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www.pciconcursos.com.br CADERNO DE QUESTÕES HISTÓRIA EDITAL 47/2014 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO PEDRO II CONCURSO PÚBLICO www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 2 ‐ HISTÓRIA 01 Testemunham estes austeros assoalhos de um tempo que já se foi não ser fato novo, ao longo dos 138 anos do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, a presença do Chefe de Estado. A ninguém é lícito ignorar a importância da contribuição da História no desenvolvimento nacional, como instrumento de ação, na elucidação de temas e na definição de alternativas prospectivas, assim como no encontro de métodos de análise dos acontecimentos, que sirvam ao individual e ao coletivo. Aqui também podemos afirmar que não se governa sem História e sem historiadores. Veja‐se a que extremos levou o pragmatismo na História, com o materialismo histórico que, não se contendo nos limites da técnica de direção do Estado, pretende‐se instituir como lei a todas as gerações e a todos os povos, como instrumento fundamental da adoção de uma concepção de vida, que minorias ativas pretendem impor, pela alienação dos valores espirituais do homem. (BRASIL. Presidência da República / Casa Civil. Adaptação MÉDICI, Emílio Garrastazu. Não se governa sem a História. Brasília: Coordenação Geral de Documentação e Informação, s/d, p. 63‐64.) Em antítese ao materialismo dialético, esse discurso presidencial alude a uma concepção de História institucionali‐ zada no século XIX e, assim, expressa: A) Narrativa do tempo que, sob o viés das mentalidades, reifica as decisões jurídicas. B) Crônica do passado que, sob o juízo do culturalismo, incorpora as interações subjetivas. C) Retórica do poder que, sob o manto do cientificismo, consagra as tradições da religião. D) Inventário da nação que, sob o exame do historicismo, legitima as relações de força. 02 Os enciclopedistas trabalharam, pois, com uma consciência histórica altamente sensibilizada, que desenvolveu um modelo comum para os momentos, durações e prazos: o padrão do progresso, segundo o qual toda a história pôde ser interpretada universalmente. (KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado – contribuição à semântica dos tempos históricos. Trad. Wilma P. Maas & Carlos A. Pereira Rio de Janeiro: Contraponto & Ed. PUC‐Rio, 2006, p. 285‐86.) Quem, senão a razão, possui com efeito o verdadeiro direito de primogenitura? Não domina ela, do alto de sua idade, todas essas opiniões e todos esses preconceitos que a obscureceram no decorrer dos séculos? A filosofia do Iluminismo fez essa reivindicação. Ela luta em todos os domínios contra o poder do costume, da tradição e da autoridade. (Adaptação de CASSIRER, E. A filosofia do Iluminismo. 2. Ed., Campinas: Ed. UNICAMP,1994, p. 315.) Partindo das assertivas dos autores, esse movimento cultural do Setecentos elaborou uma outra relação do homem com o tempo baseada na A) apropriação de ideais míticos como alicerce da liberdade coletiva. B) laicização da estrutura social como fundamento da felicidade geral. C) codificação de valores clássicos como esteio da solidariedade pública. D) publicização do conhecimento erudito como princípio do bem comum. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 3 ‐ 03 As elites criollas, que, para se diferenciarem das populações autóctones e dos escravos africanos, se definiram durante muito tempo como “os espanhóis da América”, afastaram‐se deste “modelo” na última década do século XVIII, identificaram‐se com a América e, de maneira pragmática, pela primeira vez, defenderam a identidade e os valores das civilizações pré‐colombianas. A concepção do Império Espanhol como um Estado nacional unitário deixava clara a desigualdade política e jurídica das possessões americanas. Podemos afirmar que a concepção de “nação espanhola”, predominante na América Meridional do período da conquista até a promulgação da Constituição de Cádiz, foi substituída pela concepção de nação americana. E, sobretudo ao final das violentas guerras civis, surgiu a concepção de petite patrie, isto é, cada República proclamada futuramente seria uma nação. (Adaptação de VLACH, Vânia. Organização territorial dos estados‐nações na América Meridional: continuidades e mudanças. In: Scripta Nova Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales. Universidad de Barcelona. Vol. X, n. 218 (77), 1 de agosto de 2006. Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn‐218‐77.htm Acesso em 30/09/2014.) Tendo em vista os desdobramentos da expansão napoleônica na Europa, o processo histórico em pauta refere‐se ao antagonismo entre A) legitimação da ordem absolutista e acomodação das etnicidades locais. B) instauração do ideário aristocrático e assimilação do pluralismo cultural. C) introdução da hierarquia estamental e incorporação do reconhecimento social. D) afirmação do princípio imperial e valorização do sentimento de americanidade. 04 Aprendemos a reconhecer o Monumento do Ipiranga como parte integrante de nossas heranças históricas e culturais. O que individualizava esse patrimônio, destacando‐o das demais edificações, era o fato de assinalar o lugar “memorável” da proclamação da Independência e, simultaneamente, abrigar um museu de história natural, destinado a produção de um saber, servindo como “meio de instrucção para o povo” e de “exploração scientifica do Estado”. (Adaptação de OLIVEIRA, Cecilia H. de Salles. Museu paulista: espaço celebrativo e memória da Independência. In: BRESCIANI, Stella & NAXARA, Márcia (orgs.). Memória e (res)sentimento: indagações sobre uma questão sensível. Campinas: Unicamp, 2004, pp. 197‐98.) A construção desse patrimônio cultural, nos decênios 1870 e 1880, exemplifica como a memória imaterial constrói a razão de Estado ao A) difundir hábitos cortesãos como desígnios da esfera pública. B) ordenar valores seculares como pressupostos do poder político. C) edificar atos fundadores como alicerces da comunidade nacional. D) vulgarizar práticas educacionais como pilares da territorialidade. 05 Posturas e concepções presentes nos movimentos religiosos, como a ideia de que existem povos escolhidos e abençoados por Deus, passariam a povoar o imaginário coletivo da nação que se acreditava eleita para um destino glorioso. A fé nas instituições livres e democráticas também se intensificava. A partir disso, desenvolveu‐se a ideia de “destino manifesto”: seria uma missão espalhar a concepção de sociedade norte‐americana para as regiões vistas como carentes e necessitadas de ajuda. (KARNAL, Leandro et al. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2008, p. 125.) Um aspecto da relação entre imaginário social e construção nacional, proposta no texto, diz respeito à A) negociação de limites físicos vinculada à evidência da igualdade nativa. B) colonização de espaços autóctones associada à proeminência do direito natural. C) movimentação de fronteiras geopolíticas articulada à dominância da identidade cultural. D) homogeneização de territórios multiétnicos relacionada à vigência do unitarismo político. