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Br un o C ab ral Olá pessoal, meu nome é Bruno, sou Auditor-Fiscal da Receita do Distrito Federal. Formado na Escola de Sargentos das Armas (ESA), fui Sargento do Exército por quase 15 anos. Sou Graduado em Matemática e Ciências Contábeis, e Pós Graduado em Direito Tributário. Também fui aprovado nos seguintes concursos: SEFAZ RS para Técnico Tributário da Receita, Fiscal de Tributos de Biguaçu-SC e Especialista em Gestão da Tributação, Arrecadação e Fiscalização (Auditor-Fiscal) de Aracati- CE. Faço um convite para que conheçam o meu curso de Discursivas Regular para a área fiscal (https://go.hotmart.com/Q72186943I) e participem do nosso grupo “PAPIRÔMETRO FISCAL” (Telegram: https://t.me/+crk_iq-nYlc4ZDk5). @rbrunocabral https://go.hotmart.com/Q72186943I https://t.me/+crk_iq-nYlc4ZDk5 Br un o C ab ral Últimas Discursivas da Área Fiscal (2018 a 2022) Sumário 1) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Técnico de Tributos (SEFAZ SE)/2022 (Auditoria Fiscal) -------------------------------------------------------------- 5 2) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Técnico de Tributos (SEFAZ SE)/2022 (Específico Sefaz SE) ----------------------------------------------------------- 8 3) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ CE)/2021 (LTE) ------------------------------------------------------------------- 11 4) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Tecnologia da Informação da Receita Estadual/2021 (Redes) ------------------------------------------ 15 5) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Tecnologia da Informação da Receita Estadual/2021 (Pmbok,Cobit…) ------------------------------------ 18 6) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Tecnologia da Informação da Receita Estadual/2021 (Hadoop Ozone, HDFS…) ---------------------------- 23 7) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Jurídico da Receita Estadual/2021 (Direito Tributário) --------------------------------------------------- 26 8) FGV - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ ES)/2021 (Direito Tributário) 31 9) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Jurídico da Receita Estadual/2021 (Direito Administrativo -Lei 8.666/93) ------------------------------------ 33 10) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Contábil-Financeiro da Receita Estadual/2021 (Contabilidade de Custos) ---------------------------------- 36 11) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Jurídico da Receita Estadual/2021 (Orçamento Público) -------------------------------------- 40 12) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Contábil-Financeiro da Receita Estadual/2021 (Orçamento Público - LDO) -------------------------------- 43 2 Br un o C ab ral 13) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Contábil-Financeiro da Receita Estadual/2021 (Lei nº 4.320/1964) ------------------------------------- 46 14) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ CE)/2021 (Afo - Classificação das Receitas) -------------------------------------------- 49 15) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ CE)/2021 (Contabilidade de Custos) --------------------------------------------- 52 16) Instituto Consulplan - Auditor Fiscal Municipal (Pref Capanema - PR)/2020 (Afo - Créditos adicionais) -------------------------------------------------- 54 17) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal (SEFAZ DF)/2020 (Direito Tributário) ------------------------------------------ 56 18) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal (SEFAZ DF)/2020 (LTE) ----------------------------------------------------- 60 19) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal (SEFAZ DF)/2020 (Afo/Direito Financeiro) -------------------------------------- 65 20) CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Finanças e Controle de Arrecadação da Fazenda Estadual (SEFAZ AL)/2020 (Lei nº 4.320/1964) --------------------------- 69 21) CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Finanças e Controle de Arrecadação da Fazenda Estadual (SEFAZ AL)/2020 (Afo/Direito Financeiro) ---------------- 72 22) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ AL)/2020 (LTE) ------------------------------------------------------------ 74 23) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ AL)/2020 (LTE) ----------------------------------------------------- 78 24) Instituto Consulplan - Auditor Fiscal Municipal (Pref Capanema)/2020 (Lei nº 4.320 - créditos adicionais) ------------------------------------------ 80 25) FCC - Auditor Fiscal (SEFAZ BA)/Administração, Finanças e Controle Interno/2019 (Lei Complementar nº 101/2000 - RCL, Despesas orçamentárias…) 83 26) FCC - Auditor Fiscal (SEFAZ BA)/Administração Tributária/2019 (LTE - ST) 86 27) IBADE - Auditor Fiscal (Pref Jaru)/2019 (Lei nº 4.320 e (Lei Complementar nº 101/2000) --------------------------------------- 91 28) FCC - Auditor Fiscal de Tributos Municipais (Manaus)/2019 (Lei nº 8.666/93) 93 29) FCC - Auditor Fiscal de Tributos Municipais (Manaus)/2019 (LTM - Tributos Municipais) ------------------------------------------ 95 3 Br un o C ab ral 30) FCC - Auditor Fiscal de Tributos Municipais (Manaus)/2019 (LTM/LTE/CF - ICMS, ISS…) --------------------------------------- 97 31) FCC – Técnico Fazendário (Manaus)/2019 (Contabilidade Pública) 101 32) FCC – Técnico Fazendário (Manaus)/2019 (LTM - ISSQN) 104 33) FCC - Auditor Fiscal Tributário Municipal (SJRP)/2019 (LTM - ISSQN) 106 34) FCC – Auditor Fiscal de Tributos I (São Luís)/Abrangência Geral 2018 (LTM - Contribuição de Melhoria) --------------------------- 109 35) FCC - Auditor Fiscal de Tributos I (São Luís)/Abrangência Geral/2018 (Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública - CIP) 112 36) FCC - Auditor Fiscal de Tributos I (São Luís)/Abrangência Geral/2018 (LTM - ITBI…) --------------------------------------- 115 EM TEMPO 37) CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Tributos Municipais (Pref Aracaju)/Abrangência Geral/2021 (Auditoria - Papéis de Trabalho) ------------- 121 38) CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Tributos Municipais (Pref Aracaju)/Abrangência Geral/2021 (LTM) ----------------------------------- 124 39) CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Tributos Municipais (Pref Aracaju)/Tecnologia da Informação/2021 (Lei 10.520/2002 e Lei nº 8.666/93) ----- 128 4 Br un o C ab ral 1) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Técnico de Tributos (SEFAZ SE)/2022 Em auditoria contábil realizada em uma grande companhia comercial localizada em Aracaju – SE, verificou-se a necessidade de auditar o patrimônio líquido da sociedade em razão do expressivo crescimento verificado de um ano para o outro e da existência de indícios de que a capacidade financeira dos sócios talvez não permitisse esse aumento de capital, que teria decorrido de um grande aporte de recursos dos sócios, parte em imóveis e instalações e parte em espécie, visando à expansão da companhia para outros municípios do estado de Sergipe. Na condição de auditor técnico de tributos do estado de Sergipe, elabore um estudo do caso anteriormente proposto, abordando, necessariamente, os seguintes aspectos: 1 relevância, para fins fiscais, de um falso crescimento do patrimônio líquido; 2 principais procedimentos de auditoria a serem adotados; 3 principais resultados esperados. 5 Br un o C ab ral Padrão de resposta: 1) Relevância, para fins fiscais, de um falso crescimento do patrimônio líquido A auditoria é motivada pela dúvida quanto à efetiva integralização de capitais pelos sócios. Do ponto de vista fiscal, essa questão é relevante porque pode envolver uma geração fictícia de caixa para acobertar recebimento por vendas não escrituradas. Esse acobertamento ocorreria pela injeção de recursos através de fato econômico fictício, no caso, o aumento de capital pelos sócios. Dessa forma, faz-se necessário comprovar o efetivo aumento do capital social, verificando sua origem e a entrega dos recursos à entidade, utilizando, para tal, documentaçãohábil e suficiente, além de avaliar a correta contabilização dos fatos ocorridos. 2) Principais procedimentos de auditoria a serem adotados O Auditor busca obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação aos riscos e às distorções relevantes em questão, no caso, a efetiva integralização de capitais pelos sócios. Nesse sentido, procedimentos substantivos, como os testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações), assim como procedimentos analíticos substantivos deverão ser executados. O primeiro procedimento é a busca de informações junto aos principais envolvidos nas transações, no caso, os sócios ou os acionistas principais. A confirmação junto a terceiros e a indagação do pessoal responsável pode ser usada para sustentar ou refutar as informações obtidas. A seguir, deve-se realizar a inspeção de documentos relacionados ao caso e a conferência dos lançamentos contábeis que afetaram as contas do patrimônio líquido. A efetiva entrega dos recursos exigirá a conciliação de saldos bancários e de caixa e o levantamento de registros em cartórios. 3) Principais resultados esperados Realizados todos os procedimentos de auditoria, espera-se obter evidência apropriada e suficiente relativamente à transação em análise. Vários são os resultados que podem ser obtidos nessa auditoria: i) a transação foi integralmente confirmada, não apresentando qualquer indício de fraude; ii) verificaram-se indícios de fraude, havendo confirmação de que parte ou a totalidade dos recursos contabilizados não foi transferida à entidade; iii) verificaram-se indícios de fraude, não sendo encontrados documentos suficientes para esclarecer a transação; iv) 6 Br un o C ab ral outras falhas significativas foram encontradas na transação, como erros de contabilização ou outros fatos, podendo ocultar uma fraude contábil; v) outras conclusões possíveis no escopo da auditoria. QUESITOS 1) Relevância, para fins fiscais, de um falso crescimento do patrimônio líquido [valor: 5,00 pontos] 0 – Não abordou o tema ou o fez de forma incorreta. 