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Prova Pref. TucuruíPA - UNAMA - 2006 - para Professor de História.pdf

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Concurso Público 001/2006 – Prefeitura Municipal de Tucuruí – Professor de História 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
LEIA O TEXTO PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES NUMERADAS DE 01 A 10, E ASSINALE A ÚNICA 
ALTERNATIVA QUE RESPONDE CORRETAMENTE AO ENUNCIADO. 
 
 
 
 
A mais simpática grife surgida nos últimos tempos no Brasil é a DASPU. Para quem andou muito 
distraído nestes últimos meses, em hibernação como os ursos, ou ainda há pouco, em viagem a outros 
planetas, em companhia do astronauta brasileiro, a DASPU é uma linha de roupas criada por uma 
ONG do Rio de Janeiro dedicada à promoção de prostitutas, a DAVIDA. A grife é um caso exemplar 
do que um nome é capaz. “DASPU” é um achado. Não apenas porque faz um contraponto à DASLU, 
loja chique de São Paulo, mas também porque anuncia, na última sílaba, toda a carga imensa de uma 
das palavras mais sonoras, vigorosas, ultrajantes, estigmatizantes, malditas e belas (sim belas) da 
língua, palavra que não se vai escrever aqui por inteiro mas que todos sabem qual é, e que, apesar de 
sua rica corte de sinônimos – 127 ao todo, no dicionário Houaiss, de “alcouceira” a “zorra” - , ainda 
reina e reinará por muito, muito tempo com autoridade única para expressar o que expressa. 
 
Gabriela Silva Leite, paulistana radicada no Rio, generosa, inteligente, articulada, empreendedora e 
respeitada, foi prostituta até 1992. Desde sempre teve a intenção de criar uma associação que reunisse 
e defendesse a categoria. Em 1992, fundou a DAVIDA, com um grupo de companheiras e o apoio de 
amigos homens. A idéia de criar uma grife que pudesse representar uma fonte de recursos para a 
associação ocupava-lhe a mente já havia algum tempo quando, numa conversa com o designer Sylvio 
de Oliveira, em julho do ano passado, este teve o estalo: DASPU! O nome imaginado pelo amigo e 
colaborador era o impulso que faltava para fazer deslanchar o projeto. Era a oportunidade, e já não 
apenas de Gabriela, senão de toda uma comunidade. A DASLU reagiu contra a concorrente nanica 
com uma ameaça de processo. Menos deselegante teria sido convidar a DASPU a expor em suas 
dependências. 
 
Portanto, para a grife das prostitutas, o fato rendeu dois bons frutos: o da imediata notoriedade e o 
da excepcional quantidade de vendas das camisetas. A DAVIDA, em articulação com outras 
associações de prostitutas de várias partes do Brasil, promove campanhas como a de prevenção da 
Aids. Gabriela, que aos 55 anos é mãe de dois filhos e avó cuidadosa de uma neta, além de mãe 
substituta do filho de seu companheiro, contabiliza como vitória da classe o fato de, desde 2005, o 
Ministério do Trabalho ter incluído a prostituição entre as ocupações reconhecidas oficialmente no 
país. Com isso, entre outras vantagens, criou-se a condição para que nos próximos censos o IBGE 
possa apurar algo que hoje é uma incógnita - quantas são as prostitutas no Brasil. 
 
O nome DAVIDA remete a “mulher da vida”, uma estranha maneira de dizer. Por que “da vida”? 
Em tempos imemoriais - quando a vida não era bonita nem feia -, a intenção de quem cunhou a 
expressão, certamente não foi boa, mas, considerando-se que a alternativa é “da morte”, resulta que é 
melhor, muito melhor, ser “da vida”. Já DASPU é um nome que tem a marca do atrevimento, dos que 
lutam contra a maré. É a grife das pessoas que não têm vergonha de esconder nem sua condição nem, 
no abusado “pu” final, a mais precisa, legítima, cortante, ferina denominação da atividade que 
abraçaram. 
_____________________ 
Roberto Pompeu Toledo 
Revista Veja, 19 de abril de 2006 p. 126 (texto adaptado) 
 
 
 
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Concurso Público 001/2006 – Prefeitura Municipal de Tucuruí – Professor de História 
 
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01. A grife é um caso exemplar do que um nome é capaz. “DASPU” é um achado. 
 
Ao ler o trecho acima, retirado do primeiro parágrafo do texto, percebemos que o autor se 
posiciona sobre como um nome, de certo modo muito comum, pode ser uma grande “sacada” (um 
achado) de marketing e uma marca forte. Das alternativas, com fragmentos retirados do texto, a(s) 
que revela(m) principalmente esta intenção argumentativa do autor é (são): 
 
I- “A mais simpática grife surgida nos últimos tempos no Brasil é a DASPU.” 
II- “... porque faz um contraponto à DASLU, loja chique de São Paulo ...” 
III- “... mas também porque anuncia, na última sílaba toda a carga imensa de uma das palavras 
mais sonoras, vigorosas, ultrajantes, estigmatizantes, malditas e belas (sim belas) da língua.” 
IV- “... reina e reinará por muito, muito tempo com autoridade única para expressar o que 
expressa.” 
 
