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NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA 
 
4ª SÉRIE IDEAL – RELAÇÃO DE PEÇAS PROCESSUAIS 
TRABALHISTAS – PENAIS - CIVEIS 
 
 Orientação aos alunos: a) não deixar o protocolo de seus trabalhos para a 
última semana; b) trazer o protocolo de entrega dos trabalhos já preenchido 
para evitar tumultos. Modelo disponível no site do NPJ; c) os trabalhos 
deverão ser confeccionados de forma manuscrita. 
 Horário de atendimento do NPJ, inclusive para orientação técnica: de 
segunda à sexta-feira, períodos da manhã (8:00 às 13:00 horas) e noite 
(17:00 às 21:30 horas). 
 
 
ÁREA CIVEL: DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
XXIV Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
No dia 05/06/2015, o estado Alfa fez publicar edital de concurso público para o 
preenchimento de cinco vagas para o cargo de médico do quadro da Secretaria de Saúde, 
com previsão de remuneração inicial de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), para uma jornada de 
trabalho de 20 horas semanais. O concurso teria prazo de validade de um ano, prorrogável 
por igual período. Felipe foi aprovado em quinto lugar, conforme resultado devidamente 
homologado em 23/08/2015. No interregno inicial de validade do concurso, foram 
convocados apenas os quatro primeiros classificados, e prorrogou-se o prazo de validade do 
certame. Em 10/03/2017, o estado Alfa fez publicar novo edital, com previsão de 
preenchimento de dez vagas, para o cargo de médico, para jornada de 40 horas semanais e 
remuneração inicial de R$ 6.000,00 (seis mil reais), com prazo de validade de um ano 
prorrogável por igual período, cujo resultado foi homologado em 18/05/2017, certo que os 
três primeiros colocados deste último certame foram convocados, em 02/06/2017, pelo 
Secretário de Saúde, que possui atribuição legal para convocação e nomeação, sem que 
Felipe houvesse sido chamado. Em 11/09/2017, o advogado constituído por Felipe 
impetrou mandado de segurança, cuja inicial sustentou a violação de seu direito líquido e 
certo de ser investido no cargo para o qual havia sido aprovado em concurso, nos exatos 
termos previstos no respectivo instrumento convocatório, com a carga horária de 20 horas 
semanais e remuneração de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), mediante fundamentação nos 
argumentos jurídicos pertinentes, sendo certo que as normas de organização judiciária 
estadual apontavam para a competência do Tribunal de Justiça local. Sobreveio acórdão, 
unânime, que denegou a segurança, sob o fundamento de que o Judiciário não deve se 
imiscuir em matéria de concurso público, por se tratar de atividade sujeita à 
discricionariedade administrativa, sob pena de violação do princípio da separação de 
Poderes. Foram opostos embargos de declaração, rejeitados por não haver omissão, 
contradição ou obscuridade a ser sanada. 
 
Redija a petição da medida pertinente à defesa dos interesses de Felipe contra a decisão 
prolatada em única instância pelo Tribunal de Justiça estadual, publicada na última sexta-
feira, desenvolvendo todos os argumentos jurídicos adequados à análise do mérito da 
demanda. 
 
ÁREA CIVEL: DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
XXIV Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
Após anos de defasagem salarial, milhares de trabalhadores que integravam o mesmo 
segmento profissional reuniram-se na sede do Sindicato W, legalmente constituído e em 
funcionamento há vinte anos, que representava os interesses da categoria, em assembleia 
geral convocada especialmente para deliberar a respeito das medidas a serem adotadas 
pelos sindicalizados. Ao fim de ampla discussão, decidiram que, em vez da greve, que 
causaria grande prejuízo à população e à economia do país, iriam se encontrar nas praças da 
capital do Estado Alfa, com o objetivo de debater publicamente os interesses da categoria 
de forma organizada e ordeira, e ainda fariam passeatas semanais pelas principais ruas da 
capital. Em situações dessa natureza, a lei dispõe que seria necessária a prévia comunicação 
ao comandante da Polícia Militar. No mesmo dia em que recebeu a comunicação dos 
encontros e das passeatas semanais, que teriam início em dez dias, o comandante da Polícia 
Militar, em decisão formalmente comunicada ao Sindicato W, decidiu indeferi-los, sob o 
argumento de que atrapalhariam o direito ao lazer nas praças e a tranquilidade das pessoas, 
os quais são protegidos pela ordem jurídica. 
Inconformado com a decisão do comandante da Polícia Militar, o Sindicato W procurou um 
advogado e solicitou o manejo da ação judicial cabível, que dispensasse instrução 
probatória, considerando a farta prova documental existente, para que os trabalhadores 
pudessem cumprir o que foi deliberado na assembleia da categoria, no prazo inicialmente 
fixado, sob pena de esvaziamento da força do movimento. 
 
ÁREA CIVEL: DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
XXIV Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
A indústria Alfa vende bebidas para o supermercado Beta, que, por sua vez, revende-as a 
consumidores finais, sendo certo que todas as operações ocorrem dentro dos limites do 
estado ABC, em cuja capital estão domiciliadas as duas sociedades empresárias. No estado 
ABC tem vigência a Lei Ordinária nº 123, que prevê a indústria como substituta tributária 
do ICMS incidente nas operações subsequentes. Em abril de 2017, o estado ABC exigiu de 
Alfa todo o tributo incidente sobre a cadeia produtiva descrita. Assim, Alfa pagou o ICMS 
incidente na operação própria (a venda que fez ao supermercado Beta) e também na 
operação subsequente – isto é, o ICMS que incidiria na operação entre o supermercado 
Beta e os consumidores finais. Dessa forma, para a verificação do valor a ser pago, o ICMS 
foi calculado sobre o valor presumido de venda da mercadoria ao consumidor final. Ocorre 
que, para surpresa da indústria Alfa, o supermercado Beta, que sempre vendeu as bebidas 
produzidas por Alfa pelo valor de R$ 16,00 (dezesseis reais), resolveu, diante da crise 
econômica, comercializar as bebidas por R$ 14,00 (catorze reais). Com isso, a indústria 
Alfa entendeu que a base de cálculo do imposto foi inferior àquela que havia sido 
presumida, razão pela qual, na prática, pagou, como contribuinte substituto, um valor de 
ICMS maior do que aquele que seria realmente devido. Diante disso, e em razão de a 
indústria Alfa e o supermercado Beta serem clientes do mesmo escritório X, as duas 
sociedades empresárias lhe expuseram os fatos narrados acima. 
 
