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ESPECIAL ELEIÇÕES 2008
ÓRGÃO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULO EDIÇÃO CAMPINAS DE OUTUBRO DE 2008
Jornal do
Engenheiro
jeLEILÃO DO trem-balaSAI EM MARÇO
O LEILÃO DE CONCESSÃO do trem-bala (TAV – trem de alta velocidade) sairá em março
de 2009. A informação foi transmitida pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, em palestra na
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no dia 07 de outubro. Ele também garantiu
que a crise mundial não irá afetar os planos do governo em infra-estrutura, como a ampliação
do Aeroporto Internacional de Viracopos. Segundo o prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira
Santos ( PDT), o leilão vai escolher o consórcio que apresentar a menor tarifa de operação. O
investimento mínimo previsto é de US$ 15 bilhões. O valor final só poderá ser calculado após
a conclusão do estudo de viabilidade.
O projeto contemplará dois trechos básicos -
Campinas-São Paulo e São Paulo-Rio, com
ligações aos principais aeroportos das três cidades.
Haverá linhas ligando essas cidades ponto-a-ponto
e também com paradas ao longo do trajeto
Em palestra do Conselho Tecnológico
Regional, ocorrido no mês de março na CPFL,
ao demonstrar a importância do projeto o
engenheiro José Henrique Zioni Veroni, da
A&EM Assessoria e Engenharia do Movimento,
afirmou que a área de influência do trem de alta
velocidade (TAV) que será implantado entre as
cidades de São Paulo e Rio de Janeiro é a região
que possui a maior rede logística do país.
Segundo Veroni, o eixo São Paulo – Rio de
Janeiro, conecta as principais áreas de produção e
consumo, representa o elo entre o Norte/Nordeste
e o Sul do País, na região onde circula mais de
60% do Produto Interno Bruto (PIB), concentra o
maior parque industrial do país, abriga mais de
20% da população do país. “Isto induz à
necessidade de implementar projetos para se obter
um moderno sistema de transporte, para dar maior
eficiência à movimentação de cargas e passageiros,
separar o transporte de carga e de passageiros nas
regiões metropolitanas implantando novo sistema
para passageiro com alta performance operacional
e maior conforto no transporte”, acrescentou.
Área de influência
Veroni também informou que a conexão
entre as regiões metropolitanas do Rio de
Janeiro e de São Paulo, no lado desta, não
se restr inge à região demarcada
legalmente. As regiões metropolitanas de
São Paulo, Campinas e Baixada Santista
concentram os principais eixos de
transporte, tanto de carga, como de
passageiros. Os aeroportos de Guarulhos
e de Viracopos que movimentam mais de
US$ 7 bilhões em exportação e im-
portação, correspondem a 15% da movi-
mentação total do Brasil. O porto de Santos
movimenta cerca de 50% da importação e
exportação somadas.
Segundo o engenheiro, está acontecendo
o fenômeno da inclusão de São Paulo nas
chamadas “Cidades Globais”, a chamada
Macrometrópole de São Paulo, que abrange
as regiões metropolitanas de São Paulo,
Campinas e Baixada Santista e os aglome-
rados urbanos do Vale do Paraíba, Jundiaí,
Sorocaba e Piracicaba. Assim, existe grande
influência da conexão com o estado do Rio
de Janeiro, através do eixo rodoviário da Via
Dutra e Sistema Ayrton Sena/Carvalho Pinto,
o eixo ferroviário da linha do Centro e as
ligações aéreas.
“Então, é importante, antes de discutirmos
a inserção do trem regional em Campinas,
propriamente dito, focalizarmos o importante
projeto denominado Trem de Alta Velocidade
entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Haverá
uma extensão até Campinas, pois parece que
não dá viabilidade sem a inclusão desse trecho.
Além disso, os estudos mostram que cerca de
40% da demanda concentra-se na ligação São
Paulo – Jundiaí – Campinas”, explicou Veroni.
Consórcio
O consórcio do trem-bala é composto pelas
empresas brasileiras Balman Consultores
Associados e Sinergia Estudos e Projetos, além
da inglesa Halcrow Group, especializada em
trens de alta velocidade. A Balman e a Sinergia
são responsáveis pelo planejamento do negócio,
que envolve o custo de implantação do sistema,
a tecnologia necessária, a quantidade de vagões
e de passageiros, entre outros aspectos. Já a
Halcrow cuida da parte técnica e operacional,
referentes à quantidade de viagens, localização
das estações e fluxo de passageiros.
