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Universidade Federal Fluminense - Pesquisa e Prática de Ensino 1 - 2/20222 Resenha Crítica do Texto: O museu de ciências: espaço da história da ciência. “ (...)Um novo campo da educação se estrutura: o da educação não for- mal(Gohn, 1999). Hoje, vários espaços contribuem para o mesmo fim educativo que tem como meta suprir a sociedade em suas carências de conhecimento. Neste contexto, os museus são eleitos como fontes importantes de aprendizagem e po- dem contribuir para o enriquecimento cultural científico dos indivíduos: os que estão na escola, aqueles que não tiveram esta oportunidade e os que já estão fora dela.” Na grande maioria das escolas, existe um dia no calendário letivo, chamado “Dia de Passeio”. Toda criança fica entusiasmada, animada e curiosa com a pos- sibilidade de ir ao passeio, onde muitas vezes são levados à museus e lugares históricos. Automaticamente, ao iniciar a leitura deste texto, fui levada a lembrança da minha primeira ida ao Museu Imperial, localizado na Cidade de Petrópolis- Rio de Janeiro. Por alguns instantes consegui me lembrar da sensação de entrar em um local extremamente limpo, organizado, repleto de bens pessoais dos portugueses, pinturas, cartas, móveis e etc, com um cheiro muito peculiar de madeira e lustra móvel. Me lembrei da sensação de precisar colocar calçados especiais e de questi- onar ao guia a necessidade de retirar o meu par de sapatilhas moleca e calçar as pantufas do museu. Ao final do passeio, voltei pra casa com muitas estórias para contar, cheia de novidades e com um sentimento de aprendizado muito aflorado, um sentimento além do vivido dentro da sala de aula. Ao entrar em contato com o presente texto, além do sentimento nostálgico me veio a sensação de “cair a ficha” sobre a real necessidade e fundamentabilidade dos museus, nos tocantes ao texto, dos Museus de Ciência e os Science Center. “(...)Ampliando sua dimensão educativa, os museus, como espaços de preservação e guardiões do passado, aproximam-se dos aspectos da ciência contemporânea e também contemplam a visão de que a historicidade é característica relevante para se pensar cientificamente, ou seja, o universo é sujeito de transformação per- manente e portanto, tem uma história. Nesta ótica os museus têm perseguido a associação dos fenômenos naturais com a história. Por meio dela é permitido o entendimento do processo dos eventos. Esta versão visa aproximar o homem leigo do conhecimento preservado e apresentado no museu. Se o século XX ini- cia com a mistificação da ciência, no fim do século a tendência pedagógica é a desmistificação.” 1 Niterói 2022 Universidade Federal Fluminense - Pesquisa e Prática de Ensino 1 - 2/20222 Ao mesmo tempo que fui levada ao Museu Imperial também fui levada ao pri- meiro Science Center que conheci na vida, a Casa da Descoberta, localizada no Instituto de Física da UFF- Niterói, Rio de Janeiro. Foi na Casa da Descoberta, onde consegui conectar os meus conhecimentos prévios sobre experimentos e tra- balho científico, que me foi apresentado no Ensino Médio, através do programa PACAEM (Programa de Alfabetização Científica para Alunos do Ensino Médio), com o que estava me sendo apresentado durante os meus primeiros semestres de graduação em Física, na UFF. “No museu dedicado à ciência e à tecnologia, a perspectiva que se mantém como desafio, é a de evitar a elaboração de apresentações que levam à separação entre as disciplinas das ciências sociais e naturais, procurando, ao contrário, con- templar a ligação com as áreas da Filosofia da Ciência e da História da Ciência. Na Educação em Ciência, e face ao analfabetismo científico, esta aproximação é oportuna. A História, a Filosofia e a Sociologia da Ciência, no quadro de difi- culdades de acesso ao entendimento da ciência, aproximam os interesses éticos, culturais e políticos dos indivíduos, tornam seus assuntos mais estimulantes, re- flexivos e incrementam as capacidades do pensamento crítico.” A autora nos faz refletir e nos questionarmos sobre o quão longe está o trato do museu com o cotidiano da sala de aula. Nos questiona sobre como podemos diminuir a distância entre esses dois ambientes e que, ao restringirmos esse distan- ciamento, possamos enxergar os Museus e os Science Center como uma extensão as formas de aprendizado dentro e fora das salas de aula, assim como, nossos conhecimentos do cotidiano da vida. “A tendência fundamental operada no museu é a de que o antigo lugar privile- giado do objeto museológico é tomado por sua relação com o homem. O tangível aliado ao intangível faz com que a instituição esteja continuamente adaptada aos meios social e cultural, valorizando os processos dinâmicos das relações entre o ser humano e a natureza, entre a sociedade, a ciência e a tecnologia.” 2 Niterói 2022 Universidade Federal Fluminense - Pesquisa e Prática de Ensino 1 - 2/20222 Referências Bibliográficas [1] VALENTE, Maria Esther Alvarez. Ciência Educação, v. 11(1), p. 53-62, 2005. [2] GOHN, M. da G. Educação não-formal e cultura política: impacto sobre o associativismo do terceiro setor. São Paulo: Cortez, 1999. 3 Niterói 2022
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