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INFLUÊNCIA DA ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL 
NOS AMBIENTES DE PRODUÇÃO: 
UMA ANÁLISE ECONÔMICA 
 
 
 
 
 
MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
Ricardo José Sacramento de Almeida 
 
Ouro Preto, 2003. 
 
 
Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP 
Escola de Minas - EM 
Departamento de Engenharia de Produção, 
Administração e Economia - DEPRO 
Ricardo José Sacramento de Almeida 
 
 
 
 
 
 
INFLUÊNCIA DA ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL 
NOS AMBIENTES DE PRODUÇÃO: 
UMA ANÁLISE ECONÔMICA 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao curso de Engenharia 
de Produção da Universidade Federal de Ouro 
Preto como parte dos requisitos para a obtenção 
do Grau de Engenheiro de Produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Luiz Fernando Rispoli Alves 
 
 
 
Escola de Minas - UFOP 
Ouro Preto/2003 
 
 
 ii 
Monografia defendida e aprovada, em 11 de dezembro de 2003, pela 
comissão avaliadora constituída pelos professores: 
 
 
 
 
 
 
 
__________________________________________________ 
Prof. Dr. Luiz Fernando Rispoli Alves – Professor orientador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_________________________________________________________ 
Prof. João Esmeraldo da Silva, MSc. – Professor da disciplina PRO 104 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
____________________________________________________ 
 Prof. Dr. Sávio Augusto Lopes da Silva – Professor convidado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 iii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Grande é a tarefa que nos espera... 
Para todos constitui quase um dever pensar que o que já se tiver 
 realizado é sempre pouco em comparação com o que resta por fazer." 
 
 
João XXIII. 
 iv 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à 
 minha mãe, pelo constante 
 apoio à realização dos 
 meus objetivos. 
 v
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus pela força e disposição para a concretização desse trabalho. 
 
À minha mãe que com amor, carinho e dedicação, me conduziu ao crescimento 
pessoal e profissional. 
 
À meu orientador Prof. Dr. Luiz Fernando Rispoli Alves, pelo incentivo, apoio, 
dedicação e contribuição para a execução desse trabalho. 
 
Aos professores do curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal de 
Ouro Preto, que contribuíram pelos conhecimentos e experiências adquiridas durante 
o curso. 
 
Ao Prof. Dr. Sávio Augusto Lopes da Silva e ao Departamento de Engenharia de 
Controle e Automação – DECAT, pela oportunidade e apoio à realização desse 
projeto de pesquisa. 
 
Aos colegas de sala pela amizade e companheirismo durante o curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 vi 
SUMÁRIO 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS ...............................................................................................vii 
LISTA DE TABELAS .............................................................................................viii 
GLOSSÁRIO............................................................................................................... ix 
RESUMO..................................................................................................................... xi 
 ABSTRACT ...............................................................................................................xii 
 
 
 
1- INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 01 
 1.1- ORIGEM DO TRABALHO ............................................................................ 02 
 1.2- IMPORTÂNCIA DO TRABALHO................................................................ 02 
 1.3- OBJETIVOS ..................................................................................................... 02 
 1.3.1- OBJETIVO GERAL..................................................................................... 03 
 1.3.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................... 03 
 1.4- LIMITAÇÕES DO TRABALHO ................................................................... 03 
 1.5- ESTRUTURA DO TRABALHO.....................................................................03 
2- ILUMINAÇÃO (LUZ, VISÃO E COR): CONCEITOS FUNDAMENTAIS..05 
 2.1 - ESTUDO DA LUZ...........................................................................................05 
 2.2 - ESTUDO DA VISÃO .....................................................................................13 
 2.3 - ESTUDO DA COR .........................................................................................19 
 2.4 - LÂMPADAS E EQUIPAMENTOS ..............................................................30 
 2.5 - ILUMINAÇÃO ...............................................................................................42 
3- METODOLOGIA PROPOSTA ..........................................................................50 
 3.1- DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES ...............................................54 
4- ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS LEVANTAMENTOS........................... 58 
 4.1- MEMORIAL DE CÁLCULO DE ILUMINAÇÃO ......................................64 
 4.2- EXEMPLO DE APLICAÇAO DO CÁLCULO DE ILUMINAÇÃO .........66 
5- CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ............................................................. 68 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 71 
ANEXOS ....................................................................................................................73 
 
 
 vii 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
FIGURA 1 - INTENSIDADE LUMINOSA ................................................................ 10 
FIGURA 2 - FLUXO LUMINOSO .............................................................................. 11 
FIGURA 3 - ILUMINÂNCIA....................................................................................... 11 
FIGURA 4 - LUMINÂNCIA ........................................................................................ 13 
FIGURA 5 - CURVA DE EFICIÊNCIA VISUAL ....................................................... 16 
FIGURA 6 - EFICIÊNCIA ENERGÉTICA .................................................................. 40 
FIGURA 7 - LUXIMETRO... ........................................................................................ 51 
FIGURA 8 - ULTRAVIOLETÍMETRO ....................................................................... 52 
FIGURA 9 – ESFERA PARA DEFINIÇÃO DE LÚMEM .......................................... 55 
FIGURA 10 – ÍNDICE DE REFLEXÃO – LAMPADA FLUORESCENTE PHILIPS 
FLUOTONE 110W – SUPER 85 ............................................................. 58 
FIGURA 11 - ÍNDICE DE REFLEXÃO - LAMPADA DE VAPOR DE MERCÚRIO GE 
250W ...................................................................................................59viii 
LISTA DE TABELAS 
 
 
 
TABELA 1- FAIXA DE COMPRIMENTO DE ONDAS ............................................ 07 
TABELA 2- RADIAÇÕES ULTRAVIOLETAS .......................................................... 07 
TABELA 3- PRINCIPAIS APLICAÇÕES DA RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA ...... 08 
TABELA 4- EFEITOS PSICOLÓGICOS DA TEMPERATURA DE COR ................ 18 
TABELA 5- EFEITOS DA LUZ SOBRE AS CORES ................................................. 21 
TABELA 6- GRAUS DE REFLEXÃO EM PERCENTUAL DO FLUXO LUMINOSO 
INCIDENTE .......................................................................................... 23 
TABELA 7- EFEITOS PSICOLÓGICOS DAS CORES .............................................. 25 
TABELA 8- ILUMINAMENTO POR CLASSE DE TAREFA VISUAL ....................45 
 
TABELA 9- DESCRIÇÃO DAS LÂMPADAS INCANDESCENTES ANALISADAS 
..................................................................................................................52 
TABELA 10- DESCRIÇÃO DAS LÂMPADAS DE DESCARGA ANALISADAS....53 
TABELA 11- DESCRIÇÃO DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES COMPACTAS 
ANALISADAS ...................................................................................... 53 
TABELA 12- DESCRIÇÃO DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES ANALISADAS 
..................................................................................................................54 
TABELA 13- MEDIÇÕES PRÁTICAS - LÂMPADA FLUORESCENTE PHILIPS 
FLUOTONE 110W - SUPER 85.............................................................57 
TABELA 14- MEDIÇÕES PRÁTICAS - LÂMPADA DE VAPOR DE MERCÚRIO GE 
250W ................................................................................................57 
TABELA 15- ANÁLISE DOS RESULTADOS - LÂMPADA FLUORESCENTE 
PHILIPS FLUOTONE 110W - SUPER 85.............................................58 
TABELA 16- ANÁLISE DOS RESULTADOS - LÂMPADA DE VAPOR DE 
MERCÚRIO GE 250W ..........................................................................59 
TABELA 17- COMPATIBILIDADE FONTE DE LUZ ARTIFICIAL COM A COR 
DA PINTURA DO AMBIENTE ............................................................62 
 
 
 
 
 
 ix 
GLOSSÁRIO 
 
 
 
Cor: é a propriedade que possue os corpos de, quando iluminados, aparecerem aos 
nossos olhos com diferentes tonalidades. Essa propriedade não é fixa, nem permanente, 
dependendo da composição espectral da luz que o ilumina. 
 
Candela: é 1/600.000 da intensidade luminosa emitida por um metro quadrado da 
superfície do corpo negro, quando à temperatura de solicitação da platina (1770 ºC) - 
intensidade esta considerada perpendicular àquela superfície. O nome candela substitui 
os antigos nomes “Vela internacional” e vela nova. 
 
Eficiência Luminosa: eficiência luminosa de uma fonte que dissipa 1 watt de potência 
para cada lúmen de fluxo emitido. 
 
Fluxo Luminoso (F ): é a quantidade de luz emitida por uma fonte, medida em lumens, 
na tensão nominal de funcionamento. 
 
Iluminação artificial: é aquela que se obtém com fontes artificiais (lâmpadas) que 
transformam a energia elétrica em luz. 
 
Iluminação natural: é aquela que se obtém com a luz do dia. 
 
Iluminamento (E): iluminamento de uma superfície plana de área igual a um metro 
quadrado recebendo na direção normal um fluxo luminoso de um lúmen uniformemente 
distribuído. 
 
Intensidade Luminosa (I): é a quantidade física básica internacional em todas as 
medidas de luz. É expressa em candela (cd). 
 
 x 
Lúmem (lm): fluxo de luz que incide sobre uma superfície de um metro quadrado, 
cujos pontos distem um metro de uma fonte pontual teórica que tenha uma intensidade 
luminosa de uma candela em todas as direções. 
 
