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Prova Pref. SantosSP - FCC - 2005 - para Professor Substituto de Ensino Fundamental II - Português.pdf

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30/11/05 - 16:26
2 PMSMP-Conhecimentos Gerais3
CONHECIMENTOS GERAIS
Instruções: As questões de números 1 a 6 baseiam-se no texto
abaixo.
A medicina e a magia primitivas não conhecem nenhuma
distinção nítida entre malefício e moléstia. Assim, por exemplo,
a mesma reza que serve para aliviar uma parturiente poderá
resguardar um indivíduo de qualquer acidente funesto, pre-
servá-lo do mau-olhado ou imunizá-lo contra a infecção do ar
ruim. Nos antigos documentos paulistanos, a própria palavra
“doença” deve ser constantemente entendida nesse seu sentido
genérico, que envolve todo acidente suscetível de provocar dor
física. O sertanista delibera fazer seu testamento, em muitos
casos, por estar doente “de uma frechada”, como sucedeu a
Manuel Chaves e a Sebastião Preto, ou de ferimentos causados
por algum animal bravo. E é possível acreditar que sejam dessa
ordem as piores “doenças” do sertão. A varíola, como o
sarampo, males adventícios, enlutam sempre muita gente
durante os primeiros tempos da era colonial, mas é necessário
ter-se em conta que sua ação se restringe, quase unicamente,
às zonas de população mais estável, situadas no litoral ou em
contato permanente com a marinha e o ultramar.
(Sérgio Buarque de Holanda. Caminhos e Fronteiras. 3. ed. São
Paulo: Cia. das Letras, 1994, p. 90)
1. Por não fazer distinção entre malefício e moléstia, o ser-
tanejo:
(A)) dá o nome de doença a dores e males das mais
diversas origens.
(B) acredita em superstições como mau-olhado e infec-
ção do ar.
(C) faz seu testamento assim que é vítima de um feri-
mento.
(D) crê que somente as rezas serão eficazes no trato
das doenças.
(E) está sempre preocupado em evitar qualquer aciden-
te funesto.
_________________________________________________________
2. Sobre a varíola e o sarampo, é correto dizer que são
doenças
(A) que afetam apenas aqueles que vêm de alto-mar.
(B) de ação exclusiva e restrita ao litoral do Brasil.
(C)) que chegaram ao Brasil com a colonização.
(D) de grande letalidade por toda a extensão do Brasil.
(E) típicas apenas do período colonial.
3. Se utilizarmos o mesmo raciocínio do sertanejo, NÃO
entraríamos em contradição com a terminologia usual do
campo da medicina SOMENTE ao atribuirmos o nome de
doença a problemas de saúde ocasionados por
(A) armas.
(B) quedas.
(C) picadas.
(D)) vírus.
(E) feitiços.
_________________________________________________________
4. A varíola, como o sarampo, males adventícios, enlutam
sempre muita gente durante os primeiros tempos da era
colonial, mas é necessário ter-se em conta que sua ação
se restringe, quase unicamente, às zonas de população
mais estável, situadas no litoral ou em contato permanente
com a marinha e o ultramar.
Embora trate do passado, o autor usa quase sempre o
tempo presente, por uma questão de estilo. Se usasse o
tempo pretérito, sem abrir mão do presente naquilo que se
refere ao seu próprio tempo, os verbos grifados na frase
acima poderiam ser mantidos, ou alterados,
respectivamente, para:
(A) enlutariam – é – restringisse
(B)) enlutavam – é – restringia
(C) enlutaram – era – restringia
(D) enlutavam – foi – restringiu
(E) enlutariam – foi – restringisse
_________________________________________________________
5. A medicina e a magia primitivas não conhecem nenhuma
distinção nítida entre malefício e moléstia. Assim, por
exemplo, a mesma reza que serve para aliviar uma
parturiente poderá resguardar um indivíduo de qualquer
acidente funesto, preservá-lo do mau-olhado ou imunizá-lo
contra a infecção do ar ruim.
No trecho acima, dois dos verbos grifados foram utilizados
com idêntica regência. São eles:
(A) conhecem e resguardar
(B) aliviar e imunizar
(C) conhecem e preservar
(D) aliviar e resguardar
(E)) conhecem e aliviar
_________________________________________________________
6. Três palavras retiradas do texto que recebem sinal de
acentuação de acordo com a mesma regra são:
(A) nítida – física – estável.
(B) suscetível – varíola – possível.
(C)) malefício – moléstia – adventícios.
(D) genérico – moléstia – necessário.
(E) adventícios – malefício – física.
MODELO − Caderno de Prova, Cargo CT62, Tipo 001
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PMSMP-Conhecimentos Gerais3 3
Instruções: As questões de números 7 a 12 baseiam-se no
texto abaixo.
No campo judiciário, o século XX ficou marcado por um
premonitório alerta dado por Rui Barbosa, na sua Oração aos
Moços, destinada aos novos bacharéis em Direito e Ciências
Sociais da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.
O século findou, no entanto, como se Rui Barbosa não
tivesse dito que “a justiça atrasada não é justiça, senão injustiça
qualificada”, e que os pobres, sempre mal defendidos, são os
que “suscitam menos interesse e contra cujo direito conspiram a
inferioridade na condição com a míngua de recursos”.
Agora, com o magnífico trabalho do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), denominado Estatísticas do
Século XX, consegue-se, no capítulo destinado à Segurança
Pública, conduzido e analisado com percuciência pela
professora Maria Teresa Sadek, uma excelente chave de leitura
para explicar as razões do ineficiente Sistema de Justiça,
concebido pelos liberais na Constituição Republicana de 1891.
O mencionado Sistema de Justiça, a compreender o
Judiciário, o Ministério Público e a Polícia, manteve-se
praticamente igual no século XX, com especializações de justi-
ças (por exemplo, justiças Federal, Trabalhista, Eleitoral) e per-
da de independência do Poder Judiciário durante as ditaduras
Vargas e militar. Não conseguiu o Sistema distribuir justiça, na
velha fórmula de inspiração tomista de dar a cada um o que é
seu, substituindo o desejo das partes figurantes nos processos
pela vontade da lei.
(Walter Fanganiello Maierovitch. “A justiça ainda tarda. E falha:
O sistema brasileiro se manteve praticamente o mesmo no
século XX.” Carta Capital, 08/10/2003, no 261, p. 42)
7. A expressão “premonitório alerta” do início do texto recebe
uma confirmação em:
(A)) ... como se Rui Barbosa não tivesse dito que “a
justiça ...”
(B) ... na velha fórmula de inspiração tomista de dar a
cada um o que é seu ...
(C) ... consegue-se, no capítulo destinado à Segurança
Pública ...
(D) ... explicar as razões do ineficiente Sistema de
Justiça, concebido pelos liberais ...
(E) Agora, com o magnífico trabalho do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística ...
_________________________________________________________
8. A expressão de Rui Barbosa míngua de recursos pode ser
relacionada:
(A) ao pouco interesse demonstrado pelos agentes da
justiça para com a população mais pobre e carente.