Na qualidade de advogado(a) do escritório X, redija a medida judicial adequada para 
condenar o Estado ABC a restituir, em espécie, o valor do tributo pago a mais. 
 
ÁREA CIVEL: DIREITO EMPRESARIAL 
 
XXIV Exame de Ordem 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
Padaria e Confeitaria São João Marcos Ltda., ME, ajuizou ação executiva por título 
extrajudicial para cobrança de valores relativos a dois cheques emitidos por Trajano de 
Morais, em 19/06/2016. O primeiro cheque foi emitido em 24/10/2015, no valor de R$ 
7.500,00 (sete mil e quinhentos reais), e o segundo, em 28/12/2015, no valor de R$ 
15.000,00 (quinze mil reais). Os cheques foram emitidos em Rio Claro/RJ, pagáveis nessa 
mesma cidade, e possuem garantia pessoal cambiária firmada por Vitor Silva no anverso, 
em favor do emitente. Trajano de Morais e Vitor Silva foram incluídos no polo passivo da 
execução. O juiz da Comarca de Rio Claro, de Vara Única, despachou a inicial da ação 
executiva e determinou a citação dos réus para as providências legais. Vitor Silva, citado 
regularmente, procura você para patrocinar a defesa na ação. Tendo acesso aos autos do 
processo no dia 13/07/2016, você verifica que: I. o emitente nomeou bens à penhora, com 
termo de penhora de gado e juntada de laudo de avaliação ao processo; II. o oficial de 
justiça certificou nos autos a juntada do mandado de citação dos réus, no dia 10/07/2016; 
III. os cheques não são pós-datados, tendo o primeiro sido apresentado para compensação 
no dia 20/11/2015 e devolvido na mesma data por insuficiência de fundos disponíveis (há 
carimbo de devoluçãodo primeiro cheque no verso da cártula); o segundo foi apresentado 
na agência sacada em Rio Claro pelo beneficiário e exequente, no dia 12/01/2016, sendo 
também devolvido pelo mesmo motivo do primeiro cheque; IV. os cheques não foram 
protestados. 
 
ÁREA CIVEL: DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
XXIII Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
Maria ajuizou ação indenizatória em face do Estado Alfa, em decorrência de seu filho 
Marcos ter sido morto durante uma aula em uma escola estadual (da qual era aluno do 
sétimo ano) alvejado pelos tiros disparados por Antônio, um ex-aluno que, armado com 
duas pistolas, ingressou na escola atirando aleatoriamente. Antônio deu causa ao óbito de 
Marcos, de sua professora e de outros cinco colegas de classe, além de grave ferimento em 
mais seis alunos. Depois disso, suicidou-se. O Estado promoveu sua defesa no prazo e 
admitiu a existência dos fatos, amplamente divulgados na mídia e incontroversos nos autos. 
Na contestação, requereu a denunciação da lide a Agenor, servidor público estadual estável, 
inspetor da escola, que, na qualidade de responsável por controlar a entrada e a saída de 
pessoas no estabelecimento de ensino, teria viabilizado o acesso do ex-aluno. Nenhuma das 
partes requereu a produção de prova que importasse em dilação probatória, e o Juízo de 1º 
grau admitiu a denunciação da lide. Inconformada com a intervenção de terceiro 
determinada pelo Juízo, Maria procura você para, na qualidade de advogado(a), impugnar 
tal determinação jurisdicional. 
 
Redija a peça apropriada, expondo todos os argumentos fáticos e jurídicos pertinentes. 
 
ÁREA CIVEL: DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
XXIII Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
Edson, idoso aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, recebe um 
salário mínimo por mês. Durante mais de três décadas, esteve exposto a agentes nocivos à 
saúde, foi acometido por doença que exige o uso contínuo de medicamento controlado, cuja 
ministração fora da forma exigida pode colocar em risco a sua vida. Em razão de sua 
situação pessoal, todo dia 5 comparece ao posto de saúde existente na localidade em que 
reside, retirando a quantidade necessária do medicamento para os próximos trinta dias. No 
último dia 5, foi informado, pelo Diretor do referido posto, que a central de distribuição não 
entregara o medicamento, já que o Município, em razão da crise financeira, não pagava os 
fornecedores havia cerca de seis meses. Inconformado com a informação recebida, Edson 
formulou, logo no dia seguinte, requerimento endereçado ao Secretário Municipal de 
Saúde, autoridade responsável pela administração das dotações orçamentárias destinadas à 
área de saúde e pela aquisição dos medicamentos encaminhados à central de distribuição, 
órgão por ele dirigido. Na ocasião, esclareceu que a ausência do medicamento poderia 
colocar em risco sua própria vida. Em resposta escrita, o Secretário reconheceu que Edson 
tinha necessidade do medicamento, o que fora documentado pelos médicos do posto de 
saúde, e informou que estavam sendo adotadas as providências necessárias à solução da 
questão, mas que tal somente ocorreria dali a 160 (cento e sessenta) dias, quando o 
governador do Estado prometera repassar receitas a serem aplicadas à saúde municipal. 
Nesse meio-tempo, sugeriu que Edson procurasse o serviço de emergência sempre que o 
seu estado de saúde apresentasse alguma piora. Edson, de posse de toda a prova documental 
que por si só basta para demonstrar os fatos narrados, em especial a resposta do Secretário 
Municipal de Saúde, procura você, uma semana depois, para contratar seus serviços como 
advogado(a), solicitando o ajuizamento da medida judicial que ofereça resultados mais 
céleres, sem necessidade de longa instrução probatória, para que consiga obter o 
medicamento de que necessita. 
Levando em consideração as informações expostas, ciente da desnecessidade da dilação 
probatória, elabore a medida judicial adequada, com todos os fundamentos jurídicos que 
conferem sustentação ao direito de Edson. 
 