Luminância (B): expressa em candela por metro quadrado, corresponde ao brilho de 
uma de uma superfície que emite ou reflete uma intensidade luminosa de uma candela 
por metro quadrado. 
 
Luz: é uma forma de energia que se manifesta pela capacidade de produzir a sensação 
da visão. 
 
Lux (lx): densidade de fluxo luminoso sobre uma superfície. Um lux corresponde a um 
lúmem distribuído numa superfície de um metro quadrado. 
 
Nanômetro (nm): unidade de comprimento de ondas em iluminação. Representa 1/10 
do ângstom. 
 
Qualidade de iluminação: refere-se à escolha do tipo adequado de lâmpada, sua 
distribuição e localização visando a obter boa uniformidade no aclaramento, bem como 
a orientação do feixe de luz a fim de que incida de modo correto sobre o plano de 
trabalho. 
 
Quantidade de luz: são os níveis de iluminamento, que devem permitir a realização da 
tarefa visual com um máximo de rapidez, exatidão, facilidade e comodidade, 
despendendo o mínimo de esforço. 
 
Visão: representa a mais importante fonte de contato do ser humano com o ambiente 
que o rodeia, e a principal forma de percepção das informações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 xi 
RESUMO 
 
 
 
 
As condições ambientais dos diferentes locais de trabalho ainda 
continuam carentes em relação a certos aspectos, particularmente aqueles que se 
relacionam com o bem-estar do trabalhador e a preservação das suas condições de 
saúde, fatores de grande importância na qualidade do produto e na quantidade de 
produção. 
O objetivo deste trabalho é analisar a influência da iluminação artificial 
nos ambientes de produção e, verificar a compatibilidade da fonte de luz artificial com a 
cor do ambiente a ser iluminado. Trata-se da busca da melhor solução técnica, 
propiciando ao homem as condições ambientais adequadas de luz e cor para a melhor 
execução de seu trabalho e, conseqüentemente, uma quantificação das prováveis 
reduções de custo de produção com a correta adequação luz e cor do ambiente. 
A melhor solução poderá ser atingida, utilizando elementos da realidade 
disponíveis na UFOP, bem como na maioria das empresas, tais como: equipamentos 
com grau de precisão suficiente para estas medições, materiais disponíveis no mercado 
e adequação da teoria de iluminação para que se possam realizar estas medições. 
 
 
 
Palavras-chave: Iluminação natural e artificial, luz e produtividade, custo da 
iluminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 xii 
ABSTRACT 
 
 
 
 
 
The ambient conditions of the different workstations still continue devoid 
in relation the certain aspects, particularly those that if relate with well-being of the 
worker and the preservation of its conditions of health, factors of great importance in 
the product quality and the amount of production. 
The objective of this work is to analyze the influence of the artificial 
illumination in production environments and, to verify the compatibility of the source of 
artificial light with the color of the environment to be illuminated. Technique is about 
the search of the best solution, propitiating to the man the ambient conditions adjusted 
of light and color for the best execution of its work and, consequently, a quantification 
of the probable reductions of cost of production with the correct adequacy light and 
color of the environment. 
The best solution could be reached, using available elements of the 
reality in the UFOP, as well as in the majority of the companies, such as: available 
equipment with degree of enough precision for these measurements, materials in the 
market and adequacyof the illumination theory so that if they can carry through these 
measurements. 
 
 
 
Keywords: Natural and artificial illumination, light and productivity, cost of the 
illumination. 
 
 
 1 
1- INTRODUÇÃO 
 
O ser humano diante dos seus inesgotáveis problemas e da impotência 
para resolvê-los sozinhos, tem buscado as soluções nas organizações especializadas em 
áreas específicas. Os interesses do indivíduo e os das organizações complementam-se, 
garantindo a permanência das boas organizações no mercado e a satisfação das 
constantes e renováveis necessidades do indivíduo. 
Fazer alguém realizar seu trabalho com o máximo de satisfação e de 
interesse gera resultados positivos e concretos sobre a produtividade. Movido por sua 
motivação, que nada mais é do que um fenômeno psicológico que varia de pessoa para 
pessoa em termos de causas, efeitos e manifestações. 
NETO (1980), ressalta que a visão representa, possivelmente, a mais 
importante fonte de contato do ser humano com o ambiente que o rodeia, e a principal 
forma de percepção das informações. 
As condições ambientais dos diferentes locais de trabalho ainda 
continuam carentes em relação a certos aspectos, particularmente aqueles que se 
relacionam com o bem-estar do trabalhador e a preservação das suas condições de 
saúde, fatores de grande importância na qualidade do produto e na quantidade da 
produção. 
Experiências já comprovaram que a produtividade aumenta à medida que 
melhoram as condições de iluminação do local. A qualidade dos produtos está, de igual 
forma, relacionada com a intensidade da luz. Uma das boas características da 
iluminação é garantir a correta quantidade de luz, sem, contudo provocar ofuscamento. 
Outro fator importante é o efeito psicológico que as cores causam às 
pessoas e da importância que ela exerce na produção e no bem estar dos funcionários. 
Segundo LACY (1996), a cor pode trans formar, animar e modificar 
totalmente um ambiente; todos nós reagimos à cor, e atualmente é possível levá- la a 
todas as áreas da vida pelo uso de materiais, tecidos e tintas. O mero entendimento da 
psicologia da cor e do seu significado mais profundo pode nos trazer paz, harmonia e 
alegria, e alterar enormemente a nossa vida. 
A sabedoria das cores foi transmitida através dos tempos, observada por 
muitos e sentida por outros. As descobertas nos levaram a compreender que o uso de 
uma ou várias cores no ambiente pode alterar a comunicação, as atitudes e a aparência 
 2 
das pessoas presentes; a cor pode acalmar, reduzir o stress e a violência ou aumentar a 
vitalidade e a energia. 
A não observação da compatibilidade das fontes de luz com a correta 
escolha da cor da pintura do ambiente a ser iluminado, pode levar a gastos 
desnecessários com a elevação do consumo de energia elétrica e isto pode interferir na 
produtividade do funcionário, bem como agregar custos desnecessários ao produto(s). 
 
 
1.1- ORIGEM DO TRABALHO 
 
O trabalho teve início na disciplina PRO 103 – Projeto em Engenharia de 
Produção I – do curso de Engenharia de Produção da UFOP. Nesta, foi proposto aos 
alunos que fizessem o projeto da monografia, que deverá ser concluída no final deste 
curso. A área escolhida foi a de Gerência da Produção. 
Nesta área - Gerência da Produção, ao examinar o conteúdo das diversas 
influências sobre o custo final do produto, despertou-nos o interesse em conhecer de 
forma mais detalhada, os princípios de inter-relação do sistema luz e cor, bem como, os 
benefícios gerados através da busca de melhores soluções técnicas. 
 
 
1.2- IMPORTÂNCIA DO TRABALHO 
 
O presente trabalho possui uma vinculação objetiva com os custos de 
produção, uma vez que se trata da busca da melhor solução técnica com uma 
quantificação das possíveis reduções de custos de produção, bem como, dos efeitos 
psicológicos que também interferem na produtividade do funcionário. 
 
 
 
1.3- OBJETIVOS 
 
Os objetivos deste trabalho são divididos em objetivos geral e 
específicos. 
 
 3 
1.3.1- OBJETIVO GERAL 
 
Investigar a influência da iluminação artificial nos ambientes de 
produção. 
 
 
1.3.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
§ Elaborar uma investigação científica, visando uma melhor 
compatibilidade da luz artificial com a cor do ambiente a ser 
iluminado; 
§ Fazer uma avaliação relativa, a partir dos parâmetros práticos e dos 
materiais usuais disponíveis no mercado, da compatibilidade das 
luzes e da cor do ambiente; 
§ Produzir uma tabela referencial para uma melhor escolha das fontes 
de luz e das cores dos ambientes a serem iluminados. 
 
 
1.4- LIMITAÇÕES DO TRABALHO 
 
O trabalho será desenvolvido utilizando elementos da realidade 
disponíveis na UFOP, bem como na maioria das empresas, tais como: equipamentos 
com grau de precisão suficiente para esta prática, materiais disponíveis no mercado e 
adaptação da teoria de iluminação para estas medições. Estes fatos produzem resultados 
relativos, porém confiáveis. 
 
 
1.5- ESTRUTURA DO TRABALHO 
 
Esta monografia é composta por cinco capítulos incluindo este 
(introdução), que faz uma abordagem geral do que será visto no decorrer desta 
investigação, bem como dos objetivos, geral e específico e, as limitações do trabalho. 
 4 
 O capítulo 2 apresenta o Marco teórico sobre o tema investigado 
buscando uma sustentação e ou, fundamentação teórica para esta investigação. 
O capítulo 3 apresenta a metodologia proposta, o desenvolvimento das 
atividades e, descreve como foram realizados o estudo e as medições práticas. 
No capítulo 4, “Análise dos Resultados dos Levantamentos”, apresenta as 
análises das medições práticas realizadas no capítulo 3, com o objetivo de produzir uma 
tabela de indicações para uma melhor escolha das fontes de luz e cor para os ambientes 
iluminados. Apresenta também, um modelo de cálculo de iluminação elétrica e, um 
exemplo de aplicação do cálculo de iluminação com sua respectiva análise econômica. 
O capítulo 5, “Conclusão e recomendações” - apresentam as principais 
conclusões a que se chegou, enfatizando o atendimento dos objetivos propostos no 
capítulo 1, bem como, as recomendações de novos estudos complementares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
2- ILUMINAÇÃO (LUZ, VISÃO E COR): CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 
Neste capítulo se fará a fundamentação teórica das variáveis e seus 
indicadores, que de certa maneira, se não forem observados, poderão interferir 
negativamente nas condições físicas e psicológicas do trabalhador, além de agregar 
custos desnecessários ao produto. 
 