Leia sobre segurança
contra incêndio
página 3
6º Imóbile traz últimas tecnologias da construção civil
O tradicional Imóbile ( Salão Imobiliário de Campinas e Região ), realizado pela
Habicamp, acontecerá nos dias 27 a 30 de novembro, na Estação Cultura.
O evento é dirigido a consumidores interessados na aquisição de imóveis,
àqueles que buscam tendências para decorar e equipar a casa ou escritório e a
profissionais da área que terão contato direto com as últimas tecnologias e
novidades da indústria da construção civil.
Nesta sexta edição, a feira, organizada e promovida pela EP-Mídia, traz uma
programação de eventos paralelos voltados aos profissionais da construção civil,
do mercado imobiliário e do segmento condominial. A estimativa é atrair um
publico aproximado de 50 mil pessoas de Campinas e região.
Editorial
Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente do SEESP
EXPEDIENTE: EXPEDIENTE: EXPEDIENTE: EXPEDIENTE: EXPEDIENTE: JORNAL DO ENGENHEIROJORNAL DO ENGENHEIROJORNAL DO ENGENHEIROJORNAL DO ENGENHEIROJORNAL DO ENGENHEIRO – – – – – PUBLICAÇÃO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULOPUBLICAÇÃO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULOPUBLICAÇÃO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULOPUBLICAÇÃO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULOPUBLICAÇÃO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULO – – – – – EDIÇÃO CAMPINASEDIÇÃO CAMPINASEDIÇÃO CAMPINASEDIÇÃO CAMPINASEDIÇÃO CAMPINAS
Diretor Responsável:Diretor Responsável:Diretor Responsável:Diretor Responsável:Diretor Responsável: Rubens Lansac Patrão Filho. Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial: Rubens Lansac Patrão Filho ( Presidente ), Celso Rodrigues (1º Vice-presidente), Luiz Carlos de Souza (2º Vice-presidente), Di Stefano
Mariano (1º Tesoureiro), Antonio Augusto Kalvan (2º Tesoureiro), Jorge Joel de Faria Souza (1º Secretário), Francisco Alvarenga Campos (2º Secretário); Diretores Adjuntos – Johny Eiji Okada, José Santoro Neto, Luiz
Carlos Lima, Paulo Roberto Lavorini, Paulo Serafim Seixas Marques Tavares, Samir Musa, Sérgio Ferreira do Amaral e Suzie Helena Herrera. Edição, Reportagem e Revisão:Edição, Reportagem e Revisão:Edição, Reportagem e Revisão:Edição, Reportagem e Revisão:Edição, Reportagem e Revisão: Marta Adriano Rabelo Rocha (Mtb
24.881). Diagramador:Diagramador:Diagramador:Diagramador:Diagramador: Francisco Fábio de Souza. Endereço da Delegacia:Endereço da Delegacia:Endereço da Delegacia:Endereço da Delegacia:Endereço da Delegacia: Rua Antônio Lapa, 1.162 - Campinas – Cep: 13025-242 – Telefax: (19) 3251-8455 e 3251-8996 – E-mail:
campinas@seesp.org.br. Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem: 3000 exemplares. Edição:Edição:Edição:Edição:Edição: Outubro de 2008. Cidades que a Delegacia Sindical do SEESP em Campinas abrange:Cidades que a Delegacia Sindical do SEESP em Campinas abrange:Cidades que a Delegacia Sindical do SEESP em Campinas abrange:Cidades que a Delegacia Sindical do SEESP em Campinas abrange:Cidades que a Delegacia Sindical do SEESP em Campinas abrange: Aguaí, Àguas da Prata, Àguas de Lindoya,
Americana, Amparo, Artur Nogueira, Atibaia, Bragança Paulista, Caconde, Campinas, Casa Branca, Cosmópolis, Divinolândia, Engenheiro Coelho, Espirito Santo do Pinhal, Estiva Gerbi, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba,
Itapira, Itobi, Jaguariúna, Lindoia, Mococa, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Monte Alegre do Sul, Monte Mor, Nazaré Paulista, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Pinhal, Pinhalzinho, Santa Bárbara D’Oeste, Santa Cruz das
Palmeiras, Santo Antonio de Posse, Santo Antonio do Jardim, São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, São Sebastião da Grama, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Tambaú, Valinhos, Vinhedo.