ÁREA CIVEL: DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
XXII Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
Servidores públicos do Estado Beta, que trabalham no período da noite, procuram o 
Sindicato ao qual são filiados, inconformados por não receberem adicional noturno do 
Estado, que se recusa a pagar o referido benefício em razão da inexistência de lei estadual 
que regulamente as normas constitucionais que asseguram o seu pagamento. O Sindicato 
resolve, então, contratar escritório de advocacia para ingressar com o adequado remédio 
judicial, a fim de viabilizar o exercício em concreto, por seus filiados, da supramencionada 
prerrogativa constitucional, sabendo que há a previsão do valor de vinte por cento, a título 
de adicional noturno, no Art. 73 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
Considerando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pelo Sindicato, 
utilizando o instrumento constitucional adequado, elabore a medida judicial cabível. 
 
 
 
ÁREA: DIREITO PENAL 
 
XXII Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
Desejando comprar um novo carro, Leonardo, jovem com 19 anos, decidiu praticar um 
crime de roubo em um estabelecimento comercial, com a intenção de subtrair o dinheiro 
constante do caixa. Narrou o plano criminoso para Roberto, seu vizinho, mas este se 
recusou a contribuir. Leonardo decidiu, então, praticar o delito sozinho. Dirigiu-se ao 
estabelecimento comercial, nele ingressou e, no momento em que restava apenas um 
cliente, simulou portar arma de fogo e o ameaçou de morte, o que fez com ele saísse, já que 
a intenção de Leonardo era apenas a de subtrair bens do estabelecimento. Leonardo, em 
seguida, consegue acesso ao caixa onde fica guardado o dinheiro, mas, antes de subtrair 
qualquer quantia, verifica que o único funcionário que estava trabalhando no horário era um 
senhor que utilizava cadeiras de rodas. Arrependido, antes mesmo de ser notada sua 
presença pelo funcionário, deixa o local sem nada subtrair, mas, já do lado de fora da loja, é 
surpreendido por policiais militares. Estes realizam a abordagem, verificam que não havia 
qualquer arma com Leonardo e esclarecem que Roberto narrara o plano criminoso do 
vizinho para a Polícia. Tomando conhecimento dos fatos, o Ministério Público requereu a 
conversão da prisão em flagrante em preventiva e denunciou Leonardo como incurso nas 
sanções penais do Art. 157, § 2º, inciso I, c/c o Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal. 
Após decisão do magistrado competente, qual seja, o da 1ª Vara Criminal de Belo 
Horizonte/MG, de conversão da prisão e recebimento da denúncia, o processo teve seu 
prosseguimento regular. O homem que fora ameaçado nunca foi ouvido em juízo, pois não 
foi localizado, e, na data dos fatos, demonstrou não ter interesse em ver Leonardo 
responsabilizado. Em seu interrogatório, Leonardo confirma integralmente os fatos, 
inclusive destacando que se arrependeu do crime que pretendia praticar. Constavam no 
processo a Folha de Antecedentes Criminais do acusado sem qualquer anotação e a Folha 
de Antecedentes Infracionais, ostentando uma representação pela prática de ato infracional 
análogo ao crime de tráfico, com decisão definitiva de procedência da ação socioeducativa. 
O magistrado concedeu prazo para as partes se manifestarem em alegações finais por 
memoriais. O Ministério Público requereu a condenação nos termos da denúncia. O 
advogado de Leonardo, contudo, renunciou aos poderes, razão pela qual, de imediato, o 
magistrado abriu vista para a Defensoria Pública apresentar alegações finais. Em sentença, 
o juiz julgou procedente a pretensão punitiva estatal. No momento de fixar a pena-base, 
reconheceu a existência de maus antecedentes em razão da representação julgada 
procedente em face de Leonardo enquanto era inimputável, aumentando a pena em 06 
meses de reclusão. Não foram reconhecidas agravantes ou atenuantes.Na terceira fase, 
incrementou o magistrado em 1/3 a pena, justificando ser desnecessária a apreensão de 
arma de fogo, bastando a simulação de porte do material diante do temor causado à vítima. 
Com a redução de 1/3 pela modalidade tentada, a pena final ficou acomodada em 4 (quatro) 
anos de reclusão. O regime inicial de cumprimento de pena foi o fechado, justificando o 
magistrado que o crime de roubo é extremamente grave e que atemoriza os cidadãos de 
Belo Horizonte todos os dias. Intimado, o Ministério Público apenas tomou ciência da 
decisão. A irmã de Leonardo o procura para, na condição de advogado, adotar as medidas 
cabíveis. Constituída nos autos, a intimação da sentença pela defesa ocorreu em 08 de maio 
de 2017, segunda-feira, sendo terça-feira dia útil em todo o país. 
Com base nas informações expostas acima e naquelas que podem ser inferidas do caso 
concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de habeas corpus, no último dia do 
prazo para interposição, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. 
 