O correto está em: 
 
A) I e IV, apenas. 
B) II, apenas. 
C) III, apenas. 
D) II e III, apenas. 
 
02. “... DASPU é um nome que tem a marca do atrevimento, dos que lutam contra a maré. É a grife 
das pessoas que não têm vergonha de esconder nem sua condição nem, no abusado “pu” final, a 
mais precisa, legítima, cortante, ferina denominação da atividade que abraçaram.” 
 
Neste contexto, “contra a maré”, quanto ao sentido que aí assume, liga-se, com mais propriedade, 
à palavra ou expressão: 
 
A) atrevimento 
B) renitentes 
C) abusado 
D) não têm vergonha 
 
03. “Com isso, entre outras vantagens, criou-se a condição para que nos próximos censos o IBGE 
possa apurar algo que hoje é uma incógnita.” 
 
Com respeito a elementos textuais, assinale a alternativa correta. 
 
A) Não há sujeito em “Criou- se”. 
B) A expressão “para que” estabelece um nexo de finalidade entre as orações. 
C) A relação entre a palavra do texto “censos” e a palavra “senso” é de antonímia. 
D) O uso do pronome proclítico com o verbo criar (criou-se) obedece à norma culta. 
 
04. A enumeração de adjetivos que, pelo contexto, melhor evidencia a intencionalidade do autor de 
expressar gradação ascendente está em: 
 
A) “...paulistana radicada no Rio, generosa, inteligente, articulada, empreendedora e 
respeitada...” 
B) “...considerando -se que a alternativa é “da morte”, resulta que é melhor, muito melhor, ser “ 
da vida”. 
C)“...no abusado “pu” final, a mais precisa, legítima, cortante, ferina denominação da atividade 
que abraçaram.” 
D) “... aos 55 anos é mãe de dois filhos e avó cuidadosa de uma neta, além de mãe substituta do 
filho de seu companheiro...” 
 
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05. Em “...DASPU ! O nome imaginado pelo amigo e colaborador era o impulso que faltava para 
fazer deslanchar o projeto. Era a oportunidade, e já não apenas de Gabriela, senão de toda uma 
comunidade.”, a palavra assinalada (“senão”) pode ser substituída, sem que haja alteração de 
sentido, por : 
 
A) portanto 
B) de outro modo 
C) exceto 
D) mas sim 
 
06. Na passagem: “...palavra que não se vai escrever aqui por inteiro mas que todos sabem qual é, e 
que, apesar de sua rica corte de sinônimos – 127 ao todo, no dicionário Houaiss, de “alcouceira” 
a “zorra” - , ainda reina e reinará por muito, muito tempo com autoridade única para expressar 
o que expressa.”, o advérbio ainda tem o mesmo sentido que em: 
 
A) Ainda lutando, nada conseguirá vencer o preconceito. 
B) Há ainda outras ONGs envolvidas na questão. 
C) Ainda há poucos meses elas não tinham esperança. 
D) Um dia ele voltará, e ela estará ainda à sua espera. 
 
07. A idéia de criar uma grife que pudesse representar uma fonte de recursos para a associação 
ocupava - lhe a mente já havia algum tempo quando, numa conversa com o designer Sylvio de 
Oliveira, em julho do ano passado, este teve o estalo: DASPU! O nome imaginado pelo amigo e 
colaborador era oimpulso que faltava para fazer deslanchar o projeto [...]. A DASLU reagiu 
contra a concorrente nanica com uma ameaça de processo. Menos deselegante teria sido convidar 
a DASPU a expor em suas dependências [...]. Para a grife das prostitutas, o fato rendeu dois bons 
frutos: o da imediata notoriedade e o da excepcional quantidade de vendas das camisetas. 
 
Em relação aos fragmentos acima, assinale a opção correta: 
 
A) a forma verbal “ocupava” está no singular para concordar com “uma fonte de recursos”. 
B) Em: “este teve o estalo: DASPU!”, o pronome demonstrativo é um elo coesivo que tem como 
referente o nome próprio dado ao projeto. 
C) O emprego do sinal de pontuação - dois pontos (:) - após “dois bons frutos” está correto, 
embora pudesse ser substituído por vírgula, sem prejudicar a coerência e a coesão do período. 
D) Em: “o da imediata notoriedade e o de excepcional quantidade de vendas das camisetas.”, a 
presença do artigo definido masculino singular negritado, em duas ocorrências, indica que se 
pode subentender, após o artigo, a repetição da palavra “fato”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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08. A respeito do texto, julgue as seguintes afirmativas. 
 
I- Em: “Para quem andou muito distraído nestes últimos meses, em hibernação como os ursos, 
ou ainda há pouco, em viagem a outros planetas, em companhia do astronauta brasileiro...” a 
palavra em destaque resume uma contundente e feroz crítica a quem não se mantém bem 
informado sobre as questões sociais do país. 
II- Em: “A DASLU reagiu contra a concorrente nanica com uma ameaça de processo.”, a palavra 
em negrito, neste contexto, permite que o leitor perceba, no seu uso, uma carga de ironia sobre 
o fato de a grande grife (DASLU) reagir ao se sentir ameaçada pelo sucesso de uma pequena 
empresa de prostitutas, e com isso contribuir ainda mais para a venda das camisetas da 
DASPU. 
III- Em: “... apesar de sua rica corte de sinônimos – 127 ao todo, no dicionário Houaiss, de 
‘alcouceira’ a ‘zorra’ -, ainda reina e reinará por muito, muito tempo com autoridade única 
para expressar o que expressa.”, a expressão em negrito (no dicionário Houaiss) é um recurso 
argumentativo de autoridade. 
 
