Prova TJBA - CESPE - 2005 - para Juiz Substituto.pdf

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UnB / CESPE – TJBA 
CADERNO ITAPUÃ 
É permitida a reprodução apenas para fins didáticos, 
desde que citada a fonte. 
Cargo: Juiz Substituto – 
1 – De acordo com o comando a que cada um dos 
itens de 1 a 200 se refira, marque, na folha de 
respostas, para cada item: o campo designado com o 
código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo 
designado com o código E, caso julgue o item 
ERRADO. A ausência de marcação ou a marcação 
de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, 
não receberão pontuação negativa. Para as devidas 
marcações, use a folha de rascunho e, 
posteriormente, a folha de respostas, único 
documento válido para a correção da sua prova. 
CONHECIMENTOS GERAIS DE DIREITO 
Julgue os itens que se seguem, quanto à teoria da 
constituição, às classificações das constituições, à 
aplicabilidade e à interpretação das normas 
constitucionais e ao poder constituinte. 
1 A propósito da classificação das constituições 
quanto à forma, a grande vantagem das escritas 
sobre as não-escritas é a estabilidade que as 
primeiras propiciam, pois, devido à ausência de 
suporte escrito, as constituições não-escritas são 
muito mais facilmente modificáveis. 
2 A doutrina considera que a constituição de um 
país deva ser escrita para que todos os cidadãos a 
entendam, isto é, deve utilizar, sempre que possível, 
linguagem clara e acessível às pessoas em geral. 
Isso reforça uma das regras hermenêuticas mais 
importantes quanto a abrangência e aplicabilidade, a 
qual é condensada no brocardo in claris cessat 
interpretatio. 
3 Dos pontos de vista sociológico, político e 
econômico, é certo que o poder constituinte 
originário não tem liberdade total para moldar, a seu 
talante, a nova constituição de um país, porquanto 
está sujeito a limitações variadas. Do ponto de vista 
estritamente jurídico, todavia, prevalece o 
entendimento de que não há limitações, no plano 
interno, àquele poder. 
Acerca do controle de constitucionalidade, julgue os 
itens a seguir. 
4 O controle difuso de constitucionalidade admite 
efeitos ex tunc, pois estes não são exclusivos do 
controle concentrado; neste, a norma é expulsa do 
ordenamento jurídico e se deve considerar, em 
regra, como se nunca houvera existido. 
5 Considere a seguinte situação hipotética. A 
Assembléia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA) 
aprovou, e o governador do estado sancionou, a lei 
orçamentária estadual para o exercício de 2004. Por 
considerá-la inconstitucional frente à Constituição 
da República, um grupo de parlamentares formulou 
representação dirigida ao Procurador-Geral da 
República (PGR), no início de 2005. Nessa 
situação, por se tratar de ato normativo estadual, 
genérico e primário, deveria o PGR ajuizar ação 
direta de inconstitucionalidade, caso constatasse, de 
fato, a incompatibilidade entre a lei e a ordem 
constitucional nacional. 
6 A argüição de descumprimento de preceito 
fundamental (ADPF) caracteriza-se por levar ao 
julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) 
determinados atos do poder público que não são 
passíveis de controle de constitucionalidade por 
outras vias processuais. Nessa perspectiva, é 
juridicamente admissível o ajuizamento de ADPF 
para que o STF declare a constitucionalidade de 
veto do presidente da República a projeto de lei 
regularmente aprovado pelo Congresso Nacional. 
7 A ADPF não é o único remédio jurídico por meio 
do qual uma lei municipal pode ter a alegação de 
sua inconstitucionalidade levada a julgamento no 
plenário do STF. 
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Julgue os itens seguintes, relativos ao Estado federal 
e à organização do Estado brasileiro. 
8 Em relação ao federalismo, é correto afirmar que 
o Brasil é exemplo de Estado federal por 
desagregação, que não existe hierarquia entre os 
entes federados e que a repartição de competências 
entre eles somente se pode fazer no nível 
constitucional. 
9 O princípio da simetria é um dos princípios 
implícitos do sistema constitucional brasileiro e 
aplica-se tanto a estados quanto a municípios. A 
despeito disso, a lei orgânica dos municípios não 
pode fixar para os vereadores regime de imunidade 
com a extensão daquele aplicável aos deputados 
estaduais e federais e aos senadores. 
A respeito dos direitos políticos, julgue o item 
abaixo. 
10 A Constituição brasileira tanto prevê casos de 
simples suspensão dos direitos políticos (como na 
condenação criminal passada em julgado) quanto de 
perda deles (a exemplo do cancelamento da 
naturalização); relativamente às inelegibilidades, 
existem as absolutas e as relativas, sendo que estas 
restringem a candidatura apenas a determinados 
cargos ou em determinadas condições. 
Julgue o item subseqüente, relativo ao Estatuto da 
Criança e do Adolescente. 
11 Os atos infracionais compreendem crimes e 
contravenções penais, e, para a prova da idade do 
adolescente, o documento primordial é a certidão de 
nascimento, muito embora esta gere presunção 
apenas relativa (juris tantum) da idade, o que 
significa poder ser afastada, diante de prova idônea 
em contrário. Por outro lado, no caso de apreensão 
de adolescente já civilmente identificado, é 
juridicamente possível, a depender das 
circunstâncias, a identificação compulsória por 
parte da autoridade policial. 
No que tange à administração pública e às Emendas 
Constitucionais n.º 19 e n.º 20, de 1998, julgue os 
itens a seguir. 
12 Por força do princípio constitucional da 
legalidade, que vincula de maneira estrita a 
administração pública, os agentes públicos não 
podem interferir com sua vontade e sua avaliação 
subjetiva na prática dos atos administrativos. 
13 Considere a seguinte situação hipotética. O 
Ministério Público da Bahia ajuizou ação civil 
pública em face de um município e de um professor 
aposentado do município. Este se aposentara em 
1999 e, no ano seguinte, foi nomeado para o cargo 
de médico da rede municipal, em virtude de 
aprovação em concurso público. O fundamento da 
ação foi o de ser vedada a acumulação de proventos 
da aposentadoria com a remuneração do novo 
cargo. Nessa situação, a ação deveria ser extinta 
sem julgamento de mérito, uma vez que não 
compete ao Ministério Público ajuizar ações para 
defesa das finanças municipais, em lugar do próprio 
município; se superada essa preliminar, o pedido 
deveria ser julgado procedente, porquanto a 
acumulação, no caso, era juridicamente inválida. 
Relativamente às comissões parlamentares de 
inquérito (CPIs) no Congresso Nacional, julgue os 
itens que se seguem. 
14 A competência para julgar mandado de 
segurança contra atos praticados pelas CPIs do 
Congresso Nacional, após a Emenda Constitucional 
n.º 45, de 2004, é do Superior Tribunal de Justiça 
(STJ). 
15 Conforme o entendimento que se firmou no STF, 
as CPIs não podem expedir mandado de busca e 
apreensão, mas devem requerê-lo à autoridade 
judiciária competente. 
Julgue os itens seguintes, relativos ao Poder 
Judiciário e às funções essenciais à justiça. 
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16 Se uma CPI descobrisse que dirigente de uma 
empresa pública praticara, em 1990, atos dolosos 
dos quais resultou lesão ao patrimônio público, o 
ramo competente do Ministério Público não mais 
poderia ajuizar ação para ressarcimento do erário, 
porquanto o prazo prescricional, nesses casos, é 
qüinqüenal. 
17 Considerando que a competência do Ministério 
Público é paralela à dos ramos do Poder Judiciário, 
caso uma CPI tivesse como objeto atos ilícitos 
praticados por empregados do Banco do Brasil S.A., 
que é sociedade de economia mista da União, as 
provas reunidas pela comissão deveriam, ao final de 
seus trabalhos, ser enviadas, em princípio, parao 
Ministério Público do estado em que os atos 
tivessem sido praticados (ou para o do Distrito 
Federal), mas não para o Ministério Público 
Federal. 
18 Em decorrência das garantias constitucionais 
fundamentais, as CPIs não podem realizar a prisão 
de ninguém, porquanto elas são destinadas à 
investigação, mas não têm autoridade para efetuar a 
restrição da liberdade dos cidadãos; tais restrições, 
necessariamente, devem originar-se de decisão da 
autoridade judiciária competente. 
Com referência à Constituição do Estado da Bahia, 
julgue os itens que se sucedem. 
19 Como decorrência dos princípios constitucionais 
do devido processo legal e da ampla defesa, a 
referida Constituição estabelece que os servidores 
públicos somente poderão sofrer punição disciplinar 
mediante processo administrativo composto de duas 
fases: a da sindicância e a do procedimento 
administrativo disciplinar. 
20 Caso o governador do estado da Bahia cometa 
ato de improbidade administrativa, estará sujeito a 
processo por crime de responsabilidade, sem 
prejuízo da ação judicial apropriada. Em relação a 
esse crime, o chefe do Poder Executivo será julgado 
pela ALBA e deverá ser afastado de suas funções 
com a instauração do processo. Caso esse processo 
não seja julgado em 120 dias, o governador poderá 
reassumir suas funções, mas isso não impedirá o 
prosseguimento do processo. 
21 Na Bahia, os prefeitos são julgados, nos crimes 
comuns, pelo tribunal de justiça, assim como será 
desse órgão a competência para julgar mandado de 
segurança impetrado contra aqueles. Por outro lado, 
os prefeitos têm legitimidade para ajuizar ação 
direta de inconstitucionalidade contra lei ou ato 
normativo estadual ou municipal, em face da 
Constituição baiana. 
22 Considerando que o estado da Bahia teve 
8.954.998 eleitores aptos a votar nas eleições de 
2004, a Constituição Estadual poderia receber 
proposta de emenda subscrita por pelo menos 
89.549 eleitores, proposta que, entre outros 
requisitos, precisaria ser aprovada após dois turnos 
de discussão e votação e contar com o voto de três 
quintos dos deputados estaduais. No caso de veto 
por parte do governador, poderia a ALBA derrubá-
lo, em votação específica. 
23 Em relação ao Poder Judiciário baiano, nos 
termos da Constituição Estadual, é correto afirmar 
que o tribunal de justiça pode ter órgão especial, 
com competência administrativa e jurisdicional, que 
os subsídios dos magistrados devem ser estipulados 
por lei, mas, na falta desta, em certas condições, 
poderão sê-los por meio de resolução administrativa 
do tribunal, e que o juiz não poderá ser promovido 
por merecimento, em nenhum caso, sem estar entre 
os 20% mais antigos e sem haver prestado serviço 
por pelo menos dois anos na entrância respectiva. 
Julgue os itens a seguir, no que respeita à 
organização judiciária do estado da Bahia e ao 
Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado 
da Bahia. 
24 A Corregedoria-Geral de Justiça, de acordo com 
a Lei de Organização Judiciária da Bahia, pode 
baixar instruções necessárias ao funcionamento 
adequado dos serviços cuja fiscalização lhe caiba; o 
corregedor-geral participa das sessões do Plenário 
do tribunal, embora sem a função de relator nem de 
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revisor; nos impedimentos do corregedor-geral, suas 
funções serão exercidas por desembargador 
designado pelo tribunal. 
25 Quando for argüida a inconstitucionalidade de 
lei ou ato normativo e essa questão se mostrar 
indispensável ao julgamento da causa, os autos 
serão enviados ao plenário do tribunal, ao qual 
caberá o julgamento da questão prejudicial e do 
próprio litígio, a fim de privilegiar a celeridade 
processual. Nesses casos, será obrigatoriamente 
ouvido, antes, o Ministério Público, no prazo de dez 
dias. 
No que se refere aos atos administrativos, julgue os 
próximos itens. 
26 Fatos jurídicos, mesmo que independam da 
vontade e de qualquer participação dos agentes 
públicos, podem ser relevantes para o direito 
administrativo. 
27 A rigor, os atributos da presunção de validade 
(ou legitimidade) e da presunção de veracidade dos 
atos administrativos não significam exatamente a 
mesma coisa. A primeira indica a conformidade do 
ato com o ordenamento jurídico, ao passo que a 
segunda representa a adequação do ato à realidade 
dos fatos. A depender das circunstâncias, o segundo 
atributo pode subsistir, mas ser afastado o primeiro, 
por defeitos do ato administrativo. 
28 Sempre que a administração pública se deparar 
com a prática de ato administrativo nulo, deverá 
invalidá-lo e repor a situação no statu quo ante, 
independentemente de provocação da parte 
interessada, devido a seu poder de autotutela. Essa 
atitude é decorrência do princípio da legalidade, 
pois a doutrina não admite que o poder público 
aceite a persistência dos efeitos de atos praticados 
em desconformidade com o direito. 
Julgue os itens seguintes, no que diz respeito ao 
controle da administração pública e aos bens 
públicos. 
29 No controle administrativo dos atos da 
administração pública, a sistemática de recursos 
baseia-se no princípio de hierarquia que subjaz à 
estrutura dos órgãos e dos entes públicos. Isso 
significa que, com exceção dos recursos destinados 
à própria autoridade que haja produzido o ato, todos 
os demais devem ser dirigidos à autoridade 
hierarquicamente superior àquela. 
30 Em relação ao tombamento como meio de 
proteção dos bens de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico, é correto afirmar 
que ele não impede a alienação do bem onerado, 
conquanto gere direito de preempção em favor do 
poder público, que permite a reforma do bem, 
mediante certas condições, que gera efeitos também 
para vizinhos do bem e que, consoante a doutrina, 
tem natureza de servidão administrativa. 
Quanto às licitações, aos contratos administrativos e 
aos contratos de concessão, julgue os itens que se 
seguem. 
31 Considere a seguinte situação hipotética. Em um 
pregão, os participantes apresentaram propostas 
com os seguintes preços, para a prestação de 
determinado serviço comum: licitante A – R$ 
10.000,00, licitante E – R$ 11.000,00, licitante B – 
R$ 10.100,00, licitante F – R$ 11.500,00, licitante C 
– R$ 10.500,00, licitante G – R$ 12.000,00, licitante 
D – R$ 10.900,00, licitante H – R$ 12.100,00. O 
pregoeiro verificou que os licitantes B e G não 
haviam obedecido aos requisitos do instrumento 
convocatório, na elaboração das propostas. Nessas 
condições, o pregoeiro deverá passar à fase de 
lances verbais, da qual apenas os licitantes A, C, D 
e E terão o direito de participar, para, ao final, 
identificar o vencedor do pregão. 
32 Uma das mais importantes inovações da vigente 
Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei 
n.º 8.666, de 1993) foi a previsão expressa da 
possibilidade de invocação da exceptio non 
adimpleti contractus em favor do contratado 
particular, se bem que ela, como regra, não faculte 
ao contratado exigir da administração pública o 
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cumprimento antecipado da prestação a ela 
correspondente. 
33 Durante a execução do contrato de concessão de 