(B) à carência da população mais pobre, que é mais
uma das injustiças cometidas contra ela pela Repú-
blica.
(C) aos poucos recursos que a população mais pobre
pode interpor à justiça para fazer valer seus direitos.
(D) à atuação da justiça em relação aos pobres, no
sentido de lhes tirar os poucos recursos de que
ainda dispõem.
(E)) à dificuldade de acesso dos pobres à justiça, em
função do alto custo necessário para esse fim.
9. A oração substituindo o desejo das partes figurantes nos
processos pela vontade da lei tem o sentido de
(A) dar à justiça um caráter mais discriminador na apli-
cação da lei.
(B) fazer que seja respeitada a vontade daquele que
aplica a lei.
(C) substituir por seus representantes diante da lei as
partes envolvidas.
(D)) dar à lei uma aplicação isenta de interesses e
vontades pessoais.
(E) fazer que prevaleça o desejo dos figurantes, mesmo
no caso dos pobres.
_________________________________________________________
10. A frase de Rui Barbosa justiça atrasada não é justiça,
senão injustiça qualificada mantém o seu sentido inalte-
rado APENAS se substituirmos senão por:
(A) logo.
(B)) porém.
(C) nunca.
(D)embora.
(E) ainda que.
_________________________________________________________
11. O autor, corretamente, não indicou ocorrência de crase
em dar a cada um o que é seu; essa indicação também
será correta, APENAS, em
(A) Vamos dar presentes à todas as crianças.
(B) Dar à César o que é de César.
(C)) Dar à luz.
(D) É preciso dar à vez ao outro.
(E) Dar à saber.
_________________________________________________________
12. Se alterarmos o trecho grifado na oração como se Rui
Barbosa não tivesse dito que..., ela mantém o verbo nos
mesmos tempo e modo da frase original APENAS em:
(A) ... alertasse que...
(B) ... estivesse consciente de que...
(C) ... fosse muito enfático ao dizer que...
(D) ... tivesse como maior preocupação mostrar que...
(E)) ... houvesse alertado sobre...
_________________________________________________________
13. A única frase inteiramente correta do ponto de vista da
ortografia é:
(A)) Com o aumento da prática de esportes radicais faz-
se necessário atentar cada vez mais para a questão
da segurança e da diminuição dos riscos dos
envolvidos.
(B) Os esportes têm sido valorizados não só por conta
dos benefícios que trasem para a saúde como pelo
papel que podem dezempenhar no sentido de uma
maior coesão social.
(C) Os astros e estrelas do esporte consentram suas
receitas muito mais na venda das imagens para a
divulgassão de marcas e produtos do que nos
salários dos clubes.
(D) Um bom dezempenho nas Olimpíadas representa
para os atletas a justificativa plena de todas as
privassões a que tiveram de se submeter durante
anos de treinamento.
(E) A natação tem sido vista como um dos esportes
mais completos por esigir um esforso simultâneo de
praticamente todos os músculos do corpo do
praticante.
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14. Quanto à concordância, a frase inteiramente de acordo
com a norma culta é:
(A) Existia ainda duas escalas antes de chegarem ao
local de destino.
(B)) Havia inúmeros problemas a serem resolvidos antes
de iniciar a viagem.
(C) O valor das passagens e das taxas de embarque
foram pagas em várias parcelas.
(D) Somente um dos hotéis em que se hospedariam
cobravam taxa de serviços.
(E) Faziam já muitos anos que viajara com a mulher e
os filhos para o exterior.
_________________________________________________________
15. Das orações abaixo, a ÚNICA na voz passiva é:
(A) Os shopping centers receberão um público enorme
neste final de ano.
(B) Aumentaram sensivelmente as vendas pela Internet
em relação ao ano passado.
(C) O comércio ressente-se de uma melhor estrutura
para o atendimento ao público.
(D)) Decretou-se o fechamento do comércio aos do-
mingos em toda a cidade.
(E) As lojas ficaram praticamente vazias durante o
feriado prolongado.
_________________________________________________________
16. No início do mês de novembro de 2005, ocorreu em Mar
del Plata (Argentina) A Cúpula das Américas, uma reunião
com os dirigentes de 34 países do continente americano.
Dentre os presentes estava o presidente dos Estados
Unidos, George W. Bush. Uma das tônicas da reunião foi
(A) a reformulação do Conselho de Segurança da ONU
que deverá ter, a partir de 2006, três representantes
americanos efetivos.
(B) o embargo aos produtos industriais chineses que,
mais baratos, estão ameaçando as economias de
alguns países americanos.
(C)) a retomada das negociações para implantar a ALCA,
discussão que foi rechaçada por vários dirigentes
latino-americanos.
(D) a guerra no Iraque, pois vários representantes de
governos exigiram a retirada imediata das tropas
norte-americanas desse país.
(E) o futuro político dos governos populistas na América
Latina que, a exemplo de Cuba e da Venezuela, têm
ameaçado a estabilidade do continente.
17. Observe o gráfico abaixo.
0
20
40
60
80
100
120
em
U
S$
Expo rtações
Im portações
* Valores acumulados até a segunda semana de no-
vembro em US$ bilhões
(Folha de São Paulo 15/11/2005)
Gráficos que mostram a evolução da balança comercial
brasileira estão sempre presentes na imprensa. A man-
chete que acompanharia o gráfico acima, é:
(A) Alto volume de importações em 2005 preocupa o
governo.
(B)) Exportações brasileiras superam os 100 bilhões de
dólares no ano.
(C) Queda na exportação de carne e derivados
preocupa os pecuaristas.
(D) Saldo da balança comercial é o menor dos últimos 5
anos.
(E) Crise política age negativamente na balança comercial.
_________________________________________________________
18. Foram mais de 10 noites de agitação. Veículos incendia-
dos, prédios depredados, centenas de jovens nas ruas,
exigindo igualdade de direitos tanto na educação quanto
na conquista de emprego. Ficou demonstrado que,
mesmo os filhos de imigrantes, nascidos no país, ainda
não são totalmente absorvidos pela população local. A
situação retratada no texto ocorreu recentemente
(A)) na França.
(B) na Alemanha.
(C) no Reino Unido.
(D) na Itália.
(E) na Espanha.
_________________________________________________________
19. Em Santos, Vicente de Carvalho e Martim Francisco
constituíram uma dupla de jornalistas que desenvolveram
intensa campanha
(A) para a ampliação e modernização do porto.
(B) exigindo a construção da ferrovia entre a cidade e a
capital.
(C) contra a falta de saneamento na Baixada Santista.
(D) convocando a população a se vacinar contra a febre
amarela.
(E)) em favor da proclamação da República.
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20. Considere as afirmativas a respeito da Região Metro-
politana da Baixada Santista.
I. Criada no final da década de 1980, é formada por 8
municípios
II. Forma um fenômeno urbano denominado conurbação.
III. No conjunto metropolitano Santos destaca-se como
principal centro de serviços.
IV. Todas as cidades que compõem a Região metropoli-
tana são litorâneas e desenvolvem atividades turísticas.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) I e IV.
