade Estácio de 
Curitiba. 
 
Orientador: Prof. Dr. Adriano Augusto de 
Miranda 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2022 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
A concretização de um projeto com esta natureza, se deve antes a todos aqueles 
que de forma direta ou indireta se envolveram na minha jornada, que foi longa e de 
muita perseverança. Porém, sempre acompanhada de grandes pessoas que me 
incentivaram e me apoiaram e não me deixaram desistir. 
 
Agraço a todos os colegas do curso de Engenharia Civil, que estiveram juntos, 
apoiando, compartilhando experiencias e tornando a realização desse sonho 
possível. Minha eterna gratidão, em especial, a: Lucas Vilas Boas, Jaqueline B 
Carvalho, Jackeline Saito, Jéssica Correa, Jucinéia AP Nunes, Paulo Sérgio 
Primo, e in memoriam ao nosso colega Renato José Czerniak Junior, que 
infelizmente foi uma das vítimas de Covid, no ano de 2021, e que (com toda 
certeza), estaria se formando com a nossa turma. 
 
Obrigada a minha mãe Mariza Varela, por me incentivar desde muito cedo, no 
caminho da educação, leitura e aprendizado. Por ter me criado sozinha mesmo com 
todas as adversidades. 
 
Obrigada a Claudia Marys Trentini, pela ajuda e revisão nesse trabalho, por todo 
companheirismo, incentivo e zelo, pela enorme paciência nesses longos anos de 
faculdade... e ao Theozinho Trentini, por me alegrar em qualquer momento. 
 
Aos meus grandes amigos de vida, que são uma verdadeira família. 
 
Aos meus colegas de empresa, da Claro Brasil, por todo apoio. 
 
Um grande agradecimento a todos docentes do curso de Engenharia Civil pelos 
ensinamentos nesta etapa de nossas vidas. 
 
Enfim, agradeço a todos que de alguma forma auxiliaram na realização dessa 
grande conquista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Os sonhos não determinam o lugar 
em que você vai estar, mas produzem 
a força necessária para tirá-lo do lugar 
em que está". 
 
Augusto Cury, 2013. 
 
 
RESUMO 
 
Os novos modelos de tecnologias em construção civil, devem ser estudados, considerando 
os problemas atuais no meio ambiente, como a falta de matéria-prima, desperdícios de 
recursos hídricos, geração de resíduos sólidos e construções demoradas. O presente 
trabalho aborda os detalhes construtivos do modelo de construção energitérmica 
sustentável- CES, que compreende os sistemas construtivos de Wood frame e Steel frame, 
para alternativa ao modelo tradicional no Brasil, de estrutura de concreto armado e a 
alvenaria de blocos cerâmicos. Essa pesquisa apresenta as etapas construtivas, 
características, e vantagens e desvantagens do modelo apresentado. Busca-se no decorrer 
desse contribuir na divulgação das opções na construção civil, mais sustentáveis, rápidas e 
com rápido retorno financeiro. 
 
Palavras-chave: Construção Civil, Construção a Seco, Construções Sustentáveis, Construções 
energitérmicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ABSTRACT 
 
 
The new models of civil constructions should be studied, considering the current problems in 
environment, such as the lack of water resources, the solid waste generation and the 
lengthy constructions. This present work propose details of the sustainable energy 
construction model - CES, which comprehend the Wood frame and Steel frame construction 
systems as an alternative method of traditional Brazilian model, reinforced concrete 
structure and masonry of ceramic blocks. This research presents constructives stages, 
characteristics, advantages and disadvantages of the model proposed. In the course of this 
study, it is also sought to contribute in disclosure of the options in civil constructions that is 
more sustaintable, faster and with quick financials returns. 
 
Keywords: Civil Construction, Dry Construction, Sustainable Constructions, Thermal Energy 
Constructions 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Benefícios da Eficiência Energética ......................................................... 18 
Figura 2 - Exemplo de fundação LSF ....................................................................... 21 
Figura 3 - Construção de Hospital na China ............................................................. 22 
Figura 4 - Construção de Hospital em Nova Iguaçu ................................................. 23 
Figura 5 - Exemplo de construção em estrutura de madeira .................................... 26 
Figura 6 - Prédio em Wood frame da Tecverde em Araucária ................................. 27 
Figura 7 - Composição de Paredes em Wood frame ................................................ 30 
Figura 8 - Membrana Hidrófuga ................................................................................ 31 
Figura 9 - Esquema estrutural em Wood frame ........................................................ 32 
Figura 10 - Esquema Hidráulico e Elétrico ............................................................... 32 
Figura 11 - Esquema Telhado .................................................................................. 33 
Figura 12 - Exemplo de Telhado em Wood Frame ................................................... 33 
Figura 13 - Acabamento de Telhado em Wood Frame ............................................. 34 
Figura 14 - Esquema estrutural em Wood Frame ..................................................... 39 
Figura 15 - Esquema de transferência de cargas à fundação .................................. 41 
Figura 16 - Esquema de contraventamento de aço galvanizado .............................. 44 
Figura 17 - Exemplo de construção pelo Método “Stick” .......................................... 45 
Figura 18 - Exemplo de construção por painéis ....................................................... 46 
Figura 19 - Método construtivo off-site ..................................................................... 47 
Figura 20 - Exemplo de off-site ................................................................................. 48 
Figura 21 - Esquema de distribuição de cargas. ...................................................... 50 
Figura 22 - Esquema estrutural Balloon e Platform frame ........................................ 50 
Figura 23 - Perfis metálicos ...................................................................................... 51 
Figura 24 - Exemplo de Projeto com Revit ............................................................... 52 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1- Vantagens CES ........................................................................................ 19 
Tabela 2 - Comparativo entre Madeira, aço e concreto ............................................ 24 
Tabela 3 - Propriedades e caracterização dos aços ................................................. 36 
Tabela 4 - Vantagens e desvantagens do Steel Frame ............................................ 38 
Tabela 5 - Designações e aplicações dos perfis de aço em LSF .............................. 43 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 - Vantagens e desvantagens do Wood frame ........................................... 28 
Quadro 2 - Características do Método “Stick” ........................................................... 45 
Quadro 3 - Característicasdo Método por painéis ................................................... 46 
Quadro 4 - Característica da Construção Modular ................................................... 49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
BIM Building Information Modeling 
CBSC Conselho Brasileiro de Construção Sustentável 
CES Construção Energitérmica Sustentável 
IEA International Energy Agency 
LWF Light Wood Frame 
RCC Resíduos de Construção Civil 
WF Wood Frame 
OSB Oriented Strand Board 
SEforAll Sustainable Energy for All 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 14 
1.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 15 
1.1.1 Objetivos Específicos ................................................................................. 15 
1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 15 
1.3 METODOLOGIA ............................................................................................... 16 
2 CONSTRUÇÃO ENERGITÉRMICA SUSTENTÁVEL ........................................... 17 
2.1 WOOD FRAME ................................................................................................ 24 
2.1.1 Definição do Wood Frame .......................................................................... 24 
2.1.2 Método Construtivo .................................................................................... 29 
2.2 STEEL FRAME ................................................................................................ 35 
2.2.1 Definição do Steel Frame ........................................................................... 35 
2.2.2 Método Construtivo .................................................................................... 41 
2.2.2.1 Método “stick” .......................................................................................... 44 
2.2.2.2 Método por painéis .................................................................................. 46 
2.2.2.4 Construção Modular (off-site) .................................................................. 47 
2.2.2.5 Platform Framing e Balloon Framing ....................................................... 49 
2.2.2.6 Guias ....................................................................................................... 51 
2.3 CONSTRUÇÃO 4.0 .......................................................................................... 52 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 54 
SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ......................................................... 54 
REFERENCIAS ........................................................................................................ 54 
 
 
 
 
 
14 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Este estudo tem como tema principal a aplicabilidade dos modelos de 
Construção Energitérmica Sustentável (CES) no Brasil, num país tão caracterizado 
pelos sistemas construtivos artesanais como na utilização de estrutura de concreto 
armado e a alvenaria de blocos cerâmicos. 
 A construção civil é um dos principais setores para o desenvolvimento e 
crescimento de uma nação. Porém, está atrelada a grandes impactos ambientais, 
com a grande utilização de recursos naturais e na produção desenfreada de 
Resíduos de Construção Civil (RCC). 
 Visando uma alternativa ao panorama atual, temos a tecnologia CES, que já 
vem sendo amplamente utilizada em países desenvolvidos e que se destaca pelo 
uso mínimo da água na execução da obra (construção a seco), sendo mais 
sustentável pelo seu desempenho térmico nas construções aliada a economia de 
energia e água, em todas as fases, além do seu tempo de construção mais rápido. 
 A cada dia mais é preciso de técnicas construtivas que tenham a capacidade 
de unir sustentabilidade, qualidade, rapidez e economia para produção em massa. 
Com o coronavírus e seus impactos, esse modelo apresentou os benefícios na 
utilização no país, com equipes mais enxutas, tempo de obra reduzido e com a 
agilidade na entrega num momento tão crítico, como exemplo nas construções dos 
hospitais. 
 Com o intuito de mitigar os danos que a construção civil gera ao meio 
ambiente e demonstrar as opções por uma construção mais rápidas e com menos 
gastos, este trabalho visa contribuir na divulgação de conhecimento sobre os 
modelos de CES, que compreende os sistemas construtivos de Steel frame e Wood 
frame. Demostrando assim os componentes desse modelo, características, etapas 
construtivas, vantagens e desvantagens. 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
1.1 OBJETIVO GERAL 
 
Esse trabalho tem como objetivo explanar os modelos de Construção 
Energitérmica Sustentável (CES), como alternativa aos modelos de 
Construção de alvenaria convencional no Brasil 
 
 
 
1.1.1 Objetivos Específicos 
 
• Expor o sistema de CES; 
• Evidenciar as vantagens e desvantagens dos modelos apresentados; 
• Apontar dados com a comprovação da relevância e eficiência na construção 
civil; 
• Descrever sucintamente sobre a estrutura das construções sustentáveis e as 
suas aplicações. 
 