1 – Compreendeu o conceito de falso aumento do PL, mas não sua relação com a questão fiscal. 2 – Compreendeu o conceito de falso aumento do PL e suas implicações fiscais. 2) Principais procedimentos de auditoria que deverão ser adotados [valor: 9,00 pontos] 0 – Não abordou o tema ou o fez de forma incorreta. 1 – Reconheceu apenas um procedimento de auditoria a ser aplicado. 2 – Reconheceu dois procedimentos de auditoria que poderiam ser adotados. 3 – Reconheceu três ou mais procedimentos de auditoria aplicáveis ao caso. 3) Principais resultados esperados [valor: 5,00 pontos] 0 – Não abordou o tema ou o fez de forma incorreta. 1 – Reconheceu apenas um possível resultado. 2 – Reconheceu dois possíveis resultados. 3 – Reconheceu três ou mais possíveis resultados. ------------------------------------------------------------------------------------------------- 7 Br un o C ab ral 2) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Técnico de Tributos (SEFAZ SE)/2022 Redija um texto dissertativo acerca dos objetivos que, em meados do século XIX, nortearam a mudança da capital sergipana para Aracaju. Em seu texto, aborde os aspectos a seguir. 1 Gestão administrativa estatal: urbanização na busca da centralidade administrativa de Aracaju versus estrutura político-econômica para a gestão estatal na capital anterior. 2 Dinamização estatal econômica: fluxos de transporte para o comércio interno e internacional; principal produto de exportação. 3 Aspectos positivos advindos da formação metropolitana de Aracaju. 8 Br un o C ab ral Padrão de resposta: A cidade de Aracaju surgiu como capital para desempenhar funções comerciais e administrativas, rompendo, assim, a dependência comercial com a Bahia, permitindo a entrada de Sergipe no mercado de relações internacionais. Explicando melhor, como o município de São Cristóvão não oferecia as condições estruturais/político-econômicas e administrativas/gestão estatal que oportunizassem a independência comercial de Sergipe em relação ao porto comercial baiano, Aracaju surgiu justamente com essa função, e, por isso, sua construção tem grande influência do poder público, que almejava um maior dinamismo econômico do estado, através dos novos portos que posicionariam Sergipe nas rotas de comércio internacional, à época, principalmente para a exportação do açúcar. A mudança da capital para o litoral aumentou o comércio interno, a circulação de pessoas e as exportações, causando um rápido crescimento urbano do estado, que se caracterizou por um processo de desenvolvimento acentuado e concentrado, o que permitiu a formação de aglomerações urbanas no entorno da capital, desencadeado pelo consequente reconhecimento da região metropolitana de Aracaju. As partes com grifos no texto perfazem ideias que os candidatos devem, necessariamente, abordar. Os aspectos em questão são: ● Fator estrutural da centralidade administrativa – a capital anterior, São Cristóvão, não oferecia estrutura político-econômica nem condições administrativas que oportunizassem a independência comercial de Sergipe. ● Fator estrutural da dinamização econômica – a proximidade da nova capital Aracaju com o litoral posicionaria Sergipe nas rotas de comércio internacional, à época, principalmente para a exportação do açúcar. ● Fator estrutural da formação metropolitana – a mudança da capital para o litoral aumentou o comércio interno, a circulação de pessoas e as exportações, causando um rápido crescimento urbano no estado, liderado pela capital Aracaju e seu entorno, que, por sua vez, formou sua região metropolitana. 2.1 0 – Não abordou que a capital anterior, São Cristóvão, não oferecia condições administrativas que oportunizassem a independência comercial de Sergipe. 1 – Abordou que a capital anterior, São Cristóvão, não oferecia condições administrativas que oportunizassem a independência comercial de Sergipe, mas não apontou que esse fator se devia à 9 Br un o C ab ral distância do litoral. 2 – Abordou que a capital anterior, São Cristóvão, não oferecia condições administrativas que oportunizassem a independência comercial de Sergipe e apontou que esse fator se devia à distância do litoral. 2.2 0 – Não abordou que a proximidade da nova capital Aracaju com o litoral aumentaria a circulação comercial e posicionaria Sergipe nas rotas de comércio internacional, à época, principalmente para a exportação do(a) açúcar/cana-de-açúcar. 1 – Abordou apenas que a proximidade da nova capital Aracaju com o litoral aumentaria a circulação comercial de Sergipe ou citou o(a) açúcar/cana-de-açúcar como produção principal, mas não citou o aumento da exportação ou o maior fluxo das rotas de comércio internacional como fator econômico essencial para a mudança da capital. 2 – Abordou que a proximidade da nova capital Aracaju com o litoral aumentaria a circulação comercial de Sergipe e citou o aumento da exportação ou o maior fluxo das rotas de comércio internacional, como fator econômico essencial para a mudança da capital, mas não apontou o açúcar como sendo o principal produto para exportação desse período. 3 – Abordou que a proximidade da nova capital Aracaju com o litoral aumentaria a circulação comercial de Sergipe, citou o aumento da exportação ou o maior fluxo das rotas de comércio internacional, como fator econômico essencial para a mudança da capital, e apontou o açúcar como sendo o principal produto a ser exportado nesse período. 2.3 0 – Não abordou nenhum caminho que levasse à formação metropolitana de Aracaju. Não contemplou que a mudança da capital para o litoral aumentou o comércio interno, a circulação de pessoas e as exportações, causando um rápido crescimento urbano no Estado, liderado pela capital Aracaju e seu entorno que, por sua vez, formou sua região metropolitana. 1 – Abordou que a mudança da capital para o litoral aumentou o comércio interno, a circulação de pessoase as exportações, causando um rápido crescimento urbano, mas não explicou que esse crescimento urbano tomou o entorno e que foi dessa forma que Aracaju formou sua região metropolitana. 2 – Abordou que a mudança da capital para o litoral aumentou o comércio interno, a circulação de pessoas e as exportações, causando um rápido crescimento urbano, e também explicou que esse crescimento urbano tomou o entorno e foi dessa forma que Aracaju formou sua região metropolitana. 10 Br un o C ab ral 3) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ CE)/2021 Em 15/1/2021, a empresa Comércio Varejista Ltda., com sede em Fortaleza – CE, recebeu produtos adquiridos da empresa Atacadista Ltda., com sede em outro estado da Federação, acompanhados da nota fiscal e da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE). Trata-se de produtos enquadrados no regime de substituição tributária, ou seja, com recolhimento antecipado do imposto pelo fornecedor das mercadorias. Os produtos recebidos ficaram em estoque por sessenta dias e pereceram, considerando-se seu prazo de validade. Então, a empresa Comércio Varejista Ltda. formulou pedido de restituição do ICMS recolhido por substituição tributária desses produtos — embora esse imposto tivesse sido pago pelo fornecedor —, inclusive comprovando o prazo de validade dos produtos e emitindo uma nota fiscal de baixa em decorrência de perda por perecividade. Ao emitir a nota fiscal, deu baixa em seu estoque, reconhecendo uma despesa com perda de estoques. Aguardou noventa dias e não obteve deliberação sobre sua solicitação pela Secretaria da Fazenda. Assim, no período de apuração seguinte, lançou o crédito desse valor, atualizando-o monetariamente, em sua escrita fiscal, por entender ter esse direito, uma vez que o secretário da fazenda ainda não havia deliberado sobre o assunto. Considerando essa situação hipotética e a legislação vigente que dispõe acerca do ICMS, redija um texto que atenda ao que se pede a seguir. 1 Esclareça, de forma justificada, se a empresa Comércio Varejista Ltda. tinha o direito de creditar-se do imposto. [valor: 1,75 ponto] 2 Avalie os procedimentos de baixa de estoque e de restituição do crédito tributário na situação em apreço, esclarecendo, de forma justificada, se eles foram corretamente realizados. [valor: 3,00 pontos] 11 Br un o C ab ral Padrão de resposta: Mesmo o imposto sendo pago pelo fornecedor, a empresa adquirente tem o direito de solicitar o ressarcimento desse imposto quando a operação subsequente, também chamada de fato gerador presumido, não se realizar (o que foi o caso, já que o produto não será vendido). A empresa adquirente tem o direito de ressarcimento porque o ICMS recolhido por substituição tributária é somado ao valor da mercadoria, ou seja, constituiu custo para o adquirente que pagou pela mercadoria e pelo ICMS ST, conforme art. 10 da Lei Complementar n.º 87/1996. Todas as contas contábeis devem refletir a situação real. A conta estoques, pertencente ao ativo circulante, deve refletir o quantitativo que está disponível para venda. Nesse caso, existe a necessidade de reconhecimento contábil da perda por perecividade, mas todos os registros contábeis devem ser amparados por documento idôneo que dê suporte à operação, inclusive com emissão de nota fiscal com o CFOP 5927 (código específico para a operação previstona legislação). 