2 JORN AL DO ENGENHEIRO
MANTER-SE NORUMO DO CRESCIMENTO
NÃO RESTAM MAIS DÚVIDAS QUANTO à gravidade da crise financeira internacional, que
pode ainda se tornar uma importante crise econômica. Decerto que, no contexto da globalização e
especialmente na condição de país emergente, o Brasil não está imune aos efeitos do vendaval em
curso. No entanto, se é preciso cautela, também é necessária uma dose de sangue frio e sabedoria
para que o pânico não faça com que se jogue fora tudo o que se conquistou recentemente em termos
de retomada do desenvolvimento. O tumulto financeiro causado pela especulação nos pegou em
pleno vôo e pode tornar mais difícil atingir a meta planejada, mas é preciso que não se desista dela.
O momento de dificuldades e, sobretudo,
incertezas, posto que nem governantes, nem
especialistas sabem prever com precisão o
que vem a seguir, costuma ser propício aos
profetas do atraso. Esses, que passaram anos
a ditar as regras da liberalização e desregu-
lamentação e a ver no aumento do crédito à
produção e do poder aquisitivo do trabalhador
a grande ameaça à estabilidade, já se animam
a pregar a estagnação.
Para quem está do outro lado dessa trincheira
e vem lutando pela retomada do crescimento
econômico de forma sustentável e com inclusão
social, regras que guiam o projeto “Cresce Brasil
+ Engenharia + Desenvolvimento”, a hora é
justamente de preservar o que se obteve até
aqui. Ainda que os índices de expansão do PIB
(Produto Interno Bruto) no próximo ano não
repitam o bom desempenho de 2007 e 2008, é
fundamental que a lógica seja a de se garantir o
desenvolvimento no longo prazo. As medidas
governamentais devem ter como foco evitar a
crise e, ao mesmo tempo e tanto quanto possível,
manter o País no rumo do crescimento.
Eng. Rubens Lansac Patrão Filho
Presidente da Delegacia Sindical
do SEESP em Campinas
O PROJETO DO CRESCE BRASIL + ENGENHARIA +
DESENVOLVIMENTO, desenvolvido pelos Conselhos Tecno-
lógicos do SEESP (lançado em 2001, antes da eleição presidencial)
e toda nossa luta para estimular o crescimento do país, com
investimentos voltados para a produção (que gera emprego), os
programas de distribuição de renda, com todas suas imperfeições,
conduziu o Brasil para uma fase de crescimento da empre-
gabilidade para os engenheiros, que constatamos no dia a dia de
funcionamento da nossa Delegacia Sindical.
O desenvolvimento e o mercado de trabalho dos engenheiros
Quando os profissionais se dirigem a nós
visando realizar a homologação dos desli-
gamentos das empresas onde trabalhavam,
sempre procuramos saber se o profissional
foi “demitido ou se demitiu”. Em outras
épocas, principalmente até uns 3 anos atrás,
a grande maioria que se apresentava aqui
relatava estar sendo demitido pelas em-
presas, alguns já tinham um novo emprego
encaminhado ou perspectiva de um novo
trabalho, mas a grande maioria estava
desempregada e sem emprego.
Esta tendência tem sido radicalmente alterada
desde 2006; a grande maioria que tem vindo aqui
para homologar se demitiu e está indo para um
novo emprego com ganhos de 50% até 200%
maiores, atingindo no ano de 2008 o seu ápice, o
que nos dá muita alegria e a constatação que tudo
que temos feito no SEESP, na Federação Nacional
dos Engenheiros, está na direção correta.
Esperamos que o governo saiba administrar da
melhor maneira a crise originada lá fora, e que,
sem dúvida acabará refletindo em nosso mercado
interno, para evitar que este momento ímpar que
vivemos em termos de mercado de trabalho seja
afetado do modo menos traumático possível.
Hoje está sendo demonstrado mais uma vez
para toda sociedade e para os governos que sem
ENGENHARIA não há DESENVOLVIMENTO
e geração de empregos.
