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Prova Pref. ItaboraíRJ - FUNRIO - 2007 - para Professor de História.pdf

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Página: 1 
 
 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
 
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO 
 
01- Você recebeu do fiscal o seguinte material: 
a) Este caderno com o enunciado das 40 (quarenta) questões objetivas divididas nas seguintes sessões: 
 
LÍNGUA 
PORTUGUESA 
CONHECIMENTOS 
PEDAGÓGICOS 
CONHECIMENTOS 
ESPECÍFICOS 
Questões Pontos Questões Pontos Questões Pontos 
1 a 10 2,0 11 a 20 2,0 21 a 40 2,5 
 
b) Uma (1) Folha de Respostas, destinada às respostas das questões objetivas formuladas nas provas, a ser entregue ao 
fiscal no final. 
02- Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem na 
confirmação de inscrição. Caso contrário, notifique IMEDIATAMENTE o fiscal. 
03- Após a conferência, o candidato deverá assinar no espaço próprio da Folha de Respostas, preferivelmente à caneta 
esferográfica de tinta na cor preta ou azul. 
04- Tenha muito cuidado com a Folha de Respostas para não a DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. A folha somente 
poderá ser substituída caso esteja danificada em suas margens superior ou inferior – BARRA DE RECONHECIMENTO 
PARA LEITURA ÓTICA. 
05- Na prova, as questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima do enunciado 
06- Na folha de respostas, as mesmas estão identificadas pelo mesmo número e as alternativas estão identificadas acima 
da questão de cada bloco de respostas. 
07- Para cada uma das questões objetivas são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e 
(E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você só deve assinalar UMA RESPOSTA. A marcação de 
nenhuma ou de mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS SEJA A CORRETA. 
08- Na Folha de Respostas, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo TODO O 
ESPAÇO compreendido pelo retângulo pertinente à alternativa, usando caneta esferográfica de tinta preta ou azul, 
de forma contínua e densa. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras, portanto, preencha os campos de marcação 
completamente, procurando deixar menos “espaços em branco” possível dentro do retângulo, sem invadir os limites dos 
retângulos ao lado. 
09 – SERÁ ELIMINADO do Concurso o candidato que: 
a) Se utilizar, durante a realização das provas, de máquinas, relógios e/ou aparelhos de calcular, bem como rádios 
gravadores, fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; 
b) Se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o Caderno de Questões e a Folha de Respostas. 
10- Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar sua Folha de Respostas. Os rascunhos e as marcações assinaladas 
no Caderno de Questões NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 
11- Quando terminar, entregue ao fiscal o Caderno de Questões e a Folha de Respostas, e ASSINE A LISTA DE 
PRESENÇA. 
12- O TEMPO DE DURAÇÃO DA PROVA PARA TODOS OS CARGOS É DE 4 (QUATRO) HORAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
 TEXTO 1 
Uma Galinha 
Clarice Lispector 
Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã. Parecia calma. 
Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo 
quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. 
Nunca se adivinharia nela um anseio. 
 
 Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, 
alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve 
estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno 
deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço 
junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum 
esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos 
cautelosos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo. A perseguição 
tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma 
luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum 
auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de 
conquista havia soado. 
 
 Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava 
ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer 
por um momento. E então parecia tão livre. 
 
 Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que 
fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria 
contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo 
uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma. 
 
 Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi 
presa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa 
violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos. Foi então que aconteceu. De 
pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida 
que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou, 
respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração, tão pequeno num prato, solevava e abaixava as 
penas, enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo 
estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos: 
 
 — Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso bem! 
 
 Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não 
era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum 
sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento 
qualquer. Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão: 
 
 
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
— Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida! 
 
 — Eu também! jurou a menina com ardor. A mãe, cansada, deu de ombros. 
 
 Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do 
colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se 
lembrava: "E dizer que a obriguei a correr naquele estado!" A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos,menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de 
apatia e a do sobressalto. 
 
Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena 
coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado 
como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua 
espécie já mecanizado. 
 
 Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira 
do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse 
dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a 
expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era 
uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos. 
Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos. 
 
Texto extraído do livro “Laços de Família”, Editora Rocco — Rio de Janeiro, 1998, pág. 30. Selecionado 
por Ítalo Moriconi, figura na publicação “Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século”. 
 
 
 TEXTO 2 
 
Galinha e galo são os nomes dados, respectivamente, à fêmea e ao macho da espécie Gallus gallus 
domesticus de aves galiformes e fasianídeas. Os juvenis são chamados de frango ou pinto. Estas aves possuem 
bico pequeno, crista carnuda e asas curtas e largas. A galinha tem uma enorme importância para o Homem pois 
é o animal doméstico mais difundido e abundante do planeta e uma das fontes de proteína mais baratas. Além 
de sua carne, as galinhas fornecem ovos. Segundo dados de 2003, há cerca de 24 bilhões de galinhas no 
mundo. Em alguns países da África moderna, 90% dos lares criam galinhas. As galinhas são aves onívoras mas 
têm preferência por sementes e pequenos invertebrados. 
 
Há vários anos as galinhas são fonte de alimento. As primeiras referências a galinhas domesticadas surgem 
em cerâmicas coríntias datadas do século VII a.C.. A introdução desta ave como animal doméstico surgiu 
provavelmente na Ásia, de onde é nativa a espécie Galo Banquiva (Gallus gallus). Apesar de os romanos 
terem desenvolvido a primeira raça diferenciada de galinhas, os registros antigos mostram a presença de aves 
selvagens asiáticas na China desde 1400 a.C. Da Grécia Antiga as galinhas espalharam-se pela Europa e os 
navegadores polinésios levaram estes animais nas suas viagens de colonização do Oceano Pacífico incluindo a 
Ilha da Páscoa. A proximidade ancestral com o homem permitiu o cruzamento destinado à criação de diversas 
raças, adaptadas às diferentes necessidades. São também uma fonte de doenças virais. 
 
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Galinha 
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
♦ Língua Portuguesa ♦ 
 
Questão 01_________ 
 
 “Ainda viva porque não passava de nove horas da 
manhã.”. (linha 1 – TEXTO 1) 
 
O termo em negrito pode ser substituído, sem que 
haja alteração de sentido, por: 
 
A) enquanto 
B) para que 
C) pois 
D) portanto 
E) todavia 
 
 
Questão 02_________ 
 
A linguagem figurada é bastante utilizada em textos 
literários garantindo-lhes estilo, expressividade. No 
conto Uma Galinha, de Clarice Lispector, há a 
predominância da linguagem figurada. Das 
alternativas abaixo, qual aquela que apresenta a 
figura de linguagem predominante no conto? 
 
A) alusão 
B) gradação 
C) metáfora 
D) metonímia 
E) sínquise 
 
 
Questão 03_________ 
 
A partir da leitura e comparação dos textos é 
possível concluir que: 
 
A) os textos tratam, ambos, do mesmo objeto, a 
galinha, porém cada um possui uma abordagem 
específica; um é narrativo e o outro é descritivo 
B) os textos tratam de objetos diferentes, pois no 
primeiro a galinha é personificada, já no 
segundo ela é descrita 
 
 
C) cada texto apresenta seu ponto de vista a respeito 
do objeto de que tratam. No primeiro ela é 
descrita como uma espécie de animal, já no 
segundo, enquanto um ser que luta pela 
sobrevivência 
D) os textos apresentam do mesmo modo o objeto 
em discussão, no caso a galinha, pois ambos 
expõem, descrevem e narram situações 
referentes a esse animal 
E) os textos não tratam do mesmo objeto, no caso a 
galinha, pois cada um possui uma maneira 
própria de expressar o tema que abordam 
 
 
Questão 04_________ 
 
Leia o trecho a seguir: “em pulos cautelosos 
alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, 
escolhia com urgência outro rumo.”. (linhas 10-11 – 
TEXTO 1) 
 
Em determinadas línguas não encontramos acentos 
ortográficos. Esse, porém, não é o caso da língua 
portuguesa, em que podemos encontrar facilmente 
palavras acentuadas por motivos diversos. 
 
Assinale a opção que apresenta, respectivamente, 
duas palavras acentuadas pela mesma razão que são 
acentuadas as palavras no trecho destacadas: 
 
A) barítono; pé 
B) pólvora; área 
C) trôpego; insípido 
D) você; gênio 
E) órfã; tórax 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
Questão 05_________ 
 
Segundo Evanildo Bechara, “em português a 
concordância consiste em se adaptar a palavra 
determinante ao gênero, número e pessoa da palavra 
determinada.”. 
 
A partir da concepção acima referida, pode-se dizer 
que há ERRO de concordância nominal na seguinte 
alternativa: 
 
A) A língua e a literatura portuguesa são 
riquíssimas. 
B) João diz que uma e outra viga se sustentam bem. 
C) O Amazonas e o Capibaribe são rios brasileiros. 
D) Esses são os carros mais belos possíveis. 
E) Vão os documentos e as passagens anexos à 
carta. 
 
 
Questão 06_________ 
 
“Em alguns países da África moderna, 90% dos 
lares criam galinhas.” (linha 6 – TEXTO 2) 
 
Qual das alternativas abaixo mantém o mesmo 
sentido expresso no trecho acima destacado? 
 
