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Resumo Completo de Embriologia Médica

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Embriologia 
 
•Introdução 
 
Conceito: estuda o desenvolvimento do indivíduo da fecundação ao nascimento e seus anexos embrionários. 
 
Divisão em 3 fases 
Período pré-embrionário: da fecundação até a segunda semana. Após a fecundação o zigoto é transportado 
através da tuba uterina até se fixar na parede do útero. Maior índice de abortamento, principalmente por causas 
genéticas (ex: triploidia) 
Período embrionário: organogênese (formação de todos os órgãos) e teratogênese (formação de 
monstruosidade) por causas externas (drogas ilícitas) 
Período fetal: crescimento e diferenciação dos órgãos e tecidos. As perdas nesse período ocorrem principalmente 
por conta de doenças maternas (diabetes) ou/e alteração de anexos fetais. 
 
Importância do estudo da embriologia: a criança não é um adulto em miniatura – anatomia diferente, melhor 
entendimento dos processos evolutivos, entender a formação do corpo, desenvolver a embriotecnologia (como o 
estudo das células troncos), entender os defeitos congênitos. 
 
Má formações congênitas: anomalias estruturais, comportamentais, funcionais ou metabólicas presentes ao 
nascimento, podendo envolver posição número e tamanho. Pode ser maior: quando for necessária uma intervenção 
médica, cirúrgica ou reduzir a qualidade de vida ou pode ser menor: quando não atrapalha a qualidade de vida 
nem precisa de intervenção médica. No entanto, caso em um mesmo indivíduo apresentar mais de 3 más 
formações congênitas menores, há 80% de chance dele apresentar uma má formação congênita maior ainda não 
identificado que influenciará em sua vida num futuro. 
-Caso de óbito: buscar as causas da morte, e permitir o conhecimento da família sobre para que possa haver 
despedida. 
-Agenesia: ausência de alguma estrutura, podendo ser uni (chance de sobrevivência dependendo do órgão) ou 
bilateral (100% chance de morte) 
-possibilidade de abortamento: anencefalia. Burocracia brasileira tão demorada que a mulher normalmente 
acaba por gerar até o final, a mulher sofre por todas as transformações fisiológicas e hormonais sabendo que o 
bebê não será viável. 
-Duplicação de estrutura: pode haver ou não repercução fisiológica. 
-Fendas labiopalatinas: defeito congênito do tipo maior requer cirurgia plástica reparadora. Causada por falta 
de uma fusão/fechamento 
-Focomelia: membros curtos, defeito congênito maior. Talidomida: medicamento lançado na década de 70 para 
evitar o enjoo das grávidas, 9 meses depois, houve um boom de crianças com problemas de encurtamento dos 
membros. 
-Síndrome de limb body wall: nascimento de órgãos fora do corpo 
-Ciclopia: fusão dos dois olhos 
-Ectopia: órgão fora do local normal (pode ocorrer gestação inteira ectópicas, a implementação do óvulo fora da 
placenta) 
-Hipoplasia: redução do número de células, reduzindo o tamanho do órgão 
-Hiperplasia: aumento do número de células, aumentando o tamanho do órgão 
-Hipotrofia: células com tamanhos pequenos 
-Hipertrofia: células com tamanhos grandes 
-Falta de divisão ou canalização: 
 
De 20 a 70% dos ovócitos fecundados acabam sendo naturalmente abortados, muito comum uma gestação ser 
interrompida. Dos efeitos congênitos, mais da metade não sabemos as causas, aproximadamente um quarto dos 
casos é multifatorial (anencefalia ~ folato/ácido fólico, um dos meios para tentar evitar) , sendo mais difícil para 
tentar evitar todos os fatores, 7% é uma anomalia cromossômica, 8% a partir de genes mutantes, 10% por causas 
ambientais (medicamentos; drogas; compostos químicos; agentes infecciosos como o citomegalovírus, rubéola, 
toxoplasmose, zika vírus, HIV; radiação; hipertermia; fatores mecânicos) 
Há diversos remédios que são teratogênicos, alguns antibióticos, remédios antidepressivos, antiepilético. Mas a 
ação de um teratógeno varia para cada genótipo do embrião e da mãe, por conta das diferentes raças, populações, 
pois cada um pode conferir uma resposta ao medicamento. 
Por exemplo: fenitoína (medicamente anticonvulsionante) não provocou em metade das gestações, um defeito, 
enquanto em um terço apresentaram uma má formação e 10% a síndrome de hidantoína fetal 
Dependendo do período da gravidez também pode afetar de forma diferente, o período mais crítico é da 3ª a 8ª 
semana desde a fecundação (ou 5ª a 10ª semana contando a partir da última menstruação). Dependendo também 
de cada tecido para cada órgão, que podem ser formados por mais tempo ou menor. 
E o tempo exposto ao teratogênico bem como a dose também irá provocar diferentes resultados podendo ter 
surtido numa má formação ou não 
Ex: infecção por toxoplasmose durante o período embrionário causa o óbito, mas caso ocorra durante o período 
fetal o bebê irá apresentar defeitos congênitos. 
 
Termos: malformação: estrutura não formada de forma adequada (palato aberto) 
 Deformação: estrutura formada adequadamente e posteriormente (tanto no útero quanto pós 
nascimento) é danificada por um fator mecânico. 
 Disrupção: formado o órgão, ocorre durante a gestação, por algum outro tecido do anexo embrionário, 
o amputamento de um membro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
•Reprodução humana 
O útero: revestido pelo epitélio endometrial, na camada interna, o miométrio com uma espessa camada de 
músculo liso formando a parede do meio do útero e o perimétrio na camada externa. O endométrio durante o 
ciclo menstrual se diferencia em três camadas, a compacta, esponjosa e basal, as duas primeiras camadas, 
conhecidas como camada funcional se desintegram durante a menstruação. O útero é divido na porção do colo, 
inferiormente, o istmo na parte mediastinal e o corpo superiormente. 
O útero apresenta nos seus arredores as tubas uterinas, com uma abertura proximalmente ao útero e distalmente, 
responsáveis pela condução do ovócito do ovário até a ampola da tuba uterina, bem como os espermatozoides até 
essa região, chamada também de sítio da fecundação, uma vez fecundado, a tuba também fica responsável pela 
condução o zigoto até a cavidade uterina. 
Ovários: glândulas localizadas ao lado do útero responsáveis pela produção de ovócitos e hormônios como 
progesterona e estrógeno (regula a gestação e estimula o desenvolvimento das características sexuais secundárias) 
Testículos: formado por Túbulos seminíferos extremamente enovelado, é a região responsável pela produção dos 
espermatozoides que passam por um canal onde ficam armazenados, o epidídimo, na ejaculação, os 
espermatozoides são conduzidos pelo ducto deferente até o canal ejaculatório, nesse caminho ele se mistura com 
o sêmen (produção de sêmen: substâncias formada pelas vesículas seminais, próstata e glândulas bulborretrais). 
 
Gametogênese: é um processo com a função de formar as células germinativas (espermatozóides no sexo 
masculino e ovócitos no feminino), essas células contém metade do número de cromossomos nas células 
interfásicas. Esse tipo de divisão é denominado de espermatogênese nos homens e ovogênese nas mulheres. 
Espermatogênese: até o momento da puberdade, as espermagônias (células que vão dar origem aos 
espermatozoides, ainda 46 cromossomos) permanecem quiescentes nos túbulos seminíferos, na puberdade, as 
espermatogônias sofrem sucessivas divisões mitóticas, aumentando na sua quantidade, sofrendo só então uma 
divisão mitótica que as diferenciam em espermatócitos I, então ocorre a primeira divisão meiótica, gerando dois 
espermatócitos II (formando as primeiras células haploides, 23 cromossomos), essas células vão se dividir agora 
na segunda divisão meiótica, gerando as espermátides, para que só então sofram a espermiogênese, formando os 
espermatozoides. 
O espermatozóide: Originado por uma célula antes redonda, que acaba sofrendo uma mudança de seu formato 
através da espermiogênese. É observado os seguintes processos na modificação do corpo das espermátides para 
espermatozoide: parte do citoplasma é eliminado, a mitocôndria dessa células acaba se destinando para a peça 
intermediária da cauda, permitindomaior energia e consequentemente a motilidade, o complexo de Golgi para 
o acrossoma que também, a possui várias enzimas que possibilitarão a penetração na fecundação, um dos 
centríolos vai parar na célula propriamente dita do espermatozóide enquanto o outro ao flagelo. No epidídimo o 
espermatozoide sofre maturação, adquirindo novas proteínas na membrana plasmática, aumentando o batimento 
do flagelo. A hiperativação do flagelo só ocorrerá no trato reprodutor feminino, pela glicolisação. 
É esperado em um homem normal cerca de 200 milhões de espermatozoides, chama-se normozoospermico. 
Homens com poucos espermatozóides são chamados de oligozoospérmico, enquanto aqueles que não tem nada, 
azozoospermico. É possível um homem produzir espermatozoides mortos, necrozoosperma, ou espermas 
defeituosos, teratozoosperma. 
Para que ocorra a fecundação, o espermatozoide tem que antes passar por um processo de ativação ao longo do 
canal vaginal e na tuba uterina, sofrendo uma hiperativação, algumas proteínas seminais e glicoproteínas são 
removidas da superfície do acrossoma, enquanto outras são postas, aumentando o batimento dos flagelos 
 
Ovogênese: semelhante ao processo masculino, porém com um detalhe diferenciado. As ovogônias ficam se 
proliferando durante o período fetal, formando os ovócitos I por divisão mitótica, essas células vão iniciar a 
meiose, para formação dos ovócitos II, antes mesmo do nascimento, no entanto, permanecem em prófase até o 
momento da puberdade (A primeira menstruação é chamada de menarca, enquanto a última, de menopausa. Esse 
período é o tempo de vida fértil da mulher, chamado de menacme, após esse período é chamado de climatério), 
na ovulação, a meiose é completada, mas o citoplasma é dividido de forma desigual, formando o próprio ovócito 
II e também o primeiro corpo polar, a segunda divisão meiótica prossegue mas para na metáfase. Caso ocorra a 
fecundação, a segunda divisão meiótica é completada liberando também o segundo corpo polar. 
O ovócito: a estratificação é a seguinte, do meio externo para o interno: células da corona radiata, zona pelúcida, 
membrana plasmática, entre a membrana plasmática e a zona pelúcida há um corpúsculo polar, grânulos e um 
núcleo. 
 