(D)) II e III.
(E) III e IV.
_________________________________________________________
21. Paulo Freire afirma que
(A)) é preciso que o educador se convença de que en-
sinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua produção ou sua cons-
trução.
(B) ao educador cabe a tarefa de se preparar para o
ensino e aos alunos a tarefa de prestarem atenção
naquilo que estudam.
(C) educar exige métodos adequados para a assimila-
ção de conhecimentos, pois são eles que geram a
autonomia.
(D) estudar é importante e não requer disciplina, é o
diálogo entre educadores e educandos que constrói
o conhecimento escolar.
(E) o ato de estudar não requer disciplina, mas uma
imensa identidade com o conhecimento do outro.
_________________________________________________________
22. Considere o texto abaixo.
Um professor afirma a seus alunos que a violência das
grandes cidades brasileiras é resultado direto da situação
de pobreza de muitos de seus habitantes, ou seja, quanto
mais pobres, mais violentos. Os alunos, sem nenhum
questionamento do que lhes foi dito, acreditam piamente
nesta afirmação, tomando-a como verdade absoluta. Isto
ocorre não porque eles tenham sido convencidos por
provas e argumentos objetivos, racionais, mas porque a
fonte de afirmação � o professor � é vista por eles como
digna de confiança ou como lugar de poder. Isto é, “falou,
tá falado!
A afirmação acima traduz uma situação que pode ocorrer
no processo de socialização de crianças, adolescentes e
jovens e é designada, por Jean Piaget,
(A) autonomia intelectual.
(B)) coação social.
(C) percepção emocional.
(D) objetividade dedutiva.
(E) sensibilidade social.
23. A teoria de Vygotsky postula que
(A) a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento e
tempouco impacto sobre ele.
(B) desenvolvimento e aprendizagem são palavras utili-
zadas, pelo autor, em sua teoria do desenvolvimento
interacionista, com idêntico sentido semântico.
(C)) desenvolvimento e aprendizagem são processos
que se influenciam, reciprocamente, de modo que
quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento.
(D) o desenvolvimento depende, fundamentalmente, da
aprendizagem escolar significativa.
(E) a aprendizagem depende do ambiente, pois o aluno
desenvolve sua inteligência em função das condi-
ções presentes no meio em que se encontra.
_________________________________________________________
24. Os conteúdos curriculares devem ser, essencialmente,
(A) uma ordenada tematização programática a ser de-
senvolvida em cada disciplina.
(B) um reflexo da demanda do mercado de trabalho, sob
pena de a escolarização ser totalmente inútil para a
vida prática.
(C) expurgados de teorizações e voltados para o desem-
penho prático do aluno em seu meio e em sua futura
profissão.
(D) uma sistematização progressiva e completa dos
assuntos a serem trabalhados, interdisciplinarmente
pelos professores, ao longo do ano letivo.
(E)) meios para que os alunos desenvolvam as capaci-
dades que lhes permitam produzir bens culturais,
sociais e econômicos e deles usufruir.
_________________________________________________________
25. Jussara Hoffmann transcreve parte do relato de uma
Supervisora de Escola Estadual: A mãe de um aluno de
sexta série [...] recebeu, ao final do ano letivo, a notícia de
que seu filho seria reprovado em matemática, porque
apresentava sérias dificuldades, algumas oriundas das
séries anteriores. A professora da disciplina sugeriu à mãe
que providenciasse aulas particulares como último
recurso. A resposta da mãe, humilde e surpresa, foi a
seguinte: ‘Só não entendo, professora, como ele pode
apresentar tantas dificuldades e de séries anteriores, só
agora! Meu filho está neste colégio desde a pré-escola.’
Assinale a alternativa cujo enunciado se relaciona com a
eliminação de problemas dessa ordem e a instauração de
uma avaliação consciente.
(A) Uma avaliação competente evita o mascaramento
dos problemas sociais e culturais dos estudantes,
razão pela qual é indicada a utilização de testes de
múltipla escolha.
(B) A avaliação não pode ir além da identificação do
sucesso ou do insucesso da aprendizagem.
(C) A avaliação deve considerar principalmente o apro-
veitamento do aluno, ainda que inclua as atitudes de
assiduidade, esforço e cooperação.
(D)) É preciso legitimar a responsabilidade ativa do pro-
fessor quanto a um processo avaliativo mediador.
(E) O professor precisa se responsabilizar por erros de
terceiros e problemas que o aluno carrega de anos
anteriores.
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6 PMSMP-Conhecimentos Gerais3
26. Na organização nacional do ensino, hoje, currículo é
(A) um projeto mediador e homogêneo que promoverá a
educação básica para todos com o mesmo padrão
de qualidade.
(B)) a expressão de princípios e metas do projeto edu-
cativo, flexível e aberto à reelaboração na sala de
aula.
(C) o conjunto de matérias constantes de um curso.
(D) o conjunto de matérias e disciplinas que devem
constituir, em âmbito nacional, o material de trabalho
de escolas, professores e alunos.
(E) a determinação, pelos órgãos competentes, dos
conteúdos programáticos a serem desenvolvidos em
cada série escolar.
_________________________________________________________
27. O Parecer CNE/CEB no 04/98, sobre as diretrizes
curriculares para o ensino fundamental, identifica a forma
de organizar princípios éticos, políticos e estéticos que
fundamentam a articulação entre áreas de conhecimento e
aspectos da vida cidadã como um
(A) projeto construtivista.
(B) currículo interacionista.
(C) currículo universal.
(D)) paradigma curricular.
(E) currículo transversal.
_________________________________________________________
28. Muitos estudantes da EJA, face a seus filhos e amigos,
possuem de si uma imagem pouco positiva relativamente
a suas experiências ou até mesmo negativa no que se
refere à escolarização. Isto os torna inibidos em
determinados assuntos. Os componentes curriculares
ligados a Educação Artística e Educação Física são
espaços oportunos, conquanto associados ao caráter
multidisciplinar dos componentes curriculares, para se
trabalhar a desinibição, a baixa auto-estima, a consciência
corporal e o cultivo da sociabilidade.
O texto acima, extraído do Parecer CEB no 11/2000, do
Conselho Nacional de Educação, considera os compo-
nentes acima referidos como constituintes da proposta
pedagógica da escola, de oferta obrigatória e freqüência
facultativa, e serão desenvolvidos como
(A) disciplinas do núcleo específico dos programas de
EJA.
(B) exercícios teatrais enriquecedores das histórias de
socialização do aluno.
(C) atividades complementares de modo a tratar a
inserção do aluno no mundo do trabalho.
(D) práticas de ensino na forma de estágio orientado e
supervisionado.
(E)) práticas sócio-culturais ligadas às dimensões estéti-
ca e ética do aluno.
29. A Lei no 9.394/96, em seu artigo 14, estabelece que os
sistemas de ensino definirão as normas da gestão demo-
crática do ensino público na educação básica atendendo
suas características específicas e de acordo com os
seguintes princípios:
I. Participação da comunidade escolar e local em
conselhos escolares ou equivalentes.
