Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* Microbiologia Patrícia Quirino * Ementa Estudo o conhecimento básico sobre os micro-organismos que afetam a saúde e o organismo humano Ciclo de vida, nutrição, métodos disponíveis para o controle, patogenicidade estudo de mecanismos de virulência bacteriana estudo da Microbiota normal do corpo humano os mecanismos de ação dos principais agentes antimicrobianos e os mecanismos de resistência aos antimicrobianos * Objetivo Geral Capacitar ao graduando a compreender as bases do funcionamento grandes sub-áreas: Virologia, Bacteriologia e Micologia * Plano de Ensino OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 1-Caracterizar os diferentes grupos de microrganismos 2- Entender a grande diversidade dos microrganismos e sua importância para o homem 3-Compreender a importância da microbiota endógena 4-Relacionar os fatores que controlam o crescimento dos microrganismos com os mecanismos de patogenicidade * Plano de Ensino OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 5- Conhecer os métodos disponíveis de controle do crescimento microbiano e suas aplicações na área da saúde 6-Identificar os mecanismos envolvidos na patogenicidade dos microrganismos para o homem 7- Estudar a microbiologia e a epidemiologia das infecções microbianas de maior interesse para OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE * Avaliações AV1 – 05 Abril – vale: 8,00 Atividade estruturada vale: 2,00 AV2 – 07 junho – vale: 8,00 Atividade estruturada vale: 2,00 AV3 – 21 junho – vale: 10,00 * Referências bibliográficas TORTORA,G.J.; FUNKE, B.R. 7 CASE, C.L. Microbiologia, ARTMED Porto Alegre, 8ª edição LEVINSON , W,.; JAWETZ, E. Microbiologia Médica e Imunologia , Artmed, Porto Alegre, 7ª ed. 2005 MURRAY,, P.R. & PFALLER, m.A. Microbiologia Média, Editora Elsevier Médica, 5ª edição, 2006 * Conteúdo programático * Conteúdo programático * Conteúdo programático * MICROBIOLOGIA ??? * * Microorganismos * Microbiologia na pré história “pessoa leprosa foi considerada imunda” (Levítico 13:2-3) * História * INTRODUÇÃO Histórico * * * * * * FRANCESCO REDI (1626 – 1697) VERMES EM CADÁVERES ERAM ORIGINADOS DE OVOS DE MOSCA E NÃO DA TRANSFORMAÇÃO DA CARNE DECOMPOSIÇÃO DE CADÁVERES FRASCO ABERTO –PRESENÇA DE VERMES FRASCO FECHADO – AUSÊNCIA DE VERMES * * LOUIS JOBLOT (1645 – 1723) FERVEU CALDO NUTRITIVO FRASCO ABERTO (PRESENÇA DE MICROORGANISMOS) FRASCO FECHADO (AUSÊNCIA DE MICROORGANISMOS) ACREDITAVA QUE O AR ERA CONSTITUÍDO POR “SEMENTES” QUE DAVAM ORIGEM AOS MICROORGANISMOS. * Spallanzani (1729-1799): frascos com caldo estéril, se permanecerem fechados não apresentam microrganismos A geração espontânea de volta * Pasteur (1822-1895) * Pasteur (1822-1895) 3.1. A geração espontânea de volta * A geração espontânea de volta Pasteur (1822-1895) * A geração espontânea de volta Pasteur (1822-1895) * 1850: Pasteur resolve problemas da indústria francesa de vinhos e estabelece a primeira teoria microbiana da fermentação PASTEURIZAÇÃO 3.2. Teoria microbiana das fermentações * Robert Koch (1843-1910): rival de Pasteur na descoberta do agente do carbúnculo (antraz): descobriu a bactéria Bacillus anthracis em 1876 Primeiro pesquisador a provar que um germe era causador da doença, fazendo o mesmo mais tarde com a tuberculose 3.3. Teoria microbiana das doenças * * * * Maior diversidade genética é microbiana A análise genética levou a propor o estabelecimento dos super-reinos ou domínios 1977-1980: nova árvore da vida Classificação dos Organismos Vivos Segundo Woese (1977) * Domínio Archaea Filo Euryarchaeota Filo Crenarchaeota Termófilicos Acidofilicos ou Alcalinofílicos Halofílicos * Domínio Bacteria Células procarióticas * Domínio Eukarya Teoria da Endosimbiose Organelas existentes nas células eucarióticas (mitocôndrias e cloroplastos) seriam oriundos de bactérias * CÉLULA PROCARIÓTICA Arqueas Bactérias * CÉLULA EUCARIÓTICA - Animal * CÉLULA EUCARIÓTICA - Vegetal * Estudo dirigido 1- Completes - CÉLULA PROCARIONTE X EUCARIONTE Características Procariotos