A) Em 90% dos países da África moderna, alguns 
lares criam galinhas. 
B) Galinhas são criadas em 90% dos lares em 
alguns países da África moderna. 
C) Na África moderna, em 90% dos lares, algumas 
galinhas são criadas. 
D) 90% das galinhas dos lares criam em alguns 
países da África moderna. 
E) Em alguns países da África moderna, 90% das 
galinhas criam lares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 07_________ 
 
Quando escrevemos ou falamos devemos estar 
atentos à regência; principalmente no caso de 
sermos educadores. 
 
Dentre as cinco alternativas abaixo, assinale a qual 
apresente regência INCORRETA: 
 
A) O corpo humano é composto de vários sistemas. 
B) Jorge, correndo, deparou-se no muro. 
C) Todo padre deve ser misericordioso para com os 
seus fiéis. 
D) Nosso trabalho será intercalado entre os turnos 
da manhã e da tarde. 
E) Não irei me vincular aos seus negócios. 
 
 
Questão 08_________ 
 
No trecho “Inconsciente da vida que lhe fora 
entregue, a galinha passou a morar com a família.”, 
a palavra em destaque passou por um processo 
morfológico. (linha 38 – TEXTO 1) 
 
Das palavras abaixo, assinale aquela que é formada 
pelo mesmo processo da palavra em negrito: 
 
A) apática 
B) externo 
C) impropriamente 
D) incrível 
E) intimidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
Questão 09_________ 
 
Qual dos verbos a seguir, na segunda pessoa do 
singular do pretérito mais-que-perfeito do modo 
indicativo, é conjugado da mesma forma que o 
verbo doseguinte trecho: “Parecia calma.”(linha 1 – 
TEXTO 1 )? 
 
A) partilhar 
B) partir 
C) ser 
D) vender 
E) ver 
 
 
Questão 10_________ 
 
Preencha as lacunas corretamente: 
 
Fui ______ Paris ______ trabalho. No primeiro dia, 
pela manhã, aproveitei para conhecer ______ Torre 
Eiffel. ______ dez horas da manhã fui ______uma 
loja de perfumes onde comprei várias fragrâncias. 
 
A) a; a; a; às; a 
B) a; a; a; as; à 
C) a; à; a; às; a 
D) à; a; a às; à 
E) à; à; a; às; a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
♦ Conhecimentos Pedagógicos ♦ 
 
Questão 11_________ 
 
“...O ENEM tem sido um fator importante para o 
Ministério da Educação avaliar os desempenhos dos 
alunos da escola pública e privada de todo país, servindo 
também na orientação das políticas educacionais no 
Brasil. (...) a Matriz de Competências do ENEM é a base 
do que será avaliado no Exame, estruturado para avaliar 
as cinco competências.” (Equipe Brasil Escola.com) 
 
Marque a opção que contempla UMA das cinco 
competências a serem avaliadas pela Matriz de 
Competências do ENEM, entre as alternativas abaixo: 
 
A) relacionar dados e conhecimentos científicos 
disponíveis em situações variadas, para construir 
argumentação acadêmica 
B) pesquisar informações e conhecimentos científicos 
disponíveis em situações variadas, para construir 
argumentação acadêmica 
C) relacionar informações e conceitos, em diferentes 
contextos, e conhecimentos culturais disponíveis, 
para construir argumentação coletiva 
D) pesquisar dados e conhecimentos científicos 
disponíveis em situações abstratas, para construir 
argumentação coletiva 
E) relacionar informações, representadas em diferentes 
formas, e conhecimentos disponíveis em situações 
concretas, para construir argumentação consistente 
 
 
Questão 12_________ 
 
De acordo com o educador Cipriano Luckesi, no caso da 
aprendizagem, o erro não deve ser visto como fonte de 
castigo, devendo ser um suporte para a 
autocompreensão. 
Assim sendo, o erro, aqui, é visto como: 
 
A) momento terminal do processo educativo 
B) algo estático do processo educativo 
C) algo dinâmico, como caminho para o avanço 
D) algo apropriado para um acerto de contas 
E) exigência burocrática periódica 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 13_________ 
 
A sociedade clama por uma educação de qualidade, que 
contemple a superação dos problemas sociais 
vivenciados na atualidade. 
“A revalorização da profissão do magistério deve 
começar pelos cuidados com a formação do professor. 
Tomar os cursos de magistério como momentos efetivos 
de reflexão sobre a educação é condição para a 
superação da atividade meramente burocrática em que 
mergulham muitos desses cursos. Afinal, não basta ser 
químico para ser um bom professor de química nem "ter 
jeito para lidar com crianças" para dar aulas no pré-
primário... devem ter uma compreensão sistematizada da 
educação, a fim de que o trabalho pedagógico se 
desenvolva para além do senso comum e se torne 
realmente uma atividade intencional.” (ARANHA, 1989, 
p.152). 
 
Analise as proposições, considerando a afirmativa acima 
acerca dos aspectos importantes da formação do 
professor: 
 
I –..Qualificação: o professor deve adquirir os 
conhecimentos científicos indispensáveis para o 
ensino de um conteúdo específico. 
II – Formação pedagógica: a atividade de ensinar deve 
superar os níveis do senso comum, tornando-se 
uma atividade sistematizada. 
III – Formação ética e política: o professor deve educar 
a partir de valores e tendo em vista um mundo 
melhor. 
 
Está (ão) correta (s) proposição (ões): 
 
 
A) I apenas 
B) I, II e III 
C) III apenas 
D) II apenas 
E) II e III apenas 
 
Questão 14_________ 
 
O supervisor pedagógico do Ensino Médio de uma 
escola estadual, no início do período letivo, ao reler o 
PPP para elaborar o planejamento participativo com os 
docentes da escola, lembrou-os de que vivemos numa 
cultura totalmente icônica. 
Com base no exposto na atual Lei 9.394/96, é possível 
afirmar que “se constituirá, como componente curricular 
obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de 
forma a promover o desenvolvimento cultural dos 
alunos, o ensino de...” (CARNEIRO): 
 
A) informática 
B) artesanato 
C) dança folclórica 
D) artes 
E) recreação www.pciconcursos.com.br
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
Questão 15_________ 
 
Ao se reunirem na Escola X para elaborarem o Projeto 
Político-Pedagógico, a equipe técnico-pedagógica pediu 
para que todos os presentes refletissem sobre o seu 
significado para a comunidade escolar. 
Segundo Vasconcelos, “do ponto de vista conceitual, há 
necessidade de se precisar o próprio conceito de Projeto 
Político-Pedagógico, pois, embora se tenha avançado 
bastante neste campo, ainda persistem algumas 
confusões, como por exemplo, achar que Projeto é o 
mesmo que regimento, ou ainda confundir Projeto com o 
mero agrupamento dos planos de ensino ou dos vários 
planos setoriais da escola.” 
Entendendo-se o Projeto Político-Pedagógico como 
sendo o plano global da instituição, o que deve estar 
dando suporte formal, legal e jurídico para aquilo que a 
equipe pedagógica se propõe a realizar? 
 
A) o plano de curso 
B) o plano de aula 
C) os centros de interesse 
D) o regimento 
E) o planejamento educacional 
 
 
Questão 16_________ 
 
Ao afirmar que ensinar é uma especificidade humana, 
Paulo Freire mostra que “(...) a arrogância farisaica, 
malvada, com que julga os outros e a indulgência macia 
com que se julga ou com que julga os seus. A arrogância 
que nega (...) a humildade, não é virtude dos que 
ofendem nem tampouco dos que se regozijam com sua 
humilhação.” 
 
Considerando-se o clima de respeito que nasce na 
relação docente/discente, Freire afirma que “Ensinar 
exige”: 
 
A) segurança, competência profissional e generosidade 
B) segurança, formação profissional e autoritarismo 
C) conhecimento científico, competência profissional e 
autoridade 
D) segurança, formação profissional e transmissão de 
conhecimento 
E) domínio pedagógico, transmissão de conhecimento e 
igualdade 
 
 
Questão 17_________ 
 
Para Libâneo, “... ao considerar os objetivos gerais e suas 
implicações para o trabalho docente em sala de aula, o 
professor deve conhecer os objetivos estabelecidos no 
âmbito do sistema escolar oficial, seja no que se refere à 
valores e ideais educativos, seja quanto às prescrições de 
organização curricular e programas básicos das 
matérias.” 
Uma vez que o trabalho escolar está vinculado a 
diretrizes nacionais, estaduais e municipais de ensino, 
esse conhecimento se faz necessário, pois precisamos 
saber que concepções de homem e sociedade os 
caracterizam, uma vez que expressam os interesses 
dominantes dos que controlam os órgãos públicos. 
Com base na afirmativa acima, indique os níveis de 
abrangência que devem ser considerados no momento 
em que os objetivos gerais são traçados: 
 
I – O sistema escolar, que expressa as finalidades educa-
tivas de acordo com ideais e valores dominantes na 
sociedade. 
II – A escola, que estabelece princípios e diretrizes de 
orientação do trabalho escolar com base num plano 
pedagógico-didático que represente o consenso do 
corpo docente em relação à filosofia da educação e à 
prática escolar. 
III – O professor, que concretiza no ensino da matéria a 
sua própria visão de educação e de sociedade.IV – O aluno, que absorve, na aquisição da matéria, os 
conhecimentos culturais necessários para a sua 
inserção no mercado de trabalho. 
 