serviço público, se o poder concedente constatar 
que houve nulidade na licitação ou na formação do 
contrato ou, ainda, se verificar que o concessionário 
não está cumprindo as condições do contrato e da 
lei na prestação do serviço, caberá a encampação do 
contrato por parte do concedente, após facultado ao 
concessionário o exercício da ampla defesa. 
Julgue os itens subseqüentes, acerca dos agentes 
administrativos e do processo administrativo. 
34 Considere a seguinte situação hipotética. 
Marcelo era servidor público estadual da 
administração direta e foi eleito vereador por um 
município baiano. Comohavia compatibilidade 
entre o horário de trabalho dele e o exercício da 
vereança, o município passou a pagar-lhe, 
cumulativamente com os vencimentos do cargo 
efetivo, as vantagens do cargo de vereador. Um 
cidadão ajuizou ação popular contra esse pagamento 
cumulativo, alegando ilegalidade e lesividade 
desses atos. Nessa situação, o pedido da ação 
deveria ser julgado improcedente. 
35 No processo administrativo disciplinar, não se 
aplica, com a mesma amplitude do direito penal, o 
princípio da tipicidade, o que implica a 
possibilidade de a autoridade administrativa aplicar 
sanção a conduta que não esteja minuciosamente 
descrita como ilícita na norma legal. 
Em relação aos poderes da administração, julgue os 
itens a seguir. 
36 O Estado somente pode punir agente público (em 
sentido lato) nas estruturas estatais baseadas na 
hierarquia entre a autoridade competente para 
aplicar a punição e os agentes a ela sujeitos, 
hierarquia que deve abranger, sobretudo, o exercício 
das funções desses agentes. 
37 Em sentido amplo, é juridicamente correto 
afirmar que o exercício do poder de polícia está 
associado à atividade do Poder Legislativo e do 
Poder Executivo. 
Julgue os itens seguintes, a respeito da intervenção 
do Estado na propriedade. 
38 A servidão tem a natureza de direito real sobre 
coisa alheia (jus in re aliena) e, na servidão de 
direito público, ela está necessariamente associada 
ao emprego da coisa serviente na prestação de 
serviço público. 
39 De acordo com a doutrina, a chamada ocupação 
provisória (ou temporária), no direito brasileiro, 
equivale à desapropriação indireta, porquanto se dá 
sem procedimento administrativo prévio e implica 
limitações à propriedade que precisam ser 
indenizadas pelo poder público. 
No atinente aos princípios da administração pública, 
julgue os itens que se seguem. 
40 O princípio da proporcionalidade é hoje 
amplamente reconhecido pela doutrina e pela 
jurisprudência brasileiras como um dos que regem a 
atividade administrativa, conquanto remanesça 
como princípio implícito no ordenamento jurídico 
positivo do país. 
41 De acordo com a Constituição da República, os 
atos dos agentes públicos geram responsabilidade 
objetiva para o Estado e não para a pessoa deles 
próprios, a não ser na hipótese de o poder público 
comprovar a ocorrência de dolo ou culpa, em ação 
regressiva. Essa imputação dos atos do agente 
público ao Estado representa a concretização do 
princípio da impessoalidade, consoante uma de suas 
concepções teóricas. 
42 Como decorrência do princípio constitucional da 
publicidade, a Constituição de 1988 assegura a 
qualquer cidadão obter certidão para a defesa de 
direito e para o esclarecimento de situação de 
interesse pessoal. No caso, porém, de o cidadão 
desejar a defesa de interesse coletivo ou difuso, não 
terá direito à certidão, mas, sim, o direito de 
representação ao Ministério Público para que este, 
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como representante da sociedade em juízo, 
providencie os elementos necessários àquela defesa 
e promova as ações adequadas, se for o caso. 
43 A moralidade administrativa possui conteúdo 
específico, que não coincide, necessariamente, com 
a moral comum da sociedade, em determinado 
momento histórico; não obstante, determinados 
comportamentos administrativos ofensivos à moral 
comum podem ensejar a invalidação do ato, por 
afronta concomitante à moralidade administrativa. 
Julgue os próximos itens, referentes a 
responsabilidade civil da administração, 
improbidade administrativa e serviços públicos. 
44 A responsabilidade civil do Estado por ato 
omissivo prescinde de demonstrar-se a relação de 
causalidade entre a omissão e a lesão a direito da 
vítima, porquanto bastará comprovar o dever estatal 
de agir e o dolo ou culpa do agente público. 
45 A tipificação na lei dos atos de improbidade 
administrativa repousa sobre o binômio ofensa à 
moralidade—lesão ao patrimônio público, de tal 
sorte que, na falta de um desses fatores, não se 
caracterizará o ato ímprobo. 
46 De acordo com a classificação dos serviços 
públicos quanto ao objeto, a intervenção estatal na 
atividade econômica, quando necessária à satisfação 
de relevante interesse público ou de imperativos de 
segurança nacional, corresponde aos chamados 
serviços administrativos. 
Relativamente à organização administrativa, julgue 
os itens a seguir. 
47 As fundações instituídas pelo poder público, 
tanto as que têm personalidade jurídica de direito 
público quanto as de direito privado, são criadas 
para a persecução de determinado interesse 
coletivo. Considerando que, por disposição 
constitucional, compete ao MP a tutela desses 
interesses, é indispensável a fiscalização do órgão 
sobre todos os atos desses entes, segundo 
reconhecem os estudiosos. 
48 Uma sociedade de economia mista ou empresa 
pública pode resultar da transformação, por lei, de 
um órgão público preexistente. 
Julgue os itens seguintes com relação à 
desapropriação. 
49 Para a desapropriação de bem público, deve-se 
observar, por um lado, a regra segundo a qual 
apenas as pessoas políticas de maior extensão 
podem expropriar os bens das de menor extensão 
(de onde se conclui que os bens federais são sempre 
imunes a desapropriação) e, por outro, a 
necessidade de haver autorização legislativa 
expedida pelo ente expropriante. 
50 A fim de permitir a conclusão dos atos 
necessários a consumar-se a desapropriação, a lei 
autoriza que, uma vez decretada a utilidade pública 
de um bem para que seja expropriado, o poder 
público requeira imissão provisória na posse, de 
modo a poder penetrar no imóvel. 
Julgue os itens que se seguem, relativos à 
propriedade industrial e intelectual. 
51 Tal como ocorre no direito autoral, o autor de 
propriedade industrial, em regra, tem seus direitos 
materiais resguardados desde o momento da criação 
de sua obra. 
52 Não serão objeto de patente, concedida pelo 
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), 
produtos alimentícios, químico-farmacêuticos e 
medicamentos de qualquer espécie, como forma de 
se resguardar o interesse público. 
53 Considere que alguém modifique a forma de uns 
óculos e isso resulte em um novo modelo, 
facilmente adaptável à cabeça. Nessa situação, para 
efeito de patente, esse novo objeto poderá, 
legalmente, ser considerado um modelo de utilidade 
e o prazo de proteção da patente será de 15 anos. 
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54 Considere que o autor de uma invenção tenha 
feito, no dia 1.º de janeiro de 2004, o depósito 
relativo ao pedido de patente no INPI. Nessa 
situação, o exame do pedido de patente deve ser 
requerido até o dia 1.º de janeiro de 2007, sob pena 
de ser arquivado. 
55 Determinada pessoa, autora de modelo de 
utilidade, promoveu o depósito referente ao pedido 
de patente de sua obra e, decorrido longo período, 
tomou conhecimento de que algumas pessoas, antes 
da data do depósito no INPI, já utilizavam, de boa-
fé, tal objeto. Nessa situação, o autor deveria ter 
notificado as pessoas para que cessassem a 
exploração do objeto, pois aos criadores de obras 
intelectuais é assegurado o direito de exploração, 
oponível contra todos. 
56 Caso os agentes do INPI verifiquem que tenha 
sido patenteada determinada invenção contrária à 
saúde pública, o próprio INPI poderá propor ação 
de nulidade de patente, a qual deverá ser ajuizada 
no foro da justiça federal. 
57 Será passível de licença compulsória a patente 
concedida a empresário que utilize os direitos dela 
decorrentes de forma a praticar abuso do poder 
econômico comprovado nos termos da lei, por 
decisão administrativa ou judicial. 
Com relação ao direito bancário e securitário e aos 
contratos de consórcios para aquisição de bens, 
julgueos seguintes itens. 
58 Considere que determinado consórcio de 
automóveis, regularmente constituído, vise levar a 
efeito contratos de alienação fiduciária em garantia. 
Nessa situação, deverão ser utilizados os serviços de 
uma instituição financeira, única entidade 
legitimada para efetuar financiamentos dessa 
natureza. 
59 Salvo interesse do governo brasileiro, é vedada a 
instalação, no território nacional, de novas agências 
de instituições financeiras domiciliadas no exterior. 
60 Considere a seguinte situação hipotética. Cláudia 
provocou, por negligência, dano em bem móvel 
devidamente segurado por Luís, seu marido. Nessa 
situação, a seguradora deve pagar a Luís a 
indenização devida e se sub-rogar no valor 
respectivo, podendo promover ação contra a 
causadora do dano, para recebimento do valor pago. 
Julgue os itens subseqüentes, a respeito do instituto 
relativo aos títulos de crédito. 
61 Considere a seguinte situação hipotética. Joana 
possui em sua residência pequena confecção de 
roupas infantis, as quais são vendidas mediante 
pagamento a prazo, desde que o devedor assine nota 
promissória, ou à vista. Assim, Joana ajustou com 
Sara contrato de compra de venda de algumas peças 
de roupas. Sara, por sua vez, firmou nota 
promissória da qual constou cláusula de juros de 
mora, no verso do título. Nesse situação, para 
efeitos da legislação civil, considera-se não escrita a 
cláusula de juros de mora aposta no referido título 
de crédito. 
62 Considere a seguinte situação hipotética. Alcir 
emprestou R$ 3.500,00 a Batista, que, para garantir 
o pagamento, entregou a Alcir cheque devidamente 
assinado. Ante a solicitação de Alcir para que o 
título fosse avalizado, o irmão de Batista avalizou, 
mas apenas o montante de R$ 2.000,00. Nessa 
situação, Batista deverá providenciar outro avalista, 
pois a legislação pátria veda o aval parcial. 
63 Subsistirá o aval mesmo que o avalista firme 
letra de câmbio em que seja fictícia a pessoa do 
aceitante. 
64 Considere a seguinte situação hipotética. Jonas 
vendeu um computador a Bernadete, no importe de 
R$ 2.800,00. No ato da compra, a devedora pagou 
R$ 1.400,00 e firmou nota promissória, 
representativa do restante devido, para que fosse 
paga no mês seguinte. Na data aprazada, Bernadete 
procurou Jonas para lhe entregar, em dinheiro, a 
importância de R$ 1.000,00 e declarou que, naquele 
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momento, não dispunha da diferença do débito. 
Nessa situação, Jonas deveria ter recebido a 
importância ofertada por Bernadete, pois ao credor 
é vedado recusar pagamento na data do vencimento, 
ainda que parcial. 
65 Considera-se vencida a letra de câmbio 
protestada por recusa do aceite. 
66 Considera-se nula a emissão de letra de câmbio 
sem a indicação da data de vencimento, bem como 
do local de pagamento, por estarem ausentes os 
requisitos mínimos para a validade do título. 
67 Considere o inadimplemento de letra de câmbio 
emitida para vencimento em maio de 2005. Nessa 
situação, o titular da cártula deverá promover ação 
de cobrança contra o devedor até maio de 2006, 
contados da data em que deveria ter sido pago o 
referido título, sob pena de prescrição. 
68 A nota promissória emitida a certo termo da 
vista deve ser protestada em razão da recusa do 
subscritor a dar o seu visto. 
69 Caso determinada cártula de cheque tenha sido 
endossada por três pessoas, é lícito que o portador 
do título promova ação cambial contra um ou todos 
os endossantes, em única ação ou separadamente. 
70 As letras imobiliárias, também denominadas 
letras hipotecárias, são títulos de crédito comumente 
emitidos por sociedades empresárias e gozam de 
privilégio em relação aos demais bens do emissor. 
Acerca da normatização do direito do consumidor, 
 Julgue os itens a seguir 
71 Não é considerado relação de consumo o 
negócio jurídico de natureza creditícia, tal qual o 
empréstimo bancário, pois o bem adquirido por essa 
modalidade de contrato é utilizado para a aquisição 
de outros bens de consumo, não sendo o contratante 
destinatário final de produto ou serviço. Não se 
aplica a essa situação o Código de Defesa do 
Consumidor (CDC), dado que ela envolve 
instituições financeiras. 
72 A inversão do ônus da prova, direito básico do 
consumidor, visa facilitar a defesa da parte 
hipossuficiente na relação de consumo. Isso não 
implica, contudo, que o fornecedor seja obrigado a 
arcar com as custas para a produção de prova 
requerida pelo consumidor, mas, sim, que suporte o 
ônus de sua não-produção, sendo considerados 
verdadeiros os fatos que, por intermédio dessa 
prova, se pretendia provar. 
73 O CDC permite a revisão de cláusulas que, em 
razão de fatos supervenientes, tornem-se 
excessivamente onerosas. Não permite, contudo, a 
modificação de cláusulas que estabeleçam 
prestações desproporcionais, em virtude do 
princípio da pacta sunt servanda. 
74 Considere a seguinte situação hipotética. Em um 
supermercado, Antônio pediu que seu filho, de 
apenas 10 anos de idade, pegasse e trouxesse, até o 
carrinho de compras, uma garrafa de vidro que 
continha refrigerante. No percurso, o garoto, ao 
deixar cair a garrafa de vidro no chão, sofreu cortes 
profundos na perna. Nessa situação, o fornecedor 
não responde pela reparação dos danos causados ao 
consumidor, visto que a culpa é exclusiva da vítima. 
75 Suponha que um cliente, cujo computador 
apresentou problemas, tenha procurado uma 
empresa de assistência técnica para consertá-lo e, 
em princípio, foi informado de que bastaria a 
reinstalação de um software e de que a execução do 
serviço custaria R$ 35,00. Dias após, recebeu a 
fatura discriminando a troca de um componente do 
computador, no valor de R$ 500,00. Nesse caso, 
conforme o CDC, a prática descrita é abusiva. 
76 O profissional liberal, na condição de fornecedor 
de produtos e serviços, é pessoalmente responsável 
por danos causados ao consumidor, 
independentemente da existência de culpa, em razão 
do princípio da responsabilidade objetiva, que rege 
as relações de consumo. 
77 Considere a seguinte situação hipotética. 
Arnaldo, engenheiro civil, visando auxiliar uma 
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cooperativa habitacional, elaborou projeto para a 
construção de casas populares, sem cobrar 
remuneração. Nessa situação, a atitude meramente 
liberal de Arnaldo não é caracterizada como 
prestação de serviços, para fins de incidência do 
CDC. 
78 Os serviços públicos essenciais devem ser 
prestados de maneira contínua. Portanto, não pode o 
órgão público prestador de serviço público essencial 
cortar o fornecimento de serviço a consumidor que 