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 4 ‐ 06 Bismarck, que não precisava de ajuda externa e não se preocupava com a oposição interna, só podia considerar uma Alemanha unificada que não fossenem democrática nem demasiado grande que não pudesse ser dominada pela Prússia. Se a monarquia dos Habsburgos entrasse em colapso com todas as suas nacionalidades, seria impossível evitar que os austríacos alemães viessem a se unir com a Alemanha, portanto abalando a supremacia da Prússia tão cuidadosamente construída. (Adaptação de HOBSBAWM, Eric J. A Era do Capital, 1848/1875. Trad. Luciano Costa Neto. 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979, p. 91.) A burocracia real introduziu, contra uma considerável resistência aristocrática, o ideal da obediência total e irrefletida à instituição, acima da classe e do indivíduo (antes do século XIX seria anacrônico falar de nação). A disciplina e a obediência prussianas e a admiração perante as qualidades de um soldado derivavam principalmente dos esforços dos Hohenzollern para criar uma monarquia centralizada. (MOORE JR, Barrington. As origens sociais da ditadura e da democracia‒senhores e camponeses na construção do mundo moderno. Trad. Maria Ludovina F. Couto. São Paulo: Martins Fontes, 1983, p. 430.) Na densidade do tempo histórico, a territorialidade prussiana é substantivada nos textos no âmbito de um modelo de sociedade capitalista e burguesa. A associação entre o regime político e uma proposição desse modelo encontra‐se identificada em: A) Tirania ― tutela do aparato público estamental. B) Despo smo ― controle da unicidade cultural religiosa. C) Autoritarismo ― segurança da ordem social hierárquica. D) Autocracia ― defesa da indivisibilidade política institucional. 07 Se os escoceses votarem pela independência, isso será, pelo menos parcialmente, uma rejeição ao Partido Conservador, que na administração de Margaret Thatcher reformou a política britânica, e que agora tem uma coligação governista com os Liberais Democratas de centro. Isso também será um reflexo do desejo de políticas diplomáticas e socioeconômicas bem à esquerda de tudo o que o governo britânico oferece. (CASTLE, Stephen. Diferenças com o governo britânico levam escoceses na direção da independência – as causas mais diretas de divergência entre as políticas escocesas e britânicas são os partidos políticos britânicos, particularmente o Partido Conservador. 03/09/2014. Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2014/09/diferencas‐com‐governo‐britanico‐levam‐escoceses‐na‐direcao‐da‐independencia‐4589788.html. Acesso em: 22/09/2014.) A união de Inglaterra e da Escócia conduzida por Jaime I, estava em concordância com os esforços para pacificar o meio rural com armas e leis e criar na Igreja da Inglaterra uma religião civil. Os ingleses renascentistas discutiam os méritos do império e da nacionalidade (nationhood), seja sob o nome de republicanismo ou de monarquia, do catolicismo ou de uma igreja nacional, da métrica imperial e rima nativa. A “Grã‐Bretanha”, como produto da união da Inglaterra e da Escócia, foi construída com todas as pompas que os poetas heroicos da Antiguidade e os seus correspondentes da modernidade poderiam conferir. (SPRINGBORG, Patricia. Modelo clássico e circulação de conceitos na Inglaterra do início da Idade Moderna. In: FERES JÚNIOR, João & JASMIN, Marcelo. História dos conceitos: diálogos transatlânticos. Rio de Janeiro: Ed. PUC‐Rio Ed. Loyola IUPERJ, 2007, pp. 213‐14.) O referendo descrito na matéria jornalística remete, no entrecruzamento de temporalidades históricas, à invenção da Grã‐Bretanha como A) matriz de realismo político. B) modelo de parlamento único. C) projeto de soberania indivisível. D) paradigma de legitimidade supranacional. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 5 ‐ 08 De todas as questões internacionais que a Corte de D. João se ocupou ao longo de sua estada no Rio de Janeiro, aquela relativa à região do Prata foi, sem nenhuma dúvida, a mais importante. Formada pelos três grandes rios tributários cujas nascentes se encontram em território brasileiro – Paraná, Paraguai e Uruguai ‒, a bacia do Rio da Prata constituía objeto de intensa disputa entre as duas monarquias ibéricas, e de grande interesse para as potências comerciais europeias – Inglaterra, França e Holanda – uma vez que consistia em fundamental área estratégica para o comércio colonial com toda a região. (SILVA, José Luiz Werneck da & GONÇALVES, William. Relações Exteriores do Brasil I (1808‐1930) – a política externa do sistema agroexportador. Petrópolis: Vozes, 2009, p. 38, Col. Relações Internacionais.) Considerando a centralidade da colônia americana no conjunto do Império Português, uma relação entre ação política e objetivo econômico da Corte Joanina está expressa em: A) Afirmação regional ― Controle de rotas fluviais. B) Efetivação militar ― Domínio de portos estrangeiros. C) Acomodação de fronteiras ― Defesa de áreas mineradoras. D) Negociação de territórios ― Monopólio de mercados estratégicos. 09 Dentre as causas da revolução encontra‐se a resistência à ditadura imposta pelo General Porfírio Díaz que, de 1876 a 1911, governou o México com mão de ferro. Emiliano Zapata, Francisco Pancho Villa, o advento da Constituição de 1917 e o governo de Venustiano Carranza são personagens e eventos que sustentaram a luta popular até a concretização da reforma agrária mexicana. Os ejidos eram terras comunais, localizadas no entorno dos vilarejos. Por meio da “Lei dos Ejidos” (1920), essas terras adquirem um senso jurídico único que as garante. Do parcelamento dos latifúndios nascem lotes repartidos entre famílias camponesas. Essas famílias possuíam direito à herança, contudo não poderiam vender os referidos lotes. (Adaptação de FILIPPI, Eduardo Ernesto. Reforma agrária: Experiências internacionais de reordenamento agrário e a evolução da questão da terra no Brasil. Disponível em: http://www.ufrgs.br/pgdr/arquivos/504.pdf. Acesso em: 03/10/2014.) Entre 1944 e 1954 o crescente aumento das organizações indígenas e do campesinato estimularam o programa de reforma agrária do presidente Jacobo Arbenz, cujo mandato iniciou em 1951. Assim, em junho de 1952, o Congresso guatemalteco aprova a Lei de Reforma Agrária a fim de promover a emancipação econômica dos pobres e promover a distribuição de crédito e de assistência técnica aos agricultores assentados. À época, calcula‐se que cerca de 40% da população receberam algum benefício do programa de reforma agrária capitaneada pelo governo do presidente Arbenz. (Adaptação de FILIPPI, Eduardo Ernesto. Reforma agrária: Experiências internacionais de reordenamento agrário e a evolução da questão da terra no Brasil. Disponível em http://www.ufrgs.br/pgdr/arquivos/504.pdf Acesso em: 03/10/2014.) Incorporando a noção de permanência para dialogar com tempos‐espaços diversos, essas reformas foram, historica‐ mente, motivadas por A) absorção de glebas articulada a ordenamentos jurídicos de colonização agrícola. B) integração de fazendas correlacionada a investimentos públicos de inovação tecnológica. C) concentração de propriedades aliada a processos sociais de modernização capitalista. D) aglutinação de comunidades associada a iniciativas estatais de nacionalização fundiária. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 6 ‐ 10 (ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de; REIS, Arthur Cézar Ferreira; CARVALHO, Carlos Delgado de (orgs.) Atlas Histórico Escolar. Rio de Janeiro: MEC, 1977, p. 26.) No tempo em que o Brasil ainda era Um simples país colonial, Pernambuco foi palco da história Que apresentamos neste carnaval. Coma invasão dos holandeses Os escravos fugiram da opressão E do julgo dos portugueses. Esses revoltosos Ansiosos pela liberdade Nos arraiais dos Palmares Buscavam a tranquilidade. (Samba Enredo 1960 ‐ Quilombo dos Palmares (Salgueiro – RJ). Disponível em: http://letras.mus.br/salgueiro‐rj/683006/. Acesso em: 03/10/2014.) Contemplando a conjuntura europeia de guerras dinásticas e seus desdobramentos, a leitura articulada dos dois documentos indica que, na América Portuguesa, a A) pilhagem de propriedades rurais agilizou a alforria privada de trabalhadores cativos. B) perda de áreas produtoras oportunizou a resistência social da população negra. C) tomada de espaços litorâneos favoreceu o reconhecimento jurídico da mão de obra servil. D) conquista de regiões coloniais fomentou o arbitramento costumeiro de comunidades africanas. Domínio holandês Domínio português Limite dos Estados do Maranhão e do Brasil www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 7 ‐ 11 (J. CARLOS. Careta, ano 14, nº. 669, 16/04/1921 (BN). In: LEMOS, Renato (org.). Uma história do Brasil através da caricatura‐ 1840‐ 2006. 2ª ed. Rio de Janeiro: Bom Texto Editora, 2006, p. 16.) Articulando condicionantes históricos da Europa e do Brasil, no último quartel do século XIX, dois elementos que motivaram, respectivamente, a situação retratada na imagem são: A) Reorganização da produção familiar ― difusão do assalariamento rural. B) Redisposição de lotes públicos ― diversificação de culturas de alimentos. C) Reestruturação de terras comuns ― disseminação de técnicas de trabalho. D) Reordenação da propriedade fundiária ― expansão da produtividade agrícola. 12 Texto I A maioria dos bens que são demandados é produzida pelo trabalho. E esses bens podem ser multiplicados não apenas num país, mas em vários, quase ilimitadamente, se estivermos dispostos a dedicar‐lhes o trabalho necessário para obtê‐los. Ao falar, portanto, das mercadorias sempre nos referiremos somente àquelas mercadorias cuja quantidade pode ser aumentada pelo exercício da atividade humana, e em cuja produção a concorrência atua sem obstáculos. (Adaptação RICARDO, David. Princípios de economia política e tributação. Trad. Paulo Sandroni. Disponível em http://www.scribd.com/doc/7004034/David‐Ricardo‐Principios‐de‐Economia‐Politica‐e‐Tributacao. Acesso em: 26/09/14.) Texto II A tese de que “o modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral”, de que todas as relações sociais e estatais, todos os sistemas religiosos e jurídicos, todas as idéias teóricas que aparecem na história só podem ser compreendidos quando tiverem sido compreendidas as condições materiais de vida da época de que se trata, e se tenha sabido explicar tudo aquilo por essas condições materiais. “Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência”. (MARX. Karl. Uma contribuição para a crítica da economia política. In: ______ e ENGELS, Friedrich. Obras escolhidas, vol. I. São Paulo: Alfa‐ Omega, s/d, p.305‐6.) Uma diferença entre a proposta teórica dos dois pensadores acerca do processo de acumulação capitalista está evidenciada, respectivamente, em: A) Naturalização das leis de mercado ― Alienação social do trabalho. B) Racionalismo dos valores de troca ― Percepção subjetiva do indivíduo. C) Igualitarismo dos intercâmbios internacionais ― Disposição equivalente do valor das coisas. D) Maximização das recompensas salariais ― Repar ção equânime dos excedentes. OS IMMIGRANTES JECA – OCÊS SÃO MEMO CAPAZ DE COMÊ RAIZ DE INHAME E FARINHA D´ÁGUA? www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 8 ‐ 13 A necessidade que nós sentimos de deslocar em pauta a desapropriação das companhias dentro de formas de entendimento foi exatamente pelas dificuldades que elas estavam criando, no momento, em meu País. Poderíamos estimular o investimento do capital estrangeiro, se déssemos a este mesmo capital uma compensação Justa. Quando eu falo justa, é exatamente para expressar o pensamento do país de justiça. Ela não pode obter também lucros excessivos, lucros que a enriqueçam muito depressa, em detrimento do interesse nacional ou à custa do empobrecimento do País. (GOULART, João. Discurso na Organização das Nações Unidas em 1962. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=UfgSNm2z3V0&feature=youtu.be Acesso em: 30/10/2014.) O projeto de desenvolvimento nacional apresentado por esse discurso pode ser sintetizado em: A) Ampliação da parceria financeira externa. B) Modernização do parque industrial privado. C) Difusão do conhecimento científico tecnológico. D) Promoção do crescimento econômico autossustentado. 14 (Adaptação COQUERY‐VIDROVITCH, Catherine. A economia colonial das antigas zonas francesas, belgas e portuguesas (1914‐1935). In: África sob dominação colonial, 1880‐1935. Editor Albert Adu Boahen / Trad. MEC – Centro de Estudos Afro‐Brasileiros da Universidade Federal de São Carlos. 3ª. ed. São Paulo/Brasilia: Cortez/UNESCO, 2011, p. 403.) Dois aspectos econômicos relacionados à realidade histórica europeia que explicam, de acordo com as conjunturas mencionadas na tabela, as oscilações de investimentos na África Subsaariana consistem em: A) Padronização do ramo terciário ― desvalorização do padrão ouro. B) Unificação das normas tarifárias ― suspensão das trocas internacionais. C) Concentração da indústria capitalista ― estagnação do mercado financeiro. D) Homogeneização do setor rural ― desregulamentação das exportações agrícolas. QUADRO I – INVESTIMENTOS NA ÁFRICA NEGRA (em milhões de libras esterlinas) REGIÕES INVESTIMENTOS ACUMULADOS (1870/1913) INVESTIMENTOS ACUMULADOS (1914/1936) % DOS INVESTIMENTOS TOTAIS NA ÁFRICA NEGRA, EM 1936 ÁFRICA BRITÂNICA 695 421 77 ÁFRICA NEGRA FRANCESA: 25 29,5 5,7 1) África Ocidental Francesa 30,4 2,5 2) África Equatorial Francesa 21,2 1,7 2) Togo e Camarões 18,6 COLÔNIAS ALEMÃS 85 COLÔNIAS PORTUGUESAS: 66,7 5,4 1) Angola Muito pouco 31,9 2,6 2) Moçambique 34,7 2,8 COLÔNIAS BELGAS: Congo e Ruanda‐Urundi 40 94,4 11,7 TOTAL (territórios não‐britânicos) Pelo menos 150 190 22,9 www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 9 ‐ 15 Jânio não possuía um plano de governo como sói acontecer com todos os governantes eleitos pelo discurso ético‐moral mobilizador da noção de “crise moral” e pelo “programa” de combate à corrupção. A proposta de uma política externa independente, vale dizer, a busca da possível autonomia política internacional do Brasil [foi] uma tentativa louvável mas ingênua, de ultrapassar o restrito subsistema interamericano liderado pelos EUA. É certo que tal política encaixava‐se como uma luva na ideologia oficial do nacionalismo, reforçando‐a; mas não se deve subestimar sua importância: o tema central persistiria, vale dizer, a enunciação de uma voz brasileira no cenário internacional. (Adaptação de FICO, Carlos. O Brasil no contexto da Guerra Fria: democracia, subdesenvolvimento e ideologia do planejamento (1946‐1964). In: MOTTA, Carlos Guilherme. (Org.) Viagem incompleta: a grande transação; a experiência brasileira, 2ª ed. São Paulo: SENAC, 2000, pp. 179‐180.) Discutindo a República Democrática brasileira na conjuntura histórica da Guerra Fria, essa opção de políticaexterna objetivava A) estimular a conexão industrial em países centrais do mercado europeu. B) fomentar a intercessão de tecnologias em áreas dominantes do hemisfério sul. C) potencializar a implantação de serviços em regiões atlânticas do continente africano. D) intensificar a inserção mercantil em territórios estratégicos do bloco terceiromundista. 