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ESPECIAL ELEIÇÕES 2008 ÓRGÃO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULO EDIÇÃO CAMPINAS DE OUTUBRO DE 2008 Jornal do Engenheiro jeLEILÃO DO trem-balaSAI EM MARÇO O LEILÃO DE CONCESSÃO do trem-bala (TAV – trem de alta velocidade) sairá em março de 2009. A informação foi transmitida pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, em palestra na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no dia 07 de outubro. Ele também garantiu que a crise mundial não irá afetar os planos do governo em infra-estrutura, como a ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos. Segundo o prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos ( PDT), o leilão vai escolher o consórcio que apresentar a menor tarifa de operação. O investimento mínimo previsto é de US$ 15 bilhões. O valor final só poderá ser calculado após a conclusão do estudo de viabilidade. O projeto contemplará dois trechos básicos - Campinas-São Paulo e São Paulo-Rio, com ligações aos principais aeroportos das três cidades. Haverá linhas ligando essas cidades ponto-a-ponto e também com paradas ao longo do trajeto Em palestra do Conselho Tecnológico Regional, ocorrido no mês de março na CPFL, ao demonstrar a importância do projeto o engenheiro José Henrique Zioni Veroni, da A&EM Assessoria e Engenharia do Movimento, afirmou que a área de influência do trem de alta velocidade (TAV) que será implantado entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro é a região que possui a maior rede logística do país. Segundo Veroni, o eixo São Paulo – Rio de Janeiro, conecta as principais áreas de produção e consumo, representa o elo entre o Norte/Nordeste e o Sul do País, na região onde circula mais de 60% do Produto Interno Bruto (PIB), concentra o maior parque industrial do país, abriga mais de 20% da população do país. “Isto induz à necessidade de implementar projetos para se obter um moderno sistema de transporte, para dar maior eficiência à movimentação de cargas e passageiros, separar o transporte de carga e de passageiros nas regiões metropolitanas implantando novo sistema para passageiro com alta performance operacional e maior conforto no transporte”, acrescentou. Área de influência Veroni também informou que a conexão entre as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo, no lado desta, não se restr inge à região demarcada legalmente. As regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista concentram os principais eixos de transporte, tanto de carga, como de passageiros. Os aeroportos de Guarulhos e de Viracopos que movimentam mais de US$ 7 bilhões em exportação e im- portação, correspondem a 15% da movi- mentação total do Brasil. O porto de Santos movimenta cerca de 50% da importação e exportação somadas. Segundo o engenheiro, está acontecendo o fenômeno da inclusão de São Paulo nas chamadas “Cidades Globais”, a chamada Macrometrópole de São Paulo, que abrange as regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista e os aglome- rados urbanos do Vale do Paraíba, Jundiaí, Sorocaba e Piracicaba. Assim, existe grande influência da conexão com o estado do Rio de Janeiro, através do eixo rodoviário da Via Dutra e Sistema Ayrton Sena/Carvalho Pinto, o eixo ferroviário da linha do Centro e as ligações aéreas. “Então, é importante, antes de discutirmos a inserção do trem regional em Campinas, propriamente dito, focalizarmos o importante projeto denominado Trem de Alta Velocidade entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Haverá uma extensão até Campinas, pois parece que não dá viabilidade sem a inclusão desse trecho. Além disso, os estudos mostram que cerca de 40% da demanda concentra-se na ligação São Paulo – Jundiaí – Campinas”, explicou