 
2.1- ESTUDO DA LUZ 
 
Segundo a Norma NBR 5413, da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas, a luz é definida como uma potência radiante que, estimulando o olho humano, 
produz sensação visual. 
Para NETO (1980), luz é a designação que recebe a radiação 
eletromagnética que ao penetrar no olho humano, acarreta uma sensação de claridade. 
Esta luz é responsável pelo transporte de todas as informações visuais que recebemos. 
A luz se propaga em forma de vibrações transversais rapidíssimas eatravessam com maior ou menor facilidade, todas as substâncias chamadas 
transparentes. Devemos notar, porém que essa transparência é relativa: o vidro, por 
exemplo, é considerado transparente à luz. Esta, entretanto, não é capaz de atravessar 
um bloco de 20 metros de vidro. Já os metais são considerados opacos, ou não 
transparentes à luz, mas uma camada metálica bastante delgada deixa-se atravessar pela 
luz como acontece nas válvulas termoelétricas. 
A luz, como uma modalidade de energia, se reflete, é absorvida e se 
transmite. 
Reflexão: é o fenômeno que consiste na mudança de direção de um raio 
luminoso ao incidir em determinada superfície de separação de dois meios homogêneos, 
sendo desenvolvido para o meio originário. A reflexão da luz depende das condições da 
superfície refletora e do ângulo de incidência dos raios luminosos 
Refração: é o fenômeno segundo o qual a direção dos raios luminosos 
sofrem modificações ao passar de um meio para outro de densidade diferente. Tal 
fenômeno se dá em face do fato de que a velocidade da luz é tanto menor quanto maior 
for a densidade do meio que atravessa. 
 6 
Absorção: é o fenômeno que se dá quando uma parte do raio luminoso 
que incide sobre uma superfície é absorvido, em maior ou menor grau, dependendo das 
características do material de que é constituído cada corpo. A conseqüência mais 
importante desse fenômeno é a cor dos corpos. 
Transmissão: é uma característica dos corpos transparentes ou 
translúcidos, de deixar passar luz. 
Segundo NETO (1980), os três fenômenos, reflexão, absorção e 
transmissão estão intimamente interligados, segundo a relação: Fluxo luminoso total = 
fluxo luminoso refletido + fluxo luminoso absorvido + fluxo luminoso transmitido. 
Quando uma substância é homogênea a luz se propaga ao longo da massa 
segundo um eixo que pode ser considerado propagação em linha reta, e com uma 
velocidade constante. 
No ar atmosférico temos o “Espelhismo” e a “Miragem” onde o eixo dos 
raios luminosos se propagam segundo caminhos poligonais ou curvos. 
A velocidade da luz no vácuo é de aproximadamente 300.000 Km/s. É 
uma propagação praticamente instantânea. Até o momento, por desconhecimento de 
outras, é a máxima velocidade conhecida e “adotada” pelo homem. 
 
 
2.1.1- Coloração da Luz (Espectro Visível) 
 
Segundo ALVES (2001), existem luzes de diversas cores e essa 
variedade de coloração é conseqüência direta da freqüência de vibração da energia 
luminosa. 
Para a freqüência da luz que é aproximadamente 1015 Hertz, temos uma 
faixa de comprimento de ondas que é o espectro da luz visível, que vai de 380 a 760 
nm. 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
COR COMP.ONDA 
(nm) 
Ultravioleta 380 
Violeta 400 
Azul 450 
Verde 520 
Amarela 570 
Laranja 630 
Vermelho 700 
Infravermelho 760 
 TABELA 1- FAIXA DE COMPRIMENTO DE ONDAS 
 FONTE: ALVES (2001), P.5 
 
Estas cores têm a capacidade de se combinar em todas as proporções, 
produzindo tons cromáticos ou ma is variados. 
 
 
2.1.2- Radiações Ultravioleta 
 
As radiações ultravioletas possuem comprimentos de ondas situados 
entre 150 e 380nm e se divide em três grupos. 
 
DENOMINAÇÃO COMPRIMENTO 
DE ONDA 
OBTENÇÃO 
(UV-A) próximo 310 a 400 Luz Solar e Vapor Mercúrio Alta 
Pressão 
(UV-B) intermediário 280 a 310 Vapor de Mercúrio Alta Pressão 
Lâmpada vapor Mercúrio 
(UV-C) Remoto 200 a 300 Lâmpada Fluorescente Tubo Quartzo 
sem Fósforo 
TABELA 2- RADIAÇÕES ULTRAVIOLETAS 
 FONTE: ALVES (2001), P.5 
 8 
As principais características das radiações ultravioleta são: 
a) elevada ação química 
b) excitação da fluorescência de diversas substâncias 
c) efeito bactericida, etc. 
 
As principais utilizações das radiações ultravioleta conforme sua 
classificação são. 
 
CLASSIFICAÇÃO APLICAÇÕES OBSERVAÇÃO 
(UV-A) ultravioleta 
próximo 
Efeito sobre materiais fotográficos 
Identificação de substâncias pela 
fluorescência; 
Verificação de papel moeda; 
Cópias heliografias; 
Lâmpadas vapor de mercúrio; 
Luz Negra. 
Não afeta a vista. 
Utilização: 
Indústria; 
Bancos; 
Teatros, etc. 
 
(UV-B)Ultravioleta 
Intermediário ou 
radiação eritemática. 
Atuação sobre tecidos vivos; 
Pigmentação da pele; 
Produção de vitamina D. 
Utilizados para fins 
terapêuticos. 
(UV-C) ultravioleta 
remoto ou radiação 
germicida. 
Efeito germicida; 
Tratamento de águas; 
Lâmpadas fluorescentes; 
Produção de ozona. 
Prejudicial à vista 
humana. 
TABELA 3- PRINCIPAIS APLICAÇÕES DAS RADIAÇÕES ULTRAVIOLETAS 
 FONTE: ALVES (2001), P.6 
 
 
2.1.3- Radiações Infravermelho 
 
As radiações infravermelhas possuem comprimentos de onda situados 
entre 760 e 10.000 nm, não são vistas pelo olho humano e caracterizam-se pelo seu forte 
poder calorífico. 
 9 
Essas radiações são produzidas pela luz solar ou artificialmente por 
resistores aquecidos e lâmpadas incandescentes especiais. (infravermelho) 
As lâmpadas infravermelhas trabalham com seu filamento a uma 
temperatura mais reduzida. Já nas lâmpadas incandescentes comuns, aproximadamente 
70% da energia elétrica consumida é transformada em calor na forma de infravermelho 
e 30% em energia radiante de comprimento de onda visível. 
A seguir algumas aplicações do infravermelho: 
§ aquecimento de ambientes 
§ preparo de alimentos 
§ secagem de tintas 
§ secagem de arroz, trigo, café, etc. 
§ tratamento de luxações 
§ fotografia com filmes sensíveis ao infravermelho 
§ sistemas sensíveis ao infravermelho emitido pelos motores, a 
reação que orienta os foguetes terra-ar e ar-ar, etc. 
 
 
2.1.4- Unidades de Medida da Luz 
 
Segundo NETO (1980), a constatação, a medição e a comparação de 
valores das fontes de luz, levam em consideração a sensibilidade espectral do olho 
humano, isto é, o que dá as diferentes sensibilidades para as diversas radiações do 
espectro visível. 
 
 
2.1.4.1- Intensidade Luminosa (I) 
 
De acordo com NETO (1980), intensidade luminosa é o valor da energia 
radiante emitida por uma fonte de luz puntiforme em uma determinada direção, 
expressa em candela (cd). 
CANDELA é 1/600.000 da intensidade luminosa emitida por um metro 
quadrado da superfície do corpo negro, quando à temperatura de solicitação da platina 
 10 
(1770 ºC) - intensidade esta considerada perpendicular àquela superfície. O nome 
candela substitui os antigos nomes “Vela internacional” e vela nova. 
 
 
 
 FIGURA 1- INTENSIDADE LUMINOSA 
 FONTE: OSRAM (2003), P.3 
 
 
2.1.4.2- Fluxo Luminoso (F ) 
 
Segundo ALVES (2001), fluxo luminoso é a quantidade de energia, 
“Potência de Radiação” radiante emitida por uma fonte luminosa e avaliado pelo olho 
humano. É medido pelas sensações luminosas capazes de produzir menores ou maiores 
estímulos da retina ocular. 
A unidade de fluxo luminoso é o Lúmem (lm). A designação lúmem 
provém do fato do olho humano ter sensibilidade diferente para os diversos 
comprimentos de onda. 
Definição de Lúmem (lm): é o fluxo luminosoemitido igualmente em 
todas as direções por um foco puntiforme, com intensidade de uma CANDELA, e 
avaliado segundo um ângulo sólido de um esferoradiano. 
 
