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gerem que as operadoras não es-
GAZETA ERCANTIL
- Ar|nAoEMz 400.000 E×EMPLAHEs EM ESPANHOL E Ponruoues
ANO 4 - N° 168: DE 12 A 19 DE JULHO DE 1999 PREÇO oo E×E|v|Pt_An1 Argentina: s 2.00;2,20 (interior) 1 chile; s 1000 Diretor Responsável: Luiz Fernenoo Ferreiro Lew
Demais paises: US$ 2,00 + correio
' c|i=rcULA com cxzr-:TA rvrr‹:1rcAN'rn. rõrrxsrii E MA|s 14 o|ÁR|os Das AMÉr=i|cAs
Emergentes conquistam as múltisbrasileiros firmam
HC0l'd0 do ¢fll'¡faS Mds d fditd de informdçõo pode custdr coro pdrd ds grdndes empresas vdrejistds
nzzzrm _ m _ fzir fr '“ _* " P' z z_ z * zz
' Sergio Manaut
nidade Andina (CAN) assinaram ~ Fló . _ . ç Buenos Aires
acordo tarifário_para 2.'_l0O produ- ç Honduras A ntes desprezadas, as econo_
tos, com vlgencra de do:sPa¿t;c!;z 30 E vende mçnos títàä -_, México _ 0,510 hoje 4"ZÊè:-Êgjfšãgšešiäípšãiiãgtíng
ea za...-dos para lormos *¬ z
negócios com ações ,,,,,,,,,,,,,,z,,,,,,, `?__`<_` Jamaiçâgàvvenaêazrlaezgzs Énzrs Ã
das teles na reglao ¡. A s venda:/1 Êôn'estado norte- i GUaͰ"la'a I ;:-"19-l¿;g'~z`.‹l" 0,932 `
, americano da Flórida para * 0,304 * C0¡ô¡n\ ¡a__g__§,_ :fp A .
ii ' ei .z
O Brasil e os países da Comu-
Dominicana ,
0,773
~ o~ i olho nessas estrelas do futuro. Mas
o que fazer para evitar erros _que
possarn levar as empresas a bater
em retirada? James Gingrich, sócio
da consultoria Booz Allen & Ha-
milton, dá cinco dicas importantes
para o sucesso nesses mercados.
A primeira, é chegar às massas.
E isso significa ter produtos de qua-
lidade a preços baixos, exemplo do
que fez a C&A no Brasil. A segun-
da regra é investir em distribuição.
Depender de grandes redes varejis-
tas pode apertar a margem de lucro
e tirar a competitividade. Criar o de-
sejo de compra é a terceira regra. E
ter uma boa marca é o melhor ca-
minho para isso, diz o consultor. As
duas últimas dicas estão diretamen-
te ligadas ao conhecimento de co-
mo funciona o mercado. Exemplos
de erro forarn algurnas ações da Pe-
psico na América Latina. Uma das
formas de evitar esses tropeços é
acreditar no espírito empreendedor
de seus gerentes. Eles sabem muito
bem como as coisas funcionam em
seus países, afirma Gingrich.
I Páginas 6 e 7
Xerox rnuda
estratégia e
antecipa planos
Francisco Góes
Rio de Janeiro
AXerox do Brasil vai anteci-
par para este ano projetos e
investimentos que só seriam im-
plementados no próximo milê-
nio. A empresa quer substituir
importações por produção local
e chegar ao ano 2002 com 70%
de seus insumos desenvolvidos
no Brasil. Neste ano, a subsidiá-
ria brasileira da Xerox dará iní-
cio à ampliação de sua capacida-
de industrial, com investimentos
de US$ 200 milhões até 2001.
Desse total, US$ 75 milhões irão
para as fábricas de Manaus, no
estado do -Amazonas, e de Salva-
dor, no estado da Bahia.
1 Página 5
A desvalorização do real, a moe- Ê países da América Lanna dirni- 1 . ¿_,‹¡ 0:5-43
da brasileira, fez cair os negócios i nuíram 46,19% em média no qua- EI Salvador 11* _: t.
com ações de empresas de teleco- * drimestre, com queda mais acen- 0,340 ii. 5 Brasil `
municações na América Lanna. tuada nas nações onde a crise po- . 'Êç É N
1Página 31 r lítica e econômica foi mais com mea “~`\` o _‹.tÉ“i,734L i
aguda, como no Equador, Co- Iz r._' 1
I)ESCObBI'ÍOS DO * lômbia e Venezuela. Ao mesmo É0'492 i . \"*~g_ t I `
z . , tempo, as exportações de países ç
Peru vestlglos da latino-arnericanos para a Flórida i Pflflflfflá -
' ' ' ' 'triplicaram entre janeiro e abril. 0,243 i 1 _* /5,. ¿' ,
ultlma cap Inca Os desífiqlles ficam com a Costa 7 W/ .zit
Rica, Uruguai e Brasil. No caso ' /"~ *
Uma expedição espanhola rei- da Costa Rica, as vendas cresce-
vmârzzz a descoberta da cidade . zam122%,grzçzs àmsrzrzçâo de °=3°3'.ii=»t
perdida de Vilcabamba, último urna fábrica de chips para PC”s
reduto dos incas no Peru. no país. No caso do Brasil, se-
1 Página 25 I gundo Wemer Batista, da Inter- .
E national Specialty lrnports, o mo-
; E E E E i tivo do crescimento das exP0lTfl- Mercado latino 1
Brasil vive dias 1” ;.gz;gf¿g**;,ƒ;,Çf;?hf¿â .×p..f;'¿%'ä§Êlâ Êäliââfiriâ I
d mdoreS,,_ ,W janeiro e abril de 1099de colapso na 1 “sm °S°*P° .-emoeebrrhoe
telefonia fixo i eeee~ f se se E s 9
¡ Pág,-M 3 _|=únrezr=|er¡aarraae ozrz czjrrrúrç _ _ Í
Em foSflS do O passado ainda rondaer» chi â ~ .se ft esplaâfflíl ÍGÍ a sucessao mexicanalefonia de longa distancia
O Chile, por muito tempo a Lucy Conger quisador Jorge G. Castañeda.
vedete econômica da Cidade do México Com esse histórico nas costas,
América Latina, está vendo 0México começou a trilhar as eleições de 2 de julho de
suas empresas abandoçnarem um caminho cheio de ris- 2000 estão cercadas de incerte-
os negócios na região. E o que cos e benefícios no momento zas. O partido governista terá
mostra um estudo preparado em que 0 presidente Ernesto de aprender a escolher um can-
pela Câmara de Comércio de Zedillo. decidiu abdicar do di- didato por meio de uma prévia
Santiago. Nos últimos nove reito de indicar o candidato à _ o que pode desembocar nu-
meses, já foram vendidos US$ sua sucessão dentro de seu par- ma crise interna _ e os oposi-
2,ll bilhões em participações tido, o lendário Partido Revo- tores terão de aprender a unir
de empresas chilenas no país e lucionário Institucional (PRI). forças se quiserem vencer.
no exterior. O dedazo, como é chamada Outro medo que ronda a cabe-
Na divisão por setor, o elé- essa ação presidencial, fez par- ça dos mexicanos: acrise econô-
trico concentra a maior parte te da história mexicana nos úl- mica. Nas duas últimas décadas,
das vendas, 82% do valor to- timos 70 anos, desde que co- acada troca de presidente, opaís
tal. Olhando-se os países, a meçou o império do PRI. “No passou por graves problemas
Argentina e o Peru são os que México, o poder nunca foi econômicos. Mas a decisão de
mais perdem participação chi- transferido de 'outra maneira
lena na economia. _ que não essa ( o dedazo) ou por
Zedillo pode ter encerrado tam-
bém esse capítulo.
1 Página 4 golpe de estado”, lembra o pes- 1 Página 32
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no Brasil já tenha sido superado,
os problemas vividos' pelos bra- .
sileiros, na semana passada., su-
tavam preparadas para a transi-
ção rumo a um modelo de
concorrência. Falhas técnicas e a
forte demanda contribuíram para
que a quantidade de interurbanos
completados caísse até 50%.
As telefônicas (Embratel, Te-
lefônica, Telemar e Tele Centro
Sul) tiveram um ano para se pre-
parar para a mudança do sistema
_ que adicionou dois dígitos pa-
ra identificar a operadora que o
consumidor quer utilizar _ e as
campanhas de marketing dura-
ram dois meses. Nos EUA, a al-
teração do plano de numeração
levou sete anos.
n Página 14
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2- GAZETA MERcANT|L DAT|No-AMERICANA al DE 12 A 19 DE JULHO DE 1999
Economia global requer escala
A surpreendente decisao tomada no início
do mês pelas duas maiores fabricantes
de bebidas do Brasil, no sentido de fundir as
duas empresas numa única companhia, do-
ravante denominada AmBev, constitui um
ousado lance de estratégia que merece ser
considerado e entendido como um modelo
para todas as empresas que atuam no con-
tinente e que estão sujeitas, no médio ou no
longo prazo, à investida de corporações in-
ternacionais de peso.
0 episódio é realmente exemplar; na me-
dida em que ambas as empresas, detentoras
de mais de 70% do mercado brasileiro de
cervejas, não tinham concorrentes de porte
no âmbito doméstico. Assim, o verdadeiro
móvel da megafusão está localizado além
das fronteiras do continente.
Acertadamente, a decisão foi tomada com
o objetivo de constituir uma empresa com
capacidade produtiva, porte financeiro e es-
trutura logistica suficientemente consistente
para fazer frente à investida das grandes
latino-americanas.
multinacionais de produçao de bebidas que'
se preparam para atracar no Mercosul.
Resposta adequada para enfrentar a con-
corrência cada dia mais globalizada, afór-
mula já está sendo ensaiada por empresas
A imprensa argentina noticia
um processo de fusão envolven- .r ~
do a argentina Bodegas Peña-
flor, de Mendoza, com a cómpa- -:-ÉJÃI - I'-IQ-__ _- -" - 'Z-_ _.x _
*mr ` `nhia chilena CCU de Argentina e - *W'*š%7;- stil;
A Petroamérica, projeto que prevê a inte-
gração das empresas petroquímicas sul.-
americanas, é outra proposta à altura dos
desafios interpostos pela globalização eco-
nômica, desta feita na esfera estatal.
É no campo da iniciativa pri-
vada, entretanto, que estão de-
positadas as mais ricas oportu-
nidades. Nada menos do que
250 empresas do continente sul-
americano mantêm bases co-
o fundo de investimentos norte- - _. muns em pelo menos dois paises
- - - zzê = . ..:.'2fr.¬* -americano Donaldson, Luflcin & . ,.¿.. ,¿ ; às ¿_;.-,,,,,_do Mercosul. Trata-.se de uma=:~;-lie;-rífšif-f~z:* ; .az .Jenrette. Conflrmada, a opera- Miš,ç__. ç base que pode ser rapidamente
ção viria dar origem à primeira ;;- fortalecido por meio defusões e
multinacional argentina no ramo z_-¡.._ associações regionais, tendo
de bebidas, capacitando o setor por objetivo a soma de forças
., _.\,-__* ~
a enfrentar concorrentes inter- P' ~'f5-Í'Í"`-;`f,=-.fz ' A que nos capacite para atuar de
nacionais. igual para igual num ambiente
Apesar de ser o que apresenta resultados de livre mercado. A globalização econômica,
mais imediatos, o segmento de bebidas não é mais do que nunca, _exige ganhos de escala.
o único que se prepara para concorrer numa _
economia cresceniemenre globalizada. Luiz Fernando Ferreira Levy
Brasil e EUA fecham pacto para o aço
Grupos brasileiros podem ,exportar sem sobreioxcr. mos mois coro e com cotas
Lauro Aires
Brasília _
O setor siderúrgico brasileiro
sofreu um grande revés na
última semana; Em acordo fe-
chado entre três grandes siderúr-
gicas nacionais e o Departamen-
to de Comércio norte-americano,
ficou estipulado um preço rníni-
mo de US$ 327 por tonelada de
aço larninado a quente exportado
para os EUA nos próximos cinco
anos, cerca de 30% mais caro do
que o preço nonnal do produto
brasileiro. A Companhia Side-
rúrgica Nacional (CSN), Usimi-
nas e Cosipa - as três maiores
produtoras de laminados a quen-
te do país - também aceitaram
uma cota de 295 mil toneladas
por ano até 2004. As exportações
do produto para os EUA soma-
ram 400 mil toneladas em 98.
Em troca, os norte-americanos
retiraram a sobretaxa de 60% so-
bre o produto brasileiro adotada
como medida anti-dumping.
Sem esconder sua decepção, o
presidente do Instituto Brasileiro
de Siderurgia (IBS), Antõniolo-
sé Polanczyk, classificou o acor-
do como “o possível”.
Na prática, 0 Brasil vai passar
o ano de 1999 praticamente sem
exportar laminados a quente para
os EUA, porque a sobretaxa es-
tava sendo aplicada desde o iní-
cio do ano e o acordo só passa a
valer em outubro. Mesmo depois
da vigência do convênio, 0 futu-
ro é sombrio para as siderúrgicas
brasileiras. Isso porque o preço
do produto no mercado intemo
americano gira em tomo de US$
290 dólares a tonelada.
Segundo o acordo, se o preço
no mercado intemo norte-ameri-
cano superar os-US$ 327 a tone-
lada, o preço mínimo das expor-
tações brasileiras também terá de
subir. Os preços mínimos foram
fixados em dólar para evitar ga-
nhos de competitividade em caso
de desvalorização do real.
Como ponto positivo, fica
apenas a possibilidade de vender.
as cotas fixadas. “Para quem não
podia vender nada, é um bom ne-
gócio”, afirma Polanczyk. -
O setor siderúrgi_co brasileiro
teme o que ainda está por vir. Es-
pera-se novos processos anti-
dumping em outros produtos de
alto valor agregado, como lami-
nados a frio e tios máquina.
Problemas - “Os norte-
americanos só criam problemas
com produtos acabados”, diz Po-
lanczyk. Segundo ele, produtos
semi-acabados, de menor valor
agregado, entram no mercado
americano sem problemas. Tudo
em nome da manutenção de em-
pregos. O sindicato dos trabalha-
dores de aço reúne 700 mil filia-
dos e tem enorme influência so-
bre o Congresso e no govemo. A
alegação norte_-americana é de
que o governo brasileiro ofere-
ceu subsídios às empresas side-
rúrgicas locais quando assumiu
parte de suas dívidas nos proces-
sos de privatização.
A ordem agora no .governo
brasileiro é esperar. O Brasil
acompanha, como terceiro inte-
ressado, um processo da União
Européia contra- os' EUA no
OMC contra a investigação de
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(IAZILTA MERCANTIL
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subsídios aplicada à ex-estatal
britânica British Steel.
De acordo com o embaixador
Valdemar Carneiro Leão, chefe
do Departamento Econômico do
Itamaraty, o acordo foi um mal
menor. Se o país tivesse partido
para o confronto no âmbito da
OMC, o aço brasileiro poderia
ficar dois anos fora do_ mercado
norte-americano. “O acordo foi
assinado para preservar o acesso
ao mercado norte-americano.
Caso isso não se verifique, reve-
temos o acordo”, afirma. 1
Cartas para a redação. Brasil; Rua Eng.
Francisco Pitta Brito, 125 - São Paulo/Cd
pital. CEP 04753-080. Argentina: Uruguay,
775 - 8° piso/Buenos Aires. Código Postal
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1 Mário de Almeida ' ,
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Ei. I-ieruiuuuisrn.
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Tennonlsmo
Minha vaca,
meu tesouro
A cada dia que passa o
assunto segurança está
ganhando novas dimensões na
Colômbia. Hoje em dia, nem
mesmo o gado está livre da
ameça de seqüestro ou ataque
terrorista. Isso, pelo menos, é o
que garantem os criadores
locais que vão participar da
Feira Internacional
Agropecuária, em Bogotá entre
os dias 16 e 25 desse mês. Eles
pediram - e conseguiram -
proteção militar para o gado,
temendo uma “pesca
diabólica”, ou seqüestro.
Os animais (os mais caros
do país) vêm principalmente
das fazendas da costa
atlântica, ao Norte, e para
chegar a Bogotá passam por
áreas com grande
concentração de guerrilheiros.
Por isso, vários dos comboios
estarão sob proteção das
forças militares. _
Durante os diasde trânsito
dos animais pelas estradas “
colombianas a presença .
policial também será reforçada.
Além dos animais `
colombianos, estará presente _à
feira gado do Brasil, '
Alemanha, Austria, Bélgica,
Cuba, França, itália, Holanda,
Hungria e Polônia. 1
.f""',á
Euenola
Novos jogadores disputam
espaço no mercado chileno
Espanhola Enersis
ganha a briga na
compra da Endesa,
mas terá fortes
concorrentes
S em dúvida nenhuma a hol-
ding elétrica Enersis é o me-
lhor exemplo das importantes
mudanças de controle de capital
que ocorreram no último semes-
tre no Chile.
O último ano foi de tensão en-
tre os representantes chilenos na
direção da Enersis ea Endesa
España. Ambos eram sócios na
Endesa Chile e os europeus de-
cidirarn tomar o touro a unha.
O grupo espanhol lançou em
janeiro uma oferta para comprar
as ações e ficar com o controle
da holding Enersis e impedir, as-
sim, que a Endesa' Chile saísse
de seu controle. Isso é apenas o
começo de um longo caminho.
Os próximos três meses marca-
rao a transição e tomada de po_
der da Enersis.