 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
 Sendo a construção civil, umas das áreas dos setores de mercado que mais 
consome os recursos naturais, é imperiosa a preocupação com a sustentabilidade, 
buscando redução de resíduos, poluentes, no desperdício de energia e água, 
alinhada com a responsabilidade social que integra a base para a sobrevivência do 
nosso planeta. Sendo assim, novos sistemas construtivos vêm ganhando espaço 
pela facilidade de construção, a rapidez na mão de obra, resistência ao suportar as 
intempéries ambientais de cada região, a competitividade no mercado da construção 
civil e o principalmente para as questões sustentáveis. No entanto, a resistência 
para uso desse tipo de construção no Brasil é alta. O objetivo deste trabalho é 
apresentar as vantagens e desvantagens das características do sistema construtivo 
CES, abordando as principais responsabilidades sustentáveis e as técnicas usadas. 
Para a execução deste trabalho foi utilizada como metodologia a pesquisa 
bibliográfica sistemática. 
 
16 
 
 
 
1.3 METODOLOGIA 
 
 Segundo Fellows e Liu (2015), para realizar uma pesquisa é necessário o 
conhecimento da sua aplicação, sendo ela pura ou aplicada. E na construção civil, é 
indicado uma combinação das duas, nas pesquisas. 
 Para o desenvolvimento da pesquisa bibliográfica, foram utilizados livros e 
materiais disponibilizados na rede mundial de computadores, bem como modelos de 
construções existentes (normas, artigos e exemplos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
2 CONSTRUÇÃO ENERGITÉRMICA SUSTENTÁVEL 
 
 Para o meio ambiente, a mudança no padrão de utilização de recursos 
naturais é urgente, sendo necessário mudanças nos modelos de construção do 
mundo todo, mas sobretudo em países como o Brasil, que vive ainda em atraso em 
seu processo dentro da área de construção civil e sem manejo sustentável na 
utilização de matéria-prima. O Conselho Brasileiro de Construção Sustentável 
(CBCS), define da seguinte forma: 
 
[...]Muitos dos problemas ambientais da cadeia de materiais de construção 
estão associados à elevada quantidade de recursos envolvidos, que implica 
na geração de uma grande massa de resíduos ao longo da cadeia 
produtiva. A minimização do consumo de recursos naturais é, portanto, 
prioridade. Ela envolve um conjunto de ações, incluindo: (a) maximização 
da vida útil de componentes e edifícios; (b) estratégias para reduzir perdas 
da construção; (c) melhoria do processo de gestão e aumento da 
reciclagem dos resíduos, essa fortemente integrada à Política Nacional de 
Resíduos.O CES, compreende os sistemas construtivos de perfis leves de madeira 
(Wood Frame) e aço (Steel Frame), sendo amplamente utilizado em países 
desenvolvidos como os Estados Unidos e o Canadá, onde mais de 90% das casas 
são construídas nesses modelos (LPBRASIL, 2019). O CES faz parte do termo de 
construção a seco, que se caracteriza pela mínima utilização da água na execução 
da obra. 
Segundo o CBCS (2014) no setor do ambiente construído e da construção 
civil, o consumo de energia acontece em quatro principais áreas, sendo elas: 
 
1. extração, fabricação, produção e transporte de materiais de construção; 
2. construção, energia no canteiro de obras; 
3. operação de edificações e o ambiente urbano; 
4. demolição e fim de vida. 
 
O uso racional de energia implica também em outros benefícios; a IEA 
(Agência Internacional de Energia), identifica 15 áreas principais afetadas, que 
podem ser vistas na Figura 1 (IEA, 2014). A iniciativa internacional "Energia 
sustentável para todos” – SeforAll, cita a necessidade de dobrar a taxa de melhoria 
de eficiência energética (SE4ALL, 2013). Tanto o IEA, que é uma organização 
18 
 
 
 
orientadora de assuntos energéticos, quanto SE4All, que tem com o objetivo de 
reunir lideranças de alto nível de todos os setores da sociedade para promover o 
acesso universal aos serviços modernos de energia e desta forma criar um mundo 
mais próspero, saudável e limpo, ambas identificam o maior potencial setorial na 
área de edificações, com a melhoria da eficiência energética (CBCS, 2014). 
 
 
Figura 1: Benefícios da Eficiência Energética 
Fonte: IEA (2014) 
 
Desta forma, as áreas de energia e materiais estão interligadas, pois ambas 
tratam da análise de ciclo de vida e da energia embutida nos materiais utilizados na 
construção civil. 
A cada dia mais é preciso de técnicas construtivas que tenham a capacidade 
de unir sustentabilidade, qualidade, rapidez e economia para produção em massa. 
Sistemas construtivos a seco são alternativas capazes de atingir esses objetivos. 
Além disso, também oferecem diversos benefícios quando comparados aos 
sistemas tradicionais. Segundo LAER (2013) esse método de construção pode 
19 
 
 
 
oferecer qualidade superior ao método convencional de alvenaria, apresentando 
vantagens, conforme listado na tabela a seguir: 
 
Tabela 1 – Vantagens CES 
Vantagens Descrição 
Custo até 30% menor 
Redução devido ao prazo de execução menor, à racionalização da 
mão de obra e de materiais, a maior produtividade, maior 
fidelidade orçamentária, ao menor custo de fundação, por ser uma 
construção leve e com sistema de distribuição de cargas uniforme, 
e à redução dos custos indiretos. 
Retorno mais rápido do 
investimento 
Em função da maior velocidade na execução da obra, o sistema 
traz um ganho adicional pela ocupação antecipada do imóvel e 
pela rapidez no retorno do capital investido. Menor prazo de 
execução: redução de até 60% no tempo da obra em comparação 
aos processos convencionais. 
Racionalização de 
materiais e mão de obra 
É um sistema construtivo industrializado, reduzindo 
significativamente o desperdício de materiais com índices abaixo 
de 1%. Como parâmetro, o sistema convencional tem perdas de 
até 15%. 
Fidelidade orçamentária Por ser um sistema inteligente, o orçamento previsto é igual ao 
realizado. 
Versatilidade 
Extremamente flexível, a construção CES aceita qualquer tipo de 
acabamento exterior e interior, permitindo diversos estilos 
arquitetônicos. É indicada para edificações comerciais ou 
residenciais de até cinco pavimentos. 
Organização do 
canteiro de obras 
Como a estrutura pode ser industrializada, a presença de grandes 
depósitos de areia, brita, cimento, madeiras e ferragens são 
eliminados do canteiro. O ambiente limpo, com menor geração de 
resíduos, oferece melhores condições de segurança ao 
trabalhador, contribuindo para a redução de acidentes na obra. 
Durabilidade e garantia 
Produtos de alta tecnologia com garantias estendidas de até 30 
anos. Edificações executadas no Sistema CES duram várias 
gerações, assim como no sistema convencional em alvenaria. 
Resistência 
Sistema constituído de perfis com contraventos e placas OSB 
(Oriented Strand Board) confere resistência superior aos sistemas 
convencionais, resistindo a ventos de até 300 km/h. 
Desempenho 
Confere à edificação um ótimo desempenho térmico e acústico, 
além de cumprir todas as exigências da NBR 15575, que regula a 
construção de edifícios habitacionais de até cinco pavimentos. 
Manutenção 
Maior facilidade e praticidade, evitando os tradicionais “quebra-
quebras”, além da redução de custos de manutenção em 1/3 
quando comparado aos sistemas convencionais, devido à garantia 
e à durabilidade dos materiais empregados. 
Maior área útil 
As seções das paredes e estruturas são mais esbeltas do que as 
equivalentes em alvenaria, ampliando o espaço interno em até 4% 
da área útil da edificação. 
Baixa emissão de CO2 O CES emite aproximadamente cinco vezes menos CO2, quando 
comparado aos processos construtivos convencionais 
20 
 
 
 