•Fecundação 
É um processo que permite o início da vida de um novo indivíduo, uma sequência de eventos que começa com o 
contato entre o espermatozóide e as células que revestem o oócito (corona radiata), terminando com o processo 
de ativação do zigoto. Serve para reestabelecer a diploidia, ativar o metabolismo do zigoto e garantir a 
reprodução, reinicia a 2ª divisão meiótica, extrusão do corpúsculo polar. Uma vez fecundado, o ovócito II não 
realiza mitose para sua divisão, mas sim clivagem, ou seja, as células originadas não são idênticas a anterior, mas 
com diferentes determinantes morfológicos para cada uma que irá permitir a sua diferenciação durante o 
desenvolvimento. 
Fases da fecundação: 
1 – A passagem pela corona radiata, somente os espermatozoides que sofreram a capacitação conseguem passar 
por esse ponto, liberando certas enzimas a partir da corona radiata. O encontro dos espermatozoides com o óvulo 
só é possível por conta da quimiotaxia, um fenômeno químico que serve como guia do espermatozoide até o local. 
2 – A penetração da zona pelúcida ocorre pela liberação enzimas que degeneram os ao redores dessa zona, 
fenômeno esse chamado de reação acrossômica (mediados pelo polipeptídio ZP3 que reconhece o espermatozoide 
capacidade), deixando livre a passagem do espermatozoide que acaba entrando em contato entre a membrana 
plasmática do oócito com a membrana do espermatozoide que passam a se fusionar, após a liberação dos canais 
de Cálcio. 
Obs: Para que não ocorra a polispermia, dois eventos ocorrem no óvulo que impedem a ligação e a fecundação 
por mais de um espermatozoide, o primeiro bloqueio, chamado de bloqueio rápido, é causado por uma 
despolarização da membrana do ovócito II após a fusão das duas membranas. O segundo bloqueio, do tipo lento, 
ocorre por meio de uma liberação dos grânulos corticais situados abaixo da zona pelúcida, chamada de reação de 
zona, após o contato entre as membranas do espermatozoide e do ovócito II, ocorre uma mudança nas proteínas 
da zona pelúcida. 
3 – A penetração do espermatozoide possibilita que o ovócito dois complete a sua segunda divisão meiótica, 
formando o segundo corpo polar. Os cromossomos maternos se descondensam e formam o pronúcleo feminino, 
os cromossomos do espermatozoide passam a formar o pronúcleo masculino, esse momento, essa célula passa a 
se chamar de oótide e quando ambos os núcleos se fusionarem, forma-se o zigoto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeira semana 
A clivagem é um processo semelhante a mitoses sucessivas, só que com a ocorrência na diminuição do volume 
de cada célula embrionária, chamadas de blastômeros, as clivagens ocorrem durante a passagem do zigoto pela 
tuba uterina em direção ao útero, ainda com a zona pelúcida envolvendo estas células, o que impede a nidação 
nas tubas. 
Após 4 dias de divisão, estas células estão compactadas, numa estrutura chamada de mórula, que possui uma 
camada celular interna e uma camada celular externa, já alcançado o útero, entre o 5º e o 6º dia, a mórula 
desenvolve uma cavidade chamada de cavidade blastocística, formando o blastocisto, a massa celular interna, 
dará origem ao embrioblasto (que formará o próprio embrião), enquanto a externa, ao trofoblasto (que formará 
a estrutura da placenta). Nesse período a zona pelúcida se degenera, oclusão, permitindo que ocorra a aderência 
do blastocisto no epitélio endometrial. 
Entre o 6º ao 7º dia, temos o período chamado janela de implantação, que é o momento em que o endométrio 
tem sua melhor morfologia para que ocorra a nidação, a parede do endométrio aumentou em tamanho, o número 
de glândulas aumentou e elas passam a secretar ainda mais substâncias, e também ocorre uma maior 
vascularização e, portanto, irrigação da área. 
Após ocorrer a nidação, começa uma proliferação intensa do trofoblasto para dentro das camadas do útero, essas 
células irão formar duas estruturas, o citotrofoblasto, a camada interna com alto poder de proliferação celular, e 
o sinciotrofoblasto, um conjunto de células, multinucleadas, que se fusionam entre si dentro do endométrio, 
permitindo a total adesão do pré-embrião ao útero, com alto poder de invasão e com a capacidade de produção da 
gonodotrofina coriônica que manterá o corpo lúteo viável, produzindo estrogênio e progesterona, impedindo o 
descamação do endométrio. 
O embrioblasto, na camada voltada para a região da cavidade blastocística se diferencia em hipoblasto, parte 
ventral, enquanto a outra camada voltada para a parte mais profunda do endométrio, a parte dorsal, o epiblasto 
(vai dar origem a todos os tecidos do corpo). O pré-embrião agora passa a apresentar um disco embrionário 
bilateral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segunda semana 
O sincício, vai permitindo que o blastocisto se aprofunde na cavidade endometrial, tomando os capilares 
sanguíneos, invadindo ainda mais o tecido conjuntivo. 
Na camada presente entre o epiblasto e o citotrofoblasto irá formar uma nova cavidade, entre o 7º e 8º dia, a 
cavidade amniótica. Também nesse período, no sincício, forma-se certas lacunas por onde um dia houve os 
capilares e outras glândulas uterinas, por essa região haverá a circulação uteroplacentária primitiva, com a troca 
gasosas e nutrição do pré-embrião. 
No 9º dia, o blastocisto estará totalmente dentro da parede interna do útero, e as células do epiblasto e hipoblasto 
vão se proliferar para revestir, respectivamente, a cavidade amniótica e a cavidade blastocística, esta última passa 
a se chamar de cavidade vitelínica primitiva, enquanto essa nova camada de células passam a se chamar de 
âmnio e membrana de Heuser. 
Há diversas teorias que explicam o surgimento de uma terceira camada, o mesoderma extra embrionário, que 
dará origema cavidade coriônica entre o 10° e 12º dia, essa cavidade, está presente entre o citotrofoblasto e a 
membrana de Heuser. Inicialmente pensava-se que era formada por uma secreção (a partir das células da 
membrana de Heuser e do citotrofoblasto) que gerava a magna reticular. Atualmente acredita-se que ocorre uma 
proliferação intensa de células do epiblasto na região que irá sofrerá apoptose, formando a cavidade coriônica, 
envolto pelo mesoderma extra embrionário. 
Essa cavidade continua crescendo, englobando toda a cavidade vitelínica e amniótica, exceto na região do 
pedículo do embrião, essa cavidade causa uma invaginação da cavidade vitelínica, formando um saco vitelínico 
secundário e outro saco que irá se degradar e sumir, chamado de cisto exocelômico. 
Reação decidual é a mudança de morfologia das células do endométrio, os fibroblastos, antes células alongadas 
e distantes umas das outras (tecido conjuntivo) e agora são células cuboides unidas por junção de adesão e 
acumulam glicogênio e lipídios, servindo como uma fonte nutricional do pré-embrião além de limitar sua contínua 
invasão no útero. 
 
Gravidez ectópica 
Gravidez tubária: 75% das gestações ectópicas, totalmente inviável. Normalmente são descobertas quando já 
ocorreu o rompimento da tuba 
Gravidez ovariana 
Gravidez Abdominal/mesentério do intestino: pode ocorrer o desenvolvimento do feto sem a gestante notar, 
levando a uma morte e calcificação do feto, litopedio 
 
Fatores de risco a gravidez: desnutrição (diminuição de motilidade da tuba), DSTs podem subir pela vagina e 
contaminar outras regiões (diminuindo a luz da tuba), tabagismo altera a secreção de muco, cirurgias anteriores 
que mexeram na região do abdômen, endometriose (tecido endometrial fora do útero). 
•Gastrulação: período embrionário 3ª a 8ª semana, período de preparação da organogênese (formação dos órgãos 
por meio da mitose, migração celular e diferenciação celular), época com maior risco para ocorrência de 
teratogênese, devido a fatores externos e ambientais. 
 
-Terceira Semana 
Formação de três tecidos: ectorderme, mesoderme, endoderme gerados pela epiderme; na terceira semana do 
desenvolvimento, a partir da fecundação; e surgimento de três estruturas importantes (linha primitiva, notocorda, 
placa neural. 
Período da formação dos eixos laterais: crânio-caudal, ventre-dorsal, simetria bilateral. 
 
Linha primitiva: as células do epiblasto se proliferam na região lateral do disco embrionário e migram para 
região central do dorso embrionário, na parte caudal, as células que já haviam nessa região morrem por apoptose, 
formando o sulco primitivo, enquanto as novas células invaginam sobre essa região do epiblasto, formando o 
mesoderma intraembrionário que continua se proliferando para formar o endoderma, substituindo o 
hipoblasto, ao mesmo tempo que formará toda a camada entre os discos do endoderma e ectoderma (diferenciação 
do epiblasto), primeiramente na região cranial, pra proteger a medula espinhal e o encéfalo, para depois ir 
preencher a região dorsal. 
Há na verdade, duas regiões presentes no disco embrionário que não foram envoltas por mesoderma, são elas na 
parte caudal a membrana cloacal (ânus), e na parte cranial a membrana orofaríngea (boca), há o contato direto 
entre ectoderma e endoderma, essa parte é vedada por membranas que deve desaparecer 
Na extremidade da linha primitiva, ao invés de formar um sulco, forma-se uma cavidade, chamada de fosseta 
primitiva, envolto por aquelas células do epiblasto que migraram para a região central, formando um nó primitivo. 
 
Notocorda: células do epiblasto que migram pela fosseta primitiva que vão 
se unir por junções, formando um cilindro, que nesse momento vai do meio 
dorso até a região cranial do embrião. No início esse cilindro possui luz, 
sendo chamado de processo notocordal. 
A linha primitiva após esse processo vai regredindo em direção a região 
caudal, puxando a fosseta primitiva pra essa região também, permitindo que 
o processo notocordal cresça para região inferior do embrião, formando um 
tubo agora presente em toda região crânio-caudal. A notocorda estimulará a 
formação da placa neural, liberando fatores de crescimento capaz de 
estimular o local do ectoderme adjacente a ela, que vai sofrer um 
espessamento, essa região será chamada de placa neural. 
 