Os espanhóis, contudo, preci-
sam se preparar para um merca-
do mais competitivo. O primeiro
sinal veio da empresa norte-ame-
ricana Duke Energy que havia,
em fevereiro, feito uma oferta de
compra das ações da Endesa
Chile. Quando os espanhóis ofe-
receram 360 pesos por ação da
geradora, os norte-americanos
da Duke desistiram.
Se a Enersis e Endesa estão
com seu comando definido, o
mercado não é exclusivo. Novos
e velhos concorrentes estão se
reorganizando para ampliar sua
ação. As norte-americanas Sem-
pra e PSEG acabam de adquirir o
controle da Chilquinta Energia.
A operação custou US$ 500 mi-
lhões. Outra empresa que mudou
de controle foi a Emel. O grupo
chileno Las- Espigas passou o
controle para sua sócia norte-
americana PP&L por US$ l00
milhões. 1
Dinheiro
do IFC
A Electricidad de
Caracas, empresa líder
na bolsa de valores
venezuelana, receberá US$
i 75 milhões do [FC (ligado
¡ ao Banco Mundial) para
~ modemizar os sistemas de
transmissão e distribuição
de energia.
O empréstimo pemritirá
à empresa venezuelana
construir duas linhas de
transmissão, subestações,
novas linhas de distribuição
e ampliar seus serviços
públicos em regiões
populares do país. A
Electricidad de Caracas terá
sete anos. para pagar o
financiamento. n (EFE)
Euno
Cuba ataca
o dólar
C uba será o primeiro país da
América Latina a utilizar o
euro como moeda em suas ope-
rações comerciais com os pai-
ses que integram a União Mo-
netária Européia.
O vice-presidente cubano,
Carlos Lage, foi direto nas ex-
plicações sobre a decisão cuba-
na: “Debilitar a absoluta hege-
monia do dólar dos Estados
Unidos e dar maior transparên-
cia de preços”.
No anúncio, feito durante a
IX seção do Comitê Hispano
Cubano de Cooperação Empre-
sarial, Lage comentou ainda
que Cuba já vem fazendo ope-
rações em euro desde o início
deste ano.
As operações podem ser um
sinal de maior flexibilidade co-
mercial de Cuba que continua
tendo dificuldade em acessar
créditos internacionais. .
Lage confirmou que seu país
recorreu ao Clube de Paris em
busca de crédito, mas as nego-
ciações estão sendo dificulta-
das pelo governo dos EUA, ga-
rante o vice-presidente. n
Eounoon
Presidente
em queda
P ara não fugir à regra, o indi-
. ce de aprovação do presiden-
te do Equador também está em
baixa entre os empresários. Le-
vantamento feito pela empresa
Deloitte & Touche mostra que o
govemo de Jamil Mahúad é c_on-
siderado ineficiente. _ I
Segundo a pesquisa, o índice
de confiança no governo não
passa de 78 pontos (em 250 pos-
síveis). As maiores criticas são
_ _ __.__ _
sobre a falta de ação para reati-
var a economia, o crescimento
da inflação, a desvalorização do
sucre frente ao dólar e a ação
junto aos congressistas para con-
seguir a aprovação da lei de pri-
vatizações. _ ' `
Outro ponto atacado pelos
empresários equatorianos é a fal-
ta de transparência nas auditorias
feitas nos bancos do país. Sem
credibilidade no sistema finan-
ceiro, os investidores estrangei-
ros não irão se sentir seguros pa-
ra colocar mais dinheiro no
Equador.
'A pesquisa aponta ainda um
outro temor: mudanças nas re-
gras da economia com a baixa
arrecadação de impostos. n
7 I I“_ L
Confiança em baixa
l 4 I '
Editoria de Artelüezela Mercantil Latino-.Americana
1 - A inflação vai subir ou descer?
2 - Está otimista quanto à economia do pais?
' Maior
ffl Igual
iii -;:;_L2%
5570
41 %
OTMSMONAECONOMA
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: íš_ Qi sai -
' “ " I §.' 1- ' 4% '
_ a --. ...
3 - Vê a recuperação eoonömica pela ação do governo?
4-Gonide ' de nd 1999 rará ndi tosââsoâ ge ° '° me
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4I GAZETA MERCANTIL ETATINO-AMERICANA DE 12 A 15 DE JULHO DE 1999
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Bo|.iv|A
Dívida
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F esta na Bolívia. O governo
da República da Alemanha
decidiu perdoar parte da dívida
do país andino. A soma: US$
118 milhões. A promessa
boliviana: destinar parte do
dinheiro do perdão aos planos
de saúde, educação e infra-
estrutura viária.
A condição é parte do
Programa de Alívio da Dívida
de Países ao Tesouro Alemão
que foi acordado entre os
ministros da Fazenda da
Alemanha, Bernhard Ziese e da
Bolívia Herbert Müller. Dos
US$ 118 milhões totais, US$
14,2 milhões serão destinados ã
amortização de obrigações com
o Clube de Paris, US$ 3
milhões à redução de juros e os
US$ 100,8 milhões restantes ao
cumprimento das promessas de
investimentos sociaise infra-
estrutura.
O dinheiro “perdoado”
pelo governo alemão _ ao
qual a Bolívia ainda deve
US$ 4.50 milhões .-
representa 2,6% do total da
dívida do país que, segundo o
Instituto Nacional de
Estatísticas da Bolívia, é de
US$ 4,5 bilhões. 1 (Federico
Caturia/Buenos Aires)
Pnesioeures
Fusões
'fuChile bate em retirada na regiaoGrandes grupos
chflenos
pressionados pela
recessão saem do
mercado
A s empresas chilenas estão
abandonando seus investi-`
mentos na região. Nos últimos
nove meses foram vendidos US$
2,11 bilhões em participações no
exterior e no país. Sinal das di-
ficuldades pelas quais os chile-
nos vêm passando e da entrada
dos investidores internacionais,
dizem os analistas.
Segundo um estudo da Câma-
ra de Comércio de Santiago, boa
parte das transferências no perío-
do foi indireta e concentrou US$
1,91 bilhão em operações que
envolveram não apenas as filiais
mas a colocação da matriz chi-
lena em mãos estrangeiras.
A cifra corresponde à venda
de cinco hoidings nacionais dos
setores previdenciário, energéti-
co, bancário e industrial. Os US$
196 milhões restantes foram
transferidos de forma direta, o
que 'significa que a matriz chile-
na desvinculou-se de suas filiais
ao vendê-las a estrangeiros.
Dentro das transferências di-
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retas destacou-se a venda dos su-
peirnercados Unimarc na Argen-
tina à rede transandina Norte, de
propriedade do Exxel Group e da
francesa Promodes.
Segundo dados da Câmara de
Comércio, 46% das operações
correspondem a transferências
de empresas situadas em territó-
rio argentino, num total de US$
980 milhões, seguidos de US$
542 niílhões no Peru e US$ 470
milhões no Brasil.
Na divisão por setor, as
maiores vendas estão no elé-
trico, com 82% do total, o que
é explicado pela tomada do
controle do consórcio Enersis
Hugo Chávez viro editor
O presidente venezuelano,
Hugo Chávez (que sugeriu
a dissolução do Congresso há
pouco mais de uma semana), co-
locou em marcha mais uma de
suas ações de marketing na se-
mana passada. Lançou um jornal
diário chamado “O Correio do
Presidente”. Chávez, que apare-
ce como editor chefe do '
jornal, dá cabo a sua as-
piração de estar em to-
das as mídias do país.
“O Correio do 'Presi-
dente”, um tablóide de
32 páginas, tem como
política editorial promo-
ver os projetos governa-
mentais e informar so- i'
bre as atividades do presidente.
No editorial, Chávez afirma que
o jomal nasce como “um instru-
mento para não deixar o povo ser
enganado por traidores” e para
lutar em suas páginas “pelo por-
vir de um projeto de mudanças
revolucionárias”.
A primeira edição foi distri-
buída gratuitamente nas ruas da
Venezuela. O jomal deve ,custar
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0,9 centavos de dólar. “Muito
barato” para que todos os vene-
zuelanos possam comprar, diz.
Esta não é a primeira partici-
pação de Chávez na mídia. Ele
tem página na Internet, um pro-
grama de rádio chamado “A1ô,
Presidente”, que vai ao ar aos sá-
bados, e o programa semanal de
televisão “De frente
com o Presidente”, on-
de ele atende telefone,
lê jornais, criticaa opo-
sição, canta, faz piadas,
promove candidatos
aliados ao governo, en-
via autógrafos e resol-
ve problemas dos teles-
pectadores que o cha-
mam paracontar seus dramas
pessoais.
Para a oposição, o lança-
mento do jornal é mais uma
propaganda para seus candida-
tos à assembléia nacional
constituinte que será eleita no
próximo dia 25 de julho. De-
pois da eleição o jornal deixa
de circular, apostam os oposi-
tores. 1 (EFE)
Menem
€Í€7'l”lO
0 presidente da Argen-
tina, Carlos Menem,
saiu na defesa do peso ar-
gentino como a moeda
única do Mercosul para
“consolidar a estabilidade
da região e afastar os fan-
tasmas da desvaloriza-'
ção”. Ele disse ter ouvido
um economista sugerir o
I real como moeda regional,
e se perguntou: “Por que
não o peso argentino, que
| tem paridade com o dólar, j
a moeda mais forte do *
mundo?”
O presidente Fernando
Henrique Cardoso, no
Brasil, respondeu que é
“cedo para falar de moeda
única ou dizer se o peso é
.melhor que o real”. 1
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ÊFÊ“ñäHü
e Endesa Chile pela Endesa
España. °
Outro fator apontado pelos
analistas é a ameaça do governo
chileno de estabelecer uma lei de
OPAS (Oferta Pública de Ações)
mais restritiva para as empresas
que querem tomar o controle das
companhias cotadas em bolsa.
Isso fez com que algumas adian-
tassem sua ação.
Um exemplo é a holding Chil-
quinta que, prevendo a falta.de
recursos para continuar seu de-
senvolvimento no setor elétrico,
resolveu passar sua filial Chil-
qiiinta Energia para um consór-
cio norte-americano formado pe-
Ton1'||.i.As
Revolta
. _ “ __ las empresas Sempra e PSEG.
As compras foram concentra-
das em companhias com forte di-
versificação em áreas de negóz-
cios e integração regional. Em-
presas como a espanhola Endesa
España, 0 grupo Santander-Cen-
tral Hispano, Banco Bilbao Viz-
caya, a açucareira Ebro e a cons-
trutora Dragados, além da -norte-
americana Willians Corporation
foram alguns dos protagonistas
dessas compras. Vieram atrás
dos lucros que estão perdendo
em seus países de origem.
O gerente de estudos da Câmara,
George Léver, indica que durante o
último trimestre de 1998 forarn fei-
tas operações no exterior- de em-
presas nacionais-de US$ 530 mi-
lhões. Somando-se esse valor aos
US$ 600 milhões estimados do pri-
meiro semestre deste ano, percebe-
se que o total investido equivale a
quase metade do que se transferiu
em igual
Asgrecentes vendas de in-
vestimentos no exterior estão
sendo vistas desde 1998, mos-
tra o estudo, quando pela pri-
meira vez as filiais chilenas
no exterior diminuíram seus
lucros. A rentabilidade sobre
os investimentos caiu a 1,8%
após ter atingido 2,9% em
1997. 1 (EFE)
“BUG” Dorvmno
Prontos
mexicana para o 2000
T ortilla é um produto
sagrado para os mexicanos.
Gastam-se no país US$ 3,5
bilhões por ano com tortillas de
milho, inforrna um estudo da
Associação Mexicana de
Estudos de Defesa do
Consumidor. Os 95 milhões de
mexicanos consomem nada
mais nada menos que 120
quilos do produto per capita.
Cerca de 600 pratos da cozinha
tradicional levam esse
ingrediente.
Mas os consumidores estão
nervosos, especialmente os 40
milhões mais pobres. A
associação está denunciando
uma alta de 82% nos preços das
tortillas no ano passado e
outros 20% neste ano. O
governo liberou o preço do
produto n_o início deste ano
para que a lei de oferta e
procura fixe o preço no
mercado. Havia sido feito um
acordo de preço que não está
sendo respeitado, diz a
O s investidores chilenos já
podem dormir tranqüilos.
As operações na Bolsa de
Comércio de Santiago (BCS) e
na bolsa Eletrônica (BEC)
poderão ser feitas sem riscos
no dia 2 de janeiro do ano
2000. As bolsas gastaram US$
2,5 milhões com a adaptação
de seus sistemas eletrônicos
ao chamado “bug” do milênio,
num trabalho que começou em
1996. Há dois meses veio a
certificação para o ano 2000,
garantindo que não existem
riscos de colapso nos sistemas
dasbolsas.
S_e o mercado financeiro vai
bem, as empresas no Chile
estão mais atrasadas. Segundo
um relatório da
Superintendência de Valores e
Seguros, 55,7% das
sociedades anônimas
terminaram a etapa de
planejamento até março
último, mas apenas 25,7%
haviam concluído a etapa de
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Esrnâréom
Xerox antecipa investimentos no Brasil
Empreso pretende oplicor US$ 200 milhões no pois oie 2001 poro omplior s_uo copcicidode industrial
Francisco Góes
Rio de-Janeiro
AXerox do Brasil decidiu ante-
cipar para 1999 projetos e in-
vestimentos que só saiiiam da ga-
veta no próximo milênio. A estia-
tégia da empresa, terceira maior
operação do grupo Xerox no mun-
do - atrás do Japão e dos,Estados
Unidos -, foi motivada pela des-
valorização da moeda brasileira, o
real (em janeiro), e consolidou seu
processo de reestrutiuação intema.
U_ma das prioridades da Xerox
do Brasil é substituir gradualmente
as importações por produção local.
Atualmente,80% dos componentes
usados na montagem das máquinas
utilizadas pela empresa são impor-
otados. A meta é inverter a equação e
chegar até 2002 com 70% dos in-
surnos produzidos localmente.
A Xerox brasileira também vem
aprofundando movimentos para ser
reconhecida como uma empresa de
soluções de serviços corporativos, e
não somente como fabricante de fo-
tocopiadoras, segmento no qual de-
tém uma participação de cerca de
75% no mercado brasileiro.
Com esses objetivos em vista, a
subsidiária brasileira do grupo Xe-
rox decidiu antecipar a ampliação
de sua capacidade industrial. O pro-
grama., aprovado em 1.998 pela sede
da corporação, em Starnford, Con-
necticut (Estados Unidos), seria
Editoria de ArtetGazeta Mercantil Latino-Americana
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Receita com exportações
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Programa de investimentos*
l Faturamento em 1998 _ _ Fábricas
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A ,expansao da Xerox
Os principais números da empresa no Brasil
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Número de funcionários 1
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Fonte: Xerox do Brasil
aplicado a partir do ano 2(I)0, mas
está sendo desenvolvido já em 1999
e se estenderá até 2001. Os inves-
timentos previstos são de US$ 2(l)
milhões, segundo o diretor-presi-
dente da Xerox do Brasil, Carlos
Salles. Desse montante, cerca de
US$ 75 milhões serão aplicados em
1999 nas fábricas da empresa em
Manaus (Amazonas) e Salvador
(Bahia), onde está entrando em tes-
tes urna unidade de produção de ci-
lindros fotoreceptores orgânicos --
peça responsável pela formação da
imagem em copiadoras e máquinas
multifuncionais, que operarn como
copiadoras, impressoras, fax e sca-
ner (ver matéria abaixo).
Salles diz que, além dos inves-
tirnentos previstos nesse programa,
a Xerox do Brasil aplica US$ 140
milhões anuais na renovação do
parque de equipamentos e melhoria
de infra-estrutura, entre outros pro-
jetos - como o centro de proces-
samento de docurnentos inteligen-
tes (CPDD, a ser inaugurado em
agosto, em São Paulo. O CPDI está
recebendo aporte de US$ 40 mi-
lhões e prestará serviços de tercei-
rização em irnpressão, acabamento
e distribuição de documentos.
Serviços - Atualmente, a área
de serviços representa cerca de 12%
do faturamento-da Xerox do BrasiL
que alcançou US$ _l,7 bilhão em
1998. As exportações da empresa
Vitória em disputa interna
garante fábrica na Bahia
F oi uma disputa entre gigan-
tes, mas a Xerox do Brasil
conseguiu ganhar o projeto de
instalação' de uma unidade de
produção de cilindros fotorecep-
tores orgânicos - o coração das
copiadoras, onde se for-
ma a imagem - na fá- < ` i`
brica da empresa em W:,_¡`:. n
Salvador, na Bahia. En- 12-,
tratam na bri a elo - rrf \
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projeto as fábricas da
Xerox nos EUA, Espa-
nha e Holanda. A Xerox
brasileira levou a me- I'
lhor pois mostrou à cor-
poração que o projeto teria con-
dições de ser competitivo se ins-
talado no país, com benefícios
para a operação do Brasil.
Terceira operação mundial do
grupo, a Xerox brasileira ganhou
ainda mais importância dentro
da corporação após garantir a ari-
tecipação da produção de cilin-
dros de fotoreceptores orgâni-
cos. O site só entraria em opera-
ção em 2001, mas a nova
unidade entra em testes no se-
gundo semestre de 1999 ez o iní-
cio da operação comercial está
prevista para_janeiro de
i 2000, com capacidade
_ de produção de 1,8 mi-
lhão de unidades
. anuais. O investimento
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\. er ~ :-y.. _. ,-i , ..._ no projeto, neste ano, é
I" de US$ 40 milhões, se-
- \
gundo o diretor-presi-
, \ .
` dente da Xerox do Bra-
Carlos S“H” sil, Carlos Salles.