Preservação do meio 
ambiente 
Redução do consumo de energia na construção em comparação 
aos sistemas tradicionais. Posteriormente, traz também a redução 
no consumo com equipamentos de condicionamento do ar, uma 
vez que a construção tem melhor qualidade térmica. 
 Fonte: LAER, 2013 (Adaptado Autor) 
 
 
 Comparado ao sistema CES, o sistema construtivo de alvenaria pode ser 
classificado como um sistema artesanal, uma vez que todo o seu processo é 
realizado “in loco”, tornando a entrega mais demorada e com a da mão de obra por 
muitas vezes despreparada, ocasionando grandes desperdício de materiais e com 
possíveis patologias na estrutura (HASS; MARTINS, 2011). Outro benefício é que os 
produtos oferecem uma qualidade ainda maior em relação à alvenaria comum, 
principalmente quando falamos de isolamento térmico e acústico. 
A estrutura é composta por perfis leves de aço (Steel Frame) ou por perfis de 
madeira (Wood Frame). Os perfis em conjunto com as placas estruturais formam 
painéis estruturais (diafragma) capazes de resistir às cargas verticais (telhados e 
pavimentos), perpendiculares (ventos) e de corte (sismos) e transmitir as cargas até 
a fundação (LPBRASIL, 2021). Segundo a LP Building Products (2011), podem ser 
construídos com qualquer tipo de fundação, e por ser uma estrutura leve e com 
distribuição uniforme de cargas, permite a utilização de fundações mais rasas como 
o radier (Figura 2) e a sapata corrida, o que gera ao proprietário economia de 
concreto, ferragens e do custo de mão de obra pela facilidade e menor tempo para 
construção dessas fundações, especialmente em comparação com a alvenaria 
tradicional. Exemplo de fundação em WF (LPBRASIL, 2021): 
 
• Radier, fundação rasa, constituída por uma laje, que absorve todas as 
cargas e as distribui uniformemente sobre o solo 
• Sapata corrida: fundação rasa, constituída por vigas, que absorve as 
cargas e as distribui linearmente sobre o solo. 
21 
 
 
 
 
Figura 2: Exemplo de fundação LSF 
Fonte: Atos arquitetura (2022) 
 
 Para se utilizar este método construtivo, vários paradigmas devem ser 
quebrados, sendo o principal deles, a mudança de cultura. Infelizmente no Brasil o 
acesso a métodos diferentes, ao de alvenaria, é difícil devido ao custo mais alto e 
dificuldade de mão de obra especializada. Esse desafio cabe ao profissional da 
construção com a intensificação de seus estudos, a fim de contribuir para a difusão 
do conhecimento de outros métodos construtivos a outros profissionais da área e 
desenvolvimento de novas tecnologias no setor. 
 SABBATINI (1989) considera que “incrementar a produtividade operacional e 
evoluir tecnologicamente no setor de construção de edifícios são ações intrínsecas 
dependentes do desenvolvimento dos meios de produção,o que vale dizer, da 
criação de novos métodos, processos e sistemas construtivos e do aperfeiçoamento 
dos já existentes”. 
 Em 2020, com o coronavírus e seus impactos, o setor construtivo teve que 
interromper processos, que não estavam previstos, impactando negativamente nas 
vendas e consequentemente no setor. A partir desse cenário temos o sistema CES 
com benefícios são claros como o tempo de obra reduzido, equipes enxutas e sem 
aglomerações, menos desperdício de recursos e uma maior precisão e 
produtividade no momento da construção. Esse modelo serviu como uma espécie de 
solução para tais problemas, afinal, possibilitou a atuação industrial, com a produção 
22 
 
 
 
dos materiais padronizados e em larga escala, o que facilitou todo o processo da 
construção (Bistene, 2021). 
 A China surpreendeu o mundo inteiro ao erguer um hospital em apenas 10 
dias e projetado em 24 horas, usando a tecnologia BIM (Modelagem de Informação 
da Construção). Localizado na cidade de Wuhan, marco-zero do coronavírus, o 
hospital tem 25 mil m² e capacidade para atender até 1.000 pacientes, conforme 
Figura 3. Esse marco só foi possível graças à agilidade proporcionada pela técnica 
da construção modular. No fim, essa obra fez com que o mundo todo abrisse os 
olhos para a construção modular e passasse a adotar essa técnica na criação de 
hospitais de campanha (CMCMODULAR, 2020). 
 
Figura 3: Construção de Hospital em 10 dias na China 
Fonte: Adaptado (BBC, 2020) 
 
 No Brasil, durante a pandemia foi entregue maior hospital modular da América 
do Sul, com capacidade para 300 leitos, em Nova Iguaçu no Rio de Janeiro. O 
método construtivo adotado para o hospital teve paredes autoportantes em aço, 
sistema de construção a seco e que permitiu, ainda, na rápida montagem e 
desmontagem das estruturas, e posteriormente sendo reutilizadas, conforme 
necessidade, na construção de outras unidades hospitalares (REVISTAOE, 2020). A 
obra foi produzida em aço galvanizado (cerca de 1.000 toneladas), com 
revestimento de drywall e placa cimentícia. O sistema usado dispensa o uso de 
23 
 
 
 
cimento e argamassa em sua composição, o desperdício de material e de custos 
extras com mão de obra, conforme Figura 4. A estrutura é toda parafusada, o que 
agiliza a montagem e desmontagem do equipamento. A versatilidade desse modelo 
construtivo permite que ele seja usado em todo tipo de obra (ICZ, 2022). 
 
Figura 4: Construção de Hospital em Nova Iguaçu 
Fonte: Adaptado (RevistaOE, 2022) 
 
 A redução do tempo de obra é uma das principais vantagens de um sistema 
CES. A produção dos componentes, de forma industrial, e elementos fora do 
canteiro de obra, acelera o processo de produção e a fase de execução dos serviços 
em geral, eliminando o tempo de espera entre a abertura de frentes de trabalho, 
diferentemente da fase de execução de forma convencional. As peças geralmente 
são moduladas aumentando a velocidade de produção na obra devido à repetição 
dos serviços. As entregas dos componentes e elementos na obra são programadas 
de acordo com o planejamento e, com maior controle do tempo na execução, evita-
se o acúmulo de insumos, tanto no canteiro de obras, quanto nas fábricas. O 
transporte e a entrega desses insumos são acompanhados pela equipe de 
montagem dos componentes, elementos ou sistema, podendo ser eliminado o tempo 
de descarregamento e transporte para o local de aplicação (Tecverde, 2016).
 Dessa forma, pode-se considerar que o uso de sistemas construtivos 
24 
 
 
 
sustentável permite produzir em maior quantidade, com melhor qualidade, melhor 
controle e demonstração do desempenho ambiental e em um tempo menor 
comparativamente a sistemas construtivos convencionais. 
 
2.1 WOOD FRAME 
 
2.1.1 Definição do Wood Frame 
 
O sistema de construções Wood frame (estrutura de madeira), apesar de não 
ser muito conhecido no Brasil, foi criado no final do século, XIX nos Estados Unidos 
e está diretamente relacionado á industrialização da construção civil, em que os 
perfis de madeira ficaram mais elaborados e tornaram as construções mais rápidas, 
eficientes, seguras, sustentáveis e econômicas (ALEA, 2022). Esse tipo de 
tecnologia faz parte do sistema CES, e é estruturado em perfis de madeira 
reflorestada e tratada. 
A madeira é um material de construção renovável, com baixo consumo 
energético em sua produção, responsável pela retirada de grande parte de dióxido 
de carbono (CO2) do ar e quando bem utilizada é um material competitivo com 
outras construções. Segundo DEMARZO (2017), a madeira quando comparada com 
o aço e concreto, atinge níveis superiores no ponto de vista ambiental. Na Tabela 1 
é possível comparar a utilização da madeira, na construção civil, com outros 
materiais: 
 
Tabela 2– Comparativo entre Madeira, aço e concreto 
 
 Fonte: DEMARZO, 2017 
 
O termo, energitérmica, para o Wood frame é pelo seu desempenho térmico 
da edificação, bem como na economia de energia – seja durante o processo 
construtivo ou após com a utilização do imóvel, que com a utilização de placa OSB 
25 
 
 
 
(Oriented Strand Board) utilizada na produção das paredes em que emite menos de 
1% de desperdícios, com baixo consumo de água e emissão de CO2 (Tecverde, 
2022). A utilização, como material construtivo competitivo econômica e 
ecologicamente, se baseia nas modernas técnicas de reflorestamento, aliadas ao 
desenvolvimento de produtos industrializados de madeira, com o mínimo de perdas 
(PFEIL, 2003, apud PAESE, 2012). 
O Brasil é um dos maiores produtores de madeira no mundo, com a maior 
floresta tropical, segundo a Sociedade Brasileira de Silvicultura (2022), com a 
produção silvicultura, com o manejo e técnicas para a preservação, com o manejo 
de eucaliptos e pinus, de qualidade reconhecida internacionalmente (KRUGER; 
LAROCA, 2009) e com grandes possibilidades de ampliação da aplicação dessa 
matéria-prima na construção civil. 
O pinus é a madeira mais utilizada no Wood frame e por ser conífera é mais 
leve, não apresenta cerne e seu lenho é totalmente permeável, o que não ocorre 
com a maioria das madeiras nativas brasileiras e com o eucalipto que são folhosas. 
O tratamento mais recomendado para Wood frame é aquele feito em autoclave com 
produtos hidrossolúveis, sendo que estes tornam a madeira imune ao ataque de 
fungos e cupins (MARTGALLI, 2021). 
Por apresentar uma grande área de florestas plantadas de pinus 
principalmente nas regiões centro-oeste, sudeste e sul, o país é visto como um 
mercado promissor para a utilização desse sistema construtivo. Entretanto, ele é 
pouco empregado, seja pela falta de conhecimento técnico, preconceito em relação 
a utilização da madeira como material de construção ou até mesmo por falta de uma 
normalização (CALIL JUNIOR; MOLINA, 2010). 
No Brasil, esse assunto ainda é recente, e não existe uma norma específica 
para aplicação e instalação do Wood Frame, porém a ABNT (Associação Brasileira 
de Normas Técnicas) já possui uma norma que pode ser utilizada como base para 
critérios gerais de dimensionamento estrutural, a ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de 
Estruturas de Madeira, conforme exemplo de modelo de construção da Figura 5. 
 