16 Não poderemos edificar a estabilização financeira sem sanear, antes de tudo, as finanças do Estado. É imperativo equilibrar o orçamento federal, o que supõe reduzir drasticamente os gastos públicos. Para atingir o equilíbrio orçamentário, é preciso adequar o tamanho da máquina estatal à verdade da receita. Mas isso não basta. É preciso, sobretudo, acabar com a concessão de benefícios, com a concessão de privilégios que, independentemente de seu mérito, são incompatíveis com a receita do Estado. Creio que compete primordialmente à livre iniciativa – não ao Estado – dinamizar a economia. Ao Estado corresponde planejar sem dirigismo o desenvolvimento e assegurar a justiça. Isto incentiva a economia de mercado, gera receita e alivia o déficit governamental, sustentando melhor a luta antiinflacionária. (Brasil. Presidência da República. Biblioteca da Presidência da República. Discurso de posse MELO, Fernando Collor de. O projeto de reconstrução nacional. 15/03/1990, pp. 14‐16. Disponível em: file://C:/Users/Usuario/Downloads/posse%20collor%20(1).pdf. Acesso em: 03/10/14.) Na economia de mercado, a principal incumbência do governo é proteger o funcionamento harmônico desta economia contra a fraude ou a violência originadas dentro ou fora do país. Quando falamos de intervencionismo […] referimo‐nos à interferência governamental no mercado. O intervencionismo significa que o governo não somente fracassa em proteger o funcionamento harmonioso da economia de mercado, como também interfere em vários fenômenos do mercado: interfere nos preços, nos padrões salariais, nas taxas de juro e de lucro. (MISES, Ludwig Von. As seis lições. Trad. Maria Luiza Borges. 7. ed., São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil, 2009, p. 45, 47. Disponível em: http://www.mises.org.br/files/literature/As%20Seis%20Li%C3%A7%C3%B5es%20‐%20brochura.pdf. Acesso em: 03/10/14.) Contextualizando as políticas internacionalmente adotadas a partir dos anos 1980 em consonância com a redefinição do Estado burguês no Brasil, uma proposta de normatização econômico financeira defendida nos textos é: A) A composição da riqueza se imbrica à ênfase em políticas distributivas privadas. B) A definição da produção se correlaciona à dominância da estrutura sindical corporativa. C) A organização da propriedade se articula à primazia do ordenamento jurídico trabalhista. D) A distribuição do capital se vincula à supremacia das demandas profissionais coletivas. 17 Em Viena, Stefan Zweig vibrou por ser parte de uma multidão, enquanto Josef Redlich ficou impressionado de ver trabalhadores se manifestando a favor da guerra contra a Sérvia em 26 de julho [de 1914]. Na noite anterior haviam ocorrido as primeiras manifestações nacionalistas em Berlim. E. C. Powell, um bancário de 17 anos de idade, recordava ter voltado a Londres em 3 de agosto depois de uma viagem aos Chilterns durante o feriado bancário e ter encontrado a cidade “em um estado de histeria. Uma vasta procissão ocupou a estrada de um lado a outro, todos agitando bandeiras. Fomos todos levados juntos, tomados pelo mesmo clima de histeria”. (Adaptação de FERGUSON, N. O horror da guerra: uma provocativa análise da Primeira Guerra Mundial. São Paulo: Planeta, 2014, p. 287.) Um elemento das culturas políticas europeias, nas décadas iniciais do século XX, que esclarece as manifestações descritas no texto reside no: A) Utilitarismo social. C) Xenofobismo racista. B) Ortodoxismo liberal. D) Patriotismo ufanista. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 10 ‐ 18 Nenhum cálculo de interesse pecuniário, nenhum motivo menos nobre, e menos patriótico, que o desejo de boa educação da mocidade, e do estabelecimento de proveitosos estudos, influiu na deliberação do Governo. Revela, pois, ser fiel a este princípio: manter e unicamente adotar os bons métodos; resistir a inovações que não tenham a sanção do tempo e o abono de felizes resultados; prescrever e fazer abortar todas as espertezas de especuladores astutos, que ilaqueam a credulidade dos pais de família com promessas de fáceis e rápidos processos na educação de seus filhos; e repelir os charlatães que aspiram à celebridade, inculcando princípios e métodos que a razão desconhece, e muitas vezes assustada reprova. Que importa que a severidade de nossa disciplina, que a prudência, e a salutar lenteza com que procedemos nas reformas, afastem do Colégio muitos alunos? O tempo que é sempre o condutor da verdade, e o destruidor da impostura, fará conhecer o seu erro. O Governo só fita a mais perfeita educação da mocidade: ele deixa (com não pequeno pesar) as novidades, e a celebridade aos especuladores, que fazem do ensino da mocidade um tráfego mercantil, e que nada interessam na moral, e na felicidade de seus alunos. Ao Governo só cabe semear para colher no futuro. (VASCONCELOS, Bernardo Pereira de. Discurso proferido por ocasião da abertura das aulas do Colégio de d. Pedro II aos 25 de março de 1838. In: Annuário do Collégio Pedro II. 2º ano. Rio de Janeiro: Typ Revista dos Tribunaes, 1915.) Essa instituição representou, no enlace da política com a cultura, a formação de centros geradores de saber articulados à A) definição do caráter secular do Estado. B) construção do ideal civilizatório de Nação. C) edificação do ensino técnico da Monarquia. D) afirmação da hegemonia política de Província. 19 (Disponíveis em http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos37‐45/EducacaoCulturaPropaganda#. Acesso em: 24/10/2014.) Esses cartões postais, editados pelo Departamento de Imprensa e Propaganda, remetem à elaboração de uma mitologia política estadonovista, que enfatiza A) colaboração social e personificação do poder. B) negociação cultural e corporificação da disciplina. C) massificação escolar e deificação da autoridade. D) democratização pedagógica e divinização do trabalho. — É na juventude que deposito minha confiança: GETULIO VARGAS www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 11 ‐ 20 A comuna não é uma princesa fantástica com quem de noite se sonha. Calcula, reflete, mira bem e avança! embora sejam miudezas. O comunismo não reside apenas na terra, no suor das usinas. Senão também no lar, à mesa, nas relações de família, nos costumes. (Adaptação de MAIAKOVSKI, Vladimir. Desatai o futuro! 1925. In: Antologia poética. Trad. E. Carrera Guerra. 3ª ed., São Paulo: Max Limonad, 1984, p. 161.) Uma percepção da União Soviética, durante a liderança de Josef Stálin, configura‐se nessa produção literária como A) individualização social ligada à sucessão do trabalho. B) elaboração cultural aliada à modernização econômica. C) classificação estética unida à mercantilização das riquezas. D) instrumentalização mental vinculada à autonomização camponesa. 