JORNAL DO ENGENHEIRO 3
Opinião
O ENGOLIDOR DE FOGO
Paulo R. Lavorini
CONVERSA! PIRÓFAGOS, PIRÓFOROS ETC. não existem, não
comem nem cospem fogo, é tudo ilusão, sem mistério. A não ser
que o ardente artista provoque um incêndio, como o que, de fato,
ocorreu numa boate (Folha de São Paulo, 26/11/06): o fogo cuspido
atingiu o teto, transformou-se em chamas incontidas, que se
alastraram rapidamente pela casa, naquela noite o pânico foi o
espetáculo de improviso. O fogo legítimo merece respeito, mesmo
o da fantasia, uma vez que, como de praxe, tem origem num foco
diminuto, mas se agiganta na destruição, com perdas irreparáveis
e sofrimento humano.
Há milhares de anos, num mundo desértico, a
sobrevivência do homem primitivo dependia da
posse do fogo, concebido pela magia da natureza.
Para esse homem, o fogo era um “animal”, tão
perigoso quanto os tigres dente de sabre, mamutes
etc., devendo ser mantido preso em gaiolas e
alimentado com galhos secos, protegido das
intempéries e, principalmente, de ser seqüestrado
por tribos rivais, que compartilhavam dessa teoria.
Quem possuísse o fogo, possuía a vida. Neste
processo vital, novas chamas eram geradas, como
filhotes, cresciam, viviam e morriam ao se apagar.
Certa vez, seu guardião deixou a última chama se
extinguir, transtornando o cotidiano daquela tribo,
mas que obrigou também a busca de uma nova
chama por seus guerreiros, que afortunadamente
encontraram outro grupo, mais evoluído, que “fazia”
fogo, da forma como fazíamos em criança, atritando
paus e pedras. É o tema do filme “A Guerra do
Fogo” (1981), de Jean-Jacques Annaud.
Em outra época, como apresentado numa das
versões da mitologia grega, o fogo representava
a inteligência humana, negada aos mortais por
Zeus, por vingança, num desentendimento com
Prometeu, um dos titãs que habitou o mundo
antes da vida humana. O inoportuno Prometeu,
que parece detestar Zeus, ainda roubou fogo do
sol para os homens, que com esse dom, recobra-
ram sua inteligência, asseguraram sua superio-
ridade sobre os animais, construíram armas e
ferramentas, cunharam moedas etc. Depois,
acabou virando Prometeu acorrentado, uma vez
que, severamente castigado por Zeus, uma águia
comia-lhe seu fígado imortal diariamente, até
ser salvo por Hércules, um mortal conhecedor
dos riscos físicos, químicos e biológicos, tais como
monstros, flechas envenenadas, gases e vapores
tóxicos, chamas aleatórias etc.
Esses três eixos, tanto o da mitologia quanto o
da pré-história, mesmo o do cotidiano, revelam
pontos convergentes no estado da arte, em
conhecer, aprender, implementar continuamente
as melhores técnicas sobre o(a) comportamento
humano e dos materiais, arquitetura e urbanismo,
instalações, sistemas de proteção, engenharia,
gerenciamento dos riscos, etc.
Nos EUA, onde incêndios matam mais
pessoas do que todos os desastres naturais juntos,
em 2005 houve cerca de 1,6 milhões de
ocorrências registradas, mais de 3.500 mortes
de civis, cinco vezes esse número de feridos,
mais de cem bombeiros mortos em serviço, valor
estimado das perdas em 10,7 bilhões de dólares.
No Brasil, conhecem dos pavorosos incêndios
do Gran Circo Norte-Americano (Niterói, RJ,
1961), na Volkswagen de São Bernardo do
Campo (1970), dos Edifícios Andraus (1972) e,
dois anos depois, Joelma (1974), em São Paulo,
com 185 mortos? Assombram até hoje, “era o
fogo contra a cidade”, como a Veja propalou,
sobre o incêndio do Joelma.
A segurança contra incêndio em nosso país
não foge do modelo de desenvolvimento mal
planejado, omisso, muitas vezes relegado a plano
secundário, advindo da transformação de uma
sociedade rural, perante o recrudescimento em
curto espaço de tempo da produção e dos
serviços, das sub-habitações etc. versus a
evolução dos riscos, na maioria dos municípios,
onde nem sempre há Corpo de Bombeiros.