26 
 
 
 
 
Figura 5 – Exemplo de construção em estrutura de madeira 
Fonte: Construindo Decor, 2016 
 
 
 
O sistema Wood frame, é um método muito parecido com o sistema Steel 
frame, pois possuem as mesmas etapas construtivas, mas tem como diferencial a 
utilização de paredes de madeiras de reflorestamento, com perfis estruturais e 
placas em OSB (Painel de tiras de madeira Orientadas) para o fechamento das 
paredes, conforme exposto por (SILVA 2010; CALIL JUNIOR; MOLINA,2010). 
Esse modelo de construções começou a aparecer em 2009, no Brasil, e teve 
o seu primeiro grande empreendimento em 2016, com o primeiro prédio construídoem madeira na cidade de Araucária, no Paraná, pela empresa Tecverde 
(TECVERDE, 2016), conforme pode-se observar na Figura 6. A empresa estima 
que a produção e montagem dos painéis permita uma construção de 45m², a ser 
finalizada em apenas duas horas. Para a construção de prédio, será possível 
entregar a obra completa em poucas semanas. E também destaca que a estrutura, 
embora de madeira, conta com alicerces tradicionais de concreto, e paredes com 
camadas que envolvem materiais de isolamento acústico e placas de gesso 
resistentes ao fogo (Tecverde, 2016). 
 
27 
 
 
 
 
Figura 6 - Prédio em Wood frame da Tecverde em Araucária 
Fonte: Gazeta do Povo, 2016 
 
O case da empresa Tecverde “Construção industrializada em Wood Frame”, 
para a construção de um prédio de quatro pavimentos em 6 dias” é mais um grande 
exemplo de ganho de produtividade, redução do impacto ambiental e aumento do 
nível de qualificação na construção civil. Esse modelo foi o principal contribuinte da 
produtividade, contando com soluções implementadas em fábrica, tais como: 
paredes e entrepisos com instalações, elétricas, hidros-sanitárias e esquadrias 
embutidas; produção de treliças e chapeamento de gesso e placa cimentícia. Além 
das soluções fabris, o sistema também tornou possível içar em apenas uma vez a 
estrutura do telhado/cobertura do bloco (Tecverde, 2016). 
A norma que, atualmente, rege o sistema construtivo em Wood frame, assim 
como os demais modelos utilizados na construção civil brasileira é a NBR 15575, 
que foi um marco na construção do país, com objetivo de atender as edificações 
brasileiras (ABNT, 2013). 
Segundo Molina e Calil (2010), esse sistema permite a utilização em conjunto 
com diversos matérias, permitindo uma rapidez na construção e controles dos 
gastos já na fase inicial, por ser industrializado. O nome Construção Industrializada 
vem da pré-fabricação, em indústrias especializadas de alta tecnologia ou no próprio 
canteiro, de componentes da obra dividida em módulos (BERRIEL, 2009; MORAIS; 
LIMA, 2009). 
28 
 
 
 
O Quadro 1, mostra as principais vantagens e desvantagens na utilização de 
madeira nas obras, em gerais: 
 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
Obra seca e limpa, gerando menos resíduos Mão de Obra especializada 
Pré-Construção em ambiente industrializado, 
reduzindo tempo de obra Altura das edificações de no máximo 5 pavimentos 
Utiliza madeira de reflorestamento, única madeira 
renovável na construção civil Resistência do mercado 
Sustentabilidade, rapidez, durabilidade e 
eficiência nas construções Poucas fábricas especializadas 
Flexibilidade de projeto 
Não se elimina a necessidade de concreto armado 
na edificação, seja para compor contrapiso térreo, 
ou ainda para sapatas, blocos ou laje mista. 
Conforto e Resistência 
Na utilização das placas OBS, por possuírem 
superfícies rugosas, faz com que uma maior 
correção de acabamento seja exigida, afim de fazer 
com que a superfície fique lisa. 
Com sistemas de isolamento térmico e acústico 
adequados, confere desempenho muito 
satisfatório ao usuário. 
O custo da obra, sendo que, por se tratar de uma 
técnica relativamente “nova” no Brasil, não é 
qualquer pessoa que saberá empregá-la, ou seja, 
será necessário a contratação de uma equipe 
especializada para a execução do projeto. 
Com sistemas de isolamento térmico e acústico 
adequados, confere desempenho muito 
satisfatório ao usuário. 
Por não se tratar de um material comumente 
utilizado no Brasil, é notório a falta de um 
entendimento maior por parte dos moradores com 
relação a estrutura e com os cuidados que eles 
devem tomar, pois não deve ser molhada em 
excesso 
Quadro 1 – Vantagens e desvantagens do Wood frame 
Fonte: Adaptado (TOTAL CONTRUÇÃO, 2019) 
 
 
Diferentemente de uma estrutura de concreto, as cargas de uma estrutura 
nesse sistema não são concentradas em pontos específicos como pilares, ao invés 
disso elas ficam distribuídas sobre todas as paredes, ou seja, toda a estrutura aqui 
ajuda na resistência final. Em casos de ocorrência de terremotos, por exemplo, este 
tipo de estrutura consegue lidar muito melhor do que construções mais rígidas 
(TOTAL CONTRUÇÃO, 2019). 
As etapas construtivas em Wood Frame são dividas da seguinte maneira: 
fundação, estrutura (parede), instalações hidráulicas e elétricas, cobertura e 
revestimento, conforme serão descritas no subitem a seguir. 
 
29 
 
 
 
2.1.2 Método Construtivo 
 
No Brasil, a solução mais empregada para fundação em WF é do tipo "radier". 
A sapata corrida também pode ser utilizada, uma vez que a estrutura desse sistema 
é bastante leve, e tem carga distribuída ao longo das paredes (TECHNE, 2022). O 
radier, conforme a NBR 6122:2010 é uma fundação do tipo rasa, que funciona como 
uma laje e normalmente é de concreto armado ou protendido. O radier recebe os 
esforços advindos da estrutura, e estes esforços são distribuídos em toda área de 
contato solo-radier (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010). 
 As paredes no Wood Frame são autoportantes, dividem a carga igualmente, 
são compostas de perfis de madeira, conjunto com placas estruturais (OSB), pregos 
do tipo ardox ou tipo anelado galvanizados a fogo. Os perfis de madeira são 
usualmente oriundos da madeira pínus tratada, o tratamento desta é de autoclave, 
que consiste em um moderno processo industrial de tratamento de madeira, que 
incorpora tecnologia desenvolvida nos campos da mecânica e da química (MOLINA, 
2010). 
 Esse método de construção se diferencia do convencional, pois dispensa o 
uso de cimento, tijolos e armações e ferragens. A casa é planejada antes em fábrica, 
usando materiais pré-definidos e assim diminuindo os desperdícios, tornando uma 
obra limpa, seca e rápida (FLORESTI, 2022). Para o dimensionamento das peças 
estruturais individuais, recomenda-se seguir as orientações da NBR 7190/1997 
(Projeto de estruturas de madeira). 
 A primeira etapa de uma construção é a instalação da estrutura de madeira, 
que será responsável por toda sustentação da obra. Conforme Figura 7, as camadas 
da parede, contam conforme listado abaixo (FLORESTI, 2022): 
 
• Madeira estrutural - Madeira em autoclave pelo sistema de vácuo e pressão, 
que evita a proliferação de fungos e o apodrecimento da madeira por mais 
tempo, responsável pela resistência da estrutura. 
• Isolamento térmico acústico: Composto com lã de rocha (proteção ao calor, 
ao ruído e ao fogo), lã de vidro (manter a não propagação do fogo durante 
uma situação de incêndio) e isopor- EPS (isolamento térmico e acústico) 
• OSB: Chapas de gesso com papel cartão em suas faces. Utilizado na 
vedação das paredes internas e tetos. Algumas vantagens oferecidas pelo 
30 
 
 
 
drywall é a maior precisão e qualidade de acabamentos, agilidade de 
aplicação e com um menor tempo de finalização da parede. 
• Membrana hidrófuga: Impede a entrada de vapor de água 
• Revestimentos – Com diversas possibilidades. 
 