ÁREA: DIREITO PENAL 
 
XXI Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
ENUNCIADO 
 
Gabriela, nascida em 28/04/1990, terminou relacionamento amoroso com Patrick, não mais 
suportando as agressões físicas sofridas, sendo expulsa do imóvel em que residia com o 
companheiro em comunidade carente na cidade de Fortaleza, Ceará, juntamente com o filho 
do casal de apenas 02 anos. Sem ter familiares no Estado e nem outros conhecidos, passou 
a pernoitar com o filho em igrejas e outros locais de acesso público, alimentandose a partir 
de ajudas recebidas de desconhecidos. Nessa época, Gabriela fez amizade com Maria, outra 
mulher em situação de rua que frequentava os mesmos espaços que ela. No dia 24 de 
dezembro de 2010, não mais aguentando a situação e vendo o filho chorar e ficar doente em 
razão da ausência de alimentação, após não conseguir emprego ou ajuda, Gabriela decidiu 
ingressar em um grande supermercado da região, onde escondeu na roupa dois pacotes de 
macarrão, cujo valor totalizava R$18,00 (dezoito reais). Ocorre que a conduta de Gabriela 
foi percebida pelo fiscal de segurança, que a abordou no momento em que ela deixava o 
estabelecimento comercial sem pagar pelos bens, e apreendeu os dois produtos escondidos. 
Em sede policial, Gabriela confirmou os fatos, reiterando a ausência de recursos financeiros 
e a situação de fome e risco físico de seu filho. Juntado à Folha de Antecedentes Criminais 
sem outras anotações, o laudo de avaliação dos bens subtraídos confirmando o valor, e 
ouvidos os envolvidos, inclusive o fiscal de segurança e o gerente do supermercado, o auto 
de prisão em flagrante e o inquérito policial foram encaminhados ao Ministério Público, 
que ofereceu denúncia em face de Gabriela pela prática do crime do Art. 155, caput, c/c 
Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal, além de ter opinado pela liberdade da acusada. O 
magistrado em atuação perante o juízo competente, no dia 18 de janeiro de 2011, recebeu a 
denúncia oferecida pelo Ministério Público, concedeu liberdade provisória à acusada, 
deixando de converter o flagrante em preventiva, e determinou que fosse realizada a citação 
da denunciada. Contudo, foi concedida a liberdade para Gabriela antes de sua citação e, 
como ela não tinha endereço fixo, não foi localizada para ser citada. No ano de 2015, 
Gabriela consegue um emprego e fica em melhores condições. Em razão disso, procura um 
advogado, esclarecendo que nada sabe sobre o prosseguimento da ação penal a que 
respondia. Disse, ainda, que Maria, hoje residente na rua X, na época dos fatos também era 
moradora de rua e tinha conhecimento de suas dificuldades. Diante disso, em 16 de março 
de 2015, segunda-feira, sendo terça-feira dia útil em todo o país, Gabriela e o advogado 
compareceram ao cartório, onde são informados que o processo estava em seu regular 
prosseguimento desde 2011, sem qualquer suspensão, esperando a localização de Gabriela 
para citação. Naquele mesmo momento, Gabriela foi citada, assim como intimada, junto ao 
seu advogado, para apresentação da medida cabível. Cabe destacar que a ré, acompanhada 
de seu patrono, já manifestou desinteresse em aceitar a proposta de suspensão condicional 
do processo oferecida pelo Ministério Público. 
 
Considerando a situação narrada, apresente, na qualidade de advogado(a) de Gabriela, a 
peça jurídica cabível, diferente do habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas de 
direito material e processual pertinentes. A peça deverá ser datada no último dia do prazo. 
 
ÁREA: DIREITO PENAL 
 
XX Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
 Enunciado 
 
Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o 
aparato judicial, no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na 
comunidade conhecida como Favela da Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi 
visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. Russo, que 
estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50 g de cocaína para outro traficante, que o 
aguardaria em um Posto de Gasolina, sob pena de Astolfo ser expulso de sua residência e 
não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a 
determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi 
abordado por policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi 
denunciado perante o juízo competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, da 
Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido preso em flagrante, foi concedida liberdade 
provisória ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. Durante a audiência de 
instrução e julgamento, após serem observadas todas as formalidades legais, os policiais 
militares responsáveis pela prisão em flagrante do réu confirmaram os fatos narrados na 
denúncia, além de destacarem que, de fato, o acusado apresentou a versão de que 
transportava as drogas por exigência de Russo. Asseguraram que não conheciam o acusado 
antes da data dos fatos. Astolfo, em seu interrogatório, realizado como último ato da 
instrução por requerimento expresso da defesa do réu, também confirmou que fazia o 
transporte da droga, mas alegou que somente agiu dessa forma porque foi obrigado pelo 
chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda destacando que residia há mais de 50 anos 
na comunidade da Favela da Zebra e que, se fosse de lá expulso, não teria outro lugar para 
morar, pois sequer possuía familiares e amigos fora do local. Disse que nunca respondeu a 
nenhum outro processo, apesar já ter sido indiciado nos autos de um inquérito policial pela 
suposta prática de um crime de falsificação de documento particular. Após a juntada da 
Folha de Antecedentes Criminais do réu, apenas mencionando aquele inquérito, e do laudo 
de exame de material, confirmando que, de fato, a substância encontrada no veículo do 
denunciado era “cloridrato de cocaína”, os autos foram encaminhados para o Ministério 
Público, que pugnou pela condenação do acusado nos exatos termos da denúncia. Em 
seguida, você, advogado (a) de Astolfo, foi intimado (a) em 06 de março de 2015, uma 
sexta-feira. 
 
Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem ser inferidas do caso 
concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de Habeas Corpus, no último dia 
do prazo, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. 
 