Está (ão) correto (s) apenas: 
 
A) I, II e IV 
B) II, III e IV 
C) I e III 
D) I, III e IV 
E) I, II e III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 18_________ 
 
Na escola onde trabalha Luiza, muitos professores 
divergem sobre o que é projeto. Acreditam, como nos diz 
Gandin, que o projeto deverá ser muito mais simples, 
“estando às considerações que o embasam já contidas no 
plano do qual brotou a decisão do projeto. Precisa ser tão 
claro e tão simples que qualquer pessoa possa coordenar 
sua execução”. 
Para Gandin, “O projeto é a máxima aproximação - junto 
com a orientação da rotina - entre a elaboração (pensar) e 
a execução (agir): constam nele apenas as especificações 
para a ação”. 
Assim sendo, o autor conceitua projeto como uma ação 
desencadeada: 
 
A) dentro de um período de tempo determinado, 
geralmente para criar algo que não existia antes 
B) sem um período de tempo determinado, geralmente 
para criar algo que não existia antes 
C) em qualquer período de tempo, geralmente para dar 
asas ao que já existia antes 
D) dentro de um período de tempo indeterminado, para 
concretizar o que já existia antes 
E) dentro de um período de tempo indeterminado, para 
concretizar o combinado no planejamento prévio 
 
 
Questão 19_________ 
 
Para desenvolver o fazer docente em sala de aula, o 
professor precisa traçar uma conjunto de relações 
interativas necessárias para facilitar a aprendizagem, que 
tem como ponto de partida o próprio planejamento. 
Em “(...) a influência da concepção construtivista na 
estruturação das interações educativas na aula”, Zaballa 
nos aponta que entre as funções docentes, ao se fazer o 
planejamento, deve-se cuidar de: 
 
I – Planejar a atuação docente de uma maneira 
suficientemente flexível para permitir a adequação 
às necessidades dos alunos em todo o processo de 
ensino / aprendizagem. 
II – Contar com as contribuições e os conhecimentos dos 
alunos, tanto no início das atividades como durante 
sua realização. 
III – Ajudá-los a encontrar sentido no que estão fazendo 
para que conheçam o que devem fazer, sintam que 
podem fazê-lo e que é interessante fazê-lo. 
 
Está (ão) correta (s): 
 
A) II e III apenas 
B) I e III apenas 
C) I, II e III 
D) I e II apenas 
E) III apenas 
 
 
Questão 20_________ 
 
 
Em Luckesi, quanto à ação educativa, com os seus 
determinantes, o papel do educador deve refletir “... a 
responsabilidade de dar a direção ao ensino e ao 
educando ao participar do processo, o de aprender e se 
desenvolver, formando-se tanto como sujeito ativo de 
sua história pessoal quanto como da história humana.” 
Como o docente está “num nível mais elevado de 
desenvolvimento das suas capacidades e por deter um 
patamar cultural mais elevado, deverá ocupar o lugar de 
estimulador do avanço do educando.” 
É no contexto social definido que a relação 
educador/educando realiza o (s): 
 
A) projetos de Educação de Jovens e Adultos 
B) processo educativo 
C) projetos e atividades pedagógicas livres 
D) projeto da didática magna 
E) projetos de vida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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♦ Conhecimentos Específicos ♦ 
 
Questão 21_________ 
 
“Tudo valia dinheiro. Os postos militares que garantiam 
a polícia dos campos e ali preenchiam as funções 
administrativas faziam os povoados votarem-lhe 
gratificações. Todo funcionário dava um jeito para lhe 
molharem a mão a fim de executar a menor tarefa; (...) as 
propinas acabaram sendo oficialmente tabeladas e o 
preço de cada etapa foi afixado nos escritórios. Os 
administradores tinham o cuidado de apresentar-se diante 
de um funcionário ou de um alto dignitário com um 
presente na mão; afinal, tratava-se de reconhecer com 
um símbolo substancial a superioridade dos chefes sobre 
os comandados. (...) (...) Exigir pagamentos ilegais 
constituía o grande negócio dos governadores de 
província, que compravam o silêncio dos inspetores 
imperiais e dividiam os lucros com seus oficiais e chefes 
de departamento. O poder central fazia vista grossa, 
bastava-lhe receber sua parte. (..) um romano enriquecia 
em parte à custa dos cofres públicos. Quanto ao resto, 
além das extorsões, o governador negociava; o último 
século antes de nossa era viu os negociantes italianos 
apoderarem-se de todas as posições econômicas no 
Oriente grego com a ajuda interessada dos governadores 
ali estabelecidos.” [VEYNE, Paul. O Império Romano. 
In: _______ (org.). História da vida privada – Do 
Império Romano ao ano mil. trad.Hildegard Feist. São 
Paulo: Companhia das Letras, 1989, vol. I, p. 106-7.] 
 
O texto acima retrata certas ações e práticas da elite 
política e militar romana, à época do Império, que 
evidenciavam como as diversas instâncias do poder 
público eram permeáveis a interesses econômicos que, 
não inscritos em lei, garantiam o funcionamento das 
instituições por meio de um código de enriquecimento 
que transitava pelo poder privado, tendo em vista 
legitimar relações de domínio no âmbito de uma 
sociedade escravista. 
A respeito das articulações entre as relações de poder, as 
determinações sócio-econômicas e a crise do IIIº século, 
é possível demonstrar: 
A) se, a princípio, as práticas de corrupção entre 
membros do poder público e homens de negócios 
garantiram o funcionamento das instituições 
imperiais resultaram em uma anarquia que se abateu 
sobre o Exército e o Senado romanos, destruindo o 
poder diárquico que sustentava o Império 
B) a crise do IIIº século foi uma crise eminentemente 
político-militar, cujas raízes remontavam à 
corrupção e ao clientelismo que sempre 
caracterizaram o exercício do poder em Roma, uma 
vez que a economia urbana e escravista estava no 
auge, fomentando um enorme afluxo de riquezas das 
províncias para a península 
C) a carência de mão-de-obra, a perda de autonomia 
das províncias e o aumento da tributação foram 
elementos que contribuíram para o esgotamento da 
crise da economia escravista romana, gerando a 
falência dos grandes proprietários no campo, 
reforçando o papel econômico das cidades e 
consolidando as atividades ligadas ao comércio e ao 
artesanato em detrimento da agricultura praticada na 
latifúndia romana. 
D) a “Pax Romana” marcou o fim das conquistas 
romanas, tendo em vista assegurar as fronteiras 
ocidentais e orientais do Império sob a mira dos 
povos germânicos; porém, interrompeu a fonte 
regular abastecedora de mão-de-obra, golpeando o 
escravismo antigo e determinando uma crise 
catastrófica da economia urbana 
E) a constante necessidade de fortificação e 
militarização das fronteiras do Império Romano foi 
um elemento determinante para explicar a crise do 
IIIº século porque a ampliação do efetivo do 
Exército estimulou práticas de propina entre seus 
membros, principalmente entre as legiões, 
desencadeando a indisciplina e a desorganização do 
poder militar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 22_________ 
 
“Temos de falar das superstições injuriosas, algumas 
das quais são ofensivas a Deus, e outras ao próximo. 
São ofensivas a Deus as superstições que outorgam 
honras divinas aos demônios ou a outra criatura 
qualquer:é próprio da idolatria, e também do que fazem 
as miseráveis mulheres lançadoras de sorte que pedem a 
salvação adorando os arbustos de madressilvas ou 
fazendo-lhes oferendas, desprezam as igrejas ou as 
relíquias dos santos, levam seus filhos a esses arbustos 
ou a outros objetos, para que produzam a cura (...).” 
[Eienne de Bourbon. De la adoración del can Guidefort. Apud 
SCHMITT, Jean Claude. La herejia del santo lebrel.p 17-8.] 
 