21 A S. Exa. o Sr. General Ministro da Guerra. Prenuncia‐se indisfarçável crise de autoridade, capaz de solapar a coesão da classe militar, deixando‐a inerme às manobras divisionistas dos eternos portadores da desordem e usufrutuários da intranquilidadepública. E, com o comunismo solerte sempre à esquerda, serão os próprios quadros institucionais da Nação ameaçados, talvez, de subversão violenta. O que mais importa no momento é restabelecer a coesão do conjunto, reforçar os laços de disciplina e de confiança mútua. E tanto mais urge fazê‐lo quanto a ameaça sempre presente da infiltração de perniciosas ideologias antidemocráticas ou do espirito do partidarismo, semeador de intranquilidades e conflitos. E é preocupados e justamente alarmados ante perspectivas tão sombrias, que nos animamos a trazer aos altos Chefes responsáveis, leal e francamente, esta exposição, a nosso ver, fidedigna do ambiente em que, na hora presente, se debate o Exército, cujos quadros só devem aspirar vê‐lo reintegrado na antiga tradição da austeridade, de eficiência, coesão e consciência profissional que dele sempre fizeram o baluarte e o guardião da nacionalidade brasileira. Rio de Janeiro, fevereiro de 1954. (Assinaram o documento mais de 80 coronéis da ativa.) (Adaptação Memorial dos Coronéis (1954). In: CARONE, Edgar. A quarta República (1945‐1964) – documentos. São Paulo/Rio de Janeiro: DIFEL, 1980, pp. 556‐564.) Na conjuntura de crise do Segundo Governo Vargas, a afirmação de determinados preceitos político ideológicos redefiniu o locus do poder militar na República brasileira. Dois preceitos enunciados nesse documento oficial são: A) Depositário da ordem interna e defensor da lealdade cívica. B) Salvaguarda da harmonia social e fiador da liberdade coletiva. C) Agente da normalidade representativa e mediador da garantia jurídica. D) Vigilante da fraternidade universal e promotor da isonomia corporativa. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 12 ‐ 22 A nossa constituição política não segue as leis de outras cidades, antes lhes serve de exemplo. O nosso governo chama‐se democracia, porque a administração serve aos interesses da maioria e não de uma minoria. Quanto à participação na sua vida pública, porém, cada qual obtém a consideração de acordo com os seus méritos e mais importante é o valor pessoal do que a classe a que pertence. Numa palavra, afirmo que a nossa cidade é, em conjunto, a escola da Grécia, e creio que os cidadãos são capazes de conseguir uma completa personalidade para administrar e dirigir perfeitamente outras gentes, em qualquer aspecto. (Oração fúnebre de Péricles. Disponível em: http://www.arqnet.pt/portal/discursos/abril10.html. Acesso em: 24/09/2014.) O pensamento político filosófico descrito nesse texto clássico encontra‐se fundamentado em A) gestão direta e ordenação jurídica para garantir a comunidade cívica. B) direção paritária e autonomia legislativa para assegurar a virtude moral. C) justaposição institucional e remuneração simétrica para manter a legitimidade do poder. D) representação igualitária e isonomia burocrática para concretizar a prosperidade da pólis. 23 Ao terminar o período constitucional do Governo, de que a vontade soberana do povo nos deu honroso encargo, julgamos de nosso dever relatar à Nação de como nos desobrigamos da promessa solene de “manter e cumprir, com perfeita lealdade, a Constituição Federal, promover o bem geral da República, observar as suas leis, sustentar‐lhe a união, a integridade e a independência”. Fiel no seu compromisso, o Presidente da República jamais poderá permitir que as autonomias dos Estados, que se consubstanciam na descentralização política, possa gerar situações de desprestígio nacional e falseamento do regime. A revisão constitucional era uma necessidade inadiável. (Adaptação de BRASIL. Presidência da República. BERNARDES, Arthur. Manifesto à Nação ao término do mandato de Presidente da República. Minas Gerais. 14/11/1926. Disponível em: http://funag.gov.br/loja/download/736‐Discursos_Selecionados_do_Presidente_ Artur_Bernardes.pdf Acesso em: 03/10/2014.) Tendo como referência as transformações que ocorreram na sociedade brasileira nos anos 1920, o discurso presidencial esboça um outro modelo de República pautado na A) limitação do mandonismo com o propósito de garantir a balança decisória e reduzir ações clientelistas. B) restrição do federalismo com o objetivo de introduzir o reordenamento institucional e neutralizar cisões sociais. C) contenção do regionalismo com a finalidade de assegurar o equilíbrio territorial e esvaziar pressões oligárquicas. D) redução do patrimonialismo com o intento de promover o reaparelhamento administrativo e conter conspirações armadas. 24 Antes de Shakespeare, os personagens literários são, relativamente, imutáveis. Homens e mulheres são representados, envelhecendo e morrendo, mas não se desenvolvem a partir de alterações interiores, e sim em decorrência de seu relacionamento com os deuses. Em Shakespeare, os personagens não se revelam, mas se desenvolvem, e o fazem porque têm a capacidade de se autorrecriarem. Às vezes, isso ocorre porque, involuntariamente, escutam a própria voz, falando consigo mesmos ou com terceiros. Para tais personagens, escutar a si mesmos constitui o nobre caminho da individuação. (Adaptação de BLOOM, Harold. Shakespeare: a invenção do humano. Trad. José Roberto O´Shea. Rio de Janeiro: Objetiva, s/d, p. 19.) A análise expressa uma dada noção de indivíduo, associada à transição para a modernidade, que A) ressalta a genuinidade da teleologia sagrada. B) destaca a historicidade da condição humana. C) enfatiza a centralidade da transcendência do tempo. D) valoriza a unicidade da elaboração do conhecimento. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 13 ‐ 25 Foi‐nos conservado num capitular, tendo Carlos Magno feito dele, em 802, a fórmula do juramento de fidelidade ao imperador que impôs a todos os seus súbditos: juramento pelo qual prometo ser fiel ao senhor Carlos, o muito piedoso imperador, filho do rei Pepino e de Berta, como um vassalo por direito deve ser ao seu senhor. E eu manterei e quero manter este juramento que fiz, na medida em que sei e compreendo, de hoje em diante, se me ajudarem Deus, o criador do Céu e da Terra, e estas relíquias dos santos. (Adaptação de GANSHOF. F. L. Que é o feudalismo? Tradução de Jorge Borges de Macedo. 4 ed., Sintra: Publicações Europa‐América, r, 1976, p. 47, Coleção Saber.) […] A igreja é a peça mestra do sistema feudal não só porque, mesmo depois da Reforma Gregoriana e a partir de então livre da ascendência da aristocracia leiga, é por sua condição social e por suas riquezas um dos beneficiários da ordem feudal, mas principalmente por ser a justificadora ideológica do sistema. (LE GOFF, Jacques. São Luís: biografia. Tradução de Marcos de Castro. 3ª ed. Rio de Janeiro / São Paulo: editora Record, 2002, p. 603.) Tendo como referência o legado histórico do Império Romano, os temas dos textos apontam para uma articulação entre A) justiça laica e uniformização de culturas locais. B) investidura hereditária e definição de rituais épicos. C) norma racional e padronização do domínio cortesão. D) poder régio e estruturação da autoridade eclesiástica. 