Eucariotos Envoltório Nuclear 2. Cromossomo 3. Nucléolo 4. Divisão Celular 5. Citoplasma 6. Organelas 7. Organização Celular * Unidade de medida: m (micrômetro) 1 m = 0,001 mm (1/1000) ou 1000 m = 1 mm Tamanho variável: 0,15 m 50 m (0,0015 mm – 0,05 mm) 1. Tamanho da Célula Procariótica * * Tamanho da célula procariótica O pequeno tamanho dos procariotos comparado ao dos eucariotos contribui para muitas características desses organismos: * Forma da célula: “a forma segue a função” cocos bacilos vibriões espirilos espiroquetas filamentosas pedunculadas Arranjos agrupamentos de indivíduos após a divisão seguem um padrão uniforme significado para a identificação 2. Morfologia dos Procariotos * Morfologia dos procariotos: Arranjos de Cocos Adaptado de Tortora et al.; 2000 * Deinococcus Morfologia dos procariotos: Arranjos Morfologia dos procariotos: Arranjos de Cocos * Morfologia dos Procariotos: Arranjos de Bacilos Paliçada Adaptado de Tortora et al.; 2000 * Morfologia dos Procariotos: Outras Formas Adaptado de Tortora et al.; 2000 * Vibrião Morfologia dos Procariotos: Outras Formas Leptospira interrogans Vibrio cholerae * Estruturas Externas dos Procariotos 3.1.1. Flagelos * apêndices longos (10-20 mm) e finos (20 nm) * helicoidais * distribuídos em número variável * proteína: flagelina * estrutura: - corpo basal (motor) - gancho - filamento - O movimento de rotação é transmitido a partir do “motor” 1000 prótons para cada rotação velocidade variável (até 12000 rpm) A célula desloca-se com até 60 comprimentos celulares/s (guepardo: 25 comprimentos/s) Monotríquio (polar) Lofotríquio Anfitríquio (polar) Peritríquio * 3.1. Estruturas Externas dos Procariotos Pili e Fímbrias * fímbrias: adesão (várias unidades por célula) * pili: mais longos que as Fímbrias (geralmente 1 unidade por célula) - Conjugação bacteriana - adesão em bactérias patogênicas * composição: proteínas Fímbrias Flagelo * Estruturas Externas dos Procariotos Cápsula e Camada Limosa (Glicocálix) * composição: glicoproteínas e/ou polissacarídeos * função: - adesão - proteção contra dessecamento e fagocitose * Estruturas Internas dos Procariotos Parede Celular A concentração de solutos dissolvidos gera alta pressão interna (pressão de turgor). (Escherichia coli 2 atm.) - A parede celular é responsável pela contenção dessa pressão - Envoltório rígido, responsável também pela forma da célula - Corresponde a 10 a 40% do peso bacteriano * Domínio Bacteria componente principal: peptideoglicano (>100 tipos) - açúcares aminados: N-acetilglicosamina Ácido N-acetilmurâmico - aminoácidos Parede Celular * De acordo com suas respostas à coloração de Gram, as bactérias se dividem em 2 grupos: (Dinamarquês Christian Gram, 1853) Gram negativas: 10 % de peptideoglicano (1-2 camadas) 2-3 nm Gram positivas: 90% da parede formados de peptideoglicano (até 20 camadas) 30-60 nm Parede Celular * A Coloração de Gram * “Membrana” externa de bactérias Gram negativas (camada LPS). Camada dupla, composta de: fosfolipídeos proteínas lipídeos polissacarídeos lipoproteínas Maior rigidez à parede celular Seus componentes são tóxicos quando injetados em animais Participa do processo de nutrição formando canais de passagem * Domínio Archaea * paredes de composição variável * sem peptideoglicano * Caráter Gram+ e Gram- a) Metanogênicas * pseudopeptidoglicano * polissacarídeos b) Halofílicas * Halococcus: polissacarídeo sulfatado * Halobacterium: glicoproteínas com cargas negativas c) Outras metanogênicas Methanococcus e Methanospirillum: proteínas d) Hipertermofílicas: * Sulfolobus: glicoproteínas (paredes estáveis em detergente em ebulição!!) * Pyrodictium: glicoproteínas (113ºC) Parede Celular Estruturas Internas dos Procariotos * Membrana Plasmática Estruturas Internas dos Procariotos * barreira física, vital para a células * espessura aproximada de 8 nm * permeabilidade (H2O e subst. Baixo PM) * Proteínas de transporte contra gradiente de concentração * Produção de energia (força próton motiva) * Tipos de Transportadores na Membrana Plasmática