O novo site irá destinar 80%
da produção ao mercado exter-
no, pois o consumo desses cilin-
dros no mercado brasileiro ainda
é pequeno (200 mil unidades
anuais). Henrique Costa Rze-
zinski, diretor de relações exter-
nas e comércio exterior da Xerox
do Brasil, diz que o projeto re-
presenta “o estado da arte” em
termos de produção. “A Xerox
optou por uma política de des-
centralização industrial que ga-
rante presença institucional na
América Latina”, diz Rzezinski.
Os cilindros orgânicos dife-
renciarn-se dos tradicionais, fei-
tos em alumínio, por serem bio-
degradáveis. Os equipamentos
mais modemos (copiadoras, im-
pressoras e máquinas multifun-
cionais) já utilizam os cilindros
biodegradáveis, aplicáveis tanto
em máquinas de tecnologia ana-
lógica como digital. .A tecnolo-
gia digital ainda tem uma parti-
cipação pequena, de cerca de
25%, no parque de equipamen-
tos (copiadoras, impressoras e
multifuncionais) do Brasil. A fá-
brica de Salvador vaicontinuar
produzindo cilindros inorgâni-
cos após a entrada em operação
da nova unidade. 1 (F.G.)
somaram US$ 140 milhões no ano
passado, com embarques de copia-
doras, softwares, acessórios e peças
para os Estados Unidos, Europa e
América Latina, onde os países têm
operações independentes. A única
'integração entreta Xerox do Brasil e
as subsidiárias do conglomerado no
México e na Argentina, por exem-
plo, é no comércio (importação-ex-
portação) de peças e insumos.
A área de serviços é nova na Xe-
rox, mas deverá crescer nos próxi-
mos anos. No cenário pós-desvalo-
rização carnbial, a Xerox brasileira
prevê quedade 40% em sua receita
em dólares em 1999, mas Salles
ressalva “Há um esforço para mi-
nimizar essa queda com foco estra-
tégico voltado para o mercado de
máquinas grandes e uma atuação
agressiva no varejo”.
A empresa também está acele-
rando a migração de equipamentos
de tecnologia analógica para digital.
Essa migração tecnológica inclui,
sobretudo, os equipamentos de pe-
queno porte, “segundo Salles. Esse
processo de migração está modifi-
cando o perfil do quadro de pessoal
da Xerox do Brasil, reduzido em
400 filncionáiios no início do ano.
O novo perfil vai incluir emprega-
dos mais adaptados à tecnologia di-
gital. A Xerox tem 5 mil emprega-
dos diretos e 6 mil terceirizados. 1
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Múltis preferem as economias emergentes
Para quem quiser _ B _.___ _ ................................................__|ÊÊ.¡l9llÉ.ÉÊ_Ô_'l§Í_f-iÊë?_ÊÊ..'!"E L*Z°lfilE§1¡E2'_'.'Í!E¿'¡"Ê!!Ê
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mercados: a Booz maiores do mundo - PIB em US$ trilhões _'
Allen & Hamilton dá , . . “ .
' -' Eãäãg: .AEi'7r7 lcinco sugestoes
Sergio Manaut
Buenos Aires
0 forte crescimento' registra-
do pelas economias emer-
gentes nas últimas décadas colo-
cam-nas na mira das grandes
empresas multinacionais de con-
sumo. Porém, o que precisam fa-
zer essas empresas para ganhar
dinheiro nesses mercados e evi-
tar uma retirada-desonrosa? De
nova York, James Gingrich, só-
cio da consultoria Booz Allen &
Hamilton, diz que a resposta po-
de se resumir a cinco regras:
1.Chegar às massas
O especialista lembra que
mercados como o Brasil sofre-
ram durante anos as conseqüen-
cias dos regimes de economias
fechadas e de um baixo controle
de qualidade de bens produzidos
por fábricas locais ineficientes.
Agora, com o livre comércio,
consumidores procuram produ-
tos de qualidade e “estão dispos-
tos a pagar por eles”, diz. Para
Gingrich, famílias que vivem
nos mercados emergentes são
consumidoras ativas, -mas combaixos níveis de receitas.
A C&A, a varejista de roupa,
criou, por exemplo, um bem-su-
cedido negõcio na América La-
tina porque sua oferta é de razoá-
vel qualidade a preços acessí-
veis. No Brasil, cerca de dois
terços de suas vendas são feitas a
famílias com receitas inferiores
aos US$ 8 mil anuais. Em con-
trapartida, as empresas que ten-
tam vender apenas suas merca-
dorias de “Primeiro Mundo”
apresentam lento desenvolvi-
mento: a Procter & Gamble le-
vou a cabo no Brasil um pobre
negócio de fraldas descartáveis
porque quis colocar suas fraldas
de primeira linha. A Procter &
Gamble só cresceu no mercado
.brasileiro de fraldas depois de
lançar uma fralda unisex menos
sofisticada por quase a metade
do preço de seu produto de “pri-
meiro mundo”.
2.Investir em
distribuiçao
A tendência das multinacio-
nais nos novos mercados consis-
te em se concentrar nas grandes
redes das principais cidades. O
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Japão
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China
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Fonte: Banco Mundial
consultor diz que a estratégia se
baseia em criar volume rapida-
mente, sem ter de investir em ca-
ros sistemas de vendas e distri-
buição. Mas, ele afirma, essa
metodologia apresenta dificulda-
des. “Os fabricantes se afastam
de 50% a 90% do mercado, e os
situa em uma posição de nego-
ciação vulnerável com os princi-
pais varejistas”, diz.
Segundo Gingrich, um fabri-
cante brasileiro de iogurtes dis-
tribui 80% de seu volume entre
mais de l0 mil pequenas lojas
nos arredores de São Paulo. Por
elas pode regular um preço rela-
tivamente mais alto e a empresa
dá lucros. Além disso, pode ne-
gociar agressivamente com o
Carrefour, já que conta com uma
base de volume rentável. “Em
troca, o volume do iogurte da
Danone depende- das grandes re-
des e tem, então, menor margem
de negociação”, compara.
“A impossibilidade de criar
rapidamente uma ampla rede de
distribuição permite aos concor-
rentes enfrentar mais eficazmen-
te os novos competidores do
mercado”, diz..Quilmes, a mais
importante cervejaria da Argen-
tina, entrou no mercado chileno
e dependeu mais dos supermer-
cados do que a empresa líder lo-
cal, a Compañía Cervecerías
Unidas, revela. Ela optou por
concorrer agressivamente com
os custos nesse canal, ao mesmo
tempo em que unificou a base
mais fragmentada de bares e_res-
taurantes por meio de acordos de
exclusividade.
Gingrich adverte que as alian-
u-u----.-Q--_--_--_---._ . _ _ . _ _ L ¡ _.
ças com os produtores locais pa-
ra prover a distribuição raramen-
te funcionam. Contudo, há alter-
nativas criativas: “Diversas
empresas de produtos de consu-
mo desenvolveram uma rede de
distribuidores exclusivos e po-
dem operar a um custo que é a
metade do custo dos atacadis-
tas”, diz. Os canais altemativos
podem ser muito efetivos. No
Brasil, cerca de 15% da roupa é
vendida “porta a porta” por mu-
lheres em bairros pobres. Assim,
firmas como a Revlon, que ven-
dem por meio de vias trad_icio-
nais, estão em desvantagem.
3.Criar o desejo
Segundo o executivo da Booz
Allen, nos mercados emergentes a
marca de um produto pode assumir
imporãricia bem maior do que tem
em mercados desenvolvidos, pela
atração que as grifes podem gerar
nos consumidores de poder aquisi-
tivo mais baixo. “E assombroso
observar a quantidade de pessoas
de baixo poder aquisitivo nas ruas
de São Paulo vestindo jeans que
custam US$ 100, valor que repre-
senta um salário mensal”.
Ele diz que a importância das
marcas está estreitamente rela-
cionada com sua garantia de
qualidade: a Parmalat utilizou
uma inteligente campanha publi-
citária no Brasil para transmitir
seu cuidado e amor pelos bebês.
“Assim, a Parmalat conseguiu
regular um sobrepreço de 10%
na indústria leiteira brasileira
com participação de liderança
em um mercado tradicionalmen-
te a cargo de cooperativas leitei-
ras regionais, mais concentradas
no volume do que no lucro”.
Gingrich diz que em pratica-
mente todos os mercados emer-
gentes as multinacionais deverão
enfrentar a concorrência_dos em-
presários locais, cujas práticas
operacionais informais (como a
evasão de impostos ou o cumpri-
mento seletivo das leis trabalhis-
tas) lhes garante ampla vanta-
gem de custos. A reputação da
marca se transforma em uma ar-
ma essencial para defender o po-
sicionamento no mercado frente
a esse tipo de presença.
O especialista cita o caso da
Frito-Lay, que conseguiu manter
um lugar predominante no mer-
cado brasileiro mediante a cria-
çáo de marcas líderes, como a
Ruffles. “A Frito-Lay' investiu
em agricultores locais - que
cultivam variedades de batata de
melhor qualidade - e em 'um
sistema de distribuição que man-
tém o frescor dos produtos, ga-
rantindo competitividadel”, diz.
Aconselha, ainda, investir em
marcas locais que contem com a
lealdade do consumidor: “A
Whirpool utiliza a marca Bras-
temp, líder no Brasil”.
4-.Jogar para ganhar
Gingrich fala do caso Kraft_
Foods, subsidiária da Philip
Morris. Conta que, há vários
anos, a empresa entrou no mer-
cado brasileiro através de um
acordo de vendas e distribuição
com a Bunge Intemational, forte
empresa local de alimentos. A
sociedade importou os produtos
da Kraft para coloca-los nas gôn-
dolas dos supermercados. Mas
algo falhou. “No início, o queijo
cremoso Filadelfia foi grande su-
cesso. Os concorrentes locais lo-
go apareceram com produtos si-
milares a preços muito menores.
A Kraft/Bunge, que não conta
com fábricas no país, foi incapaz
de equiparar os preços dos con-
correntes locais”. Os produtos
Kraft perderam mercado e a
aliança morreu.
A Pepsico também comeu
poeira no Brasil. Tudo começou
quando decidiu fazer uma aposta
maior no mercado' de refrigeran-
tes, procurando triplicar sua por-
ção de “share” a 20%. Segundo o
executivo da Booz Allen & Ha-
milton, a Pepsi anunciou, em
1994, um investimento de US$
500 milhões para erguer uma re-
de de engarrafarnento e distribui-
ção. Mas o mercado estava do-
minado pela Coca-Cola, Brahma
e Antarctica. “A Pepsi se encon-
trou, de repente, em meio a uma
guerra que não podia ganhar”,
diz ele. Foi incapaz de equiparar
a cobertura de mercado. de seus
concorrentes e chegar ao milhão
de pontos de venda. “De um la-
do, a Pepsi foi atacada agressiva-
mente via preços no canal super-
mercaçlista por concorrentes que
tinham uma base de clientes
muito mais ampla. Por outro la-
do, nos pequenos bares e restau-
rantes de bairro, que são a por-
ção maior do mercado total, os
três rivais vendiam cerveja atra-
vés de seus sistemas de distribui-
ção, o que lhes proporcionava
uma escala quase dez vezes
maior do que a da Pepsi”, diz. A
Pepsi acumulou enormes quanti-
dades de crédito incobrável e em
1996 anunciou perda de US$
600 milhões em suas operações
internacionais de bebidas.
5.Incentivar os
empreendedores
Gingrich adverte que a extrema
volatilidade e os métodos de ne-
gõcios pouco convencionais nos
mercados emergentes exigem ca-
pacidades gerenciais diferentes
dos mercados ocidentais. Afirma
que “para gerentes não acostuma-
dos a esses contextos, o caininho é
árduo, e caro para suas empresas”.
Destaca que, por esse motivo, as
multinacionais com maior expe-
riência em mercados emergentes
têm, em geral, gerentes regionais
que gerain um valor significativo
mediante seu espírito empreende-
dor e seu profundo conhecimento
do contexto local. n
' ¢ U ' I - - - 1 Q . a - - - Q ~ - . . _ _
Image 263
1 ui
DE i2A ia DE .JULHO DE 1999 & I GAZETA iviEacANTii_ LArii×io-AiviEi=ticAi×iAn 7
Es'r|=tA'rÉc|A
Países em desenvolvimento cresceram mais
Os emergentes
foram responsáveis
por dois terços do
crescimentomundial
em dez 10 anos
Sergio Manaut
Buenos Aires
“E uropa Ocidental, Japão e
Estados Unidos foram os
motores propulsores da econo-
mia mundial desde a Segunda
Grande Guerra. Mas esse já não
é o caso”, diz de seu escritório
em Nova York, James Gingrich,
da Booz Allen & Harnilton.
Para onde, então, as empresas
devem apontar? “As economias
emergentes e em desenvolvi-
mento atualmente representam
44% da economia mundial, e, na
última década, as nações em de-
senvolvimento foram responsá-
veis por dois terços do cresci-
mento econômico mundial”,
afirma James Gingrich.
As grandes companhias multi-
nacionais asseguram que a base
de consumidores nesses países já
alcança centenas. de milhões» de
pessoas, é composta por gente
Quanto cresce cada bloco `
Porque as grandes companhias apostam nos países em vias de q
desenvolvimento - em %
6,20
3,30 2,90
. 1 ,B0 .
if -.#
de 80 cada de 90 qlDécada' de 70 Década
i='ú'níeEiaàn¡=í› ivitínziiàii* '“ “'“' i
mí
.G7 , Primeiros cinco mercados
emergentes* 7,20
5,0 “
jovem e registra crescimento três
vezes mais rápido do que segs
correspondentes no mundo de-
senvolvido.
Segundo seus números, nos
próximos 10 ou 15 anos, a maior
parte do crescimento mundial,
no que diz respeito a aquisição
de bens de consumo, muito pro-
vavelmente deverá se concentrar
nas economias em desenvolvi-
mento mais fortes. “Nesse perío-
do, esses mercados emergentes
estratégicos deverão crescer até
alcançar o tamanho do Grupo
das Sete Nações Industrializadas
(G7) líderes”, afirma Gingrich.
Clube - Aos principais mer-
cados emergentes estão agrupa-
dos - sob o rótulo dos “Cinco
Grandes” - China, India, Bra-
sil, México e Indonésia, os só-
cios de tão seleto clube. “Estão
entre as 12 maiores economias
do mundo, com um poder aqui-
sitivo global que representa a
metade do que goza o G7”, afir-
ma. Em numerosos casos, o ta-
maiiho dos mercados de consu-
mo nesses países rivaliza com o
dos mercados desenvolvidos.
“Por exemplo, México e Brasil
Editoria do ArtalGazota Mercantil Latino-Americana
endqnésa
.,?"l i
Méx`co
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i;›_r"' `i
d`aBras
O*bn-'I 'D' *Ch'na'n
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_ Unido gr.-i.star~ri to .neiiro
Proporção dos gastos de consumo com relação à riqueza dos paises - em %
; Pia per Até uss4rrrii usssmii ussis rrrii ; mais as 'capita É; uss4rrzii ausssrnii aussisrnii zaussaornin ,. ussaorrin ¿
-_,-
O--_. ..-r. --_..-..-. .--... -1-... .-rir. ›...-- .un
Transporte /A1 1 5 1 6 21 ;34
*ii:éi¿¿.:¿'n¿s:“@iar¡"s
.....Pa_.TÊ..9..'.ÊÊ.. ............................. ._
Vestimenta i 515 E 14 U5 l
_; .......n. .-...-z-..-. .-..¡¡....... _-....
Alimentos if [cof :sei sz? ,usa
são o segundo e o terceiro mer-
cados de bebidas não-alcóolicas
no mundo, cada um deles com
um consumo maior que o da
Alemanha, França e Itália jun-
tos”. acrescenta: “China, Bra-
sil e India estão entre os cinco
maiores mercados de televisores
e de geladeiras do mundo, se me-
didos em unidades”.
Além disso, o especialista
afirma que o rápido crescimento
econômico no mundo emergente
está alimentando o aumento dos
investimentos. Nesse sentido,
Gingrich cita o investigador Jef-
frey Rosenweig, que, em seu li-
vro “Para Ganhar o Jogo Glo-
bal”, diz que em pouco mais de
dez anos, três de cada oito con-
sumidores de classe média vive-
rão no mundo desenvolvido.
Quanto à produtividade, em-
bora afirme que está muito atrás
em relação aos países desenvol-
vidos, reconhece que estão ocor-
rendo fortes melhorias. “No Bra-
sil os preços dos alimentos caí-
ram mais de 5% por ano, em
termos reais, nos últimos quatro
anos, em parte devido às melho-
rias de produtividade na cadeia
de abastecimento”, afirma. 1
na V ia 16
In-íntl.=:I-nttlniil.-¡li.rn--Iitiiz i......r. za...-.1:|r=.u. 5.
Pioneiros
Segundo ressalta James
. Gingrich, da Booz Allen
ao & Hamilton, algumas em-
z presas de bens de consumo
A jd demonstraram opoten-
A cial dos grandes mercados
emergentes. Sustenta que
Unilever, Coca-Cola, Gil-
lette, Nestlé e Colgate-Pal-
molive atualmente captam
um terço ou mais de suas re-
ceitas nesses mercados com
um ganho lgual ou maior do
que conseguem em econo-
mias _desenvolvidas.
“A Coca-Cola - exem-
plifica - obtem 37% de
seus ingfessos na America
Latina, Africa e Asia, e es-
ses mercados - acrescenta
- contribuem surpreenden-
temente com 49% de seu lu-
cro operacional”. Em se-
guida, soma outro caso:
“Colgate-Palmolive recebe
45% de seu faturamento
desses mesmos mercados e
_ Notaf foram 'pesqi.ii'sad'os' 34 ipa-isesl para a' rrioštra
Fontes: Euromonitor, World Bank, BA&H
e líderes
cerca de metade de seus in-
gressos operacionais "_
Destaca também que es-
ses pioneiros mantiveram
um compromisso com tais
mercados durante várias
gerações, estabelecendo
posicionamentos e marcas
líderes em quase todas as
nações emergentes de peso.