1. Trata-se de um estudo de caso envolvendo a aquisição de mercadoria para revenda, de outro estado da Federação, cuja lei prevê o recolhimento antecipado do ICMS por substituição tributária (ST). Ou seja, o ICMS foi recolhido antecipadamente pelo fornecedor, antes de ocorrer o fato gerador do ICMS, que seria a venda realizada pela Comércio Varejista Ltda ao consumidor final. Nesse estudo de caso, a questão trata especificamente da modalidade de ST em que o substituto tributário recolhe o ICMS em razão de um fato gerador que ainda será praticado pelo substituído em operações posteriores. Como houve a antecipação do pagamento do ICMS na entrada dessa mercadoria, na saída, quando da venda ao consumidor final pela Comércio Varejista Ltda, não haverá o destaque do ICMS, pois trata-se de uma operação não tributada. Portanto, a Comércio Varejista Ltda. não tem direito ao aproveitamento do crédito na entrada da mercadoria em seu estabelecimento. A vedação à utilização do crédito dessa operação está prevista no art. 52 da Lei n.º 12.670/1996. Nesse caso, o ICMS ST destacado e cobrado na nota fiscal pelo fornecedor constituirá custo da mercadoria a ser revendida pela Comércio Varejista Ltda. No entanto, existe previsão legal assegurando ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do ICMS pago em razão de substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar (art. 22 da Lei n.º 12.670/1996). O fato gerador presumido que não foi realizado nesse estudo de caso foi a venda ao consumidor final, sendo assegurado ao contribuinte substituído, a Comércio Varejista Ltda., o direito de restituição mediante o requerimento ao Secretário da Fazenda. (art. 22, inciso III, da Lei n.º 12.670). Neste sentido, prevê a CF em seu art. 150, que “ § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido”. Obs.: o candidato poderá fundamentar sua resposta de acordo com a CF, a Lei Complementar n.º 87/1996 (Lei Kandir), a Lei Estadual n.º 12.670/1996 ou sua regulamentação pelo Decreto Estadual n.º 33.327/2019. 2. A empresa Comércio Varejista Ltda. fez o procedimento correto. Sendo assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar, o 12 Br un o C ab ral contribuinte deve formular/protocolar a solicitação, comprovando o motivo da baixa de estoque por perda/perecividade do produto. Se não houver deliberação pela fazenda estadual no prazo de 90 dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado segundo os mesmos critérios aplicáveis ao tributo, conforme § 1.º do art. 10 da Lei Complementar n.º 87/1996 e o § 1.º do art. 105 do Decreto estadual n.º 33.327/2019. A conta estoques, pertencente ao ativo circulante, deve refletir o quantitativo que está disponível para venda. Com relação ao procedimento de baixa de estoque, todas as perdas devem ser reconhecidas como despesa do período, em que a perda ocorrer, pelo valor do custo escriturado da mercadoria na conta contábil de estoques. No entanto, qualquer movimento em estoque de empresa comercial, entrada e saída, deve ser amparado por documento fiscal,devendo ser observados os requisitos necessários, nesse caso específico, para a emissão da nota fiscal de baixa de estoque decorrente de perda. Com relação ao lançamento do crédito do valor do ICMS ST devidamente atualizado em sua escrita fiscal, o procedimento está correto. A Comércio Varejista Ltda observou o procedimento correto ao efetuar o requerimento ao Secretário da Fazenda solicitando a restituição do valor do ICMS ST. Ela também observou o prazo legal, previsto na legislação tributária estadual, para aproveitar esse crédito, pois, se não tivesse observado, poderia ter incorrer em multas. Nesse caso específico, o procedimento está correto, pois foram observados os art. 64 a 66 da Lei n.º 12.670/1996, em que, em síntese, se não houver deliberação pela fazenda estadual no prazo de 90 dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado segundo os mesmos critérios aplicáveis à cobrança de crédito tributário. QUESITOS AVALIADOS Quesito 2.1 0 – Nãorespondeu ou respondeu incorretamente. 1 – Respondeu corretamente, que tem direito à restituição, mas não justificou. 2 – Respondeu corretamente, que tem direito à restituição, mas apresentou justificativa insuficiente (tratou apenas do direito de aproveitar o crédito tributário quando a operação presumida subsequente não for realizada ou do fato de que o ICMS recolhido por substituição tributária constitui custo para o adquirente) quanto ao direito à restituição do valor do ICMS pago em razão de substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar ou não afirmou que trata de previsão legal, indicando o normativo fundamentador. 3 – Respondeu corretamente, justificando que, por previsão legal, a empresa tem o direito de aproveitar o crédito tributário quando a operação presumida subsequente não for realizada e que o ICMS recolhido por substituição tributária constitui custo para o adquirente. à restituição do valor do ICMS pago em razão de substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar. Quesito 2.2 0 – Não respondeu ou respondeu incorretamente. 1 – Respondeu corretamente, mas não justificou. 2 – Respondeu corretamente, mas apresentou justificativa insuficiente (tratou apenas do reconhecimento de estoque pelo valor real ou da emissão de nota fiscal para dar suporte à operação). 3 – Respondeu corretamente, justificando o reconhecimento de estoque pelo valor real e a emissão de nota fiscal para dar suporte à operação. 13 Br un o C ab ral Quesito 2.3 0 – Não respondeu ou respondeu incorretamente. 1 – Respondeu corretamente, mas não justificou. 2 – Respondeu corretamente, mas apresentou justificativa insuficiente (explicou apenas que a empresa pode se beneficiar no período seguinte, decorridos 90 dias do protocolo, ou que o valor do crédito é atualizado monetariamente). 3 – Respondeu corretamente, justificando que a empresa pode se beneficiar no período seguinte, decorridos 90 dias do protocolo, e que o valor do crédito é atualizado monetariamente. ------------------------------------------------------------------------------------------------- 14 Br un o C ab ral 4) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Tecnologia da Informação da Receita Estadual/2021 A tecnologia de deep learning é uma subárea de machine learning que permite o processamento de enormes quantidades de dados para encontrar relacionamentos e padrões que os seres humanos são, muitas vezes, incapazes de detectar. A respeito desse assunto, redija um texto atendendo ao que se pede a seguir. 1 Descreva dois tipos de redes neurais. [valor: 1,00 ponto] 2 Descreva duas etapas do processamento de linguagem natural (PLN). [valor: 1,00 ponto] 3 Detalhe o funcionamento da retropropagação, citando dois componentes da ativação. [valor: 0,40 ponto] 15 Br un o C ab ral Padrão de resposta: 1 Tipos de redes neurais • Redes neurais recorrentes Trata-se de redes com loops, que permitem que as informações persistam. As redes recorrentes são um tipo de rede neural artificial projetada para reconhecer padrões em sequências de dados, como texto, genomas, caligrafia, palavra falada ou dados de séries numéricas que emanam de sensores, bolsas de valores e agências governamentais. Esses algoritmos consideram tempo e sequência; têm uma dimensão temporal. • Redes neurais convolucionais Uma rede neural convolucional (ConvNet ou CNN, do inglês convolutional neural network) é um algoritmo de aprendizado profundo que pode captar uma imagem de entrada, atribuir importância (pesos e vieses que podem ser aprendidos) a vários aspectos / objetos da imagem e diferenciar um do outro. O pré-processamento exigido em uma ConvNet é muito menor em comparação com outros algoritmos de classificação. Nos métodos primitivos, os filtros são feitos à mão, com treinamento suficiente, ao passo que as ConvNets têm a capacidade de aprender esses filtros / essascaracterísticas. • Redes adversárias generativas Redes adversárias generativas (GANs, do inglês generative adversarial network) são arquiteturas de redes neurais profundas compostas por duas redes colocadas uma contra a outra (daí o nome “adversárias”). O potencial das GANs é enorme, porque elas podem aprender a imitar qualquer distribuição de dados; ou seja, as GANs podem ser ensinadas a criar mundos estranhamente semelhantes aos nossos em qualquer domínio: imagens, música, fala, prosa. Elas são artistas robóticos, em certo sentido, e sua produção é impressionante. 2 Etapas do processamento de linguagem natural (PLN) • Etapa número 1: limpeza e pré-processamento do texto Essa etapa envolve o uso de técnicas como tokenização, estemização e lematização para analisar o texto. • Etapa número 2: compreensão e geração de linguagem Trata-se da parte mais intensa do processo, que muitas vezes usa algoritmos de deep learning. Uma vez que o texto tenha sido colocado em um formato que os computadores conseguem processar, o sistema de NLP deve, então, compreender o significado geral. 3 Funcionamento da retropropagação e componentes da ativação • A retropropagação consiste em ajustar a rede neural quando erros são encontrados e, em seguida, iterar os novos valores na rede novamente. Essencialmente, o processo envolve pequenas mudanças que continuam otimizando o modelo. • A ativação é composta pelos pesos, entradas e funções. 16 Br un o C ab ral QUESITOS AVALIADOS 2.1 0 - Não citou/descreveu corretamente nenhum tipo de rede neural. 1 - Citou corretamente apenas 1 tipo de rede neural, mas o descreveu de forma incorreta. 2 - Citou e descreveu corretamente apenas 1 tipo de rede neural. 3 - Citou corretamente 2 tipos de redes neurais, mas descreveu corretamente apenas 1 dos tipos. 4 - Citou e descreveu corretamente 2 tipos de redes neurais. 2.2 0 - Não descreveu corretamente nenhuma etapa. 1 - Descreveu apenas 1 etapa, mas o fez de forma incompleta. 2 - Descreveu apenas 1 etapa, de forma completa. 3 - Descreveu 1 etapa de forma completa e 1 etapa de forma incompleta. 