Casos clínicos da gastrulação: 
Teratoma sacrococcígeo: não regressão total da linha primitiva na região sacral, não ocorrendo a diferenciação 
do epiblasto em ectoderma, possibilitando a ocorrência de todos os tecidos nessa região, pois o epiblasto pode 
gerar ectoderma, mesoderma e endoderma na mesma região. 
Sirenomelia: falha na proliferação e migração do mesoderma, migrou primeiramente para a região craniana, mas 
falhou no preenchimento da região caudal, ausência na formação de músculos, cartilagens, rins e genitálias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Quarta semana 
Dois acontecimentos importantes: dobramento do corpo nos eixos longitudinais (fechamento da cabeça e região 
sacral) e horizontal/lateral (formação direita e esquerda), por proliferação dos tecidos mesoderma, endoderma e 
ectoderma para fechamento do dobramento. Formação do tubo neural 
 
Consequências do dobramento: após o dobramento da 
cavidade amniótica que ficava na região dorsal do embrião 
passa agora a o englobar completamente. Com isso, ocorre a 
mudança de posição do pedículo de conexão (futuro cordão 
umbilical) 
Enquanto isso a cavidade do saco vitelínico será incorporada 
parcialmente dentro do corpo do embrião, dando origem ao 
intestino primitivo (futuro tubo digestivo, traqueia, brônquios 
extra pulmonares e pulmões, fígado, pâncreas, vesícula biliar, 
bexiga urinária e uretra). A outra parte da cavidade vitelínica 
será eliminada. 
A área cardiogênica que ficava em cima da região do futuro 
encéfalo irá migrar para a região ventral 
O ectoderma que antes ficava na região dorsal do disco 
embrionário passa a envolver todo o corpo do embrião 
externamente. Dará origem a todo a pele e seus anexos, dente, 
unha, pelos, glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias. 
O endoderma dará origem a todos os epitélio de revestimentos 
e epitélios glandulares dos derivados do intestino primitivo 
Com o dobramento lateral os dois tubos endocárdicos (vasos 
sanguíneos) derivados de mesoderma vão se fusionar na linha 
média, dando origem ao coração primitivo 
 
 
Conforme ocorre o dobramento o mesoderma intraembrionário começa a se diferenciar em três regiões: 
Somitos/mesoderma dorsal/mesoderma paraxial – localizados em pares ao lado do tubo neural, vão dar origens 
as vértebras (esclerótomo), tecido conjuntivo (dermátomo) e tecido muscular (miótomo), tanto da parede do corpo 
quanto os membros que ainda vão surgir. 
Mesoderma intermediário: formará as gônodas, ductos reprodutores, rins, ureteres e adrenais. 
Mesoderma lateral: se divide em dois, um lado direito e esquerdo, por apoptose, essas espaços vão se fusionar 
na linha média formando nessa região central o celoma intraembrionário, dando origem a cavidade abdominal, as 
novas estruturas provenientes da divisão são o parietal que formará o tecido conjuntivo e músculos da parede 
corporal e visceral que também dará origem ao tecido conjuntivo e muscular, mas da parede visceral. 
 
O destino da cavidade coriônica: vai desaparecer, próximo da 20° semana, sendo substituída pela cavidade 
amniótica. 
 
Patologias 
Síndrome de limb body wall: defeito causado pela má formação da parede ventral do corpo no momento dos 
dobramentos, falha de migração no ectoderma mais mesoderma lateral parietal ou somático, não havendo a 
formação da pela, tecido conjuntivo e músculo. 
Ectopia Cordis: defeito causada pelo mal dobramento também do ectoderma e mesoderma, mas na região 
torácica, levando a formação do coração extra corporal 
Gastrosquise: formação do intestino fora do corpo, também derivado pelos mesmos problemas anteriores. O 
intestino normalmentese apresenta inflamado devido o contato direto com a cavidade amniótica, cheio de pus, 
com aderência entre os tubos do intestino, com alteração de peristaltismo. 
Extrofia de bexiga: o defeito no fechamento agora ocorreu na região pélvica. Os onzes sexos 
Embriologia do aparelho músculo-esquelético 
Cada somito apresenta 3 regiões, o dermátomo, esclerótomo e o miótomo, este último dará origem a todos os 
músculos esqueléticos e da cabeça. Os somitos vão formar 4 brotos, que vão dar origem aos braços e pernas. 
O músculo estriado esquelético é o único que há fusão de células, originados a partir do mesoderma/mesênquima 
somito, essa fusão ocorre a partir das células musculares embriológicas, os mioblastos, formando os miotubos 
que na vida pós natal formará as fibras musculares. Caso a fusão não ocorra, ocorrerá a formação de células 
satélites. 
Má formação: leva a ausência de um único músculo ou grupo de músculos, por exemplo, ausência do diafragma. 
A formação do diafragma: mesoderma lateral parietal da região ventral do corpo, entre a 3ª e 4ª semana, vai dar 
origem ao septo transverso que se fusiona com o mesentério do esôfago, porém ainda existem duas comunicações 
entre o tórax e o abdômen, o canal pleuro peritonial direito e esquerdo, para que se feche, irão surgir duas 
membranas a partir do mesoderma lateral parietal da região dorso-lateral, essas membranas se chamam de m. 
Pleuroperitoniais, elas vão se fusionar com o septo transverso e com o mesentério do esôfago, fechando totalmente 
a comunicação do tórax com o abdômen, mas essa membrana tem propriedade conjuntiva ao invés de muscular, 
portanto deve haver uma terceira invasão celular também a partir do mesoderma lateral parietal da camada dorso-
lateral. Agenesia diafragmática, e hérnia diagragmática são problemas relacionados a formação do diafragma. 
Síndrome de abdome em ameixa ou Prunne-Belly: ocorreu o fechamento do ectoderma, no entanto o mesoderma 
não migrou no abdômen, não havendo nenhum músculo nessa região. 
Artrogripose múltipla congênita: agenesia de varias grupos musculares. 
 
Embriologia dos ossos 
Os ossos do crânio são formados a partir do mesoderma local e crista neural (derivado de ectoderma), os da 
vértebra e costelas surgem a partir dos somitos, já os ossos dos membros e cinturas surgem a partir do mesoderma 
lateral parietal mais somitos. 
Dois tipos de ossificação: intramembranosa (célula mesodérmica prolifera e se diferencia em osteoblasto, 
começa a depositar matriz óssea, colágeno e proteínas não colagênicas), elas se aposentam e viram osteócito, 
formando trabécula ósseas, que é matriz mais osteócito, são pequenas plaquinhas de osso que se fusionam para 
dar origem ao osso anatômicos, ocorrência nos ossos chatos do corpo e crescimento em espessura dos ossos 
longos; e endocondral: célula do mesoderma forma condroblastos, depositam matriz cartilaginosa, se aposentam 
virando condrócito e com a invasão de vasos, os condrócitos se multiplicam em direção oposta aos vasos 
(condrócitos seriados), permitindo que ocorra alongamento da cartilagem, alguns condrócitos morrem, deixando 
a deposição de cartilagem ao redor, e junto com os vasos, chegam os osteoblastos que vão depositar nova matriz 
óssea nã região da cartilagem, morrendo, formando osteócitos e matriz óssea, formando as trabéculas, formando 
nova camada de osso, ocorrendo o crescimento longitudinal do osso longo. 
Osso primário: fibras de colágeno dispostas de forma desorganizado, bem como o MEC e células, esse tipo de 
tecido ósseo é menos mineralizado e, portanto, mais permeável ao exame de raio X. 
Má formação: craniossinostomose: é o fechamento prematuro das suturas cranianas, por fusionamento de uma 
placa óssea com outra, antes da vida pós-natal. Sutura sagital (metópica) é a mais comum das craniossinostomose, 
nesse defeito congênita, a cabeça tende a fica alongada, já que não se consegue mais crescer lateralmente. A 
sutura coronal corresponde a um terço dos casos, pode levar a um crânio alto, ou torcido e assimétrico. A sutura 
lambdóide, mais rara de ocorrer o fusionamento, mas caso ocorra, forma um crânio também assimétrico e torcido). 
O fusionamento da sutura frontal (metópica) forma um crânio em formato de quilha, também mais raro. 
Desenvolvimento dos membros: após o fechamento do corpo, o ectoderma e mesoderma vão começar a formar 
quatro brotos, ainda na quarta semana, depois haverá uma invasão dos somitos. O mesoderma formará ossos, 
tendões, ligamentos e vasos, os somitos vão dar origem aos músculos e as cristas neurais vão dar origem aos 
melanócitos e células de Schwann. Na quinta semana os brotos começam a ficar visíveis 
Obs: membro superior se forma antes dos inferiores. 
Na sexta semana, os membros continuam a se alongar e na parte distal ocorre um achatamento dos membros, 
formando placas. No final da sexta semana e início da sétima, começa a ocorrer apoptose para formar os raios 
digitais (dedos) 
Má formação: agenesia/amelia dos membros, pode ser unilateral, bilateral, total. A deformidade em um dos 
membros depende do tempo em que a gestante foi exposta a fatores teratogênicos. 
Focomelia: formação de mãos mas não de braços 
Acondroplasia: nanismo que envolve alteração na ossificação endocondral, não ocorre o crescimento adequado 
dos ossos longos 
Braquidactilia (encurtamento dos dedos), polidactilia (dedos extra numéricos) e sindactilia (fusão dos dedos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
•Neurulação: 4ª semana 
Segundo principal grupo de mal formação congênita. Com multifatores podendo influenciar. 
A placa neural, estimulada por fatores de crescimentos vindos da notocorda, que transformou as células ao redor 
dessa região de cúbicas para cilíndricas (são células do ectoderma), vai invaginar para dentro do corpo do embrião 
por proliferação e migração de suas células, acaba formando um tubo neural. Esse fechamento se inicia do meio 
das costas para as extremidades, sendo estas as últimas regiões a se fechar (chamadas de neurôporo cranial e 
neuróporo caudal, regiões de maiores concentrações das más formações congênitas). 
O tubo neural vai dar origem o sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal). Os somitos (como também 
o mesoderma local) já se encontram ao redor do tubo quando ele se fechou, formando o “esboço” das vértebras 
(arco e corpo) e a calota craniana que reveste o sistema nervoso central. 
 