“Hoje em dia -- afirma -
em países como Tailândia,
Argentina ou Indonésia, es-
ses participantes são identi-
ficados mais como empreen-
dimentos locais do que co-
mo multinacionais
estrangeiras ”.
Assim, sustenta, a Unile-
.ver controla quase a metade
do mercado de detergente
da Índia; a Nestlé, 80% do
“share” de café da China e
a Colgate-Palmolive 75%
das preferências dos consu-
mldores de dentifrício do
Brasil. u (S.M.)
0_Banco del Chubut está comprometido com o processo de crescimento, colocando à disposição
dos seus clientes, produtos e serviços que facilitam o manejo das operações internacionais:
tem papel lunilainental .‹z.,r.._,~ziz‹.zâ‹›_z,sz
Vrnculaçao Crediticta,no ileseninlvimentii da .. a...ir.rz...s z. J
assessorar se na Agenciaeconçniia da nossa .,.....,",...Í., , H
Pmwncla' Banco del -D Zi
Informação sobre [iomêroio Exterior: Gerência Regional de Treletv, 25 de Mayo e lliiiailãiiia - Treletn, Gliubut C h b t E
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Sta. lulema Martinez de Uasamayu, Tel. (02955) 432799 Banco del Ghubut u u í _
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35
Image 264
I a
9. GAZETA ME1=1cANT|L LAT1No-AMEn|cANA & DE 12 A 19 ÓE JULHO DE 1999
I|~rre_ncÂ_M|a|o
Íai exportaçao da Flórida para os latinos
Vendas do estado
norte-americano para
países da região
recuaram 46,1% no
quadrimestre
Adriana La Flolta
Miami
H á nove anos Wemer Batista
importa alimentos prontos
para o consumo do Brasil para a
Flórida -- palmitos, chocolates
Garoto, sorvetes. Sua empresa, a
International Specialty Imports,
com sede em Boca Ratón, deve fa-
turar este ano aproximadamente
US$ 3 milhões, cifra 40% superior
ao resultado de 1998.
O aumento dos negócios de Ba-
tista segue a trajetória observada
nos primeiros quatro meses do ano
no comércio entre o estado da Fló-
rida e a América Latina.
De um lado, o valor total das ex-
portações do estado para 18 países
da região caiu 46,1% em média,
com redução mais acentuada nas
nações onde a crise política e eco-
nômica foi mais aguda, como
Equador, Colômbia e Venezuela.
De outro, o valor das importa-
ções provenientes da região .tripli-
cou entre janeiro e abril, principal-
mente na Costa Rica, Paraguai,
Uruguai e Brasil.
No caso brasileiro, Wemer Ba-
tista afirma que o mérito não é da
desvalorização da moeda, mas “do
esforço sobre-humano dos expor-
tadores”, que buscarn novos mer-
cados para seus produtos. “Os vo-
lumes estão aumentando, mas o-
preço não variou porque muitas
exportações brasileiras utilizam in-
sumos importados. Os preços em
dólares continuam iguais”, diz.
ÀS baixas - De acordo com
estatísticas da Florida Trade Data
Center, entidade privada que utiliza
para seus cálculos informações do
Escritório Norte-americano de
Censo (U.S. Census Bureau) e do
Departamento de Comércio, boa
parte dos países latino-americanos
diminuiu drasticamente suas com-
pras na Flórida este ano.
VENDE-se
-~lMPORTAN'I_'E_
rw ornosno E Escnlroluos
" de 5000 m2
1 ._¿`
,Í Com amplo salão de vendas
Es ada 12 - ltm 6
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asa-gm
_,-,z¬-EC
Eldorado - ilisiones - Argeritlna
Tl.:0054 75440 sá
Na contramao _
Editoria de Artelfiazeta Mercantil Latino-Americana__ __ _ _____ _ zz z zzz _ _1
Importações feitas pela Flórida dos países da América Latina entre janeiro
e abril de 1999 - em US$ milhões
P353 I 3399Costa Flica ¡ 791 ,4
Brasil _ f 761,2
República Dominican ' 641 ,7
Honduras 543,0
Colômbia `448,B
Guatemala 352,4
El Salvador 303,9
México 260,7
Venezuela ' 255,6
Equador 129,0
Chile 120,4
Peru 96,1
Argentina 90,5
Nicarág`ua 89,4
Panamá 34,7
Bolívia 18,9
Uruguai 11,4
2,3
bwi-
-_.I-uu--1
--1-v--.u-wii--
i
; ; Varia ão. rsss _; semi;
355,3 : 122,7
_ 555,0 ' 37,2 «¿
' 599,9 7.o ¡
492,1 . 10,34 '
459,3
.FPor
-v. -2.3 1
315.6 11,7
219.9
375,7
292,9 '
- 141 ,a
123,o
1 99.0 _
75,1 :
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4o,?
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7,7 z
Í 111 Í
-30,6
-9,7
-9,0
-2,1
7,9
20,5
9,0 _'[_
-14,6
-14,4 "
47,4
113,5--nn.-v--1--Ç-lp-|wan-
-c-na--p___.-
Paragual _
'Fanta Flzíaz *rmaú oâiícénier 9 3 to
Os dados contabilizamtodos os
produtos que saem da Flórida, in-
dependentemente do fato de serem
oriundos do próprio estado ou de
terem sido fabricados em outra
parte dos estados Unidos. As bai-
xas mais drásticas ocorreramno
valor das exportações da Flórida
para os seguintes países: Paraguai
(com queda de 37,9% em relação
ao mesmo periodo do ano ante-
¬.-f zf «ll-If ¬_ .fz Íl__z 17 _. _ z--Az
narior), Colômbia-(reduçao de
33,8%), Venezuela (29,4%), Peru
(26,7%), Argentina (25,2%) e
Equador (24%).
A redução nas exportações da
Flórida para a região também foi
sentida por empresas de grande
porte. Foi o caso da General Ins-
trument, gigante da fabricação de
equipamentos eletrônicos para te-
levisão a cabo, com vendas anuais
ueda já preocupa governo local
í í
de US$ 2 bilhões e cujo centro de
logística e distribuição está sediado
a 50 minutos ao norte de
As vendas da empresa para a- Amé-
rica Latina alcançaram US$ 150
milhões no ano passado.
A General lnstrument não reve-
la suas previsões para este ano,
mas admite que possa haver queda.
“O mercado está menos compra-
dor”, diz Piero Falci, diretor de
marketing e vendas para a região.
“No entanto, episódios como a
desvalorização brasileira não fo-
ram fator detemrinante.”
Licenças - No caso do mer-
cado de TV a cabo, um dos mais
importantes no comércio com-a re-
gião, a queda nas compras tem a
ver com o fato de o setor estar atra-
vessando, em alguns países -
Brasil e Colômbia especialmente
-, uma fase de adiamento na con-
cessão de licenças. Por essemoti-
vo, as empresas estão postergando
também suas decisões de investi-
mento. Através do estado da Fló-
rida é exportada grande variedade
de produtos, desde partes de aviões
até “grape fruit”. A América Lati-
na, por sua vez, é importante com-
pradora de equipamentos decom-
putação e de escritório, fertilizan-
tes, equipamentos de
telecomunicação, autopeças e rou-
pas _não-acabadas.
A grande surpresa, nos primei-
ros quatro meses do ano, foi o Bra-
sil, que terminou o periodo com di-
minuição de apenas 0,2% no valor
de suas compras na Flórida em re-
lação ao mesmo período de 1998.
E importante destacar, entretanto,
que até março passado o valor das
exportações da Flórida para o Bra-
sil acumulava crescimento de 18%
e que entre março e abril as cifras
caíram nessa proporção. Ainda as-
Sim, os números são inesperados.
As vendas para o Brasil não di-
minuíram tanto como se esperava,
talvez por causa dos contratos que
já estavam fechados. De qualquer
forma., a desvalorização tampouco
foi tão dramática e isso explicaria
por que 'não houve mudança subs-
tancial nos volumes de exportação
para esse país, diz José Mauro
Couto, Diretor do Escritório Co-
mercial do Brasil na Flórida
O Brasil continua sendo o prin-
cipal comprador do estado (sua
participação no ano passado foi de
12% do total) com mais de US$
1,78 bilhão acumulado entre janei-
ro e abril. O país é seguido pela
Venezuela, cujas compras no pe-
ríodo somaram US$ 931 milhões.
Mais abaixo vêm a República Do-
rninicana (com mais de US$ 773
milhões')," a Colômbia (com US$
648 milhões) e a Argentina (US$
593 milhões. n
Crises econômicos e políticos no regicro soro cc1u_so'principol do recuo nos vendos
A queda nas exportaçoes para
a América Latina é acom-
panhada de perto pelas autorida-
des da Flórida, já que mais de
70% de tudo que o Estado expor-
tou no ano passado - um valor
superior a US$ 37 bilhões - se-
riam destinados a 18 países lati-
no-americanos. “Este ano o mais
provável é que a recessão no
Brasil não seja tão aguda como
se pensava inicialmente e isso
tem sido bom”, 'afirma Manuel
Mencía, vice-presidente de Co-
mércio Internacional da Enter-
prise Flórida, a agência governa-
mental responsável pelo desen-
volvimento econômico do
Estado. “Colômbia e Venezuela
são os países que- nos preocu-
pam, pois são 'cornpradores-_irn-
portantes e 'cujas crisesparecem
ser mais duradouras do que as do
resto do Hemisfério.”
Somadas, as compras da Co-
lômbia e da Venezuela em 1998
alcançaram participação de 12%
de todas as exportações da Fló-
rida para o restante do mundo. A
queda começou a ser percebida
no ano passado, quando as com-
pras de ambos os países retroce-
deram em aproximadamente 5%
em relação a 1997.
O retrocesso nas vendas para a
América Latina éresponsãvel,
em parte, pelo resultado global
das exportações da Flórida para
200 nações durante os quatro
meses contabilizados. O valor no
p e r í o d o c a i u5,34%, fqchando A ajuda econômica
Qç_.1qu_¡.1d¡¡,;¡_1¢S¡__r_e dos EUA à Amerrca
c`õm`fu`m saldo
próximo a US$
11,4 bilhões.
Enquanto o
valor dos produ- .
tos norte-americanos enviados
para a América 'Latina recuou
em mais da metade dos países da
região entre janeiro e abril últi-
mos, em algumas nações ocorreu
o contrário. O México, por
exemplo, sócio norte-americano
no NAFTA, comprou este ano
produtos por um valor superior a
US$ 307 milhões, 32,8% mais
Central costuma
retornar na forma
de mais compras
do que o registrado em igual pe-
ríodo do ano passado.
América Central - Bolí-
via, El Salvador, Nicarágua,
Costa Rica, Honduras e Repúbli-
ca Dominicana também compra-
ram mais. O caso da América
Central é particular, pois a ajuda
econômica dos Estados Unidos à
região geralmente retorna atra-
vés da Flórida,
na forma de mais
compras. “Por
isso dependemos
do pacote de aju-
da à região de
US$ 15' bilhões,
q u-e d e v e s e r
aprovado pelo Congresso”, ex-
plica Mencía.
Ao mesmo tempo em que
houve queda nas exportações da
Flórida para a região, as impor-
tações de produtos provenientes
de alguns países latino-amer_ica-
nos aumentou. O caso mais sig-
nificativo é o da Costa Rica que,
graças à instalação de uma fábri-
ca de chips para PC's em seu ter-
ritório,-aumentou suas vendas
em mais de 122% de janeiro a
abril. Durante todo o ano de
1998 os costarriquenhos expor-
taram para a Flórida o equivalen-
te a US$ 1,45 bilhão. Só nos pri-
meiros quatro meses de 1999, as
vendas do país para a_Flórida su-
peraram a metade dessa soma-
US$ 791 milhões.
As vendas paraguaias para a
Flórida também cresceram -
ll3,4%. As 'uruguaias aumenta-
ram 47,3%, as brasileiras, 37,1%
e as argentinas, 20,48%. O con-
junto dos países centro-america-
nos também conseguiu vender
entre 6% e 10% a mais nestes
primeiros quatro meses.
Já as exportações mexicanas
para a Flórida contrariaram essa
tendência. Eoram as que mais
caíram no período - 30,62%. O
mesmo ocorreu com a Bolívia,
Panamá, Venezuela, Equador,
Chile °e` Colômbia, cujas vendas
para a Flórida tiveram queda de
até 15%. n (A.L.R.) `
Image-265
DE_12 A rs DE JUL1-lo DE 1999 S S GAZETA MEncANT|1_ 1_AT1No-AMEn1cANA. 9
VAREJO
aposta em alto preço
Federico Caturla
Buenos'Alres
A o contrário das grandes ca-
deias varejistas e dos des-
contos que direcionam suas es-
tratégias de baixo preço, o Bue-
nos Aires Pantry, uma nova rede
de supermercados, aposta no lu-
xo e no preço alto para expandir-
se no negócio de retail.
Lojas de três andares, eleva-
dores automáticos, sistemas de
câmeras de vídeo, artigos de lu-
xo e segurança reforçada fazem
o Buenos Aires Pantry mais pa-
recer um shopping que um su-
permercado. “Queremos que
nossos. locais de venda tenham
muitos atrativos e isso custa
muito dinheiro”, afirma Jaime
Chmea, diretorda Seven Seas, a
empresa que controla .a cadeia.
Baseado em marcas líderes,
bebidas alcoólicas eprodutos
importados de qualidade, 0 ne-
gócio visa o chamado público
ABC1 (consumidores de alto po-
der aquisitivo). Mas também
existem aqueles que vão ao Pan-
try por necessidade. “I-lá clientes
para os quais vendemos o cham-
Y ITOME NOTA
Europeus
ÊISSUIIIÊIII El
chilena Emos
O consórcio Aguas Metropo-
litanas, integrado em partes
iguais pela espanhola Aguas de
Barcelona (Agbar) e pela Suez
Lyonnais des Eaux, adquiriu
42% da Empresa de Obras Sani-
tarias (Emos), maior empresa
chilena de águas. O valor do ne-
gócio gira em tomo de US$ 960
milhões, ou US$ 0,37 por ação.
A 'Agbar assumirá a gestão da
Emos em setembro próximo.
Além da empresa catalã, as
empresas espanholas FCC, Iber-
drola e Dragados também esta-
vam interessadas na privatização
de 42% da Emos.
A empresa de águas, cujo va-
lor seus executivos avaliam em
US$ 1,837 bilhão, conta com
mais de 1 milhão de clientes e
serve uma população de 5,4 mi-
lhões de habitantes em Santiago
do Chile. A Emos obteve no ano
passado um lucro líquido de
aproximadamente US$ 50 mi-
lhões. 1 (Expansion, Madri/Re»
de de Diários Econômico)
panhe francês mais caro e outros
que compram arroz ou farinha.
Alguns vêm pela marca, outros
por necessidade”, afirma Ch-
mea. “Atendemosde 8 a 24 ho-
ras e oferecemos um serviço di-
ferenciado”, diz o executivo.
Um estudo da Food Marketing
Institute revela que, na Argenti-
na, 31% das compras de produ-
tos são feitas em armazéns, auto-
serviços e mercados.
“Estamos voltados principal-
mente para o setor de bebidas ai-
coólicas -- que representa 35%
do total das vendas - porque
tem maior margem de lucro e os
supermercados não desenvolve-
ram bem este mercado”, afinrra
Chmea. A venda de bebidas em
armazéns e mercados cresceu
3,3% durante 1998. Segundo um
informe da consultoria CCR,~a
média de vendas mensais por
metro quadrado em comércios
varejistas no país é de US$ 629
e, com relação ao ano passado,
sofreu queda de 6%. No caso do
Buenos Aires Pantry, esse núme-
ro alcança os US$ 500.
Com seis pontos na Capital
Federal, 0 Seven Seas descarta,
pelo menos por enquanto, a pos-
sibilidade de expansão por meio
do sistema de franquias.-O mo-
tivo: abrir um novo ponto requer
um investimento de cerca de
US$ 50 mil. “Se ampliamos em
demasia o número de sucursais
através de franquias, o custo do
local se refletirá sobre a concor-
rência que temos de enfrentar no
segmento dos preços, e não que-
remos isso. Queremos nos dife-
renciar. Nosso nicho está naquilo
que os supermercados não têm:
marca e qualidade”, afinna Ch-
mea. O executivo assegura, ain-
da, que os investimentos aplica-
dos são recuperados em um ano
e que o faturamento médio de ca-
da ponto é de aproximadamente
US$ 150 mil mensais. ¡
PAPEL E cer. Lose
Wa fwva rede que Grupo Orsa abre quarta
fábrica e exporta mais
Empresa brasileira
investiu US$ 110
milhões entre 1996
e 1998 para ampliar
sua produção
Fernando Lopes
São Paulo
O Grupo Orsa, fabricante bra-
sileiro de papel ondulado
(utilizado em embalagens),
aposta nos investimentos reali-
zados a partir da segunda metade
desta década para continuar cres-
cendo no Brasil e no Mercosul.
A empresa inaugurou, no final
de junho, sua quarta unidade fa-
bril, localizada em Manaus
(Amazonas) e destinada a aten-
der à demanda das indústrias ins-
taladas na Zona Franca local.