 
 
Figura 7 – Composição de Paredes em Wood frame 
Fonte: Floresti (2022) 
 
Na composição das paredes a membrana hidrófuga, é utilizada para evitar a 
entrada de poeira, vento e água do exterior, permitindo também a eliminação do 
vapor d'água gerado no interior da casa, protegendo a estrutura de madeira do 
apodrecimento por fungos devido à má ventilação. Há alguns tipos de instalações 
das membranas, pode ser inserida verticalmente, horizontalmente ou por ângulo. 
Além de ser aplicada facilmente nos projetos. Hoje no Brasil são usados dois tipos 
de membrana, a convencional que é comercializada em rolos e também uma 
membrana líquida que deve ser aplicada sempre sobre o OSB (Tecnoframe, 2019). 
Nas placas, para evitar que apresentem deformação em sua espessura 
devido à intrusão de umidade, o que fragiliza as fixações perimetrais, os produtos 
devem vir com as bordas vedadas na fábrica. Além de que, todas as juntas devem 
31 
 
 
 
usarvedações elásticas pintáveis para evitar a entrada de umidade ou o acúmulo de 
água (LPBRASIL, 2022). 
 
Figura 8 – Membrana Hidrófuga 
Fonte: LPBRASIL (2022) 
 
 A membrana hidrófuga, em concordância com Silva (2017), Calil Jr. e Molina 
(2010), além da função de proteger o sistema das intempéries e da umidade em 
geral, são utilizadas em áreas expostas a água, como banheiro e cozinha, podendo 
ser aplicado sobre a membrana placas cimentícias com selador acrílico antifungo e 
pintura de resina acrílica pura, ou ainda placas de gesso acartonado resistente à 
umidade, revestidas com azulejo e que para garantir a estanqueidade da cobertura, 
deve-se utilizar manta de subcobertura 
 O sistema Wood Frame, é um método muito parecido com o sistema Steel 
frame, pois possuem as mesmas etapas construtivas, mas tem como diferencial a 
utilização de paredes de madeiras de reflorestamento, com perfis estruturais e 
placas em OSB (Painel de tiras de madeira Orientadas) para o fechamento das 
paredes, conforme exposto por (SILVA 2010; CALIL JUNIOR; MOLINA,2010). 
 A Figura 9, exemplifica algumas das etapas do método construtivo, como a 
fundação, estrutura das paredes, laje e a cobertura. 
32 
 
 
 
 
Figura 9 – Esquema estrutural em Wood frame 
Fonte: Adaptado (Casema, 2022) 
 
As tubulações elétrica e hidráulica utilizados, podem ser os mesmos de uma 
construção convencional. A vantagem é que, as paredes funcionam como secções 
visíveis, facilitando a execução e manutenção das instalações, conforme Figura 10. 
 
Figura 10 – Esquema Hidráulico e Elétrico 
Fonte: Bolsoni, 2022 
 
Nesse modelo construtivo, o telhado, pode ser utilizar o sistema de cobertura 
shingle, com forro em drywall e isolamento térmico em vez do tradicional sistema 
com laje em concreto (Figura 11). Essa alternativa, além de trazer grande economia, 
33 
 
 
 
proporciona melhor desempenho térmico e acústico. Uma cobertura 100% estanque 
e com beleza incomparável, como exemplo na Figura 11 e Figura 12. 
 
Figura 11 – Esquema Telhado 
Fonte: Bolsoni, 2022 
 
 
Figura 12 – Exemplo de Telhado em Wood Frame 
Fonte: Vivadecora, 2019 
 
Como descrito por Duart et al. (2013), a finalização do acabamento é com 
madeira, rebocos ou vinyl siding, esse último sistema muito utilizado, e é composto 
por tábuas plásticas sobrepostas. De acordo com a LP Building Products (2017), as 
34 
 
 
 
vantagens de usar esse tipo de acabamento são a beleza, facilidade de instalação, 
economia, facilidade de manutenção, versatilidade, ou seja, adapta-se a qualquer 
projeto arquitetônico, durabilidade e resistência elevada já que resiste à ação de 
intempéries, raios UV, poluição e maresia, evitando assim que quebrem ou rachem. 
Um outro tipo de acabamento apresentado por LP Building Products (2017) é 
o smartside. Onde o revestimento é utilizado para uso externo e interno e sua 
aparência é de madeira natural, possui proteção contra cupins e garantia de 20 
anos. Este material está disponível em três formatos conforme demonstrado na 
Figura 13. 
 
 
Figura 13 - Acabamento de Telhado em Wood Frame 
Fonte: LPBRASIL (2022) 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
2.2 STEEL FRAME 
 
2.2.1 Definição do Steel Frame 
 
O sistema construtivo Light Steel Framing – LSF, faz parte do sistema CES 
(Construção Energitérmica Sustentável) e é uma denominação empregada 
internacionalmente para definir o material construtivo que utiliza o aço galvanizado 
como principal elemento estrutural, gerando elementos de baixo peso 
(MAGALHÃES, 2013). 
O Light Steel Framing (LSF) é a evolução das construções em Wood Framing, 
sendo elas eram muito comuns nos Estados Unidos durante o século XIX. Neste 
mesmo período onde era utilizado somente o Wood Framing, alguns métodos 
construtivos foram estudados para que aumentassem a produtividade, a velocidade 
da construção e a racionalização do projeto, assim o Steel Frame se tornou a opção 
que mais se adequou aos princípios (Espaço Smart, 2021). Já em 1933, com o 
crescente desenvolvimento da indústria do aço, um protótipo do modelo que foi 
apresentado na Feira Mundial de Chicago (EUA), ela era totalmente emoldurada em 
aço. Em 1980 os perfis leves de aço passaram a ser muito utilizados nos EUA, 
devido à instabilidade de preço e qualidade da madeira. E, no Japão, após o término 
da 2ª Guerra Mundial, começaram a surgir as casas em Steel Frame, o sistema foi a 
alternativa para a reconstrução das moradias que foram destruídas pelos 
bombardeios e como as casas antes da guerra eram de madeira, o fogo se espalhou 
rapidamente, assim o governo japonês restringiu o uso de construções em madeira, 
incentivando a substituição pelas construções com perfis de aço que não eram 
inflamáveis (Espaço Smart, 2021). 
Segundo a empresa MEGAÇO (2020) esse modelo chegou no Brasil na 
década de 90. Mas ainda passa por aceitação no mercado consumidor. No entanto, 
recebe grande expectativa e impulso das empresas brasileiras, que se esforçam 
para fazer com que o material dê certo, uma vez que no país, a cultura do tijolo e 
cimento ainda possuem raízes profundas, porém, os componentes do material são 
todos fabricados aqui mesmo e possuem garantia de qualidade, gerando até mesmo 
concorrência entre empresas. 
 
36 
 
 
 
Com uma grande e diversificada variedade, os aços se diferenciam pelo 
tamanho, forma e uniformidade dos grãos que o compõem e por sua composição 
química. Sendo que esta pode ser alterada em função do interesse de sua aplicação 
final, obtendo-se através da adição de determinados elementos químicos, aços com 
diferentes graus de resistência mecânica, ductilidade, soldabilidade, resistência à 
corrosão, entre outros. De maneira geral, os aços possuem excelentes propriedades 
mecânicas: resistem bem à tração, à flexão, à compressão, e como é um material 
homogêneo, pode ser estampado, laminado, forjado, estriado e suas propriedades 
podem ainda ser modificadas por tratamentos químicos ou térmicos (FERRAZ, 
2003). A Tabela 3 apresenta algumas propriedades dos aços e a caracterização de 
cada uma destas propriedades. 
Um fator importante a ser observado no emprego do aço é a corrosão, 
alteração físico-química sofrida devido à sua reação com o meio, estas alterações 
transformam o aço em compostos químicos semelhantes ao minério de ferro, 
fazendo com que o material perca características essenciais como resistência 
mecânica, elasticidade, ductilidade, entre outras, além da redução da seção 
resistente (TEOBALDO, 2004). 
Tabela 3 – Propriedades e caracterização dos aços 
Propriedade Característica 
Ductilidade 
É a capacidade do material de se deformar plasticamente sem se romper e é 
definida pela extensão do patamar de escoamento. Nas estruturas metálicas, 
esta característica é de extrema importância pelo fato de permitir a 
redistribuição de tensões locais elevadas. Desse modo, as peças de aço 
sofrem grandes deformações antes de se romper, constituindo um aviso da 
presença de tais tensões. Além disso, a ductilidade é uma propriedade que 
torna o aço resistente a choques bruscos 
Tenacidade 
É a capacidade do material de absorver energia quando submetido à carga de 
impacto. É a energia total, elástica e plástica, absorvida pelo material por 
unidade de volume até a sua ruptura, representando a área total do diagrama 
tensão de formação. Logo, um material dúctil com a mesma resistência de um 
material frágil possui uma maior tenacidade, já que requer maior quantidade 
de energia para ser rompido. 
Elasticidade 
É a capacidade do material de voltar à forma original após sucessivos ciclos 
de carregamento e descarregamento. O aço sofre deformações devido ao 
efeito de tensões de tração ou de compressão. Tais deformações podem ser 
elásticas ou plásticas, devido à natureza cristalina dos metais através de 
planos de escorregamento ou de menor resistência no interior do reticulado. 
Os aços estruturaispossuem um módulo de elasticidade da ordem de 205000 
MPa, a uma temperatura de 20°C 
Plasticidade 
É uma deformação definitiva provocada pelo efeito de tensões iguais ou 
superiores ao limite de escoamento do aço. Deve-se impedir que a tensão 
correspondente ao limite de escoamento seja atingida nas seções transversais 
das barras, como forma de limitar a sua deformação. 
 Fonte: Bandeira, 2008; Teobaldo, 2004 
37 
 