A borda da placa neural, no momento que o tubo neural está se formando aproveita para ir em direção para dentro 
do mesoderma, formando a crista neural, dará origem a todo o sistema nervoso periférico (gânglios nervosos, 
nervos e terminações nervosas livres), melanócitos da pele, células da medula da adrenal, septo interventricular, 
septo entre a artéria aorta e a artéria pulmonar, junto com o mesoderma, produz os ossos da face 
(equitomesênquima), pia-mater e aracnóide (a dura-máter vem de mesoderma). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embriologia do sistema nervoso 
Dois tecidos que contribuem, o ectoderma que vai formar o tecido nervoso e o mesoderma que vai formar o tecido 
óssea que protege o sistema nervoso. 
Deficiência nutricional pode levar a má formação do tubo neural, a proliferação e migração da placa neural 
depende de substâncias como o folato (ácido fólico – vit. B). Metais pesados também podem influenciar. 
Má formação: 
- Do encéfalo 
—crânio bífide: falha na migração de mesoderma, forma um buraco na calota craniano, falha na parte óssea. 
Pode ser chamado de encefalocele. 
—-meningocele: as meninges se projetam para fora do corpo. 
—-meningoencéfalocele: as meninges mais o encéfalo se projetam para fora do corpo. 
—-meningohidroencefalocele: as meninges, o encéfalo e os ventrículos se projetam para fora do corpo. 
—craniosquise: abertura grande da região cranial 
—acrania: ausência total do crânio. Defeito mesodérmico. Geralmente evolui para uma anencefalia. 
—meroanencefalia/anencefalia:desenvolvimento incompleto do cérebro, da região cranial, falha no 
fechamento do neuropóro cranial. 
—Cranioraquisquise: desde o encéfalo até a medula espinhal não houve o fechamento da placa neural, 
consequentemente, não fechou-se também as vértebras (bífides) 
- Da medula espinhal 
—espinha bífida oculta: não fechamento de normalmente uma vértebras, não traz complicações. 
—espinha bífida cística: não fechamento de mais de uma vértebras, formação de cisto nas costas, o qual pode 
ter só meninge ou também medula para fora do corpo. 
—-meningocele: meninge projetada para fora do corpo decorrente da espinha bífida cística. 
—-meningomielocele: meninge e medula 
—mielosquise/raquisquise: placa neural não fechada (e parte óssea também não). Quanto mais alto o defeito, 
maior o comprometimento motor e sensitivo, pois os nervos daquela região para baixo estarão comprometidos, é 
um defeito primário de ectoderme. 
 
O tecido nervoso é pouco vascularizado, as células nervosas não entram em contato com vasos sanguíneos, os 
astrócitos fazem barreira hematopoiéticas, ou seja, elas abraçam as células nervosas e levam o O2 e nutrientes 
para os neurônios, quando o tecido nervoso está vascularizado, ele está em degeneração. 
 
Alteração na posição da medula espinhal: os nervos espinhais se inserem, no início do desenvolvimento, entre as 
vértebras, mas o corpo do bebê nos meses seguintes ainda vai crescer em comprimento caudal em conjunto com 
o crescimento da coluna vertebral e da dura-máter, portanto os nervos não estarão em trajeto horizontal, mas sim 
em trajeto oblíquo. 
A calota craniana não cresce no ritmo do encéfalo, portanto é necessário que o cérebro forme várias camadas de 
neurônios, então, os hemisférios cerebrais que até a 20° semana eram lisos, começam a formar sucos e giros para 
que caibam mais neurônios, por intensa proliferação e migração de neurônios. 
Células do tecido nervoso: neurônios e células da glia (células de suporte: astrócito, forma vasos, oligodendrócito, 
forma mielina, micróglia, forma macrófago, ependimário) primeiro se formam todos os neurônios para que só 
então formem os glioblastos 
 
Má formação relacionada à histogênese do tubo neural 
-microcefalia: defeito na proliferação celular, resultando em encéfalo e crânio pequeno. 
-lisencefalia: falha na migração neuronal resultando em uma superfície lisa do encéfalo. A criança normalmente 
apresenta microcefalia e desenvolvimento neurológico comprometido severamente 
-paquigiria: giros e sulcos muito largos e distantes, falha de proliferação e migração, dano no desenvolvimento 
neurológico. 
-polimicrogiria: formação aumentada de giros e sucos, também é um problema. 
-esquizencefalia: presença de fendas uni ou bilaterais do encéfalo resultando em desenvolvimento neurológico 
moderada a severamente comprometido. 
-heterotopia: interrupção na migração neuronal, modificando a disposição de substância branca e cinzenta ao 
redor dos ventrículos. 
-agenesia de corpo caloso: 
 
Medula x encéfalo 
No encéfalo a substância cinzenta fica por fora e a substância branca fica perto dos ventrículos, já na medula a 
substância cinzenta fica próxima ao canal medular enquanto a substância branca fica ao redor. 
 
Diferenciação do encéfalo 
A formação do tubo neural, na quarta semana, ocorre formando 3 porções, separadas por flexuras. A primeira 
porção/região/vesículas, prosencéfalo/encéfalo anterior, mesencéfalo/encéfalo médio e rombencéfalo/encéfalo 
posterior contínuo com a medula espinhal. 
O prosencéfalo vai se diferenciar em telencéfalo e diencéfalo, este último vai se dividir em epitálamo, hipotálamo 
e tálamo, todos estes juntos formam o 3º ventrículo. Do telencéfalo vai originar hemisférios cerebrais (com 
cavidades que são os ventrículos laterais). 
O mesencéfalo vai dar origem ao aqueduto de Sylvius (um canal) e ao tectum (que delimita esse canal), esse canal 
vai estabelecer uma comunicação entre o 3º e 4º ventrículo, escoando o liquor produzido, que pode ir para o 
espaço entre a pia-máter e a aracnóide sendo reabsorvido ou descer para o canal medular 
O rombencéfalo se diferencia em metencéfalo (ponte e cerebelo) e mielencéfalo (medula oblonga/bulbo), 
formando o 4º ventrículo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embriologia do sistema cardiovascular 
O sistema cardiovascular é o primeiro sistema funcional no embrião, próximo a terceira semana já há circulação 
sanguínea, na quarta já ocorre os batimentos cardíacos. 
 
Obs: junto do sistema nervoso e sistema digestório, as malformações congênitas do sistema cardiovascular são as 
mais comuns. 20% dos recém-nascidos com malformações são cardiovasculares, equivale a quase 1% dos 
nascidos vivos, dos natimortos, quase 3% apresentam. 
 
Lembrando: durante o fechamento lateral do corpo, dois vasos laterais se fusionam na linha média num tubo que 
seria o coração primitivo. O corpo do embrião durante a terceira semana é um disco trilaminar, e é o mesoderma 
intraembrionário que vai contribuir para formação de toda a parede externa do coração, os septos internos que 
dividem o coração em quatro cavidades terão origem de mesoderma e também de cristas neurais (ectoderma). 
O mesoderma extraembrionário vai originar vasos do cordão umbilical. 
 
Final da terceira semana: As células do mesoderma, da região cardiogênica, vão sofrer modificações se unindo 
por junções, formando o endotélio dos primeiros vasos sanguíneos, que vão se unir formando uma rede de vasos 
maiores que se comunicam, as hemácias serão formadas por diferenciação das próprias células que ficaram 
aprisionadas dentro desses vasos. 
Origem do coração primitivo: O coração irá surgir na quarta 
semana de gestação com o dobramento lateral do corpo do embrião 
levando a fusão dos dois tubos endocárdicos (direito e esquerdo) na 
linha média. Este coração primitivo possui um ventrículo primitivo 
que está sobre o átrio primitivo. 
Quarta semana o coração primitivo se dobrará sobre ele mesmo 
formando a alça (loop) cardíaca, de tal forma que o ventrículo 
primitivo cresça para frente, pra baixo e pra esquerda se 
posicionando anterior e inferiormente, enquanto que o átrio 
primitivo cresce para trás, pra cima e mais para a direita, se 
posicionando posteriormente e superiormente ao ventrículo. O 
formato da luz desse tubo vai se assemelhar com um S deitado. 
 
Má formação: dextrocardia, a alça cardíaca vai para o lado errado (direito) 
 
A circulação no coração primitivo (até o 22º dia) ocorre por meio de fluxo e refluxo, enquanto a partir da 4ª 
semana o fluxo passa a ser unidirecional com o batimento cardíaco. As cristas neurais vão dar origem aos nervos 
que vão controlar o ritmo do batimento cardíaco (taquicardia e bradicardia). O nó sinoatrial são células 
musculares diferenciadas do mesoderma. 
 
Após o dobramento ocorrerá, simultaneamente, durante a quarta para quinta semana, quatro septações que vão 
dividir o coração em quatro cavidades. 
Septação atrioventricular: a separação do átrio do ventrículo primitivo acontece por um crescimento maior da 
parede posterior do coração (coxim endocárdico posterior) e da parede da anterior do coração (coxim 
endocárdico anterior), que vão se fusionar na linha média, originando o septo atrioventricular, porém este septo 
ainda deixa duas comunicações entre átrio e ventrículo, o canal atrioventricular direito e esquerdo. 
Septação interatrial: para separar o átrio direito do esquerdo surge o septo primum que é a parede superior do 
coração crescendo para baixo em direção aos coxins endocárdicos fusionados, este septo tem um orifício 
chamado de óstio primum e antes que o septo chegue a se fusionar com os coxins ele sofrerá apoptose originando 
a um segundo orifício, o óstio secundum, ao se fusionar com os coxins o óstio primum desaparece. Em seguida, 
surge o septo secundum, que é a parede posterior do coração que migra e cresce para frente, este septo forma o 
orifício chamado forame oval. A parte superior do septo primum degenera, aumentandoo tamanho do óstio 
secundum. 
Na vida intrauterina, o sangue rico em oxigênio chega no átrio direito pela veia cava inferior, a partir dela, o 
sangue é direcionado para o átrio esquerdo através do forame oval, do átrio esquerdo cai no ventrículo esquerdo 
sendo guiado até os outros órgãos pela aorta. Ao nascer, momentaneamente, o fluxo da veia cava inferior 
diminui, enquanto que aumenta o fluxo do átrio esquerdo, pois o sangue passa a sofrer hematose nos pulmões, 
levando ao fechamento do forame oval, inicialmente mecânico, que até em 3 meses haverá o fechamento do tecido 
fibroso. 
Obs: os pulmões fetais não são funcionais na vida intrauterina (em termos de hematose), não havendo 
necessidade de muito fluxo sanguíneo em direção dos pulmões. 
 