A nova unidade fabrica cha-
pas e caixas de papelão ondula-
do. O mesmo acontece com 3 fá-
brica de Suzano. Em Paulínia, a
empresa produz também papel
reciclado e em Nova Campinas o
Grupo Orsa fabrica celulose e
papel kraft. Essas três unidades
estão localizadas no interior do
Estado de São Paulo.
A fábrica de Manaus consu-
miu um aporte inicial de US$ 11
milhões. De 1996 a 1998, os in-
vestimentos totais da empresa
somaram US$ 110 milhões, con-
forme Sergio Amoroso, presi-
dente da empresa. O grupo in-
clui, ainda, uma unidade flores-
tal, que ocupa 35 mil hectares
em Itapeva, no interior paulista,
e uma fundação que atende a 11
mil crianças por mês.
Expansão - As vendas da
companhia estão concentradas
no mercado doméstico, mas
Amoroso informa que a idéia é
ampliar as exportações._No ano
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t iâtl.-z 1:5...
Foco no-mercado interno i
Perlil do grupo brasileiro Orsa. de papel e celulose
Faturamento Exporta ões Divisão das vendas `
- em US$ núlhões - em U milhões externas - em % .
l 245 7 .,-H 4 íl
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passado, as vendas ao mercado
extemo totalizaram US$ 9,5 mi-
lhões e a estimativa do presiden-
te para este ano é de crescimento
de cerca de 20%. O Grupo Orsa
começou a exportar em l993.
Aproximadamente 90% das ven-
das são direcionadas aos demais
países do Mercosul. O restante
tem como destino a Europa.
ÁIVOS - Os planos da empre-
sa incluem operações diretas no
exterior. Argentina, Uruguai e
Chile estão na mira, segundo
Amoroso. O Grupo Orsa chegou
a participar do processo de pri-
vatização da Papel Misionero, da
Argentina, no ano passado, mas
acabou desclassificada.
Operar em outros países seria
uma boa saída, já que o mercado
brasileiro - apesar da recupera-
ção viabilizada pela desvaloriza-
ção da moeda brasileira - não
vem bem desde 1995.
Troca - A queda do real (em
janeiro), contudo, ampliou a
competitividade das companhias
nacionais do setor. De acordo
com Amoroso, muitos produtos
que antes eram importados já
embalados passaram a receber o
papel ondulado no país.
Mas o executivo alerta: o Bra-
sil precisa recuperar seus preços.
O preço médio dos fabricantes
de papel ondulado do país está
entre US$ 500 e US$ 520 a to-
nelada, ante os cerca de US$ 800
praticados pelas empresas norte-
americanas e os US$ 850'em vi-
gor na Europa. “Há, portanto, es-
paço para as nacionais cresce-
rem”, afirma Amoroso. n
llililliëiširuntua
A no unir
GABh\E'I'EDOIIlNtSTROEIlRAORDNÁRlO...mossm... fiätttl
_ Aviso DE |.|c|rAçÃo
CONCORRENCIA INTERNACIONAL GESUP-N" 'USS
Indústrias Nucleares do Brasil S.A. - INB toma público que, com base na
Lel N” 6.666, de 21.06.93 republicada no DOU em 06.07.94, receberá na Rua Mena
Barreto; 161 - 2° andar - Botafogo, na Cidade do Rio de Janeiro, no dia 16 de agosto
de 1999. às 15 horas, propostas devidamente lacradas. para o fornecimento de
Unidade Completa de Secagem de Cloreto de Arnonio, comendo o projeto detalhado,
equipamentos, componentes e acessorios, bem como os senfiços de supervisão de
montagem, para operaiçào _cIo sistema de secagem de cloreto de amonio da Unidade
de Fabricação de Pó e astllhas de UO2, do Complexo Industrial de Resende - CIFURJ.
As propostas serão abertas pela Comissão de Licitação, no dia, horário e
no endereço acima indicados.
Os documentos de licitação. as especiiicaçñes técnicas e quaisquer outras
informaçoes necessárias a execução do fomecimenlo constam do Edital afixaclo no .
Quadro de Avisos, e poderão ser adquiridos pelos 'mteressados no endereço acima,
mediante o pagamento de R$ 30.00 (trinta reais).
JOSÉ ANTONIO MOREIRA
Coordenador da Comissão do Licitação
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¢'h¬9f`-.- fl.-'.--'§?.'.-=-*.~'.':"r.- f.r--3- .*t:¬.II:t=. ur .-.Tr r-1 1: .U-11-v~.n-Irib-1.1.-..:-.'¬_u
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Rest-astra att' C (fait
Katrlne Restaurante 81 Café
A. Moreau de Justo 136 - Puerto Viamonte (C.P.110?) Capital
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-1-I
10. GAZETA MEacANT|L LATl_No-AMER|cANA Ê5 DE12 A 1a DE Jutl-lo DE .1999
Braspetro torna-se o pulmão da Petrobras
Braço internacional
deverá puxar o
avanço da estatal,
que já não tem o
monopólio no Brasil
Francisco Góes
Rio de Janeiro
A Braspetro, subsidiária da
Petrobras para negócios
no exterior, terá papel funda-
mental na futura estratégiada
estatal brasileira dopetróleo.
Após perder o monopólio
do mercado doméstico, a Pe-
tro bras deverá concentrar suas
apostas de crescimento na
área internacional. A expan-
são no exterior deverá se con-
centrar em regiões como Amé-
rica Latina e Oeste da Africa.
Essas zonas geográficas
permitem a exploração e pro-
dução de petróleo em alto mar
(“off shore”) - tecnologia
que a Petrobras já domina há
muitos anos e que -lhe garante
grande competitividade.
Atualmente, a -Braspetro
tem operações em 13 países,
muitos'dos quais comparti-
lham da mesma demanda: tec-
nologia off shore na explo-
ração e produção de petróleo.
A partir da estratégia global
da Petrobras, a Braspetro pre-
tende ir além do que tem atual-
mente: quer incorporar novos
blocos de produção e ganhar
musculatura como operadora
- a empresa que normalmen_-
te lidera um consórcio.
Inveãlitla - A mais recen-
te investida da Braspetro foi
na Guiné Equatorial, onde a
companhia assinou um contra-
to para exploração e produção
de petróleo em associação
com uma subsidiária da multi-
nacional francesa Elf.
Ainda na Africa, a Braspe-
tro está final-izando negocia-
ções para explorar petróleo
em- um novo bloco “off shore”
na Nigéria, país da região
Oeste do continente no qual a
empresa já desenvolve ,negó-
cios em sociedade com a tam-
bém francesa Total.
No tabuleiro global do pe-
tróleo, a Braspetro poderá va-
ler-se das parcerias que a Pe-
trobras está fazendo com em-
presas privadas em território
brasileiro para, em contrapar-
' ' " . l~ .l ..¡. f ¬ .
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1
za.-A-rzsái' É
'Em exploração e produção =
1-:r:íi'ile:'Ei"n'Í:Teša”""`
tida, obter blocos de valor
equivalente fora do país.
Experiência - As socie-
dades mantidas pela Braspetro
em consórcios no exterior têm
a vantagem adicional de agre-
gar experiência para as opera-
ções da Petrobras no próprio
mercado brasileiro.
A Braspetro fechou o ano
passado associada a 75 com-
panhias de petróleo e com in-
teresses de participação em
149 contratos em 12 países:
Angola, Argentina, Bolívia,
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Í __`~-, ,Iv \¡›f¡* fl._-_1i._ :_¬_. _¡ .___\¡ \_ ¬¡lç~ ¡;.\_¡ _\I.l ‹-3 A
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j Principais indicadores da Braspetro
` W Fatssrartaeaseoz to esmero itiqoido wtnveeüidwatosfii Le msodtsçãio
- em US$ bilhões - em US$ milhões g - em US$ milhões § - em milharesde barris por di
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\-=‹-_׫A::-a.f›:-¬*-~{ë's›z\M3~1'.1-'â.r›‹!
Colômbia, Cuba, Equador, Es-
tados Unidos, Líbia, Nigéria,
Peru, Reino Unido e Trinidad
e Tobago - as atividades da
empresa na Guiné Equatorial
tiveram início em'l999.
As reservas da B_raspetro to-
talizaram aproximadamente
312 milhões de barris de óleo
equivalente e os investimen-
tos totais foram de US$ 498
milhões no ano passado.
Investimentos - Os in-
vestimentos globais previstos
para este ano somam cerca de
Colômbiu, um exemplo de sucesso
O vice-presidente executivo
da Braspetro, Jorge Camar-
go, considera a Colômbia um ca-
so de sucesso na trajetória da
empresa, criada há 27 anos, em 5
de abril de 1972. Há cinco anos,
a Braspetro tinha uma produção
pequena em território colombia-
no, inferior a mil barris/dia. Ho-
je, a Colômbia responde pela se-
gunda maior produção da Bras-
petro. A virada foi possível a
partir de uma inquietação: era
preciso crescer ou- sair da Co-
lômbia, mas não ficar estático.
A primeira oportunidade foi a
compra de ativos da Esso, que
decidiu abandonar o país. A
Braspetro comprou 100% da
subsidiária colombiana da Esso e
as participações em blocos de
exploração e produção em que a
companhia era sócia. Um das
participações adquiridas foi a do
campo de Rio Ceibas, na época
com uma ínfima produção e que
é explorado em sociedade com a
estatal colombiana Ecopetrol e
com a chilena Sipetrol.
Atualmente, o campo de Rio
Ceibas (em terra) produz cerca
de 22 mil barris/dia. As reservas
de Rio Ceibas totalizavam 10
milhões de barnisi hoje o campo
n.flI|.Il-Inu-*\_'n'n.og--_..--¡`----5-.--¡,-...-._.-__-1
-\
Grupo deixa Líbia
A Braspetro está encerran-
do suas atividades na
Líbia, _país do Norte da Áfri-
ca onde a companhia brasi-
leira_atuava na produção e
exploração de petróleo e na
prestação de serviços para a
indústria petroleira. A deci-
são baseou-se na estratégia
da companhia de crescer em
regiões onde possa ser com-
petitiva valendo-se do que
melhor sabe fazer: aexplora-
ção e produção em alto-mar.
As' grandes reservas de petró-
leo da Líbia estão em terra c
nessas áreas a Braspetro.não
dispõe de tecnologia que a
diferencie da concorrência-.
A compa_nhia_vai encerrar
tem 70 milhões de barris de re-
servas provadas. No ano passa-
do, a britânica Lasmo também
resolveu deixar a Colômbia. Se-
guiu-se a mesma estratégia de
compra de ativos aplicada no ca-
so da Esso. Segundo Camargo
_-.-.___.f--f'-4...-.--...........---_---¿-.|›-_'¿n-
as operaçoes das sucursais
Brasoil Líbia - com a venda
de uma sonda de perfuração
- e da Braspetro Líbia, que
atuava na exploração e pro-
dução de petróleo. Esta não é
a primeira vez que a Braspe-
tro sai_da Líbia, onde tem
uma longa história. O vice-
presidente executivo da
Braspetro, Jorge Camargo,
afirma que a companhia to-
mou a decisão mesmo saben-
do da suspensão das sanções
econômicas contra Trípole, '
capital da'Líbia, decisão que
deve provocar_uma onda de
investimentos no país. A Lí-
bia esteve sete anos sob o
embargo da ONU. ¡_ (F.G.)
os trabalhos de reduçao de cus
tos operacionais nos.campos da
Lasmo, que eram de cerca de
US$ 3,00 por barril já baixaram
para US$ 2,00 por barril.
O custo administrativo con-
junto da Braspetro Colômbia e
4;;-Arminlq_¿4L.-bl-I¡.L'hLmL¿-_-Lflfifirlfi
da Lasmo Oil Colombia Ltd.,
que era de US$ 18 milhões por
ano, caiu para US$ 10 milhões
após a fusão e a meta é que esse
valor chegue a US$ 9 rnilhões no
ano que vem. Hoje, a Braspetro
Colombia produz 23 mil barris
de petróleo por dia. A Braspetro
é operadora dos campos em ex-
ploração e produção na Colôm-
bia. A expectativa da empresa é
de que suas reservas de petróleo
na Colômbia cheguem, no curto
prazo”, a 100 milhões de barris.
Àfgeniina - Na Argentina
a iniciativa mais importante da
Braspetro é o projeto Mega, em
parceria com a Dow Chemical e
a YPF. O projeto prevê.o apro-
veitamento de gás produzido no
campo Loma Alta, pertencente à
YPF, com diversas finalidades.
Uma parte será desviada para 'o
pólo petroquímico de Bahia
Blanca; uma segunda parcela se-
rá exportada para 'o Brasilna for-
ma de nafta e GLP e o resto será
vendido pela YPF no mercado
argentino. O projeto, previsto
para entrar em operação no se-
gundo semestre de 2000, prevê
investimentos de cerca 'de US$
629 inilhõesl ,n (F.G;) -1' _ -_ -
....-
xi-.sp-:-i:‹'.':.-.wa
1996 1997 1998 1996 1997 1998 . 1996 19.97 1993 1995 1997 I 1998
US$ 287 milhões, de acordo
com o vice-presidente execu-
tivo.da Braspetro, Jorge Ca-
margo. O Golfo do México -
nos Estados Unidos -, a
América Latina e o Oeste da
Africa devem consumir cerca
de 70% dos recursos dos apor-
tes totais previstos._ -
Camargo afirma que a redu-
ção dos.investimentos em
1999 deve-'se ao fato de que
não está prevista nenhuma
aquisição de empresa, diferen-
te do que aconteceu no ano
passado, quando a Braspetro
comprou os ativos da subsi-
diária da britânica Lasmo, na
Colômbia, e adquiriu a Santos
Europe Ltd., no Reino Unido.
Pfüdllçãø - Segundo Ca-
margo, a produção da Braspe-
tro, que chegou a cerca de 69
mil barris por dia no final do
ano passado, situa-se atual-
mente em torno de 74 mil bar-
ris diários. As operações nos
Estados Unidos e_na Colômbia
(-ver matéria nesta página)
contr-ibuíram para o cresci-
mento observado.
Nos Estados Unidos, a
Braspetro, em consórcio com
a Kerr-McGee, desenvolveu o
campo Ewing Bank 910, no
Golfo do México, que está
atingindo agora o pico de pro-dução. O Golfo do México é
uma das operações mais anti-
gas da lšraspetro, mas é em
Angola, na Africa, que a em-
presa registra a maior produ-
ção, 23 mil barris por día.
j Em Angola, a Braspetro
participa do chamado bloco 2,
composto por 16 campos, jun-
tamente com _a Texaco (opera-
dora) e a Total. Na América
Latina, o grande resultado'do
ano para a Braspetro foi a des-
coberta de novasreservas de
gás na Bolívia, onde realiza a
atividade de exploração em
parceria- __corn a-Empresa Petro-
_ _ _ ç _ _ _'l'çir¿áí-Andciina*e a-'f1Íotal..' 11-' '
' 'Tí' * “Í Í * ` " l"" Í 1.16-` `Ê' ° *Í " ° ' H' ` 'sl' 'fi.\'\2~_\Í~í Y 'if í'*t'*«?l'tlr'¡rÍ%Í*›"-t'*z'\"-=-*¿°-.'.tI*{@E!.\*Jl›3t`*í°Et.-.EH ms ¢-¡z¢.fi.~¢r°.' * ° .tt rf 01° -L=›.!›.<*...!.?..i.!i - E *L ir
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DE 12 A 1a DE Juu-ro DE 1999 p & I GAZETA MEncANT|L LAT|No-AMEnlcANA. 11
Gasoouro
&¡ OSao Paulo já recebe gás natural boliviano
_z 7 7 7 L
Combustível seró fornecido inicidlmente pdrd indústrids e, posteriormente. Doro usinds termelétricds
Francisco Góes
Fiio de Janeiro
O gasoduto Bolívia-Brasil,
um megaprojeto de US$ 2
bilhões que permitirá aumen-
tar a participação do gás natu-
ral na matriz energética brasi-
leira, está passando pelo pri-
meiro teste operacional,
previsto para estender-se até
outubro. O teste marca o iní-
cio efetivo das operações co-
merciais do gasoduto.
O gás boliviano começou a
ser exportado para o Brasil em
1° de julho. Um dia depois,
iniciou-se o fornecimento do
gás da Bolívia para a Compa-
nhia de Gás de São Paulo
(Comgás), concessionária pri-
vatizada em abril e que foi ar-
rematada em leilão por um
consórcio formado pelas em-
presas multinacionais British
Gas International e Shell.
O período de testes é uma
medida de precaução que per-
mitirá fazer eventuais ajustes
nesses primeiros 90 dias de
funcionamento comercial do
gasoduto. A Comgás, o pri-
meiro cliente do gás bolivia-
no, irá atender, em um primei-
ro momento, ao consumo in-
dustrial. Depois, o gás natural
também começará a ser vendi-
do a usinas termelétricas.
O contrato que a Comgás
tem com a Petrobras para o
gás boliviano inclui a compra
de um volume médio diário,
no primeiro ano, de. aproxima-
damente 2,2 milhões de me-
tros cúbicos por dia.. Esse
Edlloria de Arta!Gazeta Mercantil Latino-Americana
Investimentos.
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- z -E
'Entre empregos diretos e indiretos
z Novo combustível
l Características do gasoduto Bolívia-Brasil
uss 2, bilhões 3.150 quir_ô,rr¡cirq.s Í
Cflpflddade Total de Geração demuni¢f_r>i°S .ernefäesosr “
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-FonréëPéri6riràsrsegeT¬roÍã|íor ` ”* T " "' ' '
montante deverá chegar a 8,1
milhões de metros cúbicos
diários no oitavo ano.