 
 11 
 
 FIGURA 2- FLUXO LUMINOSO 
 FONTE: OSRAM (2003), P.3 
 
 
2.1.4.2- Iluminância ou Iluminamento (E) 
 
Segundo NETO (1980), iluminamento é a densidade de fluxo luminoso 
sobre uma superfície. Na “Técnica de Iluminação”, esta superfície é, na maioria dos 
casos, um plano horizontal situado a um metro acima do piso e a ele dá-se o nome de 
“Plano de Trabalho” ou Plano útil. 
A unidade de iluminamento é o LUX ( lx ). Lux é o iluminamento na 
perpendicular, produzido pela incidência de um lúmem por metro quadrado de 
superfície plana. 
 
 
 
 FIGURA 3 – ILUMINÂNCIA (ILUMINAMENTO) 
 FONTE: OSRAM (2003), P.4. 
 
 12 
2.1.4.3- LUMINÂNCIA (B) 
 
Conforme NETO (1980), luminância corresponde ao brilho de uma 
superfície que emite ou reflete uma intensidade luminosa de uma candela por metro 
quadrado. Como o raio luminoso é invisível, a menos que seja interceptado por um 
meio material, o objetivo da luz é produzir brilho. Portanto, o olho vê brilho e não 
iluminação. Por essa razão torna-se necessário associar a noção de iluminação com a de 
brilho, o qual depende, exclusivamente, do fator de reflexão da região do objeto vista 
pelo olho na direção de observação. Se colocarmos uma superfície a certa distância da 
fonte de luz, a intensidade de iluminação será a mesma, quer seja a superfície um papel 
branco, um quadro-negro ou um tecido colorido. Contudo, essas diferentes superfícies 
deverão aparecer com brilhos distintos em função da sua natureza, da rugosidade da 
superfície, da sua forma e tamanho, bem como da posição do observador em relação à 
fonte de luz. Todos os objetos visíveis possuem brilho, que normalmente é 
independente da distância de observação. 
No sentido subjetivo, o brilho se traduz na luminosidade, a qual depende 
da sensação ocasionada pelas condições de adaptação do olho no instante da 
observação. 
Luminância é expressa em candela por metro quadrado. 
 
 13 
 
 FIGURA 4 – LUMINÂNCIA 
 FONTE: OSRAM (2003), P.4. 
 
 
2.2- ESTUDO DA VISÃO 
 
 Segundo NETO (1980), a visão representa, possivelmente, a mais 
importante fonte de contato do ser humano com o ambiente que o rodeia, e a principal 
forma de percepção das informações. Embora o homem lhe dê grande importância, nem 
sempre lhe dedica a devida atenção, particularmente quando se trata de oferecer meios 
adequados para o bom desempenho da tarefa visual. 
As condições ambientais dos diferentes locais de trabalho ainda 
continuam carentes em relação a certos aspectos, particularmente aqueles que se 
relacionam como bem-estar do trabalhador e a preservação das suas condições de saúde, 
fatores de grande importância na qualidade do produto e na quantidade de produção. 
Para que um sistema de iluminação cumpra o objetivo para o qual se 
destina, é necessário ter em conta sua adequação segundo dois fatores fundamentais: 
 14 
a. A fonte de luz, isto é, o manancial de energia radiante cujos 
comprimentos de onda abranjam a faixa de 3800 a 7600 Å; 
b. O órgão que capta e interpreta as radiações emitidas pela fonte. 
O olho é o órgão através do qual se torna possível perceber as sensações 
de luz e cor e interpretar, por meio da imagem, o mundo que nos cerca. Nas espécies 
inferiores, o olho é apenas um agrupamento de células pigmentadas que permitem 
distinguir entre a claridade e a escuridão. Nas formas mais adiantadas da espécie 
animal, o olho é composto de lentes e diafragmas para a focalização e a limitação de 
feixes de luz, além de um sistema de células sensíveis às radiações luminosas, que 
possibilitam a percepção das imagens. 
No olho, a sensação visual ocasionada pelos estímulos luminosos gera 
impulsos que são transmitidos, através do nervo ótico, até o cérebro, onde se processa a 
interpretação das diferentes intensidades de luz, permitindo distinguir formas, tamanho 
e posição dos objetos por meio da percepção visual. 
Toda iluminação é feita com o objetivo de produzir um reflexo que 
transporte para o olho humano as informações do meio externo, para que o nosso 
cérebro possa analisá- las e interpretá-las, permitindo distinguir cor, forma, tamanho e 
posição dos objetos por meio de percepção visual. 
 
 
2.2.1- Sensibilidade Visual 
 
ALVES (2001) ressalta que, o processo fotobiológico da visão é tal que, 
os raios luminosos, refletidos ou emitidos pelos corpos, passando através do sistema 
ótico, formado essencialmente pela córnea e pelo corpo vítreo, vão incidir sobre a retina 
do globo ocular, onde uma multidão de pequenos corpos (cones e bastonetes) nervosos, 
excitados por esses raios vão comunicar suas impressões ao cérebro por meio do nervo 
ótico. 
Compreende-se pois que conforme a retina seja mais ou menos 
influenciada pela luz, veremos as coisas mais ou menos claras ou luminosas. Em outras 
palavras: da “resposta” da retina às excitações luminosas decorre, para cada indivíduo, 
uma sensibilidade maior ou menor. 
 15 
A esta “resposta” estão condicionados diversos efeitos ou manifestações 
do sistema ocular humano, sendo os principais, ou ainda, os que mais interessam às 
condições de iluminação, porque são influenciados por ela, os seguintes: 
 
a- acuidade visual 
b- sensibilidade de percepção 
c- eficiência visual 
 
OBS: Os cones são células receptoras da retina, cuja função é 
possibilitar a discriminação ou detalhes finos e principalmente a percepção das cores. 
Possui pequena sensibilidade para baixos níveis de iluminamento.(Visão Diurna ou 
Fotópica). 
Os bastonetes, contrariamente aos cones, são sensíveis aos baixos níveis 
de iluminamento e não percebem as cores. São muito sensíveis aos movimentos e 
variações luminosas (visão noturna ou escotópica). 
 
 
a- Acuidade Visual 
 
Acuidade visual é a capacidade de distinguir detalhes nos objetos 
visualizados, com maior ou menor facilidade e rapidez. Depende fundamentalmente dos 
índices de iluminamento, não levando em conta a reprodução de cores. 
 
 
b- Sensibilidade de Percepção 
 
Sensibilidade de percepção é a sensibilidade do olho em perceber os 
contrastes entre partes claras ou escuras, tanto de objetos isolados, como de ambientes 
em que estes se encontram. 
 
 
 
 
 16 
c- Eficiência Visual (Luminosidade espectral relativa) 
 
A eficiência visual, sensibilidade relativa ou luminosidade espectral 
relativa, que está representada pelas curvas abaixo é o comportamento do olho humano 
no discernimento das cores do espectro solar. 
 
Tipos básicos de visão: 
CURVA DIURNA: Visão Normal dos objetos iluminados pela luz do dia 
(Visão Diurna ou Fotópica), cuja eficiência máxima é para o comprimentode onda de 
555 nm - Amarelo esverdeada. Visão de responsabilidade direta dos CONES. 
 
CURVA NOTURNA: Visão Noturna ou Escotópica que possui a 
eficiência máxima para o comprimento de onda de 505 nm, que corresponde à cor 
verde, ambientes sombrios ou à noite, sendo os Bastonetes os principais responsáveis 
por esta percepção. 
 
 
 
 FIGURA 5- CURVA DE EFICIÊNCIA VISUAL 
 FONTE: OSRAM (2003), P.2 
 
 
A curva de sensibilidade foi elaborada em função da visão FOTÓPICA 
que é de responsabilidade dos CONES, e foi montada para as sensações visuais da vista 
em níveis normais de iluminamento diurno. 
 17 
Quando o iluminamento fica muito baixo, os Cones cessam seu 
funcionamento e os Bastonetes se ocupam de todo o processo visual. É a chamada 
Visão Escotópica. A transição da visão fotópica para escotópica é denominada Efeito 
Purkinje. Este efeito pode ser percebido todos os dias no amanhecer e entardecer, horas 
em que nossa sensibilidade visual está a níveis baixíssimos. 
 