4 - Descreveu as 2 etapas, de forma completa. 2.3 0 - Não descreveu corretamente o funcionamento da retropropagação nem citou corretamente nenhum componente. 1 - Não descreveu corretamente o funcionamento da retropropagação, mas citou corretamente 1 ou 2 componentes. 2 - Descreveu corretamente o funcionamento da retropropagação, mas não citou nenhum componente. 3 - Descreveu corretamente o funcionamento da retropropagação, mas citou apenas 1 componente. 4 - Descreveu corretamente o funcionamento da retropropagação e citou 2 componentes. ------------------------------------------------------------------------------------------------- 17 Br un o C ab ral 5) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Tecnologia da Informação da Receita Estadual/2021 Uma empresa terceirizada foi contratada para avaliar a situação atual do desenvolvimento e da gestão ágil de projetos e demandas em determinada organização que tem o objetivo de atingir o grau mais elevado de maturidade em ciclos de vida ágil de desenvolvimento, com base no Scrum 2020, na XP e no PMBOK 6, bem como possuir uma governança de tecnologia da informação (TI) alinhada às boas práticas do COBIT 2019. No relatório final elaborado pela empresa contratada, constaram os achados e as proposições a seguir. Avaliação com base no PMBOK 6 • Achado I – Os projetos são iniciados sem a elicitação dos requisitos do projeto e da solução. Proposição de melhoria: A especificação de todos os requisitos do projeto deve ser obtida no início do projeto. Logo após, deve ser realizado o planejamento detalhado de todas as entregas necessárias antes do início do desenvolvimento. • Achado II – Os cronogramas são falhos e devem ser revistos sempre que mudam os requisitos. Proposição de melhoria: Não é necessário elaborar cronogramas ou quaisquer controles de entrega, pois, em ciclos iterativos, não há como mensurar prazos de entrega. Avaliaçãocom base no Scrum 2020 • Achado III – As perguntas “Por que a sprint é valiosa?” e “O que pode ser feito nessa sprint?” são respondidas como tópicos na sprint planning e, com base nelas, é definido o trabalho entregue na sprint. Proposição de melhoria: Incluir na sprint planning a pergunta “Como o trabalho escolhido será realizado?”, com vistas a compor a sprint backlog. • Achado IV – A meta do produto não é desenvolvida a contento e a equipe não é comunicada claramente sobre os itens do product backlog pelo product owner. Proposição de melhoria: Criar um comitê gestor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) especificamente incumbido de garantir que a meta do produto e que o product backlog sejam desenvolvidos e compreendidos pelo scrum team, uma vez que product owner não é responsável pelo gerenciamento do product backlog. 18 Br un o C ab ral • Achado V – Não há evento que permita avaliar o que deu certo durante a sprint. Da mesma forma, não há discussão sobre como os problemas foram resolvidos ou não. Proposição de melhoria: Estabelecer a execução da sprint review como o evento que conclua a sprint, com vistas a inspecionar o seu resultado. Avaliação com base na XP • Achado VI – Não há evento que permita avaliar se as alterações realizadas por cada membro da equipe deixam o código consistente — ou seja, não são realizados testes para verificar se há algum problema a ser corrigido imediatamente a cada envio do código pelo programador. Proposição de melhoria: Não é necessário promover esse tipo de teste, pois, no desenvolvimento ágil, ao final de cada sprint, o resultado é considerado parte de um incremento, ou seja, “pronto”. Avaliação com base no COBIT 2019 • Achado VII – Não há avaliação em relação à governança de TI sobre o método de desenvolvimento de software da organização. Proposição de melhoria: É indiferente para a governança de TI se a organização utiliza o modelo Cascata, o DevOps ou o desenvolvimento ágil, pois isso está relacionado ao nível operacional da TI. • Achado VIII – A cascata de objetivos está sendo utilizada em paralelo com a gestão ágil de projeto nos projetos considerados estratégicos. Proposição de melhoria: Implementar áreas de focos relacionadas aos problemas a serem resolvidos, pois, no COBIT 2019, a cascata de objetivos foi substituída pelas áreas de foco (focus area). Tendo como referência essa situação hipotética, redija, na condição de auditor responsável pela avaliação dos dados apresentados no relatório final de auditoria da empresa contratada, um texto dissertativo posicionando-se favorável ou contrariamente a cada proposição de melhoria dos achados mencionados. Ao elaborar seu texto, identifique o item avaliado (achado I, achado II etc.), apresente sua avaliação acerca da respectiva proposição de melhoria e justifique sua avaliação. Nos(s) caso(s) em que eventualmente concordar com o relatório hipotético em apreço, justifique sua avaliação com base em elementos que complementem, embasem ou reforcem a adequação da proposição de melhoria apresentada. No(s) caso(s) em que eventualmente discordar do relatório hipotético em 19 Br un o C ab ral apreço, apresente o devido embasamento e sugira uma proposição de melhoria apropriada para o achado. 20 Br un o C ab ral Padrão de resposta: A citada proposição de melhoria para o achado I não procede. A elaboração dos requisitos deve ser progressiva, com base em planejamento iterativo curto e na execução de ciclos. O achado II e sua respectiva proposição de melhoria são inadequados. A elaboração do cronograma pode ser iterativa ou sob demanda. A iterativa (backlog) é uma forma de planejamento em ondas sucessivas, na qual se priorizam os requisitos (histórias do usuário). A elaboração do cronograma sob demanda, usada no Kanban, extrai da lista de pendências (backlog) aquelas que devem ser executadas. A proposição de melhoria para o achado III é adequada. A meta da sprint, os itens do product backlog selecionados para a sprint e o plano para entregá-los são chamados, juntos, de sprint backlog. Para cada item do product backlog selecionado, os developers planejam o trabalho necessário para criar um incremento que atenda à definição de “pronto”. A proposição de melhoria para o achado IV não é adequada. O product owner também é responsável pelo gerenciamento eficaz do product backlog. Isso inclui desenvolver e comunicar explicitamente a meta do produto, bem como criar e comunicar claramente os itens do product backlog. A proposição de melhoria para o achado V não é apropriada. O correto é estipular uma sprint retrospective que vise planejar maneiras de aumentar a qualidade e a eficácia. é apropriada como forma de inspecionar o resultado da Sprint, mas não encerra a Sprint. A sprint retrospective também é apropriada, pois visa planejar maneiras de aumentar a qualidade e a eficácia e encerra a Sprint. A proposição de melhoria para o achado VI não é apropriada. O correto é estipular a prática da integração contínua, que consiste em integrar o trabalho diversas vezes ao dia, assegurando-se que a base de código permaneça consistente ao final de cada integração. Ou seja, é uma prática na qual o código que está sendo desenvolvido pelo time é integrado, versionado,construído e verificado diversas vezes ao dia em um ambiente dedicado. A proposição de melhoria para o achado VII não é apropriada. O COBIT 2019 descreve como fatores de design (design factors) a metodologia de desenvolvimento e DevOps como fatores que 21 Br un o C ab ral podem influenciar o design do sistema de governança de uma empresa e posicioná-lo para o sucesso no uso de I&T. A proposição de melhoria para o achado VIII não é apropriada. O COBIT 2019 mantém a cascata de objetivos, de acordo com a qual as necessidades das partes interessadas devem ser transformadas em uma estratégia acionável da organização. QUESITOS AVALIADOS Quesitos 2.1, 2.2, 2.4, 2.5, 2.6, 2.7 e 2.8 0 – Não se posicionou, ou não identificou o achado a que se refere, ou se posicionou favoravelmente à proposição de melhoria apresentada na situação hipotética. 1 – Posicionou-se contrariamente à proposição de melhoria apresentada na situação hipotética, mas não apresentou justificativa nem sugeriu uma proposição que seria adequada. 2 – Posicionou-se contrariamente à proposição de melhoria apresentada na situação hipotética, mas não apresentou justificativa ou não sugeriu uma proposição que seria adequada. 3 – Posicionou-se contrariamente à proposição de melhoria apresentada na situação hipotética, mas apresentou, de forma insuficiente ou com alguma inconsistência, justificativa e sugestão de uma proposição que seria adequada. 4 – Posicionou-se contrariamente à proposição de melhoria apresentada na situação hipotética, apresentou justificativa coerente e correta e sugeriu uma proposição que seria adequada. Quesitos 2.3 e 2.5 0 – Não se posicionou, ou não identificou o achado a que se refere, ou se posicionou contrariamente à proposição de melhoria apresentada na situação hipotética. 1 – Posicionou-se favoravelmente à proposição de melhoria apresentada na situação hipotética, mas não apresentou justificativa. 2 – Posicionou-se favoravelmente à proposição de melhoria apresentada na situação hipotética, mas apresentou justificativa insuficiente ou com alguma inconsistência. 