O correto está em: 
 
A) I, apenas. 
B) II, apenas. 
C) II e III, apenas. 
D) I e II, apenas. 
 
09. Com respeito a elementos apreendidos na leitura do texto, julgue as afirmativas que se seguem: 
 
I- A leitura atenta permite a inferência de que o autor está sempre argumentando a favor da 
DASLU, o que se confirma na frase final do texto. 
II- Pode-se perceber que o vocábulo “VIDA” em “... remete a ‘ mulher da vida’... ; “Por que da 
vida?”, e “...quando a vida não era bonita nem feia...” apresenta matizes significativos 
distintos neste contexto. 
III- Na passagem do segundo para o terceiro parágrafo do texto, nota-se nexo semântico 
conclusivo. 
IV- Em: “Desde sempre teve a intenção de criar uma associação que reunisse e defendesse a 
categoria ...” o uso, no texto, do modo subjuntivo nas formas verbais negritadas é coerente 
porque havia apenas possibilidades e não a certeza de que a idéia seria concretizada, o que é 
enfatizado pela palavra “intenção”. 
 
 O correto está em: 
 
A) I e II, apenas. 
B) I e IV, apenas. 
C) II, III e IV, apenas. 
D) I, II, III e IV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10. Com respeito a elementos do texto, considere as alternativas abaixo: 
 
I - Se reescrevêssemos a frase “... ocupava - lhe a mente ...” , substituindo o pronome lhe por uma 
expressão equivalente, de modo a não comprometer a coerência textual, teríamos: “... ocupava 
a sua mente... ” 
II - Em: “...A DASLU reagiu contra a concorrente nanica com uma ameaça de processo.” há uma 
situação evidente de ambigüidade provocado pela palavra nanica. 
III - Em: “quando, numa conversa com o designer Sylvio de Oliveira, em julho do ano passado, 
este teve o estalo: DASPU!” há um exemplo de discurso direto. 
IV – Em: “...numa conversa com o designer Sylvio de Oliveira, em julho do ano passado, este teve 
o estalo...” , as vírgulas após “Oliveira” e após “passado” justificam-se por isolar oração 
subordinada adjetiva explicativa. 
 
O correto está em: 
 
A) I e IV, apenas. 
B) III e IV, apenas. 
C) I e III, apenas. 
D) I, II, III e IV. 
 
 
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
 
NAS QUESTÕES NUMERADAS DE 11 A 30, ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA QUE RESPONDE 
CORRETAMENTE AO ENUNCIADO. 
 
11. A alteridade é um conceito fundamental para evitarmos preconceitos na sociedade contemporânea. 
Para o historiador atual, a alteridade significa a/ o: 
 
A) “alteração” ou a mudança na identidade social própria de algum povo. Em história, toda 
alteração social é central para o estudo da transformação nas relações sociais e quebra de 
preconceitos. 
B) natureza ou condição do que é outro, do que é distinto a um povo. Como oposto à identidade, 
este conceito é fundamental, pois auxilia o historiador a compreender e respeitar a diversidade 
cultural dos povos. 
C) processo de se identificar o outro povo, percebendo nele a nossa cultura e civilização através de 
comparações. Este processo comparativo, classificatório e evolutivo é o trabalho do historiador 
atual. 
D) percepção cultural do que os outros povos possuem de nós. Este estudo da alteridade/identidade 
é feito pelos historiadores que são isentos de preconceitos e transitam entre diversas culturas do 
passado. 
 
12. As idéias de gênero e de diversidade sexual (orientação e papel sexual) são temas históricos e 
devem estar presentes em sala de aula, de forma a ensinar a tolerância e combater os preconceitos. 
Sobre o assunto é essencial ao (a) historiador (a) perceber que: 
 
A) existem dois gêneros (masculino e feminino). A diversidade sexual e os papéis sociais destes 
gêneros são naturais e geneticamente determinados, sendo papel dos (as) historiadores(as) 
descrevê-los, classificando-os moralmente. 
B) o gênero sexual masculino é aquele essencial ao historiador atual, na medida em que a história 
hegemonicamente foi feita por Homens e é preciso reconhecer esta condição humana, mesmo 
que ela seja preconceituosa. 
C) os dois gêneros, suas orientações e papéis sexuais ajudam o historiador a perceber a 
diversidade e as mudanças sociais e culturais, essenciais aos estudos históricos e ao combate 
dos preconceitos do passado e do presente. 
D) a história da diversidade sexual entre os gêneros indica que, socialmente, as mulheres ocupam 
um papel social inferior aos homens e que ao historiador cabe combater esta diversidade 
sexual, invertendo esta posição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13. A denominação “Paleolítico” provém do uso da pedra lascada como instrumento de trabalho 
predominante nesse período. O homem, através do seu trabalho, utilizou-se de sua capacidade 
racional para fabricar suas primeiras ferramentas, que ainda hoje são encontradas em várias partes 
do globo. São características do trabalho neste período: 
 