 
 
A construção industrializada, proposta pelos sistemas de estruturas leves em 
aço, é uma das alternativas capazes de modificar o cenário econômico da 
construção civil no Brasil. O aumento da concorrência, e soluções de entrega mais 
rápidas, tornou necessária a adaptação ao mercado com produtos cada vez mais 
exigidos em qualidade e menores custos (SILVA, 2003). 
Um dos motivos para o sistema ter demorado a se difundir no país, assim 
como o Wood Frame, além da falta de informação do público, foi a falta de 
profissionais aptos a trabalhar com esta nova técnica construtiva, alto custo da 
matéria prima (importada a época), além do baixo custo relativo da mão de obra do 
sistema convencional, desestimulando a industrialização do setor (MAGALHÃES, 
2013). 
A industrialização no setor, segundo Silva (2003), é responsável por elevar o 
controle de qualidade e gerenciamento em obras, com a simplificação das etapas de 
execução, diminuição de problemas de interface por meio da prevenção em 
especificações de projeto, significativa redução de desperdícios em comparação à 
construção tradicional. Bem como, o rigoroso controle dos produtos na indústria 
durante o processo de fabricação são alguns dos fatores que caracterizam a 
construção em aço como eficiente, produtiva e de altíssima qualidade. 
A Tabela 4, mostra as principais vantagens e desvantagens na utilização de 
aço nas obras, em gerais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
Tabela 4 – Vantagens e desvantagens do Steel frame 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
Obra seca e limpa, gerando menos resíduos Mão de Obra especializada 
Pré-Construção em ambiente industrializado, 
reduzindo tempo de obra 
Altura das edificações de no máximo 5 
pavimentos, para maiores alturas, é necessário 
misturar o sistema com outros métodos. 
Em função do aço que é 
distribuído uniformemente através das paredes, 
ocorre um alivio nas fundações que garante a 
segurança da obra, como também, não permite a 
propagação do fogo, não sofre ataque de cupins 
por conta de suas propriedades naturais Resistência do mercado 
Sua resistência à corrosão é resultado do 
revestimento de zinco, que protege e serve como 
barreira física contra cortes, riscos, arranhões, 
torções e trincos, que é o que geralmente ocorre 
com a madeira. Poucas fábricas especializadas 
Flexibilidade de projeto 
Usando um material frágil como revestimento no 
interior da edificação, a parede e a estrutura 
podem ser danificadas ao pendurar objetos 
muitos pesados 
Conforto e Resistência 
Na utilização das placas OBS, por possuírem 
superfícies rugosas, faz com que uma maior 
correção de acabamento seja exigida, afim de 
fazer com que a superfície fique lisa. 
Com sistemas de isolamento térmico e acústico 
adequados, confere desempenho muito satisfatório 
ao usuário. 
O custo da obra, sendo que, por se tratar de uma 
técnica relativamente “nova” no Brasil, não é 
qualquer pessoa que saberá empregá-la, ou seja, 
será necessário a contratação de uma equipe 
especializada para a execução do projeto. 
Os custos de energia para o aquecimento ou 
refrigeração do imóvel são muito inferiores 
comparados ao sistema convencional, ou seja, a 
casa permanecera mais tempo na mesma 
temperatura que se deseja, pagando-se um valor 
menor na conta de luz 
Existe no mercado, empresas que utilizam perfis 
fora de norma. Ou seja, sem os requisitos 
mínimos de espessura e zincagem (proteção 
contra ferrugem) necessário 
O baixo custo da manutenção se dá com a 
facilidade de intervir nos sistemas, propiciando 
agilidade e baixo custo na execução dos serviços, 
não gerando sujeira e barulho. Estes são motivos 
responsáveis por adiamentos de reformas de casas 
convencionais. O aço sendo o único 
material que possui a vantagem de ser 
reaproveitado inúmeras vezes e não perdendo 
suas principais 
funcionalidades, qualidades e resistência. 
O aço vem subindo constantemente desde o 
início de 2020. Isso fez com que o Steel Frame 
ficasse um pouco mais custoso que sistemas de 
alvenaria tradicional. 
 Fonte: Adaptado (Blog do Light Steel Frame, 2021) 
 
A fundação do SF, a exemplo do WF, mais utilizada é a radier. Que é um tipo 
de fundação superficial onde toda a carga da edificação é transferida para uma laje 
de concreto maciço que atinge toda área da construção diretamente em contato com 
39 
 
 
 
o solo e que por ser uma fundação direta, pode ser utilizado em variados tipos de 
solos. Desde que seja feita uma análise conjunta do cálculo estrutural com o estudo 
de capacidade do solo. Em média a construção com em Steel Frame pesa 250Kg/m² 
contra 1.250Kg/m² da Convencional (alvenaria). O radier apresenta vantagens como 
baixo custo comparado a outros tipos de fundações superficiais ou rasas, 
economizando em materiais (madeira, aço e concreto) e rapidez na execução 
(Angullar, 2022). 
Segundo SANTIAGO (2008) o LSF, é um sistema construtivo de concepção 
racionalizada. Tem como característica a estrutura constituída por perfis de aço 
galvanizados formados a frio, que formam um enquadramento estrutural capaz de 
suportar os carregamentos solicitantes da edificação, e por vários componentes e 
subsistemas que juntos possibilitam uma construção industrial com muita 
produtividade. Os perfis de aço galvanizado são utilizados na fabricação de painéis 
estruturais ou não estruturais, vigas de piso, vigas secundárias, estrutura de 
telhados e entre outros (Figura 14). 
 
 
Figura 14 - Esquema estrutural em Wood Frame 
Fonte: Santiago (2008) 
40 
 
 
 
A execução da fundação, com as esperas em aço devidamente dispostas, 
recebe-se os perfis da estrutura (esqueleto em aço) e os elementos de fechamento 
para a sua montagem. Segundo Crasto; Santiago (2012), os principais elementos 
utilizados no LSF e sua definição são listados a seguir: 
1. Bloqueador: Utilizado como travamento horizontal de montantes e vigas; 
2. Cantoneira: perfil utilizado para fazer conexões de elementos; 
3. Fita de aço Galvanizado: Utilizada como contraventamento de painéis de 
parede, piso e cobertura, também como travamento horizontal de vigas de 
piso ou cobertura, e quando combinada com os bloqueadores e utilizadas na 
horizontal, diminuem a altura de flambagem dos montantes; 
4. Guia: Utilizada na base e topo dos montantes formando os painéis; 
5. Montante: Perfil vertical que compõe os painéis estruturais formando as 
paredes; 
6. Ombreira: Perfil vertical usado como apoio das vergas nas aberturas; 
7. Ripa: Perfil utilizado para apoio das telhas na cobertura; 
8. Sanefa: Perfil responsável por ligas as extremidades das vigas de piso; 
9. Viga: Perfis utilizados horizontalmente formando as lajes; 
10. Verga: Perfil estrutural utilizado na parte superior de aberturas como janelas e 
portas; 
 
Segundo, destaca Rodrigues (2006), a principal característica desse 
esquema, é subdividir a estrutura em uma grande quantidade de elementos 
estruturais, fazendo assim com que cada elemento resista a uma pequena parcela 
da carga total aplicada. Isso possibilita a utilização de perfis mais esbeltos, leves e 
fáceis de manipular. Porém, o sistema não se resume apenas à sua estrutura, ele é 
formado por vários componentes e subsistemas, que, além do estrutural, engloba 
também os subsistemas de fundação, de isolamento termoacústico, de fechamento 
interno e externo além das instalações elétricas e hidráulicas (SANTIAGO, 2008, 
p.12). 
 
 
 
 
41 
 
 
 
2.2.2 Método Construtivo 
 
Os perfispara o LSF podem ser encontrados com alturas e dimensões 
diferentes e elementos com seções diferenciadas. São perfis de aço galvanizado, 
formados a frio, conforme é explicado por Santiago, Freitas e Crasto (2012): 
 
Processo pelo qual compõe-se um esqueleto estrutural do aço formado por 
diversos elementos individuais ligados entre si, passando estes a funcionar 
em conjuntos para resistir às cargas que solicitam a edificação e dando 
forma à mesma. (SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012, s/p). 
 