Veroni. Consórcio O consórcio do trem-bala é composto pelas empresas brasileiras Balman Consultores Associados e Sinergia Estudos e Projetos, além da inglesa Halcrow Group, especializada em trens de alta velocidade. A Balman e a Sinergia são responsáveis pelo planejamento do negócio, que envolve o custo de implantação do sistema, a tecnologia necessária, a quantidade de vagões e de passageiros, entre outros aspectos. Já a Halcrow cuida da parte técnica e operacional, referentes à quantidade de viagens, localização das estações e fluxo de passageiros. Leia sobre segurança contra incêndio página 3 6º Imóbile traz últimas tecnologias da construção civil O tradicional Imóbile ( Salão Imobiliário de Campinas e Região ), realizado pela Habicamp, acontecerá nos dias 27 a 30 de novembro, na Estação Cultura. O evento é dirigido a consumidores interessados na aquisição de imóveis, àqueles que buscam tendências para decorar e equipar a casa ou escritório e a profissionais da área que terão contato direto com as últimas tecnologias e novidades da indústria da construção civil. Nesta sexta edição, a feira, organizada e promovida pela EP-Mídia, traz uma programação de eventos paralelos voltados aos profissionais da construção civil, do mercado imobiliário e do segmento condominial. A estimativa é atrair um publico aproximado de 50 mil pessoas de Campinas e região. Editorial Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro Presidente do SEESP EXPEDIENTE: EXPEDIENTE: EXPEDIENTE: EXPEDIENTE: EXPEDIENTE: JORNAL DO ENGENHEIROJORNAL DO ENGENHEIROJORNAL DO ENGENHEIROJORNAL DO ENGENHEIROJORNAL DO ENGENHEIRO – – – – – PUBLICAÇÃO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULOPUBLICAÇÃO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULOPUBLICAÇÃO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULOPUBLICAÇÃO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULOPUBLICAÇÃO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULO – – – – – EDIÇÃO CAMPINASEDIÇÃO CAMPINASEDIÇÃO CAMPINASEDIÇÃO CAMPINASEDIÇÃO CAMPINAS Diretor Responsável:Diretor Responsável:Diretor Responsável:Diretor Responsável:Diretor Responsável: Rubens Lansac Patrão Filho. Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial: Rubens Lansac Patrão Filho ( Presidente ), Celso Rodrigues (1º Vice-presidente), Luiz Carlos de Souza (2º Vice-presidente), Di Stefano Mariano (1º Tesoureiro), Antonio Augusto Kalvan (2º Tesoureiro), Jorge Joel de Faria Souza (1º Secretário), Francisco Alvarenga Campos (2º Secretário); Diretores Adjuntos – Johny Eiji Okada, José Santoro Neto, Luiz Carlos Lima, Paulo Roberto Lavorini, Paulo Serafim Seixas Marques Tavares, Samir Musa, Sérgio Ferreira do Amaral e Suzie Helena Herrera. Edição, Reportagem e Revisão:Edição, Reportagem e Revisão:Edição, Reportagem e Revisão:Edição, Reportagem e Revisão:Edição, Reportagem e Revisão: Marta Adriano Rabelo Rocha (Mtb 24.881). Diagramador:Diagramador:Diagramador:Diagramador:Diagramador: Francisco Fábio de Souza. Endereço da Delegacia:Endereço da Delegacia:Endereço da Delegacia:Endereço da Delegacia:Endereço da Delegacia: Rua Antônio Lapa, 1.162 - Campinas – Cep: 13025-242 – Telefax: (19) 3251-8455 e 3251-8996 – E-mail: campinas@seesp.org.br. Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem: 3000 exemplares. Edição:Edição:Edição:Edição:Edição: Outubro de 2008. Cidades que a Delegacia Sindical do SEESP em Campinas abrange:Cidades que a Delegacia Sindical do SEESP em Campinas abrange:Cidades que a Delegacia Sindical do SEESP em Campinas abrange:Cidades que a Delegacia Sindical do SEESP em Campinas abrange:Cidades que a Delegacia Sindical do SEESP em Campinas abrange: Aguaí, Àguas da Prata, Àguas de Lindoya, Americana, Amparo, Artur Nogueira, Atibaia, Bragança Paulista, Caconde, Campinas, Casa Branca, Cosmópolis, Divinolândia, Engenheiro Coelho, Espirito Santo do Pinhal, Estiva Gerbi, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itapira, Itobi, Jaguariúna, Lindoia, Mococa, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Monte Alegre do Sul, Monte Mor, Nazaré Paulista, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Pinhal, Pinhalzinho, Santa Bárbara D’Oeste, Santa Cruz das Palmeiras, Santo Antonio de Posse, Santo Antonio do Jardim, São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, São Sebastião da Grama, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Tambaú, Valinhos, Vinhedo. 2 JORN AL DO ENGENHEIRO MANTER-SE NORUMO DO CRESCIMENTO NÃO RESTAM MAIS DÚVIDAS QUANTO à gravidade da crise financeira internacional, que pode ainda se tornar uma importante crise econômica. Decerto que, no contexto da globalização e especialmente na condição de país emergente, o Brasil não está imune aos efeitos do vendaval em curso. No entanto, se é preciso cautela, também é necessária uma dose de sangue frio e sabedoria para que o pânico não faça com que se jogue fora tudo o que se conquistou recentemente em termos de retomada do desenvolvimento. O tumulto financeiro causado pela especulação nos pegou em pleno vôo e pode tornar mais difícil atingir a meta planejada, mas é preciso que não se desista dela. O momento de dificuldades e, sobretudo, incertezas, posto que nem governantes, nem especialistas sabem prever com precisão o que vem a seguir, costuma ser propício aos profetas do atraso. Esses, que passaram anos a ditar as regras da liberalização e desregu- lamentação e a ver no aumento do crédito à produção e do poder aquisitivo do trabalhador a grande ameaça à estabilidade, já se animam a pregar a estagnação. Para quem está do outro lado dessa trincheira e vem lutando pela retomada do crescimento econômico de forma sustentável e com inclusão social, regras que guiam o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, a hora é justamente de preservar o que se obteve até aqui. Ainda que os índices de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano não repitam o bom desempenho de 2007 e 2008, é fundamental que a lógica seja a de se garantir o desenvolvimento no longo prazo. As medidas governamentais devem ter como foco evitar a crise e, ao mesmo tempo e tanto quanto possível, manter o País no rumo do crescimento. Eng. Rubens Lansac Patrão Filho Presidente da Delegacia Sindical do SEESP em Campinas O PROJETO DO CRESCE BRASIL + ENGENHARIA + DESENVOLVIMENTO, desenvolvido pelos Conselhos Tecno- lógicos do SEESP (lançado em 2001, antes da eleição presidencial) e toda nossa luta para estimular o crescimento do país, com investimentos voltados para a produção (que gera emprego), os programas de distribuição de renda, com todas suas imperfeições, conduziu o Brasil para uma fase de crescimento da empre- gabilidade para os engenheiros, que constatamos no dia a dia de funcionamento da nossa Delegacia Sindical. O desenvolvimento e o mercado de trabalho dos engenheiros Quando os profissionais se dirigem a nós visando realizar a homologação dos desli- gamentos das empresas onde trabalhavam, sempre procuramos saber se o profissional foi “demitido ou se demitiu”. Em outras épocas, principalmente até uns 3 anos atrás, a grande maioria que se apresentava aqui relatava estar sendo demitido pelas em- presas, alguns já tinham um novo emprego encaminhado ou perspectiva de um novo trabalho, mas a grande maioria estava desempregada e sem emprego. Esta tendência tem sido radicalmente alterada desde 2006; a grande maioria que tem vindo aqui para homologar se demitiu e está indo para um novo emprego com ganhos de 50% até 200% maiores, atingindo no ano de 2008 o seu ápice, o que nos dá muita alegria e