ÁREA: DIREITO PENAL 
 
XIX Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
No dia 24 de dezembro de 2014, na cidade do Rio de Janeiro, Rodrigo e um amigo não 
identificado foram para um bloco de rua que ocorria em razão do Natal, onde passaram a 
ingerir bebida alcoólica em comemoração ao evento festivo. Na volta para casa, ainda em 
companhia do amigo, já um pouco tonto em razão da quantidade de cerveja que havia 
bebido, subtraiu, mediante emprego de uma faca, os pertences de uma moça desconhecida 
que caminhava tranquilamente pela rua. Avítima era Maria, jovem de 24 anos que acabara 
de sair do médico e saber que estava grávida de um mês. Em razão dos fatos, Rodrigo foi 
denunciado pela prática de crime de roubo duplamente majorado, na forma do Art. 157, § 
2º, incisos I e II, do Código Penal. Durante a instrução, foi juntada a Folha de Antecedentes 
Criminais de Rodrigo, onde constavam anotações em relação a dois inquéritos policiais em 
que ele figurava como indiciado e três ações penais que respondia na condição de réu, 
apesar de em nenhuma delas haver sentença com trânsito em julgado. Foram, ainda, durante 
a Audiência de Instrução e Julgamento ouvidos a vítima e os policiais que encontraram 
Rodrigo, horas após o crime, na posse dos bens subtraídos. Durante seu interrogatório, 
Rodrigo permaneceu em silêncio. Ao final da instrução, após alegações finais, a pretensão 
punitiva do Estado foi julgada procedente, com Rodrigo sendo condenado a pena de 05 
anos e 04 meses de reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto, e 13 dias-multa. O juiz 
aplicou a pena-base no mínimo legal, além de não reconhecer qualquer agravante ou 
atenuante. Na terceira fase da aplicação da pena, reconheceu as majorantes mencionadas na 
denúncia e realizou um aumento de 1/3 da pena imposta. O Ministério Público foi intimado 
da sentença em 14 de setembro de 2015, uma segunda-feira, sendo terça-feira dia útil. 
Inconformado, o Ministério Público apresentou recurso de apelação perante o juízo de 
primeira instância, acompanhado das respectivas razões recursais, no dia 30 de setembro de 
2015, requerendo: i) O aumento da pena-base, tendo em vista a existência de diversas 
anotações na Folha de Antecedentes Criminais do acusado; ii) O reconhecimento das 
agravantes previstas no Art. 61, inciso II, alíneas ‘h’ e ‘l’, do Código Penal; iii) A 
majoração do quantum de aumento em razão das causas de aumentos previstas no Art. 157, 
§2º, incisos I e II, do Código Penal, exclusivamente pelo fato de serem duas as majorantes; 
iv) Fixação do regime inicial fechado de cumprimento de pena, pois o roubo com faca tem 
assombrado a população do Rio de Janeiro, causando uma situação de insegurança em toda 
a sociedade. A defesa não apresentou recurso. O magistrado, então, recebeu o recurso de 
apelação do Ministério Público e intimou, no dia 19 de outubro de 2015 (segunda-feira), 
sendo terça feira dia útil em todo o país, você, advogado(a) de Rodrigo, para apresentar a 
medida cabível. 
 
Com base nas informações expostas na situação hipotética e naquelas que podem ser 
inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de habeas corpus, 
no último dia do prazo, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. 
 
ÁREA: DIREITO PENAL 
 
XVIII Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
ENUNCIADO 
 
Durante o carnaval do ano de 2015, no mês de fevereiro, a família de Joana resolveu viajar 
para comemorar o feriado, enquanto Joana, de 19 anos, decidiu ficar em sua residência, na 
cidade de Natal, sozinha, para colocar os estudos da faculdade em dia. Tendo conhecimento 
dessa situação, Caio, vizinho de Joana, nascido em 25 de março de 1994, foi até o local, 
entrou sorrateiramente no quarto de Joana e, mediante grave ameaça, obrigou-a a praticar 
com ele conjunção carnal e outros atos libidinosos diversos, deixando o local após os fatos 
e exigindo que a vítima não contasse sobre o ocorrido para qualquer pessoa. Apesar de 
temerosa e envergonhada, Joana contou o ocorrido para sua mãe. A seguir, as duas 
compareceram à Delegacia e a vítima ofertou representação. Caio, então, foi denunciado 
pela prática como incurso nas sanções penais do Art. 213 do Código Penal, por duas vezes, 
na forma do Art. 71 do Estatuto Repressivo. Durante a instrução, foi ouvida a vítima, 
testemunhas de acusação e o réu confessou os fatos. Foi, ainda, juntado laudo de exame de 
conjunção carnal confirmando a prática de ato sexual violento recente com Joana e a Folha 
de Antecedentes Criminais (FAC) do acusado, que indicava a existência de duas 
condenações, embora nenhuma delas com trânsito em julgado. Em alegações finais, o 
Ministério Público requereu a condenação de Caio nos termos da denúncia, enquanto a 
defesa buscou apenas a aplicação da pena no mínimo legal. No dia 25 de junho de 2015 foi 
proferida sentença pelo juízo competente, qual seja a 1ª Vara Criminal da Comarca de 
Natal, condenando Caio à pena privativa de liberdade de 10 anos e 06 meses de reclusão, a 
ser cumprida em regime inicial fechado. Na sentença consta que a pena base de cada um 
dos crimes deve ser aumentada em seis meses pelo fato de Caio possuir maus antecedentes, 
já que ostenta em sua FAC duas condenações pela prática de crimes, e mais 06 meses pelo 
fato de o acusado ter desrespeitado a liberdade sexual da mulher, um dos valores mais 
significativos da sociedade, restando a sanção penal da primeira fase em 07 anos de 
reclusão, para cada um dos delitos. Na segunda fase, não foram reconhecidas atenuantes ou 
agravantes. Afirmou o magistrado que atualmente é o réu maior de 21 anos, logo não 
estaria presente a atenuante do Art. 65, inciso I, do CP. Ao analisar o concurso de crimes, o 
magistrado considerou a pena de um dos delitos, já que eram iguais, e aumentou de 1/2 
(metade), na forma do Art. 71 do CP, justificando o acréscimo no fato de ambos os crimes 
praticados serem extremamente graves. Por fim, o regime inicial para o cumprimento da 
pena foi o fechado, justificando que, independente da pena aplicada, este seria o regime 
obrigatório, nos termos do Art. 2º, § 1º, da Lei nº 8.072/90. Apesar da condenação, como 
Caio respondeu ao processo em liberdade, o juiz concedeu a ele o direito de aguardar o 
trânsito em julgado da mesma forma. Caio e sua família o (a) procuram para, na condição 
de advogado (a), adotar as medidas cabíveis, destacando que estão insatisfeitos com o 
patrono anterior. Constituído nos autos, a intimação da sentença ocorreu em 07 de julho de 
2015, terçafeira, sendo quarta-feira dia útil em todo o país. 
 
Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem ser inferidas do caso 
concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de Habeas Corpus, no último dia 
do prazo para interposição, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. 
 