permaneça inadimplente após ter sido previamente 
notificado. 
79 Considere a seguinte situação hipotética. José 
adquiriu veículo novo, com ar condicionado, entre 
outros acessórios, e pagou à vista. Entretanto, de 
posse do veículo, constatou que o ar-condicionado 
não estava funcionando. Entrou em contato com a 
concessionária e exigiu a substituição desse 
acessório. A concessionária, prontamente, dispôs-se 
a reparar o dano, entregando um outro veículo, 
usado e de menor valor, para que José o utilizasse 
enquanto fosse efetuado o conserto no carro por ele 
adquirido. Mais de 30 dias se passaram sem que o 
veículo fosse consertado. Nessa situação, José teria 
direito, alternativamente e à sua escolha, à 
substituição do veículo, à restituição imediata da 
quantia paga ou ao abatimento proporcional do 
preço pago. 
80 Determinada marca de computador estava sendo 
vendida pelo estabelecimento empresarial X. Os 
computadores dessa marca apresentavam defeitos 
de montagem. Sendo assim, o estabelecimento 
empresarial X será solidariamente responsável 
apenas se o fabricante ou o importador do produto 
não puderem ser identificados.81 A venda de frutas e hortaliças torna responsável, 
por vícios do produto, o fornecedor imediato, 
exceto no caso em que for possível identificar 
claramente o produtor. 
82 Dada a responsabilidade do fornecedor por 
disparidade de indicações do produto constantes de 
mensagem publicitária, ele deve sanar o vício no 
prazo máximo de trinta dias. Todavia, as partes 
podem convencionar a redução, o aumento ou até 
mesmo a supressão desse prazo, conforme 
disposição do CDC. 
83 O fornecedor de serviços de reparação de 
produtos não é obrigado a empregar componentes 
originais, salvo se expressamente convencionado no 
contrato. 
84 Pela existência de vício de qualidade que torne o 
produto inadequado para o consumo, é 
responsabilizado o seu fornecedor, mesmo que ele 
ignore a mácula. 
85 Considere a seguinte situação hipotética. Lucas 
comprou, por telefone, um equipamento de 
ginástica, tendo acertado que o pagamento seria 
efetuado em quatro parcelas iguais. Depois do 
primeiro pagamento, Lucas recebeu o produto em 
sua residência. Entretanto, Lucas não gostou do 
bem adquirido, o que o fez desistir do contrato três 
dias após a entrega do produto. Nessa situação, 
Lucas terá direito, imediatamente, à devolução da 
primeira prestação não-corrigida monetariamente. 
86 O anúncio publicitário é considerado parte 
integrante do contrato que estabelece a relação de 
consumo, o qual vincula o fornecedor do produto ou 
serviço e pode ser objeto de execução específica. 
87 O prazo para reclamação de vícios de fácil 
constatação decai em trinta dias, podendo ser 
estendido uma única vez por igual período, em se 
tratando de fornecimento de serviço ou de produto 
não-durável. 
88 Incorrerá em multa o estabelecimento de ensino 
particular que altere o modelo de fardamento antes 
de transcorridos 5 anos da adoção do uniforme 
anterior. 
89 A penalidade de cassação de alvará de licença só 
pode ser aplicada ao fornecedor de bens e serviços 
de consumo e se precedida de regular procedimento 
administrativo, garantidos, ao apenado, o 
contraditório e a ampla defesa. 
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90 Para que reste configurado crime de exposição à 
venda de produto impróprio para o consumo, deve 
haver prévia comprovação, por meio de laudo 
pericial, da potencialidade lesiva do produto à vida 
ou à saúde do consumidor. 
Acerca da lei e sua interpretação, julgue os itens que 
se sucedem. 
91 Se um juiz, por meio de interpretação 
sistemática, detectar incompatibilidade entre a 
norma objeto de interpretação e outras do mesmo 
sistema jurídico, deverá negar a eficácia à norma, 
deixando de aplicá-la no caso concreto. 
92 Considere que determinada pessoa celebrou, em 
agosto de 2002, um contrato de financiamento pelo 
prazo de 5 anos. Nessa hipótese, o contrato deverá 
subordinar-se integralmente aos preceitos do 
Código Civil revogado, pois não pode a lei nova, 
atual Código Civil, atingir a validade dos negócios 
jurídicos já constituídos, nem interferir nos efeitos 
do contrato de execução de trato sucessivo. 
Julgue os próximos itens, a respeito de contratos. 
93 O princípio da função social determina que os 
interesses individuais das partes do contrato sejam 
exercidos em conformidade com os interesses 
sociais, sempre que estes se apresentem. No 
entanto, havendo conflito entre eles, o princípio da 
autonomia da vontade deve ser prevalecente, pois 
este continua válido e informa todo o sistema 
contratual. 
94 O contrato de abertura de crédito fixo firmado 
entre instituição financeira e correntista, no qual 
pactuam mútuo e condições do pagamento, ainda 
que creditado em contacorrente, traduz título 
representativo de dívida líquida, certa e exigível e 
constitui título executivo extrajudicial. 
95 Considere a hipótese em que cônjuge varão, 
durante a vigência do casamento pelo regime da 
comunhão universal de bens, prestou fiança em 
contrato de renegociação de dívida de operações de 
crédito, sem a devida outorga uxória. Nessa 
situação, a fiança é anulável, caso em que obrigará 
apenas os bens da meação do fiador. 
96 O princípio da equivalência material busca 
realizar e preservar o equilíbrio real de direitos e 
deveres no contrato, antes, durante e após sua 
execução, para harmonização dos interesses. Esse 
princípio preserva a equação e o justo equilíbrio 
contratual, seja para manter a proporcionalidade 
inicial dos direitos e obrigações, seja para corrigir 
os desequilíbrios supervenientes. 
Com referência à responsabilidade civil, julgue os 
itens que se seguem. 
97 Reputa-se como dano moral a dor, o vexame, o 
sofrimento ou a humilhação que foge à normalidade 
e interfere intensamente no comportamento 
psicológico do indivíduo, causando-lhe aflição, 
angústia e desequilíbrio em seu bem-estar. Para o 
arbitramento do dano moral, deve o juiz atentar para 
a repercussão econômica do dano, a capacidade 
econômica do agente, seu grau de dolo ou culpa e a 
dor experimentada pela vítima. Assim, o 
ressarcimento do dano moral se dará na justa 
medida do abalo sofrido, sem, contudo, gerar um 
enriquecimento sem causa e também sem deixar 
impune o agente do dano moral. 
98 Na responsabilidade subsidiária, uma das 
pessoas tem o débito originário e a outra tem apenas 
a responsabilidade por esse débito. Por isso, existe 
uma preferência na ordem de excussão: primeiro 
são demandados os bens do devedor; não tendo sido 
encontrados ou sendo eles insuficientes, inicia-se a 
excussão de bens do responsável em caráter 
subsidiário, até saldar a totalidade da dívida. 
99 A responsabilidade civil por ato de terceiro 
permite estender a obrigação de reparar o dano à 
pessoa diversa daquela que praticou a conduta 
danosa, desde que exista uma relação jurídica entre 
o causador do dano e o responsável pela 
indenização. Nessa hipótese, a obrigação de 
indenizar é proveniente da culpa presumida do 
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agente, consistente no descuido do dever de 
vigilância ou do dever de escolha do preposto. 
100 Dirigir veículos sem possuir habilitação legal 
induz, por si só, a culpa. Assim, para efeito de 
responsabilidade civil, quando, em acidente de 
trânsito, um dos motoristas envolvidos não possuir 
habilitação legal, ele será considerado culpado e 
condenado à reparação dos danos. 
Acerca do direito das sucessões, julgue os itens 
subseqüentes. 
101 Considere a seguinte situação hipotética. Tiago 
e Cláudia, casados há alguns anos em regime da 
comunhão parcial de bens, faleceram 
simultaneamente em um acidente, não deixando 
testamento. Cláudia possuía dois filhos de uma 
união já desfeita. Tiago não tinha descendentes e 
deixou como parentes os pais e dois tios. O casal 
possuía um apartamento e um carro. Cláudia não 
deixou bens particulares, enquanto Tiago tinha uma 
propriedade imobiliária rural. Nessa situação, todos 
os bens de Cláudia e Tiago, ou seja, o apartamento, 
o carro e a propriedade rural serão partilhados, em 
partes iguais, entre os filhos de Cláudia, pois 
Cláudia transmitiu a seus descendentes o seu direito 
hereditário no bem particular do marido. 
102 As regras formais do testamento são as do 
tempo em que ele foi feito. No entanto, as normas 
substanciais da sucessão hereditária são as da época 
em que faleceu a pessoa de cuja sucessão se trata. 
103 No regime da separação convencional de bens, 
o cônjuge sobrevivente concorre com os 
descendentes do falecido. 
104 O direito de representação dar-se-á quando a lei 
chama certos parentes do falecido a sucederem-no 
em todos os direitos em que ele sucederia se vivo 
fosse, e ocorre apenas na linha descendente. Assim, 
como não há representação de pessoa viva, ninguém 
pode suceder representando o herdeiro renunciante 
ou excluído. 
105 O herdeiro recebe, desdeo momento da morte 
do autor da herança, o domínio e a posse dos bens, 
em condomínio com os demais. O legatário de coisa 
certa receberá o domínio desde logo e a posse 
quando da partilha. Se o legatário for beneficiado 
com coisa incerta, receberá o domínio e a posse no 
momento da partilha. 
Com relação ao direito de família, de acordo com o 
sistema jurídico vigente, julgue os itens a seguir. 
106 A alteração do regime de bens no casamento 
não pode ser feita unilateralmente, precisa obedecer 
a vários requisitos: ambos os cônjuges têm de 
apresentar o pedido, motivando-o, justificando-o, e 
o juiz vai apurar a procedência das razões 
invocadas. Assim, depende da autorização judicial, 
resguardando-se os direitos de terceiros. 
107 A adoção de pessoa maior de 18 anos de idade 
é regida pelo Código Civil e obedecerá a processo 
judicial. No entanto, não se faz necessária a 
intervenção obrigatória do Ministério Público, pois 
o objetivo da mencionada adoção é atender 
interesses puramente patrimoniais e sucessórios. 
108 Se não houver tutor testamentário ou legítimo, 
forem eles excluídos ou escusados da tutela ou 
tiverem sido removidos por idoneidade, ocorrerá a 
denominada tutela dativa, com natureza subsidiária, 
em que incumbe ao juiz a nomeação de pessoa 
idônea, uma vez que a essa pessoa caberá tanto a 
guarda do menor quanto a administração dos bens 
que ele possa ter, devendo, ademais, o tutor residir 
no domicílio do menor. 
109 O meio de prova do estado de casado serve para 
se provar a existência do casamento, nunca para 
convalescer vício que o invalida. Assim, a 
presunção em favor do casamento só pode ser 
invocada para dirimir a incerteza, ou seja, se 
ocorreu, ou não, o ato de celebração do casamento. 
110 É imprescritível o direito de o filho, mesmo já 
tendo atingido a maioridade, investigar a 
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paternidade e pleitear a alteração do registro de 
nascimento. 
 Acerca dos embargos do devedor, julgue os itens 
seguintes. 
111 Contra execução baseada em sentença penal 
condenatória é vedado ao executado alegar 
inexistência ou invalidade da citação do processo de 
conhecimento. 
112 Na execução definitiva por título judicial 
transitado em julgado, se for interposto recurso 
contra a sentença que julgou improcedentes os 
embargos do devedor, a execução prosseguirá em 
caráter provisório. 
A respeito dos recursos, julgue os próximos itens. 
113 São cabíveis embargos infringentes contra 
decisão que julga procedente, por maioria de votos, 
ação cautelar de competência originária do tribunal. 
114 Considere a seguinte situação hipotética. Ao 
proferir a sentença e julgar procedente o pedido, o 
juiz concedeu a antecipação da tutela, reconhecendo 
a presença dos pressupostos essenciais exigidos 
para sua concessão. Inconformada, a parte adversa 
interpôs o recurso de apelação. Nessa situação, o 
recurso é próprio e deverá ser recebido em ambos 
os efeitos. 
 115 Cabe agravo retido contra decisão que recebe a 
apelação e declara os efeitos em que o recurso foi 
recebido. Na hipótese de haver juízo de retratação, a 
parte contrária deverá, nas contra-razões do recurso 
principal, ofertar sua resposta. 
116 Os embargos de declaração suspendem o prazo 
para a interposição de outros recursos, e o efeito 
suspensivo valerá tanto para o embargante quanto 
para a parte contrária e para terceiros prejudicados. 
117 Suponha que o estado de Santa Catarina, na 
qualidade de assistente simples de empresa pública 
estadual, recorreu de sentença proferida pelo juízo. 
Nessa situação, a parte recorrente não terá o prazo 
em dobro para recorrer, uma vez que o benefício 
legal se estende à parte recorrente e a figura do 
assistente simples não se enquadra na definição 
legal de parte. 
Julgue os itens a seguir, a respeito da tutela 
específica das obrigações de fazer, não fazer e 
entregar coisa. 
118 Proferida a sentença final condenatória, ainda 
que interposta apelação com o duplo efeito, a 
sentença, por ter caráter mandamental, será 
exeqüível de plano, inclusive com apoio de força 
policial, se necessário. 
119 A obrigação de entrega de coisa poderá ser 
convertida em perdas e danos, se o credor a 
requerer, ou ser substituída por coisa diversa capaz 
de produzir resultado prático equivalente ao 
adimplemento. 
Julgue os itens seguintes, relativos à competência. 
120 Quando se tratar de junção de causas conexas, 
em um mesmo juízo, por causa da prevenção, 
considera-se prevento não o juízo onde tenha sido 
feita a citação, mas o que despachou em primeiro 
lugar, desde que ambos os juízes tenham a mesma 
competência territorial. 
121 No caso de incompetência absoluta, deve o juiz 
absolutamente incompetente decretar a nulidade dos 
atos decisórios, remetendo os autos ao juízo que 
tenha por competente. Assim, o juiz, mesmo quando 
absolutamente incompetente, é, todavia, o 
competente para declarar a incompetência absoluta 
do órgão por ele ocupado. 
122 É da justiça federal a competência para 
processar e julgar a ação possessória entre 
particulares sobre terreno de marinha, portanto, bem 
de domínio da União. 
123 Existindo conexão entre duas ações que 
tramitam perante juízos diversos, configurada pela 
identidade do objeto ou da causa de pedir, impõe-se 
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a reunião dos processos, ainda que um dos 
processos já se encontre sentenciado, a fim de se 
evitarem julgamentos incompatíveis. 
No que se refere ao reexame necessário, julgue os 
itens que se seguem. 
124 A sentença que julga procedentes embargos à 
execução contra a fazenda pública não está sujeita 
ao duplo grau obrigatório de jurisdição. 
125 O reexame necessário devolve ao tribunal a 
apreciação de toda a matéria que se refira à 
sucumbência da fazenda pública. É procedimento 
obrigatório que não se sujeita ao princípio do 
quantum devolutum quantum appelatum. 
126 Em decisão monocrática, poderá o relator negar 
seguimento a remessa obrigatória por considerá-la 
manifestamente improcedente, tendo em vista que a 