a constatação que tudo que temos feito no SEESP, na Federação Nacional dos Engenheiros, está na direção correta. Esperamos que o governo saiba administrar da melhor maneira a crise originada lá fora, e que, sem dúvida acabará refletindo em nosso mercado interno, para evitar que este momento ímpar que vivemos em termos de mercado de trabalho seja afetado do modo menos traumático possível. Hoje está sendo demonstrado mais uma vez para toda sociedade e para os governos que sem ENGENHARIA não há DESENVOLVIMENTO e geração de empregos. JORNAL DO ENGENHEIRO 3 Opinião O ENGOLIDOR DE FOGO Paulo R. Lavorini CONVERSA! PIRÓFAGOS, PIRÓFOROS ETC. não existem, não comem nem cospem fogo, é tudo ilusão, sem mistério. A não ser que o ardente artista provoque um incêndio, como o que, de fato, ocorreu numa boate (Folha de São Paulo, 26/11/06): o fogo cuspido atingiu o teto, transformou-se em chamas incontidas, que se alastraram rapidamente pela casa, naquela noite o pânico foi o espetáculo de improviso. O fogo legítimo merece respeito, mesmo o da fantasia, uma vez que, como de praxe, tem origem num foco diminuto, mas se agiganta na destruição, com perdas irreparáveis e sofrimento humano. Há milhares de anos, num mundo desértico, a sobrevivência do homem primitivo dependia da posse do fogo, concebido pela magia da natureza. Para esse homem, o fogo era um “animal”, tão perigoso quanto os tigres dente de sabre, mamutes etc., devendo ser mantido preso em gaiolas e alimentado com galhos secos, protegido das intempéries e, principalmente, de ser seqüestrado por tribos rivais, que compartilhavam dessa teoria. Quem possuísse o fogo, possuía a vida. Neste processo vital, novas chamas eram geradas, como filhotes, cresciam, viviam e morriam ao se apagar. Certa vez, seu guardião deixou a última chama se extinguir, transtornando o cotidiano daquela tribo, mas que obrigou também a busca de uma nova chama por seus guerreiros, que afortunadamente encontraram outro grupo, mais evoluído, que “fazia” fogo, da forma como fazíamos em criança, atritando paus e pedras. É o tema do filme “A Guerra do Fogo” (1981), de Jean-Jacques Annaud. Em outra época, como apresentado numa das versões da mitologia grega, o fogo representava a inteligência humana, negada aos mortais por Zeus, por vingança, num desentendimento com Prometeu, um dos titãs que habitou o mundo antes da vida humana. O inoportuno Prometeu, que parece detestar Zeus, ainda roubou fogo do sol para os homens, que com esse dom, recobra- ram sua inteligência, asseguraram sua superio- ridade sobre os animais, construíram armas e ferramentas, cunharam moedas etc. Depois, acabou virando Prometeu acorrentado, uma vez que, severamente castigado por Zeus, uma águia comia-lhe seu fígado imortal diariamente, até ser salvo por Hércules, um mortal conhecedor dos riscos físicos, químicos e biológicos, tais como monstros, flechas envenenadas, gases e vapores tóxicos, chamas aleatórias etc. Esses três eixos, tanto o da mitologia quanto o da pré-história, mesmo o do cotidiano, revelam pontos convergentes no estado da arte, em conhecer, aprender, implementar continuamente as melhores técnicas sobre o(a) comportamento humano e dos materiais, arquitetura e urbanismo, instalações, sistemas de proteção, engenharia, gerenciamento dos riscos, etc. Nos EUA, onde incêndios matam mais pessoas do que todos os desastres naturais juntos, em 2005 houve cerca de 1,6 milhões de ocorrências registradas, mais de 3.500 mortes de civis, cinco vezes esse número de feridos, mais de cem bombeiros mortos em serviço, valor estimado das perdas em 10,7 bilhões de dólares. No Brasil, conhecem dos pavorosos incêndios do Gran Circo Norte-Americano (Niterói, RJ, 1961), na Volkswagen de São Bernardo do Campo (1970), dos Edifícios Andraus (1972) e, dois anos depois, Joelma (1974), em São Paulo, com 185 mortos? Assombram até hoje, “era o fogo contra a cidade”, como a Veja propalou, sobre o incêndio do Joelma. A segurança contra incêndio em nosso país não foge do modelo de desenvolvimento mal planejado, omisso, muitas vezes relegado a plano secundário, advindo da transformação de uma sociedade rural, perante o recrudescimento em curto espaço de tempo da produção e dos serviços, das sub-habitações etc. versus a evolução dos riscos, na maioria dos municípios, onde nem sempre há Corpo de Bombeiros. Há dois anos, em face da tendente uniformização das legislações estaduais, do surgimento de cursos de pós-graduação na área e da elaboração de normas técnicas aprimoradas, pesquisadores da USP e oficiais do Corpo de Bombeiros de São Paulo constroem um trabalho desafiador. Neste momento, resultou no livro, a diversas mãos profissionais e competentes, “A Segurança contra Incêndio no Brasil” (Projeto Editora, 2008), que pretende disseminar a matéria tanto em papel como pela internet, podendo ser baixado, de pronto, do site http://www.ccb.polmil.sp.gov.br/ livro_seg/livro_seguranca.htm:leia, divulgue, pratique a segurança contra incêndios. PPPPPaulo Raulo Raulo Raulo Raulo R. Lavorini . Lavorini . Lavorini . Lavorini . Lavorini é diretor adjunto da Delegacia Sindical do SEESP em Campinas e engenheiro de Segurança do Trabalho. prlavorini@uol.com.br Tecnologia 4 JORNAL DO ENGENHEIRO Temas dos seminários do CTC poderão ser concretizados OS SEMINÁRIOS DO CONSELHO Tecnológico Regional de Campinas que aconteceram nos meses de março, maio e junho de 2008 contribuíram para o debate e apresentação de propostas de vários assuntos, ligados à Região Metropolitana de Campinas (RMC). Ao todo aconteceram 18 palestras na CPFL, Sanasa, Metrocamp, Ciesp e IAC, com assuntos de relevância para a Engenharia e para a região,como o trem-bala, que é tema desta edição do Jornal do Engenheiro. Outro assunto de destaque no evento foi a transformação do lixo em energia elétrica, proferido pelo professor Sérgio Lucke, da FEC Unicamp. Segundo Lucke houve um aumento muito grande no volume de resíduos sólidos no Brasil. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), elaborada pelo IBGE em 2000, a geração per capita de resíduos no Brasil varia entre 450 e 700 gramas para os municípios com população inferior a 200 mil habitantes e entre 700 e 1.200 gramas em municípios com população superior a 200 mil habitantes. Cerca de 64% de todo o lixo gerado é depositado em lixões a céu aberto, sem qualquer tipo de controle ou prevenção sanitária. Para se ter noção do que significa o processo de transformação do lixo em energia em cidades como Campinas, que produz diariamente um volume de lixo de 800 toneladas, se transformado em energia elétrica este volume é suficiente para prover uma cidade de 150 mil habitantes. De acordo com Lucke, este processo já acontece em países de alta densidade demográfica e de alto nível de renda, como Japão, Alemanha, Bélgica e nos estados da costa leste dos Estados Unidos, em que o lixo principal é composto de embalagens. A coleta do lixo é praticamente total e a coleta seletiva está em desenvolvimento. Nestes lugares, o lixo é queimado em incineradores, gerando energia elétrica. Resíduos de materiais não combustíveis são depositados em aterros sanitários. A Delegacia Sindical do SEESP em Campinas pretende apresentar um estudo às lideranças municipais para a viabilização deste projeto no município. Seminário Energia e Transportes CPFL ENERGIA – 26 de março de 2008 -14h 1) Geração de Energia Elétrica a partir do Lixo - Prof. Dr. Sérgio Lucke - FEC UNICAMP 2) O uso responsável da Energia - Prof. Dr. Pedro Magalhães - UNESP/consultor CPFL 3) O Impacto do Aeroporto de Viracopos