Clientes - As demais dis-
tribuidoras estaduais de gás
incluídas no trajeto do gaso-
duto, que sai da Bolívia, vai
até São Paulo e de lá para Por-
to Alegre, no Rio Grande do
Sul, deverão demandar mais
14,2 milhões de metros cúbi-
cos por dia por volta do oitavo
ano de operação do gasoduto.
O trajeto entre São- Paulo e
Porto Alegre deverá estar con-
cluído até dezembro. Somada
ã demanda da Comgás, che-
gar-se-ia a um volume de 22,3
milhões de metros cúbicos
diários, cerca de 8 milhões de
metros cúbicos a menos do
que a capacidade máxima de
transporte do gasoduto, que é
de cerca de 30 milhões de me-
tros cúbicos diários.
As reservas provadas de gás
natural do país andino alcan-
çam quase 243 trilhões de me-
tros cúbicos. As reservas pos-
síveis, por sua vez, somam
-410,59 trilhões, enquanto as
reservas potenciais são de
aproximadamente 821,19 tri-
lhões de metros cúbicos.
Aí entra a expectativa de
que o gás boliviano atenda à
demanda de novos projetos de
construção de usinas termelé-
tricas no país. “Os projetos
térmicos são os novos atores
para o desenvolvimento do
uso do gás natural no Brasil”,
afirma Paulo Roberto Costa,
diretor comercial da Petrobras
Gás S.A. (Gaspetro), subsidiá-
ria da estatal Petrobras.
COI1tI'0Ie - A Gaspetro
controla a Transportadora
Brasileira Gasoduto Bolívia
Brasil S.A. (TBG), empresa
com participação de sócios
privados que é proprietária e
operadora do gasoduto em ter-
ritório brasileiro. De acordo
com Costa, a Comgás negocia
contrato de fornecimento com
a usina termelétrica de Pirati-
ninga, em São Paulo, que teria
de ter sua fonte energética
transformada de óleo combus-
tível para gás natural.
Existem outros projetos de
construção de termelétricas
em discussão, em especial no
estado de São Paulo. O merca-
do paulista de gás é o mais de-
senvolvido do Brasil, com um
consumo diário de quase 4 mi-
lhões de metros cúbicos. Até
agora, a Comgás recebia o
combustível exclusivamente
da Petrobras. A petroleira es-
tatal produz o gás que fornece
a São Paulo nas bacias de
Campos, no Rio de Janeiro, e
Santos (São Paulo). 1
Um novo
duto entre
os países?
Aprimeira reunião en-
tre os ministros das
Minas e Energia do Bra-
sil, Rodolpho Tourinho, e
o ministro de Desenvol-
vimento Econômico da
Bolívia, José Luis Lupo,
será realizada no Rio de
Janeiro em setembro. No
encontro, os dois países
'deverão assinar uma car-
ta de intenções para apro-
fundar a integração ener-
gética. A carta deverá su-
gerir a elaboração de um
estudo para ampliar o du-
to Bolívia-Brasil e para a
construção de outro pro-
jeto que partiria de Ya-
cuiba e, passando pelo
Paraguai, chegaria a São
Paulo. 1 (La Razón, La
Paz/Rede de Diários
Econômicos) '
As empresas que compõem o GECAN -
Grupo Empresarial Canoas:
Asea Brown Boveri Ltda. (líder do consórcio)
Alstom Energia SA
Ansaldo-Coernsa S.A.
Bardella S.A. Indústrias Mecânicas
Tècbint Engenharia S.A.
Siemens Ltda.
Voitb S.A.
f()1`llCCCClOl.°3.S dOS €q_u.íP3IIl€IltOS C I'llOl`lt3.g€l`l'l
eletromecânica das
lfsinas Hidroelétricas Canoas I e Canoas II
pzzabenizzm a CBA _ COMPANHIA BRASILEIRA
DE ALUMÍNIO E A COMPANHIA DE GERAÇÃO
DE ENERGIA ELETRICA PARANAPANEMA
pelo sucesso do empreendimento.
São Paulo, 13 de julho de 1999.
-_ -.---.-.._q._---_-_-_--___- ___.. -_ _. 4--_-. -_- ..----Q-|.¬¡~ - - Q Q Q Q - ø - Q Q Q Q Q Q - - .-
Image 268
rr n121 GAZETA MERCANTIL DAT1No-AMEn|cANA & 5512 A ,B DE JULHO 051999
Cousrnugáo
Grupo peruano Cosapi
cresce nos países andinos
Obras no mercado
doméstico, no Chile
e na Venezuela
deverão render US$
220 milhões em 99
O setor de construção tem si-
do um dos mais prejudica-
dos pela recessão que afeta di-
versos países latino-arnericaiios.
Mas, mesmo em um cenário des-
favorável, há sempre alguém que
aposta em crescimento. E o caso
da construtora peruana Cosapi, a
maior de seu país, que planeja
um faturamento de US$ 220 nii-
lhões em 1999 - 10% a mais
que a receita do ano passado. O
valor previsto inclui as opera-
ções da empresa no Peru, no
Chile e na Venezuela.
E porque tanta confiança? Se-
gundo Carlos Vegas, diretor co-
mercial da Cosapi S.A. Ingenie-
ria y Construcción, a resposta es-
tá no porte dos projetos
conquistados pelo grupo recen-
temente. Ele cita, por exemplo, o
projeto da usina hidrelétrica de
Ho1'É|s
Yuncán. Neste caso, a Cosapi vai
fornecer e instalar 50 quilôme-
tros de tubulações para transpor-
tar água atéas estações de trata-
mento de San Bartolo, Huáscar e
San Juan. Esta e outras obras so-
mam, no total, contratos de US$
150 milhões que serão desenvol-
vidos durante este ano.
Segundo Vegas, o grupo tam-
bérn está acom-
panhando com ll
atenção diferen-
tes projetos em
fase de licitação,
como é o caso do
aeroporto inter-
nacional Jorge
Chávez, no Peru. A Cosapi pre-
tende formar um consórcio para
disputar a concessão.
O grupo peruano está estudan-
do vários projetos para o progra-
ma de construção de casas popu-
lares “Mivivienda”, no Peru, e
está participando da reconstru-
ção da infra-estrutura abalada
pelo fenômeno climático “El Ni-
ño”. De acordo com Vegas, a Co-
sapi seguirá participando de pro-
jetos para a grande e a média mi-
- Nos anos 90, a
I empresa também
participou de vários
H projetos- hoteleiros-
- 1.; no Méxiconeradora, com obras de
envergadura como Antamina e
outros similares que estão sendo
tocados no Chile.
Na semana passada, a empre-
sa assinou o contrato e iniciou as
obras de habilitação urbana do
conjunto Residencial Islas. A
primeira fase do projeto consiste
na construção de redes de servi-
ço -- como de
água, por exem-
plo - p.or um
valor total de
US$ 2 milhões.
Posteriormente,
será iniciada a
primeira etapa da
construção de moradias, para a
qual a empresa promotora da
obra - Desarollo Siglo XXI
S.A. -. ainda não definiu_ qual a
construtora será a responsável.
Na década de 90, a Cosapi
participou de diversos projetos
hoteleiros no México, entre os
quais o Hotel Marriot de Puerto
Vallarta, o Sierra Intercontinen-
tal de Manzanillo e o Conrad de
Cancún. 1 (Gestión, Lima/Rede
de Diários Econômicos)
Starwood quer inaugurar
um Sheraton em Cusco
Grupo tdmbem pldnejd dbrir um hotel Four Points em Limoi
O grupo internacional
Starwood Hotels & Resorts
Worldwide Inc., proprietário da
cadeia de hotéis Sheraton, plane-
ja inaugurar_uma unidade em
Cusco, no Peru, no ano 2000.
“A demanda em Cusco sem-
pre é forte e nunca vai parar de
crescer, porque Machu -Picchu é
considerado um patrimônio
mundial. Por isso, estamos rea-
lizando os últimos estudos de
viabilidade para a construção de
um hotel' de cinco estrelas no
curto prazo”, afirma William A.
Torresala, gerente-geral do She-
raton Lima Hotel & Casino.
O passo seguinte, conforme
Torresala, será abrir um hotel em
Lima com a marca Four Points,
também controlada pelo grupo
Starwood. Outro hotel Four
Points deverá ser inaugurado em
otsai=.irn.9P. Chi.<z1.o.'9.-.eliteI. .III
dessas duas marcas - Sheraton
e Four Points -, o Starwoods
Hotels controla as redes Westin,
Luxury Collection, Caesars
World e W Hotel.
No Peru, os planos de expan-
são do conglomerado incluem,
ainda, Huaraz e Tumbes, além de
outras cidades
localizadas no ,
interior do país.
Torresala ex-
plica que a ca-
deia Four Points,
de quatro estre-
las, é adequada
para algumas cidades do interior
porque oferece uma altemativa
mais econômica ao médio e pe-
queno empresário que queira
transformar-se em sócio local do
grupo Starwoods.
O executivo afirma que o con-
glomerado_co_nfia no mercado
n . Q . . . . . . _ . . _ . _ . I I I 1 f : l1..I1l't3"t:l'
Taxa de ocupação
1 dos hotéis de Lima
é de 40%, mas
deverá crescer nos
próximos anos -
peruano. O Startvood-s, lembra
ele, está atuando no país há 25
anos. A ocupação média dos ho-
téis de Lima alcança, atualmen-
te, cerca de 40%. No interior pe-
ruano, esta média é de 30% `
Segundo Torresala., a contra-
ção no índice de ocupação hote-
leira no mercado
local-é cíclica e
obedece a uma
série de proble-
mas do passado,
como a falta de
promoçao dos
_ destinos turísti-
cos peruanos e a paralisação das
operações da Aeroperú, que con-
tava com um sistema internacio-
nal de reservas. “Graças à segu-
rança e estabilidade do país, o
fluxo turístico deve aumentar”,
diz. 1 (Gestión, Lima/Rede de
Diários Econômicos)
ví
Preço de seguro no
Chile sobe are' 40%
A s empresas chilenas estao
pagando mais pelas apóli-
ces de seguro. E o aumento nos
preços não é pequeno: entre 20%
e 40%. Entre 'os motivos do rea-
juste aparecem argumentos co-
mo os recentes incêndios flores-
tais no Sul do país e o risco po-
iítico, agora considerado maior.
Segundo executivos das segu-
radoras estrangeiras Lexington e
Eagle Star, as greves nos portos,
os conflitos nas tribos mapuche,
a seca, as dificuldades econômi-
cas e o próprio caso Pzinochet fa-
zem com que o mercado -local es-
teja mais exposto a sinistros.
No setor, correm informações
de que algumas seguradoras es-
Fracassa n
tão optando por se retirar do
mercado chileno motivadas pela
intensificação dos riscos políti-
cos. O presidente da Associación
de Aseguradores, Mikel Uriarte,
discorda. “Pelo contrário, novas
empresas estão chegando, como
a alemã Mnchener, que elegeu o
Chile como sede para a América
Latina”, afirma o executivo.
Segundo ele, o que tem feito
algumas empresas se afastarem
do mercado chileno são os bai-
xos preços que têm conseguido
praticar. Além disso, há os riscos
sismológicos. “A cada dez anos
temos um terremoto”, diz. 1 (El
Diário, Santiago/Rede de Diá-
rios Associados)
. _ MJegociaçao
de empresa do AIG
A negociação para a compra
de uma nova empresa de se-
guros fracassou, mas a Empresas
Interamericana, matriz no Chile
do grupo norte-arnericano AIG,
continua de olho em novas pos-
sibilidades para crescer no mer-
cado local. “Esperamos conti-
nuar crescendo nesse segmento,
mas a negociação que mantínha-
mos acabou sem resultado”, afir-
ma o presidente-executivo do
grupo, Alex Fernandez.
A ampliação do número de
clientes, que se dá mais rapida-
mente por meio de aquisições, é
fundamental para que ocorra re-
dução nos custos. Anteriormen-
Endesa reduz
sua estrutura
A Endesa, principal geradora
de energia do Chile, planeja
reduzir o número de filiais que
mantém no país, com o objetivo
de reduzir custos e aumentar a
eficiência de suas operações. A
Endesa Chile é controlada pela
“holding” Enersis, também chi-
lena, que por sua vez é contro-
lada pela Endesa España.
A reestruturação da Endesa
Chile teve momentos tensos. Es-
pecialmente no caso da extinção
da gerência de desenvolvimento,
cujas funções serão de responsa-
bilidade da Enersis. (ver página
3). 1 (El Diário, Santiago/Rede
de Diários Econômicos)
te, Fernandez havia citado que
sua empresa estava esperando
que os grupos Matte, Angelini e
CGE decidissem colocar ii venda
a seguradora El Raulí. _
A Empresas Interamericana
participa do mercado segurador
chileno por meio da Interrentas e
Interamericana Compañía de Se-
guros Generales y Vida.
Ainda segundo o executivo,
desde a venda da administradora
de fundos de pensão Unión, que
ocorreu em 1998, a companhia
não pensou mais em retomar as
atividades neste segmento. 1 (Ei
Diário, Santiago/Rede de Diá-
rios Econômicos) I
Chilegmenos
bens de fora
A s importações chilenas de
bens de capital cresceram
29,1% em maio último na com-
paração com o mesmo mês do
ano passado. No acumulado dos
cinco primeiros meses deste ano,
entretanto, houve uma retração
de 23,1%. As importações de
bens de capital alcançaram a
marca de US$ 304,7 milhões en-
tre janeiro e maio deste ano, ante
os US$ US$ 396,9 milhões re-
gistrados no mesmo período de
l998, de acordo com dados di-
vulgados na semana passada pe-
lo Banco Central do Chile. 1 (El
Diário, Santiago/Rede de Diá-
rios Econômicos)
Image 269
r n
DE 12 A ia DE Juu-to DE 1999 s & GAzErA ME|=rcANT|L mimo-AMEa|cANAz 13
_-_ _ _- L ; L -1 ff* Í f fr ff Í Í ' 41 I I*
INTERNET
MP3 da Samsung agita
o mercado de música
Aparelho da
empresa coreana
concorrerá com o
da Diamond
Multimidia
Federico Caturla
Buenos Aires
A coreana Samsung está cau-
sando uma nova dor de ca-
beça para as companhias disco-
gráficas: anunciou que no mês
de agosto lançará no mercado
reprodutor de arquivos MP3,
fomato que permite compri-
mir dez vezes o tamanho de uma
música, acelerando seu tráfego
pela Intemet.
Com isso, a empresa também
aplicou um duro golpe na Dia-
mond Multimedia, que até há
pouco tempo era a única fabri-
cante mundial de reprodutores
neste formato.
E agora planeja travar uma ba-
talha com relação aos preços. O
Yepp - como será chamado o
reprodutor - será, na Argentina,
quase 40% mais barato que seu
concorrente. “Nosso reprodutor
será lançado no mercado por
US$ 250”, diz Esteban Rodri-
guez Casey, gerente assistente de
marketing da Samsung Argenti-
na. “Sabemos que por enquanto
qle não será um produto de mas-
'a, por isso é bom que a Sam-
sung entre no mercado a fim de
_baixar os preços”, diz.
Na Argentina, o Rio, o repro-
dutor da Diamond Multimedia,
custa entre US$ 334 e US$ 399,
enquanto que nos Estados Uni-
dos custa apenas US$ 199. O no-
INFRA-Esrnuruna
_* i__i *_ ç lëçcitoriaide Artelüazata Magreanlll Latino-Anrerloana
lfñ 'Í E 7 õz" Z" '_'
5 Guerra musical
i Preço médio dos aparelhos MP3
Marca Memória
Í Rio 32 mb.ii
É âà Yepp 32 mb
`¡'Em US$Preço na Preto
Argentina* nos E A* ç
3343399 199
220 3 250 1593 239 Í
¡-
O
1
O
0 “ l
Fonte: Samsung e mercado
vo modelo da Samsung poderá
ser comprado na Argentina por
um preço entre US$ 159 e US$
239. “Fizemos um estudo de
mercado e a venda de reprodu-
tores Yepp representará um volu-
me baixo para nós. Ou se padro-
niza o uso do MP3, tomando-o
mais popular, ou se baixam os
preços, já que ainda é um produ-
to caro”, afirma Casey.
A companhia coreana espera
neste ano vender 80 mil reprodu-
tores em todo o mundo. No ano
que vem, quer comercializar 500
mil aparelhos. Um estudo da
consultoria Forrester Research
estima que para o ano 2003 ha-
verá 32 milhões de reprodutores
em todo o mundo. Apesar deste
otimismo, na Argentina as metas
não são tão ambiciosas. A em-
presa assegura que não serão
vendidos mais de 200 aparelhos
durante este ano.
Diamond e Samsung parecem
dispostas a travar uma batalha no
mercado de reprodutores MP3.
Enquanto isso, a Associação
Americana da Indústria Disco-
gráfica (RIAA) busca uma fomra
para brecar o avanço da reprodu-
ção ilegal de músicas através da
Intemet e estuda a possibilidade
de que as próprias gravadoras as
coloquem na rede, mas com dis-
positivos que permitam uma dis-
tribuição controlada.
As gravadoras acusam as em-
presas de reprodutores de fo-
mentar a distribuição ilegal de
música na rede. As empresas,
entretanto, se defendem: “Fabri-
car armas não constitui um deli-
to. O delito é utilizar a arma para
matar. Fabricar reprodutores
MP3 também não. Fazer um
download da música ilegal pela
Intemet, isso sim é um delito”,
argumentam.