decisão de primeira instância encontra-se em 
consonância com a jurisprudência do respectivo 
tribunal. 
127 A sentença concessiva do mandado de 
segurança no qual o valor controvertido não 
ultrapassar a 60 salários mínimos não está sujeita ao 
reexame obrigatório. 
 A respeito da ação civil pública, julgue os itens 
subseqüentes. 
128 É cabível ação civil pública objetivando a 
declaração incidental de inconstitucionalidade de 
lei, desde que a controvérsia constitucional figure 
como causa de pedir, fundamento ou questão 
indispensável à resolução do litígio principal, em 
torno da tutela do interesse público. 
129 A procedência da ação civil pública com 
fundamento na inconstitucionalidade de lei tem 
como conseqüência a declaração em abstrato da 
inconstitucionalidade de lei e a coisa julgada 
material com eficácia erga omnes. 
 Acerca da tutela antecipada, julgue os próximos 
itens. 
130 É cabível o pedido de antecipação dos efeitos 
da tutela na petição inicial, com fundamento no 
abuso do direito de defesa ou nos atos protelatórios 
do réu. 
131 Tem legitimidade para pleitear a antecipação de 
tutela a parte que postula medida concreta a ser 
decretada, em caráter definitivo, pela sentença, 
contra o outro sujeito do processo. No entanto, os 
efeitos da tutela pretendida no pedido inicial 
abrangem também as hipóteses de reconvenção ou 
da resposta em ação de natureza dúplice. 
Com relação a mandado de segurança, julgue os 
itens que se seguem. 
132 Compete à turma recursal de juizado especial o 
julgamento de mandado de segurança impetrado 
contra seus atos ou de seus integrantes. 
133 A sentença que denega o mandado de 
segurança deverá cassar a liminar anteriormente 
deferida.Assim, como regra geral, é defeso ao 
juízo, ao proferir a mencionada sentença, resguardar 
os efeitos da liminar anteriormente deferida. 
134 O recurso de apelação contra sentença 
denegatória de mandado de segurança possui apenas 
efeito devolutivo, não possuindo eficácia 
suspensiva, tendo em vista a autoexecutoriedade da 
decisão proferida no writ. 
135 Sendo denegado o mandado de segurança por 
deficiência de provas ou por necessidade de dilação 
probatória, a coisa julgada formada é meramente 
processual, dando ensejo à impetração de novo 
mandamus ou ajuizamento de ação ordinária para 
discutir o mesmo assunto. 
 Cada um dos próximos itens apresenta uma 
situação hipotética referente a crime tentado e 
impossível, arrependimento posterior, concurso de 
pessoas, concurso de crimes e suspensão 
condicional da pena, seguida de uma assertiva a ser 
julgada.
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136 Mariana encontrava-se na seção de vestuário de 
um hipermercado e, no momento em que colocava 
uma calça e uma camisa jeans em uma bolsa que 
portava, com a intenção de subtraí-las, estava sendo 
observada por um segurança por meio de um 
sistema de monitoramento eletrônico. Ao tentar sair 
do hipermercado, Mariana foi abordada pelo 
segurança, que, após revistar a sua bolsa, apreendeu 
a resfurtiva. Nessa situação, e de acordo com o STJ, 
tratou-se de crime impossível, pela absoluta 
ineficácia do meio empregado por Mariana para a 
subtração da res. 
137 João, servidor público, recebeu em dinheiro a 
importância de R$ 50 mil em razão do cargo que 
exercia, apropriando-se posteriormente do 
numerário com animus rem sibi habendi. Instaurado 
inquérito policial, João restituiu voluntariamente a 
importância de R$ 30.000,00 ao delegado de 
polícia. Nessa situação, ocorreu o arrependimento 
posterior por parte de João, que resultará na redução 
de um a dois terços da pena do crime de peculato. 
138 Túlio, tabelião do ofício de notas, forneceu a 
Ana, proprietária de uma copiadora, três carimbos 
de autenticação de documentos, que foram 
utilizados para carimbar cópias de documentos de 
clientes da copiadora, ali produzidas, e, 
posteriormente, encaminhadas ao cartório para 
assinatura por escreventes autorizados, sem enviar 
os originais. Túlio tinha pleno conhecimento das 
transações de Ana, que recebia por elas vantagem 
econômica. Nessa situação, e conforme 
entendimento do STJ, Túlio e Ana praticaram, em 
tese, o crime de usurpação de função pública, em 
concurso de pessoas. 
139 Ronaldo abordou Ane no estacionamento de 
um shopping e, mediante grave ameaça, exercida 
com o emprego de revólver municiado, assumiu a 
direção do veículo dela e colocou a vítima no banco 
do passageiro, deslocando-se até um posto bancário 
de atendimento 24 horas. No posto, ainda mediante 
grave ameaça, Ronaldo apossou-se do cartão 
bancário de Ane e obteve a sua senha, efetuando um 
saque no valor de R$ 1.000,00 no caixa eletrônico 
do banco, oportunidade em que liberou a vítima e 
evadiu-se com o veículo dela. Nessa situação, e de 
acordo com a orientação do STJ, Ronaldo praticou 
os crimes de roubo e extorsão, em concurso 
material. 
140 Leonardo, primário e sem antecedentes 
criminais, foi condenado à pena privativa de 
liberdade de 2 anos de reclusão, em regime 
integralmente fechado, por ter praticado o crime de 
estupro simples tentado. Nessa situação, e 
consoante o atual entendimento do STJ, sendo 
favoráveis todas as circunstâncias judiciais, 
Leonardo terá direito à suspensão condicional da 
pena. 
Com relação à aplicação das penas, ao livramento 
condicional e à reabilitação, julgue os itens 
seguintes. 
141 Considere a seguinte situação hipotética. Um 
réu primário e com bons antecedentes foi 
condenado à pena privativa de liberdade de 2 anos 
de reclusão, em regime aberto, por ter praticado o 
crime de lesão corporal de natureza grave — 
incapacidade para as ocupações habituais por mais 
de 30 dias. Nessa situação, por ser inferior a 4 anos 
a pena privativa de liberdade, é cabível a sua 
substituição por penas restritivas de direitos. 
142 De acordo com os atuais entendimentos do STF 
e do STJ, a suspensão do curso do livramento 
condicional até a decisão definitiva do processo 
resultante da imputação da prática do crime durante 
a sua vigência é medida cautelar, dependente de 
decisão judicial específica. Não tendo havido a 
suspensão cautelar, corre sem óbice o prazo do 
livramento condicional, cujo termo, sem revogação, 
implica extinção da pena. 
143 Para preencher um dos requisitos da 
reabilitação, na hipótese de a vítima ou sua família 
se mostrarem inertes na cobrança da indenização, 
não é necessário que o condenado faça uso dos 
meios legais para o ressarcimento do dano 
provocado pelo delito, de modo a se livrar da 
obrigação. 
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Quanto às medidas de segurança e à extinção da 
punibilidade, julgue os próximos itens. 
144 Não é cabível em sentença absolutória, 
consoante entendimento do STJ, a aplicação de 
medida de segurança de tratamento ambulatorial a 
inimputável que comete crime apenado com 
reclusão, mesmo que seja o tratamento adequado 
para o caso, levando em consideração a 
periculosidade do agente e demais circunstâncias 
que margeiam os fatos. 
145 Consoante entendimento do STJ, é cabível a 
decretação da extinção da punibilidade do réu antes 
da prolação da sentença condenatória, pela 
ocorrência da prescrição da pena in abstrato, na 
hipótese de vir a completar 70 anos de idade no 
decorrer do processo-crime, aplicando-se a redução 
de prazo prevista na Parte Geral do Código Penal. 
Acerca dos crimes contra a vida, de lesões corporais 
e dos crimes contra o patrimônio público, julgue os 
itens que se seguem. 
 146 De acordo com o posicionamento do STJ, não 
há incompatibilidade, em tese, na coexistência de 
qualificadora objetiva do crime de homicídio, como, 
por exemplo, a forma de executá-lo — à traição, de 
emboscada, ou mediante dissimulação ou outro 
recurso que dificulte ou torne impossível a defesa 
do ofendido — com a sua forma privilegiada — 
impelido por motivo de relevante valor social ou 
moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo 
em seguida a injusta provocação da vítima. 
147 Considere a seguinte situação hipotética. 
Durante uma acalorada discussão, Oto agrediu a sua 
companheira com uma faca, desferindo-lhe golpes 
na cavidade torácica, que vieram atingir o pulmão 
esquerdo, posteriormente extraído em uma 
intervenção cirúrgica. Nessa situação, Oto praticou 
o crime de lesão corporal de natureza grave, que 
terá a pena aumentada em um terço, por ter sido 
praticado contra a companheira. 
148 Considere a seguinte situação hipotética. Em 
um vestibular, um candidato fazia uso de um 
aparelho transmissor e receptor de mensagens para 
estabelecer comunicação com seu irmão, que de 
fora do local onde eram realizadas as provas 
passava para o candidato as respostas das questões 
formuladas. Nessa situação, e de acordo com o 
entendimento do STJ, o candidato praticou o crime 
de estelionato básico. 
Cada um dos itens que se seguem apresenta uma 
situação hipotética concernente a crimes contra a 
liberdade sexual, fé pública e ordem tributária, 
seguida de uma assertiva a ser julgada. 
149 Mário, mediante o emprego de violência e 
grave ameaça exercida com o emprego de uma faca, 
constrangeu sua prima a fazer sexo oral (felação) e, 
em seguida, a manter conjunção carnal com ele. 
Nessa situação, não se consubstanciando o ato 
libidinoso em praeludia coiti, Mário praticou o 
crime de atentado violento ao pudor em concurso 
material com o crime de estupro. 
150 Daniel adulterou a data de seu nascimento 
contida na certidão de nascimento, fazendo uso do 
documento, posteriormente, ao tomar posse emum 
cargo público que exigia limitação etária (idade 
limite — mínima e máxima) na legislação e no 
edital do certame. Nessa situação, e de acordo com 
o entendimento do STJ, Daniel praticou o crime de 
falsificação de documento público em concurso 
material com o uso de documento falso. 
151 Foi instaurado inquérito policial contra um 
empresário, pela prática de crime contra a ordem 
tributária, por ter reduzido o recolhimento de 
imposto ao omitir informações à autoridade 
fazendária. No processo administrativo-fiscal, o 
empresário apresentou defesa, contestando o auto 
de infração e o crédito tributário. Nessa situação, 
conforme atual entendimento do STF, por tratar-se 
de crime material ou de resultado, a decisão 
definitiva do processo administrativo-fiscal 
consubstancia condição objetiva de punibilidade, 
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faltando justa causa para a ação penal até decisão 
final em sede administrativa. 
A respeito dos crimes hediondos, de abuso de 
autoridade, contra a administração pública e de 
imprensa, julgue os itens subseqüentes. 
152 Nos crimes de abuso de autoridade, previstos 
na Lei n.º 4.898/1965, a prescrição da pretensão 
punitiva do Estado ocorre, in abstrato, em dois anos, 
sendo que a pena de perda do cargo e inabilitação 
para o exercício de função pública é de natureza 
principal, assim como as penas de multa e detenção. 
153 Considere a seguinte situação hipotética. Pedro 
e Paulo associaram-se, em caráter habitual, 
organizado e permanente — societas sceleris —, 
para comercializarem cloreto de etila — lança-
perfume — a estudantes de escolas e faculdades 
particulares. Nessa situação, Pedro e Paulo 
praticaram o crime de associação para o tráfico de 
entorpecentes, que é equiparado a crime hediondo. 
154 Considere a seguinte situação hipotética. 
Carlos, servidor público, no período de janeiro/2001 
a dezembro/2004, apropriou-se da vultosa quantia 
de R$ 1 milhão, na execução de contratos 
administrativos de obras superfaturadas, 
importância de que tinha a posse em razão do cargo 
que exercia. Maria, sua esposa e do lar, casada sob 
o regime de comunhão de bens, tinha ciência das 
apropriações indevidas e com elas era conivente, 
usufruindo todo esse período do produto do crime. 
Nessa situação, Carlos e Maria praticaram o crime 
de peculato, em concurso de agentes. 
155 Para a configuração dos crimes contra a honra, 
mormente os descritos na Lei de Imprensa, faz-se 
mister, além do dolo, um fim específico, que é a 
intenção de macular a honra alheia. Assim, se o fato 
for praticado com animus narrandi ou animus 
criticandi, não há de se falar em crime de calúnia, 
injúria ou difamação. 
Com referência à aplicação da lei processual penal 
no tempo e ao recebimento da denúncia, julgue os 
itens a seguir. 
156 As alterações legislativas referentes à fixação 
da competência no processo penal devem ser 
aplicadas de imediato, salvo na hipótese de já haver 
sido proferida sentença de mérito, em que o 
processo segue na jurisdição inicialmente 
estabelecida para a apreciação de eventuais 
recursos. 
157 O recebimento da denúncia pelo juiz deve dar-
se por meio de despacho expresso. Assim, é nulo o 
processo-crime que não contém despacho recebedor 
expresso da exordial acusatória, mas simples 
designação de interrogatório, com citação do réu e 
notificação do órgão do Ministério Público. 
158 Considere a seguinte situação hipotética. O 
promotor de justiça ofereceu denúncia contra um 
indivíduo, imputando-lhe a prática de crime de 
roubo qualificado. O magistrado, pelas peças 
informativas contidas no inquérito policial, 
entendeu que se tratava de um crime de extorsão. 
Nessa situação, e de acordo com o entendimento do 
STJ, é correto ao juiz, no despacho de recebimento 
da denúncia, recapitular o fato nela descrito. 
A respeito da competência no processo penal, 
julgue os itens seguintes. 
159 Compete à justiça comum estadual processar e 
julgar crime de estelionato praticado para o 
recebimento de indenizações oriundas do seguro 
obrigatório DPVAT em que o pagamento, mediante 
fraude, foi realizado pela sociedade conveniada. 
160 É da competência da justiça comum estadual 
processar e julgar crime de roubo praticado por 
militar contra militar, estando ambos fora do 
exercício da função. 
161 Considere a seguinte situação hipotética. Raul 
estava sendo transportado por pequena embarcação 
(lancha), juntamente com mais sete tripulantes, 
todos sem coletes salva-vidas, sendo que, ao tentar 
embarcar em um navio fundeado na barra do Porto 
XV, subindo a escada, acabou por cair no mar, 
vindo a falecer. O órgão do Ministério Público 
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ofertou denúncia por crime de homicídio culposo 
contra o condutor da lancha. Nessa situação, e de 
acordo com o entendimento do STJ, a competência 
para processar e julgar o crime é da justiça federal, 
por ter o crime sido cometido a bordo de navio. 
 Cada um dos próximos itens apresenta uma 
situação hipotética a respeito do ônus da prova no 
processo penal, dos meios e limitações 
constitucionais, seguida de uma assertiva a ser 
julgada. 
162 Um indivíduo, objetivando identificar o autor 
de danos criminosos provocados em seus veículos, 
instalou na própria vaga de garagem do edifício que 
residia um equipamento de filmagem. Nessa 
situação, e de acordo com o entendimento do STF, a 
gravação realizada com esse equipamento de 
filmagem é prova ilícita, por ser clandestina e 
ofender a garantia constitucional da intimidade. 