A) vida em pequenos grupos, nomadismo, e trabalho baseado em uma economia coletora que 
consistiana caça, na pesca e na coleta de frutos e tubérculos. 
B) aproveitamento dos recursos naturais para garantia do sustento, através da cooperação e da 
ação em conjunto, com o trabalho agrícola em expansão. 
C) nascimento das primeiras cidades com a organização do trabalho em uma economia escravista 
e estados Teocráticos. 
D) intensa troca de produtos coletados ou plantados, em uma economia baseada no “comunismo 
primitivo”, à semelhança das atuais sociedades indígenas. 
 
14. “A palavra democracia vem do grego (demos, povo; kratos, poder) e significa poder do povo. 
Não quer dizer governo pelo povo. (...) O fundamental é que o povo escolha o indivíduo ou 
grupo que governa, e que controle como ele governa”. 
(Renato Janine Ribeiro. Democracia. SP: Publifolha, 2001, p.1). 
 
 
Sobre o princípio da democracia anunciado acima e sua prática entre os gregos do século V a. C. é 
correto afirmar: 
 
A) Os atenienses inventaram a democracia representativa, mas a limitaram apenas aos cidadãos do 
sexo masculino, maiores de 30 anos e com escolaridade comprovada. 
B) Os atenienses e os espartanos inventaram a democracia, mas os atenienses a mantiveram de 
forma direta e os espartanos de forma representativa com a criação de parlamentos. 
C) A democracia grega era direta e ampliada a todas as cidades-estados, sendo mais universal em 
Atenas, onde até as mulheres casadas e maiores de idade podiam votar. 
D) A democracia grega era direta em Atenas do século V a.C. Ainda assim, deixava de fora todas 
as mulheres, os estrangeiros e os escravos. 
 
15. Entre o final da Idade Média e o início da Moderna consolidou-se a vida nos burgos e surge um 
tipo social moderno - o burguês - cujas práticas sociais diferem daquelas praticadas pelos nobres, 
os clérigos e pelos servos. Sobre as práticas e estilo de vida do burguês é correto afirmar que: 
 
A) inicialmente, burguês era apenas o morador do burgo, mas, com o tempo, ganhou status de uma 
classe econômica mercadora, que vivia da troca e consumo de bens e de propriedades. 
B) o típico burguês era o dono de um burgo, controlador das rotas comerciais e braço direito da 
nobreza campesina. No entanto, faltava-lhe status social na corte dos Reis Europeus. 
C) o mundo burguês era uma mistura de lucro e riquezas oriundas do comércio, com a perseguição 
religiosa e política do clero e do Estado Absolutista, ávidos pelo dinheiro dos burgueses. 
D) os burgueses praticavam a busca irrestrita do lucro, assim, impunham aos camponeses novas 
regras de trabalho industrial, nas cidades e, aos nobres, uma nova ética do trabalho assalariado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16. 
“Os artistas tinham que se esforçar para conseguir uma posição destacada e estável na Corte 
(...) [O pintor] Velásquez, por exemplo, passou muito tempo a serviço do rei desempenhando 
as funções de curador da coleção de arte de Felipe IV. (...) Começou a tornar-se cada vez 
mais vulgar a contratação de escritores para secretários ou historiadores da Corte”. 
(Peter Burke. “O cortesão”. In: Eugenio Garin (org.) O Homem renascentista. Lisboa: Editorial Presença, 1991, 
pp. 114-115). 
 
O trecho acima ressalta a aproximação entre dois mundos essenciais no Renascimento europeu. 
São eles: 
 
A) o mundo dos artistas, vinculados às cidades e burgos emergentes, e o dos nobres e a sua 
sociedade de corte, que se uniam através da política do mecenato. 
B) o mundo dos reis, como Felipe IV, e de pintores e escritores humanistas. Esta associação 
juntava o absolutismo renascentista com práticas camponesas dos artistas humanistas. 
C) a junção dos literatos e artistas humanistas com o universo burguês, predominantemente liberal, 
que prevalecia na maioria das cortes régias da época renascentista. 
D) a união entre a burguesia emergente (literatos e pintores) com a nobreza absolutista, em 
decadência, representada pela arcaica sociedade de corte e seus reis, como Felipe IV. 
 