 
2.2.2- Temperatura de cor (Tc) 
 
Segundo ALVES (2001), temperatura de cor é uma avaliação da cor das 
fontes luminosas, adotada pelos fabricantes de lâmpadas. 
Evidentemente temperatura de cor não se mede com termômetro: ela 
simplesmente define a cor da luz. Existe, entretanto uma correlação entre a temperatura 
e a cor. Por exemplo, quando vamos cedendo energia calorífica a uma peça de ferro, 
chega-se à temperatura em que a mesma começa a emitir uma luz vermelha escuro, à 
medida que aumentamos a temperatura, a peça ao aquecer passa por uma gama de cores. 
A todo aumento de temperatura corresponde um aumento na emissão de energia 
radiante visível que tem como limite o laranja incandescente. 
Para estabelecer uma relação mais exata entre temperatura e a cor, 
decidiu-se tomar como amostra ideal às radiações emitidas pelo corpo negro. 
CORPO NEGRO ou radiador perfeito é representado pelo corpo capaz de 
absorver toda radiação sobre ele incidente. As fontes padrões são construídas de Torita, 
cujas paredes da cavidade são enegrecidas com fuligem e cuja abertura de 1 cm² deixam 
sair as radiações quando o mesmo é aquecido. 
Ao aquecermos o corpo negro de maneira uniforme, à temperaturas mais 
altas, verificamos ao observar a cavidade, que dela sai uma luz cada vez mais branca e 
mais intensa que é proporcional à esta temperatura. 
Portanto, para cada temperatura do corpo negro temos uma radiação com 
temperatura de cor idêntica à temperatura de aquecimento do mesmo. É com estas 
radiações do corpo negro que nós comparamos as fontes de luz, objeto de teste. 
Apenas para efeito de comparação apresentamos na figura abaixo os 
valores indicativos de magnitude relativa a algumas fontes de luz. 
 18 
A temperatura de cor interessa especialmente no caso das lâmpadas 
fluorescentes, cuja luz é o resultado da conversão da radiação ultravioleta em luz visível 
por meio de pós fluorescentes. Pode-se dar a essa luz a Temperatura de Cor que se 
deseja, pela utilização conveniente de diferentes pós fluorescentes. 
ALVES (2001) ressalta que, para a classificação da luz artificial, 
emprega-se o critério de “aceitação” natural pelos olhos de dois tipos de fontes de luz: a 
dos irradiadores térmicas (fogo, velas, lâmpadas incandescentes) e a luz do sol (natural). 
Uma iluminação Artificial boa é aquela que se aproxima da iluminação 
natural. 
Quanto mais alta a temperatura de cor do filamento de uma lâmpada 
incandescente, mais branca ou mais fria será a sensação visual da luz emitida. Quanto 
mais baixa a temperatura de cor mais quente será a impressão que temos do ambiente. 
 
 
 TC SENSAÇÃO VISUAL ENERGIA RADIANTE 
EMITIDA 
Baixa Quente Baixa 
Média Morno Média 
Alta Frio Alta 
TABELA 4 – EFEITOS PSICOLÓGICOS DA TEMPERATURA DE COR 
 FONTE: ALVES (2001), P.13. 
 
 
2.2.3- Índice de Rendimento Cromático - IRC 
 
Conforme ALVES (2001), um material qualquer seja líquido, sólido ou 
gasoso, tem a cor da luz que ele reflete com maior intensidade. 
Um objeto é dito vermelho quando ao receber luz “Branca”, absorve os 
raios luminosos de todas as cores exceto os raios vermelhos que são repelidos na 
reflexão; logo, a cor vermelha é a única que, a rigor, o objeto não tem em si. Por mais 
paradoxal que pareça podemos afirmar que um objeto dito de cor vermelha, possui todas 
as cores, menos a que o denomina como tal. 
Vale afirmar então que “cor nada mais é do que um reflexo”. 
 19 
No caso do projetista de iluminação esta observação deve ser bem 
ponderada porque ele vai projetar instalações cuja finalidade é permitir não só a 
visibilidade das coisas, mas também suas cores e matizes. 
O rendimento de uma fonte artificial de luz depende, por conseguinte, do 
fato dela emitir todas as cores do espectro. Se faltar uma cor qualquer, esta não será 
refletida. 
As propriedades de uma lâmpada, para efeito de rendimento de cores, são 
avaliadas por meio do Índice de Rendimento Cromático (IRC). 
Este fator é determinado por comparação da luz irradiada pela lâmpada 
que está sendo examinada com luz de uma fonte padrão que possua a mesma 
temperatura de cor. 
 
 
2.3- ESTUDO DA COR 
 
LACY (1996), a cor pode transformar, animar e modificar totalmente um 
ambiente; todos nós reagimos à cor, e atualmente é possível levá- la a todas as áreas da 
vida pelo uso de materiais, tecidos e tintas. O mero entendimento da psicologia da cor e 
do seu significado mais profundo pode nos trazer paz, harmonia e alegria, e alterar 
enormemente a nossa vida. 
Até pouco tempo considerava-se que a cor servia apenas como um 
elemento decorativo. Atualmente, sabe-se que a boa iluminação de um local de trabalho 
deve levar em conta a cor a ser empregada nas paredes, piso e teto. Por outro lado, com 
o uso adequado das cores torna-se possível criar melhores condições psicológicas para o 
trabalhador. 
Estudos e experiências de numerosos especialistas demonstram que a cor 
tem influência sobre a saúde, o bom humor e o rendimento das tarefas, propiciando a 
obtenção de: 
§ Reações psicológicas positivas; 
§ Aumento da produtividade; 
§ Melhoria no padrão de qualidade; 
§ Menor fadiga visual; 
§ Redução do índice de acidentes. 
 20 
Segundo NETO (1980), a cor é a propriedade que possuem os corpos de, 
quando iluminados, aparecem aos nossos olhos com diferentes tonalidades. Essa 
propriedade não é fixa, nem permanente, dependendo da composição espectral da luz 
que o ilumina. 
Conceito físico: A cor é uma parte do espectro eletromagnético que, ao 
estimular o olho humano, permite distinguir diferenças na qualidade da sensação visual 
provocada pela luz. 
Como fenômeno físico, a cor é mensurável em relação a uma unidade. 
Conceito subjetivo: Dentro de um conceito subjetivo, a cor é a resposta a 
um estímulo luminoso captado pelo órgão da visão e transmitido ao cérebro, onde é 
interpretado. Dessa forma, a cor é uma sensação que depende de diversos fatores, tais 
como: posição que ocupa dentro de um conjunto de cores, iluminação que recebe, 
composição com outras cores, etc. 
Como entidade subjetiva, a cor não pode ser especificada como rigor das 
leis científicas, razãopela qual só se torna possível definí- la por um sistema de 
comparações. 
Quando duas ou mais cores são superpostas, cria-se uma outra cor 
diferente das que deram origem. Segundo o conceito físico, as três cores que por esse 
processo permitem a obtenção de todas as demais, são: o vermelho, o verde e o azul, 
que por isso são chamadas cores fundamentais. 
O fato se dá em virtude do somatório dos comprimentos de ondas das 
cores que se superpõem. Quando se somam os comprimentos de ondas das três cores 
fundamentais, o resultado será o branco. 
 
 
2.3.1- Efeitos da Luz Sobre a Cor 
 
 NETO (1980) ressalta que, sendo a cor dos corpos uma característica 
física que os mesmos possuem de refletir certos comprimentos de ondas, absorvendo os 
demais, a maior fidelidade cromática será obtida quando o objeto for iluminado com luz 
branca, cujo espectro continuo abrange toda a gama de ondas da faixa visível. 
 No caso de o objeto ser iluminado com luz colorida, cujo espectro seja 
descontinuo, haverá ausência de certos comprimentos de ondas, resultando que a 
 21 
reflexão seletiva será distorcida, falseando a cor real do objeto. Na tabela 5 abaixo são 
apresentados os efeitos da luz colorida sobre a aparência da cor dos objetos, onde deve-
se prestar atenção para esse efeito a fim de evitar interpretações erradas das cores, 
principalmente nas sinalizações dos locais de trabalho. 
 
 
COR DA LUZ COR DO 
OBJETO Amarelo Vermelho Azul Verde 
Amarelo Amarelo 
brilhante 
Laranja 
avermelhado 
Marrom claro Amarelo limão 
Vermelho Laranja 
brilhante 
Vermelho 
brilhante 
Vermelho 
azulado 
Vermelho 
amarelado 
Azul Púrpura claro Púrpura escuro Azul brilhante Azul verdoso 
Verde Verde 
amarelado 
Verde oliva Azul verdoso Verde brilhante 
TABELA 5- EFEITOS DA LUZ SOBRE A COR 
 FONTE: NETO (1980), P. 107. 
 
 
2.3.2- O Efeito da Cor Sobre as Pessoas 
 
Segundo NETO (1980), dependendo de uma série de condicionantes, tais 
como: a idade, o sexo, o nível social e cultural, alem de outras, as pessoas reagem de 
maneiras diferentes com relação as cores. No entanto, existem certos efeitos que podem 
ser considerados genéricos, diante dos quais o comportamento do ser humano apresenta 
reações que podem ser previamente determinadas. Essas reações podem se dar em 
maior ou menor grau, dependendo da disposição interior do individuo. 
As observações realizadas por inúmeros psicólogos, com relação aos 
efeitos que as cores produzem nas pessoas, tornaram possível a determinação das causas 
dessas reações emocionais. Assim, as cores podem criar sentimentos de atração ou 
repulsão; de agressividade ou passividade; de tensão ou de calma, dependendo do que 
possa ser associado a cada uma delas e que determinará sua característica. O vermelho e 
o amarelo lembram o fogo, a chama e a luz do sol. O verde e o azul estão associados à 
 22 
frescura da relva, da folhagem e das águas profundas. O violeta e a púrpura são as cores 
das sombras e de suas proximidades. 
Da mesma forma, elas podem originar sensações de frio ou calor; de 
aproximação ou afastamento, e até mesmo de peso. 
Conforme o que estabeleceu o psicólogo Wund, as cores podem ser 
classificadas em dois grupos, em função das reações sensitivas que provocam nas 
pessoas. No primeiro grupo aparecem o vermelho, o amarelo e o laranja. O segundo 
grupo é formado pelo azul, o verde e suas cores adjacentes. 
As cores pertencentes ao primeiro grupo são as cores quentes, enquanto 
que as do segundo são consideradas cores frias. As cores quentes são psicologicamente 
dinâmicas e estimulantes, sugerindo vitalidade, excitação e movimento. As cores frias 
são calmantes, suaves e estáticas, dando a sensação de frescor, descanso e paz. 
Com o uso adequado das cores torna-se possível obter certos efeitos de 
alteração dos espaços que as contêm. As cores quentes aproximam e parecem aumentar 
os objetos, porque, para enfocá- los, o cristalino do olho precisa acomodar-se da mesma 
maneira que quando enfoca os objetos mais próximos. As cores frias parecem 
distanciar-se e reduzem as dimensões aparentes dos objetos. Se forem colocados dois 
objetos iguais a uma distância de seis metros, um pintado de vermelho e outro de azul, o 
objeto vermelho parecerá mais próximo cerca de trinta centímetros. As cores escuras 
criam a sensação de aproximação, enquanto que as claras dão a impressão de maior 
amplitude. 
 