163 A autoridade policial, após deter, sem flagrante 
e sem ordem judicial, o suspeito de chefiar uma 
quadrilha de traficantes de substâncias 
entorpecentes, em conversa informal gravou em 
uma fita cassete, sem autorização, a sua confissão e 
a revelação do modus operandi do bando. Nessa 
situação, consoante orientação do STF, trata-se de 
prova ilícita em face da detenção ilegal e, por ter 
sido a conversa informal uma modalidade de 
interrogatório sub-reptício, realizado sem as 
formalidades legais e sem o indiciado ser advertido 
do seu direito ao silêncio. 
164 Instaurado inquérito policial para apurar um 
crime de furto, a autoridade policial apreendeu em 
poder de um indivíduo a res furtiva, dias após a 
consumação da infração penal. Nessa situação, e de 
acordo com o entendimento do STJ, há a inversão 
do onus probandi, devendo o indivíduo comprovar a 
sua inocência. 
Cada um dos itens a seguir apresenta uma situação 
hipotética referente a prisão preventiva e a liberdade 
provisória, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
165 Alan praticou um grave homicídio qualificado 
contra a sua esposa, morta por tiros a queima roupa 
na porta de sua residência. O crime chocou os 
moradores da pequena e pacata cidade do interior 
onde mora Alan, gerando clamor público 
considerável. Nessa situação, consoante 
entendimento do STF e do STJ, o clamor público e 
a credibilidade das instituições autorizam a 
decretação da prisão preventiva de Alan. 
166 Luís, primário e sem antecedentes criminais, foi 
preso em flagrante pela prática do crime homicídio 
qualificado. Nessa situação, de acordo com a 
jurisprudência do STF, mesmo ausentes os motivos 
que autorizam a decretação da prisão preventiva, 
Luís não terá direito à concessão da liberdade 
provisória. 
Julgue os itens que se sucedem, relativos a citações 
e intimações no processo penal. 
167 A citação do réu realizada no mesmo dia do 
interrogatório, de acordo com o STJ e o STF, não 
implica nulidade, por si só, sem demonstração de 
prejuízo ou cerceamento da defesa. 
168 Apesar de o Código de Processo Penal dispor 
que a intimação do defensor nomeado seja pessoal, 
o STF orienta-se no sentido de que não se aplica 
essa regra no juizado especial criminal. Assim, o 
julgamentodos recursos pela turma recursal dos 
juizados especiais criminais prescinde da intimação 
pessoal dos defensores públicos, bastando a 
intimação pela imprensa oficial. 
No que tange à contagem dos prazos processuais, à 
sentença penal e seus efeitos e à coisa julgada, 
julgue os próximos itens. 
169 O membro do Ministério Público possui 
prerrogativa de que o prazo para a interposição de 
recurso comece a fluir a partir de sua intimação 
pessoal. No caso de ausência da certidão de 
intimação pessoal, o prazo recursal do Ministério 
Público começa a fluir, de acordo com o 
entendimento do STJ, da data em que os autos 
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deram entrada no protocolo administrativo daquele 
órgão. 
170 Considere a seguinte situação hipotética. Um 
indivíduo foi preso em razão da decretação de 
prisão preventiva, permanecendo custodiado 
durante toda a instrução criminal do processo-
crime. Na sentença, o juiz reconheceu a ocorrência 
de crime impossível e decretou a sua absolvição. 
Nessa situação, um dos efeitos da sentença penal 
será a expedição de alvará de soltura, mesmo que 
haja recurso por parte do órgão do Ministério 
Público, sob pena de constrangimento ilegal. 
171 Os efeitos específicos da condenação não são 
automáticos, de sorte que, ainda que presentes os 
requisitos previstos no Código Penal, deve a 
sentença penal declarar, motivadamente, os seus 
fundamentos. A ausência de fundamentação 
ocasiona a nulidade, nesse ponto, do dispositivo da 
sentença condenatória. 
172 Considere a seguinte situação hipotética. Pela 
prática do crime de homicídio qualificado, um 
indivíduo foi condenado definitivamente à pena 
privativa de liberdade de 12 anos de reclusão, tendo 
o juiz fixado na sentença penal o regime 
inicialmente fechado. Na fase executiva, o juiz, 
verificando a fixação equivocada do regime 
prisional, o corrigiu para integralmente fechado. 
Nessa situação, por tratar-se de crime hediondo, 
com previsão legal expressa de que a pena deve ser 
cumprida em regime integralmente fechado, a 
decisão do juiz da execução não violou a coisa 
julgada. 
A respeito dos procedimentos dos juizados especiais 
criminais e do júri, julgue os itens seguintes. 
173 Considere a seguinte situação hipotética. O 
órgão do Ministério Público denunciou Aldo pelos 
crimes de violação de domicílio, tentativa de 
estupro e atentado violento ao pudor, em concurso 
material. O juiz, dando aos fatos definição jurídica 
diversa da constante na denúncia, condenou Aldo 
pelo crime de lesão corporal, por duas vezes, 
deixando de aplicar a substituição da pena privativa 
de liberdade pela restritiva de direitos, bem como a 
suspensão condicional do processo. O Ministério 
Público apresentou recurso. Nessa situação, e de 
acordo com o entendimento do STF, por tratar-se de 
crimes de menor potencial ofensivo, a competência 
para o julgamento da apelação é da turma recursal. 
174 Considere a seguinte situação hipotética. O réu, 
contra sentença proferida em sede de juizado 
especial criminal, interpôs recurso de apelação para 
a turma recursal no prazo de cinco dias e requereu a 
concessão de prazo para a apresentação das razões. 
Nessa situação, e de acordo com o entendimento do 
STF, o juiz deve julgar intempestiva a apelação, 
pelo fato de o recurso não ter sido apresentado 
juntamente com as razões, em prazo único. 
175 As circunstâncias agravantes que vierem à tona 
durante os debates, quando não-articuladas no 
libelo, poderão ser incluídas no questionário, a 
requerimento do Ministério Público. Assim, é 
correta a decisão do juiz presidente do tribunal do 
júri que, atendendo provocação ministerial, formula 
quesitos a respeito das circunstâncias agravantes do 
motivo fútil e do uso de meio que dificultou a 
defesa da vítima, no julgamento de réu pronunciado 
por homicídio simples. 
No que se refere às nulidades e aos recursos no 
processo penal, julgue os itens que se seguem. 
176 A defesa criminal patrocinada por pessoa não-
inscrita na OAB (falso advogado), ainda que 
constituída pelo réu, que redundou em sentença 
penal condenatória, é causa de nulidade absoluta do 
processo, por falta de defesa técnica. 
177 Considerando que o ordenamento jurídico não 
prevê a interposição simultânea de protesto por 
novo júri e apelação, quando as penas aplicadas 
para cada crime forem, isoladamente, inferiores a 
vinte anos, de acordo com o entendimento do STF, 
em face do princípio da fungibilidade dos recursos, 
o tribunal de justiça pode receber como apelação 
protesto por novo júri apresentado tempestivamente, 
e determinar que se abra prazo à defesa para o 
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oferecimento de razões, seguindo o recurso o seu 
curso legal. 
Acerca da revisão criminal, do habeas corpus e do 
desaforamento, julgue os itens subseqüentes. 
178 Com o advento do Estatuto da OAB, que dispõe 
que a postulação a qualquer órgão do Poder 
Judiciário é atividade privativa de advogado, o 
sentenciado em processo criminal não possui 
capacidade postulatória para subscrever, em causa 
própria, pedido de revisão criminal. 
179 Não é cabível a impetração de habeas corpus 
contra decisão judicial que indefere o 
processamento de justificação criminal, cujas 
provas a serem produzidas posteriormente 
instruiriam pedido de revisão da condenação de réu 
à pena privativa de liberdade. 
180 Tratando-se de pedido de desaforamento do 
julgamento do tribunal do júri realizado pelo 
Ministério Público, de acordo com o entendimento 
do STF, é imperativa a audiência da defesa, assim 
como a intimação do réu e de seu advogado da 
decisão deferitória. 
O estado da Bahia, preocupado com a evasão fiscal 
em determinados setores da economia, máxime de 
produtos vindos de outros estados, estabeleceu, 
unilateralmente, na lei local instituidora do ICMS, 
que o Poder Executivo poderia estabelecer cobrança 
antecipada desse tributo, calculado sobre o preço 
presumido ao consumidor final, quando da entrada 
das mercadorias no território estadual, e incidente 
sobre os produtos que entendesse necessário. O 
Poder Executivo alterou o decreto regulamentar do 
ICMS, autorizando o secretário de Fazenda a 
relacionar os produtos sujeitos à cobrança 
antecipada, inclusive o valor da operação que deve 
ocorrer com o consumidor final, sendo que a 
alíquota obedeceria à estabelecida para produtos 
análogos nos convênios existentes no CONFAZ. 
Após essas alterações e para evitar a cobrança 
antecipada do ICMS, João Batista — comerciante 
de Salvador – BA enquadrado nos benefícios do 
regime simplificado, decorrentes de sua situação de 
pequeno empresário, e que adquiria produtos em 
outro estado para revender — passou a transportar 
sua mercadoria por estradas vicinais, evitando os 
postos de fronteira, enganando assim a fiscalização. 
Na venda dos produtos ao consumidor final, 
recolhia o ICMS, nos moldes incentivados. Em 
determinada operação, João Batista foi autuado pelo 
fisco, que apreendeu as mercadorias transportadas e, 
após findo procedimento administrativo que efetuou 
o lançamento fiscal, encaminhou representação 
criminal ao Ministério Público, inscreveu débito em 
dívida ativa e enviou à Procuradoria do Estado para 
executar a dívida apurada. 
Em face da situação hipotética apresentada acima, 
julgue os itens seguintes. 
181 A nova forma de cobrança do ICMS 
estabelecida pelo estado da Bahia é lícita, por tratar-
se de substituição tributária para frente. 
182 Como as alterações na cobrança do ICMS 
decorreram de lei local, a autorização legislativa ao 
Poder Executivo, consoante com jurisprudência 
firmada no STF, é lícita. 
183 O ICMS é imposto de competência estadual e, 
excepcionalmente, da União. Cabe à Constituição 
Federal estabelecer regras gerais sobre legislação 
tributária,e à lei, instituir o tributo. 
184 Em tese, João Batista cometeu crime contra a 
ordem tributária, já que suprimiu o ICMS devido ao 
estado da Bahia, utilizando-se de meios que 
dificultavam o conhecimento por parte do fisco da 
operação tributária. 
185 Caso a sociedade comercial de João Batista, 
que é beneficiada com regime simplificado de 
apuração e recolhimento do tributo, recolhesse 
ICMS antecipadamente, ela estaria sendo 
bitributada, sempre que comercializasse produto 
objeto de recolhimento antecipado do imposto. 
186 A apreensão de mercadoria mencionada no 
texto foi irregular, já que não cabe ao estado da 
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Bahia usar de meio coercitivo para garantir o 
pagamento de dívida fiscal. 
187 Caso João Batista tivesse ingressado com 
mandado de segurança na esfera judicial para reaver 
a mercadoria apreendida mencionada no texto e 
obtivesse liminar em seu favor, então o fisco não 
poderia prosseguir com o procedimento 
administrativo fiscal antes de passado em julgado o 
processo judicial, já que a liminar concedida em 
sede de mandado de segurança suspende a 
exigibilidade do crédito tributário. 
188 No momento em que instituiu como fato 
gerador do ICMS a entrada da mercadoria no 
território estadual e a base de cálculo incidente 
sobre o preço presumido ao consumidor, a lei 
referida ofendeu o princípio constitucional da 
proibição de limitação tributária ao tráfego de bens. 
189 A autoridade fazendária agiu bem ao aguardar o 
lançamento definitivo do crédito tributário, para 
encaminhar a representação, já que, consoante 
jurisprudência dominante no STF, o Ministério 
Público não pode oferecer denúncia pela prática de 
crimes contra a ordem tributária, que é de ação 
penal pública incondicional, antes de encerrado o 
procedimento administrativo fiscal. 
O estado do Espírito Santo editou lei incentivando 
importações do exterior de bens destinados ao ativo 
fixo de empresas ali estabelecidas, que pagariam 
apenas 20% do ICMS incidente na operação. Em 
face de tal incentivo, diversas indústrias passaram a 
se instalar naquele estado. A indústria de 
equipamentos pesados Alpha S.A., sediada em 
Ilhéus – BA, necessitando reformar seu parque 
industrial, inscreveu-se no programa fiscal 
capixaba, abrindo pequeno escritório em Vitória – 
ES. Realizou as importações necessárias pelo porto 
de Salvador, fornecendo o endereço de Vitória 
como destino da mercadoria. Entretanto, em vez de 
as mercadorias terem seguido para Vitória, foram 
descarregadas em Ilhéus – BA. 
Em relação a essa situação hipotética, julgue os 
itens a seguir. 
 190 O fato gerador do ICMS na importação do 
exterior deve ter ocorrido na entrada da mercadoria 
no estabelecimento comercial do importador, em 
Ilhéus – BA, daí que é irrelevante ter como destino 
o Espírito Santo, já que o imposto é devido ao 
estado da Bahia. 
191 O incentivo concedido pelo Espírito Santo é 
lícito, desde que aprovado pelo CONFAZ, em face 
da deliberação dos estados e do Distrito Federal. 
192 Conforme entendimento dominante no STF, 
seria lícito ao estado do Espírito Santo reter os bens 
importados quando do desembaraço aduaneiro até 
que fosse recolhido o ICMS incidente na operação, 
já que o destinatário da mercadoria era estabelecido 
em Vitória – ES. 
Acerca de lançamento, julgue os próximos itens. 
193 Considere que a autoridade fazendária tenha 
constatado, em junho de 2005, que fiscais 
efetuaram, entre julho de 1998 e maio de 1999, 
lançamento de ICMS a menor em diversas 
empresas, em troca de dinheiro, e que as empresas 
pagaram ao fisco os tributos exigidos pelos fiscais. 
Nesse caso, a autoridade administrativa fiscal pode, 
de ofício, determinar a revisão de todos os 
lançamentos efetuados. 
194 Quando o contribuinte apura o imposto devido 
e informa tal valor ao fisco sem, entretanto, efetuar 
o recolhimento, desnecessário se faz o 
procedimento administrativo fiscal para verificar a 
ocorrência do fato gerador, apontar a matéria 
tributável, calcular o valor e indicar o sujeito 
passivo. 
195 Em ação judicial movida pelo contribuinte 
questionando os critérios constantes em legislações 
distintas para o lançamento, o juiz, na sentença de 
mérito, deverá indicar qual o critério a ser seguido. 
Nesse caso, mesmo que haja a possibilidade de 
obtenção do valor devido em liquidação por 
arbitramento, a autoridade fazendária na atividade 
de lançamento não poderá ser substituída. 
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Julgue os itens subseqüentes, relativos ao direito 
tributário. 
196 Considere que, após ter sido constatada 
calamidade pública em determinado município, 
tenha sido autorizada a admissão temporária de 
máquinas e equipamentos de diversos países do 
Mercado Comum Europeu. Nessa situação, findo o 
prazo de admissão, caso a sociedade comercial 
decida integrar tais bens a seu ativo fixo, a União 
poderá cobrar os impostos incidentes sobre a 