II. Garantia de participação de alunos, professores e
funcionários, pelo critério da paridade.
III. Ensino seriado, avaliações cumulativas, classes
homogêneas e calendário unificado de provas e
exames.
IV. Participações dos profissionais da educação na
elaboração do projeto pedagógico da escola.
É correto o que se afirma APENAS em
(A)) I e IV.
(B) II.
(C) II e III.
(D) III.
(E) III e IV.
_________________________________________________________
30. Nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), os casos de suspeita ou confirmação de maus
tratos contra crianças ou adolescentes serão, obrigato-
riamente, comunicados
(A) à Direção do Estabelecimento de Ensino que deci-
dirá, pela gravidade do fato, as instâncias compe-
tentes para o registro e encaminhamento do caso.
(B) à Delegacia de Polícia a que estiver afeto o
Estabelecimento de Ensino, a qual decidirá sobre a
procedência do comunicado e seu encaminhamento,
ou não, ao Conselho Tutelar.
(C)) ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem
prejuízo de outras providências legais.
(D) ao Conselho de Escola e ao Conselho Tutelar.
(E) ao Juizado de Menores e ao Conselho Municipal da
Criança e do Adolescente.
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PMSMP-CT62-CE 7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
31. Segundo Bakhtin, na interação verbal, os interlocutores
expressam um processo constante de julgamento da
situação comunicativa que interfere diretamente na
organização de seus enunciados. Em qual dos trechos
abaixo o autor destaca especificamente esse processo?
(A) Todas as esferas da atividade humana, por mais
variadas que sejam, estão relacionadas com a uti-
lização da língua.
(B) A utilização da língua efetua-se em forma de
enunciados (orais e escritos), concretos e únicos,
que emanam dos integrantes de uma ou de outra
esfera da atividade humana.
(C)) A expressividade do nosso enunciado é determinada
não só pelo teor do objeto do nosso enunciado, mas
também pelos enunciados do outro sobre o mesmo
tema aos quais respondemos, com os quais pole-
mizamos.
(D) O enunciado concebido como um todo não é
definível em termos lingüísticos (ou semióticos). A
noção de “texto” não corresponde à essência do
todo do enunciado.
(E) Por palavra do outro (enunciado, produção verbal)
entendo qualquer palavra de qualquer outra pessoa,
pronunciada ou escritaem minha língua (minha
língua materna), ou em qualquer outra língua.
_________________________________________________________
32. ... o discurso do outro possui uma expressão dupla: a sua
própria, ou seja, a do outro, e a do enunciado que o
acolhe. Observam-se esses fatos acima de tudo nos
casos em que o discurso do outro (...) é abertamente
citado...
(Bakhtin, 1992, p. 318)
Considerando-se as observações do autor, pode-se iden-
tificar um caso em que o discurso do outro é abertamente
citado, na seguinte passagem do conto A cartomante, de
Machado de Assis:
(A)) Hamlet observa a Horácio que há mais coisas no
céu e na terra do que sonha a nossa vã filosofia. Era
a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço
Camilo...
(B) Era uma mulher de quarenta anos, italiana, morena
e magra, com grandes olhos sonsos e agudos.
(C) Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura, e
nenhuma explicação das origens.
(D) Uniram-se os três. Convivência trouxe intimidade.
Pouco depois morreu a mãe de Camilo, e nesse
desastre, que o foi, os dois mostraram-se grandes
amigos dele.
(E) Como daí chegaram ao amor, não o soube ele
nunca. A verdade é que gostava de passar as horas
ao lado dela; ...
33. Quando se analisa uma oração isolada, tirada de seu con-
texto, encobrem-se os indícios que revelariam seu caráter
de dirigir-se a alguém, a influência da resposta pres-
suposta, a ressonância dialógica que remete aos enuncia-
dos anteriores do outro...
(Bakhtin, 1992, p. 326)
Considerando-se a transposição da proposta do autor so-
bre a análise da oração, para uma situação escolar de
estudo da língua, pode-se afirmar que
(A) o estudo de uma palavra ou oração isoladas de seu
contexto é a situação ideal para a aprendizagem da
língua e de seus enunciados.
(B) o estudo da oração deve considerar que cada indiví-
duo-aluno pode atribuir qualquer significado para o
enunciado.
(C) a condição para o estudo da oração pressupõe a
realização de uma série de exercícios lingüísticos,
sem contextos definidos, e uma única resposta certa
do aluno.
(D)) a condição para o estudo da oração pressupõe ana-
lisá-la como parte de um enunciado e do contexto
comunicativo que lhe deu origem.
(E) a prática de decodificação da língua escrita é con-
dição suficiente para o estudo e análise da oração.
_________________________________________________________
34. Qual a alternativa que destaca a tese de Vygotsky para
explicar o fato de a palavra apresentar significado?
(A) O significado da palavra é um fenômeno da escrita
em que se estabelece uma associação entre a
ortografia da palavra e o seu conteúdo.
(B) O significado da palavra é externo ao pensamento e,
portanto, um fenômeno da fala.
(C) O significado apresenta uma conexão com a palavra
que, uma vez estabelecida, permanece inalterada.
(D) A palavra e o significado são regidos por um pro-
cesso de reiterada percepção simultânea de um de-
terminado som associado a um determinado objeto.
(E)) O significado da palavra é um fenômeno do pensa-
mento verbal, ou da fala significativa – uma união da
palavra e do pensamento.
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35. O que a criança é capaz de fazer hoje em cooperação,
será capaz de fazer sozinha amanhã. Portanto, o único
tipo positivo de aprendizado é aquele que caminha à fren-
te do desenvolvimento, servindo-lhe de guia; deve voltar-
se não tanto para as funções maduras, mas principal-
mente para as funções em amadurecimento.
(Vygotsky, 1998, p. 129-30)
A explicação do autor sobre a relação desenvolvimento e
aprendizagem traz para o professor a possibilidade de
repensar sua responsabilidade social como profissional da
educação, porque
(A) a criança, na escola, deve ser deixada livre em sua
interação com os estímulos do mundo físico para
que possa amadurecer e aprender, assim seguindo
seu desenvolvimento natural.
(B)) a aprendizagem impulsiona o desenvolvimento e a
escola é um local privilegiado de aprendizagem
sistemática, assim a intervenção do professor é
fundamental no desenvolvimento da criança, para
que avance em sua compreensão do mundo.
(C) a criança, na escola, deve ser direcionada de forma
autoritária pelo professor, para que não cometa
erros desnecessários que possam comprometer seu
desenvolvimento intelectual futuro.
(D) o ensino deve substituir o conhecimento da criança
pelo conhecimento escolar definido pelos objetivos
pré-estabelecidos da escola, independente do nível
de desenvolvimento real da criança.
(E) A escola deve evitar a formação de grupos hetero-
gêneos com níveis diferentes de desenvolvimento
real, porque a criança que apresenta dificuldades de
aprendizagem poderá ficar prejudicada em seu
desenvolvimento potencial.