Há dois anos, em face da tendente
uniformização das legislações estaduais, do
surgimento de cursos de pós-graduação na
área e da elaboração de normas técnicas
aprimoradas, pesquisadores da USP e oficiais
do Corpo de Bombeiros de São Paulo
constroem um trabalho desafiador.
Neste momento, resultou no livro, a diversas
mãos profissionais e competentes, “A Segurança
contra Incêndio no Brasil” (Projeto Editora, 2008),
que pretende disseminar a matéria tanto em papel
como pela internet, podendo ser baixado, de
pronto, do site http://www.ccb.polmil.sp.gov.br/
livro_seg/livro_seguranca.htm:leia, divulgue,
pratique a segurança contra incêndios.
PPPPPaulo Raulo Raulo Raulo Raulo R. Lavorini . Lavorini . Lavorini . Lavorini . Lavorini é diretor adjunto da
Delegacia Sindical do SEESP em Campinas e
engenheiro de Segurança do Trabalho.
prlavorini@uol.com.br
Tecnologia
4 JORNAL DO ENGENHEIRO
Temas dos seminários do CTC poderão ser concretizados
OS SEMINÁRIOS DO CONSELHO Tecnológico
Regional de Campinas que aconteceram nos meses de
março, maio e junho de 2008 contribuíram para o debate e
apresentação de propostas de vários assuntos, ligados à
Região Metropolitana de Campinas (RMC). Ao todo
aconteceram 18 palestras na CPFL, Sanasa, Metrocamp,
Ciesp e IAC, com assuntos de relevância para a Engenharia
e para a região,como o trem-bala, que é tema desta edição
do Jornal do Engenheiro.
Outro assunto de destaque no evento foi a
transformação do lixo em energia elétrica,
proferido pelo professor Sérgio Lucke, da FEC
Unicamp. Segundo Lucke houve um aumento
muito grande no volume de resíduos sólidos no
Brasil. Segundo dados da Pesquisa Nacional
de Saneamento Básico (PNSB), elaborada pelo
IBGE em 2000, a geração per capita de resíduos
no Brasil varia entre 450 e 700 gramas para os
municípios com população inferior a 200 mil
habitantes e entre 700 e 1.200 gramas em
municípios com população superior a 200 mil
habitantes. Cerca de 64% de todo o lixo gerado
é depositado em lixões a céu aberto, sem
qualquer tipo de controle ou prevenção sanitária.
Para se ter noção do que significa o processo
de transformação do lixo em energia em
cidades como Campinas, que produz
diariamente um volume de lixo de 800
toneladas, se transformado em energia elétrica
este volume é suficiente para prover uma
cidade de 150 mil habitantes.
De acordo com Lucke, este processo já
acontece em países de alta densidade demográfica
e de alto nível de renda, como Japão, Alemanha,
Bélgica e nos estados da costa leste dos Estados
Unidos, em que o lixo principal é composto de
embalagens. A coleta do lixo é praticamente total e
a coleta seletiva está em desenvolvimento. Nestes
lugares, o lixo é queimado em incineradores,
gerando energia elétrica. Resíduos de materiais
não combustíveis são depositados em aterros
sanitários. A Delegacia Sindical do SEESP em
Campinas pretende apresentar um estudo às
lideranças municipais para a viabilização deste
projeto no município.
Seminário Energia e Transportes
CPFL ENERGIA – 26 de março de 2008 -14h
1) Geração de Energia Elétrica a partir do Lixo
- Prof. Dr. Sérgio Lucke - FEC UNICAMP
2) O uso responsável da Energia
- Prof. Dr. Pedro Magalhães - UNESP/consultor CPFL
3) O Impacto do Aeroporto de Viracopos na RMC
- Prof. Dr. Orlando Fontes Lima Júnior-FEC UNICAMP
4) Inserção do trem regional em Campinas
- Eng. José Henrique Zioni Verroni - Mestrado pela UNICAMP -A&EM
Assessoria e Engenharia do Movimento
Moderadores: Prof. Dr. Hermano Tavares – ex-reitor da Unicamp
e professor da FEE – Unicamp e Eng. João Paulo Dutra – vice-
presidente do SEESP.