3 estruturas da vida pré-natal: o ducto venoso é um vaso de grande calibre que liga a veia umbilical com a 
veia cava inferior atravessando o fígado fetal sem se capilarizar levando o sangue rico em oxigênio da placenta 
em direção ao átrio direito (na vida pós-natal o fluxo cessa, virando o ligamento venoso). O forame oval é a 
comunicação entre os dois átrios que permite a passagem do sangue oxigenado do átrio direito diretamente para 
o átrio esquerdo, sendo distribuído pelos outros órgãos em desenvolvimento pela aorta, desviando o sangue dos 
pulmões. O ducto arterial, que comunica a artéria pulmonar com a aorta descendente, desviando o sangue dos 
pulmões que não são funcionais em termos de hematose (na vida pós natal ele deixa de ter fluxo, virando o 
ligamento arterial). 
 
Má formação congênita: comunicação interatrial (CIA), causado por um não fechamento por completo do septo 
(defeito no primum, no secundum ou nos dois). 
 
Septação interventricular e do tronco arterial: para dividir o ventrículo em duas cavidades e o tronco arterial 
em artéria aorta e artéria pulmonar, células da crista neural (ectoderma) irão migrar e penetrar no coração em 
formação formando dois folhetos que se fundem na linha média e descem, formando um septo helicoidal, em 
direção ao ventrículo para se ligarem à parede inferior do coração. A parede do coração que contribui para esse 
septo interventricular é a porção muscular desse septo, enquanto a parte que vem da crista é a porção 
membranosa. 
 
Má formação: Comunicação interventricular (CIV) podendo ser causada por falha de migração das cristas 
neurais e/ou falha da parte inferior do septo. Estenose de aorta ou estenose de artéria pulmonar: causada pela 
diminuição da luz de uma dos vasos, consequentemente, aumento da luz de outro, também causada por falha de 
migração da crista neural, que migrou mais para um lado do que outro. 
Transposição dos grandes vasos: O septo helicoidal pode fazer a hélice para o lado errado, fazendo com que a 
artéria pulmonar saía do ventrículo esquerdo, enquanto a aorta saia do direito, fazendo dois sistemas de circulação 
fechada, o sangue pulmonar vem pelo veia pulmonar até o átrio esquerdo em direção do ventrículo esquerdo e 
dele vai para a artéria pulmonar voltando para o pulmão ao invés de ir para a aorta em direção aos órgãos, ao 
mesmo tempo, o sangue venoso chega ao átrio direito em direção ao ventrículo direito e dele vai para a aorta, 
retornando o sangue venoso aos órgãos ao invés de ir de volta para o pulmão por meio do tronco pulmonar. 
 
Desenvolvimento das valvas cardíacas: as válvulas cardíacas surgem de mesoderma mais crista neural enquanto 
que cordas tendíneas e músculos papilares surgirão da cavitação da própria parede do ventrículo pelo fluxo 
sanguíneo 
 
Formação da cavidade pericárdica: surge por meio da apoptose do mesoderma lateral, formando, no início, 
duas cavidades pericárdicas que com o dobramento lateral do embrião se fusionam na linha média, originando 
uma única cavidade, neste momento, o coração ainda é preso à parede posterior do corpo por um mesocárdio 
dorsal, que no futuro desaparecerá por apoptose. 
 
Vasos sanguíneos: surge antes que os vasos linfáticos. Um grupo de células mesodérmicas formam a parede dos 
vasos e os que ficam aprisionados dentro dos vasos dão origem às hemácias. Três fase hematopoiéticas: primeiro, 
quem produz as células do sangue é o mesoderma, depois entram em atuação as células hepáticas e pro fim a 
medula óssea a partir do terceiro trimestre permanecendo até a vida pós-natal. Antes, o que se tinha era 
semelhante a um plasma sanguíneo derivado de secreções produzidas pelo feto 
24 dias de gestação 
Sistema venoso: são três pares de veias, as veias vitelinas, 
umbilicais e as cardinais. Todas divididas em direita e 
esquerda, nas cardinais, cada direita e esquerda serão divididas 
em anterior e posterior (a anterior fica acima do coração e a 
posterior fica inferior). 
As cardinais são as mais laterais, as umbilicais são 
intermediárias e as mais internas são as vitelínicas. É normal, 
principalmente nas primeiras semanas, que ocorra angiogênese 
(formação de ramificações). Com 50 dias as duas umbilicais já 
desapareceram completamente. Com 56 dias sobra, na parte 
inferior do coração, somente a veia vitelinas direita. 
-Veias vitelinas: a direita, próximas do fígado em 
desenvolvimento, vai originar as veias hepáticas. A veia porta se 
desenvolve de uma anastomose das veias vitelinas ao redor do 
duodeno. 
-Veias umbilicais: No início, tínhamos duas veias umbilicais, 
mas depois a direita regride totalmente. A esquerda é a que 
permanece, levando sangue rico em O2 e nutrientes da mãe para 
o bebê. Com o surgimento do fígado, ela dá origem ao ducto 
venoso (passa dentro do fígado, garantindo que o sangue vindo 
da placenta passe diretamente por ele sem passar pelas redes de 
capilares, dando um atalho pra que o sangue chegue diretamente no coração) e a veia do cordão umbilical 
(transportando sangue da placenta para o embrião). 
-Veias cardinais: Tanto a anterior e posterior darão origem às veias definitivas do sistema venoso, a primeira 
drena sangue da região cefálica e a outra da caudal, tanto as que chegam no átrio direito (cava inferior e superior) 
quanto as que estão drenando para o átrio esquerdo. 
 
Formação das veias pulmonares: uma evaginação da própria parede do coração (átrio esquerdo) irá formar a 
veia primordial/primária que no início desemboca no átrio como um único orifício. Esta veia se ramifica em 
quatro ramos, porém, estas se encontram fora do átrio. Com o crescimento da parede atrial, parte da parede da 
veia pulmonar é incorporada dentro da parede do átrio, dando início a formação de dois orifícios, veia pulmonar 
direita e esquerda e, em seguida, 4 orifícios. A parte lisa da parede atrial é derivada da parede da veia pulmonar 
e a parte enrugada é derivada do coração primordial. 
 
Origem da VCI: tem duas origens embriológicas, a porção que sai do fígado em direção ao átrio direito é 
derivada da veia vitelínica direita (a única que sobra nesse trecho). O trecho da veia cava inferior que vem da 
região pélvica, passa na região renal e vai em direção ao coração é derivado de anastomose de ramos 
subcardinais. 
 
A porção lisa do átrio direito é a abertura do seio venoso da parte direita dele, o que sobrou. A porção rugosa é 
derivada da própria parede do átrio primitivo. 
 
Derivados do seio venoso: do lado esquerdo, todas as veias 
regridem (umbilical, vitelina e cardinal) porém, um trecho do 
seio venoso esquerdo dará origem à veia oblíqua do átrio 
esquerdo e os seios coronários. Do lado direito do seio 
venoso, dará origem a porção lisa do átrio direito e aos dois 
orifícios da VCI e VCS. 
 
A veia cardinal anterior esquerda vai desaparecer 
parcialmente e formar um ramo em direção à cava superior. 
A veia cardinal anterior direita dará origem às veias cava 
superior, braquiocefálica direita (que futuramente ira se 
ramificar em subclávia e jugular direita). Um ramo da 
cardinal anterior esquerda vai originar a braquiocefálica 
esquerda. 
 
Sistema arterial: duas aortas dorsais surgem de dois 
grandes vasos laterais aos tubos endocárdicos, com o 
dobramento do corpo doembrião essas duas aortas se 
fusionam no seu maior eixo formando uma única aorta, com 
exceção da região cranial onde surgirão os arcos aórticos (o 
quinto não existe em humanos), e na região caudal de onde 
partem as duas artérias umbilicais. A aorta dorsal, que se 
fusionou, emite ramos para irrigar todo o corpo. 
 
Vasos linfáticos: começa a partir da sexta a nona semana. São evaginações (em forma de saco) do endotélio das 
veias. As células mesenquimais que formam a parede das veias formam, posteriormente, os vasos linfáticos. 
Não possui uma bomba como o coração para impulsionar a linfa, dependendo das contrações do músculo 
esquelético e valvas para circular. Várias síndromes geram acumulo de líquido linfático no saco linfático jugular 
(síndrome de Turner, Down). Todo o sistema linfático drena para o ducto torácico a fim de retornar o líquido 
para as veias. 
 
Má formações: 
Linfedema é uma malformação de vasos linfáticos. Não sofrem anastomose, impedindo com que os vasos drenem 
linfa corretamente, levando acúmulo deles em certa região. 
Higroma cístico: tumores císticos na região cervical gerando um acúmulo de líquidos na região. Falha de 
drenagem de vasos linfáticos jugular. 
Hidropisia: edema generalizado. Geralmente é problema cardíaco, dificultando drenagem. Pode ser causado 
também por infecção. 
Linfangioma: excesso de vasos e falta de anastomose entre eles. Pode acontecer na vida pós-natal, mas 
normalmente e congênito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embriologia do Sistema Respiratório 
O desenvolvimento do pulmão continua até 8 anos na vida pós-natal, ou seja, a formação de alvéolos se mantém, 
portanto, problemas de pulmão no nascimento tem maior chance de se recuperar. 
Com o dobramento lateral do corpo do embrião o saco vitelínico é “abraçada” pelo corpo do embrião formando 
todo o intestino primitivo (com uma camada interior revestido por endoderma e a parte mais externa é o 
mesoderma lateral/visceral/esplâncnico). 
Formação da cavidade nasal e nariz: após o fechamento do tubo 
neural ocorre a migração da proeminência frontonasal (ectoderma 
mais mesoderma que vem de trás da cabeça para a região ventral), 
formando a futura região da testa e dois placóides nasais, cada 
placóide será formado por um processo nasal medial e um lateral 
que entre eles está a fosseta nasal (formada por apoptose da 
membrana orofaríngea), os processos nasais mediais se fusionam 
na linha média dando origem a parte do nariz, filtro do lábio e 
processo intermaxilar, já os processos nasais laterais formam a asa 
nasal. O processo intermaxilar se fusiona em seguida com os 
processos maxilares direito e esquerdo. 
O palato se forma entre a 6º a 12º semana, o processo intermaxilar 
dará origem ao palato primário, já o palato secundário terá origem 
a partir de dois processos palatinos laterais (que surgiram das 
proeminências maxilares) e se fusionam na linha média. 
 