 
2.3.3- Reflexão Luminosa das Cores 
 
GRANDJEAN (1998) ressalta que, para a dinâmica de cores do ambiente 
de trabalho, o grau de reflexão das cores tem importância. Na tabela 6 abaixo estão 
relacionados alguns graus referenciais de reflexão das cores. 
 
 
 
 
 
 23 
COR E MATERIAIS REFLEXAO EM % 
Branco 100 
Alumínio, papel branco 80-85 
Marfim, amarelo limão forte 70-75 
Amarelo forte, ocre claro, verde claro, azul pastel, rosa claro, 
tons creme 
60-65 
Verde limão, cinza claro, rosa, laranja forte, cinza azulado 50-55 
Caliça, madeira clara,azul celeste 40-45 
Madeira de carvalho clara, concreto seco 30-35 
Vermelho forte, verde grama, madeira, verde oliva, marrom 20-25 
Azul escuro, vermelho púrpura, castanho, cinza ardósia, 
marrom escuro 
10-15 
Preto 0 
TABELA 6 – GRAUS DE REFLEXÃO EM PERCENTUAL DO FLUXO LUMINOSO 
INCIDENTE 
 FONTE: GRANDJEAN (1998), P. 311. 
 
 As cores no ambiente de trabalho têm as seguintes funções: 
§ princípios de ordenação, auxílio de orientação; 
§ símbolos de segurança; 
§ contraste de cores para facilitar o trabalho; 
§ efeitos psicológicos das cores. 
 
Segundo GRANDJEAN (1998), em instalações industriais grandes e 
pouco visíveis superficialmente, ou na existência de muitas canalizações, o uso de cores 
diferentes pode materializar um princípio de organização, através do qual a orientação 
para o serviço fica facilitada. 
 
 
2.3.5- Cores de Contraste para Grandes Superfícies 
 
 De acordo com GRANDJEAN (1998), para a obtenção de contrastes de 
cores é preciso distinguir entre coloração de grandes superfícies (paredes, moveis, etc) e 
pequenas superfícies (atrativos visuais para botões, comandos, alavancas, etc). 
 24 
 Em superfícies grandes deveriam ser selecionadas cores que tenham um 
grau de reflexão semelhante. Através disso podem ser obtidos bons contrastes visuais, 
sem grandes diferenças de luminâncias. A prevenção de contrastes de luminâncias em 
grandes superfícies é uma das mais importantes premissas para a garantia de uma 
acuidade visual sem perturbações. Em grandes superfícies ou grandes objetos, além 
disso, não devem ser usadas cores luminosas (cores puras) ou tinta fluorescentes, já que 
estas superfícies coloridas impressionam muito a retina, originando a formação de 
“fantasmas”. Paredes, elementos da sala, superfícies de mesas, etc., por isso devem ser 
pintadas com cores foscas, isto é, com bastante mistura de branco. 
 A orientação e a compreensão visual do material de trabalho são obtidas 
com um bom contraste entre o material de trabalho e vizinhança imediata. Esta condição 
deve ser considerada quando da concepção de cores do local de trabalho. Também o 
contraste entre o material e a superfície de trabalho deve ser sem brilhos excessivos. 
Com um produto comomadeira, couro ou materiais semelhantes, de cor ocre a marrom 
é, por exemplo, interessante uma superfície verde fosco, verde água claro ou azul fosco. 
Aço e outros metais de cor cinza azulada deveriam ter uma vizinhança imediata de um 
corpo de máquina ou de uma mesa de trabalho deve ser pintada de cores neutras e 
calmantes, do verde claro ao azul pastel. 
 
 
2.3.6- Efeitos Psicológicos das Cores 
 
 Segundo GRANDJEAN (1998), por efeitos psicológicos das cores 
compreendemos a ilusões dos sentidos e os efeitos psíquicos que podem emanar das 
cores. 
 Os efeitos psíquicos são em parte associações inconscientes com algo já 
vivido ou visto, e, por outra parte, podem repousar também sobre características 
hereditárias e disposições psíquicas. Elas influenciam a disposição psíquica e assim 
todo o comportamento da pessoa. Os efeitos psíquicos das cores são fenômenos 
experienciados na arte. A pintura moderna abstrata esta empenhada em atingir com 
cores e formas estes efeitos; estas cores puras e efeitos de formas disparam no iniciado 
emoções pelo menos tão fortes quanto os quadros figurativos. 
 25 
 Efeitos psíquicos, no sentido de sentimentos, a favor ou contra, podem 
ser atingidos, também, pelo uso de cores das salas. Como as salas na regra geral, têm 
várias funções, a coloração não deve ser concebida só por características estéticas; 
muito mais as exigências psicológicas e psíquicas na coloração devem ser respeitadas. 
No campo destas exigências, a configuração estética ainda possui um grande campo de 
manobras. 
 
 
2.3.7- Ilusões dos Sentidos 
 
 Conforme GRANDJEAN (1998), algumas cores tem um efeito 
psicológico especial, com intensidades diferentes, mas quase sempre mais ou menos do 
mesmo tipo. As mais importantes são as ilusões de distâncias, as ilusões de temperatura 
e os efeitos sobre a disposição psíquica geral. 
 
COR EFEITO DE 
DISTÂNCIA 
EFEITO DE 
TEMPERATURA 
DISPOSICÃO PSIQUICA 
Azul Distância Frio Tranqüilizante 
Verde Distância Frio a neutro Muito tranqüilizante 
Vermelho Próximo Quente Muito irritante e 
tranqüilizante 
Laranja Muito próximo Muito quente Estimulante 
Amarelo Próximo Muito quente Estimulante 
Marrom Muito próximo 
Contenção 
Neutro Estimulante 
Violeta Muito próximo Muito próximo Agressivo, intranquilizante, 
desestimulante 
TABELA 7- EFEITOS PSICOLÓGICOS DAS CORES 
 FONTE: GRANDJEAN (1998), P. 313. 
 
 De maneira muito genérica, podemos dizer que cores escuras são 
abafantes, sufocantes e desestimulantes; além disso dificultam a limpeza e absorvem a 
 26 
luz. Todas as cores claras parecem ser leves, amistosas e estimulantes; elas difundem 
mais luz, clareiam o ambiente e obrigam a uma limpeza maior. 
 