na RMC - Prof. Dr. Orlando Fontes Lima Júnior-FEC UNICAMP 4) Inserção do trem regional em Campinas - Eng. José Henrique Zioni Verroni - Mestrado pela UNICAMP -A&EM Assessoria e Engenharia do Movimento Moderadores: Prof. Dr. Hermano Tavares – ex-reitor da Unicamp e professor da FEE – Unicamp e Eng. João Paulo Dutra – vice- presidente do SEESP. Seminário Saneamento e Meio Ambiente SANASA – 05 de maio de 2008 – 14h 5) Gerenciamento integrado dos recursos hídricos no PCJ - Conflitos em torno do uso da água e o instrumento de gestão “cobrança pelo seu uso. Palestrante: Eng. Ubirajara Tannuri Felix - Superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE e ex- Presidente do SEESP 6) Campinas, o vôo do Saneamento Palestrante: Eng.Luiz Augusto Castrillon de Aquino - Presidente da Sanasa 7) Gestão Pública Ambiental num contexto de “desenvolvimento sustentável” Palestrante: Vicente Andreu Guillo - Secretário de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente de Campinas 8) SGA – Sistema de Gestão Ambiental no Setor Industrial num contexto de desenvolvimento sustentável (Produção + Limpa) Palestrante: Eng. Marlúcio Borges – Diretor de Meio Ambiente - CIESP – Regional Campinas. Moderadores: Prof. Dr. Mohamed E.E.D.M.Habib – pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários – Unicamp e Prof. Dr. Hermano Tavares – ex-reitor da Unicamp e professor da FEE – Unicamp. Seminário Emprego e Relacionamento Empresa – Universidade METROCAMP – 26 de maio de 2008 - 19h 9) Terceirização x Precarização do trabalho Palestrante: Prof. Dr. Márcio Pochmann – Presidente do IPEA 10) Empreendedorismo tecnológico e engenharia: perspectivas e tendências Palestrante: Prof. Paulo Lemos - Agência de Inovação Inova Unicamp. 11) Educação Continuada – Um desafio permanente – 35 minutos Palestrante: Prof. Dr. Eduardo Coelho – Diretor Fundador da METROCAMP. Moderador: Prof. Dr.Ricardo Pannain – Diretor Adjunto do Centro de Ciências Exatas Ambientais da Puc-Campinas. Seminário Inovação e Produtividade CIESP – 10 de junho de 2008 – 18h 12) Desafios para intensificar a inovação da RMC - 40 minutos Palestrante: Prof. Luiz Antonio Teixeira Vasconcelos (Vasco) - Instituto de Economia - Inova – UNICAMP 13) Conhecimento e Inovação Tecnológica - 40 minutos Palestrante: Diógenes Feldhaus - Diretor de Parcerias - Agência de Inovação da Unicamp – Inova Unicamp. 14) O ponto de vista da indústria - 40 minutos Palestrante: Dr. José Nunes Filho – Médico Veterinário, Diretor Presidente SANPHAR S/A, 1º Vice - Diretor do CIESP-CAMPINAS, Diretor - Adjunto DEPAR – FIESP. Moderador: Dr. Eduardo Gurgel - Diretor do Fórum Campinas. Seminário Agricultura e Soberania Alimentar IAC – 23 de junho de 2008 – 14h 15) Agricultura Paulista como motor da irradiação do Desenvolvimento: Transformações Estruturais e Produção de Riqueza – 35 minutos Palestrante: Dr. José Sidnei Gonçalves, Pesquisador Cientifico do Instituto de Economia Agricola, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento 16) Conflito Agricultura e Meio Ambiente na RMC – 35 minutos Palestrante: Dr. Cláudio Spadotto - Chefe Geral da Embrapa Meio Ambiente de JAGUARIÚNA 17) A atuação do CONSEA/SP na Segurança Alimentar – 35 minutos Palestrante: Dr. Silvio Mangineli, Pesquisador Cientifico, CODEAGRO, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento 18) O papel do IAC na Soberania Alimentar – 35 minutos Palestrante: Dr. Orlando Melo de Castro – Presidente do IAC Moderadores: Dr. José Augusto Maiorano – Diretor Técnico da Região de Campinas da Cati e Dr. Luis Fernando Madi – Diretor Geral do Ital. Palestras e palestrantes dos seminários do Cresce brasil + engenharia + desenvolvimento Conselho tecnológico da região de campinas – 2008
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