3 – Posicionou-se favoravelmente à proposição de melhoria apresentada na situação hipotética, apresentando justificativa coerente e correta. ------------------------------------------------------------------------------------------------- 22 Br un o C ab ral 6) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Tecnologia da Informação da Receita Estadual/2021 A biblioteca de software Apache Hadoop é uma estrutura que permite o processamento distribuído de grandes conjuntos de dados em clusters de computadores por meio de modelos de programação simples. Ela foi projetada para detectar e tratar falhas na camadade aplicativo, oferecendo um serviço altamente disponível em cima de um cluster de computadores, cada um dos quais sujeito a falhas. Internet: <http://hadoop.apache.org> (com adaptações). Considerando os vários módulos que formam o ecossistema Hadoop, redija um texto dissertativo que apresente a definição e o objetivo de cada um dos seguintes módulos: 1 Hadoop Ozone, incluindo uma breve explicação sobre os buckets; [valor: 0,60 ponto] 2 Hadoop Distributed File System (HDFS), incluindo a função do NameNode; [valor: 0,60 ponto] 3 Hadoop YARN; [valor: 0,60 ponto] 4 Hadoop MapReduce. [valor: 0,60 ponto] 23 Br un o C ab ral Padrão de resposta: Hadoop Ozone é um gerenciador de armazenamento de objetos (object store) escalonável, redundante e distribuído para Hadoop, em que buckets são semelhantes a diretórios. O Hadoop Distributed File System (HDFS) é um sistema de arquivos distribuído tolerante a falhas projetado para ser executado em hardware comum. O HDFS fornece alta disponibilidade, robustez, confiabilidade além de ser altamente escalável. O HDFS fornece acesso de alto rendimento aos dados do aplicativo e é adequado para aplicativos que possuem grandes conjuntos de dados. O NameNode executa operações do sistema de arquivos, como abrir, fechar e renomear arquivos e diretórios. Os DataNodes são responsáveis por atender às solicitações de leitura e gravação dos clientes do sistema de arquivos. O YARN é um gerenciador de agendamento de tarefas e de recursos de cluster. Tem o objetivo de separar as funcionalidades de gerenciamento de recursos e agendamento das de monitoramento de tarefas, colocando-as em gerenciadores (daemons) separados. O Hadoop MapReduce é um modelo de programação de código-fonte aberto para computação distribuída. A função Map mapeia dados para conjuntos de pares de chave/valor chamados de resultados intermediários. A função Reduce combina os resultados intermediários, aplica algoritmos adicionais e produz o resultado final. Um trabalho MapReduce geralmente divide o conjunto de dados de entrada em blocos independentes, que são processados pelas tarefas de mapa de uma maneira completamente paralela. A estrutura classifica as saídas dos mapas, que são, então, inseridas nas tarefas de redução. QUESITOS AVALIADOS Quesito 2.1 0 – Não abordou os aspectos solicitados. 1 – Abordou corretamente apenas um dos aspectos solicitados (definição do Ozone, ou objetivo do Ozone, ou buckets). 2 – Abordou corretamente apenas dois dos aspectos solicitados (definição do Ozone e(ou) objetivo do Ozone e(ou) buckets). 3 – Definiu corretamente o Ozone, apresentou seu objetivo e explicou sobre os buckets. * O quesito 2.1 foi anulado e a pontuação correspondente a esse quesito foi atribuída a todos os candidatos, exceto no caso de texto em branco. Quesito 2.2 0 – Não abordou os aspectos solicitados. 1 – Abordou corretamente apenas um dos aspectos solicitados (definição do HDFS, ou objetivo do HDFS, ou função do NameNode e/ou do DataNodes). 2 – Abordou corretamente apenas dois dos aspectos solicitados (definição do HDFS, ou objetivo do HDFS, ou função do NameNode ou do DataNodes). 3 – Definiu corretamente o HDFS, apresentou seu objetivo e explicou a função do NameNode e do DataNodes. Quesito 2.3 0 – Não abordou os aspectos solicitados. 24 Br un o C ab ral 1 – Abordou corretamente apenas a definição ou o objetivo do YARN. 2 – Definiu corretamente o YARN e apresentou o seu objetivo. Quesito 2.4 0 – Não abordou os aspectos solicitados. 1 – Abordou corretamente apenas a definição ou o objetivo do MapReduce. 2 – Definiu corretamente o MapReduce e apresentou o seu objetivo. ** O Quesito 2.4 foi anulado e a pontuação correspondente a esse quesito foi atribuída a todos os candidatos, exceto no caso de texto em branco. ------------------------------------------------------------------------------------------------- 25 Br un o C ab ral 7) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Jurídico da Receita Estadual/2021 A assembleia legislativa de determinado estado aprovou uma lei estadual prevendo que o ICMS eventualmente devido não seria cobrado no caso de compra e venda de insumos hospitalares destinados ao consumo no estado durante a crise sanitária da covid-19, por motivos de emergência pública. Submetida a lei em questão à sanção, o Ministério Público junto ao tribunal de contas daquele estado emitiu uma recomendação ao governador para que a lei fosse vetada por inconstitucionalidade. Defendeu o Ministério Público, em síntese, que o estado não poderia deixar de cobrar o tributo em questão sem consulta aos demais entes da Federação. Diante desse impasse, o governador decidiu consultar a secretaria de fazenda, apresentando-lhe os seguintes questionamentos. I Imunidade, isenção ou não incidência: qual dessas modalidades aplica-se ao caso? II Existe alguma restrição legal para que o estado deixe de efetuar unilateralmente essa cobrança tributária? III É juridicamente necessária a consulta aos demais entes federativos? Considerando essa situação hipotética, redija, na condição de auditor fiscal jurídico da citada receita estadual, um texto dissertativo respondendo, com a devida fundamentação legal e jurídica, aos citados questionamentos apresentados pelo governador. Ao elaborar seu texto, atenda, necessariamente, ao que se pede a seguir. 1 Na resposta ao questionamento I, distinga as três modalidades mencionadas. [valor: 1,90 ponto] 2 Na resposta ao questionamento II, esclareça se a Constituição Federal de 1988 ou a legislação federal preveem tal restrição. [valor: 1,65 ponto] 3 Na resposta ao questionamento III, explique o procedimento adequado para que o governador consultasse os demais entes federativos, caso fosse fazê-lo. [valor: 1,20 ponto] 26 Br un o C ab ral Padrão de resposta: Imunidades são normas negativas de competência tributária, as quais possuem fundamento direto na própria Constituição Federal de 1988 (CF). Constituem, portanto, verdadeiras limitações ao poder de tributar, sendo uma garantia fundamental da pessoa física ou jurídica, a qual não pode ser alterada, restringida ou revogada pelo legislador ordinário. Nesse caso, o sujeito ativo não detém competência tributária para instituir ou cobrar o tributo. A isenção, por outro lado, é uma hipótese de exclusão do crédito tributário, conforme o art. 175, I, do Código Tributário Nacional (CTN). Ela se diferencia da imunidade na medida em que esta última se encontra no plano constitucional, enquanto a isenção encontra-se no plano infraconstitucional. Ao contrário da imunidade, a isenção pressupõe a incidência da norma tributária, a qual é afastada pelo legislador ordinário. Ou seja, se a isenção não existisse, o tributo seria devido. Contudo, a isenção exclui o crédito tributário, dispensando o sujeito passivo da apuração e do cumprimento da obrigação tributária geral. A não incidência, por sua vez, não se encontra no plano normativo, mas, sim, no âmbito da aplicação da norma tributária impositiva. Trata-se, portanto, de simples ausência de incidência na norma tributária (matriz de incidência). Assim, não há de se falar em afastamento ou exclusão da obrigação tributária, pois a situação ou o fato da vida em exame sequer se enquadra na hipótese de incidência da norma, razão pela qual não há o surgimento da obrigação tributária. Não há que se confundir não incidência com alíquota zero, pois na alíquota zero a obrigação tributária existe e apenas o aspecto quantitativo do tributo não possui valor monetário. Não se confundem não incidência e isenção, pois a isenção pressupõe a incidência na hipótese legal e a ocorrência do fato gerador, havendo apenas a exclusão do crédito tributário. Na não incidência, não há fato gerador. A situação hipotética narrada não apresenta nenhum elemento objetivo ou subjetivo que possa se amoldar às hipóteses de imunidade constitucional, uma vez que não há imunidade aplicável especificamente a insumos hospitalares,emergência pública ou casos de crise sanitária. Tampouco há que se falar em não incidência, pois a compra e venda de bens e mercadorias é, em tese, passível de cobrança do ICMS. Além disso, a situação hipotética fala claramente em norma abstrata, enquanto a não incidência deve ser verificada não no plano normativo, mas no momento da aplicação da norma. Como a questão afirma que o ICMS deixará de ser cobrado, conclui-se que se trata de situação na qual o ente possuiria, em tese, competência tributária para a cobrança. Conforme indicado na questão, o tributo incidiria se não tivesse havido a referida exclusão pela lei ordinária, apenas deixando de ser cobrado. Trata-se, portanto, de situação que se amolda ao conceito de isenção. No caso do ICMS, a CF prevê que cabe a lei complementar dispor sobre a deliberação dos estados e do Distrito Federal a respeito da isenção do ICMS. In verbis: Art. 150. [...] § 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. [...] Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 27 Br un o C ab ral [...] II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; [...] § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: [...] XII – cabe à lei complementar: [...] g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. O tema é regulado, no plano infraconstitucional, pela Lei Complementar n.º 24/1975, a qual prevê que as isenções do ICMS devem ser concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos estados e pelo Distrito Federal. Trata-se, portanto, de dispositivo que evita a chamada guerra fiscal, impedindo que um único estado possa, de forma unilateral, decidir a respeito de isenções fiscais relativas ao ICMS, o que criaria uma competição entre os distintos estados em torno da diminuição da referida tributação e, por conseguinte, poderia, ao fim e ao cabo, acabar por comprometer a receita pública dos entes estaduais. A respeito desse tema, assim se posiciona a jurisprudência do STF: INCONSTITUCIONALIDADE. AÇÃO DIRETA. LEI Nº 11.393/2000, DO ESTADO DE SANTA CATARINA. TRIBUTO. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS. BENEFÍCIOS FISCAIS. CANCELAMENTO DE NOTIFICAÇÕES FISCAIS E DEVOLUÇÃO DOS CORRESPONDENTES VALORES RECOLHIDOS AO ERÁRIO. CONCESSÃO. INEXISTÊNCIA DE SUPORTE EM CONVÊNIO CELEBRADO NO ÂMBITO DO CONFAZ, NOS TERMOS DA LC 24/75. EXPRESSÃO DA CHAMADA “GUERRA FISCAL”. INADMISSIBILIDADE. OFENSA AOS ARTS. 150, § 6º, 152 E 155, § 2º, INC. XII, LETRA "G", DA CF. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. PRECEDENTES. Não pode o Estado-membro conceder isenção, incentivo ou benefício fiscal, relativos ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, de modo unilateral, mediante decreto ou outro ato normativo, sem prévia celebração de convênio intergovernamental no âmbito do CONFAZ. (STF, ADI 2345, Tribunal Pleno, min. Cezar Peluso, j. 30/6/2011) Dessa forma, ainda que seja meritória a isenção de tributos destinados ao combate e tratamento da covid-19, o estado não pode fazer tal previsão de forma unilateral. Na forma do art. 155, § 2.º, XII, alínea “g”, da CF c/c a Lei Complementar n.º 24/1975, a concessão de isenção de ICMS deve ser feita nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos estados e pelo Distrito Federal. Isso é feito por meio do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), observado o procedimento descrito na mencionada lei complementar. Esse convênio deve ser celebrado em reunião para a qual tenham sido convocados representantes de todos os estados e do Distrito Federal, sob a presidência de representantes do governo federal, sendo certo que a concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos estados representados, conforme o art. 2.º da Lei Complementar n.º 24/1975. A celebração desse convênio é obrigatória, sob pena de a isenção ser considerada inconstitucional, nos termos da decisão da ADI 2345 do STF, a qual possui efeito vinculante e erga omnes (ver também ADI 3664, 3803, 4152 e 4934, além de RE 1025986). 28 Br un o C ab ral Obs.: não se faz necessário justificar a resposta na Lei Complementar n.º 24/1975, tendo que vista que o que se buscar é que o candidato demostre conhecimento e habilidade quanto aos conteúdos do edital: 1.2 Limitações do poder de tributar; 2 Leis complementares; 3 Competência tributária; 3.2 Exercício da competência tributária; 3.5 Distinção entre imunidade, isenção e não incidência; 4.7 Convênios e 10 Impostos dos estados e do Distrito Federal. QUESITOS AVALIADOS Quesito 2.1.1 2.1 - Imunidade, isenção e não incidência 0 – Não atendeu ao aspecto. 1 – Abordou apenas uma modalidade, apresentando justificativa com alguma inconsistência. 2 – Abordou, corretamente, apenas uma modalidade. 3 – Abordou apenas duas modalidades, apresentando justificativa incompleta ou com alguma inconsistência. 4 – Abordou, corretamente, apenas duas modalidades. 5 – Abordou as três modalidades, mas apresentou justificativa incompleta ou com alguma inconsistência ou não indicou que a situação hipotética, em tese, seria isenção. 6 – Abordou, corretamente, as três modalidades e indicou que a situação hipotética, em tese, seria isenção, apresentando justificativa completa ou sem alguma inconsistência. Quesito 2.1.2 0 – Não respondeu ou respondeu incorretamente ao questionamento I do governador. 1 – Respondeu corretamente ao questionamento I do governador, mas não justificou ou apresentou justificativa incompatível com o caso concreto. 2 – Respondeu corretamente ao questionamento I do governador, mas apresentou justificativa insuficiente ou com alguma inconsistência. 3 – Respondeu ao questionamento I do governador, apresentando justificativa correta e adequada ao caso concreto. Quesito 2.2 - Restrição legal para a cobrança unilateral 0 – Não respondeu ao questionamento II do governador, ou o fez de forma incorreta, nem atendeu ao solicitado no aspecto. 1 – Apenas respondeu corretamente ao questionamento II do governador, sem justificar ou com justificativa incorreta. 2 – Respondeu corretamente ao questionamento II do governador, mas apresentou justificativa baseada apenas na CF ou na LC n.º 24/1975, que cabe à Lei Complementar dispor sobre a deliberação dos estados e do Distrito Federal a respeito da isenção do ICMS OU apenas afirmou que não pode o Estado-membro conceder isenção, incentivo ou benefício fiscal relativos ao ICMS, de modo unilateral, o que deve ser feito por convênio. 3 – Respondeu corretamente ao questionamento II do governador, apresentando justificativa baseada tanto na CF quanto na LC n.º 24/1975, mas de forma insuficiente ou com alguma inconsistência, apresentando justificativa baseada na CF ou na LC n.º 24/1975, que cabe à Lei Complementar dispor sobre a deliberação dos estados e do Distrito Federal a respeito da isenção do ICMS e que não pode o Estado-membro conceder isenção, incentivo ou benefício fiscal relativos ao ICMS, de modo unilateral, o que deve ser feito por convênio. 4 – Respondeu corretamente ao questionamento II do governador, apresentando justificativa baseada tanto na CF quanto na LC n.º 24/1975, de forma suficiente e sem nenhuma inconsistência, apresentando justificativa baseada na CF ou na LC n.º 24/1975, que cabe à Lei Complementar dispor sobre a deliberação dos estados e do Distrito Federal a respeito da isenção do ICMS e quenão pode o Estado-membro conceder isenção, incentivo ou benefício fiscal relativos ao ICMS, de modo unilateral, o que deve ser feito por convênio. 29 Br un o C ab ral Quesito 2.3 - Consulta aos demais entes federativos 0 – Não respondeu ao questionamento III do governador, ou o fez incorretamente, nem atendeu ao solicitado no aspecto. 1 – Apenas respondeu corretamente ao questionamento III do governador, sem apresentar justificativa. 2 – Respondeu corretamente ao questionamento III do governador, com a devida justificativa, mas não explicou o procedimento adequado para que o governador consultasse os demais entes federativos; ou explicou esse procedimento, mas não respondeu explicitamente ao questionamento III do governador. que a concessão de isenção de ICMS deve ser feita nos termos de convênios celebrados, e ratificados pelos estados e pelo Distrito Federal, mas não afirmou que esse convênio é obrigatório, segundo a CF, o STF ou a LC. 3 – Respondeu corretamente ao questionamento III do governador e explicou o procedimento adequado para que o governador consultasse os demais entes federativos, mas apresentou justificativa insuficiente ou com alguma inconsistência. 4 3 – Respondeu corretamente ao questionamento III do governador e explicou o procedimento adequado para que o governador consultasse os demais entes federativos que a concessão de isenção de ICMS deve ser feita nos termos de convênios celebrados, e ratificados pelos estados e pelo Distrito Federal, obrigatoriamente, segundo a CF, o STF ou a LC, de forma suficiente e sem nenhuma inconsistência. ------------------------------------------------------------------------------------------------- 30 Br un o C ab ral 8) FGV - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ ES)/2021 A sociedade empresária Sapatos e Bolsas Comércio Ltda., com sede em Vitória (ES), atuante no setor de vendas a varejo de calçados e bolsas, declarou a menor, pagando também a menor, o ICMS devido em certo período de apuração. Em razão disso, o Fisco Estadual autuou a sociedade empresária, realizando um lançamento suplementar de ofício com multa quanto à parcela de ICMS que não havia sido nem declarada nem paga. A sociedade empresária então adere a um programa estadual de parcelamento em 10 vezes para pagar a dívida objeto da autuação e inicia o pagamento das parcelas. Contudo, após o pagamento da 5ª parcela, é avisada por seu advogado de que, no momento do lançamento, já teria se consumado a decadência dos créditos presentes na autuação. Observação: cada um dos itens deve ser respondido em espaço específico, com no máximo 20 linhas. Diante desse cenário, responda aos itens a seguir. A) Conceitue decadência tributária e indique como se conta o prazo decadencial, na hipótese do enunciado. B) Em razão da adesão livre e espontânea ao parcelamento da dívida, avalie os efeitos de confissão de dívida e de não restituição das parcelas já pagas, decorrentes de tal adesão. 31 Br un o C ab ral Padrão de resposta: Questão 01 – item A ITENS AVALIADOS Definição do conceito de decadência (A decadência tributária é a extinção ou perda do direito de a Fazenda Pública constituir pelo lançamento o crédito tributário). Definição do prazo de 5 anos (O prazo decadencial dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, tal como o ICMS, na hipótese de declaração parcial com pagamento parcial, é de cinco anos) Definição de contagem a partir do fato gerador (O prazo decadencial dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, tal como o ICMS, na hipótese de declaração parcial com pagamento parcial, é de cinco anos contados a partir da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária) Indicação de homologação tácita (Decorrido esse prazo, ocorre a homologação tácita do lançamento). 15 pontos Questão 01 – item B ITENS AVALIADOS Dívida inexistente pela decadência (Como a decadência é hipótese de extinção do direito de constituir o crédito tributário, a eventual dívida já não mais existe). Ausência de efeito de confissão de dívida (Assim, a adesão ao parcelamento, ainda que livre e espontânea, não tem o condão de fazer renascer crédito já alcançado pela decadência, não sendo considerada como confissão de dívida (pois a dívida já não existe).) Possibilidade de repetição (restituição) do indébito tributário (Assim, qualquer pagamento feito ao Fisco após a consumação da decadência é indevido e enseja a restituição ou repetição do indébito tributário). 