Madigan et al., 2004 * Material Genético Estruturas Internas dos Procariotos Molécula única de DNA circular, intensamente dobrada, podendo expandir-se até 1 mm (bactéria típica mede poucos m) * não associado com histonas * tamanho do genoma variável: E. coli: 4,7 Mb Mycoplasma genitalium: 0,58 Mb * bactérias em crescimento podem conter várias cópias * haplóides: apenas uma cópia de cada gene. * Bactérias e Arqueas têm ribossomos semelhantes (70S), mas diferentes na composição protéica * Subunidades: 50S + 30S (RNA e proteínas) * até 10.000 por célula Ribossomos Estruturas Internas dos Procariotos * Reserva de energia e de blocos estruturais: * poli--hidroxibutirato, amido e outros * polifosfatos (grânulos metacromáticos) * enxofre * magnetita (Fe3O4) (bactérias magnéticas usam para orientação) “Magnetobulus multicellularis” (UFRJ) Inclusões Citoplasmáticas Estruturas Internas dos Procariotos * Estruturas Internas dos Procariotos Vesículas de Gás * procariotos aquáticos fotossintetizantes: ex. Cianobactérias * forma de fuso: 200-700 nm x 60-110 nm * poucos ou até centenas por célula * membrana composta de proteínas * 5-20% da densidade da célula * 1 atm de pressão interna Madigan et al., 2004 * 3.2.7. Endósporos (estruturas de resistência) 3.2. Estruturas Internas dos Procariotos Encontrados em algumas Gram positivas: - Bacillus - Clostridium - Sporosarcina - Sporolactobacillus 10 % do peso seco é ácido dipicolínico (exclusivo de esporos): estabilização do DNA. Resistentes ao calor, radiações, ácidos, desinfetantes, lisozima * Microrganismos eucarióticos Fungos, algas e protozoários * Fungos * * Características Núcleo bem definido DNA envolto por membrana nuclear Parede celular – quitina ou celulose Citoplasma com citoesqueleto – suporte da celula Reticulo endoplasmático Mitocondrias Ribossomos Complexo de golgi Vácuolos * Grupos de Fungos Unicelulares Pluricelulares * Hifas Micélio Unicelulares * * * * * * * * Reino Fungi A classificação baseia-se primariamente nos seguintes critérios: Características morfológicas do micélio vegetativo ou de suas células Características dos esporos sexuais e corpos de frutificação presentes durante os estágios sexuais dos seus ciclos de vida Diversidade: cerca de 1,5 milhões de espécies (Hawksworth, 1991) Cerca de 100.000 espécies descritas (< 7 %) Calcula-se que o número de fungos seja igual ao das plantas. CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGOS Classificar fungos não é tarefa fácil. O grupo tem cerca de 600 milhões de anos e existem muitas dúvidas a respeito de sua origem e evolução. * * * * * * * * * * * * * * Importância dos fungos Ecológica Decomposição Mutualistas (micorrizas, liquens) Biotecnológica Alimentação (Champignon, morchella, Sacharomyces cereviseae, Penicillium roquefortii, Penicillium camembertii) Parasitas As “veias” azuladas do queijo tipo gorgonzola se devem ao crescimento de um fungo do gênero Penicillium. ROSENFELD/MAURITUS/LATINSTOCK 4 Fungos * Algas * * Classificação das Algas * Classificação das algas (protoctistas autotróficos) adotada neste material * Filo Chlorophyta (clorofíceas ou algas verdes) Unicelulares Multicelulares com talos complexos Algumas endosssimbiontes Clorofíceas do gênero Ulva (verde mais claro) junto com algas pardas CHRIS HELLIER/CORBIS/LATINSTOCK * Filo Phaeophyta (feofíceas ou algas pardas) Multicelulares e marinhas De alguns centímetros a 60 metros Sargassum sp. FABIO COLOMBINI * Representantes de algas vermelhas macroscópicas (rodofíceas) Maioria multicelular Abundantes nos mares tropicais, em água doce e em superfícies úmidas Filo Rhodophyta (rodofíceas ou algas vermelhas) Rodofíceas * Filo Bacillariophyta (diatomáceas) Unicelulares Constituem parcela importante do fitoplâncton. De mares frios salgados, algumas espécies habitam a superfície de animais e algas de grande porte. Micrografia de diversas espécies de diatomácea. MANFRED KAGE/SPL/LATINSTOCK 3 Algas * Filo Chrysophyta (crisofíceas ou algas douradas) Algas douradas (crisofíceas) Maioria unicelular Marinhas