17. O Concílio de Trento (1545-1563) foi o mais longo da história da Igreja Católica. Ele especificou 
as doutrinas católicas quanto à salvação, aos sacramentos e aos cânone bíblico. Em Trento, nasceu 
uma nova ética da fé católica, surgida em meio a um processo de oposição a algumas nascentes 
práticas: 
 
A) inquisitoriais, que grotescamente matavam e queimavam os católicos desviantes da conduta 
ética tradicional. 
B) Reformistas, dos católicos radicais, que pregavam o fim da política papal da compra das 
indulgências e a diminuição dos impostos católicos, o dízimo. 
C) protestantes, especialmente as luteranas, que punham em dúvida vários pontos da doutrina e 
credo católicos. 
D) protestantes calvinistas e luteranas, que propunham o fim do catolicismo e a criação de um 
catolicismo renovado, sob o comando de Trento I, o papa da época. 
18. O Iluminismo foi uma verdadeira revolução intelectual que se efetivou na Europa, especialmente 
na França, no século XVIII. Esse movimento representou o auge das transformações culturais 
iniciadas no século XIV, pelo movimento renascentista e que marcaram o início da modernidade. 
São idéias iluministas modernas o/a: 
A) valorização dos saberes e experiências humanas e a busca de explicações através da razão 
(ciência) e das experiências, rompendo com as formas de pensar até então consagradas pela 
tradição e pela fé. 
B) uso do teocentrismo, a idéia de que todos os fenômenos políticos e sociais eram solucionados 
pela leitura bíblica, bem como as práticas inquisitoriais que serviam para controlar e punir os 
atos amorais da população mais rebelde. 
C) compreensão de mundo através de leis e normas retiradas das interpretações dos fenômenos 
naturais (lei natural), bem como criação de corpos de saberes como as constituições, as 
declarações universais dos homens e a fé no absolutismo natural. 
D) fé nas instituições escolares e religiosas, como agentes transformadores das relações sociais 
contemporâneas, em contraste com as lutas revolucionárias e sangrentas que assolaram a 
Europa do século XVIII e XIX. 
 
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19. A Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra do século XVIII, alterou profundamente as 
condições de vida dos trabalhadores e mudou a relação entre as cidades e o campo. Sobre a relação 
entre a Revolução Industrial e o moderno processo de urbanização das grandes cidades é correto 
afirmar que: 
A) a Revolução Industrial provocou um intenso deslocamento da população rural para as cidades, 
criando enormes concentrações urbanas; modificou a vida nas grandes cidades que incharam e 
tornaram-se centros de problemas sociais graves. 
B) a urbanização nas grandes cidades foi planejada desde a época da Revolução Industrial, mas os 
trabalhadores mais pobres migraram em número bem maior do que o planejado, criando 
bolsões de pobreza e miséria nas grandes cidades. 
C) a Revolução Industrial criou as fábricas e seus trabalhadores, que vinham do campo para as 
cidades. Sem transporte público, estes trabalhadores migraram para bairros próximos às 
fábricas, obrigando a construção de vilas operárias modernas e saneadas. 
D) a urbanização das grandes cidades nunca foi uma real preocupação dos patrões, que traziam 
trabalhadores do campo, prometendo-lhes moradia e bons salários, e acabavam transformando 
seus operários em escravos. 
 
20. Desde os anos finais do século XIX, o processo de industrialização deixou de ser um fenômeno 
nacional presente em alguns países, para se tornar parte de uma economia mundial. Neste sentido, 
são características desta mundialização industrial: 
 
A) A crescente nacionalizaçãodos processos de produção, o que significa que as indústrias estão 
investindo mais no crescimento de suas sedes e países de origem, para seu Estado Nacional 
promover a mundialização do comércio. 
B) O nascimento de indústrias multinacionais e transnacionais, que mantêm bases em dois ou mais 
países diferentes, passando a controlar mundialmente setores econômicos fundamentais do 
comércio internacional. 
C) A expansão industrial, do terceiro mundo para o primeiro, como um mecanismo de distribuição 
de renda e lucros, já que nos países pobres do primeiro mundo a matéria-prima é abundante e 
os salários são menores. 
D) As indústrias nacionais se expandem dos setores de base para o de bens de consumo, levando 
assim, dos países ricos para os pobres, todos os produtos básicos do primeiro mundo para o 
terceiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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21. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), ao apresentar as Ciências Humanas e suas 
Tecnologias como área de conhecimento, têm como uma das disciplinas integrantes desta área, a 
História. Sobre sua fundamentação teórica e metodológica é correto afirmar que: 
 
A) tem dado destaque para a história social e cultural, que busca o estudo de novos temas, ou de 
antigos, através de diversas abordagens, alterando a concepção da história do "grande evento", 
possibilitando, assim, dar voz a sujeitos sociais até então silenciados, o que redimensiona o 
aspecto metodológico da pesquisa histórica e o ensino da referida disciplina. 
B) buscou apoio nas concepções estruturalistas da história, baseadas nos modos de produção, onde 
retornam à cena "homens e mulheres de carne e osso", ao mesmo tempo em que passou a 
privilegiar outras fontes documentais, principalmente os depoimentos orais, o que contribuiu 
decisivamente para a mudança metodológica do ensino de história 
C) inspirou-se nos teóricos da Escola dos Annales e oferece aos profissionais em história, 
questionamentos sobre o funcionamento das sociedades, de modo a integrar as suas 
multiplicidades temporais, espaciais e sociais sem, no entanto, anula os fatos que destacam os 
indivíduos dessas coletividade no contexto político-social e econômico. 
D) centra-se nos estudos marxistas, que privilegiam as análises da infra-estrutura das sociedades e 
coloca a luta de classe como o motor da história. A partir dessa abordagem, surge uma nova 
metodologia de pesquisa e de ensino da história, baseada nas experiências das classes sociais e 
no seu cotidiano. 
 
22. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) nos afirmam que o ensino da História, para os jovens 
do Ensino Médio, possui condições de ampliar conceitos introduzidos nas séries anteriores do 
Ensino Fundamental, como o de identidade, de modo a consolidar a formação da cidadania. A 
ampliação desse conceito pode se dar: 
 
A) a partir da percepção da diferença ou da semelhança em relação ao outro, que irá manter-se 
independente da cultura e do tempo histórico, pois depende da relação de convívio entre os 
indivíduos de um determinado grupo social a construção dos seus laços de identidade. 
B) pelos estudos da sociedade atual que enfrenta a homogeneidade, em função da globalização, 
dificultando a identificação das semelhanças e das diferenças dos grupos e das culturas, seus 
valores e interesses, o que tem gerado atitudes de segregação e dominação. 
C) através da reflexão sobre a atuação do indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo com 
quem convive, suas afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de compromisso 
com classes, grupos sociais, culturas e valores e com as gerações do passado e do presente. 
D) pela análise da heterogeneidade de algumas sociedades, situando-as no tempo histórico atual, 
que é determinado pelo tempo natural, tempo este imune ao caráter cultural das sociedades, o 
que nos faz refletir que essas identidades se moldam, principalmente, segundo o meio 
geográfico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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23. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A partir do documento acima, identifique aspectos presentes na sociedade colonial brasileira 
contidos no discurso do padre Antônio Vieira: 
 
A) a existência de uma relação de servilismo do escravo para com seu senhor, o que pressupõe 
uma aceitação passiva, e não resistência à situação de dominação que havia se instituído no 
país, não contando, no entanto, esta situação, com o beneplácito das ordens religiosas aqui 
presentes. 
B) a diferença de posições sociais entre os segmentos sociais existentes: senhores e escravos, 
assim como, retrata a sua posição como sacerdote em relação à escravidão africana, buscando 
justificá-la como uma situação que estava de acordo com a vontade divina. 
C) a diferença de tratamento que havia entre as duas únicas classes existentes nessa época: a dos 
senhores e dos escravos, o que provocava uma indignação por parte dos religiosos que aqui 
desenvolviam o trabalho de catequese. 
D) uma sociedade onde predominava o trabalho compulsório de negros africanos e populações 
nativas, apoiada, ideologicamente, em um discurso da Igreja que apresentava esses sujeitos 
como indivíduos de etnias inferiores, que precisavam pagar seus pecados a partir das dores da 
escravidão. 
 
24. Diversas rebeliões coloniais ocorreram no Brasil do século XVIII, dentre as quais destacamos as 
Conjurações Mineira e Baiana. Sobre elas podemos dizer que: 
 
A) tiveram caráter local, expressavam insatisfação contra o governo português e o desejo de 
separação política, no entanto, não tinham objetivos idênticos em relação aos privilégios 
desfrutados por determinados segmentos sociais da colônia, visto que a Mineira não desejava a 
extinção dos privilégios, o que era defendida pela Baiana. 
B) ambas apontavam para processos radicais de independência, com a implantação da república, 
abolição dos privilégios das classes sociais mais favorecidas, extinção da escravidão negra e 
indígena no país, o que motivou uma severa repressão por parte da metrópole sobre os seus 
lideres, condenando todos à morte na forca. 
C) ocorreram às proximidades da independência política, em relação a Portugal, expressando o 
desejo que crescia no país, desde o início do século XVII, e se concretizaram por um tempo 
breve nos locais onde ocorreram, sendo derrotadas através de grandes aparatos repressores 
vindos da Metrópole. 
D) tiveram entre suas lideranças homens e mulheres intelectualizados pertencentes à elite dos 
locais onde ocorreram, que contribuíram com suas lutas para a formação de uma nacionalidade 
brasileira que se estruturava desde o século XVIII e que eclodirá vitoriosa na independência, 
oficializado no 7 de setembro de 1822. 
 
 
 
 
[...] Os senhores poucos, os escravos muitos, os senhores rompendo galas, os escravos 
despidos e nus, os senhores banqueteando; os escravos perecendo a fome; os senhores 
nadando em ouro e prata; os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como 
brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses... Oh Deus! Quantas graças 
devemos à Fé que nos destes, [...} para que à vista destas desigualdades reconheçamos em 
tudo vossa justiça e providência![...] 
(Vieira, Sermão XXVII. In Eugênio Gomes, org. Vieira- Trechos escolhidos,p.23-5) 
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25. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A partir daleitura do documento acima, e dos estudos que se tem sobre a Cabanagem podemos 
afirmar que o mesmo expressa a interpretação historiográfica de: 
 