15 pontos ------------------------------------------------------------------------------------------------- 32 Br un o C ab ral 9) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Jurídico da Receita Estadual/2021 Com base na Lei n.º 8.666/1993 e suas alterações, redija um texto dissertativo respondendo aos seguintes questionamentos. 1 O que é o fracionamento de despesas? [valor: 0,55 ponto] 2 O que é o parcelamento do objeto contratual? [valor: 0,60 ponto] 3 Qual deles deve ser incentivado pelo administrador público? Por quê? [valor: 0,65 ponto] 4 Qual deles é vedado pela legislação? Por quê? [valor: 0,60 ponto] 33 Br un o C ab ral Padrão de resposta: Conforme o § 5.º do art. 23 da Lei n.º 8.666/1993, é vedado o fracionamento de despesas, que ocorre quando o administrador público fraciona a despesa para fraudar a modalidade licitatória. Nesse caso, o objetivo é “escapar” da modalidade mais rigorosa. O fracionamento de despesas é irregular, uma vez que restringe a competitividade do certame. O Tribunal de Contas da União (TCU) já se manifestou contrariamente a essa prática ao afirmar que “O fracionamento de despesa restringe o caráter competitivo do certame, sendo irregularidade punível com a aplicação de multa” (Acórdão 1.276/2012-Segunda Câmara; Relator: Marcos Bemquerer). O parcelamento do objeto, por sua vez, é possível, nos termos do § 1.º do art. 23 do mesmo diploma legal, desde que o objeto seja divisível e não haja prejuízo para a totalidade da licitação. Ou seja, é parcelar o objeto da licitação em partes menores e independentes, de modo a identificar um potencial aumento da competitividade. Nessa situação, há a necessidade de se verificar a viabilidade técnica do projeto, bem como se o parcelamento representa uma vantagem para a administração. O parcelamento deve ser incentivado, uma vez que possibilita maior competitividade entre os licitantes. O TCU já se manifestou favoravelmente a essa prática ao afirmar que “A existência de empresa no mercado capaz de prestar todos os serviços licitados não justifica a ausência de parcelamento do objeto, quando viável''. O parcelamento é a regra, excepcionada apenas quando, justificadamente, prejudicial ao interesse público” (Acórdão 3.009/2015-Plenário; Relator: Bruno Dantas). Sem dúvida, o fracionamento de despesas, além de ser vedado legalmente, afronta princípios da administração pública e do processo licitatório. Obs.: o fracionamento de despesa pode ser um artifício também para justificar uma dispensa de licitação. QUESITOS AVALIADOS Quesito 2.1 0 – Não respondeu ou respondeu incorretamente. 1 – Respondeu que o fracionamento de despesa é feito com a intenção de fraudar a modalidade licitatória. Quesito 2.2 0 – Não respondeu ou respondeu incorretamente. 1 – Respondeu de forma incompleta ou parcialmente correta. 2 – Respondeu que o parcelamento do objeto é possível desde que o objeto seja divisível e não haja prejuízo para a totalidade da licitação. 34 Br un o C ab ral Quesito 2.3 0 – Não respondeu ou respondeu incorretamente. 1 – Informou que o fracionamento parcelamento deve ser incentivado, mas não justificou ou justificou incorretamente. 2 – Informou que o parcelamento deve ser incentivado porque amplia a possibilidade de competitividade entre os licitantes. Quesito 2.4 0 – Não respondeu ou respondeu incorretamente. 1 – Informou que o fracionamento de despesas é irregular, mas não justificou ou justificou incorretamente. 2 – Informou que o fracionamentoé irregular porque restringe a competitividade do certame, o que pode, ainda, violar princípios constitucionais e do processo licitatório. ------------------------------------------------------------------------------------------------- 35 Br un o C ab ral 10) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Contábil-Financeiro da Receita Estadual/2021 A Cia. Delta é uma empresa industrial que se dedica à fabricação de diversos produtos que já tiveram grande aceitação no mercado em um passado recente. Sensibilizados pelo fato de a empresa estar passando por uma fase em que a capacidade ociosa acabou se tornando uma realidade preocupante, seus dirigentes decidiram investir em uma campanha de publicidade agressiva, na esperança de que a empresa voltasse a impulsionar suas vendas. Como estratégia, decidiram investir na divulgação dos produtos que gerassem maior contribuição para o resultado da empresa, de modo que fosse possível também alavancar os resultados gerados por cada um desses produtos. É sabido que uma das variáveis essenciais para que se conheça o resultado gerado por cada produto é o valor do custo unitário de cada um desses produtos. A equipe da área de custos da Cia. Delta, no entanto, alertou sobre uma série de problemas relacionados à dificuldade de uma apuração mais acurada dos custos de cada produto, dada a existência de um volume expressivo de custos indiretos na composição dos custos totais de produção. O receio da equipe era não ter, ainda, a necessária segurança para apontar os produtos que, de fato, seriam relevantes na composição dos resultados obtidos pela empresa. Na visão dos membros da equipe, aquele seria o momento ideal para a Cia. Delta encarar essa questão. Tendo como referência essa situação hipotética, redija um texto atendendo ao que se pede a seguir. 1 Discorra sobre os problemas que podem estar provocando distorções no cálculo do custo unitário dos produtos fabricados pela Cia. Delta e o que deveria ser objeto de atenção dessa empresa quando da execução do processo de alocação dos custos indiretos de fabricação aos seus produtos. [valor: 1,75 ponto] 2 Apresente alternativas para melhorar o processo de alocação dos custos aos produtos, citando exemplos práticos que ilustrem a possibilidade de conversão de custos indiretos em diretos. [valor: 1,50 ponto] 3 Discorra sobre o método de custeio alternativo capaz de indicar, de forma precisa, os produtos que mais contribuem para o resultado da empresa, descrevendo-o e apresentando características que o tornam recomendável para o caso em questão. [valor: 1,50 ponto] 36 Br un o C ab ral Padrão de resposta: Distorções no cálculo do custo de um produto em decorrência da existência de custos indiretos no processo produtivo são comuns em razão da própria natureza dos referidos custos. Alguns autores chegam a afirmar que tal cálculo estará sempre sujeito a algum nível de subjetividade e(ou) arbitrariedade. De fato, como não existe uma relação direta entre o produto e os custos indiretos, o processo de alocação desses custos aos produtos dependerá da escolha de um critério de rateio, que geralmente não consegue expressar com precisão a real participação do produto na composição dos referidos custos. Provavelmente, esse foi o problema pelo qual estava passando a equipe de custos da Cia. Delta, problema que pode ter assumido maiores proporções em razão da relevância da participação desses custos nos custos totais de produção. Outros agravantes poderiam ser a própria inabilidade da empresa na escolha de critérios de rateio adequados e a sua incapacidade de investir em sistemas de medição, ou em métodos e ações alternativos, capazes de minimizar as distorções provocadas pelo processo de alocação desses custos aos produtos. A questão é que o método do custeio por absorção, tradicionalmente usado pelas empresas, requer que todos os gastos realizados no processo produtivo sejam alocados aos produtos. Nesse sentido, os custos indiretos deverão sempre compor o custo dos produtos, o que se dará por meio da utilização de critérios de rateio, já que não existe uma relação direta entre os referidos custos e os seus respectivos objetos de custeio. Em determinadas circunstâncias, não existe, ou seria muito dispendioso adquirir ou alugar, um instrumento de medição capaz de traduzir a relação existente entre o recurso consumido e o produto que se deseja mensurar. Como consequência da diversidade dos critérios de rateio disponíveis, a apropriação dos custos indiretos aos produtos pode importar que o mesmo produto apresente custos com valores bem distintos, a depender do critério de rateio utilizado. Conclui-se que o problema relatado pelo pessoal da área de custos da Cia. Delta está certamente relacionado a essa dificuldade de alocação dos custos indiretos aos produtos. Nesse sentido, algumas recomendações são apresentadas por autores da área, que devem ser objeto de atenção para minimizar os efeitos danosos desse processo, tais como: • o rateio deve ser feito seguindo-se critérios considerados mais adequados para representar a relação entre os custos indiretos e os produtos; • critérios considerados bons em uma empresa podem não ser adequados em outra, em razão das próprias características do processo produtivo de cada uma delas; • recomenda-se que os profissionais responsáveis pelo rateio conheçam bem o processo produtivo; • a consistência da aplicação dos critérios é essencial para uma avaliação do comportamento dos custos dos produtos ao longo do tempo. Outras formas de melhorar a acurácia do cálculo dos custos dos produtos, que não passam pela subjetividade e arbitrariedade do rateio, seriam: • converter, o máximo possível, alguns custos indiretos em custos diretos. Exemplos: um produto passará a ser fabricado por uma equipe exclusiva de operários (o custo de mão de obra passará a ser direto); uma máquina passará a ser utilizada exclusivamente para a 37 Br un o C ab ral fabricação de um único produto (a depreciação da máquina passará a ser um custo direto); alguns setores da fábrica serão utilizados exclusivamente na fabricação de um único produto (o aluguel