importação dos referidos bens. 
197 No que se refere aos impostos sobre o comércio 
exterior, é lícito ao Poder Executivo alterar as 
alíquotas e a base de cálculo, cuja atividade é 
vinculada. 
198 Quando a Constituição Federal estabeleceu a 
isenção de impostos para as operações de 
transferência de imóveis desapropriados para 
reforma agrária, o instituto aplicado à espécie deve 
ser entendido como imunidade, tratando-se de 
verdadeira proibição de sua instituição por lei. 
199 Pode o substituto tributário creditar-se da 
diferença entre o ICMS recolhido e o pago pelo 
consumidor final a menor do valor presumido, já 
que não é lícito ao Estado cobrar mais tributo do 
que o efetivamente pago no final da cadeia 
econômica. 
200 A imunidade recíproca não abrange os tributos 
devidos por autarquia federal e incidente sobre a 
renda de seus bens, objeto de aluguel. 
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PROVA DISCURSIVA – Parte I 
• Na sentença — que vale seis pontos — e nas duas questões a seguir — que valem dois pontos cada uma —
, faça o que se pede, usando o espaço indicado no presente caderno para rascunho. Em seguida, transcreva 
os textos para as respectivas folhas do CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS DA PROVA 
DISCURSIVA, nos locais apropriados, pois não serão avaliados fragmentos de texto escritos em locais 
indevidos. 
• Tanto na sentença cível quanto nas duas questões, qualquer fragmento de texto que ultrapassar a extensão 
máxima de linhas fornecidas será desconsiderado. Será também desconsiderado o texto que não for escrito 
nas folhas de texto definitivo correspondentes. 
• ATENÇÃO! No CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS, identifique-se apenas na capa, pos não será 
avaliado texto que tenha qualquer assinatura ou marca identificadora fora do local apropriado. 
SENTENÇA CÍVEL 
Ana ajuizou ação de reconhecimento e dissolução de união estável com partilha de bens, alegando que 
conviveu com João no período compreendido entre meados de fevereiro de 1993 e março de 2003, portanto, 
por cerca de 10 anos, como se fossem marido e mulher. Dessa união nasceu o filho André, em 16/4/1994. 
Ela alegou que, no decorrer da convivência, o casal adquiriu a título oneroso os seguintes bens: 
- um apartamento residencial, financiado em 1995 pelo Sistema Nacional de Habitação, em nome do 
requerido; 
- um terreno urbano destinado à construção residencial, adquirido em 1999, em nome da autora; 
- um carro, marca VW, modelo Gol, ano 2000, em nome do requerido; 
- um carro, marca VW, modelo Polo, ano 2002, em nome da autora. 
A autora anexou aos autos os documentos que comprovam a propriedade dos bens e a data de aquisição de 
cada um deles, requereu o reconhecimento da união estável havida entre ela e o réu e, em seguida,a sua 
dissolução, com a partilha dos bens comuns, na proporção de 50% para cada parte. Por fim, requereu a 
citação do requerido, a produção de provas e a intimação do representante do Ministério Público. 
Na contestação, o réu argüiu, em preliminar, a impossibilidade jurídica do pedido formulado pela autora sob 
o argumento de que o relacionamento mantido pelas partes não pode ser objeto de ação declaratória, posto 
que se trata de mero fato e, no mérito, alega que não manteve união estável com Ana, apenas encontros 
casuais e esporádicos, surgindo daí a inexistência de bens a partilhar. 
Na audiência de instrução e julgamento, foram ouvidas as partes, bem como as suas testemunhas, que 
confirmaram as alegações da autora, ou seja, que as partes conviviam maritalmente. Após as alegações 
finais das partes, o Ministério Público manifestou-se, pugnando pela procedência do pedido, acolhendo as 
pretensões da requerente. 
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Diante da situação hipotética acima, e considerando provados os fatos nela narrados, profira sentença que, 
além de julgar a lide, contenha todos os requisitos exigidos por lei. O relatório da sentença é o próprio 
enunciado apresentado acima e, portanto, não deve ser transcrito pelo candidato. 
Extensão mínima: 30 linhas 
Extensão máxima: 90 linhas 
QUESTÃO 1 
Considere que foi proposta uma ação monitória, na qual a autora pretende receber do réu a importância de 
R$ 58.000,00, devidos em face do descumprimento de contrato de prestação de serviços médicos celebrado 
e firmado entre as partes. Para comprovar o débito, a autora juntou aos autos o referido contrato e diversas 
notas fiscais. Em sede de embargos, o réu alega, preliminarmente, carência de ação por não cabimento da 
ação monitória. No mérito, afirma ser devedor apenas da importância de R$ 29.000,00, sustentando não ter 
a autora apresentado prova do montante cobrado. 
Diante dessa situação hipotética, responda às seguintes perguntas, apresentando as justificativas pertinentes. 
É cabível, na espécie, a ação monitória? 
É possível a discussão da liquidez do débito e há oportunidade de o devedor discutir os valores da dívida em 
sede de ação monitória? 
Extensão máxima: 30 linhas 
QUESTÃO 2 
Considere que Eduardo propôs ação de investigação de paternidade contra Carlos e que a prova pericial não 
foi realizada em virtude da recusa do réu à submissão ao teste denominado exame de DNA. 
Diante da situação hipotética acima, elabore um texto dissertativo acerca das conseqüências jurídicas da 
recusa do réu à submissão ao exame de DNA. 
Extensão máxima: 30 linhas 
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PROVA DISCURSIVA – Parte II 
• Na sentença — que vale seis pontos — e nas duas questões a seguir — que valem dois pontos cada uma —
, faça o que se pede, usando o espaço indicado no presente caderno para rascunho. Em seguida, transcreva 
os textos para as respectivas folhas do CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS DA PROVA 
DISCURSIVA, nos locais apropriados, pois não serão avaliados fragmentos de texto escritos em locais 
indevidos. 
• Tanto na sentença cível quanto nas duas questões, qualquer fragmento de texto que ultrapassar a extensão 
máxima de linhas fornecidas será desconsiderado. Será também desconsiderado o texto que não for escrito 
nas folhas de texto definitivo correspondentes. 
• ATENÇÃO! No CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS, identifique-se apenas na capa, pos não será 
avaliado texto que tenha qualquer assinatura ou marca identificadora fora do local apropriado. 
SENTENÇA PENAL 
O órgão do Ministério Público da comarca de Salvador–BA ofertou denúncia em desfavor de André e 
Márcio pela prática dos crimes tipificados nos artigos 157, §2.º, I e II – duas vezes, 213 e 214 c/c 29, todos 
do Código Penal. De acordo com a exordial acusatória, no dia 17 de junho, na cidade de Salvador – BA, os 
denunciados André e Márcio, previamente ajustados e com unidade de desígnios, subtraíram de uma 
agência do banco AABB, mediante graves ameaças exercidas com o emprego de revólveres, a importância 
de R$ 50 mil em espécie. Para tanto, o denunciado André, empunhando um revólver, rendeu o vigia e os 
clientes, enquanto o denunciado Márcio constrangeu o gerente a abrir o cofre do banco, de onde subtraiu o 
numerário disponível. No mesmo dia, horas após o primeiro assalto, dando prosseguimento ao projeto 
criminoso, os denunciados, previamente ajustados e com unidade de desígnios, utilizando o mesmo modus 
operandi, subtraíram da agência do banco BBC a importância de R$ 90 mil em espécie. Não satisfeito, o 
denunciado Márcio, utilizando um revólver, constrangeu a gerente do banco, mediante graves ameaças, a 
manter com ele conjunção carnal e, posteriormente, cópula anal. No momento das cópulas anal e vagínica, o 
denunciado André empunhava um revólver em direção ao vigia e aos clientes, e outro em direção à vítima 
dos crimes sexuais. Ao saírem da agência, os denunciados foram presos em flagrante, com a apreensão das 
armas de fogo e da importância de R$ 140 mil em espécie. No ato da lavratura do auto de flagrante, a 
ofendida ofereceu representação, bem como apresentou uma declaração de pobreza. Na fase inquisitorial, a 
ofendida foi submetida a exames de corpo de delito, com confecção dos laudos de conjunção carnal e ato 
libidinoso diverso da conjunção carnal, e as armas apreendidas foram periciadas (laudo de eficiência). A 
denúncia foi recebida, com a designação de data para os interrogatórios. Após serem requisitados do 
estabelecimento penal onde estavam custodiados cautelarmente, os denunciados foram interrogados com a 
participação dos defensores constituídos. No interrogatório, o denunciado André, que é reincidente, 
confessou a prática dos roubos e negou a participação nos crimes sexuais. O denunciado Márcio, que 
também é reincidente, confessou a prática dos crimes de roubo, negando o estupro sob a alegação de que 
houve o consentimento da ofendida. As defesas prévias foram apresentadas, com requerimentos de oitiva de 
testemunhas. As testemunhas arroladas na denúncia, que foram os clientes dos bancos (Valdir, Ana e 
Mariana), os vigilantes (Gaspar e Marcelo) e o gerente do banco AABB (Roberto), confirmaram em juízo os 
fatos narrados na vestibular acusatória. A vítima dos crimes sexuais (gerente do banco BBC) reconheceu os 
denunciados e reafirmou ter sido violentada pelo denunciado Márcio, sendo que André permanecia o tempo 
todo lhe apontando uma arma, ameaçando-a.Foram expedidas cartas precatórias para a oitiva das 
testemunhas arroladas pelas defesas, por residirem nas comarcas de Porto Seguro e Vitória da Conquista. Os 
defensores dos acusados foram intimados das expedições das precatórias, tendo o juiz assinalado o prazo 
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improrrogável de 40 dias para o cumprimento. Ultrapassados cinqüenta dias das expedições, o juiz 
deprecante oficiou aos deprecados solicitando a devolução das precatórias cumpridas, tendo a defesa de 
Márcio requerido o relaxamento da prisão por excesso de prazo ou a concessão de liberdade provisória. 
O juiz indeferiu o pedido de relaxamento, alegando que o excesso de prazo, caso existiu, teria sido 
ocasionado pela própria defesa. No que tange ao pedido de liberdade provisória, indeferiu argumentando 
que, por tratar-se de réu reincidente e sem residência fixa no distrito da culpa, estariam presentes os 
requisitos para a decretação da prisão preventiva. O juiz abriu vista às partes para a fase do art. 499 do CPP. 
O Ministério Público requereu certidões das condenações definitivas anteriores dos denunciados. As defesas 
requereram o sobrestamento do processo-crime até as devoluções das cartas precatórias.Em face do não-
atendimento das solicitações de devolução das cartas precatórias, cumpridas, o juiz abriu vista às partes para 
as alegações finais. Em sede de alegações finais, o Ministério Público, alegando que estavam provadas a 
autoria e a materialidade das infrações penais, requereu a procedência da pretensão punitiva, com a 
condenação de André nas sanções dos arts. 157, §2.º, I e II – duas vezes; 213 e 214 c/c 69 do Código Penal, 
com o reconhecimento da circunstância agravante da reincidência; e Márcio, nas penas dos arts. 157, §2.º, I 
e II – duas vezes; 213 e 214 c/c 29 e 69 do Código Penal, com o reconhecimento da circunstância agravante 
da reincidência. A defesa de André requereu, preliminarmente, a nulidade do processo por cerceamento de 
defesa: a uma, por não ter sido intimada, pelos juízos deprecados, das datas das audiências das testemunhas 
arroladas na defesa prévia; a duas, pelo fato de o juiz não ter aguardado a devolução das cartas precatórias 
pelos juízos deprecados. No mérito, pugnou pelo reconhecimento da participação de menor importância nos 
crimes de roubo, da continuidade delitiva e da confissão espontânea; no que tange aos crimes de estupro e 
atentado violento ao pudor, pleiteou a sua absolvição, pela não-participação. A defesa de Márcio requereu, 
preliminarmente, a nulidade do processo por falta de citação, eis que o juiz simplesmente requisitou a sua 
presença em juízo para o interrogatório. No mérito, pugnou pelo reconhecimento da confissão espontânea 
nos crimes de roubo e a continuidade delitiva; no que concerne aos crimes sexuais, requereu a absolvição 
pelo fato de ter ocorrido o consentimento da vítima. 
Em síntese, é o relatório. 
Diante da situação hipotética acima relatada, na condição de juiz, redija uma sentença penal, com dispensa 
de relatório, abordando, da forma mais completa possível, os argumentos apresentados pelas partes, à luz da 
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e, na eventual procedência da pretensão punitiva, faça 
a dosimetria das penas, fixe o regime prisional e manifeste acerca do direito dos denunciados apelarem em 
liberdade. 
Extensão mínima: 30 linhas 
Extensão máxima: 90 linhas 
QUESTÃO 1 
Redija um texto dissertativo acerca da extinção da punibilidade, abordando, necessariamente, os aspectos 
listados a seguir, à luz das orientações do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça 
(STJ). 
- extinção da punibilidade decretada com fundamento em certidão de óbito falsa — existência de coisa 
julgada em sentido estrito; 
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- extinção da punibilidade com base na união estável de terceiro com a vítima de estupro presumido, menor 
de 14 anos de idade; 
- a computação do tempo de prisão provisória (detração penal), por interpretação extensiva ou analógica, 
para fins da prescrição da pretensão executória; 
- a prescrição das penas restritivas de direitos e a sua aplicação ao maior de 70 anos de idade. 
Extensão máxima: 30 linhas 
QUESTÃO 2 
No interior de um ônibus de turismo, Marcelo e Jaime, previamente ajustados e com unidade de desígnios, 
subtraíram de dez passageiros, mediante graves ameaças exercidas com o emprego de uma faca e um 
revólver, a importância de R$ 4.000,00 em espécie, relógios, celulares, máquinas fotográficas, jóias, talões 
de cheques e cartões de crédito. Ao descerem do ônibus e tentarem entrar em um táxi, os agentes foram 
abordados por dois policiais militares e presos em flagrante. Após ser apreendida a arma que Marcelo 
portava, verificou-se que ela estava desmuniciada. 
Com base na situação hipotética acima descrita e à luz da atual orientação do STJ, redija um texto 
dissertativo que contemple, da forma mais ampla possível, as respostas justificadas às seguintes perguntas: 
- Houve a consumação do roubo, considerando que os agentes não tiverem a posse tranqüila e desvigiada da 
res furtiva? 
- A arma de fogo desmuniciada é causa especial de aumento da pena? 
- A apreensão da arma de fogo é imprescindível para o reconhecimento da causa especial de aumento de 
pena, mesmo estando presentes outros elementos probatórios? 
- Houve a continuidade delitiva, em face das várias vítimas? 
- Como deverá ser a dosimetria da pena na ocorrência de duas causas especiais de aumento de pena: 
concurso de duas ou mais pessoas e emprego de arma? 
Extensão máxima: 30 linhas 
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1 
 