ÁREA: DIREITO PENAL 
 
 
PENAL 
DENUNCIA 
 
Cargo: – 1 – CESPE | CEBRASPE – MP/RR – Aplicação: 2017 
 
 
No dia 6/5/2017, Fernando Sousa relatou a agentes da 2.ª Delegacia de Polícia de Boa Vista 
(2.ª DP) que ele, seu irmão Leonardo Sousa e o amigo Bernardo Silva estavam no bar de 
sua propriedade e de seu irmão — situado em Boa Vista, na rua A, lote 1 —, no dia 
5/5/2017, por volta das dezessete horas, quando dois indivíduos — um deles portando arma 
de fogo — anunciaram assalto, exigindo que fossem entregues celulares e dinheiro. 
Bernardo Silva identificou o assaltante que portava a arma e disse: “Tonho, é você?” Após 
a pergunta, os assaltantes ficaram mais nervosos e Tonho, que estava de posse da arma de 
fogo, começou a efetuar disparos com ela. Leonardo estava na frente de Bernardo e acabou 
levando três tiros: um em um dos ombros, um no tórax e um de raspão em um dos braços. 
Com os disparos, as vítimas saíram correndo e não atentaram para o destino dos assaltantes. 
O irmão da vítima informou que estava com muito dinheiro em espécie porque era dia de 
pagamento dos seus empregados, o que seria feito ao final do expediente. Fernando 
afirmou, ainda, que não conhecia Tonho, visto que era Leonardo quem lidava com o 
comércio, e forneceu a relação com os dados de todos os ex-empregados, na qual constava 
o nome de Antônio Mourão, que passou a ser o principal suspeito. Por fim, informou que os 
assaltantes não levaram dinheiro algum que estava em sua posse, tampouco os celulares. 
Leonardo está internado e não corre risco de morte; segundo boletim médico, ele 
beneficiou-se do pronto atendimento que lhe foi prestado e do fato de a bala que atingiu seu 
peito ter passado no meio de duasartérias vitais, sem atingi-las. Tendo coletado tais dados, 
os agentes Carlos Batista e Felipe Gonçalves se deslocaram à residência de Bernardo e 
encontraram sua esposa, Patrícia Silva, muito preocupada, pois havia recebido uma ligação 
do marido e ele lhe havia dito que tinha sofrido um assalto e que Antônio Mourão, vulgo 
Tonho, seu amigo pessoal e ex-empregado do comércio dos irmãos Sousa, teria efetuado 
vários disparos contra Leonardo. Bernardo disse também que estava receoso por ter 
reconhecido o assaltante, e avisou que iria para Mucajaí, local onde moravam seus pais, a 
fim de ali permanecer por algum tempo e sair de cena, para não sofrer qualquer vingança 
por parte dos assaltantes. Diante desses fatos, o delegado da 2.ª DP entrou em contato com 
o delegado de Mucajaí, com vistas a encontrar e interrogar Bernardo, para confirmar a 
participação de Tonho e obter informações a respeito do outro indivíduo, que ainda não 
havia sido identificado. Agentes de Mucajaí foram à residência dos pais de Bernardo, os 
quais negaram que o filho estivesse lá. Na manhã do dia 7/5/2017, a delegacia de Mucajaí 
recebeu a informação de que tinham sido ouvidos tiros e gritos em área rural próxima à 
entrada da cidade, na BR-174. Os tiros teriam sido efetuados por volta das quatro horas da 
manhã daquele mesmo dia. Os policiais dirigiram-se então para a entrada da cidade e, na 
Fazenda Luz, encontraram o corpo de Bernardo com dois tiros, um na nuca e outro em uma 
das pernas. Em diligências na avenida principal, os agentes conseguiram uma gravação de 
um estabelecimento local, na qual aparecia uma pessoa sendo abordada no posto de 
gasolina e sendo levada para uma motocicleta por duas outras pessoas. As imagens foram 
encaminhadas à 2.ª DP, que as tendo analisado, identificou, de forma clara, Claudenilson 
Pereira, vulgo Manezinho, infrator conhecido pela frieza de seus atos. Os agentes da 2.ª DP, 
Carlos e Felipe, foram, então, entrevistar Manezinho, que friamente confessou sua 
participação nos dois atos e confirmou que seu amigo, Tonho, o havia convidado para a 
prática delituosa. Manezinho explicou que Tonho, tendo ficado desesperado por ter sido 
reconhecido, perseguiu Bernardo até Mucajaí e o arrastou para o matagal da fazenda, onde 
efetuou os dois tiros. O primeiro tiro atingiu uma das pernas de Bernardo, que, ao cair no 
chão, foi atingido pelo outro tiro, na nuca. Manezinho negou ter efetuado qualquer disparo, 
mas informou que a arma era sua. Manezinho desapareceu após o depoimento e foi 
encontrado morto em 11/5/2017. Em seu corpo, havia diversas perfurações. Não se sabe 
quem o matou. Com as informações colhidas no depoimento de Manezinho, em 14/5/2017 
o delegado da 2.ª DP localizou Antônio Mourão, qualificou-o (fls. 231 do inquérito 
policial) e procedeu ao seu interrogatório. O indiciado utilizou seu direito de ficar calado. 
Relatado, o inquérito policial foi encaminhado para a central de denúncias, que centraliza 
todos os inquéritos policiais do estado. Partindo da premissa de que tanto a comarca de 
Mucajaí quanto a de Boa Vista possuam uma vara específica criminal e uma vara específica 
do tribunal do júri, redija, na condição de promotor de justiça, a peça adequada à situação 
hipotética em questão. Não crie fatos novos nem qualifique o acusado. 
 