_________________________________________________________
36. Considere as afirmações abaixo.
I. O planejamento tem um papel importante na escrita,
dizemos a nós mesmos o que vamos escrever, o que
já constitui um rascunho, embora apenas em pen-
samento. Esse rascunho mental é uma fala interior.
II. A fala interior é uma fala quase sem palavras e
opera com a semântica, e não com a fonética. Com
a sintaxe e o som reduzidos ao mínimo, o signi-
ficado passa cada vez mais para o primeiro plano.
III. Na fala interior há predomínio do significado dicio-
narizado da palavra sobre seu sentido como a
soma de todos eventos psicológicos que a palavra
desperta em cada indivíduo.
Sobre a fala interior, pode-se atribuir a Vygotsky
(A)) I e II, apenas.
(B) I e III, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) I, II e III.
(E) III, apenas.
37. Os PCN afirmam que o ensino e a aprendizagem de Lín-
gua Portuguesa, como prática pedagógica, é o resultado
da articulação de três variáveis: a primeira, o aluno; a
segunda, os conhecimentos com os quais se opera nas
práticas da linguagem; e a terceira,
(A) a noção de gênero, como referência a família de
textos que comportam características comuns, em-
bora heterogêneas.
(B) o objeto de ensino-aprendizagem, como o conheci-
mento lingüístico e discursivo com o qual o sujeito
opera ao participar das práticas sociais mediadas
pela linguagem.
(C) o sujeito da ação de aprender, como aquele que age
com e sobre o objeto do conhecimento.
(D)) o professor, como aquele que organiza a mediação
entre o sujeito aprendiz e o objeto do conhecimento.
(E) o domínio da linguagem, como atividade discursiva e
cognitiva, e, da língua, como sistema simbólico utili-
zado por uma comunidade lingüística.
_________________________________________________________
38. Os PCN organizam os conteúdos de ensino-aprendizagem
de língua portuguesa em dois eixos, ou seja, Prática de
escuta e leitura de textos e Prática de produção de textos
orais e escritos, ambas articuladas no eixo uso; e em
Prática de análise lingüística, organizada no eixo refle-
xão.
Os aspectos relacionados pelos PCN ao eixo reflexão
são:
(A) Constituição do contexto de produção, represen-
tações de mundo e interações sociais: sujeito enun-
ciador e interlocutor.
(B) Constituição do contexto de produção, represen-
tações de mundo e interações sociais: finalidade da
interação e lugar e momento da produção.
(C) Implicações do contexto de produção: restrições de
conteúdo decorrente da escolha de gêneros e
suportes.
(D) Implicações do contexto de produção no processo
de significação: representações dos interlocutores
no processo de construção de sentido.
(E)) Variação lingüística: modalidades, variedades, regis-
tros e organização estrutural dos enunciados.
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39. A leitura programada é uma situação didática adequada
para discutir coletivamente um título considerado difícil
para a condição atual dos alunos, pois permite reduzir
parte da complexidade da tarefa, (...)o professor pode
introduzir informações a respeito da obra, do contexto em
que foi produzida, (...) dados que possam contribuir para
uma leitura que não se detenha apenas no plano do
enunciado, mas que articule elementos do plano expres-
sivo e estético.
(PCN, 1997, p. 73)
Uma atividade de leitura programada, com as caracterís-
ticas descritas no trecho acima, pode ser identificada no
seguinte relato:
(A) Os alunos quietos nas carteiras acabaram de ouvir a
ordem para ler e, quando for o tempo indicado pela
professora, vão reproduzir o que foi lido.
(B) Todos os alunos devem ficar quietos, ler o texto com
atenção e escrever corretamente, sem perturbar a
professora que precisa corrigir o “dever” do dia
anterior.
(C)) Antes da leitura do conto, o professor lia a biografia
do respectivo autor e discutia com os alunos a sua
relação com o texto. Depois, os alunos liam o conto
em silêncio.
(D) Embora o ambiente na sala de aula tivesse tendên-
cia a certa descontração, a aula de leitura transcorria
em absoluto silêncio.
(E) Após a leitura silenciosa do texto, o professor fazia
uma pergunta para a classe: Quem gostou do con-
to?
_________________________________________________________
40. De acordo com os PCN, os gêneros literários que pode-
riam ser privilegiados para um trabalho de prática de
escuta de textos orais em sala de aula são
(A) conto e novela.
(B)) cordel e causos.
(C) romance e crônica.
(D) notícia e artigo científico.
(E) charge e tira.
_________________________________________________________
41. É bom enfatizar um aspecto: ainda que os suportes
impressos e digitais dos textos sofram alterações pro-
fundas em termos de configuração, nenhum deles chegará
a desaparecer, mesmo porque cada qual dinamiza
práticas culturais específicas surgidas de necessidades
diferenciadas nas sociedades do mundo contemporâneo.
(Silva, Ezequiel Theodoro da, 2003, p. 15)
Do trecho acima, pode-se pressupor que o autor associa o
caráter histórico e mutável dos suportes de textos ao
processo de
(A) manutenção do conhecimento por meio de educação.
(B) exploração comercial do poder econômico.
(C) manipulação do comportamento da opinião pública.
(D)) comunicação e transformação de culturas.
(E) conservação do gosto popular no espaço artístico.
42. O hipertexto como gênero discursivo e os emoticons
como recursos expressivos são bons exemplos de mudan-
ças lingüístico-discursivas decorrentes das condições
virtuais de produção de enunciados.
(Freire, Fernanda M.P., 2003, p. 22)
Para a autora, os emoticons são símbolos comuns na
linguagem via Internet, usados para expressar os senti-
mentos daquele que escreve, e também podem ser
(A)) encontrados em códigos presentes nos cadernos de
estudantes de uma certa faixa etária.
(B) associados ao domínio da norma de maior prestígio
social pelos estudantes.
(C) veiculados à necessidade de uso da escrita padrão
presente nos dicionários.
(D) compreendidos como uma forma inicial da escrita
alfabética da criança.
(E) relacionados à dificuldade de os estudantes escreve-
rem um texto coerente e coeso.
_________________________________________________________
43. Batista afirma que, quando se ensina Português na es-
cola, ensina-se, fundamentalmente, a disciplina grama-
tical porque
(A) o estudo crítico das gramáticas normativas, seus con-
ceitos, sua estrutura e coerência interna é funda-
mental para a compreensão do texto na sala de aula.
(B) as gramáticas apresentam deficiência quanto ao
registro dos fatos da linguagem e limitam os equí-
vocos do texto escrito em norma padrão.
(C)) a concepção de linguagem em que se baseia o ensi-
no de Português é resumida à dimensão formal, a um
conjunto de regras e normas e a uma metalinguagem.
(D) as reflexões críticas a respeito do ensino de Portu-
guês constataram o lugar privilegiado do texto na sa-
la de aula e procuraram colocar seu ensino em xeque.
(E) as pesquisas lingüísticas mostram que o falante
aprende a língua decorando um conjunto de regras,
que constituirá a sua gramática interna.