 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA 
COMISSÃO EXAMINADORA DO CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS 
NO CARGO DE JUIZ SUBSTITUTO 
EDITAL N.º 04/2005 – JS/TJBA – 04 DE AGOSTO DE 2005 
 
 
O Desembargador PAULO FURTADO, Presidente da Comissão, no uso de suas 
atribuições, 
 
RESOLVE 
 
publicar os gabaritos oficiais definitivos da Prova Objetiva de Conhecimentos Gerais de 
Direito (P1) realizada no dia 09 de julho de 2005. 
 
 
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UnB) 
CENTRO DE SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE EVENTOS (CESPE) 
 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA (TJBA) 
 
Concurso Público – Cargo: Juiz Substituto 
 
GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS DA PROVA OBJETIVA – Aplicação: 
09/07/2005 
 
O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE) da Universidade de Brasília 
(UnB) divulga os gabaritos oficiais definitivos da prova objetiva aplicada no dia 09 de 
julho de 2005. 
 
 
Caderno Ondina 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 
E E + E C C E C C E C C E C C C E C E E E E C E E E C C C C 
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 
C E E E C E C E E C C E E C E C C E E C C C E C C E C E E E 
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 
C E C E E E E C C E E E C C E C C E C E C E C C C E E C E E 
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 
E C E C C E C E C E C E E C E C E C C E E E E C E C C C E E 
121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 
E C C E C C E + C C C E E E E E E E E C C E E C C C E C E E 
151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 
C C C C C E E C C E E C E E C C C E C E C C E E C E E E C C 
181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 
E E C E E C C C C C C E E E E C C E E C 
 
 
 
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2 
 
Caderno Itapuã 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 
E E C E E E C C C C C E E E C E C E E C C E E C E C C E E C 
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 
C C E C C E C E E E C E C E E E E C C E E E C C E C C E C E 
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 
C E C C C E E C E E E C E C C E C E C E C E E C E C E C C E 
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 
E E E C E C C C E E E C C E C C E + C C C E E E E E E E E C 
121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 
C E E C C C E C E E C C C C C E E C C E E C E E C C C E C E 
151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 
C C E E C E E E C C E E C E E C C C C C C E E E E C C E E C 
181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 
E E + E C C E C C E C C E C C C E C E E 
 
Observação: + ITEM ANULADO 
 ITEM COM GABARITOALTERADA / ATUALIZADO 
 
RESOLVE, ainda, 
 
publicar o resultado final na prova objetiva e o resultado provisório na prova 
discursiva dos candidatos ao concurso público para provimento de cem vagas no cargo de 
Juiz Substituto da carreira da Magistratura do Estado da Bahia. 
1-Resultado final na prova objetiva e resultado provisório na prova discursiva, na seguinte 
ordem: número de inscrição, nome do candidato em ordem alfabética, nota final na prova 
objetiva, nota provisória na parte I da prova discursiva, nota provisória na parte II da prova 
discursiva e nota provisória na prova discursiva. 
Discursiva Inscrição Nome 
Prova 
Objetiva Parte I Parte II Provisória 
00000183 ADERSON ANTONIO DE PAULO 4.50 7.36 5.26 12.62 
00002153 ADRIANNO ESPINDOLA SANDES 5.15 6.76 6.31 13.07 
00002409 ADRIANO CARVALHO AHRINGSMANN 4.20 3.73 3.13 6.86 
00002953 ADRIANO DE LEMOS MOURA 4.55 5.12 5.96 11.08 
00001883 ADRIANO MARTINS CORREIA 4.10 4.81 4.96 9.77 
00003614 ADRIANO MENDES 4.00 5.23 5.42 10.65 
00000716 ADRIANO VIEIRA DE ALMEIDA 4.35 5.88 5.47 11.35 
00000571 ALBERTO CERQUEIRA FREITAS FILHO 4.50 5.42 3.77 9.19 
00002945 ALERSON DO CARMO MENDONCA 4.20 5.90 5.50 11.40 
00002399 ALESSANDRO DALECIO JUNQUEIRA 4.25 4.71 4.02 8.73 
00003741 ALESSANDRO RODRIGUES GOMES DA SILVA 4.05 3.39 3.14 6.53 
00000106 ALEX FABIANE ARANTES 4.65 5.56 5.93 11.49 
00001290 ALEX MATOSO SILVA 4.55 6.76 5.09 11.85 
00000294 ALEXANDRE MOTA BRANDAO DE ARAUJO 4.65 5.27 6.69 11.96 
00003042 ALMACHIA ZWARG ACERBI 4.10 3.89 4.28 8.17 
00003057 ALYSSON CAMILO FLORIANO DA SILVA 4.30 5.95 6.41 12.36 
00001673 ANA LUCIA FERREIRA DE SOUZA 4.40 7.96 6.94 14.90 
00000658 ANA MARIA ANDRADE OLIVEIRA 4.20 4.50 4.57 9.07 
00000882 ANA PAULA FERNANDES TEIXEIRA 4.80 6.10 5.56 11.66 
00002510 ANA PAULA FONSECA DE GOES ARAUJO 4.00 5.21 4.85 10.06 
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3 
 
00002098 ANA VIRGINIA MENDES VELOSO CARDOSO 4.40 5.30 5.10 10.40 
00003415 ANANIAS PEDRO DA SILVA 4.05 2.64 5.10 7.74 
00001690 
ANDRE LUIZ FILO-CREAO GARCIA DA 
FONSECA 4.15 3.81 6.61 10.42 
00000322 ANDRE LUIZ SANTOS BRITTO 4.15 8.32 6.05 14.37 
00002140 ANDREA GOMES FERNANDES BERALDI 4.45 5.49 6.19 11.68 
00000797 
ANTONIO AUGUSTO GONCALVES BALIEIRO 
DINIZ 5.25 6.00 6.17 12.17 
00001824 ANTONIO CARLOS MALDONADO BERTACCO 4.35 5.93 6.18 12.11 
00000962 
ANTONIO SALVADOR BORGES DOS REIS MONIZ 
DE ARAGAO 4.50 4.28 3.58 7.86 
00002639 ARIOSTENIS GUIMARAES VIEIRA 4.50 6.39 3.80 10.19 
00001686 ARIVALDO GUERRA DE CARVALHO 4.15 5.11 2.64 7.75 
00002854 AUGUSTO YUZO JOUTI 4.20 6.70 7.54 14.24 
00002439 BARBARA ISADORA SANTOS SEBE NARDY 5.25 6.33 5.62 11.95 
00003134 BERNARDO FITERMAN ALBANO 4.50 3.05 5.01 8.06 
00002546 BIANCA GOMES DA SILVA 4.45 7.08 6.25 13.33 
00002066 BRIVALDO PEREIRA DOS SANTOS JUNIOR 4.05 4.01 0.00 4.01 
00000315 BRUNO BECKER 4.45 5.74 6.49 12.23 
00003184 BRUNO MALTEZ DE MIRANDA 4.00 4.77 0.78 5.55 
00000622 BRUNO SANTOS GORDILHO 4.15 3.83 3.96 7.79 
00003031 CAMILA BINDILATTI CARLI 4.55 7.96 6.04 14.00 
00000308 CAMILA SOARES SANTANA 4.55 5.66 5.89 11.55 
10100372 CARLOS ALESSANDRO PITAGORAS RIBEIRO 4.60 5.93 5.22 11.15 
00000895 CARLOS ALEXANDRE DE SOUZA PORTUGAL 4.30 5.17 4.89 10.06 
00001849 CARLOS EDUARDO REGILIO LIMA 4.20 5.63 5.45 11.08 
00003224 CIDRIANE MONICA FERREIRA DE OLIVEIRA 4.05 4.68 3.98 8.66 
00002492 CINTIA WALKER BELTRAO DA SILVA 4.15 5.41 6.49 11.90 
00000266 CLAUDIO KITNER 4.95 7.03 6.64 13.67 
00003804 CLAYTTON RICARDO DE JESUS SANTOS 4.45 3.95 2.35 6.30 
00002058 CLEVERSON DE ARAUJO 4.45 5.08 6.84 11.92 
00000302 CUSTODIO JUNQUEIRA PEDROSO 4.35 4.41 5.38 9.79 
00003546 DANIEL OSTI COSCRATO 4.45 7.09 3.26 10.35 
00000009 DANIEL SILVA PASSOS 4.60 4.51 6.09 10.60 
00001596 DANIELA BERTOLINI ROSA SILVA 4.45 5.53 5.17 10.70 
00003411 DANIELLA OLIVEIRA KHOURI 4.20 6.02 5.79 11.81 
00002282 DARIO GURGEL DE CASTRO 4.10 6.08 5.06 11.14 
00002614 
DEBORAH CAVALCANTE DE OLIVEIRA 
SALOMAO GUARINES 4.35 5.88 6.66 12.54 
00002954 DELSO RICARDO SILVA 4.15 5.24 2.42 7.66 
00001231 EDIVAN PORFIRIO DE OLIVEIRA 4.15 2.25 4.33 6.58 
00002746 EDNA DE ANDRADE NERY 4.90 5.29 5.45 10.74 
00002200 EDUARDA DE LIMA VIDAL 4.50 6.98 5.77 12.75 
00002286 EDUARDO DUILIO LOPES PIRAGIBE 4.30 5.31 3.60 8.91 
00001793 EDUARDO MUNIZ MACHADO CAVALCANTI 4.20 5.73 4.85 10.58 
00003657 EDUARDO PEDRO NOSTRANI SIMAO 4.90 5.56 6.22 11.78 
00000862 EGILDO LIMA LOPES 4.20 5.42 5.21 10.63 
00000429 ELDER CONSENTINO SANCHES 4.05 3.31 6.26 9.57 
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4 
 
00000903 ELIOMAR BORGES DE JESUS 4.05 3.45 4.45 7.90 
00002082 ELISIO DE OLIVEIRA LOPES 4.10 4.84 3.89 8.73 
00002539 ELIUDE JOSE RODRIGUES 4.65 3.89 2.93 6.82 
00000200 
ELY CHRISTIANNE ESPERON DE MIRANDA 
ROSA 4.20 5.74 5.14 10.88 
00000885 EMANUELE VITA LEITE 5.10 5.77 6.40 12.17 
00002813 EMERSON DANTAS DE MENEZES 4.05 4.48 4.74 9.22 
00003607 ERICA JACOBINA BARBERINO PINTO 4.00 2.49 4.71 7.20 
00002441 EVERTON PEREIRA SANTOS 4.60 5.49 4.74 10.23 
00002650 EWERTON RONCOLETA 4.05 5.37 4.21 9.58 
00002783 FABIO CAMPELO CONRADO DE HOLANDA 4.00 7.06 4.56 11.62 
00002075 FABIO ROQUE DA SILVA ARAUJO 5.80 5.21 6.16 11.37 
00000099 FABRICCIO QUIXADA STEINDORFER PROENCA 4.10 4.88 3.57 8.45 
00002944 FAUSTO MAGNO DAVID ALVES 4.05 5.03 4.62 9.65 
00001350 FERNANDA BARRETO CINTRA 4.80 3.89 3.88 7.77 
00002939 FERNANDA MARIA DE ARAUJO 4.20 6.97 5.66 12.63 
00002078 FERNANDO JOSE AMANCIO RODRIGUES 4.00 4.26 4.56 8.82 
00000657 
FERNANDO LUCAS CARVALHO VILLAR DE 
SOUZA 4.20 4.87 3.55 8.42 
00002537 FERNANDO MARCOS PEREIRA 4.45 4.92 5.62 10.54 
00000832 FRANCISCO JOSE DE ANDRADE PEREIRA 4.20 4.03 4.34 8.37 
00002836 FRANCISCO PEREIRA DE MORAIS 4.90 5.77 4.96 10.73 
00000590 GILSON ESTEVES GOMES 4.10 4.33 6.47 10.80 
00002972 GILVAN DA SILVA MASCARENHAS 4.25 4.69 4.21 8.90 
00000216 
GISELLE DE FATIMA CUNHA GUIMARAES 
RIBEIR 4.30 5.62 6.35 11.97 
00003944 GLAYDSON SANTO SOPRANI MASSARIA 4.00 5.76 5.21 10.97 
00003256 GUILHERME VIEITO BARROS JUNIOR 4.45 6.82 6.81 13.63 
00002201 GUSTAVO MELO BARBOSA 5.25 7.11 6.43 13.54 
00000592 HEITOR AWI MACHADO DE ATTAYDE 4.95 6.68 5.38 12.06 
00000177 HELENO BICALHO 4.45 4.60 5.91 10.51 
00000643 HENRIQUE SILVA MARQUES 4.05 4.93 5.31 10.24 
00001052 HILTON DE MIRANDA GONCALVES 5.65 5.80 6.63 12.43 
00000277 HOMERO CARNEIRO TEIXEIRA LIMA 5.15 4.56 5.15 9.71 
00002067 IGNACIO XAVIER LARIZZATTI SUBINAS 4.15 5.61 4.52 10.13 
00000580 IGOR MATOS ARAUJO 4.10 4.81 4.26 9.07 
00001641 ILONA DOS REIS FACCHINI 4.00 4.12 5.36 9.48 
00003427 ISABELLY DELNY DE ARAUJO LEITE 4.30 3.34 4.13 7.47 
00000854 ISAIAS VINICIUS DE CASTRO SIMOES 5.05 7.69 6.79 14.48 
00000157 IVANA PINTO LUZ 4.40 5.60 6.15 11.75 
00002844 IVONETE MARIA DA COSTA MARINHO 4.35 3.54 5.96 9.50 
00002248 JOAO MARCELO NOGUEIRA MOYSES 4.75 3.72 4.95 8.67 
00001612 
JOAO RICARDO ALVES DE ALBUQUERQUE 
NOGUEI 4.05 4.45 4.24 8.69 
00003435 JOARIB DE SOUZA SANTOS 4.50 4.31 5.05 9.36 
00001138 JORGE LEAL SPINOLA COSTA 4.45 3.60 0.00 3.60 
00002238 JOSE CARDOSO LOPES 4.70 4.11 4.40 8.51 
00000206 JOSE DE SOUZA BRANDAO NETTO 4.45 5.45 5.85 11.30 
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5 
 