Durante a Idade Média, a Igreja Cristã Romana, a 
despeito de ter enfrentado graves obstáculos para impor a 
sua fé, logrou organizar e unificar a cristandade européia, 
impregnando a vida cotidiana de rituais religiosos e 
impondo regras de comportamento e de convívio sociais 
entre os homens. 
Quanto ao papel da Igreja Cristã na Europa feudal, cabe 
destacar: 
A) a educação, a administração e a justiça, em que pese 
o poder do alto clero, eram reguladas e controladas 
exclusivamente pela nobreza feudal, que podiam 
elaborar leis, cobrar impostos e mobilizar o 
exército, assumindo funções inerentes a um poder 
político central constituído 
B) na condição de única instituição centralizada que 
sobreviveu ao desmoronamento do Império Romano 
do Ocidente, a Igreja Cristã também intervinha no 
funcionamento da vida econômica com a imposição 
do justo preço e a condenação à usura e à 
especulação, práticas que se perpetuaram mesmo 
após as transformações e a crise do feudalismo 
C) a Igreja Católica Romana era a instituição que 
reunia em torno de si o poder temporal e o poder 
espiritual, organizando e garantindo a ordem 
econômica e social, uma vez que, além de ser 
superior à nobreza pela extensão dos seus domínios 
territoriais, detinha o monopólio da cultura 
D) se as formas de doença e loucura dos homens eram 
atribuídas a feitiços do diabo ou a castigos por 
heresias, que eram resolvidas através dos sinais-da-
cruz, água benta e preces, as manifestações culturais 
ligadas à pintura, música, literatura, escultura e 
arquitetura tinham uma autonomia frente às regras 
religiosas, ungindo elementos do sagrado e do 
profano em suas obras 
E) a Igreja Cristã patrocinou e estimulou o 
conhecimento científico que avançou, 
significativamente, em áreas como filosofia, 
matemática, medicina, anatomia, astronomia e 
geografia, como uma alternativa para defender a 
cristandade das crenças heréticas, magias e 
superstições que negavam as afirmações e preceitos 
da ciência corroborados, muitas vezes, pelas 
Sagradas Escrituras 
 
Questão 23_________ 
 
“(...) o acesso das sociedades ocidentais à escrita entre os 
séculos XVI e XVII não foi um progresso linear e 
contínuo. E talvez seja essa fragilidade que mais o 
diferencia do processo de alfabetização baseado na 
escolarização universal que se desencadeia 
irreversivelmente no século XIX. Embora maior, a 
familiaridade com a escrita não é igual para todos. 
(...).(...). Lembra-se que ele [o conhecimento] deve 
continuar sendo a obra exclusiva dos novos clérigos - os 
intelectuais. (...). (...). No século XV, a leitura silenciosa 
tornou-se, portanto, a maneira usual de ler - pelo menos 
para os leitores familiarizados com a escrita e de longa 
data alfabetizados. Para os outros, para os quais o livro 
continua sendo um objeto incomum, estranho, de raro 
manuseio, o procedimento antigo sem dúvida nenhuma 
permanece como uma necessidade. Para quem pode 
praticá-la, a leitura silenciosa abre horizontes inéditos. 
Primeiro transformou radicalmente o trabalho intelectual, 
que na essência se tornou um ato de intimidade 
individual. Depois permitiu um fervor mais pessoal, uma 
devoção mais privada, outra relação com o sagrado (...). 
Por fim, ler sozinho, em silêncio, em segredo, propicia 
audácias: daí no final da Idade Média, na época do 
manuscrito, a circulação de textos heréticos, a expressão 
de idéias críticas, o sucesso dos livros eróticos (...). (...) 
Lido em silêncio (ao menos pelas elites), o livro torna-se 
assim o companheiro privilegiado de uma intimidade 
inédita. E para os que podem ter uma, a biblioteca 
constitui doravante o local por excelência do estudo e da 
meditação solitária.” [CHARTIER, Roger. As práticas da escrita 
in. ARIÈS, P. & DUBY, Georges. História da vida privada – da 
Renascença ao século das luzes. São Paulo: Cia. das Letras, 1991, 
vol. 3., p. 113-159.] 
 
As novas práticas de leitura e de escrita a partir do 
Renascimento se relacionaram a uma nova concepção de 
homem, de sociedade e de universo que se inscreve, 
historicamente, no nascimento e na lenta difusão da 
modernidade ocidental. 
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
Sobre a proposição do autor contida no texto, essas 
novas práticas indicavam: 
A) a sua extensão a todos os membros das sociedades 
européias; no início da modernidade esteve 
articulada a um processo de secularização, o que 
possibilitou a emergência de outras explicações 
sobre o homem e o universo correlatas à idéia de um 
espaço individual dedicado ao estudo e à meditação 
B) as críticas ao monopólio da leitura e da escrita, 
exercido pelos sábios eruditos da Igreja Católica 
durante o Medievo, foram obra de um emergente 
grupo de intelectuais que, no entanto, não tiveram 
condições históricas para redefinir as formas de 
elaboração e de apropriação do saber no Ocidente 
C) o novo modo de ser e estar em sociedade, instaurado 
pela maior importância da vida privada, difundiu-se 
em ritmo similar por toda a Europa, fazendo com 
que as relações silenciosas e íntimas dos indivíduos 
com o livro substituíssem as práticas antigas que 
valorizavam a leitura em voz alta e a expressão do 
coletivo 
D) a escolarização universal, característica do século 
XIX, relacionou-se, diretamente, a uma visão secular 
de educação para crianças e adolescentes, em locais 
adequados, desde o Renascimento, reforçando a 
separação entre o espaço público e o espaço privado, 
enquanto um dos ícones da modernidade 
E) o recuo das instituições eclesiásticas e a crise das 
representações teológicas permitiram, 
progressivamente, uma nova concepção de cultura 
que destacou as capacidades inatas do homem, 
valorizando a introspecção e o trabalho intelectual 
individual por parte de uma elite letrada 
 
Questão 24_________ 
Luís XIV – o “rei-sol” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O Estado sou eu”. Esta frase atribuída ao soberano 
francês Luís XIV durante o seu governo pessoal (1661-
1715) expressa a organização política do Estado 
Nacional Moderno, que começou a se formar em fins da 
Idade Média e teve na França o exemplo clássico. 
As afirmativas que evidenciam a significância desse 
processo histórico são: 
 
I –A centralização do poder político funcionou como 
uma “tábua de salvação” para a nobreza que precisou 
abrir mão de seu poder local em favor de um Estado 
centralizado, embora não sem conflitos e resistências, a 
fim de que os privilégios honoríficos e fiscais fossem 
resguardados na nova ordem político-institucional. 
 
II – A unificação territorial e política de algumas regiões 
do ocidente europeu, superando o fracionamento do 
poder até então vigente, foi um processo de lutas e 
guerras no qual vários obstáculos precisaram ser 
removidos, quais sejam: os particularismos locais, tanto 
da nobreza feudal, quanto das comunas urbanas, o 
universalismo do papado e as disputas entre reis. 
 
III – Os camponeses e os trabalhadores urbanos, embora 
oprimidos pela ação do Estado, que detinha o uso da 
força para garantir a ordem social, não pagavam tributos 
ao Estado; os camponeses podiam usufruir da terra, 
mesmo sem possuir a propriedade, enquanto os 
trabalhadores urbanos viviam em condições precárias, 
garantindo mão-de-obra barata para as manufaturas que 
cresciam. 
 
IV – A progressiva centralizaçãodo poder e a 
concentração de territórios resultaram, desde a grande 
crise do século XIV, no surgimento dos Estados 
Nacionais Modernos no Ocidente Europeu, que deve ser 
entendido como uma resposta à crise e ao 
desmoronamento da ordem medieval feudo-católica, 
especialmente quanto à necessidade de reprimir os 
conflitos sócio-políticos para construir uma nação na 
qual os súditos reconhecessem a autoridade absoluta do 
rei. 
 
V – A burguesia em formação, diante dos efeitos da 
crise do feudalismo, precisava do apoio do Estado 
Nacional Monárquico para compensar o declínio de sua 
renda pelo exercício de funções burocráticas; obter 
garantias expressas em direitos de monopólio; assegurar 
a isenção de impostos e manter as propriedades no 
campo. 
Está (ão) correta (s): 
 
A) I, II e IV 
B) I, III e V 
C) II, III e IV 
D) II, IV e V 
E) III, IV e V 
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Questão 25________ 
 
“Para o progresso do armamento marítimo e da 
navegação, que sob a boa providência e proteção 
divina interessam tanto à prosperidade, à segurança 
e ao poderio deste reino (...) nenhuma mercadoria 
será importada ou exportada dos países, ilhas, 
plantações ou territórios na Ásia, América e África 
noutros navios senão os que sem nenhuma fraude 
pertencem a ingleses , irlandeses, ou ainda a 
habitantes destes países (...); nenhum estrangeiro 
nascido fora da soberania de nosso governante, ou 
não naturalizado, poderá exercer o ofício de 
mercador ou corretor num dos lugares supracitados, 
sob pena de confisco de todos os seus bens e 
mercadorias (...); nenhuma mercadoria produzida ou 
fabricada na África, Ásia e América será importada 
pela Inglaterra, Irlanda, País de Gales, Ilha de 
Jersey, noutros navios senão nos que pertencem a 
súditos ingleses, que são comandados por capitães 
ingleses e tripulados por uma equipagem com três 
quartos de ingleses (...); nenhuma mercadoria 
produzida ou fabricada no estrangeiro e que deve 
ser importada pela Inglaterra, Irlanda, País de 
Gales, Ilha de Jersey deverá ser embarcada noutros 
portos que não sejam aqueles do país de origem (...); 
nenhum açúcar, tabaco, algodão, gengibre, índigo 
ou outras madeiras tintoriais, produzidas ou 
fabricadas nas plantações inglesas da América, da 
África ou da Ásia exportado alhures que não seja 
numa outra colônia inglesa ou na Inglaterra, 
Irlanda, País de Gales”. [CROMWELL, Oliver. Ato de 
Navegação Inglês, de 1660. In: English Historical Documents. 
Londres: editado por Douglas, vol. VIII. ] 
 