A) historiadores como Jorge Hurley e Ernesto Cruz, por ocasião das comemorações do centenário 
da Cabanagem, fortemente influenciados pelas comemorações da adesão do Pará a 
independência, buscavam remontar as origens desse movimento social nas lutas entre os 
portugueses considerados cidadãos e os paraenses vistos como uma ralé anarquista. 
B) jornalistas como Carlos Rocque, que resgatou após anos de árdua pesquisa, a verdade sobre a 
Cabanagem, trazendo para o centro do debate os fatos como eles haviam acontecido, 
apresentando-o como um movimento sedicioso que não agradou às famílias e aos cidadãos 
honrados da província paraense. 
C) Vicente Salles, que situa a Cabanagem como uma luta de classes entre os cidadãos, 
representados pelos portugueses, e os amotinados paraenses, tendo os primeiros consagrado o 
13 de maio como a data para comemorar a Cabanagem, ou seja, a sua derrota pelas tropas 
imperiais. 
D) Domingos Raiol, o Barão de Guajará, para quem o dia 7 de janeiro de 1835 não era data de 
comemoração, pois nessa data a província do Grão-Pará havia sido invadida por uma massa 
inculta e desordeira. A data a ser comemorada era o 13 de maio de 1836, quando a província 
retornou à ordem e à legalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Cabanagem, movimento ocorrido no Pará entre 1835 e 1836, tem sido alvo de 
diversos estudos e interpretações ao longo desses séculos que, procurando-lhe dar um 
sentido foram construindo-lhe uma memória histórica. 
Os cabanos ao entrarem em Belém a 7 de janeiro de 1835 proclamaram essa data como 
o marco inaugural do seu governo. No entanto, a retomada da capital paraense a 13 de maio 
de 1836 pelas tropas legalista, deram o primeiro sentido a Cabanagem: o de sediação 
anárquica. O 13 de maio passou a ser comemorado como o retorno a ordem para os 
"honrados" cidadãos paraenses que se contrapunham aos "amotinados" e "desordeiros 
homens" de 1835. 
(Texto adaptado de RICCI, Magda. Do sentido aos significados da Cabanagem: percursos 
historiográficos. In Anais do Arquivo Público do Pará, Belém, v.4, t.1,p.1- 290,2001. SECULT/PA. 
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A partir do texto acima identifique quais os novos hábitos surgidos no cotidiano da cidade de 
Belém no período da Belle-Époque: 
 
A) A vulcanização da borracha fez surgir na região amazônica indústrias de beneficiamento do 
látex e o barateamento dos seus derivados, o que favoreceu a importação e o uso de carros de 
luxo pela sociedade belenense. 
B) A construção de casas residenciais inspiradas na Art Nouveau e de inúmeras casas de diversão 
tais como o Café Chic, Café da Paz, Moulin Rouge, o surgimento do cinema Olímpia e a vinda 
de companhias artísticas para se apresentarem no Teatro da Paz. 
C) A implantação de uma empresa radiofônica e o hábito de ouvir o rádio, principalmente o 
programa a Voz do Brasil e de participar dos programas de auditório, passou a ser uma 
constante no cotidiano da população. 
D) A aquisição de produtos importados, desde biscoitos da França, charutos de Cuba, 
eletrodomésticos dos EUA, o que transformou a cidade de Belém em um dos mais modernos 
pólos da belle-époque do período. 
 
27. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A partir da leitura do documento acima e dos estudos históricos que se tem sobre Magalhães 
Barata, podemos afirmar que, em 1935, quando haveria eleições para governador seus partidários 
lançaram uma campanha exaltando: 
 
A) seus atos de bravura e honradez durante os anos que havia governado o Pará como interventor, 
nomeado por Getúlio Vargas, e que desenvolveu uma administração focada em dois grandes 
pilares: liberdade e construção de obras públicas. 
B) uma administração voltada para todos os segmentos sociais, os quais deveriam retribuir 
votando nele para manter-se frente ao governo do Estado, visto que, em 30, fora nomeado por 
Getúlio Vargas. 
C) uma administração voltada às massas populares e que atendia suas necessidades básicas, como: 
alimento, saúde e escola, pois suas ações inseriam- se dentro de um quadro maior que era o 
governo de Vargas, onde havia uma preocupação com a "questão social" que há muito agitava 
o país. 
D) um dos quatro pilares em que se assentava seu governo, a liberdade de expressão, pois mesmo 
sendo um período de ditadura, a ditadura Varguista, Magalhães Barata manteve no Pará a 
liberdade de imprensa, o que contribuiu para que Paulo Maranhão, jornalista e dono da Folha 
do Norte, fosse um dos divulgadores de sua campanha em 1935. 
 
Uma nova elite intelectual surge na região Amazônica em função do boom da borracha, 
ocorrido entre 1870 e 1910. Era ela formada em grande parte por filhos de seringalistas que 
haviam estudado na Europa. Essa elite introduziu novos hábitos de vida no cotidiano da 
cidade de Belém. 
 (Texto adaptado de SARGES, Maria de Nazaré. Belém: Riquezas produzindo a Belle-Époque 
(1870-1912). Belém: Paka- Tatu,2000 
 POVO PARAENSE 
 A honra, a dignidade e a felicidade de tua terra, precisam ser conservada! 
 O teu benfeitor, o glorioso e bravo major Barata, tem que continuar governador do Pará! 
 Não consintas absolutamente que te tirem aquele que te dá pão, saúde, instrução e liberdade! 
 