Má formação: falha de fusão dos placóides nasais chamada de 
narina bífida ou nariz septado, normalmente é acompanhado de 
hipertelorismo ocular (olhos distantes). Caso a fusão desses 
placóides seja excessivo pode acarretar em uma narina única, 
geralmente também pode estar acompanhada de holoprosencefalia (não há divisão de hemisférios direito e 
esquerdo do cérebro) e também leva hipoterlorismo ocular. 
O palato pode não se fusionar por completo formando uma úvula clivada, parte de só um lado do palato pode não 
ter crescido e até mesmo as duas partes. Pode ocorrer falha na fusão do processo intermaxilar com o maxilar 
lateral. Nem toda fenda labial é acompanhada de fenda no palato. As fendas podem ser labiais e/ou palatinas 
ambas podem ser uni ou bilateral e ainda existe a fenda medial. 
 
Formação das pleuras: a pleura visceral é derivada do mesoderma lateral visceral/esplâncnico enquanto a 
pleura parietal do mesoderma lateral parietal/somático, entre elas há um espaço pleural que será ocupado pelos 
pulmões em formação e na vida pós-natal esse espaço será virtual a não ser que ocorra: 
 • hemotórax que é o acúmulo de sangue; 
 • pneumotórax que é o acúmulo de ar; 
 • hidrotórax que é o acúmulo de líquido entre as pleuras. 
 
Formação da árvore respiratória: o brotamento pulmonar (surgido do esôfago) se ramifica em dois brônquios 
primários, o do lado direito vai sofrer 3 brotamentos secundários enquanto o esquerdo somente 2. Essa 
ramificação irá continuar até chegar na formação dos alvéolos, porém, para esses alvéolos realizarem hematose 
adequadamente, será necessária a diferenciação do tecido pulmonar que incluem: 
 • aumento no número de alvéolos; 
 • aumento no número de capilares sanguíneos; 
 • achatamento do epitélio alveolar; 
 • diminuição de tecido conjuntivo entre epitélio do alvéolos e capilar sanguíneo; 
 • produção de surfactante que é a secreção pelos pneumócitos II. 
 
Caso saiba que há a possibilidade de ocorrer nascidos prematuramente é possível fornecer para a mãe corticoide 
que estimula o desenvolvimento prematuro do sistema respiratório, se o nascimento ocorrer inesperadamente 
pode ser oferecido surfactante sintético ao bebê, esse surfactante é o responsável por garantir a primeira inspiração 
do recém-nascido, garantindo que os alvéolos se abram ao invés de ficarem grudados 
 
Fatores importantes para o desenvolvimento pulmonar: espaço torácico adequado, presença de movimentos 
respiratórios fetais, volume adequado de líquido amniótico (que será aspirado para o desenvolvimento da árvore 
respiratória) e surfactante. 
Má formações: hipoplasia pulmonar (pulmão existe mas é pequeno, provavelmente faltou algum desses fatores 
como volume adequado de líquido, indício também de problema renal, já que grande parte do líquido amniótico 
provém da urina), agenesia pulmonar (ausência de um pulmão em pelo menos um dos lados). 
Fistula traqueoesofágico: é a falha no desenvolvimento do septo traqueoesofágico, ocorrendo uma comunicação 
entre esôfago e traquéia. Falta de proliferação tanto do endoderma quanto do mesoderma visceral. Sinais clínicos: 
tosse, engasgos, cianótica (roxa), vômito aerado, pneumonia aspirativa. 
Atresia de esôfago: Caso o septo ocorra se formando posteriormente o esôfago acaba sendo cortado em dois, logo, 
assim que o alimento passe por esse furo é rapidamente vomitada (vômito em jato) 
 
Formação da cavidade pleural: no início apenas o coração e esôfago ocupam a cavidade torácica, porém com 
o surgimento dos dois pulmões essa cavidade será dividida em duas cavidades pleurais (direita e esquerda) e 
uma cavidade pericárdica, as responsáveis por esta divisão serão duas membranas pleuropericárdicas 
(projeções do mesoderma lateral parietal (igual a parede do corpo). Elas se fusionam na linha média atrás do 
coração e também com o mesentério do esôfago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embriologia do sistema digestório 
 
Formação do tubo digestivo: 3º sistema com o maior número de má formação congênito. Inicia-se na quarta 
semana de gestação no momento do dobramento e fechamento do corpo do embrião quando o saco vitelínico é 
incorporado, parcialmente, dentro do embrião, formando um tubo erroneamente chamado de intestino primitivo. 
Esse tubo é revestido internamente por endoderma (futuro tecidos epiteliais de revestimento e glandulares) e 
mesoderma lateral visceral (futuro tecidos conjuntivo, adiposo, musculares). A inervação do tubo digestivo é 
derivada de cristas neurais. 
Todas as glândulas anexas ao tubo digestivo (fígado, pâncreas e vesícula biliar) surgem como brotos do intestino 
primitivo. 
-Má formação: Gastrosquise: uma abertura na parede corporal, ao lado do cordão umbilical, com o intestino 
totalmente exterior ao corpo em contato com o líquido amniótico, a alça intestinal estará inflamada (por conta do 
contato com o líquido) quando a criança nascer, além de apresentar diminuição do peristaltismo, encurtamento 
do intestino e aderência entre aa alças intestinais.O defeito é sempre paraumbilical direito. Normalmente é um 
defeito isolado, não associado a outras síndromes ou defeitos congênitos. Pode ser causado por falta da 
vascularização, falha na regressão da veia umbilical. 
 
Durante a formação do tubo digestivo o intestino primitivo se comunica temporariamente com seu remanescente 
que vai ser eliminado por meio do ducto onfalomesentérico/vitelínico, presente no cordão umbilical, no futuro 
ele vai dar origem ao ligamento umbilical mediano. 
 
Má formação: A persistência do ducto onfalomesentérico na vida pós natal pode ser diagnosticada por presença 
de fezes na cicatriz umbilical. 
Existe uma segunda projeção do intestino primitivo denominada alantoide, que comunica a futura bexiga 
urinária (seio urogenital) com o cordão umbilical e depois a cicatriz umbilical. No futuro o alantoide se 
transformará em um cordão fibroso chamado úraco. A sua persistência poderá ser diagnosticada pela presença 
de urina saindo pela cicatriz umbilical. 
 
Intestino anterior: corresponde a faringe e derivados, esôfago, estômago, 2/3 anteriores do duodeno, fígado, 
vesícula e ducto biliar e pâncreas. 
No intestino anterior existe a formação de um septo traqueoesofágico (região do esôfago) que separa a luz da 
traqueia (formada de um broto do intestino primitivo) da luz do esôfago. Pode ocorrer as fístulas 
traqueoesofágico, acarretando em vômito aerado ou em jato. 
 
Desenvolvimento do esôfago: um tubo que já tinha luz vai sofrer proliferação das células internas (endoderma), 
a luz vai se fechar totalmente, e depois, novamente, haverá apoptose para formar a luz definitiva. 
Caso a apoptose não se conclua e o tubo continuar fechado em algumas áreas vai levar a atresia, caso haja 
continuação do tubo mas com algumas regiões em que não ocorreu a apoptose completa vai levar a uma estenose 
da luz do esôfago. 
 
Desenvolvimento do estômago: O estômago passará por dois principais eventos, formação da sua curvatura 
maior na parede posterior e rotação de 90° para a esquerda derivada da apoptose que ocorre no mesentério 
dorsal em conjunto com o crescimento do fígado. A inervação do vago direito vai para ventral e a esquerda vai 
para a parte dorsal. Durante esse processo de rotação ocorre a formação do pequeno e grande omento, projeção 
de mesentério sobre as alças intestinais. 
 
Desenvolvimento do fígado: vai se originar de um brotamento do intestino primitivo. Tem como função inicial 
a hemocaterese (remoção de hemácias velhas). Formado por cordões de hepatócitos mais capilares sanguíneos e 
endoderma 
- Erros inatos do metabolismo: quando anatomicamente e histologicamente o tecido hepático está normal, 
porém o hepatócito tem deficiência em alguma enzima responsável por algum processo de metabolização. 
 
A vesícula biliar surge como um broto do intestino e pode ocorrer má formação como obstrução do ducto cístico 
e duplicação de vesícula biliar. Pode decorrer de falha da apoptose, comprometimento vascular. 
 
Desenvolvimento do pâncreas: surge de dois brotamentos, um dorsal e outro ventral, o dorsal está preso no 
mesentério dorsal, o ventral se encontra livre, então quando o estômago roda, o ventral consegue se encontrar 
com a parte dorsal e se fusionar formando um único pâncreas. Isso acaba formando a parte da cabeça (ventral) e 
do corpo (dorsal) do pâncreas. 
Problemas: pode não ocorrer o fusionamento, pode surgir dois brotos ventrais e outro dorsal, e quando ocorre o 
movimento desses brotos para a parte dorsal, um vai passar pela face anterior e outro pelo posterior, levando a 
um abraçamento do pâncreas no duodeno, concertado cirurgicamente. Esse pâncreas pode causar uma estenose 
ou atresia duodenal. 
 
Intestino médio: porção inferior do duodeno, jejuno, ílio, ceco, apêndice vermiforme, cólon ascendente e 2/3 
proximal do cólon transverso. 
Durante o desenvolvimento do intestino médio ocorre a formação da hérnia umbilical fisiológica (normal), isso 
ocorre por conta do crescimento amplo do fígado (início da fase hematopoiética). Esse processo ocorre durante a 
6ª a 10 semana. Ocorrem duas rotações no sentido anti-horário, uma primeira a 90° e outra 180° 
Dentro do cordão umbilical nesse momento, além dos vasos umbilicais, teremos as alças intestinais. 
 