Os Atos de Navegação, enquanto a 
manifestação mais evidente de agressividade 
mercantil do Estado inglês, viabilizaram para 
industriais, comerciantes e armadores da City uma 
política sistemática de apoio às suas atividades 
produtivas e comerciais, a fim de possibilitar a 
expansão marítima e comercial da Inglaterra em 
escala mundial. 
Sobre essa política econômica inglesa, 
podemos afirmar EXCETO QUE: 
 
A) os Atos de Navegação representaram a primeira 
formulação efetiva do poder do Parlamento inglês 
sobre as colônias ultramarinas, que ficaram 
definidas, legalmente, como reservas de mercado 
fornecedor de matérias-prima e alimentos e 
consumidor para as manufaturas inglesas, impedindo 
a concorrência "desleal" de mercadorias estrangeiras 
e dinamizando portos ligados ao comércio exterior, 
como Liverpool e Plymouth 
B) a política econômica interna, relacionada à adoção 
de princípios liberais que rompiam com a 
regulamentação estatal através dos monopólios, 
contrariou o protecionismo externo que representava 
um obstáculo à ampliação do mercado interno, ao 
crescimento das atividades produtivas e comerciais 
burguesas e ao avanço do processo de concentração 
da propriedade 
C) as medidas protecionistas externas, adotadas por 
Cromwell, ampliaram os espaços de investimento de 
capital da burguesia, em uma conjuntura histórica de 
rivalidade anglo-holandesa, tendo em vista o 
desenvolvimento do grande comércio de importação 
e exportação e a consolidação do poderio da Marinha 
inglesa 
D) a burguesia em ascensão precisava de apoio político 
para desenvolver as suas atividades produtivas e 
comerciais por meio da obtenção de direitos de 
monopólio, a exemplo das companhias de comércio 
e do controle sobre as colônias; estimular à formação 
de um mercado de mão-de-obra abundante e barata 
através da intensificação dos cercamentos dos 
campos, e conseguir licenças para abertura de 
manufaturas 
E) Cromwell, puritano e pertencente à gentry, 
identificou-se às forças sociais capitalistas em 
ascensão e viabilizou uma série de medidas 
altamente compatíveis com os interesses da 
burguesia, tendo em vista o crescimento das 
atividades mercantis e a redução de um número 
excessivo de competidores que pudessem colocar em 
risco a margem de lucro, permitindo uma integração 
global do comércio da Inglaterra sob regulamentação 
do Estado 
 
 
Questão 26_________ 
 
Ó, mar salgado, quanto do teu sal 
São lágrimas de Portugal! 
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 
Quantos filhos em vão rezaram! 
Quantas noivas ficaram por casar 
Para que fosses nosso, ó mar! 
Valeu a pena ? Tudo vale a pena 
Se a alma não é pequena. 
Quem quer passar além do Bojador 
Tem que passar além da dor. 
Deus ao mar o perigo e o abismo deu 
Mas nele é que se espelhou o céu.” 
 
Fernando Pessoa. Mensagem. 
 
 
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
Do século XV em diante, a prodigiosa aventura dos 
europeus ‘por mares nunca dantes navegados’ e a 
colonização das áreas americanas foram, sem sombra de 
dúvida, um importante momento na história da 
humanidade. Ampliando o seu universo geográfico, 
conquistando territórios e avançando seus domínios pela 
superfície da Terra, o Ocidente europeu iniciou um 
período de expansão comercial e dinamismo econômico 
jamais ousados pelo homem. 
O aspecto que está associado à expansão marítima e 
comercial é: 
 
A) a necessidade de fontes produtoras de alimentos e 
fornecedoras de metais preciosos, a busca de uma 
nova rota das especiarias e o interesse da Igreja 
Católica na luta contra os “infiéis” impulsionaram 
holandeses e ingleses a se aventurarem nas viagens 
marítimas 
B) o pioneirismo português na expansão marítima 
pode ser explicado como resultado de diversos 
fatores, dentre os quais se destacam a localização 
geográfica, a descoberta das rotas mediterrâneas 
para o Oriente e a ausência de regulamentação 
econômica 
C) a decadência comercial das cidades italianas, a 
ocupação de Constantinopla pelos turcos otomanos, 
o excesso de metais preciosos, inflacionando a 
economia e o crescimento demográfico foram 
fatores relevantes que impulsionaram as grandes 
navegações européias a partir dos séculos XV e 
XVI 
D) o contato com os povos africanos e americanos, 
portadores de culturas bastante diversas daquelas do 
Velho Mundo, originou uma visão etnocêntrica de 
homem e de sociedade que justificava, política e 
ideologicamente, a superioridade do europeu 
E) os colonizadores da época moderna, rompendo com 
o caráter de exploração comercial que era típico das 
feitorias, montaram plantations nas áreas 
descobertas da África e da Ásia, passando a intervir 
diretamente no âmbito da produção 
 
Questão 27________ 
 
“(...) as exigências do burguês foram delineadas na 
famosa Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão, de 1789. Este documento é um manifesto 
contra a sociedade hierárquica de privilégios nobres, mas 
não um manifesto a favor de uma sociedade democrática 
e igualitária”. [HOBSBAWN, Eric.A era das revoluções. Trad. 
Maria Tereza Teixeira & Marcos Penchel. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz e 
Terra, 1979, p.77.] 
Na Revolução Francesa, a Declaração dos Direitos do 
Homem e do Cidadão, promulgada a 26 de agosto de 
1789, um documento de alcance universal e baseado nos 
princípios do liberalismo, foi um marco na história do 
pensamento político ocidental, devendo ser 
compreendido na conjuntura histórica de profundas 
transformações européias a partir da segunda metade do 
século XVIII que culminaram com a crise do Antigo 
Regime. 
As afirmativas QUE SE RELACIONAM ao tema são: 
 
I. A promulgação da Declaração dos Direitos do 
Homem e do Cidadão correspondeu a primeira fase 
do processo revolucionário francês, quando a 
participação dos sans-cullotes e dos camponeses na 
cena política redefiniu o caráter da luta, forçando a 
abolição dos privilégios nobiliárquicos. 
II. A afirmação de que todos os homens devem ter 
assegurados em lei os direitos sagrados à liberdade, 
à igualdade, à vida e à felicidade promoveu uma 
ruptura com a ordem social vigente, demolindo a 
estrutura estamental do Antigo Regime baseada em 
critérios conferidos pela tradição. 
III. Para os liberais, todos os homens são dotados de 
paixões em seu estado de natureza, que resultam em 
desordem, necessitando de uma instância superior – 
o governo – capaz de assegurar a propriedade 
privada e controlar os instintos egoísticos do homem 
em prol do bem comum. 
IV. Dentre as conquistas alcançadas pela Revolução 
Francesa, destaca-se o sufrágio universal, a fim de 
assegurar a participação política de todos os 
membros da sociedade e acabar com a clivagem 
entre cidadãos ativos e cidadãos passivos que 
caracterizava a antiga ordem. 
V. A doutrina liberal estabeleceu o compromisso 
com um governo constitucional e representativo, que 
fosse capaz de garantir o domínio da lei e defender a 
igualdade civil e as liberdades individuais e 
coletivas, incluindo a livre manifestação do 
pensamento, a tolerância religiosa e a liberdade de 
expressão, publicação e reunião. 
 
A) I, III e V 
B) I, II e IV 
C) II, III e IV 
D) II, IV e V 
E) II, III e V 
 
 
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Questão 28_________ 
 
“Os imperialismos do final do século XIX e do século 
XX diferiam tanto do espírito de conquista ou de 
dominação das épocas passadas quanto da expansão 
colonial dos séculos anteriores pela seguinte 
característica: estavam, mais que os outros, ligados ao 
capital financeiro, e a colonização ou a conquista não 
eram as únicas expressões de sua existência”. [FERRO, 
Marc. História das colonizações: das conquistas às independências - 
séculos XIII a XX. Trad. Rosa Freire. São Paulo: Companhia das 
Letras, 1996, p. 34.] 
 
Na época do capitalismo liberal e concorrencial, marcada 
pela hegemonia inglesa no mundo capitalista, a questão 
fundamental residia no intercâmbio de matérias-primas e 
alimentos, a preços baixos, por produtos industrializados. 
O comércio mundial era regido pela livre-concorrência, 
segundo a “mão invisível” do mercado auto-regulador 
de Adam Smith. As transformações do capitalismo na 
segunda metade do século XIX começaram a questionar 
a validade do liberalismo, uma vez que os problemas 
suscitados pela depressão de 1873 resultaram na 
formulação de uma nova política de expansão e de 
anexação de mercados externos, para garantir a 
continuidade da acumulação capitalista, resultando no 
imperialismo. 
 