_________________________________________________________
44. Batista mostra que a tendência usual do ensino de Portu-
guês é a de corrigir a produção discursiva dos estudantes
o que leva ao denominado fetichismo da língua. O autor
critica essa perspectiva de ensino em que a língua é com-
preendida como
(A) uma atividade discursiva e cognitiva e que por ela as
pessoas se comunicam, segundo suas necessida-
des específicas.
(B) a representação do mundo em um sistema simbólico
utilizado por uma comunidade lingüística e que seu
domínio possibilita a participação social.
(C) um instrumento para se dizer alguma coisa a alguém
de determinada forma, num determinado contexto
histórico e em determinadas circunstâncias de
interlocução.
(D) uma unidade indeterminada que se constitui de mui-
tas variedades interdependentes de seus usos e das
intenções de seus usuários.
(E)) algo que tem existência independente dos falantes,
valendo por si mesma e em si mesma e que deve
orientar a atividade lingüística dos falantes.
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45. Sobre os processos iniciais de aprendizagem da leitura,
Foucambert destaca três aspectos. Um deles é:
(A) Aprender a ler limita-se, em grande parte, à leitura de
sílabas, palavras e frases, uma vez que elas estão
presentes em qualquer texto. Portanto, esses ele-
mentos garantem a compreensão dos diversos textos.
(B) A leitura de textos, mesmo fora de seus contextos e
das experiências do leitor, já garante um efetivo
aprendizado da leitura, pois é a quantidade de textos
lidos que fará a diferença na aprendizagem.
(C) O domínio de estratégias ideovisuais implica no
acúmulo indefinido de formas visuais, pois a memo-
rização desses elementos, independentemente do
contexto em que aparecem, já garante o reconhe-
cimento das palavras pelo leitor.
(D)) Aprende-se a ler lendo textos que não se sabe ler,
mas de cuja leitura se tem necessidade, pois eles
devem estar ligados às preocupações e vivências do
leitor em formação.
(E) Aprende-se a ler estudando-se as sílabas e as síla-
bas dentro das palavras, dispostas em textos curtos,
produzidos para facilitar a compreensão do leitor.
_________________________________________________________
46. Trabalhar a leitura é abalar esse estatuto de não-leitor a
fim de permitir estratégias de utilização da escrita, pois o
obstáculo não reside numa carência de técnicas, mas na
ausência de motivos para dotar-se com essas técnicas.
(Foucambert, 1994, p. 47)
Nesse fragmento sobre a relação entre leitores iletrados e
não-leitores (mesmo que alfabetizados) com a escrita, o
autor
(A) aponta a carência de técnicas de escrita como um
problema importante nas situações de produção de
texto dos iletrados, uma vez que não passaram pelo
processo de alfabetização.
(B)) destaca que o distanciamento entre esses grupos e
a escrita dá-se porque, mesmo munidos de técnicas,
eles não estabelecem conexões entre suas práticas
de produção de textos com suas vivências.
(C) indica que a relação entre leitura e escrita para o
grupo de não-leitores é diretamente influenciada pe-
la escola, que não fornece a quantidade necessária
de técnicas aos educandos.
(D) chama atenção para a carência de técnicas comuns a
iletrados e não-leitores, o que significa que muitos leito-
res, apenas alfabetizados, sofrem com essa carência.
(E) destaca uma profunda diferença entre iletrados e
não-leitores, pois os primeiros não passaram por ne-
nhum processo de alfabetização, e os segundos não
lêem apenas por falta de vontade.
47. Os textos são lidos toda vez que se precisa questioná-los
para encontrar neles uma informação complementar. Nes-
se sentido, a leitura é uma atividade sempre situada entre
duas experiências e sua razão de ser está no rela-
cionamento dessas experiências: a primeira, a partir da
qual questiona-se a escrita;a segunda, na qual as con-
tribuições daí retiradas são reinvestidas. Trata-se sempre
de ver, sentir e compreender de outra maneira. A leitura é
o contrário do ato gratuito, quer seja de relatos literários
ou de textos documentais.
(Foucambert, 1994, p.71)
Nesse fragmento, a leitura
(A) é apontada como um ato passivo inconsciente, no
qual o leitor absorve todas as informações de uma
vez, acompanhando o raciocínio autoral sem maio-
res dificuldades.
(B) apresenta-se como uma atividade linear, na qual o
leitor busca as informações no texto, formando as-
sim significados isolados em cada leitura.
(C) apresenta-se sempre da mesma maneira para o
leitor, uma vez que o texto já está produzido e o sen-
tido já está formado, cabendo ao leitor apenas deco-
dificar a mensagem.
(D) apresenta-se como um ato gratuito, pois ao ler, por
exemplo, textos literários, o leitor não tem nenhum
objetivo, não necessitando, portanto, de informações
complementares.
(E)) é apontada como um ato ativo consciente, no qual o
leitor parte de um objetivo em um duplo movimento:
o de questionar a escrita e o de resignificar o já lido
com a nova informação.
_________________________________________________________
48. A escola, em consonância com a sociedade, atribui à
criança o estatuto de tutelado, de irresponsável. É claro
que para aprender a falar, ela deve falar; mas o que escre-
ve não serve para nada. Suas produções serão vistas com
simpatia, como garantia de sua futura eficácia e como
incentivo para que prossiga; basicamente, porém, o que
ela produz não pode mudar nada no presente – o que é
normal, pois são produções de alguém que ainda não age,
por estar aprendendo a agir.
(Foucambert, 1994, p.100)
Nesse fragmento, o autor critica a maneira como é vista a
produção escrita da criança pela escola e pela sociedade,
pois ambas vêem a
(A)) produção como um conjunto de atividades que
prepararão o educando para o futuro, visto que ele
ainda não age efetivamente no mundo social.
(B) produção textual dos alunos como dados para
análises de como caminha a escrita no universo
escolar.
(C) escrita como ato criativo, mas a instituição escolar
chama para si a responsabilidade de fazer dos
educandos futuros produtores de texto.
(D) produção textual das crianças com simpatia, mas a
sociedade deixa para a escola o dever de utilizar, de
maneira punitiva, instrumentos de avaliação para as
produções textuais dos alunos.
(E) produção escrita como objeto de alguém que age,
de um ser ativo socialmente que realiza produções
textuais relevantes aos seus questionamentos e
experiências no presente.
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49. Segundo Foucambert, há grande diferença entre leitura e
decifração. Isso ocorre porque
(A) saber decifrar baseia-se essencialmente em dominar
um código de correspondência entre grafemas e
fonemas, o que demanda pelo menos dez anos de
estudo.
(B)) a leitura necessita de alguns anos de contato e de
freqüentes e satisfatórios encontros com textos va-
riados aos quais se considere importante atribuir um
significado.
(C) saber ler pode ser entendido como o domínio de um
código; já a decifração caracteriza-se por um con-
junto de estratégias que permitem ao leitor atribuir
sentido aos mais variados textos.
(D) a decifração é um processo rápido, que une domínio
de código e estratégias de atribuição de sentido em
um mesmo conjunto de habilidades.