“O formato MP3 é bom à me-
dida em que permite que muitos
artistas pouco conhecidos ou ar-
tistas consagrados tomem públi-
cas suas músicas, colocando-as
na Intemet. O problema é quan-
do se faz um download da mú-
sica que está na rede e que não
tem autorização para ser repro-
duzida”, afirma Casey. n
Necso no mercado chileno
Aconstrutora espanhola Necso
deu um prirneiro passo signi-
ficativo 'dentro da nova estratégia
extema do grupo, voltada a aumen-
tar sua presença no exterior, sobre-
tudo na América Latina e Europa
do Leste: a participação no maior
projeto hidrelétrico que o Chile de-
senvolve na bacia do Rio Biobio.
Trata-se da execução de boa par-
te das obras do projeto Hidreléuico
Rialco, instalação que poderá gerar
570 megawats de energia e que virá
atenuar os problemas de fomeci-
mento que o país sofre com a seca.
Esta é a primeira grande obra que a
construtora consegue no país.
A Necso se encarregara da cons-
trução de obras no valor de US$
100 milhões, em consórcio com a
empresa local Graña Montero. A
empresa espanhola, com urna par-
ticipação nessa união temporária de
empresas de 60%, realizará as obras
de abertura, um túnel de fomeci-
mento com .7 krn de comprimento e
9 m de diâmetro, urna charniné de
equilíbrio totalmente subterrânea
com 110 m de altura e todos os tra-
balhos de manutenção dos cami-
nhos interiores do projeto. A central
se encontra na bacia alta do rio, 105
krn a sudeste da cidade de Los An-
geles. Além da queda de água, o
projeto global inclui a construção
da conexão elétrica para concentrar
a energia no chamado Sistema In-
terconectado Central. A Acciona se
TEEN!
Disney faz
acordo com
ex.-executivo
A Disney conseguiu chegar, na
semana passada, a um acordo
com seu ex-gerente geral, Jefl'rey
Katzenberg, que a havia processado
pelo não-curnprimento de seu con-
trato. Katzenberg comandou a em-
presa até 1994, quando deixou a
empresa para o projeto fius-
trado do estudio Dreamworks. Seu
contrato estipulava o direito a um
bônus anual equivalente a 2% dos
lucros da companhia, que Katzen-
berg disse não ter recebido.
Já a Disney alegava que o exe-
cutivo não deveria receber tais
compensações por ter deixado o
cargo antes do firn do contrato. A
empresa não revelou ospontos do
acordo, mas ambas as partes o con-
siderararn “satisfatório”. A Disney
já havia 'pago cerca de US$ 120 mi-
lhões ao executivo quando este dei-
xou a empresa Ainda assim, Kat-
zenberg exigia mais cerca de US$
500 milhões, correspondentes alu-
cros mais juros durante sua gestão.
Para os analistas, o acordo não
terá impacto nos resultados e preços
das ações da Disney. Mas lamen-
tam que a Disney tenha perdido o
executivo, cuja gestão resultou em
grandes ganhos para a empresa En-
tre os filmes produzidos em sua
gestão destacam-se A Pequena Se-
reia e O Rei leão, dois dos mais
vendidos da Disney. 1 (EFE)
Boeing se
prepara para
um recorde
A empresa aeroespacial
Boeing entregou 313
aviões comerciais no primeiro
semestre de 1999 e está traba-
lharrdo para fazer, até o final do
ano, a entrega histórica de um to-
tal de 620 aeronaves. Em 1998, a
Boeing entregou 563 aparelhos,
sendo que no primeiro semestre
o número chegou a 247 aviões
comerciais.
“A 'gestão da empresa na pri-
meira metade deste ano indica o
retorno à saúde de todo o nosso
sistema de produção”, afirmou
Alan Mulally, presidente da divi-
são Boeing de Aviões Comer-
ciais.
A Boeing passou a ser a maior
companhia aeroespacial do mun-
do depois de sua fusão, em 1997,
com a McDonnell Douglas e a
compra, em 1996, das unidades
de defesa e espaço da Rockwell
Intemational.
Em 1996, a receita da empresa
foi de US$ 22,7 bilhões. No ano
seguinte, o valor subiu para US$
45,8 bilhões e em 1998 chegou a
US$ 56,2 bilhões.
A Boeing tem clientes em 145
países e funcionários em mais de
60 nações. Em todo o mundo a
Boeing e suas subsidiárias em-
pregam mais de 220 mil traba-
lhadores. 1
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juntanesteprojetoàdestacadapre- coNsuLTE_NoS
sença das construtoras espanholas
no mercado chileno. Ferrovial, Dra-
gz‹rúsO,b1=c(à, Acsâeszzyw eazíiezu- _ CAMP y BERCA
äremãfanÊ¿f¿““de c§f1'z§S'§õeS"§Ê av. onoüo 131 - nøzarrø - Argentina
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Image-270
r 1
141 Gr=›zETA MEHcANr|L LAT|No-AMERICANA & DE 12 A ia DE JULHO DE 1999
TELecoiv|u|~||cA ões
uer fazer um interurbano? Impossível
MSistemd telefônico brcisileiro entro em pdne depois do implcintciçõo do novo pldno de numerciçdo
Fernando Lopes .
rurbano na semana passada
no rasil, por necessidade ou cu-
riosidade, deu com os burros
n'água. O sistema telefônico do
país entrou em colapso logo após
a implantação do novo plano de
numeração que foi adotado para
viabilizar a competição entre as
operadoras privadas do setor.
O caos, que também afetou as
chamadas intemacionais, desen-
cadeou uma troca de acusações
mútuas e ameaças de punições
por parte do govemo; definiu o
tom agressivo da concorrência
_ que já era adotado nas cam-
panhas de marketing das empre-
sas -- e reforçou” o discurso anti-
privatizacionista da oposição.
E como fica o consumidor?
Ao usuário final, sobrou a incer-
ta promessa de indenizações pe-
los problemas que possam ter si-
do causados. E calos nos dedos
de tanto discar ou teclar.
'Os problemas começaram no
último dia 3, um sábado escolhi-
do a dedo -- pelo pouco movi-
mento -- para revolucionar as
operações. “Tudo tinha que estar
pronto até às 3 horasda manhã.
Nós cumprimos a nossa parte. A
São Paulo
Quem tentou fazer um inte-
\\-E ;.,;@zfl
. _- _ --.¡ Í- .z--.¬¬,_,T ..í_.:i _ "L
culpa do colapso é da Embratel”,
dispara um funcionário da Tele-
fônica, operadora de telefonia fi-
xa que atua em São Paulo.
A Embratel “nega enfatica-
mente que seja a responsável pe-
la qualidade dos serviços de te-
lefonia no país”, conforme afir-
mou em um comunicado oficial,
mas o fato é que, na segunda-fei-
ra (dia 5 d_e julho), apenas 32,5%
das chamadas feitas entre Esta-
dos diferentes estavam sendo
completadas. Para chamadas en-
Ataques e contra-ataques `
= “Certamente houve deslerlro, desinteresse ou descuido =
in 3'- de algumas operadoras”
l _ ' 'I _ Pimenta da Veiga, ministro das Comunicações, sobre a pane .
gx É i do sistema. (lomal do Brasil, 7 de julho) z
" “Vamosfazer com que esta gente tenha mais zelo pela
prestação dos serviçospúblicos”
Renan Calheiros, .ministro da Justiça, ratilicando sua intenção
de multar astelefõnicas. (O Estado de São Paulo, 7 de julho)
__¡_,_ _____ _ “Tudo tinha que estarpronto até às 3 horas da manha z
_ de sábado (3 de'julho). Nós cumprimos a nossa parte.
A culpa do colapso e' da Embratel”
Declaração de um funcionário da Telefónica, Í
de São Paulo, a este jornal. í
“A Embratel nega enƒaticamente que seja a responsável
@EM5u'TEL pela queda da qualidade dos serviços de telefonia nopaís”
Comunicado Dlic-ia] da Embratel veiculado no dia B de julho.
11.-1-¬¬w-u_u-._-
E
E
!
«[15 .. fã . ..Í m .__ J-:-_-R ...4
tre cidades de um mesmo Esta-
do, o usuário tinha mais sorte:
42,5% das ligações eram con-
cluídas na segunda-feira. Com
isso, a média nacional chegou a
42,5%, bem abaixo da média
considerada aceitável, 55%.
No sábado, é verdade, a situa-
ção era bem pior: apenas 18%
dos interurbanos eram completa-
dos, também em razão do au-
mento significativo do número
de ligações. Normalmente, são
realizadas cerca de 17 milhões
O Código de Defesa do
Consumidor ganha força
O s técnicos e especialistas
podem responder se as pri-
vatizações das empresas brasi-
leiras de infra-estrutura melhora-
ram ou não os serviços presta-
dos. Mas pelo um grande mérito
elas têm: fizeram com que os
usuários dos serviços descobris-
sem o Código de Defesa do Con-
sumidor, que entrou em vigor em
1990, mas que até o início deste
ano era pouco consultado.
Foi em março, com o blecaute
que deixou “ll Estados brasilei-
ros às escuras, que o código saiu
da gaveta. verdade que, na'
época, pouco adiaritou..Eletro-
domésticos foram danificados
___ f *rir _ É _ fi 7 z _'
pelas variaçoes de tensao causa
das pelo blecaute e não há not.í.-
cias de indenizações. ¡ 1
As concessionárias afirma-
vam que o problema havia sido
causado por um motivo de força
maior - um raio - e .ficou tudo
por isso mesmo. Mas o Código
de'Defesa do Consumidor, em
seu 14° artigo, afirrna que “o for-
necedor de serviços responde,
independentemente da existên-
cia de culpa,- pela reparação dos
danos causados aos consumido-
res por defeitos relativos à pres-
taçãodos serviços”._E aí que os
que se sentem prejudicados pelo
caos da telefonia se apóiam para
reclamar seus direitos. As inde-
nizações tem o aval do ministro
da Justiça, Renan Calheiros, que
afirrna que as companhias telefô-
nicas desrespeitaram o código.
O principal foco da batalha ju-
rídica que já começa a ser trava-
da está no Rio de Janeiro, onde a
Justiça promete multar as opera-
doras - Embratel 'e Telemar -_
em até US$ 1,7 mil por dia se
elas não se comprometerem a in-
denizar os consumidores.. Mas,
como as energéticas, as telefôni-
cas .negam a culpa e dizem que
não vão pagar. O consumidor
perdeu a queda-'de-braço no caso
do blecaute.`E agora? 1 (F.L.)' '
de chamadas num sábado e 35
milhões em um dia normal de
trabalho (segunda a sexta), con-
forme a Anatel, o órgão que re-
gulamenta e fiscaliza o setor de
telecomunicações no Brasil.
“Não .queremos nos eximir de
qualquer responsabilidade, mas
esta transição, no Brasil, foi mui-
to rápida. As operadoras estão
trabalhando. no desenvolvimento
do novo sistema há um' ano e os
usuários tiveram de se acostumar
com ele em dois dias. Nos EUA,
por exemplo, a implantação de
um novo plano de numeração foi
realizada em um prazo de sete
anos”, afirma uma fonte da Te-
lemar, empresa que opera em 16
Estados brasileiros. O sistema
Telebrás foi privatizado em julho
do ano passado, daí o prazo de
um ano mencionado.
Tudo por causa de dois núme-
ros a mais. Antes do início da
4 nvS ao vários os fatores que
causaram o colapso da
telefonia de longa distância
no Brasil na semana passada,
segundo -os técnicos das ope-
, _ radoras. O primeiro que veio
'l'
-. ai tona, puxado pela Embra-
. _ -tel, foi o excesso de ligações,
influenciado 'pelas promo-
ções oferecidas por empresas
como Telefônica e Telemar e
pela própria curiosidade do
consumidor em saber como
funcionava o novo sistema.
r A própria Telefônica, que
i tenta driblar qualquer res-
` ponsabilidade - que poderia
arranhar ainda mais sua.já
desgastada imagem pelos
problemas na telefonia local
L de São Paulo ~, diz que nem
¬ todas as centrais telefônicas
da Embratel estavam operan-
do, no horário marcado, com
- os novos programas de com-
putador que viabilizam 0 no-
vo plano de numeração. '
Houve, também, incompa-
l
J.
I 1 _
, 1 ir 1 1- - 4 1 . I
I.
l
concorrência para interurbanos
- só a ex-estatal Embratel ofe-
recia esse tipo de serviço _ e
chamadas internacionais, basta-
va teclar 0 (o código nacional), o
prefixo da cidade (2 números) e
o telefone desejado. Desde sába-
do, o usuário tem de discar o pre-
fixo da operadora escolhida (2
números) entre o 0 e o prefixo da
cidade. Telefônica, em São Pau-
lo, Telemar (ex-Tele Norte Les-
te) e Tele Centro Sul passaram a
disputar com a Embratel a pre-
ferência do consumidor.
De acordo com a Anatel, as
operadoras poderão ser multadas
em até US$ 24 milhões pelos da-
nos causados. E o presidente
Fernando Henrique Cardoso avi-
sava na última quarta-feira que
as operadoras tinham até o últi-
mo dia 10 para solucionar os
problemas. Sorte que a situação
já estava voltando ao norrnal. 1
i Concorrentes usam
1 a rede da Embratel
tibilidade entre as inforrna-
ções que as operadoras dis-
punham sobre assinantes e
falha na comunicação entre
as centrais de lrânsito da Em-
bratel. Vale lembrar, ainda,
que boa parte da infra-estru-
tura utilizadas pelas demais
operadoras ainda pertence à
Embratel, que detinha o mo-
nopólionda longa distância.
Rede própria - A rede
própria da Telemar, por
exemplo, cobre aproximada-
mente 40% da área de con-
cessão da companhia - for-
mada por 16 Estados, entre
os quais Rio de Janeiro e Mi-
nas Gerais. A empresa anun-
ciou que deverá terminar de
instalar sua rede de fibras óp-
ticas ainda neste ano. A ex-
` I' i 1 ,pansao consurnrra boa parte .
dos investimentos programa-
dos pela empresa para este
ano, que somam' cerca de
-US$ 1,4 bilhão. 1 (F.L.) ' '
,-
.¡ 1-
.-'
W' ›-,fz.--fí;»- zev.áIuc'f¡`ón._ per_mÍä_.n.enfte-. _ J. __ . ;z~. ; - ¬' ,_ ¿ _` _ ,, _. 4 _ - . - _ ___¡__'_-_' . -. _ _._.J
'?E'I'I*I'I+I'I'I'H'I'1"I*I°Í*I~I°lili*IrfilfifififiiõfifiirfiÍ»S`!i›51it'z!£í*›".í'i!'íS'›!.'?23fH'K{f¡¿=íí=I{1?Z'l`¿{f'Zšfrääéíšffiflãáfièírliíší'Išrfri*?I*.°?Í{*§°í›§'?'.*.i'ã9.‹t›$*Ii-aii??Íf3Íëff?&Ír@ši.'1Ê›€a`vÍ-'É,*aëPI?§šiifi.\i›5`!ii\ãÍfIi}Í›IiI1Íi2›`l›$51›!›¬f›EíÍ`-1»fã53-'
Image-2?1
I
161 GAZETA MERCANTIL LATINO-AMERICANA I DE '12 A15 DE JULHO DE 1999
Sorrwnne
un promove a linguagem Java na
Empresa patrocina- - t A obra... ...e o criador -iPFIITIGIÍO 8110011 TO . . . _ - _ __ __ , Cresce o uso da linguagem Divrsao de receita mundial
na reglao $0b|'e 3 ._ deprogramaçao Java da Sun Microsystems - em%
tecnologia que
desenvolveu
Andre Lachini
São Paulo
A s novas oportunidades de
negócios por meio da Inter-
net - com destaque para o uso
da tecnologia Java -, serão o
centro das atenções do Java In-
ternet Conference & Expo, even-
to que será realizado em São
Paulo, Brasil, entre os dias 4 e 5
de agosto. E a primeira vez que
um evento sobre tecnologia Java
acontece na América Latina.
O encontro é patrocinado pela
Sun Microsystems, que desen-
volveu a linguagem_Java, e por
outras empresas interessadas em
negócios pela Internet, como a
IBM. O evento custará US$ 530
mil e está sendo montado pela
Brand Marketing, empresa brasi-
leira que recentemente associou-
se à ZD dos Estados Unidos, que
promove os eventos Java na
América do Norte e Europa.
“O objetivo de um evento Ja-
va no Brasil não é convencer as
empresas sobre a necessidade
em usar a Intemet, porque quase
todos já sabem disto. Vamos reu-
nir vários temas de business e
tecnologia que realmente fazem
parte da vida das empresas”, diz
Luiz Femando Maluf, gerente de
marketing da Sun Microsystems.
Maluf diz que estes temas serão
comércio eletrônico, redes cor-
porativas, atendimento persona-
l_izado ao cliente e tudo que se re-
fira a negócios pela Intemet. E o
grandedesafio que se apresenta
às corporações não é apenas uma
questão tecnológica (decidir se
usam ou não a Intemet), mas sim
como vão conquistar o cliente e
vender através da rede.
Desafio - “A questão é dar
ao cliente a solução que ele pre-
cisa para atingir seu público pela
Intemet e vender para ele. A In-
temet não é um veículo massifi-
cador. Ela exige que se persona-
lize a venda para cada grupo de
consumidores. O desafio é des-
cobrir para a empresa que nos
procura como conquistar o clien-
te”, diz João Pedro Perez, diretor
de software da IBM Brasil.
Esse cliente é jovem, tem en-
tre 20 e 30 anos e já está acos-
tumado a usar a Intemet, de uma
maneira geral. “Como as empre-
sas vão tratar um internauta que
tem 20 anos de idade e que, da-
qui a dez anos, será_ um consu-
Editoria de Ar1elGazata Marcarrtil latino-Americana
l lj/ .mil no Elrzisrl
* 1 5 mil softwares foram
desenvolvidos com o Java
l .D '_
A tecnologia é ensinada em
200 universidades 1
~.›»E-;_. -': E-= -- _ _.. _ - H. -., :¬ -- - “. E 3
América do
Norte 48
Outros 1 2
Japã 19.