Pode ocorrer falha na rotação intestinal, nesses casos o apêndice pode se posicionar em outra região, o que não é 
um problema em si, mas caso a pessoa sofra uma apendicite, ela corre o risco de sofrer o diagnóstico errado 
Onfalocele: é a persistência da hérnia umbilical fisiológicas, alças intestinais não regridem e se mantém dentro 
do cordão umbilical, normalmente associado a outras síndromes genética com outras mal formações presentes. O 
lado bom é que como o intestino não está em contato direto com o líquido amniótico não vai estar inflamado nem 
nada. O que pode acontecer também é o fígado se projetar para dentro. 
Hérnia umbilical congênita é a parede corporal se fechou, tem a cicatriz umbilical mas faltou a migração do 
mesoderma para formar a musculatura da área do umbigo. Isso pode levar ao umbigo saltado. Isso pode ser 
adquirido em esportes ou profissões que carregam muito peso, levando tanto a hérnia umbilical quanto inguinal. 
 
O intestino médio também sofre recanalização, então a atresia ou estenose pode ser por falha de apoptose ou 
vascularização 
 
Intestino posterior: 1/3 distal do cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide, reto. 
O intestino posterior será dividido ao meio por um septo chamado urorretal ( mesoderma), dando origem ao reto 
e ânus e ao seio urogenital (futura bexiga urinária e uretra). Evento ocorre na sétima semana. 
Mal formação do canal anal: migração incompleta do septo formando uma cloaca (por onde sai fezes e urina). 
Fístula retovaginal. Atresia de reto. Ânus imperfurado com membrana anal persistente. Estenose anal. Fístula 
retocloacal. Fístula anoperineal. Fístula retouretal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embriologia do sistema endócrino 
 
Desenvolvimento do pâncreas: dois brotamentos surgem do tubo digestivo, um brotamento pancreático ventral 
e outro dorsal surgido a partir de células endodérmicas, com a rotação do estômago em 90° no sentido horário, os 
dois brutos se fundem formando um único órgão. 
- Má formação: pode ocorrer o surgimento de dois brotamentos ventrais, sendo que um se move por um lado e 
outro pelo outro, formando um pâncreas anular, levando a uma estenose ou atresia da luz do duodeno. Mais 
comum em casos de síndrome de Down. Correção cirúrgica. 
Pode ocorrer a formação de um pâncreas ectópico, por exemplo, o broto ventral não deu a volta total para se 
fusionar, havendo dois pâncreas. 
Pode ocorrer a formação de um pâncreas acessório, nesse caso também surgiriam dois brotamentos ventrais, 
sendo que um se fusionaria enquanto o outro não, não leva a obstrução do duodeno. 
 
Desenvolvimento das adrenais: vão surgir do mesmo local que o rim e os ureteres, do mesoderma intermediário 
(lembrando que dele surge o córtex da adrenal e o tecido conjuntivo da região medular), porém as células da 
medula da adrenal que produzem adrenalina e noradrenalina são derivadas de cristas neurais. O mesoderma 
nessa região durante o processo de formação se chama também crista urogenital (vai originar sistema urinário e 
gônadas). 
- Má formação: hiperplasia congênita da adrenal, um bebe geneticamente do sexo feminino começa a produzir 
muito andrógeno, a criança vai nascer com uma genitália totalmente masculina. Nesse caso também podem levar 
a alterações metabólicas e grande perda de sais com alterações fisiológicas. 
 
Desenvolvimento da hipófise: se desenvolve da quarta a sexta semana, a hipófise possui duas porções 
histológicas diferentes, a neuro-hipófise e a adeno-hipófise. Uma projeção do piso do tubo neural vindo do 
diencéfalo se projeta em direção à cavidade oral, formando a neuro-hipófise, e está porção permanece conectada 
com o hipotálamo, tanto é que os corpos dos neurônios vão permanecer no hipotálamo e os seus prolongamentoscompõem a neuro-hipófise. Já a adeno-hipófise surgirá de uma projeção do teto da cavidade oral em direção ao 
diencéfalo. Lembrando que o teto da boca (arco braquial ou faríngeo) também vieram de ectoderma, no final das 
contas, ambas partes da hipófise vieram da ectoderma, mas uma é neural e outra é oral. A projeção vindo da boca 
não manterá a comunicação com ela, sofrendo apoptose e se associando somente com a neuro-hipófise. 
- Má formação: a projeção da adeno-hipófise não sofre apoptose total, formando um pequeno lobo acessório de 
adeno-hipófise. 
 
Desenvolvimento da tireóide e paratireoide: entre quinta e sexta semana, projeções das terceiras e quartas 
bolsas faríngeas darão originem às paratireoide inferiores e superiores, respectivamente, migrando pela região 
ventral do pescoço até atingir a futura tireoide. Lembrando que somente o primeiro arco é revestido por 
ectoderma, já os 2, 3, 4 e 6° arcos são revestidos por endoderma (o quinto arco é formado mas logo se retrai), o 
endoderma vai originar as células principais e oxífilas, a crista neural vai originar o tecido conjuntivo. 
A tireoide vai possuir duas origens embriológicas, o divertículo tireoidiano, surgido da base da limpa, que migra 
pela região ventral do pescoço até parar à frente da traqueia. Durante esse trajeto ele permanece, 
temporariamente se comunicando com a cavidade oral, através do ducto tireoglosso e o forame cego. Esse 
divertículo formara os folículos tireoidianos. Células para-foliculares ou células C vão surgir da quarta bolsa 
faríngea. 
- Má formação: tireóide ectópica ou acessória. 
 
 
 
 
 
 
 
Órgãos linfoides 
 
Sistema imunitário 
Localização: circulação sanguínea e linfática; tecido conjuntivo (mucosa) de vários órgãos; órfãos linfóides. 
 
Os órgãos linfoides são um conjunto do sistema imunitário que se organiza em órgãos anatomicamente definidos. 
Os órgãos podem ser do tipo primário (medula óssea e timo) ou secundário (linfonodos, baço, nódulos linfáticos 
isolados, apêndice vermiforme, tonsilas e placa de Peyer). 
 
Timo: sua origem embriológica se dá, na quinta semana de gestação, a partir de duas projeções da terceira 
bolsa faríngea que irão migrar para a região ventral da traqueia e se fusionar na linha média. Contém apenas 
linfócitos T (que precisa sofrer maturação, o linfócito T se apresenta no córtex do timo como duplo negativo, ou 
seja, não expressa proteínas específicas, ao passar pelo córtex ele adquire tanto as proteínas CD4 como as CD8, 
ao alcançar a medula ele passa a expressar apenas uma dessas proteínas, durante esse evento, também ocorre a 
seleção dos linfócitos, 80% são eliminados quando reagem com antígenos próprios), macrófagos, células 
reticulares endoteliais e células endoteliais. 
Após a puberdade o timo involui, mas não desaparece. 
- Má formação: pode ocorrer a formação de um timo ectópico ou não fusionados, além de timo acessórios, 
variações no formato, Síndrome de DiGeorge e doenças auto-imune. 
 
 
Medula óssea: tem origem embriológica do mesoderma, tendo um alto pode angiogênico. É um órgão difuso, 
porém volumoso, localizado no canal medular de ossos longos e nas cavidades dos ossos chatos. Assume 
gradativamente a hematopoese (antes era função do fígado e pâncreas), produz linfócitos B e T e matura os B. 
Através de movimentos amebóides os linfócitos deixam a medula óssea, entram na corrente sanguínea e migram 
para povoar os órgãos linfoides. 
- Má formação: pode ocorrer a baixa ou alta quantidade de células. 
 
Linfonodos: também chamados por gânglios linfoides, não são nódulos linfoides, são órgãos múltiplos, 
encapsulado, reniformes, constituído por tecidos linfoides, cuja função é filtrar os antígenos dos tecidos 
intersticiais da linfa. Surgem a partir do mesoderma intraembrionário 
 
Baço: derivado de mesoderma, ele se rotaciona junto ao estômago, inicialmente ele se apresenta como um órgão 
mediano dorsal e no final da quarta semana vai se posicionar à esquerda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Placenta e anexos fetais 
 
Anexos fetais: são anexos fetais a cavidade amniótica (junto do líquido amniótico), membrana amniocoriônica, 
saco vitelínico, alantóide, cordão umbilical e a placenta. A placenta apresenta duas faces, uma materna, que fica 
aderida à parede uterina da mãe e outra fetal, a fetal é altamente vascularizada, revestida pelo mesmo revestimento 
da cavidade amniótica . 
 
A transfusão feto-fetal é um caso em que gêmeos estão dentro de uma mesma cavidade amniótica e que 
compartilham da mesma placenta, ocorre normalmente quando a clivagem ocorre durante a época do disco 
embrionário, quando ele está prestes a se grudarem na parede do útero. Nesse caso, um irmão rouba mais 
nutrientes da placenta do que o outro, por conta das anastomoses dos vasos da placenta. 
 
Placenta: serve como fator de proteção e nutrição ao feto, além de realizar produção hormonal, permitir a 
excreção do feto e a respiração nas trocas gasosas. Lembrando que o sincíciotrofoblasto produz a gonado-trofina 
coriônica, que mantém os óvulos produzindo a progesterona e o estrógeno, e com o tempo a placenta passa a 
produzir também esses hormônios. 
Os tecidos que vão compor a placenta é formado pelo do feto e da mãe, são eles o sincíciotrofoblasto, o 
citotrofoblasto e o mesoderma extra-embrionário, formados pelo embrião mais a decídua mãe. 
Quando o feto adere à parede do útero por meio do sincíciotrofoblasto, o tecido conjuntivo do útero sofre o 
processo chamado de decidualização, formando a decídua basal (faz parte da placenta, pertence à mãe), esse 
tecido é formado por outras duas áreas também: a decídua capsular é a parte que envolve o bebê e a cavidade, 
essa é a bolsa que se rompe para o nascimento, a decídua parietal é a parede uterina oposta à implantação. 
As vilosidades coriônicas estão inicialmente distribuídas ao redor de toda a cavidade coriônica, mas a partir da 
quarta semana de gestação, com o dobramento do corpo do embrião e início da produção de urina, a cavidade 
amniótica se expande ocupando todo o espaço da cavidade coriônica, com isso, as vilosidades do lado oposto do 
cordão umbilical deixam de receber suprimento sanguíneos e desaparecem, formando o córion liso (membrana 
amniocoriônica), já o lado onde restaram vilosidades é chamado de córion viloso, que junto da decídua basal 
forma a placenta. 
 