A respeito das características desse processo histórico, é 
pertinente afirmar: 
 
A) na maior parte da África, principalmente na África 
Negra, embora existissem condições históricas 
prontas para receber os investimentos europeus, 
ocorreu uma desarticulação violenta das estruturas 
econômicas e sociais anteriores à colonização, 
inclusive no que se refere à posse e à utilização da 
terra em benefício dos colonos europeus 
B) o aspecto principal, diferentemente da época 
histórica anterior, passou a residir na exportação de 
capitais disponíveis, sob a dupla forma de 
empréstimos diretos e/ou indiretos, através de bancos 
privados, e de inversões no setor público ou em 
atividades primárias, extrativas ou agrícolas, 
voltadas para exportação, com objetivos de 
modernização econômica 
C) a Alemanha e Itália, por entrarem atrasadas para a 
corrida imperialista, foram os únicos países que 
justificaram, ideológica e cientificamente, a nova 
expansão colonial pela idéia de que os brancos 
europeus tinham uma “missão civilizadora”, que 
estava associada à moralização dos costumes, a 
evangelização dos “selvagens” e ao ensino da prática 
do governo aos “povos atrasados”, que deveriam ser 
conduzidos à maturidade política 
D) a expansão imperialista dos Estados Unidos nem 
sempre se caracterizou pela exportação de capitais, 
uma vez que o estabelecimento de esferas de 
influência econômica e os canais de acesso a elas 
para proteger o território nacional eram os aspectos 
centrais, o que explica a ausência de investimentos 
no Caribe e na América Central em prol do interesse 
em resguardar o Pacífico como área de segurança 
E) como a China se isolou do Ocidente durante longo 
tempo e resistiu fortemente à sua penetração, a ação 
imperialista dos países europeus na região se baseou 
em uma “política de portas abertas”, que impedia a 
adoção de políticas protecionistas para facilitar a 
penetração de capitais no promissor mercado chinês 
(que possuía muitas riquezas naturais e grande 
disponibilidade de mão-de-obra) 
 
Questão 29_________ 
 
Manifestação de skinheads na Rússia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adolph Hitler, líder do nazismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, 
espera-se que ao longo do ensino fundamental os alunos 
possam ampliar a compreensão de sua realidade, 
especialmente confrontando-a e relacionando-a com 
outras realidades históricas. Sob essa perspectiva, situar 
acontecimentos históricos, localizá-los em uma 
multiplicidade de tempos e respeitar a diversidade 
social, considerando critérios éticos, são objetivos 
essenciais ao trabalho didático, que busca uma 
intercessão entre o fazer história e o saber pedagógico. 
Se a globalização integra e une economicamente os 
quatro cantos do planeta, por sua vez os nacionalismos 
agressivos ressurgem, hasteando a bandeira do racismo e 
da intolerância contra minorias étnico-religiosas e/ou 
povos. A crença na superioridade de um povo sobre 
outros renasce, seduzindo e mobilizando sentimentos e 
desejos humanos individuais e/ou coletivos. A 
“purificação étnica” e o xenofobismo são, portanto, 
ingredientes vitais às ações dos skinheads, mas que não 
representam algo novo na história da humanidade. 
 
As afirmativas que expressam a multiplicidade do tempo 
histórico, conforme evidenciada nas imagens, são: 
 
I – O nazismo alemão e o fascismo italiano apareceram 
como projetos alternativos à crise da dominação 
burguesa e ao comunismo (soviético), caracterizando-se 
pelo totalitarismo, pelo militarismo, pelo anti-semitismo, 
pelo nacionalismo exacerbado e pelo culto ao líder. 
 
II – O fascismo italiano e o nazismo alemão, que 
emergiram nas décadas de 20 e 30 na Europa apelavam 
às soluções de força somente em casos considerados de 
ameaça à ordem social, embora garantissem aos cidadãos 
as liberdades individuais e coletivas. 
 
III – A humilhante derrota da Itália na Primeira Guerra 
Mundial correlata à perda de regiões economicamente 
importantes e às pesadas cláusulas de guerra,impostas 
pelo Tratado de Versalhes, foram fatores históricos 
relevantes para explicar a tomada do poder pelos 
ascistas. f 
IV – O aceite dos atos de extermínio e violência, 
destinados a anular as diferenças e impor a 
homogeneidade, é encarado como algo legítimo tanto 
nos Estados fascistas, quanto no movimento dos 
skinheads, não importando que isso implique em 
destruição e/ou brutalização da humanidade. 
 
V – O processo ‘tardio’ de implantação do capitalismo 
na Alemanha, diferentemente da precocidade do 
exemplo italiano, resultou na fragilidade do mercado 
interno e na carência de espaço vital devido à ausência 
de mecanismos imperialistas suficientemente sólidos ou 
de uma expansão neocolonial vitoriosa. 
 
Está (ão) correta (s) apenas: 
 
A) I e II 
B) II e IV 
C) III e V 
D) I e IV 
E) II e V 
 
Questão 30_________
 
“A bipolarização do poder planetário é resultado do 
enfraquecimento geopolítico das antigas potências e da 
emergência de duas superpotências (os Estados Unidos e 
a União Soviética) capazes de desencadear a destruição 
de todo o sistema mundial de Estados. A Guerra Fria foi 
a manifestação mais nítida dessa bipolarização.” 
[MAGNOLI, Demétrio. O mundo contemporâneo: 
relações internacionais (1945-2000). São Paulo: 
Moderna, 1996, p. 47.] 
A Guerra Fria deve ser entendida como um confronto 
histórico entre as duas superpotências, Estados Unidos e 
União Soviética, que emergiram em meio aos rastros de 
destruição e violência deixados pela Segunda Guerra 
Mundial, resultando na divisão leste versus oeste. No 
início dos anos 60, a construção do Muro de Berlim, 
separando Berlim Ocidental e Berlim Oriental, foi o 
“símbolo” mais contundente dessa bipolaridade do 
planeta. 
Quanto à relevância histórica da Guerra Fria para a 
compreensão do século XX, destaca-se: 
 
A) Uma das características mais evidentes da Guerra 
Fria foi a emergência de conflitos localizados, 
deslocando o campo das batalhas da Europa para a 
América Latina, e, assim, expressando os confrontos 
entre o bloco capitalista e o bloco comunista pela 
delimitação das áreas de segurança 
B) A Guerra da Coréia e a Guerra do Vietnam, dentro 
da nova ordem internacional delimitada pela Guerra 
Fria, aumentaram a influência do capitalismo na 
Ásia, levando a União Soviética a reforçar e 
expandir as suas parcerias estratégicas no Oriente, 
por meio de uma rede de tratados militares e 
alianças diplomáticas 
C) Os Estados Unidos e a União Soviética, após o 
término do grande confronto mundial, se 
defrontaram a fim de assegurar áreas de influência 
no Leste Europeu e na Ásia, porém não chegaram a 
uma solução geopolítica para o problema alemão, 
com Berlim, o que contribuiu decisivamente para a 
Guerra Fria 
D) A bipolaridade mundial se intensificou a partir do 
falecimento de Stalin, uma vez que os novos 
governantes da URSS não aceitavam nenhum tipo 
de negociação com o Ocidente, particularmente no 
que se refere ao controle de arsenais bélicos 
E) Embora tenha se iniciado nos Estados Unidos um 
período de perseguição aos elementos de esquerda, 
trazendo a “guerra universal” para dentro das 
fronteiras nacionais, o Partido Comunista acabou 
por se fortalecer e conheceu um período de intensa 
atividade política e cultural, levando à rápida 
desarticulação do macartismo 
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
Questão 31_________ 
 
“Não é exato falar de um ciclo histórico da produção 
açucareira, como foi tradicional entre os historiadores. 
Ciclo dá a idéia de surgimento, ascensão e fim de uma 
atividade econômica o que não foi certamente o caso do 
açúcar ou de outros produtos (...). O avanço da 
exploração do ouro, no século XVIII, não significou o 
fim da economia açucareira” [FAUSTO, Boris, História 
do Brasil, São Paulo, EDUSP, 2006, p.81.] 
 “Em suas andanças pelos sertões, os paulistas iriam 
afinal realizar velhos sonhos e confirmar um raciocínio 
lógico. O raciocínio continha a seguinte pergunta: se a 
parte do continente que pertencia à América espanhola 
era rica em metais preciosos, por que estes não existiriam 
em abundancia também na colônia lusa?” [FAUSTO, Boris, 
História do Brasil, São Paulo, EDUSP, 2006, p.98.] 
 