26 Em 1947, o antropólogo francês Pierre Verger testemunhava a presença de São Luís numa Casa dos Nagôs do Maranhão onde se praticava o culto dos orixás nagô‐iorubás: “Ali fui testemunha, no dia 25 de agosto, dia de São Luís, rei de França, quando aquele augusto soberano voltou para a terra, seiscentos e setenta e dois anos após sua morte, para reencarnar‐seno corpo de uma filha de santo da casa”. A evocação de Saint Louis, rei medieval cujo culto se difundiu no século XVII, na França, aparece ainda mais expressa no nome atribuído à cidade de São Luís do Maranhão. Não se suspeitava que São Luís, rei de França, sobreviveria nessas terras equinociais, através dos séculos, em corpos mestiços. (Adaptação de SANTOS, Daniel Rodrigues dos et alli. França Equinocial. http://bndigital.bn.br/francebr/equinocial.htm. Acesso em: 26/09/2014.) Considerando os preceitos legais que informam o Ensino de História na Educação Básica, essa abordagem das relações etnicorraciais, dentro da longa duração, desvela A) estratégias de resistência cultural de tradição religiosa. B) mecanismos de imposição simbólica da herança moderna. C) táticas de consentimento ritualístico das diásporas negras. D) comportamentos de assimilação ideológica de práticas escravocratas. 27 A expressão Antigo Regime é uma construção a posteriori que se reveste de fortes conotações ideológicas, pois, a rigor, foi produzida justamente por aqueles agentes históricos mais empenhados em condenar e destruir a sociedade à qual aplicavam esta denominação – os constituintes de 1789. Ao chamarem de Antigo Regime a sociedade existente, os revolucionários franceses tinham na mira justamente uma sociedade que execravam e que pretendiam demolir. Na mesma idéia de Antigo Regime eles incluíam ‒ e condenavam ‒ toda uma constelação de instituições, práticas e representações sociais típicas, segundo eles, do regime existente na França antes da Revolução. (RODRIGUES, Antonio Edmilson & FALCON, Francisco José. A formação do mundo moderno – a construção do ocidente dos séculos XIV ao XVIII. 2ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006, p. 33.) Certamente os homens da Revolução Francesa foram inspirados pelo ódio à tirania, e ergueram‐se em revolta contra a opressão. Contra a tirania e a opressão, não contra a exploração e a pobreza, eles reivindicaram os direitos do povo, de cujo consentimento – de acordo com a Antiguidade romana, em cuja escola o espírito revolucionário foi instruído e educado – todo o poder deve receber sua legitimidade. (Adaptação de ARENDT, Hannah. Da revolução. Trad. José Roberto Miney, São Paulo: Editora Ática, 1988, pp 58‐9.) Historicizando os conceitos de revolução e de tradição, as enunciações dos textos sublinham no contexto histórico da França de Luís XVI a A) concepção social da cidadania contraposta ao consenso real. B) definição jurídica de direitos contrária à ordem estamental. C) visão distributiva de impostos oposta ao patrimonialismo nobiliárquico. D) noção igualitária de representatividade adversa ao constitucionalismo monárquico. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 14 ‐ 28 Havendo Casa da Moeda e dos Quintos na Bahia, e no Rio de Janeiro (por serem estes os dous pólos aonde vai parar todo o ouro), teria Sua Majestade muito maior lucro do que até agora teve, e muito mais se nas Casas da Moeda, bem fornecidas dos aparelhos necessários, houvesse sempre dinheiro pronto para comprar o ouro que os mineiros trazem e folgam de o vender sem detença. Agora sabemos que Sua Majestade manda governador, ministros de Justiça, e levantar um terço de soldados nas minas, para que tudo tome melhor forma e governo. Sendo a terra que dá ouro esterilíssima de tudo o que se há mister para a vida humana, e não menos estéril a maior parte dos caminhos das minas, logo se fizeram estalagens e começaram os mercadores a mandar às minas o melhor que se chega nos navios do Reino e de outras partes. E, a este respeito, de todas as partes do Brasil, se começou a enviar tudo o que dá a terra, com lucro não somente grande, mas excessivo. Não parecerá incrível o que por fama constante se conta haverem ajuntado em diversos tempos assim uns descobridores dos ribeiros nomeados, como uns mais bem afortunados nas datas, e também os que, metendo gados e negros para os venderem por maior preço, e outros gêneros mais procurados, se foram aproveitando do que outros tiraram. Também com vender cousas comestíveis, água ardente e garapas, muitos em breve tempo acumularam quantidade considerável de ouro. E, por isso, até os homens de maior cabedal, não deixaram de se aproveitar por este caminho dessa mina à flor da terra, mandando vir dos portos do mar tudo o que a gula costuma apetecer e buscar. (Adaptação de ANTONIL, André João (1710). Cultura e opulência do Brasil ‐ por suas drogas e minas. 3ª ed. Belo Horizonte/São Paulo: Editora Itatiaia/Edusp, 1982, parte 3, caps. V e VII.) A narrativa do jesuíta italiano elucida duas características da sociedade luso americana, no século XVIII, que estão apresentadas na A) definição canônica do aparato administrativo e na associação unívoca de espaços atlânticos. B) organização parental do sistema judiciário e na junção mercantil de portos estratégicos. C) orientação centralizada do poder metropolitano e na articulação econômica de áreas coloniais. D) estruturação pública da cadeia hierárquica e na aglutinação fronteiriça de regiões meridionais. 29 Levantemos esta cidade que ficará por memória do heroísmo e de exemplo às vindouras gerações – para ser a rainha das províncias e o empório das riquezas do mundo. (Estácio de Sá. In: D’ARAÚJO, Antonio Luiz. Rio colonial – histórias e costumes. Rio de Janeiro: Quartet editora, 2006, p. 19.) As armas e os barões assinalados Que, da ocidental praia lusitana, Por mares nunca dantes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo reino, que tanto sublimaram; E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da morte libertando: Cantando espalharei por toda a parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte. [CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas – Canto I. São Paulo: Klick Editora, s/d, p. 11.] A fundação da cidade do Rio de Janeiro, por parte de representantes da Coroa Portuguesa, celebra A) o domínio da área litorânea ocasionado pela ocupação francesa. B) a posse da faixa meridional determinada pela repressão inquisitorial. C) a conquista do território americano suscitada pelos conflitos religiosos. D) o povoamento da costa marítima motivado pelos expansionismos indígenas. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 15 ‐ 30 Entre os anos de 1979 e 1981, quando o país atravessava o longo período de transição para um novo regime democrático, o que implicou o fim do bipartidarismo e a criação de novos partidos, a legenda do PTB voltou à ordem do dia, como alvo de disputas na Justiça Eleitoral. (GOMES, Angela de Castro Gomes. Partido Trabalhista Brasileiro (1945‐1965): getulismo, trabalhismo, nacionalismo e reformas de base. In: FERREIRA, Jorge; REIS, Daniel Aarão (org.). Nacionalismo e reformismo radical (1945‐1964). Coleção As esquerdas no Brasil, v. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p. 79.) Tendo como base o processo histórico nos anos 1950 e 1960, a disputa simbólica descrita no texto refere‐se ao seguinte legado dessa agremiação partidária: A) Coesão do eleitorado popular e igualitarismo econômico. B) Unificação das lutas políticas e distributivismo regional. C) Afirmação das bases sindicais e emancipação social. D) Consolidação do bloco parlamentar e planificação corporativa.www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 16 ‐ QUESTÕES DISCURSIVAS 01 Delegados, homens do Reichtag alemão! Durante meses, temos sido atormentados por um problema que nos foi forçado pela imposição (diktat) de Versalhes e que, devido à escalada e à deterioração da situação, se tornou, agora, absolutamente intolerável. [...] Danzig [Gdansk] foi e é uma cidade alemã! O corredor era e é alemão! Todos estes territórios devem o seu desenvolvimento cultural exclusivamente ao povo alemão, sem os quais a barbárie absoluta reinaria naqueles territórios orientais. Danzig foi separada de nós! O corredor foi anexado pela Polônia! [...] Para nós, alemães, o diktat de Versalhes não é uma lei. Não se pode aceitar que alguém seja forçado, com uma pistola apontada e ameaçando matar à fome milhões de pessoas, a assinar um documento e depois proclamar que o documento com sua assinatura forçada seja uma lei solene [...] Membros do Reichstag! Se este tratamento pode ser dispensado ao Reich alemão e ao seu chefe de Estado, e o Reich alemão e o seu chefe de Estado se submetessem a este tratamento, então o povo alemão não merecia mais do que desaparecer da cena política! As minhas propostas de paz e a minha infinita paciência não devem ser confundidas com fraqueza, muito menos com cobardia! [...] Estou feliz por poder informá‐los aqui de um acontecimento de especial importância. Estais ciente de que a Rússia e a Alemanha são governadas por duas doutrinas diferentes. Havia apenas uma pergunta que tinha que ser esclarecida: a Alemanha não tem nenhuma intenção de exportar a sua doutrina e, a partir do momento que a Rússia não tiver intenção de exportar a sua para a Alemanha, não vejo nenhuma razão pela qual devemos ser de novo adversários! Estamos ambos de acordo sobre este ponto: a luta entre os nossos dois povos só seria útil a outros. Por isso, resolvemos estabelecer um acordo que exclui, no futuro, qualquer utilização da força entre nós, que nos obriga a consultarmo‐nos mutuamente sobre certas questões europeias, torna possível a cooperação económica e, sobretudo, garante que estas duas grandes potências não esgotarão as suas energias na luta uma contra a outra. [...] Como nacional‐socialista e soldado alemão entro nesta luta com um coração forte! Toda a minha vida foi uma luta permanente pela minha nação, para a sua ressurreição, para a Alemanha, e toda esta luta foi inspirada por uma única convicção: a fé neste povo! Uma palavra eu nunca conheci: capitulação. (HITLER, Adolph. Discurso no Reichstag – 01/09/1939. In: STACKELBERG, Roderik & WINKLE, Sally A. The nazi germany sourcebook – an anthology of texts. Trad. Manuel Amaral. Londres/Nova Iorque: Routledge, 2002, pp. 254‐257. Disponível em http://www.arqnet.pt/portal/discursos/setembro10.html. Acesso em: 28/10/2014.) Selecione um dos eixos desse discurso proferido por Hitler e exponha, através de um texto, uma atividade pedagógica a ser desenvolvida no 3º ano do Ensino Médio. Tal atividade deve abranger objetivos específicos, conceitos e metodologia. (25,0 pontos) www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 17 ‐ 05 10 15 20 25 www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 18 ‐ 02 (COUTO E SILVA, Golbery do. Conjuntura política nacional, o poder executivo e geopolítica do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1981, p. 26.) Partindo do fluxograma, analise o processo de implantação e consolidação da ditadura militar a partir do binômio Segurança Nacional e Desenvolvimento. (25,0 pontos) www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 19 ‐ 05 10 15 20 25 www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 20 ‐ 03 — Queira perdoar, mas... com aquelle negrinho não póde entrar. — Mas é que eu não posso separar‐me delle: é quem me veste, quem me dá de comer, que... me serve em tudo afinal! — É que... enfim, em attenção às illustres qualidades pessoaes de tão sábio soberano, creio que as nações civilizadas não duvidarão em admittil‐o. (AGOSTINI. Revista Illustrada, ano 8, n. 347, 30/06/1883 (BN). In: LEMOS, Renato (org.). Uma história do Brasil através da caricatura (1840‐ 2006). 2ª ed. Rio de Janeiro: Bom Texto Editora, 2006, p. 13.) Tendo como referência o texto imagético, elabore um plano de aula sobre a sociedade brasileira durante o Segundo Reinado, orientado para turmas de 8º ano do Ensino Fundamental. Esse plano de aula deve apresentar objetivos, conceitos, conteúdo, estratégias e recursos. (25,0 pontos) www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 21 ‐ 05 10 15 20 25 www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 22 ‐ 04 Ilustríssimo e excelentíssimo senhor. Unindo as minhas diligências, e a [minha] eficácia aos reais desejos de sua majestade em promover por todos os meios a felicidade dos seus vassalos, procurei dar o possível impulso a recomendação da mesma senhoria, a fim de persuadir aos agricultores desta capitania o uso de bois e arados para cultivar as terras, e o método de queimar nas fornalhas dos engenhos de açúcar as canas já moídas. E como um dos meios mais acertados para animar aos mesmos agricultores seria a esperança de prêmios prometidos pelas Câmaras àqueles que primeiro introduzissem as referidas práticas, escrevi a todas sobre estes objetos tão úteis para o aumento da agricultura e prosperidade destes povos, como recomendados por sua majestade. As respostas de algumas, que envio a vossa excelência contém as razões gerais em que se fundam os lavradores para se não aplicarem aos usos acima indicados sendo a [vossa] a necessidade que eles tem de escolherem os terrenos montuosos [sic] para a plantação das mandiocas, e a 2ª a precisão de fazerem novas e anuais derrubadas de matos virgens onde ficam grandes madeiras, cepos, e raízes, que embaraçam a passagem do arado. Os que trabalham em fábricas de açúcar intentam persuadir que o fogo das canas moídas, ou do bagaço não tem a intensidade necessária para a depuração do mesmo açúcar como alguns segundo dizem, já o experimentaram. Porém eu creio, que quando se consiga dar às fornalhas outra forma, diferente da atual, de cujos defeitos provavelmente procederá a falta de atividade que se observa no fogo do bagaço, quando os lavradores não poderem estender as suas derrubadas, e forem constrangidos a beneficiar as terrasvelhas, e já cansadas, e quando finalmente se lhes faça sumamente onerosa a compra dos escravos pelo excesso do preço, porque se vão reputando cada vez mais; então a necessidade os fará industriosos, e porão em uso aqueles mesmos recursos, que hoje lhes parecem impraticáveis. Não deixo contudo de fazer novos esforços, inspirando em algumas pessoas o gosto de se aplicarem a tentativas sobre os mesmo objetos, sempre na esperança de que elas ainda poderão a vir ser de suma utilidade aos fins propostos. (Ofício do Conde de Resende, d. José Luís de Castro, para d. Rodrigo de Souza Coutinho sobre o incentivo aos agricultores de cana de açúcar para queimarem a cana moída nas fornalhas com a promessa de prêmios oferecidos pelas câmaras. 12/11/1798, Códice 69, vol. 08. Registro da Correspondência do Vice‐Reinado para a Corte. Secretaria de Estado do Brasil. Lisboa / Folha(s). Disponível em: http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1781&sid=144. Acesso em: 24/10/2014.) Contextualize esse documento, ressaltando a situação da colônia americana em consonância com as redefinições do Antigo Regime Português. (25,0 pontos) www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II História Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. ‐ 23 ‐ 05 10 15 20 25 www.pciconcursos.com.br INSTRUÇÕES 1. Material a ser utilizado: caneta esferográfica de tinta azul ou preta. Não é permitido o uso de corretores. Os objetos restantes devem ser colocados em local indicado pelo fiscal da sala, inclusive aparelho celular desligado e devidamente identificado. 