 
 
 
 
ÁREA: DIREITO DO TRABALHO 
 
XXIV Exame de Ordem 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
Foi prolatada sentença nos autos da ação 9.876, movida por Maria das Graças em face da 
sociedade empresária Editora Legal Ltda., que tramita perante a 100ª Vara do Trabalho de 
Goiânia/GO. Na demanda, a reclamante informou ter sido empregada da ré de agosto de 
2015 a janeiro de 2017, quando pediu demissão. Houve regular contestação e instrução. Na 
sentença, o juiz julgou improcedente o pedido de dano existencial pela extensa jornada 
alegadamente cumprida e procedente o pedido de uma hora extra com adicional de 80% 
pelo intervalo intrajornada violado, uma vez que a sociedade empresária concedia apenas 
30 minutos e que, a despeito de haver nos autos autorização do Ministério do Trabalho para 
a redução, isso não seria previsto em lei. Julgou, ainda, improcedente o pedido de horas de 
prontidão, porque a trabalhadora não permanecia nas instalações da empresa fora do 
horário de trabalho, e procedente o pedido de reintegração, porque a empregada comprovou 
documentalmente que, por ocasião da ruptura do contrato, estava grávida. O juiz julgou 
procedente o pedido de horas de sobreaviso, porque a trabalhadora permanecia com celular 
da empresa permanentemente ligado, inclusive fora do horário de serviço, e deferiu 
adicional de insalubridade em grau médio (30% sobre o salário mínimo), porque ficou 
comprovado por perícia que a autora manuseava produtos químicos na editora para realizar 
as impressões. O magistrado julgou procedente o pedido de recolhimento do INSS do 
período trabalhado, que não foi feito pelo empregador, conforme comprovado pelo 
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) e julgou improcedente o pedido de 
adicional de transferência, porque a alteração de local de trabalho não gerou mudança de 
domicílio da autora. Na sentença, publicada em setembro de 2017, o juiz ainda julgou 
procedente em parte o pedido de adicional noturno porque comprovado, pelo depoimento 
do preposto, que a autora trabalhava das 16.00h às 23.00h, motivo pelo qual condenou a ré 
a pagar o adicional de 25% entre 22.00h e 23.00h. O magistrado também deferiu a 
integração ao salário do valor do plano dental concedido gratuitamente à reclamante, com 
as repercussões daí advindas, ao argumento de que isso não poderia ser confundido com 
plano de saúde (este sim, que não sofreria integração). Documentos juntados pelas partes: 
contracheques, cartões de ponto, TRCT, autorização do Ministério do Trabalho para a 
redução do intervalo e CNIS. 
 
Como advogado(a) contratado(a) pela sociedade empresária e considerando que a sentença 
não possui vícios nem omissões, elabore a peça jurídica em defesa dos interesses dela. 
 
ÁREA: DIREITO DO TRABALHO 
 
XXIII Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
Em 30 de abril de 2017, Hamilton ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade 
empresária Loteria Alfa Ltda., distribuída para a 50ª Vara de João Pessoa, sob o número 
1234. Hamilton afirma que trabalhou na empresa de 13 de janeiro de 2010 a 25 de março de 
2017, quando foi dispensado sem justa causa. Afirma, ainda, que trabalhava de 2ª a 6ª feira, 
das 7h às 14h, com intervalo de uma hora para refeição. Ele relata que sempre foi 
cumpridor de suas tarefas e prestativo para com os prepostos da empresa, e que, duas 
semanas após receber o aviso prévio, decidiu inscrever-se numa chapa como candidato a 
presidente do sindicato dos empregados em lotéricas, para lutar por melhorias para a sua 
categoria. Hamilton afirma que, além de processar os jogos feitos pelos clientes, também 
realizava atividade bancária referente a saques de até R$ 100,00 e o pagamento de contas 
de serviços públicos (água, luz, gás e telefone), bem como de boletos bancários de até R$ 
200,00. Ele confirma que, dentre os clientes do empregador, estava uma companhia de 
energia elétrica da cidade, daí porque, uma vez por semana, tinha que ir até essa empresa 
para pegar, de uma só vez, as apostas de todos os seus empregados, o que fidelizava esses 
clientes; contudo, nesse dia, ele permanecia em área de risco (subestação de energia) por 10 
minutos. Hamilton relata que, durante o período em que trabalhou na Loteria Alfa, faltou 
algumas vezes ao serviço e que teve essas faltas descontadas; diz, ainda, que substituiu o 
gerente da loteria, quando este se afastou por auxíliodoença, pelo período de três meses, 
mas que não teve qualquer alteração de salário. Ele afirma que existe o benefício de ticket-
alimentação, previsto em acordo coletivo assinado pela sociedade empresária Beta Ltda., 
mas que jamais recebeu esse benefício durante todo o contrato. O empregadoem questão 
informa que adquiriu empréstimo bancário, consignado em folha de pagamento, e que por 
três meses, quando houve sensível diminuição do movimento em razão da crise econômica, 
realizou serviço do seu próprio domicílio (home office), conferindo as planilhas de jogos, 
mas que não recebeu vale-transporte; ainda informa que não trabalhava nos feriados e que 
recebia vale-cultura do empregador no valor de R$ 30,00 mensais. Na reclamação 
trabalhista, Hamilton requer adicional de periculosidade, vantagens previstas na norma 
coletiva dos bancários, reintegração ao emprego, horas extras, horas de sobreaviso, ticket 
previsto na norma coletiva, vale-transporte pelo período em que trabalhou em home office e 
integração do vale-cultura ao seu salário. Foram juntados os contracheques, cópia da CTPS, 
comprovante de residência, acordo coletivo assinado pela sociedade empresária Loteria 
Beta Ltda. e norma coletiva dos bancários de 2010 a 2017. 
 
Contratado(a) pela sociedade empresária Loteria Alfa Ltda., você deve apresentar a peça 
judicial adequada aos interesses da ré. 
 