 
Os painéis do método construtivo têm dupla função: suporte para vedação e 
estrutural. Quando atendem a função estrutural, estes transferem os esforços 
horizontais (ventos e sismos) e os verticais (peso próprio da estrutura e carga de 
uso) de forma direta para a fundação. O alinhamento dos montantes de cada painel 
é de extrema importância para evitar excentricidades das cargas, caso existam mais 
de um pavimento diferente. Quando a estrutura está em perfeito alinhamento, os 
esforços são transferidos na vertical pelo contato entre a alma dos perfis, onde de 
fato deve ocorrer este evento (MASO, 2017). A Figura 15 mostra o esquema de 
transferência destas cargas: 
 
 
Figura 15 - Esquema de transferência de cargas à fundação 
Fonte: Manual Steel Framing: Arquitetura (2012) 
42 
 
 
 
Com relação as recomendações, segundo a ABNT NBR 15253:2014, no LSF, 
o aço é utilizado como sistema estrutural por meio de perfis formados a frio e 
parafusados entre si. O processo de fabricação é mecânico, em que o metal é 
moldado à temperatura ambiente a partir de bobinas de aço Zincado de Alta 
Resistência (ZAR) com resistência ao escoamento (fy) maior do que 230 MPa para 
perfis com função estrutural. 
Os perfis são produzidos por perfilagem a partir de bobinas de aço revestidas 
com zinco ou liga alumínio-zinco pelo processo contínuo de imersão a quente ou por 
eletrodeposição A espessura da chapa varia de 0,80 até 3,0 mm, conforme a ABNT 
NBR-15253:2014. As seções mais comuns nas edificações em LSF são as com 
formato em “C” ou “U” enrijecido (Ue) para montantes e vigas, e em “U” simples, que 
é usado como guia na base e no topo dos painéis (BRASILIT, 2014). Os perfis 
usualmente utilizados para a formação dos painéis autoportantes, painéis de 
fechamento, vigas de piso e coberta estão apresentados na Tabela 5 (NBR 15253, 
2014). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
Tabela 5 – Designações e aplicações dos perfis de aço em LSF 
 
 Fonte: NBR 15253:2014 
 
Conforme afirma Crasto (2005), as tiras e fitas possuem variedade nas 
larguras. São usadas para a estabilização dos painéis e a formação de ligações. Já 
as cantoneiras são usadas em conexões onde o perfil Ue não é adequado e o 
cartola é empregado como ripas de telhados. A diferença do perfil guia (U) do perfil 
montante (Ue) está na ausência de borda (D) no primeiro, o que permite o devido 
encaixe dos perfis. No caso das guias, as mesmas não devem transmitir e absorver 
os esforços da estrutura, função que os montantes, vidas e pilares devem 
desempenhar. Sobre o limite de escoamento dos perfis de aço utilizados na 
estrutura do LSF, deve ser maior ou igual a 230 MPa (BORTOLOTTO, 2015). 
44 
 
 
 
A estabilidade global em LSF é, geralmente, proporcionada pelo 
contraventamento de fitas de aço galvanizado dispostas em diagonais na forma de 
“X”, “K”, “V” ou “/\”, ou pelas chapas em OSB (CRASTO, 2005; RODRIGUES; 
CALDAS, 2016), conforme Figura 17. Apesar de resistirem de forma satisfatória aos 
esforços verticais atuantes na estrutura, os montantes quando isolados não resistem 
a esforços horizontais gerados, como por exemplo, pelo vento. Para aumentar a 
estabilidade estrutural, é necessário adotar elementos que contribuam para isso. É o 
caso dos contraventamentos, sendo o mais comum o em formato de “X” (MASO, 
2017). 
 
 
Figura 16 - Esquema de contraventamento de aço galvanizado 
Fonte: Daudt (2020) 
 
2.2.2.1 Método “stick” 
 
Esse método é utilizado quando a pré-fabricação ou o transporte das peças 
não é viável, com isso as atividades no canteiro de obra são maiores, 
consequentemente, o controle de qualidade e a precisão são menores. Ainda, de 
acordo com Santiago (2012) nesse método os perfis são trabalhados no local da 
45 
 
 
 
obra, logo após os painéis, lajes, contraventamentos e estrutura da cobertura são 
montados no próprio canteiro. Santiago (2012) apresenta no Manual Light Steel 
Framing- LSF, para arquitetura três métodos de construção, que são caracterizados 
no Quadro 2, e exemplificado na Figura 17. 
 
MÉTODO DEFINIÇÃO CARACTERÍSTICAS 
"STICK" 
Os perfis são cortados no 
canteiro da obra, e painéis, lajes, 
colunas, contraventamentos e 
tesouras de telhados são 
montados no local 
• Não há a necessidade de o 
construtor possuir um local 
para a pré-fabricação do 
sistema; 
• Facilidade de transporte das 
peças até o canteiro; 
• As ligações dos elementos 
são de fácil execução, apesar 
do aumento de atividades na 
obra. 
Quadro 2 – Características do Método “stick 
Fonte: Santiago (2012) (Adaptado pelo Autor). 
 
 
 
Figura 17 – Exemplo de construção pelo Método “Stick” 
Fonte: Daudt (2020) 
 
 
 
46 
 
 
 
2.2.2.2 Método por painéis 
 
De acordo com Gatti (2016), são pré-fabricados fora do canteiro de obras os 
painéis, lajes, tesouras e materiais de fechamento, o que diminui o tempo de 
execução da construção, além de garantir rigoroso controle de qualidade, redução 
de trabalho na obra, bem como maior precisão na execução do sistema construtivo 
como um todo, que são caracterizados no Quadro 3, e exemplificado na Figura 18. 
 
MÉTODO DEFINIÇÃO CARACTERÍSTICAS 
POR 
PAINÉIS 
Painéis estruturais ou não 
estruturais, contraventamentos, 
lajes e tesouras de telhado 
podem ser pré-fabricados fora 
do canteiro e montados no 
local. Os painéis e subsistemas 
são conectados no local usando 
as técnicas convencionais 
• Velocidade de montagem; 
• Alto controle de qualidade na 
produção dos sistemas; 
• Minimização do trabalho na 
obra; 
• Aumento da precisão 
dimensional devido às 
condições mais propícias de 
montagem dos sistemas na 
fábrica. 
Quadro 3 - Características do Método por painéis 
Fonte: Santiago, 2012 (Adaptado pelo Autor). 
 
 
 
Figura 18 – Exemplo de construção por painéis 
Fonte: Tecverde (2022) 
 
47 
 
 
 
2.2.2.4 Construção Modular (off-site) 
 
 A construção modular ou também conhecida off-site, ou “fora do local de 
construção”, em tradução adaptada, é um tipo de edificação moderna executada em 
ambientes externos à obra, como fábricas (Figura 19), sendo posteriormente 
instalada no canteiro. Dessa forma, as edificações são transportadas e chegam 
prontas ao local da obra (Figura 20). Esta metodologia é uma das principais 
tendências da indústria da construção civil porque reduz o tempo de edificação 
(controlando melhor o cronograma) e o desperdício de materiais e ainda gera 
economia no orçamento total da construção (Portal Steel Frame, 2021). 
 
Figura 19 – Método construtivo off-site 
Fonte: Blog da Engenharia (2021) 
 
 Considerando que a construção tradicional pode ser um processo mais fluido, 
em que mudanças de projeto são introduzidas mesmo após o início da construção 
(muitas vezes causando atrasos), a construção modular exige que os profissionais 
do projeto colaborem e concluam seu trabalho antecipadamente. É durante este 
processo que a construção modular - principalmente a construção modular 
permanente - geralmente depende do BIM avançado para avaliar o desempenho 
energético e identificar as medidas de eficiência mais econômicas. Os projetos são 
então entregues ao fabricante para a pré-fabricação e construção industrializada 
(CAO, 2021). 
48 
 
 
 
 
Figura 20 – Exemplo de off-site 
Fonte: Blog da Engenharia (2021) 
 
 
 Esse modelo traz dinamismo e inovação para projetos de tamanhos enecessidades diferentes, é possível aplicá-la em maior ou menor grau. Grandes 
projetos, como habitações, podem ser fabricados fora do canteiro de obras assim 
como pequenos cômodos. Tudo depende da necessidade do empreendedor. Muitas 
construções podem, inclusive, ser verticais, suportando mais de 30 andares de 
altura, dando mais opções aos projetos. Este tipo de construção é realizado 
paralelamente com a infraestrutura, possibilitando a preservação do terreno e da 
vegetação e facilitando a relocação de imóveis. Tudo sempre com mais rapidez, 
baixo custo e menos impacto (Portal Steel Frame, 2021), conforme exemplificado no 
Quadro 4. 
 