00000514 JOSE FRANCISCO OLIVEIRA DE ALMEIDA 5.10 5.64 6.67 12.31 
00002028 JOSE LAURIA 4.35 5.84 3.83 9.67 
00001222 JOSE MARIA DA SILVA 4.60 4.51 5.32 9.83 
00000705 JOSE ONOFRE ALVES JUNIOR 4.10 5.05 5.01 10.06 
00000960 JOSE RICARDO COSTA E SILVA 4.05 5.63 5.26 10.89 
00000877 JOSE RONALDO PEREIRA SALES 4.20 6.75 5.04 11.79 
00001327 JOSE VENANCIO DE MIRANDA NETO 4.00 6.98 4.72 11.70 
00000660 JOSELIA LEHNER DE FREITAS 4.20 5.14 3.45 8.59 
00003857 JUAREZ ANGELIN MARTINS 4.20 4.73 6.28 11.01 
00000176 JULIANO LOMAZINI 4.70 5.38 5.41 10.79 
00001460 JULIO GONCALVES DA SILVA JUNIOR 4.80 5.38 5.70 11.08 
00000268KARIN ALMEIDA WEH 4.85 4.37 6.66 11.03 
00000528 KELFRENN TEIXEIRA RODRIGUES DE MENEZES 5.00 7.15 6.14 13.29 
00003543 LEAN MATHEUS DE XEREZ 4.50 3.51 5.23 8.74 
00000594 
LEONARDO AUGUSTO DE ANDRADE CEZAR 
DOS SANTOS 4.00 5.45 4.53 9.98 
00001918 LEONARDO DE OLIVEIRA GONCALVES 5.40 5.87 6.47 12.34 
00003623 LEONARDO HAGE POLVORA 4.00 4.23 4.10 8.33 
00000082 LEONARDO RODRIGUES DA SILVA PICANCO 4.50 7.41 6.98 14.39 
00002149 LEONARDO SANTOS VIEIRA COELHO 4.90 5.09 5.98 11.07 
00002372 LEONARDO TOCHETTO PAUPERIO 4.55 7.27 6.38 13.65 
00003065 LETEIA BRAGA DE FREITAS 4.45 5.79 6.04 11.83 
00002094 
LIDIA IZABELLA GONCALVES DE CARVALHO 
LOPES 4.10 7.55 5.89 13.44 
00000006 LUCIA REGINA VERTUAN FRESCHI LANDGRAF 4.35 6.52 7.39 13.91 
00003711 LUCIANA LOPES ROCHA CAMARGO 4.40 5.42 5.00 10.42 
00002701 LUCIANO CESAR CASAROTI 4.10 3.22 4.98 8.20 
00000840 LUCIANO RIBEIRO GUIMARAES FILHO 4.20 6.24 6.91 13.15 
00000373 
LUIS AUGUSTO DA ENCARNACAO MENNA 
BARRETO 4.20 5.66 4.96 10.62 
00000715 LUIS CANDIDO FERREIRA MARTINS 4.10 6.17 4.19 10.36 
00001151 LUIS FLAVIO CUNHA NAVARRO 4.20 4.84 5.98 10.82 
00003782 LUIZ FERNANDO LAURINO 4.30 4.89 4.99 9.88 
00003199 LUIZ GUSTAVO BIELLA 4.00 4.58 3.36 7.94 
00000748 LUIZ PAULO BHERING NOGUEIRA 4.55 6.27 4.83 11.10 
00000036 LUIZA ELIZABETH DE SENA SALES MAIA 4.60 5.79 5.44 11.23 
00001920 MANUELA DE OLIVEIRA GONCALVES 4.30 4.24 4.11 8.35 
10100268 MANUELA RODRIGUES FERNANDES 4.70 6.81 5.28 12.09 
00001982 MARCELO DE SOUZA 4.10 6.08 2.31 8.39 
00001480 MARCELO LUIZ LEANO 4.70 5.52 6.32 11.84 
00000521 MARCELO LUIZ SANTOS FREITAS 4.45 5.81 6.82 12.63 
00001552 MARCELO LUIZ SEIXAS CABRAL 4.05 5.80 4.92 10.72 
00000047 MARCELO MARTINS EVARISTO DA SILVA 4.80 6.66 6.15 12.81 
00001252 MARCELO RALINO LEMOS 4.20 3.30 3.99 7.29 
00000516 MARCIA LIDIAN OLIVEIRA SANTOS 4.40 3.82 2.49 6.31 
00001049 MARCIO TEIXEIRA DA FONSECA 4.15 2.97 2.66 5.63 
00000439 MARCOS JOSE PASSOS OLIVEIRA SANTOS 5.00 5.71 4.43 10.14 
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6 
 
00000827 MARCOS MARTINS DE OLIVEIRA 4.45 6.60 3.52 10.12 
00000996 MARCOS VINICIUS LINHARES C DA SILVA 4.05 4.39 5.11 9.50 
00001306 MARCUS GIL BARBOSA DIAS 4.30 5.14 4.72 9.86 
00003366 MARCUS VINICIUS PARENTE REBOUCAS 4.45 7.50 6.43 13.93 
00001435 MARIA LUIZA NOGUEIRA CAVALCANTI 4.35 6.84 7.15 13.99 
00001659 MARINA KUMMER DE ANDRADE 4.30 6.72 5.74 12.46 
00002191 MARINA ROMERO DE VASCONCELOS 4.10 5.98 6.01 11.99 
00001670 MARIO DE SOUZA CARVALHO 4.05 4.63 3.42 8.05 
00001109 MARIO JOSE BATISTA NETO 4.60 6.26 6.10 12.36 
00003553 MARLEY CUNHA MEDEIROS 4.45 5.29 6.05 11.34 
00001655 MARTINHO FERRAZ DA NOBREGA JUNIOR 4.15 5.31 6.66 11.97 
00002665 MATEUS CAVALCANTE PENA 4.10 5.87 4.70 10.57 
00001101 MAURO DE AVILA MARTINS FILHO 4.00 4.23 3.04 7.27 
00000474 MAURO DE SOUSA PINTO 4.00 5.63 6.40 12.03 
00002724 MIGUEL MAIRA RUGGIERI BALAZS 4.60 7.56 4.20 11.76 
00000124 MURILO DE CASTRO OLIVEIRA 4.85 6.29 5.89 12.18 
00002625 MURILO LUIZ STAUT BARRETO 5.00 6.88 5.27 12.15 
00001111 NACHA GUERREIRO SOUZA 4.00 4.50 3.02 7.52 
00001260 NEMORA DE LIMA JANSSEN 4.15 6.92 5.95 12.87 
00001233 OCLEI ALVES DA SILVA 4.20 5.81 5.69 11.50 
00000475 OTAVIO RIBEIRO PIMENTEL 4.45 5.46 5.18 10.64 
00000022 PAULO DE TARSO C ASFOR JUNIOR 5.20 5.96 7.60 13.56 
00000527 PAULO SERGIO FERREIRA DE ALMEIDA 4.20 5.18 5.43 10.61 
00003659 PEDRO HENRIQUE IZIDRO DA SILVA 5.10 6.14 6.30 12.44 
00001497 PEDRO ROGERIO CASTRO GODINHO 4.55 7.01 5.95 12.96 
00000534 RAFAEL MAIA GUANAES 4.35 4.09 5.53 9.62 
00003071 RAFAEL RIBEIRO RAYOL 4.05 5.49 6.41 11.90 
00000821 RENATA FURTADO FOLIGNO 5.70 7.05 5.81 12.86 
00002718 RICARDO CRISPINO GOMES 5.25 6.31 6.00 12.31 
00003890 RICARDO RAGE FERRO 6.30 5.52 6.27 11.79 
00000146 ROBSON VIEIRA TEIXEIRA DE FREITAS 4.20 7.66 6.38 14.04 
00000670 RODOLFO NASCIMENTO BARROS 4.40 5.45 5.20 10.65 
00001180 RODRIGO MEDEIROS SALES 4.70 7.08 5.61 12.69 
00000852 RODRIGO QUADROS DE CARVALHO 4.40 7.38 5.64 13.02 
00000762 RODRIGO SETTE CARVALHO 4.45 6.41 6.91 13.32 
00000434 ROGERIO MIGUEL ROSSI 4.85 5.50 5.93 11.43 
00000014 ROGERIO ORLANDO GONCALVES 4.85 3.83 4.45 8.28 
00000459 ROJAS SANCHES JUNQUEIRA 4.55 6.43 5.83 12.26 
00000424 ROMULO DOS SANTOS DUARTE 4.05 6.18 3.38 9.56 
00003605 SAMI STORCH 4.10 6.67 6.40 13.07 
00000018 SANDRA GUIMARAES CARDOSO 4.50 7.80 7.52 15.32 
00001087 SERGIO AUGUSTO ROCHA COELHO 4.60 5.35 3.49 8.84 
00000333 SERGIO DE NOROES MILFONT JUNIOR 4.10 5.61 4.75 10.36 
00002643 SERGIO LUIS ROCHA PINHEIRO 4.20 5.27 5.55 10.82 
00002445 SILVESTRE GOMES DOS ANJOS 4.80 6.02 6.53 12.55 
00002131 TADEU RIBEIRO DE VIANNA BANDEIRA 4.60 5.02 5.69 10.71 
00002924 TARCISIA DE OLIVEIRA FONSECA 4.35 5.41 5.94 11.35 
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7 
 
00000300 TATIANA DE ASSIS PENIDO FELIPE 4.05 4.55 3.60 8.15 
10103975 THAIS CAIRO SOUZA 4.00 4.20 4.72 8.92 
10102903 TICIANE LOUISE SANTANA PEREIRA 4.15 4.06 5.09 9.15 
00000107 VALERIA BEATRIZ RODRIGUES 4.05 4.51 5.44 9.95 
10103999 VANDRE MARQUES E SILVA 4.20 4.47 5.73 10.20 
00003488 VINICIUS LAHORGUE PORTO DA COSTA 4.05 4.61 5.12 9.73 
00000489 VINICIUS MARCONDES DE ARAUJO 4.60 7.08 6.07 13.15 
00000931 VINICIUS WAGNER DE SOUSA MAIA 4.30 3.72 3.84 7.56 
00001541 VIRGILIO PORTO LINHARES TEIXEIRA 4.65 4.95 5.58 10.53 
00002731 VITOR MANOEL SABINO XAVIER BIZERRA 4.30 6.68 5.31 11.99 
00001273 WANESSA LORENA MARTINS DE SOUSA 4.15 6.55 4.07 10.62 
00000221 WILLER SOSTENES DE SOUSA E SILVA 4.10 5.23 3.93 9.16 
00000583 WILLIAM TRIGILIO DA SILVA 4.10 4.43 3.33 7.76 
2-DOS RECURSOS 
2.1-Os candidatos poderão ter acesso às provas discursivas avaliadas e aos espelhos de 
avaliação, bem como interpor recurso contra o resultado provisório na prova discursiva, 
das 09 horas do dia 08 de agosto de 2005 às 18 horas do dia 10 de agosto de 2005, 
observado o horário oficial de Brasília/DF, no endereço eletrônico 
http://www.cespe.unb.br/concursos/tjbajuiz2005, por meio do Sistema Eletrônico de 
Interposição de Recursos. 
2.2-O candidato deverá ser claro, consistente e objetivo em seu pleito. Recurso 
inconsistente ou intempestivo será preliminarmente indeferido. 
2.3-Recursos cujo teor desrespeite a banca serão preliminarmente indeferidos. 
2.4-O CESPE não arcará com prejuízos advindos de problemas de ordem técnica dos 
computadores, falhas de comunicação, congestionamento das linhas de comunicação, bem 
como de outros fatores, de responsabilidade do candidato, que impossibilitem a 
visualização das provas discursivas avaliadas e dos espelhos de avaliação, bem como a 
interposição de recursos. 
2.5-Não será aceito recurso via postal, via fax ou via correio eletrônico e/ou em desacordo 
com o Edital n.º 01/2005 – JS/TJBA – 09 de maio de 2005, publicado no Diário do Poder 
Judiciário do Estado da Bahia , e com este edital. 
3-DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
3.1-Não houve candidatos que se declararam portadores de deficiência aprovados na Prova 
Objetiva de Conhecimentos Gerais de Direito dentro dos critérios estabelecidos no edital 
de abertura do concurso. 
3.2-As justificativas de alteração dos gabaritos oficias preliminares da prova objetiva, em 
razão das interposições de recursos feitas pelos candidatos, estarão disponíveis para 
consulta a partir do dia 08 de agosto de 2005, no endereço eletrônico 
http://www.cespe.unb.br/concursos/tjbajuiz2005. 
3.3-A partir do dia 05 de setembro de 2005, o boletim de desempenho nas provas 
objetivas estará disponível para consulta por meio do CPF e do número de inscrição, no 
endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/tjbajuiz2005. 
3.4-O resultado final na prova discursiva e a convocação para a avaliação de títulos e para 
a entrega da documentação referente à comprovação dos requisitos serão publicados no 
Diário do Poder Judiciário do Estado da Bahia e divulgados na Internet, no endereço 
eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/tjbajuiz2005,na data provável de 15 de 
setembro de 2005. 
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8 
 
 
E, para que chegue ao conhecimento de todos, faz baixar o presente Edital que será 
publicado no Diário do Poder Judiciário e afixado em lugar público. 
 
 Salvador (BA), 04 de agosto de 2005. 
 
 Des. PAULO FURTADO 
 Presidente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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