e dulcícolas ANDREW SYRED/SPL/LATINSTOCK 3 Algas * Filo Euglenophyta (euglenoides) Unicelular Sem parede celular Maioria de água doce Euglenoide STEVE GSCHMEISSNER/SPL/LATINSTOCK 3 Algas * Filo Dinophyta (dinoflagelados) Unicelular Formador do fitoplâncton oceânico Alguns endossimbiantes Dinoflagelado STEVE GSCHMEISSNER/SPL/LATINSTOCK 3 Algas * Filo Charophyta (carofíceas) Multicelulares de água doce que crescem geralmente ancoradas a fundos submersos. Carofícea do gênero Nitella JOHN CLEGG/SPL/LATINSTOCK 3 Algas * Protozoários Protozoários: organismos unicelulares, heterotróficos com tamanho entre 2 μm e 1 mm Hábitat: água doce, salgada e ambientes úmidos. Interior do corpo de animais Nutrição: micro-organismos vivos (como bactérias, algas e outros protozoários), matéria orgânica obtida de cadáveres, matéria orgânica retirada do corpo de hospedeiros 1 Protozoários * Classificação dos protozoários (protoctistas unicelulares heterotróficos) * Classificação dos protozoários (protoctistas unicelulares heterotróficos) * THE BRIDGEMAN/KEYSTONE X SAIR Protozooses humanas * Amebíase ou disenteria amebiana Ciclo de Entamoeba histolytica Liberação da ameba no intestino Hemácias ingeridas pela ameba INTESTINO Eliminação de cistos com as fezes Parede do cisto Formas vegetativas multiplicam-se e lesam vasos sanguíneos Intestinais. Contaminação de alimentos e água potável Ingestão de cistos de ameba Núcleos Cisto * Formas de prevenção da amebíase Lavar as mãos com frequência. Ferver a água a ser bebida. Não defecar ao ar livre. Lavar bem os alimentos. Evitar contaminação da água dos poços. 2 Protozooses humanas * Leishmaniose tegumentar Ferida causada pela leishmaniose tegumentar. A. CRUMP, TDR, WHO/SPL/LATINSTOCK Esquema leishmaniose homem cão roedores cães silvestres flebótomos flebótomos flebótomos * Leishmaniose visceral Mosquito-palha Protozoário flagelado Leishmania tropica SINCLAIR STAMMERS/SPL/LATINSTOCK EYE OF SCIENCE/SPL/LATINSTOCK Doença de Chagas (tripanossomíase americana) Representação esquemática do Trypanosoma cruzi Triatoma infestans FABIO COLOMBINI Representação esquemática de alguns aspectos da doença de Chagas Barbeiro transmissor (Triatoma infestans) Fezes contaminadas com tripanossomos Local da picada Fibras musculares do coração Ninhos de tripanossomos Hemácias Tripanossomo no sangue Coração Prevenção da doença de chagas Proteger portas e janelas com telas. Utilizar inseticidas. Proteger camas com cortinados. * * Formas de prevenção da malária Eliminar criadouros de mosquitos. Proteger portas e janelas com telas. Proteger camas com cortinados. Usar inseticidas. 2 Protozooses humanas * Outras protozooses Giardíase Causador: Giardia lamblia Contágio: ingestão de água ou alimentos contaminados Prevenção: saneamento básico e higiene pessoal Tratamento: drogas antigiárdias 2 Protozooses humanas * Toxoplasmose Causador: Toxoplasma gondii Contágio: carne contaminada ou contato com fezes de gato contaminadas Prevenção: alimentos cozidos e pouco contato com gatos Tratamento: drogas antitoxoplasmas * Outras protozooses Tricomoníase Causador: Trichomonas vaginalis Contágio: contato sexual desprotegido Prevenção: uso de preservativo Tratamento: drogas que matam as tricomonas. 2 Protozooses humanas * Vírus * PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS VÍRUS: Não possui estruturas celulares (membrana plasmática, citoplasma, etc.). São formado basicamente por uma cápsula protéica denominada capsômero que contém em seu interior um só tipo de ácido nucléico: DNA ou RNA, nunca ambos. Alguns vírus mais complexos podem apresentar também lipídios e glicídios presos à cápsula. É tão pequeno que podem penetrar no interior das células das menores bactérias Só apresentam propriedades de vida quando estão no interior de células vivas. Por isso são considerados parasitas celulares obrigatórios. * Estados do vírus Intracelular - infecta o hopedeiro e se reproduz – as custas do hospedeiro Extracelular – ácido nucleico + material proteico – virion ou particula viral – transporte