 
 
49 
 
 
 
 
MÉTODO DEFINIÇÃO CARACTERÍSTICAS 
CONSTRUÇÃO 
MODULAR 
Construções modulares são 
unidades completamente pré-
fabricadas e podem ser 
entregues no local da obra com 
todos os acabamentos 
É acompanhado ao painel todos os 
acabamentos necessários, como 
revestimentos, louças sanitárias, bancadas, 
mobiliários fixos, metais, instalações 
elétricas e hidráulicas, etc. 
Quadro 4 – Característica da Construção Modular 
Fonte: Santiago (2012) (Adaptado pelo Autor). 
 
 
2.2.2.5 Platform Framing e Balloon Framing 
 
O sistema de Platform Framming ou então sistema de plataforma foi originado 
em meados de 1930 derivado do Balloon Framming, porém se diferenciando pelo 
fato de que esse utiliza os pavimentos como plataformas para construções dos 
demais pavimentos. Este novo método reduziria materiais e custos significantemente 
utilizando madeiras menores para o Framming (SANTIAGO, 2012). 
O “Balloom Framing” e “Platform Framing” são formas de montagem que 
podem ser realizadas a partir da estrutura obtida nos métodos stick e método por 
painéis. Na construção “Balloon”, os pisos são fixados nas laterais dos montantes e 
os painéis podem ser maiores que o comum podendo atingir a altura total da 
edificação, neste método a carga é distribuída de forma excêntrica para a laje 
intermediária. A forma “Platform Framing” é a mais utilizada atualmente, ela consiste 
em construir de forma sequencial pisos e paredes um pavimento de cada vez, as 
lajes dividem os painéis e apoiam suas vigas sobre os montantes dos painéis, desta 
forma a distribuição de cargas ocorre em relação a um eixo principal (SANTIAGO, 
2012). Na Figura 21 e Figura 22, é possível identificar a construção do tipo 
“Balloon”, ao lado esquerdo, onde existe um montante único para toda a altura da 
edificação, e, ao lado direito a forma de montagem por “Platform”, cuja a execução é 
feita em etapas. 
 
50 
 
 
 
 
 
Figura 21 – Esquema de distribuição de cargas. 
Fonte: CRASTO (2012) 
 
 
 
Figura 22 - Esquema estrutural balloon e platform frame 
Fonte: CRASTO (2012) 
 
 
 
 
51 
 
 
 
2.2.2.6 Guias 
 
 As guias em perfis U ou perfis Ue no sistema de encaixes estampados devem 
ser usadas na horizontal para formar a base e o topo dos painéis de parede, de piso 
e de cobertura. São também utilizadas - combinadas ou não com as fitas - para o 
travamento lateral de vigas e de montantes, e montagem das vergas CBCA (2012). 
A Figura 23 mostra uma construção em SF, sendo possível visualizar os perfis 
metálicos que formam a estrutura da obra, estando ainda sem os painéis, telhados e 
demais componentes. 
 
 Figura 23 - Perfis metálicos 
Fonte: Adaptado (Santiago, 2008) 
 
 
Apesar de resistirem de forma satisfatória aos esforços verticais atuantes na 
estrutura, os montantes quando isolados não resistem a esforços horizontais 
gerados, como por exemplo, pelo vento. Para aumentar a estabilidade estrutural, é 
necessário adotar elementos que contribuam para isso. É o caso dos 
contraventamentos, sendo o mais comum o em formato de “X” (MASO, 2017). 
 
 
52 
 
 
 
2.3 CONSTRUÇÃO 4.0 
 
O Construção civil 4.0 é um termo que está em alta no mercado, porém até 
pouco tempo atrás, a construção civil era, ainda mais, analógica e tradicionalista em 
seus processos. O setor demorou a perceber a necessidade da inovação e também 
a começar a adotar práticas para inseri-la em seus contextos. Entre as 
consequências desse atraso, estão a deficiência em produtividade e a pouca 
eficiência e previsibilidade em processos, que leva a desperdícios de tempo e 
dinheiro na execução das obras (Prevision, 2020). 
Cada etapa da obra costuma envolver muitas equipes e gerar muitos dados, e 
nem sempre é fácil ter previsibilidade e controle sobre todo o processo. Mas, com o 
apoio da tecnologia e integração de softwares de gestão e planejamento, como o 
BIM, drones, metaverso, Internet das Coisas (IoT) impressora 3D, Inteligência 
Artificial entre outros torna-se simples centralizar, integrar, utilizar e acessar sempre 
que necessário as informações, criando gráficos e dashboards para facilitar o 
controle de todo o empreendimento, conforme exemplo na Figura 24. 
 
 
Figura 24 – Exemplo de Projeto com Revit 
Fonte: Carolina Araujo (2022) 
 
 
53 
 
 
 
 Entre os obstáculos para a adoção de novos modelos de construção no 
Brasil, como na construção “4.0” destacam-se (Autodoc, 2020): 
 
1. Modelos tradicionais bem consolidados, resultam em resistência à 
implantação a novos modelos. Isso se deve também, a conflitos de 
interesses no mercado; 
2. Apesar do gasto com matéria-prima e mão de obra nas construções 
modulares ser menor do que nas convencionais, os custos com tributos 
no país favorecem a implantação da construção tradicional, e tornam a 
modular inviável; 
3. A logística e a infraestrutura do país são insuficientes para a adoção em 
todo o território nacional; 
4. O fornecimento de materiais é pouco cooperativo, faltam equipamentos e 
ocorre dependência por produtos importados; 
5. A construção modular está alinhada com o uso do BIM, que ainda é 
pouco difundido no país. 
54 
 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Pela pesquisa realizada, foi observado a importância de se difundir o tema de 
Construção Energitérmica Sustentável que bem executado e planejado na obra, 
aliado a economia de recursos em todas as etapas, proporciona inúmeros benefícios 
ambientais e sociais. 
 Conforme estudo, foi identificado que o sistema construtivo em Wood frame 
não trata apenas da construção de casas de madeira, mas sim de casas construídas 
com alta tecnologia, fabricadas com controle de qualidade, velocidade, flexibilidade, 
conforto termoacústico, sustentabilidade e adequado custo-benefício. No quesito 
meio ambiente o Wood Frame recebe destaque, pois utiliza a madeira como 
principal matéria-prima, a única renovável no setor da construção civil. 
 Evidenciou-se que a construção em Steel frame oferece inúmeros benefícios, 
como a redução na sobrecarga estrutural, com uma elevada resistência, a redução 
do cronograma, menor geração de resíduos, o alto grau de industrialização, além da 
durabilidade da estrutura, o que torna o método atrativo para a construção civil. 
 Foi demonstrado que o uso crescente de edificações modulares 
industrializadas é uma resposta inteligente à necessidade, como por exemplo, em 
que alguns hospitais foram construídos em diferentes partes do mundo e mostrou 
como a construção modular é um recurso importante para reduzir desperdícios e dar 
agilidade ao setor. 
 Os sistemas abordados apresentam vantagens e desvantagens em sua 
utilização. Contudo, é oportuno e relevante ampliar os trabalhos sobre a 
sustentabilidade das construções, sendo necessário desenvolver um método de 
avaliação desses sistemas para apoio na tomada de decisões. 
https://brasil.elpais.com/icon_design/2020-02-03/como-a-china-conseguiu-erguer-o-hospital-do-coronavirus-de-wuhan-em-10-dias.html
55 
 
 
 
SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS 
 
 Como sugestões para pesquisas futuras em CES, foram identificadas 
algumas possíveis extensões: 
 
• Comparar os preços das soluções apresentadas; desde a estrutura até a 
entrega da obra; 
• Gerar lista de materiais,quantitativos e orçamento de cada modelo 
apresentado; 
• Utilização do CES, na Industria de construção 4.0, com inovação e 
desenvolvimento de novos projetos e produtos, incorporando soluções como 
robótica, inteligência artificial, BIM, e análise de dados de forma integrada, 
para o aumento considerável da eficiência e a produção do setor; 
• Avaliação pós-ocupação de edificações que empregam o sistema para 
análise e identificação de patologias construtivas e coleta de impressões dos 
usuários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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Acesso em 25/09/2022. 
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concepção de sistemas e elementos construtivos. 2009. Tese (Doutorado). 
Universidade Federal do Paraná - Programa de Pós Graduação em Engenharia 
Florestal. Curitiba, 2009 
 
BISTENE, Márcio (2021). Disponível em: <https://www.linkedin.com/pulse/como-o-
sistema-ces-pode-contribuir-com-setor-marcio-bistene/?originalSubdomain=pt>. 
Acesso em 15/10/2022 
 
BLOG DA ENGENHARIA, 2021. O primeiro edifício OFF SITE de oito 
pavimentos no Brasil. Disponível em: 
https://blogdaengenharia.com/engenharia/engenharia-civil/saiu-o-primeiro-
edificio-off-site-volumetrico-no-brasil/. Acesso em 01/11/22. 
 
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construir, 2021. Disponível em: < http://lightsteelframe.eng.br/desvantagens-do-
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BRASILIT. Telhas shingle. 2022. Disponível em: https://www.brasilit.com.br/. . 
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