Acerca da agromanufatura do açúcar e da mineração, 
durante o período colonial, menciona-se: 
 
A) o período de maior projeção dessas economias deu-
se ao longo do século XVIII, quando se assistiu à 
expansão da lavoura canavieira em direção à 
capitania do Rio de Janeiro e à descoberta dos veios 
auríferos não apenas em, Minas, mas também na 
região de Goiás e Mato Grosso 
B) tanto na economia açucareira, quanto na economia 
mineradora, a ocupação territorial se deu de forma 
contígua e linear, não se verificando grandes 
“vazios”, tão característicos, por exemplo, da região 
amazônica 
C) tanto na região açucareira, quanto na região 
mineradora, predominavam relações sociais 
baseadas no trabalho livre, a despeito da presença da 
escravidão negra nos eixos urbanos 
D) a articulação com as regiões pecuaristas do sertão 
nordestino e dos campos sulistas foi de fundamental 
importância para a expansão da economia 
mineradora, bem como se ampliou decisivamente a 
importância do porto do Rio de Janeiro, então 
transformado na principal saída para o escoamento 
do ouro 
E) nas economias açucareira e mineradora observou-se 
a quase inexistência de mobilidade social, uma vez 
que ambas se caracterizavam pelo emprego 
exclusivo da mão-de-obra escrava de origem 
africana, legitimando o poder dos grandes 
proprietários e reforçando o caráter patriarcal da 
sociedade colonial 
 
Questão 32________ 
 
“Não se contentou a minha família em ter um quinhão 
anônimo no regozijo público; entendeu oportuno e 
indispensável celebrar a destituição do imperador com 
um jantar, e tal jantar que o ruído das aclamações 
chegasse aos ouvidos de Sua Alteza, ou quando menos 
de seus ministros. (...) Dada a hora , achou-se reunida 
uma sociedade seleta, o juiz de fora , três ou quatro 
oficiais militares, alguns comerciantes e letrados, vários 
funcionários da administração, uns com suas mulheres e 
filhas, outros sem eles, mas todos comungando no desejo 
de atolar a memória de Bonaparte no papo de um 
peru.”[Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas] 
 
O trecho acima remonta ao final da dominação de 
Portugal pelas tropas napoleônicas, período no qual a 
família real portuguesa transferiu a sede da monarquia 
para a sua colônia na América, acarretando modificações 
importantes nas relações entre metrópole e colônia. 
Embora Napoleão tenha sido deposto no ano de 1815, D. 
João aqui permaneceu até o ano de 1820, quando 
regressou por ordem das Cortes, deixando seu filho 
Pedro como Príncipe Regente. 
 
A respeito desse período, sustenta-se: 
 
A) o príncipe regente D. João, assim que aportou em 
Salvador decretou a “abertura dos portos às nações 
amigas”, pondo fim a trezentos anos de monopólio 
colonial; porém, não garantindo à Inglaterra a 
condição de principal parceira comercial 
B) em 1810, as coroas portuguesa e inglesa assinaram 
os Tratados de “Aliança e Amizade” e de 
“Comércio e Navegação”, ratificando a presença 
inglesa na economia brasileira e garantindo aos 
produtos ingleses vantagens tarifárias, até mesmo 
em relação aos produtos portugueses 
C) em 1815, em uma conjuntura histórica de 
reconstrução da Europa com o Congresso de Viena, 
D. João elevou a colônia à condição de Reino 
Unido a Portugal e Algarves, o que veio de 
encontro aos interesses de nobres lusitanos que para 
cá vieram com a Corte e se enraizaram, devido às 
facilidades a eles concedidas no tocante à aquisição 
de sesmarias 
D) em 1817, como reação à política de taxações 
excessivas empreendidas por D. João, eclodiu em 
Pernambuco a revoltaconhecida por “Revolução 
Pernambucana”, que contou com a adesão de 
diversos segmentos da sociedade local, os quais 
desejavam a emancipação política da província, a 
imediata expulsão dos portugueses ligados ao 
comércio varejista, a abolição da escravidão e o 
estabelecimento de um regime democrático 
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
E) em 1821, cedendo às pressões das Cortes reunidas 
em Portugal, às quais muito desagradou o fato de o 
monarca ter se recusado a jurar a futura 
constituição, D. João VI retornou para Portugal, 
deixando, porém, D. Pedro como príncipe regente, a 
fim de que pudesse organizar uma reação de caráter 
absolutista 
 
Questão 33_______ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Poder Moderador pode chamar a quem quiser para 
organizar ministérios; esta pessoa faz a eleição, porque 
há de fazê-la; esta eleição faz a maioria. Eis aí o sistema 
representativo do nosso país! [Adaptado de NABUCO, 
Joaquim. Um estadista do Império. Rio de Janeiro: Topbooks, 1997.] 
 
A caricatura do Imperador dom Pedro II e a fala de 
Joaquim Nabuco, líder político do Império, apontam para 
algumas características que presidiram a construção e a 
consolidação do Estado Nacional Monárquico, 
revelando, através das permanências e mudanças da 
história do Brasil, como os princípios do liberalismo em 
voga na Europa se adequaram à “antiga ordem”, 
legitimando uma sociedade escravista e autoritária. 
 
A afirmativa que caracteriza o difícil processo de 
consolidação do Estado Nacional Monárquico no Brasil 
é: 
 
A) dadas as amplas prerrogativas do Poder Moderador, 
conforme mostra a caricatura, houve uma sucessão 
de trinta e seis gabinetes durante o governo de D. 
Pedro II, enfraquecendo o regime parlamentarista, 
fazendo eclodir novas revoltas nas províncias do 
norte e nordeste e tornando o recurso às armas mais 
uma vez necessário 
B) diante da instabilidade política que caracterizou a 
Regência, ameaçando a ordem escravista, o 
imperador D. Pedro II garantiu a unidade territorial e 
consolidou a monarquia com base nas prerrogativas 
do Poder Moderador, criando, por decreto, no ano de 
1847, o cargo de presidente do Conselho de 
Ministros por ele indicado, o que permitia aos 
liberais e aos conservadores se revezarem no poder e 
imporem os seus interesses políticos nas eleições 
C) como D. Pedro II não conseguiu pacificar as 
províncias, mesmo com apoio de membros do 
Exército, ele se viu obrigado a transferir para o 
Conselho de Ministros a difícil tarefa de 
consolidação do Estado Nacional, com base no 
unitarismo, o que resultou no enfraquecimento do 
Poder Moderador 
D) os dois grandes partidos imperiais – o Liberal e o 
Conservador – se formaram plenamente em fins da 
década de 1830, e tinham sérias diferenças sociais e 
político-ideológicas, o que os levou a rivalizarem 
entre si, impossibilitando qualquer acordo e 
dificultando a consolidação de um regime 
monárquico centralizado 
E) um dos fatores determinantes para a afirmação do 
Estado Monárquico foi a autonomia que as 
províncias conquistaram após a Regência, 
garantindo a estabilidade política, permitindo a 
defesa dos interesses regionais na Corte e, desse 
modo, diminuindo o domínio exclusivo do Sudeste 
sobre o restante do Império 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
Questão 34_________ 
 
“Dom Pedro, por graça de Deus e unânime aclamação 
dos povos, imperador constitucional e defensor perpétuo 
do Brasil. Fazemos saber a todos os nossos súditos, que 
a Assembléia Geral decretou, e nós queremos a lei 
seguinte: 
Art. 1o: As embarcações brasileiras encontradas em 
qualquer parte, e as estrangeiras encontradas nos 
portos, enseadas, ancoradouros ou mares territoriais do 
Brasil, tendo a seu bordo escravos, cuja importação é 
proibida pela lei de 7 de novembro de 1831, ou havendo-
os desembarcado, serão apreendidas pelas autoridades, 
ou pelos navios de guerra brasileiros, e consideradas 
importadoras de escravos. 
Art. 3o: São autores do crime de importação de escravos, 
ou de tentativa dessa importação, o dono, o capitão ou 
mestre, o piloto e o contramestre da embarcação e o 
sobrecarga. São cúmplices a equipagem e os que 
coadunarem o desembarque de escravos no território 
brasileiro ou que concorrerem para os ocultar ao 
conhecimento da autoridade, ou para subtrair à 
apreensão no mar, ou em ato de desembarque, sendo 
perseguidos”. (ALVES FILHO, Ivan: Brasil - 500 anos em 
Documentos. Rio de Janeiro, Mauad Editora, 1999, p.212) 
 
Em meados do século XIX, diante do processo de 
internacionalização do capitalismo, redefinindo as 
relações entre os países e entre os homens, o Brasil, a 
reboque do desenvolvimento industrial mundial, 
precisava mudar a sua fisionomia e começar, ainda que 
timidamente, a fincar os pés na modernidade. O governo 
imperial brasileiro - por força dessa nova conjuntura 
histórica, na qual pressões externas se conjugaram a 
interesses políticos internos - promulgou uma série de 
medidas que dinamizaram a nossa economia e 
alavancaram a expansão dos centros urbanos. Diferentes 
atores sociais, através de lutas políticas e embates 
ideológicos, ora resistiram, ora compactuaram com tais 
medidas, seja pela defesa das prerrogativas da classe 
senhorial, seja pelas promessas da modernidade. A 
proibição do tráfico de escravos, anunciada desde a 
Regência Feijó, foi ratificada através da Lei Eusébio de 
Queiroz, por meio da qual foi extinto o comércio 
intercontinental. 
 
Acerca dessa lei e de suas repercussões, são factíveis as 
seguintes afirmativas: 
 
I – A extinção do tráfico intercontinental estimulou o 
tráfico interprovincial, possibilitando aos 
endividados senhores de engenho do Nordeste 
recuperarem-se economicamente, uma vez que a 
venda de seus escravos para os prósperos 
cafeicultores do novo Oeste Paulista franqueou-lhes 
uma nova fonte de rendimentos. 
 
II – Ao afirmar a iniciativa de extinção do tráfico 
negreiro, o Estado Monárquico consolidou a 
soberania nacional, evidenciando um forte 
nacionalismo de feições anti-britânicas correlato a 
aproximação econômica do Brasil com os Estados 
Unidos. 
 