 (Propaganda distribuída no Pará em abril de 1935. In RODRIGUES, Denise de Souza Simões. Pará/1935: Um 
estudo sobre Liderança e conflito. Rio de Janeiro, IUPERJ. 1979.(Dissertação de Mestrado),p.78 
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28. Sobre o movimento operário brasileiro pode-se afirmar corretamente que: 
 
A) começa a se constituir a partir da entrada dos imigrantes italianos e alemães nas indústrias do 
sudeste brasileiro, no início do século XX, e tem muitas dificuldades para organizar uma 
imprensa operária que divulgasse suas reivindicações, daí a inexistência de periódicos 
operários nos primeiros anos da república. 
B) havia uma hegemonia da ideologia socialista entre os operários brasileiros nas primeiras 
décadas do século XX, influenciados pelos ideais marxistas, propagados pela vitoriosa 
Revolução Russa de 1917, o que os levou a pregar, como grande instrumento de luta contra os 
patrões, todo poder aos sindicatos. 
C) com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, em 1930, é publicada a Lei de 
Sindicalização(1931), que protegia o trabalhador nacional, pois proibia a entrada de imigrantes 
europeus para trabalhar nas indústrias nacionais que se espalhavam por todo o país, ao mesmo 
tempo que instituía o salário mínimo. 
D) após o golpe militar de 64, o Estado autoritário que se instituiu no país aumentou a fiscalização 
sobre os sindicatos operários, consolidou uma legislação que regia as relações de trabalho e 
cerceava a organização política dos trabalhadores. A greve se tornava ilegal e os sindicatos 
tornaram-se órgãos assistencialistas e burocráticos. 
 
29. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A partir da leitura do documento acima e dos estudos históricos sobre essa temática podemos dizer 
que: 
 
A) o voto, como instrumento de cidadania, surge no Brasil a partir da primeira constituição 
brasileira, o que contribuiu para desenvolver na população uma alta conscientização sobre o 
direito de votar. 
B) em 1937 e 1964 houve golpes de Estado, o primeiro implantou o Estado Novo, e o segundo, 
conhecido também como a Revolução de 64 instituiu a Ditadura Militar. Nesses dois períodos 
não havia eleições diretas para a escolha do presidente e dos governadores. 
C) a Revoluçãode 30, que colocou Getúlio Vargas no poder, estabeleceu o sufrágio universal, 
estendendo o direito de voto às mulheres e aos analfabetos, estabelecendo a idade de 18 anos 
para ser eleitor e permitia que se votasse nos partidos de esquerda 
D) é recente o voto universal no Brasil. Somente após a queda do regime militar é que foi 
estabelecido o direito de votar para soldados, religiosos e analfabetos, o que tornou a eleição de 
Fernando Collor de Mello o momento de maior expressividade do voto no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O direito de votar e ser votado com total liberdade é coisa nova no Brasil. Ao longo do século 
XX, inúmeras restrições foram colocadas pelos nossos governantes. Até 1930 nem todos 
tinham direito a votar e em 1937 e 1964 temos exemplos de formas de cerceamento impostos 
pelos governos da época à população brasileira. 
 
Texto adaptado de MACEDO, José Rivair. Brasil: uma história em construção. São Paulo: Editora do 
Brasil, v. 2, 1996 
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30. Em 1964 os militares brasileiros chegam ao poder após a derrubada do presidente João Goulart e 
nele permanecem por aproximadamente duas décadas. Iniciava-se um período de exceção na 
história brasileira e isto se identifica através da (s): 
 
A) decretação dos Atos Institucionais pelo poder executivo nacional, o que destituía a soberania 
do Congresso Nacional, seguida de prisões, cassações e medidas que limitavam os direitos e as 
liberdades asseguradas, até então, pela Constituição brasileira. 
B) criação de medidas nacionalistas que iam de encontro às orientações dos órgãos internacionais 
que defendiam o desenvolvimento do processo de globalização, daí porque, mesmo sendo um 
regime autoritário, tinha o apoio da maioria da população brasileira que se sentia atendida pelas 
medidas econômicas que a beneficiava. 
C) eleições indiretas para todos os cargos elegíveis, fossem eles da esfera do executivo ou do 
legislativo, o que provocou reações de vários segmentos da população brasileira, 
principalmente dos estudantes e da igreja Católica, que resolvem ir para o confronto armado 
com os militares 
D) inexistência de partidos de oposição ao regime militar, visto que, o MDB (Movimento 
Democrático Brasileiro) tinha entre seus participantes diversos políticos que faziam parte do 
governo como ministros, o que dificultava a sua atuação no congresso como crítico do modelo 
político e econômico implantado no país. 
 
 
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G A B A R I T O
CARGO: PROFESSOR DE HISTÓRIA
Nº DA QUESTÃO ALTERNATIVA CORRETA
01 D
02 B
03 B
04 A
05 D
06 D
07 C
08 C
09 C
10 C
11 B
12 C
13 A
14 D
15 A
16 A
17 C
18 A
19 A
20 B
21 A
22 C
23 B
24 A
25 D
26 B
27 C
28 D
29 A N U L A D A
30 A
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