ÁREA: DIREITO DO TRABALHO 
 
XXII Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
Marina Ribeiro, brasileira, casada, desempregada, filha de Laura Santos, portadora da 
identidade 855, CPF 909, residente e domiciliada na Rua Coronel Saturnino, casa 28 – São 
Paulo-SP – CEP 4444, trabalhou para a sociedade empresária Malharia Fina Ltda., 
localizada na capital paulista, como auxiliar de produção, de 20/09/2014 a 30/12/2016, 
quando foi dispensada sem justa causa, recebendo as verbas da ruptura contratual. 
Atualmente Marina está desempregada, mas, na época em que atuava na Malharia Fina, 
ganhava 1 salário mínimo mensal. Marina é presidente do seu sindicato de classe, ao qual 
está filiada desde a admissão, tendo sido eleita e empossada no dia 20/06/2015 para um 
mandato de 2 anos, bem como cientificada a empregadora do fato por email, exibido ao 
advogado. Marina recebeu uniforme e EPI da empresa, jamais sofrendo descontos no seu 
salário em razão disso. Recebia, também, alimentação (almoço e lanche) gratuitamente e 
trabalhava de 2ª a 6ª feira das 13.30h às 22.30h, com intervalo de 1 hora, e aos sábados, das 
8.00h às 12.00h, sem intervalo. Após o horário informado, gastava 20 minutos para tirar o 
uniforme, comer o lanche oferecido pela empresa e escovar os dentes. Marina recebeu a 
participação proporcional nos lucros de 2014 e integral em 2015 e 2016. Marina tem três 
filhos saudáveis, com idades de 12, 10 e 8 anos, conforme certidões de nascimento que 
apresentou. Ela, no ano de 2015, comprovadamente, doou sangue em duas ocasiões, faltou 
ao emprego em ambas e foi descontada a título de falta. Já em 2016, ela foi descontada em 
três dias, quando se ausentou para viajar para o Nordeste e comparecer ao enterro de um 
primo, que falecera em acidente de trânsito. Hugo, o superior imediato de Marina, era chefe 
do setor de produção. Duas vezes na semana, no mínimo, dizia que ela tinha um belo 
sorriso. Por educação, Marina agradecia o elogio. Em 2016, em razão de doença, Hugo 
ficou afastado do serviço por 90 dias e ela o substituiu até o seu retorno. Por ocasião do 
exame demissional, o setor médico da empresa informou que Marina estava apta para a 
dispensa. Nos seus contracheques, em todos os meses desde a admissão, havia o 
lançamento de crédito de um salário mínimo e de duas cotas de salário-família, além de 
descontos de INSS, do vale-transporte, da contribuição assistencial e da confederativa. 
Marina ainda informou que tinha ajuizado uma ação anteriormente e que, como perdera a 
confiança no antigo advogado, não compareceu à audiência para a qual fora intimada. Essa 
ação havia sido distribuída à 250ª Vara do Trabalho de São Paulo e, em consulta pela 
Internet, foi verificado o seu arquivamento. 
 
Com base nos dados apresentados, formule a peça (rito ordinário) de defesa dos interesses 
de Marina em juízo. 
 
ÁREA: DIREITO DO TRABALHO 
 
XXI Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
 
Paulo foi empregado da microempresa Tudo Limpo Ltda. de 22/02/15 a 15/03/16. 
Trabalhava como auxiliar de serviços gerais, atuando na limpeza de parte da pista de um 
aeroporto de pequeno porte. Durante todo o contrato, prestou serviços na Aeroduto – 
Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos. Ao ser dispensado e receber as verbas 
rescisórias, ajuizou reclamação trabalhista em face da empregadora e da tomadora dos 
serviços, pretendendo adicional de insalubridade porque trabalhava em local de barulho, 
bem como a incidência de correção monetária sobre o valor dos salários, vez que recebia 
sempre até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. Logo, tendo mudado o mês de 
competência, deveria haver a correção monetária, dado o momento, na época, de inflação 
galopante. A ação foi distribuída para a 99ª Vara de Trabalho de Salvador. No dia da 
audiência, a primeira ré, empregadora, fez-se representar pelo seu contador, assistido por 
advogado. A segunda ré, por preposto empregado e advogado. Foram entregues defesas e 
prova documental, sendo que, pela segunda ré, foi juntada toda a documentação relacionada 
à fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda se encontra em vigor, bem como 
exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive o autor, os quais não 
demonstravam nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato, além dos recibos 
do autor de fornecimento de EPI para audição. Superada a possibilidade de acordo, o juiz 
indeferiu os requerimentos da segunda ré para a produção de provas testemunhal e pericial, 
consignando em ata os protestos da segunda ré, pois visava, com isso, comprovar que o EPI 
eliminava a insalubridade. O processo seguiu concluso para a sentença, a qual decretou a 
revelia e confissão da primeira ré por não estar representada regularmente. Julgou 
procedentes os pedidos de pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem 
como de incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a 
“virada do mês”. Outrossim, condenou a segunda ré, subsidiariamente, em todos os 
pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª ré. Diante disso, como 
advogado(a) da 2ª ré, redija a peça prático-profissional pertinente ao caso. 
 
ÁREA: DIREITO DO TRABALHO 
 
XX Exame de Ordem Unificado 
 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
Suzana trabalhou na residência da família Moraes de 15/06/2015 a 15/09/2015, data na qual 
teve baixa em sua CTPS. A família do ex-empregador vive em Natal/RN. Suzana foi 
contratada a título de experiência por 45 dias, findos os quais nada foi tratado e Suzana 
continuou trabalhando normalmente. Suzana realizava todas as atividades do lar, iniciando 
o trabalho às 7h e saindo às 16 h, de segunda à sexta-feira, com trinta minutos de intervalo. 
Suzana tinha descontado do seu salário 10% referente ao vale-transporte, além de sua cota-
parte do INSS e 25% do valor da alimentação consumida no emprego. Suzana fazia a 
limpeza dos 3 banheiros existentes na residência mas não recebia qualquer adicional. Em 
determinada ocasião, Suzana viajou com a família por 4 dias úteis para Gramado/RS. Nessa 
ocasião, trabalhou como babá das 8h às 17h, desfrutando de uma hora de almoço. Na data 
da dispensa, Suzana recebeu as seguintes verbas: férias proporcionais de 3/12 avos 
acrescidas de 1/3 e 13º salário proporcional de 3/12 avos. 
Você foi procurado por Suzana para, na condição de advogado(a), redigir a peça prático-
profissional pertinente em defesa dos interesses da trabalhadora, sem criar dados ou fatos 
não informados.

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