proporcional a tais setores passará a ser um custo direto); • sempre que a relação custo-benefício for favorável, indica-se a instalação de instrumentos de medição que permitam identificar o consumo do insumo por cada um dos produtos. Exemplos: instalação de hidrômetros para medição individual do consumo de água nos vários setores da fábrica dedicados à produção de um produto específico; registro do tempo que cada produto passou em uma máquina utilizada para a fabricação de produtos distintos; • utilizar a departamentalização como instrumento capaz de transformar custos indiretos em relação aos produtos em custos diretos em relação aos departamentos. Quando se constata que a alocação dos custos indiretos aos produtos está provocando distorções relevantes no cálculo dos custos unitários dos referidos produtos ou quando se busca maior precisão na escolha dos produtos mais rentáveis, sugere-se a utilização de métodos de custeio alternativos do custeio variável como método alternativo ao custeio por absorção para o cálculo do resultado proporcionado por cada um desses produtos. Nesse caso, O método alternativo capaz de indicar de forma mais precisa os produtos que mais contribuem para o resultado da empresa é o custeio variável, no qual o conceito de resultado gerado por cada produto passa a ser utilizado sob a ótica do conceito de margem de contribuição, em que somente serão considerados custos dos produtos aqueles insumos que de fato lhes podem ser creditados e cuja medição pode ocorrer de forma direta. Esses insumos são os chamados custos variáveis. Assim, se um custo aumenta quando a produção de um item específico aumenta, isso significa que tal custo de fato foi provocado pelo produto. Custos fixos, que são alheios ao comportamento do volume de produção, não são contempladosno cálculo da margem de contribuição. Vale ressaltar que, no conceito mais amplo de margem de contribuição, as despesas variáveis são também deduzidas da receita para fins de cálculo do resultado proporcionado por cada produto. Outros métodos de custeio também são capazes de reduzir sensivelmente as distorções geradas pela arbitrariedade e pela subjetividade do processo de rateio dos custos indiretos, e podem atingir, em algumas situações, um grau considerável de efetividade: o Custeio Baseado em Atividades (ABC), que levanta as atividades relevantes da empresa e atribui os custos relacionados a essas atividades, priorizando a sua alocação direta, e o RKW (Reichskuratorium für Wirtschaftlichkeit), que tem por característica a divisão da empresa em centros de custos, similarmente ao processo de Departamentalização, sendo conhecido, também, por custeio pleno (inclusão das despesas no cálculo). QUESITOS AVALIADOS Quesito 2.1 0 – Não descreveu nenhum dos fatores que poderiam estar provocando as distorções no cálculo do custo unitário dos produtos fabricados pela Cia. Delta nem apresentou nenhuma sugestão adequada a ser seguida pela empresa citou nenhum aspecto a ser objeto de atenção quando da execução do processo identificado como crítico. 1 – Descreveu um fator que poderia estar provocando as distorções no cálculo do custo unitário dos produtos fabricados pela Cia. Delta, mas não apresentou nenhuma sugestão adequada a ser seguida pela empresa citou nenhum aspecto a ser objeto de atenção quando da execução do processo identificado como crítico; ou apresentou pelo menos uma sugestão a ser seguida pela empresa citou pelo menos um aspecto a ser objeto de atenção quando da execução do processo identificado como crítico, mas não descreveu nenhum dos fatores que poderiam estar provocando 38 Br un o C ab ral as distorções no cálculo do custo unitário dos produtos fabricados pela Cia. Delta. 2 – Descreveu mais de um fator que poderia estar provocando as distorções no cálculo do custo unitário dos produtos fabricados pela Cia. Delta, mas não apresentou nenhuma sugestão adequada a ser seguida pela empresa citou nenhum aspecto a ser objeto de atenção quando da execução do processo identificado como crítico. 3 – Descreveu mais de um fator que poderia estar provocando as distorções no cálculo do custo unitário dos produtos fabricados pela Cia. Delta e mencionou pelo menos uma sugestão adequada a ser seguida pela empresa citou pelo menos um aspecto a ser objeto de atenção quando da execução do processo identificado como crítico., mas não explicou a sugestão ou cometeu equívocos na sua abordagem. 4 – Descreveu mais de um fator que poderia estar provocando as distorções no cálculo do custo unitário dos produtos fabricados pela Cia. Delta e apresentou, sem nenhuma inconsistência, pelo menos uma sugestão adequada a ser seguida pela empresa quando da execução do processo identificado como crítico. Quesito 2.2.1 1 – Não apresentou nenhum procedimento alternativo adequado com vistas a melhorar o processo de alocação dos custos aos produtos. 2 – Mencionou um ou mais procedimentos alternativos adequados com vistas a melhorar o processo de alocação dos custos aos produtos, mas não o(s) explicou. 3 – Apresentou, com a devida explicação, apenas um procedimento alternativo adequado com vistas a melhorar o processo de alocação dos custos aos produtos. 4 – Apresentou, com a devida explicação, mais de um procedimento alternativo adequado com vistas a melhorar o processo de alocação dos custos aos produtos. Quesito 2.2.2 0 – Não citou nenhum exemplo adequado de como a empresa poderia converter custos indiretos em diretos. 1 – Citou apenas um exemplo adequado de como a empresa poderia converter custos indiretos em diretos. 2 – Citou mais de um exemplo adequado de como a empresa poderia converter custos indiretos em diretos. Quesito 2.3 0 – Não indicou o método alternativo de custeio mais apropriado (custeio variável) nem apresentou a sua descrição e não indicou outro método alternativo capaz de minimizar os efeitos das distorções provocadas pela utilização de critérios de rateio na apropriação dos custos indiretos (ABC e RKW). 1 – Apenas indicou o método alternativo de custeio mais apropriado (custeio variável), sem apresentar corretamente a sua descrição e sem explicar a sua adequação ao caso ou indicou outro método alternativo capaz de minimizar os efeitos das distorções provocadas pela utilização de critérios de rateio na apropriação dos custos indiretos (ABC e RKW), descrevendo-o corretamente. 2 – Indicou e descreveu corretamente o método alternativo de custos mais apropriado (custeio variável), mas não explicou como esse método é capaz de melhorar o processo crítico da empresa; ou indicou o método alternativo de custos mais apropriado (custeio variável) e explicou como ele é capaz de melhorar o processo crítico da empresa, mas não o descreveu corretamente. 3 – Indicou e descreveu corretamente o método alternativo de custos mais apropriado, bem como explicou como esse método é capaz de melhorar o processo crítico da empresa. ------------------------------------------------------------------------------------------------- 39 Br un o C ab ral 11) CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal (SEFAZ CE)/Jurídico da Receita Estadual/2021 O orçamento é elaborado pelo Poder Executivo, com a participação dos demais poderes, depois é encaminhado ao Poder Legislativo e, após o rito legislativo, é votado e aprovado como lei. A respeito da natureza jurídica das leis orçamentárias, redija um texto dissertativo abordando, necessariamente, os seguintes aspectos: 1 o entendimento de que a lei do orçamento é formal [valor: 0,50 ponto] e o entendimento de que ela é material [valor: 0,50 ponto], bem como as repercussões jurídicas de tais entendimentos [valor: 0,60 ponto]; 2 o atual e o anterior entendimento do Supremo Tribunal Federal acerca desse tema. [valor: 0,80 ponto] 40 Br un o C ab ral Padrão de resposta: O entendimento de que o orçamento é uma lei formal propugna que ele seja um ato- condição, que apenas preveja as receitas e autorize os gastos, com características de lei apenas sob o ponto de vista formal, uma vez que não possui generalidade nem abstração. A realização da despesa nele prevista depende apenas de autorização orçamentária, sem força normativa para obrigar o Poder Executivo a efetivamente executá-la. Para os defensores de que o orçamento é uma lei material, não há diferenças entre o orçamento e as demais normas cogentes. Desse modo, a realização das despesas nele previstas seria vinculada, pois o orçamento possui conteúdo normativo e força de lei. Uma vez aprovado, o orçamento implica a obrigação do Estado de implementá-lo e, para o cidadão, o direito subjetivo de exigir a sua realização. Assim, juridicamente, a importância dessa distinção reside na: (i) repercussão do entendimento sobre a obrigatoriedade ou dispensa do cumprimento dos programas e a realização das despesas nele previstas pelo Poder Executivo; (ii) sua correspondente exigibilidade em face da criação, ou não, de direito subjetivo; e (iii) possibilidade, ou não, de controle concentrado de constitucionalidade sobre essas normas. O Supremo Tribunal Federal possuía entendimento no sentido da impossibilidade de controle concentrado de constitucionalidade das leis orçamentárias, sob o fundamento de que se tratava de atos concretos, meras peças administrativas de caráter concreto, atos administrativos de autorização, desprovidas de normatividade, abstração, generalidade e impessoalidade. A partir de 2005, alterou essa posição, passando a admitir o controle abstrato das normas orçamentárias, por reconhecer algum conteúdo material nessas leis, sobretudo quando identificados contornos de generalidade e abstração. QUESITOS AVALIADOS 2.1 e 2.2 0 – Não abordou o aspecto ou o fez de forma inteiramente incorreta. 1 – Mencionou o aspecto, mas não o desenvolveu.
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