 
2.3.8- A Cor no Ambiente de Trabalho 
 
 Segundo NETO (1980), o uso adequado da cor no ambiente de trabalho é 
um fator muito importante, podendo representar um auxiliar eficiente na promoção da 
saúde, segurança e bem-estar daqueles que trabalham. Além do efeito psicológico 
benéfico das boas condições ambientais, há um menor risco de fadiga visual e trabalhos 
falhos, bem como um aumento na eficiência da produção. 
 É importante salientar que o emprego da cor não irá incitar os homens a 
trabalharem mais, com maior precisão, apenas por sua influência. Trata-se de criar no 
ambiente um clima agradável para a realização do trabalho, evitando problemas visuais 
do operário e dando condições para que sua atenção esteja mais concentrada na tarefa 
do que desviada dela. 
 O esquema de cores para aplicação em fábricas e escritórios deve ser 
simples, com tons suaves. Esquemas elaborados com cores vivas podem parecer, a 
princípio, atrativos, mas se tornam cansativos para quem tem que trabalhar o dia todo 
no ambiente. Acabamentos discretos recebem melhor aceitação. Porém, um esquema 
mais elaborado pode tornar-se adequado para áreas não propriamente de trabalho, como 
halls de entrada, salas de esperas, etc. 
Antes que abordemos a coloração de uma sala, precisamos definir a 
função desta sala e analisar cuidadosamente seu ocupante. Apos isso, é possível adaptar 
a configuração das cores da sala segundo as características fisiológicas e psicológicas. 
 Segundo GRANDJEAN (1998), o local de trabalho deve ser concebido 
de acordo com os princípios acima. Deve ser considerado se o trabalho é monótono ou 
se tem grandes exigências à concentração. Em trabalhos monótonos, o uso de alguns 
elementos coloridos estimulantes é recomendado. Mas isto não significa grandes 
superfícies (paredes, tetos e outros) com uma cor estimulante, mas só alguns elementos 
da sala (uma coluna, uma porta, uma superfície de separação entre dois ambientes). 
 Se a sala de trabalho é muito grande, então pode ser subdividida através 
de elementos de cores especiais; desta forma, evita-se o anonimato das salas de fábricas. 
 27 
 NETO (1980) ressalta que, embora a escolha adequada do esquema 
cromático para determinado local de trabalho dependa de vários fatores, tais como: tipo 
de trabalho, espaço, iluminação, etc., é importante levar em consideração alguns pontos 
que poderão conduzir a um resultado melhor do que aquele que seria obtido no caso de 
esses aspectos serem deixados de lado. 
 Tetos e forros: os tetos devem ser pintados com cores claras, que se 
aproximem do branco, porque a luz difusa refletida é espalhada uniformemente pelo 
interior, dissipando as sombras e reduzindo as possibilidades de ofuscamento pelo 
brilho de reflexões dirigidas. O uso de cores que se aproximam do branco permite que a 
claridade da luz do dia penetre profundamente no interior do recinto, reduzindo 
consideravelmente a necessidade de luz artificial. 
 Paredes e colunas: as paredes determinam, no que se refere à cor, a 
atmosfera geral do ambiente, uma vez que são elas que formam o fundo sobre o qual se 
destaca tudo que existe quando se desvia de trabalho que estava focalizando. Uma 
diferença acentuada entre a cor da bancada de trabalho e das paredes gera uma 
necessidade de esforço da vista para adaptação à nova cor. Se esse esforço for feito 
varias vezes no dia, o resultado será o cansaço visual. Por esta razão, a cor a ser aplicada 
nas paredes deve ter o mesmo tom daquela que o trabalhador vê quando está 
concentrado em seu trabalho. Nas fábricas onde as máquinas são pintadas de verde 
floresta, uma boa cor para as paredes seria um verde claro, com um índice de reflexão 
de 60 a75 por cento da luz que sobre ele incidir. Quando a parede for muito iluminada, 
um índice de reflexão de 50 por cento torna-se preferível. No caso de se desejar 
melhorar o nível de iluminação, aplicando-se o branco na parte superior das paredes 
altas, deve ser tomado o cuidado de pintar uma barra que vai do piso até um pouco 
acima do nível dos olhos, pois as superfícies brancas são propensas ao ofuscamento. A 
cor da barra deve ser escolhida dentro do mesmo critério anteriormente citado, de modo 
que o reflexo não exceda 75 por cento. 
 Com relação às colunas, podem ser pintadas na mesma cor que as 
paredes, quando o que se deseja é dar impressão de amplitude ao local. Quando o que se 
pretende é dividir o local em várias seções, a cor das colunas podem ser diferentes da 
cor das paredes. 
 Piso: o piso também intervem na luminosidade do local, sendo 
aconselhável que sua cor seja um pouco mais escura do que as cores do teto e paredes.28 
Torna-se interessante observar como a natureza nos fornece um ótimo exemplo para 
encontrar equilíbrio entre as zonas de luz e sombra de um aposento. É ele o uso das 
cores escuras para o chão, isto é, a terra, valores médios para elevações, que 
correspondem às paredes, e finalmente a cor luminosa do firmamento, que corresponde 
ao teto. 
 Superfícies de trabalho: as mesas e bancadas de trabalho devem ter um 
acabamento sem brilho para evitar os problemas de ofuscamento, que podem surgir em 
virtude dos reflexos da luz que incide sobre a superfície. A cor deve estar cond icionada 
pela cor dos materiais com que se trabalha e das ferramentas, de modo a se evitarem 
grandes contrastes que possam causar a fadiga visual. O tom deve corresponder ao tom 
claro das paredes. O índice de reflexão deverá estar entre 20 e 40 por cento. 
 Máquinas: o corpo das máquinas deve ser pintado numa cor que não 
perturbe a atenção do trabalhador para a tarefa que deve executar. Essa cor deve ser 
diferente da cor geral do local, bem como do material da produção. Para isso, pode ser 
usado um tom cinza ou verde floresta, dando-se preferência ao segundo. O cinza, 
embora seja uma cor neutra, tem efeito depressivo em virtude de seu aspecto monótono. 
Um detalhe importante é o de salientar certas partes da máquina. As partes críticas ou de 
movimento deverão ter uma cor que as destaque, em forte contraste com o restante do 
corpo da máquina. 
Segundo GRANDJEAN (1998), se a atividade da sala exige uma grande 
concentração, deve-se fazer a coloração da sala mais discreta, para evitar distrações e 
cores intranquilizantes. Neste caso, as paredes, teto e outros elementos da construção 
devem ser pintados de cores claras, em tons poucos definidos, criando uma atmosfera 
agradável e amistosa. 
 Paredes e tetos amarelos, vermelhos ou azuis têm o efeito inicial muito 
estimulante; mas com o tempo tornam-se uma sobrecarga desnecessária para os olhos. 
Por isso, muitas vezes estas salas enjoam as pessoas. Estas cores intensas podem ser 
usadas sem desvantagens em salas que são usadas por pouco tempo, como por exemplo, 
entradas, corredores, banheiros ou depósitos. 
 
 
 
 
 29 
2.3.9- A Cor na Sinalização 
 
 NETO (1980) ressalta que, além de ser um elemento imprescindível na 
composição de um ambiente, a cor é também um auxiliar valioso para a obtenção de 
uma boa sinalização. Seja delimitando áreas, fornecendo indicações ou advertindo 
condições inseguras, a sinalização cromática encontra largo emprego nos locais de 
trabalho. 
 O uso da cor na sinalização permite uma reação automática do 
observador, evitando que a pessoa tenha que se deter diante do sinal, ler, analisar, e só 
então atuar de acordo com a sua finalidade. Para isso, torna-se necessário que haja uma 
uniformidade na aplicação das cores, de modo que seu significado seja sempre o mesmo 
e que permite uma identificação imediata. 
Segundo GRANDJEAN (1998), se usarmos uma única cor para 
identificar um perigo, pode-se condicionar uma reação de proteção automática em uma 
pessoa. Por isso, vem sendo usadas determinadas cores hoje em dia para identificar e 
sinalizar determinados perigos. 
§ Sobre a simbologia de cores gerais podemos resumir que: 
§ vermelho é a cor do “perigo”;significa pare, proibido. Vermelho é 
também a cor de aviso para perigos de incêndio (instalações de 
extintores, etc.); 
§ amarelo, muitas vezes em contraste com o preto, significa perigo de 
colisão, cuidado risco de tropeçar. Amarelo-preto são também cores 
de aviso de transportes; 
§ verde significa salvação, ajuda, caminho de fuga, saída de 
emergência. O verde é usado para identificação de objetos para 
salvamento e instalações de primeiros socorros; 
§ azul não é propriamente uma cor de segurança, mas serve mais como 
cor de ordenação ou organização. O azul é usado para orientações, 
avisos, sinais e indicador de direções. 
 
NETO (1980) ressalta que, a orientação sobre as cores a serem aplicadas 
sobre canalizações industriais para a condução de líquidos e gases, com o objetivo de 
 30 
facilitar sua identificação, é dada pela NB-54 da ABNT. Nela são fixadas as seguintes 
cores: 
§ Vermelho: materiais destinados a combate a incêndio; 
§ Verde: canalizações de águas; 
§ Azul: tubulações de ar comprimido; 
§ Amarelo: gases não liquefeitos; 
§ Alaranjado: ácidos; 
§ Lilás: álcalis; 
§ Marrom: cor vaga, podendo ser adotada, a critério da indústria, para 
identificar qualquer fluido não identificável pelas demais cores; 
§ Preto: inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade ( óleo 
combustível, óleos lubrificantes, asfalto, etc.); 
§ Alumínio: gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa 
viscosidade (óleo diesel, gasolina, etc.); 
§ Cinza claro: vácuo; 
§ Cinza escuro: eletrodutos; 
§ Branco: vapor. 
 
As tubulações devem ser pintadas em toda a sua extensão. Caso isso não 
seja praticável, a pintura deverá obedecer a um critério que permita a identificação sem 
que o observador tenha necessidade de percorrê- la. No caso particular da canalização de 
água potável, sua identificação deverá ser de forma inconfundível com as demais. 
 Para fins de segurança, os depósitos e tanques fixos que armazenam 
fluidos deverão ser identificados pelas mesmas cores das canalizações por eles 
estabelecidos. 
 