III – Os defensores da manutenção do tráfico 
negreiro apoiavam-no como forma de equilíbrio 
entre a grande quantidade de negros cativos 
existentes no território brasileiro e as categorias 
livres da população, a fim de não expor, 
particularmente, a “boa sociedade” aos perigos da 
“rua”, então associados às rebeliões e às fugas de 
escravos, bem como à invasão de terras. 
 
IV – A aprovação da Lei de Terras foi de 
fundamental importância para que o 
encaminhamento da substituição do trabalho 
escravo pelo trabalho livre – aberto pela Lei Eusébio 
de Queiroz – não colocasse em xeque os interesses 
dos grandes proprietários, uma vez que, dispondo 
que as terras deveriam ser, doravante, adquiridas 
mediante compra, mantinha o monopólio da 
propriedade da terra por uma elite que, assim, 
poderia também exercer forte controle sobre a mão-
de-obra. 
 
V – A aprovação da Lei Eusébio de Queiroz não 
possibilitou a liberação de capitais para 
investimentos em outros setores da economia e em 
infra-estrutura, dado o forte endividamento dos 
senhores e a crise na produção, mantendo o Império 
mergulhado em uma profunda dependência aos 
capitais externos. 
 
Está (ão) correta (s) apenas: 
 
A) I e IV 
B) II e V 
C) I e III 
D) II e IV 
E) III e IV 
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Questão 35_________ 
 
“Nesta república monstruosa, onde não há justiça, nem 
instrução, nem eleição, nem responsabilidades, a 
bandeira da federação é a bandeira negra do corso 
cobrindo toda as depredações da pirataria política.” 
[Martim Soares. O Babaquara: subsídio para a história da 
oligarquia no Ceará. Rio de Janeiro, s/ed., 1912.] 
 
O texto faz menção aos mecanismos de dominação 
política que foram instaurados na Primeira República, 
mostrando como a nova configuração do poder transitou 
por ambigüidades que dificultaram a consolidação de um 
regime representativo em nosso país, o exercício da 
cidadania e o respeito à “coisa pública”. Expedientes 
políticos de manipulação do processo eleitoral, tais como 
o voto de cabresto, a eleição a bico de pena, o voto dos 
mortos, a falsificação de atas e a degola dos candidatos 
da oposição se transformaram em hábitos rotineiros e 
legítimos da vida política brasileira, evidenciando, 
inclusive, a dependência do Poder Judiciário ao poder 
das oligarquias e legitimando a fraude, a corrupção e o 
clientelismo. 
A afirmativa que expressa o funcionamento 
político-institucional da Primeira República é: 
A) a Política dos Governadores baseou-se na aliança 
entre o poder estadual e o poder municipal, para que 
todas as oligarquias, interessadas em assegurar a sua 
hegemonia em âmbito regional obtivessem favores 
do governo federal para investir no crescimento dos 
municípios em troca do apoio aos projetos 
governamentais 
B) o poder federal apoiava as oligarquias nos estados, 
tomando medidas que defendiam os interesses da 
economia primário-exportadora, como as restrições 
ao câmbio e o protecionismo externo, em troca do 
compromisso dos chefes regionais e locais de 
manterem a ordem, destruindo qualquer foco de 
rebelião popular 
C) como a bancada era proporcional ao número de 
habitantes por estado, São Paulo e Rio de Janeiro 
eram os estados de maior bancada parlamentar, 
portanto os de maior força política, o que lhes 
permitiu ascender ao controle do poder em âmbito 
nacional através da política “café-com-leite”, 
assegurando a vitória dos candidatos da situação 
tanto à sucessão presidencial, quanto à formação da 
maioria parlamentar 
D) a Comissão de Verificação dos Poderes, destinada 
ao controle da diplomação dos parlamentares 
eleitos; a montagem de máquinas eleitorais nos 
estados a serviço das oligarquias dominantes; a 
formação de currais eleitorais no interior sob 
controle dos coronéis para garantir a vitória dos 
candidatos da situação e a eleição a “bico de pena” e 
o voto de cabresto foram mecanismos políticos 
destinados a garantir e perpetuar a dominação 
oligárquica 
E) como as oligarquias estaduais conquistaram muito 
poder e se fortaleceram, elas acabaram retirando dos 
coronéis a influência que outrora tiveram em seus 
respectivos municípios e circunvizinhanças, 
restando 
a eles obedecê-las e viabilizar a vitória dos 
candidatos da situação, por meio do voto de 
cabresto, em troca de alguma verba e nomeação para 
cargos públicos sem importância 
 
Questão 36_________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Participantes do Levante da Vila Militar do Rio de Janeiro, presos a bordo do 
navio Alfenas, em julho de 1922.. 
(CPDOC/PEB foto 002) 
 
Durante um período significativo da República Velha 
(1889-1930), também conhecida como Primeira 
República, o Brasil foi controlado pela política do café-
com-leite, que assegurava o revezamento, no governo 
federal, de representantes dos estados de São Paulo e 
Minas Gerais. Nas eleições presidenciais de 1922, 
porém, essa hegemonia foi contestada por grupos 
oligárquicos de outros estados. A insatisfação atingiu 
também as Forças Armadas, particularmente os jovens 
oficiais, chamados genericamente de tenentes, que se 
tornaram os atores principais de vários levantes 
ocorridos durante a década de 1920, como as revoltas de 
5 de Julho de 1922 e a de 5 de Julho de 1924, e a Coluna 
Miguel Costa-Prestes. O conjunto desses movimentos 
ficou conhecido na historiografia brasileira como 
"movimento tenentista" ou simplesmente "tenentismo”. 
[http://www.cpdoc.fgv.br/nav_fatos_imagens/htm/fatos/RevoltasJulho.asp] 
 
A afirmativa que se relaciona ao texto é: 
 
A) no plano político, o tenentismo tinha idéias 
progressistas, lutando contra o poder das oligarquias 
regionais e contra o coronelismo, defendendo o voto 
secreto e a criação de uma justiça eleitoral autônoma. 
B) os tenentes defendiam uma ampla aliança com setores 
das oligarquias, através de um programa que 
defendia um governo centralizado, amplas reformas 
econômicas e sociais e uma política agrícola que 
mantinha a proteção sobre a produção cafeeira. 
C) o movimento tenentista defendia a consolidação das 
verdadeiras instituições republicanas, a 
descentralização do poder, a redução dos privilégios 
das oligarquias, o fim da corrupção e a representação 
das minorias. 
D) o Movimento tenentista, embora não tivesse uma 
proposta clara de reformulação política, defendiam a 
centralização do poder, fazendo restrições às eleições 
diretas e ao sufrágio universal. 
 E) o Movimento Tenentista defendia e propunha um 
 regime parlamentarista, ampla, procurando tecer 
alianças com os diversos setores do poder, além de 
preconizar uma política de austeridade monetária. www.pciconcursos.com.br
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 PROFESSOR DE HISTÓRIA 
 
 
Questão 37_________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comemoração do 1º de Maio em 1941, no Estádio do Vasco da Gama. Fonte: 
Arquivo Nacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Getúlio Vargas alçou à condição de líder da 
sociedade, bem como difundiu as ações do Estado 
Novo associadas à sua imagem, através de intensa 
propaganda governamental, veiculada pelo DIP, e 
da valorização da educação cívica nas escolas. O 
estabelecimento de datas oficiais reforçava a 
necessária identificação entre chefe e coletividade, 
explicando porquê trabalho e trabalhador passaram 
a figurar, fortemente, nos discursos presidenciais 
veiculados no rádio. Todos deveriam servir ao 
Brasil para colocá-lo no caminho do progresso e da 
opulência econômica. Sobre a política trabalhista do 
Estado Novo, é pertinente dizer: 
 
A) o dia “Primeiro de Maio” foi institucionalizado como 
Dia do Trabalho, por iniciativa de Vargas, tendo em 
vista harmonizar os interesses entre capital e trabalho 
e, assim, promover, um pacto político que almejava 
o desenvolvimento econômico com harmonia social 
B) o estabelecimento do salário-mínimo, no ano de 
1949, ao invés de representar um poderoso 
instrumento de acumulação de capital urbano-
industrial, fixou-o em níveis acima dos biológicos, 
garantindo a elevação do valor da força de trabalho 
e, conseqüentemente, melhorando as condições de 
vida da classe operária 
C) como a legislação previdenciária, a criação da 
Justiça do Trabalho, a lei de Sindicalização e a 
Consolidação das Leis do Trabalho foram decretadas 
em uma conjuntura de desgaste do Estado Novo para 
fortalecer o compromisso político com as classes 
trabalhadoras, as mesmas não conseguiram ser 
mantidas após a deposição do ditador Getúlio 
Vargas, rompendo com o pacto populista 
D) se o discurso de colaboração entre as classes em prol 
do desenvolvimento econômico e da paz social foi 
historicamente relevante para legitimar o projeto 
político varguista, o mesmo não conseguiu se 
perpetuar após a deposição do ditador, resultando em 
forte oposição dos operários e na eclosão de 
movimentos sociais, liderados pelas classes médias, 
que destruíram o trabalhismo de Getúlio Vargas 
E) a necessidade de preservar o legado de Vargas, no 
que se refere à possibilidade de emergência

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