(E) a leitura é um processo rápido, pois uma vez que o
educando aprendeu o código de decifração, está
habilitado a ler diferentes textos e interpretar seus
significados.
_________________________________________________________
50. Com base nas afirmações de Dionísio, que é impossível a
comunicação verbal a não ser por um gênero e por um
texto, e considerando-se as diferenças conceituais entre
tipo textual e gênero textual, pode-se dizer que
(A) os textos encontrados em nosso cotidiano como te-
lefonemas, bulas de remédios, listas de compras e
cardápios de restaurantes são exemplos de tipos
textuais.
(B) os tipos textuais podem ser considerados como tex-
tos empíricos por serem seqüências lingüísticas ine-
rentes aos gêneros textuais.
(C)) a noção de gênero textual origina-se no conceito de
“língua” como uma atividade social em que predo-
mina sua natureza funcional, assim como seus
aspectos formais e estruturais.
(D) as designações teóricas como narração, injunção e
argumentação não são tipos textuais.
(E) há uma quantidade restrita e permanente de gêne-
ros textuais determinados segundo o canal, estilo,
conteúdo, composição e função.
51. O trabalho com gêneros textuais na sala de aula favorece
a aprendizagem da escuta, leitura e escrita de textos
diversos, com funções específicas, visto que a orientação
do professor não será mais a de considerar apenas o
aspecto formal do texto escrito, mas a de proporcionar o
uso efetivo do texto por seus alunos.
(Dionísio, 2003, p. 216)
Com base nessa afirmação, a alternativa que apresenta
uma proposta NÃO adequada ao trabalho com gêneros
textuais em sala de aula é
(A)) solicitar ao aluno que classifique um substantivo
presente numa “História em quadrinhos”.
(B) incentivar a leitura de jornais e revistas por meio de
atividades de debate com as “Cartas do leitor”.
(C) utilizar “Entrevistas” retiradas da TV, rádio, jornais e
revistas para demonstrar que um mesmo gênero
pode ser explorado por meio de diferentes modali-
dades da mídia: escrita e oral.
(D) incentivar o desenvolvimento da capacidade argu-
mentativa dos alunos por meio da discussão sobre
“Artigos de opinião”.
(E) utilizar “Frases humorísticas” retiradas da mídia im-
pressa ou oral com o intuito de tentar melhorar a
relação com a escrita daqueles alunos que possuem
resistência à leitura.
_________________________________________________________
52. Considere as afirmações abaixo que destacam o uso do
gênero “canção” em sala de aula.
I. O professor deve tratá-lo como um gênero autô-
nomo, levando em consideração a unidade entre
letra e melodia.
II. O professor deve levar em consideração a dimen-
são melódica do gênero, mesmo correndo o risco
de transformar a sala de aula em espaço de lazer.
III. Um dos objetivos de utilização do gênero em am-
biente escolar é o de formar ouvintes críticos, capa-
zes de compreender o resultado da junção verbo-
melodia, característica essencial deste gênero.
IV. A utilização do gênero “canção” em sala de aula
favorece a educação sensorial do aluno e o exer-
cício de uma leitura múltipla, capaz de fazê-lo
relacionar todos os elementos que o compõem.
Podem ser atribuídas a Dionísio as propostas
(A) I e III, apenas.
(B) I e IV, apenas.
(C) II, III e IV, apenas.
(D) I, II e III, apenas.
(E)) I, II, III e IV.
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53. (...) as formas da língua e as formas típicas dos enun-
ciados, isto é, os gêneros do discurso são introduzidos em
nossa experiência e em nossa consciência mediante três
fatores, (...): as práticas de linguagem (...), as capacidades
de linguagem e as estratégias de ensino.
(Dionísio, 2003, p. 48-9)
A esse respeito, NÃO é pertinente às considerações do
autor:
(A) as aptidões necessárias a situações de interação
entre dois sujeitos são evocadas por suas capaci-
dades de linguagem, de modo a adaptá-las ao con-
texto e, a mobilizar os modelos discursivos neces-
sários à comunicação.
(B)) as estratégias de aprendizagem são processos ina-
tos através dos quais os aprendizes desenvolvem as
habilidades necessárias aos contextos sociais.
(C) as práticas sociais são mediações comunicativas
cristalizadas em forma de gêneros, através das
quais se constroem as significações sociais.
(D) a existência e o domínio dos gêneros discursivos
são imprescindíveisao processo de comunicação
verbal.
(E) a fala é organizada da maneira através da qual os
gêneros discursivos dispõem as formas gramaticais.
_________________________________________________________
54. Considere o exercício abaixo retirado de um livro didático.
Anita é uma menina bonita e reservada, diferente das
garotas de hoje em dia.
A partir da leitura da frase, complete o fragmento
abaixo:
Pode-se dizer que Anita é descrita como uma moça
...... e ......., com atitudes diferentes das meninas de
seu tempo.
De acordo com as proposições de Kleiman, no exercício
acima, a concepção de leitura pode ser vista como
(A) uma atividade de leitura interpretativa, solicitando ao
leitor que analise o texto e formule hipóteses pos-
síveis de sentido.
(B) um estímulo para o leitor interpretar o sentido do
texto, possibilitando uma efetiva interação entre
texto e leitor.
(C) um exercício de estímulo à leitura em voz alta, pos-
sibilitando ao professor perceber se o estudante está
entendendo ou não a frase.
(D)) uma atividade de leitura automatizada, solicitando ao
leitor que preencha as lacunas do exercício com
palavras idênticas às encontradas no texto.
(E) um estímulo ao leitor para que interprete o sentido
do texto de várias maneiras possíveis, possibilitando
uma opinião sobre o que foi lido.
55. Por que tão poucos compreendem a linguagem escrita,
enquanto todos compreendem a linguagem falada?
(Kleiman, 2004, p. 37)
A reflexão da autora possibilita a seguinte inferência:
(A) nas situações de intercomunicação oral, não é co-
mum os interlocutores se conhecerem, o que facilita
o processo de comunicação.
(B) em situações orais, como uma palestra, é raro
encontrarmos formas de troca entre o falante e a
audiência, mesmo que limitada a momentos críticos.
(C)) a preocupação com tópico a ser desenvolvido é co-
mum nas situações em que não há troca imediata
entre interlocutores, seja no oral ou na escrita.
(D) a produção escrita é composta de maneira urgente,
obrigando seu produtor a produzi-la e ajeitá-la, no
exato momento da produção.
(E) na produção da fala, devido à sua possibilidade de
revisão posterior, há maior complexidade sintática e
diversificação lexical do que na produção da escrita.
_________________________________________________________
56. Considere o texto abaixo.
João era efetivamente um sujeito sorumbático. Pode-se
dizer mesmo que era tristonho, melancólico, falando sem-
pre pouco e baixo e esgueirando-se pelos cantos da casa.
Nesse texto, o contexto pode auxiliar na inferência do
significado do termo “sorumbático”. Esse processo pode
ser classificado como
(A) de explicação por meio de exemplo, pois logo
após o termo “sorumbático” mostra-se uma situação
vivida no passado pela personagem João que
explica o sentido do termo.