 
2.4 – LÂMPADAS E EQUIPAMENTOS 
 
2.4.1 - Fontes Luminosas 
 
De acordo com GRANDJEAN (1998), podemos citar como fontes 
luminosas comuns quatro tipos de sistemas especiais de qualidade de luz: 
 31 
a. Fontes luminosas radiantes diretas. Estas emitem 90% ou mais da luz 
na forma de um cone de luz direcionado a uma superfície. Esta luz é 
caracterizada por fortes sombras; os contrastes de luz-sombras 
podem superar contraste de luminância de 1:10 em muito. Elas 
encontram aplicação em exposições, vitrines e em alas de guichês. 
Em locais de trabalho produzem fortes contrastes entre a superfície 
iluminada e partes de sombra, com um relativo ofuscamento. Em 
iluminação de locais de trabalho só podem ser recomendadas se, ao 
mesmo tempo, existir uma boa iluminação geral, que reduza as 
sombras e os contrastes. 
b. Fontes luminosas semidiretas ou semi- indiretas. Graças ao emprego 
de materiais translúcidos, emitem uma significativa parte da luz (até 
40%) diretamente em todas as direções, enquanto que a outra parte 
direta ou indiretamente incide em paredes e no teto. Esta luz produz 
um sombreamento parcial e bordas das sombras não muitos nítidas. 
Ela encontra aplicação em iluminação geral de residências, 
empresas, escritórios e outros. Como iluminação de trabalho, as 
fontes luminosas semidiretas só podem ser recomendadas para 
trabalhos grosseiros ou poucos precisos. A iluminação semi- indireta 
adequa-se pouco para trabalhos delicados; pelo contrário são 
indicadas para iluminação geral e uniforme de uma sala (incluindo 
os expositores de materiais fixos nas paredes). 
c. As fontes irradiantes livres. Exemplo típico são as lâmpadas 
incandescentes opacas. Elas irradiam a luz uniformemente para todas 
as direções. A luz mostra um pequeno a médio sombreamento. Estas 
fontes são, devido a relativamente alta densidade luminosa, 
freqüentes fontes de ofuscamento. Elas não devem, portanto, ser 
usadas em salas de espera, salas de trabalho. Podem ser usadas em 
corredores, depósitos, alas de guichês, sala auxiliares, banheiros, etc. 
d. As fontes emissorasindiretas. Estas jogam 90% e mais de sua luz 
nas paredes e no teto, de onde é refletida para outros locais da sala. 
Este sistema exige paredes e teto de cores claras. A luz é difusa e não 
apresenta praticamente sombras. Os arquitetos têm oportunamente 
 32 
uma predileção para este tipo de iluminação, já que ela ressalta 
algumas estruturas arquitetônicas de interesse, causando assim o 
correspondente efeito estético desejado. Em uma sala de trabalho só 
pode ser recomendado esta luz indireta quando houver outras 
instalações de iluminação; elas teriam neste caso a vantagem de não 
constituir fonte de ofuscamento. Fontes luminosas indiretas são 
indicadas especialmente para exposições, salas de vendas, em 
resumo, em todos os lugares onde o olhar do usuário deve ser 
dirigido às paredes. 
 
 
2.4.2- Fontes de Luz 
 
 Segundo GRANDJEAN (1998), a escolha das lâmpadas a serem 
empregadas na iluminação dos locais de trabalho deve ser feita atendendo a certos 
critérios em função do local e da natureza do trabalho. 
 Para se eleger o tipo de lâmpada mais adequado, devem ser levados em 
consideração os seguintes fatores: 
§ medidas e forma do local a iluminar; 
§ tipo de tarefa visual; 
§ número de horas de funcionamento; 
§ economia do sistema: 
• seu custo inicial; 
• consumo de energia; 
• manutenção do sistema. 
As lâmpadas que apresentam maior rendimento luminoso consomem 
menor potência, o que significa dizer que há um menor custo de energia elétrica, bem 
como menores gastos de condutores para alimentação das lâmpadas. 
No que se refere a vida útil, as lâmpadas de maior duração apresentam 
menor custo de reposição. 
O grau de fidelidade de cores é outro fator importante na escolha do tipo 
de lâmpada. 
 
 33 
2.4.2.1- Lâmpadas Incandescentes 
 
De acordo com GRANDJEAN (1998), as lâmpadas incandescentes 
fornecem uma luz que tem uma parcela elevada de tons vermelhos e amarelos. Esta luz 
modifica as cores e é, por isso, não recomendada onde se tenha que reconhecer cores. 
Como iluminação de ambientes de trabalho as lâmpadas incandescentes ainda têm a 
desvantagem de emissão de calor. Em suportes das lâmpadas podem ser alcançadas 
temperaturas de 60ºC ou mais e podem gerar desde mal-estar a dores de cabeça por 
radiação direta de calor quando muito próximas da cabeça. 
Por outro lado, a luz das lâmpadas incandescentes, exatamente pela 
predominância de tons vermelhos e amarelos, é indicada para residências(associação 
com luz vermelho-amarelada do sol) e é especialmente indicada para a criação de um 
certo clima de fim de trabalho diário. 
A vida útil das lâmpadas comuns, utilizadas em iluminação geral, é, em 
média de 1000 horas. 
 
Características: 
§ baixo rendimento luminoso; 
§ pequena vida útil; 
§ existe em diversas potências; 
§ baixo custo de aquisição e instalação. 
Emprego: 
§ locais onde o nível de iluminação é inferior a 200 lux e o 
número de horas de uso é inferior a 2000 horas anuais. 
 
 
2.4.2.2- Lâmpadas Fluorescentes 
 
Segundo GRANDJEAN (1998), a iluminação por lâmpadas fluorescentes 
repousa na transformação de energia elétrica em radiação, que acontece pela passagem 
da corrente elétrica através de gases(geralmente argônico) e vapores(geralmente vapores 
de mercúrio). A eficiência desta luz é significativamente melhor que com os emissores 
 34 
de calor; por isso, o rendimento das lâmpadas fluorescentes é três ou quatro vezes maior 
que o das lâmpadas incandescentes. 
A camada interna dos tubos fluorescentes é constituída de substâncias 
fluoróforas, que transformam as emissões ultravioletas das descargas em luz visível. 
Conforme a composição destas camadas internas, pode-se controlar a composição de 
cores da luz emitida. Assim, pode-se fabricar lâmpadas com a cor de lâmpadas 
incandescentes (tom quente), da luz do dia com céu nublado (tom branco) ou da luz 
brilhante do dia (lâmpadas luz do dia). 
 Conforme NETO (1980), dependendo da composição dos sais 
fluorescentes, torna-se possível obter diversas tonalidades de luz. De acordo com a 
característica do material fluorescente, as lâmpadas podem ser: 
§ Standard: Branca Fria; Branca Morna e Luz do Dia; 
§ Coloridas 
 
A branca fria é a lâmpada de uso mais geral, apresentando grande 
eficiência luminosa, sendo recomendada para locais onde se deseja elevado nível de 
iluminamento. 
A branca morna apresenta uma luz parecida com a da lâmpada 
incandescente. Possui grande potência luminosa, porém não deve ser usada em locais 
onde se deseja uma perfeita reprodução de cores. 
A lâmpada luz do dia é indicada para locais onde se busca obter 
reprodução tanto quanto possível da luz natural, sendo indicada para ambientes nos 
quais há necessidade de um controle exato das cores, como nas indús trias têxteis, de 
artes gráficas e de material corante. 
As lâmpadas coloridas podem apresentar-se em diversas cores e possuem 
um rendimento luminoso inferior ao das lâmpadas standard. 
A vida útil média das lâmpadas fluorescentes é da ordem de 7500h. O 
tempo de duração desse tipo de lâmpada varia conforme o número de vezes que se 
acendem e apagam durante o uso. 
As lâmpadas fluorescentes apresentam uma eficiência luminosa bem 
maior que as lâmpadas incandescentes. Uma lâmpada fluorescente de 40 watts emite 
aproximadamente o mesmo fluxo luminoso que uma lâmpada incandescente de 200 
watts, apresentando um rendimento cerca de 5 vezes maior. 
 35 
As lâmpadas fluorescentes, em razão de sua alta eficiência luminosa, 
permitem obter-se níveis de iluminamento mais elevados e melhor qualidade da luz. 
 
Vantagens: 
 
• Alto rendimento luminoso e longa duração das lâmpadas 
fluorescentes. Com o freqüente ligar e desligar, a duração da vida útil 
torna-se semelhante à das lâmpadas incandescentes. 
• Baixa densidade luminosa do corpo luminoso, portanto, diminuição do 
perigo de ofuscamento. As densidades luminosas das lâmpadas 
fluorescentes perfazem 0,45 até 0,65 sb, e as lâmpadas 
incandescentes, 70 a 1000 sb. 
• Possibilidade de composição de cores semelhante à luz do dia. 
Através disso pode-se evitar a perturbadora mistura de luz do dia e luz 
de lâmpadas incandescentes; além disso, o reconhecimento de cores 
no ambiente de trabalho não fica prejudicado. 
 
Desvantagens: 
 
• A visível e invisível cintilação (cintilação de movimento). As 
lâmpadas fluorescentes mostram, conforme a freqüência da corrente 
elétrica, uma intensidade de luz alternada, cuja freqüência é de 100Hz. 
Esta alternância está acima da freqüência subjetiva de fusão do olho e 
não é visível; por outro lado, nos objetos moveis, principalmente 
peças de máquinas polidas ou ferramentas, percebe-se a assim 
chamada cintilação do movimento (efeito estroboscópico). A 
quantidade de oscilações da luz é maior em lâmpadas “luz do dia”que 
nas lâmpadas de “tom branco”ou “tom quente”. 
• Em lâmpadas velhas ou defeituosas surgem ainda as perturbações de 
descargas, que produzem uma cintilação com baixa, ainda bem 
perceptível freqüência. Esta cintilação visível é especialmente forte 
nas duas extremidades das lâmpadas.

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