de material genético * VÍRUS * Muito Obrigada!!!! patricia_quirino@hotmail.com * * * * * * * * * * Professor: as diatomáceas possuem carapaça de sílica. * * * * * Professor: a classificação dos protozoários é ainda muito controversa; a que adotamos aqui distribui esses seres em seis filos do reino Protoctista. Os nomes e as principais características desses filos estão sumarizados na tabela. * * Professor: a amebíase ou disenteria amebiana é causada pelo rizópode parasita Entamoeba histolytica (entameba). A pessoa adquire a parasitose ao ingerir cistos de entameba presentes na água ou em alimentos contaminados com fezes de pessoas doentes. O cisto da entameba é capaz de sobreviver por longos períodos fora do corpo de organismos hospedeiros. O cisto é uma bolsa de parede rígida que contém em seu interior amebas jovens, capazes de infestar um novo hospedeiro. No intestino, a parede do cisto se rompe e liberta as amebas, que invadem glândulas da parede intestinal, onde passam a se alimentar de sangue e de células do hospedeiro. Os locais infectados pelas amebas podem inflamar e se romper, liberando sangue, muco e milhares de amebas, muitas das quais na forma de cistos. Ao serem eliminados com as fezes da pessoa doente, os cistos podem contaminar água e alimentos (verduras, por exemplo) e ser transmitidos a outras pessoas. Atenção: na imagem as amebas não estão representadas na mesma escala que o intestino (estão em escala muito maior − lembre-se de que elas são microscópicas). * * Professor: esse esquema ajuda a ilustrar o ciclo de propagação da Leishmaniose e não se encontra no módulo impresso. leishmaniose é a denominação genérica da infecção causada por protozoários flagelados denominados leishmanias. No Brasil, estima-se que cerca de 20 mil pessoas por ano contraiam um dos tipos de leishmaniose, que pode atingir a pele (forma tegumentar) ou os órgãos internos (forma visceral). A leishmaniose tegumentar (ou úlcera de bauru) atinge a pele e as mucosas do nariz e da boca e é causada por Leishmania brasiliensis. Na pele, a doença se manifesta pela formação de feridas ulcerosas, com bordas elevadas e fundo granuloso. Nas mucosas (cavidade nasal, faringe ou laringe), as leishmanias destroem tecidos e, em casos graves, podem perfurar o septo nasal e causar lesões deformantes. A transmissão ocorre pela picada de alguns mosquitos do gênero Lutzomya. * Professor: a leishmaniose visceral (ou calazar) ataca o baço e o fígado e é causada pela Leishmania chagasi. Os sintomas são febre contínua, perda de apetite, inchaço do fígado, lesões na pele e anemia; em alguns casos, pode causar morte. Os cães também são atacados por esse protozoário. A parasitose é transmitida pela picada do mosquito Lutzomya longipalpis, um inseto com menos de 2 mm, conhecido como mosquito-palha, ou maruim. * Professor: a doença de Chagas, também chamada tripanossomíase americana, é causada pelo flagelado Trypanosoma cruzi, o tripanossomo. O tripanossomo é transmitido por insetos popularmente chamados de barbeiros ou chupanças; a espécie transmissora mais comum é Triatoma infestans. A doença é geralmente adquirida pelo contato das mucosas (dos olhos, do nariz e da boca) com fezes do inseto infectado pelo parasita. As mulheres infestadas podem transmitir o parasita aos filhos durante a gravidez ou na amamentação. Transplantes de órgãos e transfusões de sangue de doadores infestados são outras vias pelas quais se pode contrair a doença de Chagas. O barbeiro adquire tripanossomos ao sugar sangue de pessoas com doença de Chagas ou de animais contaminados pelo parasita, entre eles cães, gatos, roedores e diversos animais silvestres, que servem de reservatórios naturais do protozoário. Depois de picar uma pessoa, geralmente no rosto (daí o nome “barbeiro”), o inseto defeca; se estiver contaminado, haverá tripanossomos em suas fezes. Quando a pessoa se coça, pode contaminar o local da picada e as mucosas, por onde o parasita atinge a circulação sanguínea, via de acesso aos órgãos do corpo. * * * * *
Compartilhar