(B) de definição, pois o termo “sorumbático” é repetido
pronominalmente logo em seguida, sendo possível
compreendê-lo dentro do contexto de sua segunda
ocorrência.
(C) de conotação mediante efeito cumulativo, já que
se pode compreender o sentido de “sorumbático”
pela associação que o leitor faz com o outro termo
“sempre” de mesma raiz.
(D)) de sinonímia ou substituição, pois é possível com-
preender, pelo contexto, que o termo “sorumbático”
está associado à personagem João, da mesma
forma que seus sinônimos “tristonho e melancólico”.
(E) de paralelismo por meio de comparação ou
contraste, uma vez que é possível compreender o
estado da personagem João quando comparado
com as demais personagens presentes no texto.
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57. (...) ao lado da superstição de que a função do professor
de língua seria ensinar um padrão idealizado de língua
culta, existe no imaginário da grande maioria das pessoas
outra crença, igualmente prejudicial ao sucesso do ensino
de língua: a de que, para dominar esse padrão idealizado
de bem falar, é preciso conhecer integralmente a doutrina
gramatical tradicional, conhecer sua nomenclatura técnica
e aprender suas definições.
(Bagno, 2005, p. 48)
A partir do fragmento, a concepção defendida pelo autor é:
(A) o conhecimento da nomenclatura gramatical em
profundidade é fundamental para que o aluno
melhore suas habilidades de leitura e escrita.
(B) o papel do professor de língua portuguesa é ensinar
apenas o padrão culto da língua, não havendo nessa
concepção nenhuma atitude supersticiosa.
(C)) a idéia de que conhecer a gramática padrão da
língua torna o falante apto a um bom desempenho
oral é uma crença social.
(D) o estudo integral da gramática normativa da língua
facilita a expressão oral dos alunos, permitindo que
eles possam corrigir seus próprios desvios.
(E) o ensino da gramática normativa em profundidade
garante ao professor uma efetiva melhora na produ-
ção escrita de seus alunos.
_________________________________________________________
58. Bagno, citando Magda Soares, define letramento como
estado ou condição de quem não só sabe ler e escrever,
mas exerce as práticas sociais de leitura e de escrita que
circulam na sociedade em que vive, conjugando-as com
as práticas sociais de interação oral.
A partir dessa concepção de letramento, entende-se que
ler e escrever são
(A) atividades completamente distintas, com poucas
implicações nas práticas sociais dos indivíduos, uma
vez que as habilidades de leitura e escrita são
privilegiadas no espaço escolar.
(B)) habilidades comuns aos indivíduos letrados, que po-
dem ser entendidos como aqueles que exercem
diversas práticas sociais em que a leitura e a escrita
são exigidas, bem como na interação oral.
(C) relacionadas com as práticas sociais apenas quando
o indivíduo termina os estudos do ensino funda-
mental e médio, pois será nessa etapa que, efeti-
vamente, entrarão em contato com situações reais
de interação social.
(D) habilidades que devem privilegiar apenas a intera-
ção oral, pois a questão das práticas sociais extra-
pola os limites da realidade escolar, mais con-
centrada nos estudos de mecanismos específicos de
leitura e produção de textos.
(E) atividades não relacionadas com as questões
ligadas à sociedade, pois essa conexão poderia
causar um desvio dos objetivos dos estudos em
língua portuguesa.
59. Identifica-se uma organização estrutural comum à dos
livros de 1a à 4a série, a saber: a proposição de atividades
de leitura e entendimento de texto, gramática e redação.
Geralmente essas partes seqüenciam-se sem nenhum
critério explícito. São membros isolados de um mesmo
corpo, cujo estudo se dá como um fim em si mesmo.
(Chiappini, 2001, p. 53)
A partir do fragmento da autora, é possível afirmar que
(A)) tradicionalmente, os livros de 1a à 4a série de língua
portuguesa apresentam os estudos de gramática,
produção e entendimento e leitura de textos de
maneira estanque, sem conexão entre as partes.
(B) nos livros didáticos de 1a à 4a série, é comum a as-
sociação entre a produção e leitura de textos, uma
vez que os trabalhos escritos são produzidos a partir
de pesquisas feitas em outros materiais.
(C) não é necessário explicitar os critérios de articulação
entre os estudos gramaticais, as produções de texto
e as leituras, já que são estudos que trabalham com
habilidades comuns.
(D) a não-explicitação das conexões entre produção, lei-
tura e entendimento de textos e gramática expressa
o respeito pela especificidade de cada uma dessas
áreas.
(E) o uso metafórico do termo “corpo” não é pertinente
para o estudo das relações entre gramática, pro-
dução e leitura e entendimento de textos, pois não
há nenhum elemento comum entre essas partes.
_________________________________________________________
60. Tomando-se os atos de leitura e escrita como forma de
conhecimento do homem e do mundo, a atividade motora
de copiar não leva o aluno a atribuir valores ao que
transcreve, pois ele não reflete sobre o que copia.
Também a leitura oral mecanicista não contribui paratal
conhecimento, pois a realização sonora da palavra escrita
não implica necessariamente a consciência daquilo que
está sendo produzido.
(Chiappini, 2001, p. 111)
As reflexões sobre o uso da cópia e da leitura oral ex-
postas acima permitem afirmar que a
(A) cópia é um exercício enriquecedor para o aluno, pois
permite que ele interprete o que está lendo em
simultaneidade ao ato mecânico de copiar.
(B) leitura oral permite ao leitor tomar consciência do
que está sendo produzido, uma vez que se apresen-
ta sempre como uma intensa atividade de inter-
pretação do texto.
(C) cópia, diferentemente da leitura oral, é uma forma de
conhecimento do homem e do mundo, pois leva o
aluno a atribuir valores e sentido ao texto transcrito.
(D) cópia e a leitura oral são atividades que exigem uma
participação muito ativa do aluno, uma vez que esti-
mulam a reflexão sobre o texto transcrito ou voca-
lizado.
(E)) leitura oral mecânica, como o próprio nome já indica,
leva o aluno a apenas vocalizar sons, dando pouca
atenção aos sentidos sugeridos pelo texto.
MODELO − Caderno de Prova, Cargo CT62, Tipo 001
pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAxMDowODozMSAtMDMwMA==
CT62 - tipo 1
001 - A 011 - C 021 - A 031 - C 041 - D 051 - A
002 - C 012 - E 022 - B 032 - A 042 - A 052 - E
003 - D 013 - A 023 - C 033 - D 043 - C 053 - B
004 - B 014 - B 024 - E 034 - E 044 - E 054 - D
005 - E 015 - D 025 - D 035 - B 045 - D 055 - C
006 - C 016 - C 026 - B 036 - A 046 - B 056 - D
007 - A 017 - B 027 - D 037 - D 047 - E 057 - C
008 - E 018 - A 028 - E 038 - E 048 - A 058 - B
009 - D 019 - E 029 - A 039 - C 049 - B 059 - A
010 - B 020 - D 030 - C 040 - B 050 - C 060 - E

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