Placenta prévia ocorre quando o embrião nida próximo ao colo do útero, na saída para o canal vaginal, a placenta 
formada então vai fechar esse canal e necessariamente vai ser realizado um cesariana para o nascimento. Também 
podem ocorrer uma placenta acreta, quando a invasão pelo sincíciotrofoblasto alcança o músculo do útero, não 
saindo na hora do parto, a placenta percreta é a invasão de todas as paredes do útero. 
 
Junção do componente fetal ao componente materno da placenta: a decídua da mãe emite projeções formando 
septos placentários, que dividem a placenta em unidades chamadas cotilédones. Em apenas algumas vilosidades 
(tronco de ancoragem) o citotrofoblasto ultrapassa o sincício e se une ao tecido materno (decídua), formando 
um manto citotrofoblástico, garantindo a adesão do componente fetal ao componente materno até o final da 
gestação. 
 
Líquido amniótico: quando é formado, ele é proveniente do plasma sanguíneo materno, conforme o 
desenvolvimento do embrião ocorre, formando os rins e ureteres, há o início da produção de urina que passa a ser 
liberado nessa cavidade, a composição principal é água, mas parte do líquido é formado por líquidos provenientes 
do pulmão quando era excretor, células amnióticas descamadas e células epiteliais do embrião. 
Ao liberar a urina na cavidade amniótica, esse âmnio cresce e ocupa parte da cavidade coriônica, o feto pode 
deglutir o líquido, o que permite o desenvolvimento e formação do intestino e aparelho respiratório, esse líquido 
é reabsorvido e novamente excretado, o excesso é liberado para o cordão umbilical para que a mãe excrete mais 
tarde por meio da urina. 
O líquido evitaa aderência do âmnio ao embrião, permite o crescimento simétrico do embrião, o desenvolvimento 
do tubo digestivo e aparelho respiratório, permite a livre movimentação do feto, distribui as forças do impacto, 
auxilia na manutenção da temperatura corporal, pode atuar como barreira contra infecção, minimizar movimentos 
fetais para a mãe. 
- Má formação: oligodrâmnio é a menor presença de líquido amniótico, causado por algum distúrbio renal que 
não consegue produzir o líquido em volume suficiente. Isso acaba por levar deformações como pé torto, orelhas 
achatadas, compressão de cordão umbilical, possibilita infecções recorrentes. O polidrâmnio também é um 
problema pois possibilita o feto girar sobre o cordão e formar nós e se sufocar, aumenta a chance de parto 
prematuro, disfunção da respiração materna, prolapso de cordão umbilical. Decorre de problemas neurais que 
impedem o reflexo de deglutição do líquido pelo feto (importante para formação do sistema digestório e 
respiratório), pode decorrer a partir das atresia de esôfago, pâncreas anular. 
O feto apresenta lanugo e vérnix, uma proteção contra a perda ou maior absorção de água pelo bebê do ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Órgãos dos sentidos 
 
Paladar 
A língua como órgão sensorial tem uma face dorsal onde estão as papilas gustativas, sendo que algumas tem 
botões gustativos, e que fornecem o paladar e uma face ventral que é lisa e sem papilas. As papilas que preenchem 
a maior parte da língua são as filiformes, não apresentam botões gustativos, as que normalmente apresentam são 
as circunvaladas e as fungiformes. 
 
São dois os componentes embriológico para a formação da língua, o 1°, 2° e 3° arcos branquias que vão formar 
o corpo da língua, e as cristas neurais que vão formar toda a inervação periférica dessa língua. 
O aparelho branquial é derivado de cristas neurais que vão migrar e formar os arcos branquiais, o primeiro arco 
vai se fusionar para formar mandíbula e maxila, os outros arcos (2, 3, 4 e 6) vão permitir a formação do pescoço 
liso. Na face e pescoço ocorre uma peculiaridade, há uma associação de mesoderma com a s cristas neurais, 
sendo denominado de equitomesênquima. Externamente os arcos estão revestidos pelo ectoderma, o primeiro 
arco, no entanto, também possui um revestimento interno por ectoderma e os outros pelo mesoderma. 
Duas projeções mais laterais vindas do primeiro arco e um brotamento mediano vão dar o início para o surgimento 
do corpo da língua, o segundo e terceiro arco vão se projetar também para formar a parte posterior da língua. 
Má formação: não fusionamento das projeções laterais formando o corpo da língua bífida. Macroglossia é a 
língua maior do que o normal para a idade, normalmente são realizados glossectomia, 
 
Cavidade nasal 
O cheiro é sentido pelo epitélio olfatório presente somente no teto da cavidade nasal, o piso apresenta epitélio 
respiratório, o ar trazendo cheiro pode entrar pelas próprias narinas ou pelo retroglosso (passa pela boca e ascende 
para a cavidade), essas células olfatórias vão formar o nervo olfatório. As glândulas de Bowman (exócrina serosa) 
são as células presentes no epitélio olfatório que produzem muco e ajuda na lavagem da superfície para que outras 
moléculas olfatórias se liguem nos receptores olfatórios. 
O epitélio é pseudoestratificado com cílios longos que aumentam a área para a ligação de substâncias olfatórias. 
Os dois processos nasais mediais que se fusionam na linha média e os processos nasais laterais vão formar a 
aba ou asa lateral do nariz. 
Má formação: na falha de fusão dos placóides nasais o nariz pode ficar septado ou dividido ao meio e os olhos 
distantes uns dos outros, acarretando no hipertelorismo ocular. Pode ocorrer também agenesia de processo 
maxilar. Pode ocorrer o fusionamento em excesso de várias estruturas da cabeça, gerando narina única, 
aproximação excessiva dos olhos, fusionamento dos hemisférios cerebrais (holoprosencefalia). 
 
Pele 
Originada a partir do ectoderma que vai originar a epiderme com epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, 
o mesoderma vai originar a derme que é o tecido conjuntivo. A inervação vem de cristas neurais. A pele pode ser 
do tipo fino ou grossa, a grossa é mais estratificado e queratinizado, já a fina apresenta folículos pilosos por onde 
saem as secreções de glândulas sebáceas. Na pele grossa também tem glândulas sudoríparas, e mais papilas 
dérmicas e cristas epidérmicas. 
Os receptores sensoriais estão mais concentrados nas palmas dos dedos. Os receptores de terminações livres são 
mais superficiais do que as outras sensações. 
A epiderme é constituída por queratinócitos, células de Langerhans, melanócitos, células de Merkel. 
A pele tem como função geral para a proteção, barreira hídrica e contra microorganismos, excreção de sais, 
regulação de temperatura corporal, síntese de vitamina D, órgão sensorial. 
Os melanócitos são células encontradas na parte basal da epiderme e produzem melanina que através de vesículas 
de secreção são transportadas por prolongamentos celulares que vão se depositando na superfície do núcleo dos 
queratinócitos. 
O pelo surge como uma projeção do epitélio em direção ao conjuntivo, além disso, um conjunto de células vão 
acumulando queratina e melanina, essas células morrem e vão crescendo conforme novas células vão chegando. 
Ao redor do pele tem o músculo eretor do pelo. Alterações clínicas como hipertricose que gera pelos ao redor de 
todo o corpo. Já a alopécia é a perda total dos pelos. 
- Anexos da pele: pêlos, glândulas sebáceas, sudoríparas, mamárias, unhas e dentes. 
A pele é dividida em três regiões, a epiderme, derme e hipoderme. A derme por sua vez é dividida em derme 
superficial (conjuntivo frouxa) e derme profunda (conjuntivo denso não modelado). 
Glândulas sudoríparas são um tubulo enovelado de conteúdo seroso, já a glândula sebácea é um glândula acinosa 
alveolar. As glândulas sebáceas surgem como uma invaginação a partir do pelo, inativa após o nascimento e volta 
a ser ativada durante a puberdade. A acne surge como uma obstrução dos ductos de saída da glândula, gerando 
um processo inflamatório 
Psoríase: processo inflamatório da pele, originada pelo aumento da proliferação de células da epiderme que não 
descamam em mesmo ritmo. 
Bebê colódio: membrana espessa e esticada recobrindo todo o feto 
 
- Glândula mamária: apresenta glândulas sudoríparas modificadas que surgem no final da quarta semana de 
gestação, nesse período há as cristas mamárias ao longo de todo o corpo, mas essas cristas persistem apenas na 
área peitoral. Com quatro meses já ocorre a formação dos brotos mamários, epitélio que invade o tecido 
conjuntivo, em seguida, por estímulo hormonal vindos da placenta da mãe vai ocorrer a canalização formando 
o bico do mamilo e os canais para as glândulas mamárias. 
Má formação: polimastia (glândula mamária extra numérica) e politelia (mamilo extra numérico) 
 
Audição: 
A vesícula ótica se encontra entre o primeiro e segundo arco branquial. A projeção da primeira bolsa e primeiro 
sulco faríngeo vai originar a orelha interna, média e externa. A primeira bolsa faríngea em associação com o 
primeiro sulco vai estar formando a tuba auditiva e membrana timpânica. O estímulo sonoro vai vibrar a 
membrana que vai passar essa vibração para os oscículos, o estímulo mecânico vai gerar um estímulo hidráulico 
na cóclea que vai gerar um impulso nervoso. 
Má formação: microtia é a agenesia de meato auditivo, mas que internamente pode ter ocorrido a formação da 
orelha interna e média. 
 
Visão 
A vesícula óptica surge a partir do fechamento do tubo neural como uma projeção da parede lateral. Do tubo 
neural vão surgir a retina, a camada posterior da íris e o nervo óptico, do ectoderma vai surgir o cristalino e o 
epitélio da córnea, do mesoderma vão surgir as túnicas fibrosas e a vasculatura do olho. 
Má formação: pode ocorrer a formação de um olho só (ciclopia) ou