Seminário Saneamento e Meio Ambiente
SANASA – 05 de maio de 2008 – 14h
5) Gerenciamento integrado dos recursos hídricos no PCJ -
Conflitos em torno do uso da água e o instrumento de gestão
“cobrança pelo seu uso.
Palestrante: Eng. Ubirajara Tannuri Felix - Superintendente do Departamento
de Águas e Energia Elétrica – DAEE e ex- Presidente do SEESP
6) Campinas, o vôo do Saneamento
Palestrante: Eng.Luiz Augusto Castrillon de Aquino - Presidente da Sanasa
7) Gestão Pública Ambiental num contexto de “desenvolvimento
sustentável”
Palestrante: Vicente Andreu Guillo - Secretário de Planejamento,
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente de Campinas
8) SGA – Sistema de Gestão Ambiental no Setor Industrial num
contexto de desenvolvimento sustentável (Produção + Limpa)
Palestrante: Eng. Marlúcio Borges – Diretor de Meio Ambiente - CIESP
– Regional Campinas.
Moderadores: Prof. Dr. Mohamed E.E.D.M.Habib – pró-reitor
de Extensão e Assuntos Comunitários – Unicamp e Prof. Dr. Hermano
Tavares – ex-reitor da Unicamp e professor da FEE – Unicamp.
Seminário Emprego e Relacionamento Empresa – Universidade
METROCAMP – 26 de maio de 2008 - 19h
9) Terceirização x Precarização do trabalho
Palestrante: Prof. Dr. Márcio Pochmann – Presidente do IPEA
10) Empreendedorismo tecnológico e engenharia: perspectivas
e tendências
Palestrante: Prof. Paulo Lemos - Agência de Inovação Inova Unicamp.
11) Educação Continuada – Um desafio permanente – 35 minutos
Palestrante: Prof. Dr. Eduardo Coelho – Diretor Fundador da METROCAMP.
Moderador: Prof. Dr.Ricardo Pannain – Diretor Adjunto do Centro
de Ciências Exatas Ambientais da Puc-Campinas.
Seminário Inovação e Produtividade
CIESP – 10 de junho de 2008 – 18h
12) Desafios para intensificar a inovação da RMC - 40 minutos
Palestrante: Prof. Luiz Antonio Teixeira Vasconcelos (Vasco) - Instituto
de Economia - Inova – UNICAMP
13) Conhecimento e Inovação Tecnológica - 40 minutos
Palestrante: Diógenes Feldhaus - Diretor de Parcerias - Agência de
Inovação da Unicamp – Inova Unicamp.
14) O ponto de vista da indústria - 40 minutos
Palestrante: Dr. José Nunes Filho – Médico Veterinário, Diretor
Presidente SANPHAR S/A, 1º Vice - Diretor do CIESP-CAMPINAS, Diretor -
Adjunto DEPAR – FIESP.
Moderador: Dr. Eduardo Gurgel - Diretor do Fórum Campinas.
Seminário Agricultura e Soberania Alimentar
IAC – 23 de junho de 2008 – 14h
15) Agricultura Paulista como motor da irradiação do Desenvolvimento:
Transformações Estruturais e Produção de Riqueza – 35 minutos
Palestrante: Dr. José Sidnei Gonçalves, Pesquisador Cientifico do Instituto
de Economia Agricola, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento
16) Conflito Agricultura e Meio Ambiente na RMC – 35 minutos
Palestrante: Dr. Cláudio Spadotto - Chefe Geral da Embrapa Meio
Ambiente de JAGUARIÚNA
17) A atuação do CONSEA/SP na Segurança Alimentar – 35 minutos
Palestrante: Dr. Silvio Mangineli, Pesquisador Cientifico, CODEAGRO, da
Secretaria de Agricultura e Abastecimento
18) O papel do IAC na Soberania Alimentar – 35 minutos
Palestrante: Dr. Orlando Melo de Castro – Presidente do IAC
Moderadores: Dr. José Augusto Maiorano – Diretor Técnico da Região
de Campinas da Cati e Dr. Luis Fernando Madi – Diretor Geral do Ital.
Palestras e palestrantes dos seminários do
Cresce brasil + engenharia + desenvolvimento
Conselho tecnológico da região de campinas – 2008

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