2. Não é permitido ao candidato entrar e/ou permanecer no local de exame com armas ou utilizar aparelhos eletrônicos (agenda eletrônica, bip, gravador, notebook, pager, palmtop, receptor, telefone celular, walkman, MP3 Player, Tablet, Ipod, relógio digital e relógio com banco de dados) e outros equipamentos similares, bem como protetor auricular. 3. Durante a prova, o candidato não deve levantar‐se, comunicar‐se com outros candidatos. 4. A duração da prova é de 05 (cinco) horas, já incluindo o tempo destinado à entrega do Caderno de Provas e à identificação – que será feita no decorrer da prova – e ao preenchimento do Cartão de Respostas (Gabarito) e Folhas de Texto Definitivo (Discursivas). 5. Somente em caso de urgência pedir ao fiscal para ir ao sanitário, devendo no percurso permanecer absolutamente calado, podendo antes e depois da entrada sofrer revista através de detector de metais. Ao sair da sala no término da prova, o candidato não poderá utilizar o sanitário. Caso ocorra uma emergência, o fiscal deverá ser comunicado. 6. O Caderno de Provas consta de 30 (trinta) questões de múltipla escolha e 04 (quatro) questões discursivas. Leia‐o atentamente. 7. As questões das provas objetivas são do tipo múltipla escolha, com 04 (quatro) opções (A a D) e uma única resposta correta. 8. Ao receber o material de realização das provas, o candidato deverá conferir atentamente se o Caderno de Provas corresponde ao curso a que está concorrendo, bem como se os dados constantes no Cartão de Respostas (Gabarito) e Folhas de Texto Definitivo (Discursivas) que lhe foram fornecidos estão corretos. Caso os dados estejam incorretos, ou o material esteja incompleto, ou tenha qualquer imperfeição, o candidato deverá informar tal ocorrência ao fiscal. 9. Os fiscais não estão autorizados a emitir opinião e prestar esclarecimentos sobre o conteúdo das provas. Cabe única e exclusivamente ao candidato interpretar e decidir. 10. O candidato poderá retirar‐se do local de provas somente a partir de 2 (duas) horas após o início de sua realização, contudo, não poderá levar consigo o Caderno de Provas, sendo permitida essa conduta apenas no decurso dos últimos 60 (sessenta) minutos anteriores ao horário previsto para o seu término. RESULTADOS E RECURSOS ‐ As provas aplicadas, assim como os gabaritos preliminares das provas objetivas serão divulgados na Internet, no site www.idecan.org.br, a partir das 16h00min do dia subsequente ao da realização das provas. ‐ O candidato que desejar interpor recursos contra o gabarito da parte objetiva da prova escrita e o resultado provisório da parte discursiva da prova escrita disporá de 2 (dois) dias úteis, a partir das respectivas divulgações, utilizando o endereço eletrônico do IDECAN (www.idecan.org.br), seguindo as instruções ali contidas. www.pciconcursos.com.br GABARITO PRELIMINAR MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – COLÉGIO PEDRO II – PRÓ‐REITORIA DE ENSINO CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGO DE PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO. 1º SEGMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL 01‐ A 11‐ A 21‐ D 02‐ B 12‐ D 22‐ C 03‐ A 13‐ D 23‐ C 04‐ D 14‐ A 24‐ D 05‐ B 15‐ B 25‐ C 06‐ C 16‐ C 26‐ C 07‐ C 17‐ D 27‐ B 08‐ B 18‐ D 28‐ C 09‐ C 19‐ A 29‐ D 10‐ B 20‐ B 30‐ C ARTES VISUAIS 01‐ A 11‐ C 21‐ B 02‐ C 12‐ A 22‐ D 03‐ B 13‐ C 23‐ B 04‐ C 14‐ B 24‐ D 05‐ B 15‐ A 25‐ C 06‐ A 16‐ B 26‐ C 07‐ C 17‐ D 27‐ A 08‐ A 18‐ D 28‐ D 09‐ B 19‐ A 29‐ C 10‐ D 20‐ D 30‐ D www.pciconcursos.com.br BIOLOGIA 01‐ D 11‐ B 21‐ C 02‐ C 12‐ B 22‐ A 03‐ C 13‐ D 23‐ A 04‐ B 14‐ C 24‐ D 05‐ C 15‐ B 25‐ A 06‐ B 16‐ C 26‐ C 07‐ B 17‐ B 27‐ C 08‐ A 18‐ A 28‐ A 09‐ D 19‐ D 29‐ A 10‐ D 20‐ C 30‐ C CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO 01‐ D 11‐ D 21‐ D 02‐ C 12‐ A 22‐ A 03‐ A 13‐ C 23‐ D 04‐ B 14‐ A 24‐ B 05‐ D 15‐ B 25‐ D 06‐ B 16‐ D 26‐ C 07‐ D 17‐ B 27‐ A 08‐ C 18‐ C 28‐ C 09‐ C 19‐ D 29‐ A 10‐ B 20‐ D 30‐ C www.pciconcursos.com.br DESENHO 01‐ D 11‐ A 21‐ C 02‐ D 12‐ B 22‐ B 03‐ C 13‐ B 23‐ C 04‐ B 14‐ B 24‐ A 05‐ A 15‐ C 25‐ D 06‐ A 16‐ B 26‐ B 07‐ C 17‐ D 27‐ A 08‐ C 18‐ D 28‐ A 09‐ D 19‐ C 29‐ B 10‐ C 20‐ C 30‐ B EDUCAÇÃO FÍSICA 01‐ C 11‐ D 21‐ B 02‐ B 12‐ B 22‐ C 03‐ D 13‐ C 23‐ D 04‐ C 14‐ B 24‐ B 05‐ B 15‐ A 25‐ D 06‐ C 16‐ C 26‐ C 07‐ C 17‐ A 27‐ A 08‐ A 18‐ C 28‐ A 09‐ B 19‐ D 29‐ D 10‐ C 20‐ B 30‐ D www.pciconcursos.com.br EDUCAÇÃO INFANTIL 01‐ A 11‐ C 21‐ B 02‐ B 12‐ A 22‐ D 03‐ B 13‐ B 23‐ A 04‐ B 14‐ B 24‐ B 05‐ B 15‐ C 25‐ C 06‐ D 16‐ A 26‐ B 07‐ D 17‐ C 27‐ A 08‐ C 18‐ B 28‐ B 09‐ B 19‐ C 29‐ C 10‐ A 20‐ A 30‐ D EDUCAÇÃO MUSICAL 01‐ D 11‐ A 21‐ B 02‐ A 12‐ B 22‐ A 03‐ C 13‐ C 23‐ B 04‐ D 14‐ B 24‐ C 05‐ B 15‐ B 25‐ D 06‐ D 16‐ A 26‐ A 07‐ C 17‐ B 27‐ A 08‐ D 18‐ C 28‐ B 09‐ C 19‐ C 29‐ A 10‐ D 20‐ D 30‐ D www.pciconcursos.com.br ESPANHOL 01‐ C 11‐ B 21‐ D 02‐ B 12‐ C 22‐ C 03‐ D 13‐ A 23‐ C 04‐ D 14‐ C 24‐ A 05‐ A 15‐ A 25‐ A 06‐ C 16‐ C 26‐ D 07‐ D 17‐ B 27‐ B 08‐ A 18‐ D 28‐ D 09‐ C 19‐ B 29‐ B 10‐ B 20‐ A 30‐ A FILOSOFIA 01‐ A 11‐ D 21‐ A 02‐ D 12‐ D 22‐ A 03‐ D 13‐ D 23‐ C 04‐ D 14‐ C 24‐ D 05‐ D 15‐ B 25‐ A 06‐ B 16‐ C 26‐ B 07‐ D 17‐ C 27‐ D 08‐ D 18‐ B 28‐ B 09‐ B 19‐ C 29‐ D 10‐ A 20‐ C 30‐ C www.pciconcursos.com.br FÍSICA 01‐ D 11‐ A 21‐ D 02‐ C 12‐ D 22‐ B 03‐ A 13‐ D 23‐ C 04‐ B 14‐ B 24‐ D 05‐ B 15‐ C 25‐ A 06‐ A 16‐ C 26‐ D 07‐ C 17‐ B 27‐ C 08‐ A 18‐ B 28‐ B 09‐ C 19‐ D 29‐ B 10‐ D 20‐ A30‐ A FRANCÊS 01‐ B 11‐ C 21‐ C 02‐ D 12‐ C 22‐ C 03‐ B 13‐ A 23‐ A 04‐ A 14‐ C 24‐ C 05‐ B 15‐ D 25‐ D 06‐ D 16‐ A 26‐ A 07‐ D 17‐ B 27‐ D 08‐ C 18‐ C 28‐ C 09‐ A 19‐ A 29‐ B 10‐ B 20‐ B 30‐ D www.pciconcursos.com.br GEOGRAFIA 01‐ B 11‐ C 21‐ C 02‐ C 12‐ A 22‐ A 03‐ C 13‐ A 23‐ B 04‐ A 14‐ B 24‐ D 05‐ D 15‐ B 25‐ D 06‐ A 16‐ D 26‐ A 07‐ A 17‐ C 27‐ A 08‐ C 18‐ D 28‐ C 09‐ D 19‐ D 29‐ B 10‐ B 20‐ B 30‐ C HISTÓRIA 01‐ D 11‐ D 21‐ A 02‐ B 12‐ A 22‐ A 03‐ D 13‐ D 23‐ B 04‐ C 14‐ C 24‐ B 05‐ C 15‐ D 25‐ D 06‐ C 16‐ A 26‐ A 07‐ D 17‐ D 27‐ B 08‐ A 18‐ B 28‐ C 09‐ C 19‐ A 29‐ A 10‐ B 20‐ B 30‐ C www.pciconcursos.com.br INFORMÁTICA EDUCATIVA 01‐ B 11‐ B 21‐ B 02‐ D 12‐ A 22‐ C 03‐ C 13‐ D 23‐ A 04‐ C 14‐ B 24‐ D 05‐ C 15‐ D 25‐ B 06‐ D 16‐ C 26‐ D 07‐ A 17‐ B 27‐ A 08‐ A 18‐ A 28‐ C 09‐ C 19‐ D 29‐ C 10‐ B 20‐ D 30‐ B INGLÊS 01‐ B 11‐ B 21‐ C 02‐ C 12‐ B 22‐ A 03‐ D 13‐ B 23‐ D 04‐ A 14‐ D 24‐ C 05‐ D 15‐ B 25‐ B 06‐ A 16‐ B 26‐ D 07‐ B 17‐ D 27‐ B 08‐ C 18‐ D 28‐ C 09‐ D 19‐ C 29‐ A 10‐ A 20‐ D 30‐ D www.pciconcursos.com.br MATEMÁTICA 01‐ A 11‐ A 21‐ D 02‐ B 12‐ A 22‐ A 03‐ B 13‐ D 23‐ C 04‐ B 14‐ A 24‐ C 05‐ A 15‐ D 25‐ A 06‐ A 16‐ D 26‐ A 07‐ C 17‐ C 27‐ A 08‐ C 18‐ A 28‐ B 09‐ D 19‐ D 29‐ D 10‐ B 20‐ B 30‐ B PORTUGUÊS 01‐ A 11‐ B 21‐ B 02‐ D 12‐ C 22‐ C 03‐ B 13‐ A 23‐ D 04‐ B 14‐ A 24‐ B 05‐ B 15‐ D 25‐ D 06‐ A 16‐ B 26‐ C 07‐ C 17‐ D 27‐ D 08‐ A 18‐ C 28‐ A 09‐ D 19‐ A 29‐ C 10‐ C 20‐ B 30‐ D www.pciconcursos.com.br QUÍMICA 01‐ A 11‐ A 21‐ A 02‐ B 12‐ C 22‐ A 03‐ A 13‐ A 23‐ B 04‐ D 14‐ A 24‐ C 05‐ A 15‐ C 25‐ C 06‐ B 16‐ B 26‐ A 07‐ C 17‐ A 27‐ C 08‐ C 18‐ A 28‐ A 09‐ B 19‐ B 29‐ A 10‐ B 20‐ C 30‐ A SOCIOLOGIA 01‐ A 11‐ A 21‐ B 02‐ D 12‐ A 22‐ D 03‐ A 13‐ B 23‐ C 04‐ B 14‐ D 24‐ D 05‐ B 15‐ D 25‐ D 06‐ C 16‐ A 26‐ C 07‐ D 17‐ B 27‐ A 08‐ B 18‐ C 28‐ B 09‐ C 19‐ C 29‐ A 10‐ C 20‐ A 30‐ D
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