Europa 030 .@~~-
-.¿¿_, ¡_¶¡... ¬ _ .. ._'4_\=H'-H'-I-+'" _-'Hi:.-r*- -- zznaza- -- '_'1ri&.fl-"-""i-¡ree|.i.|.|¡.-- :
midor de alto poder aquisitivo?
Ele quase não comprará nas lo-
jas, vai comprar por computa-
dor”, diz José Geraldo dos San-
tos, diretor da Brand Marketing.
Assim, o objetivo do evento
(conferência e exposição) passa
a ser a apresentação de soluções
não só para a venda na Intemet,
mas também softwares de com-
pra de equipamentos, acessórios
e matérias-primas e gerenciado-
res de redes, entre outros.
Um dos pontos altos da con-
ferência em São Paulo será a pa-
lestra de John Soyring, diretor de
softwares para redes da IBM dos
EUA. Soyring deve falar sobre
as novas tecnologias de acesso à
Internet, tanto de software (a
IBM usa o Java para produzir
softwares e 'interfaces gráficas)
como de hardware.
Acesso - Os novos apare-
lhos de telefone, que várias em-
presas estão desenvolvendo, per-
mitirão que um número muito
maior de pessoas acessem a In-
ternet, sem a necessidade de
comprar um PC. “Teremos mi-
lhares de sistemas operacionais
suportados ou desenvolvidos pe-
la ferramenta Java, em equipa-
mentos diferentes e muito mais
baratos que os PCs. Serão 50 mi-
lhões de usuários que utilizarão
telefones conectados ã Intemet.
Edltorla da Arlelüezeta Mercantil Latlno-.Americana
|› 7 *_ _ __?
Rede global
Estimativa do número de usuários I
da nternet no mundo - em milhões
T
I---------- ------ z» tao
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. . . . _ . . . . _ _ --L____--_ __
_ _ _ _ _ _ _ _ _ . __;- __-¬-_-_ `
1' sao ...... _-eso -
~ 1999 2000 2005
Fonte: mputerln ustry manac
Estes aparelhos terao micropro
cessadores e custarão de US$ 60
a US$ 120”, afimia Perez, exe-
cutivo da IBM Brasil.
Atualmente, existem 65 mil
programadores e desenvolvedo-
res profissionais de software no
Brasil. Cerca de 11,7 mil usam
tecnologia 'Java no desenvolvi-
mento de interfaces e na progra-
mação de outros sistemas. Exis-
tem l4 centros de treinamento
Java no país. Em todo o mundo,
segundo dados da Sun, existem
1,5 mil softwares desenvolvidos
a partir do Java, e 450 mil pro-
gramadores profissionais que
dominam o sistema.
Os produtos que Perez descre-
Já e' possível ligar som e
microondas pela Internet
A novidade tecnológica que
será apresentada ao con-
sumidor latino-americano du-
rante o Java Internet Confe-
rence & Expo é a Jini, um
software que permite que
qualquer pessoa acione apare-
lhos eletrônicos a distância,
por meio da Internet. O siste-
ma foi desenvolvido pela'Sun
Microsystems, a partir da lin-
guagem Java, e, segundo seus
idealizadores, permite que
qualquer pessoa, usando a In-
ternet, ligue 0 forno de micro-
ondas ou o aparelho de som da
sua casa mesmo que esteja a
centenas ou milhares de quilô-
metros de distância.
“A tecnologia tem que ter
um uso simplificado e acessí-
vel a todas as pessoas”, afirma
João Pedro Perez, diretor de
software da IBM Brasil. Perez
diz que a IBM está trabalhan-
do nesta direção, seja com as
empresas ou com o usuário
J .
doméstico. E a mesma linha
que segue a Sun Microsys-
tems. Luís Fernando Maluf,
diretor de marketing da Sun
no Brasil, diz que, na globali-
zação, cada negócio é viabili-
zado a partir da tecnologia que
usa. “O Brasil representa 50%
do mercado latino-
americano de info r-
mática e as novas tec- A
nologias são imple-
conectar qualquer eletroele-
trônico a uma rede de informá-
tica, uma rede doméstica ou a
própria _Internet”, diz Maluf.
A Jini é um software acompa-
nhado de um dispositivo que é
instalado no eletrodoméstico.
A tecnologia, entretanto, ain-
_ da não está disponível
_ aos consumidores
" ¬ nem mesmo nos Esta-
dos Unidos. Para que
mentadas rapidamen- À ll o produto se torne
acrescenta que a Ar- ,,..=í.,,¿;§;z,`,â=_-;F__ .z.z-,
- , ,ç ~entina tambem deve- * te* *Q
te no país”, diz. Ele É
8 S- -iieteiszfit ;. as
rá ter o seu evento Ja- í
zz Joao Pedro Perezva em 1999, prova-
velmente em outubro, em
Buenos Aires”. A Sun tem es-
critório na capital argentina.
Online - A tecnologia Ji-
ni, que será mostrada em São
Paulo, foi lançada no dia 25 de
janeiro deste ano nos Estados
Unidos._ “A furiçãoda Jini é
acessível, é preciso
que a empresa fabri-
cante do eletrodomés-
tico se disponha a ins-
talar o dispositivo em
cada aparelho de microondas
ou televisor, por exemplo.
Mas, de acordo com aSun,
aproximadamente 30 fabri-
cantes norte-americarios já
disseram que, até o final deste
ano, os produtos sairão das fá-
bricas com dispositivo e
software instalados. 1 (A.L.)
veu ainda vao demorar de um a
dois anos para entrar em escala
industrial no mercado mundial.
Até lá, o que as empresas têm de
fazer é se familiarizar com o
mercado que se estrutura sobre a
Intemet, diz Perez, e decidir em
qual nicho precisam investir.
Segurança - “Nos Estados
Unidos, atualmente, se discute a
segurança em realizar negócios
através da Intemet. Existe uma
percepção de que os padrões de
segurança ainda são insuficien-
tes”, diz Perez. A integridade das
informações que circulam na re-
de também será debatida no
evento brasileiro.
Quem visitar o evento tam-
bém poderá entrar em contato
com tudo o que as patrocinado-
ras principais, Sun Microsys-
temse IBM, desenvolvem em
hardware e software para a Inter-
net. Computer Associates, Ora-
cle, Informix, Sybase e Progress
Software, entre outras, também
patrocinam o encontro. `
A ausência entre as grandes
empresas do setor fica por conta
da Microsoft. Afinal, tudo que a
empresa de Bill Gates não quer é
ouvir falar em rnilhares de siste-
mas operacionais rodando em di-
versas máquinas e não só em
computadores pessoais. 1
.A Advanced Semiconductor
Engineering (ASE), que fabrica
chips para computadores em
Taiwan, anunciou a aquisição
de duas fábricas de
processadores da Motorola 4
uma em Taiwan e outra na
Coréia do Sul. O valor do
negócio é de aproximadamente
US $ 367 milhões.
.Em funcionamento há pouco
mais de um ano no Brasil, o
site Trips (www. trips. com.br),
que serve de fonte de
informações para turistas, já
recebe mensalmente cerca de
18 mil visitantes. Com isso, o
Trips lançou em junho último
uma central de reservas em
hotéis, com-descontos de até
5% aos interessados.
.A LG Electronics lançou
dois novos monitores digitais
de 15 polegadas (Studioworks
575N e Studioworks 550M) no
mercado brasileiro. O objetivo
é alavancar o padrão 15
polegadas no país. O mercado
local é dominado pelo padrão
14 polegadas. Os monitores são
fabricados em Taubaté, no
interior de São Paulo.
Image 2?2
I
DE 12 A1s DE JULHO DE 1999 Ia GAZETA MEncAr×mL tAT|No-AMEn|cANA11r
Ooménclo v|n1'uA|.
Alternativas
brasileiras I
Os usuários brasileiros da
Intemet vão ganhar, em
breve, mais duas altemativas de
comércio eletrônico. Menos de
três meses depois de ter
adquirido os sites brasileiros de
busca “Cadê'?” e “Zeek!”, a
provedora StarMedia anunciou,
na semana passada, que as duas
páginas deverão oferecer
possibilidades de compras via
Intemet nos próximos meses.
A novidade mostra que a
StarMedia está cada vezmais
delineando seus planos para a
América Latina com traços
fortes. No final de junho, a
provedora concluiu uma
parceria com a empresa Skybox
para desenvolver uma logística
de entrega de encomendas
feitas pela Intemet. Com isso, a
Skybox cuidará de todas as
etapas do processo de
transporte e suporte aos
usuários que realizarem suas
compras pelo “Cadê?” ou
“Zeek!”. O comércio eletrônico
desenvolvido pela StarMedia
será viabilizado por meio do
aluguel de espaços nos
servidores, sendo que a
empresa vai cobrar
porcentagens sobre as compras
realizadas.
Segundo o site brasileiro de
notícias de informática “IDG
Nowl”, a primeira loja que será
incluída nas duas páginas será a
“I -800-flowerszcom”. Femando
Espuelas, presidente da
Starmedia, não descarta a
possibilidade de lojas
brasileiras “online”
participarem da iniciativa da
empresa. Além disso, o
executivo acredita que mais
parceiros deverão ser
anunciados brevemente.
A Skybox, por sua vez, já
garantiu que os produtos norte-
americanos adquiridos pelos
brasileiros serão entregues no
prazo máximo de dez dias. Isso
graças à infra-estrutura que a
empresa possui no Brasil. Ela
mantém escritórios em São
Paulo e no Rio de Janeiro e
pretende garantir a agilidade de
suas entregas com a utilização
dos serviços de “courier”
Sedex, dos correios brasileiros,
e da Vaspex, pertencente à
companhia aérea Vasp, também
do Brasil. Com esses atrativos,
a Starmedia pretende conquistar
os brasileiros, incentivando-os a
fazer suas compras “online”, já
que, segundo Espuelas, os
brasileiros estão preparados
para comprar pela lntemet, mas
gostam de fazê-lo com
garantias e comodidade. 1
GEsrÁo
Espanhóis investem
no mercado peruano
Grupo Indra quer
ampliar seus lucros
no país em US$ 15
milhões num prazo
de três anos
A empresa espanhola Indra,
que desenvolve softwares
de gestão empresarial, está am-
pliando sua atuação no mercado
latino-americano. A Indra já está
presente, através de escritórios
próprios, na Argentina, no Bra-
sil, no Chile e na Venezuela;
mantém associações no Equador
e na Colômbia e está ampliando
seus investimentos no Peru.
Fernando Jodrá, gerente da
companhia para a região andina,
afirma que estudos -realizados
pela Indra indicam que o merca-
do peruano está em processo de
crescimento e que as empresas
que atuam no país estão investin-
do em modemização.
Com isso, a Indra decidiu ex-
pandir suas operações no Peru
nos próximos três anos. Neste
prazo, a empresa pretende ain-
pliar seus lucros locais em cerca
"EnnAu|iEu'irAs O
Este e' um tradutor
_ _ _ -*_ _-_-H-___
Editoria de ArtetGaze1a Mercantil Latino-Americana
Sotaque espanhol
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1.-
É
I O Incra na América Latina i
: “chile
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*šƒeru . _ . ,~ Écoiombia* àrfiquador
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' Com outros parceiros
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E
Investimentos “Market share" Previsão de lucro"
US$ 2 rrrílhões PYBVÍSÍO" US$ 15 milhões¡
5°/o 10°/o "Em um az ,Tpr ode ésanos_
â.-W f" - - Í --~¬'...-.-._- ¬ --_-›:.-._.›-r-¬ -"-2 ¬ ~¬ ¬¬ '_.-z- 5; _~_~~¬' _ _ _ _ _
de US$ 15 milhões anuais. Jodrá
diz que a companhia já opera no
país há quatro anos e participou
de diversos projetos corporati-
vos importantes, envolvendo
grupos como Telefónica del Perú
(filial da espanhola Telefónica),
Edelnor e Luz del Sur. Também
forneceu seus serviços para as
Forças Arrnadas peruanas.
'PI'0dI.It0$ - Para a Telefóni-
ca del Perú, a Indra fomeceu sis-
temas de gestão, enquanto que
para a Edelnor e Luz del Sur a
empresa entregou um diagnósti-
co sobre os modelos de gestão
que estavam sendo empregados.
Os investimentos da Indra no
mercado peruano superam US$
2 milhões, que incluem o lança-
mento da empresa no país, a con-
tratação e capacitação de pessoal
(85% peruanos), escritório e
equipamentos. Em três anos, a
Indra espera deter até 10% do
mercado. 1 (Gestión, Lima/Rede
de Diários Econômicos)
Deixe de me embromar!
Babel Fish confunde polcivros e deixo os froses sem sentido
Andrés Wolberg-Stock
Buenos Aires
O CMGI, um conglomerado
de empresas da Intemet,
pagou US$ 2,3 bilhões ao gm-
po norte-americano Compaq,
há alguns dias, e assumiu o
controle do Altavista, um por-
tal que se autodenomina “o
mais rápido de todos os sites de
busca na Intemet”. O Altavista
conta com aproximadamente
140 milhões de páginas arqui-
vadas e catalogadas. Para o seu
próprio bem, é melhor que o
CMGI acredite que o preço pa-
go pelo Altavista não inclui um
valor “extra” pela Babel Fish
(Peixe de Babel), um sistema
gratuito de traduções “online”
oferecido pelo site (http://bd
betfishaltavista. com).
šTrocando as bolasš
O original
“Bom, é grátis, mas
â ninguém dá nada de z
E presente, nem sequer z
z na Intemet” â
e a tradução â
“Ninguém dá qualquer
coisa afastado, para =
z não nivelar em â
E Intemet” fi
Porque, francamente, 0 Ba-
bel. Fish não é muito bom (ou,
como traduziria o sistema para
o português se a mesma frase
tivesse sido escrita original-
mente em inglês, Porque fran-
kty, 0 peixe de Babel não é mui-
to bom). A pergunta é: Pode-se
confiar nele? (A pergunta e':
Pode você confiar n?). Bom, é
grátis, mas ninguém dá nada de
presente, nem sequer na Inter-
net (Ninguém dá qualquer- coi-
sa afastado, para não nivelar
em Intemet). Vai demorar um
pouco antes que as 'máquinas
substituam as pessoas neste as-
sunto de tradução (Está indo à
tomada um o quando antes que
as máquinas substituam povos
no negócio da tradução).
O título desta notícia, por
exemplo, também não faria o
menor sentido de acordo com o
Babel Fish: Este é um tradu-
tor? Dê-me uma ruptura! 1
ye
7 ;1
SA'rÉ|.rrEs
A espera de
sinal verde
O Brasil está prestes a
ganhar uma nova
operadora de satélites. Isso
porque a Ellipso do Brasil,
empresa de serviços de
telecomunicações via satélite,
está solicitando junto ã Anatel,
órgão regulador das
telecomunicações brasileiras, a
concessão para poder atuar no
país a partir de janeiro de 2002.
Caso receba o aval, a
companhia já anunciou que
pretende desembolsar
investimentos de cerca de US$
1,5 bilhão.
Os satélites da Ellipso serão
lançados no território brasileiro
pela européia Arianespace,_que
deverá manter uma participação
acionária na Ellipso do Brasil.
Além disso, a Arianespace
também poderá financiar a
construção dos foguetes que
lançarão os satélites.
Com a nova operação a ser
aprovada pela Anatel, estima-se
que a Ellipso poderá oferecer
seus serviços de
telecomunicações e transmissão
de dados para cerca de 85% da
população mundial. Essa ampla
cobertura poderá ser viabilizada
porque os satélites da empresa
serão lançados em órbita
equatorial. 1
.O sistema operacional Linux
deverá contar com 500 mil
usuários no Brasil até o final de
1999, segundo estimativas da
Conectiva, empresa brasileira
que possui os direitos de
distribuição do sistema para a
América Latina. Atualmente,
existem entre 250 mil e 300 mil
usuários brasileiros do Linux.
.A Attachmate, provedora de
soluções para comércio
eletrônico,- registrou no ano
passado um crescimento de
32,2% em sua área de
tecnologias de conexão. No
Brasil, a empresa estima que o
seu faturamento deverá ser de
US$ 8,5 milhões em 1999, o
que representaria uma alta de
10% ante o resultado de 1998.
.A PageNet do Brasil,
operadora de paging, está
aumentando a sua base de
usuários. Ela adquiriu as
operações da Powemet em São
Paulo, Rio de Janeiro e
Brasília. A transferência de
assinantes de uma empresa a
outra deverá ser feita nos
próximos 90 dias, Sem alteração
de telefones e códigos.
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- . .‹-A-.'~151 GAZETA MEHcANT|i_ LATINO-AMER|cANA Se DE 12 A re DE JULHO DE 1999
.
2*
¡ 1
Got. DE t›t.AcA
Craque equatoriano É
vendido pela Internet
'Presidente do
Perugia compra o
atacante Kaviedes
semjsequer tê-Io
visto nos gramados
Horacio Fliggi'
BuenosAires
C omprar pescado enlatado,
_ automóveis ou ingressos
para um show de rock por meio
da Internet já não surpreende
ninguém. Mas o que dizer deum
clube de futebol que entra na
grande rede global e compra um
jogador para reforçar sua equi-
pe? E uma surpresa até para o
mais fanático defensor do co-
mércio eletrônico. Pois foi exa-
tamente o que aconteceu.
“Kavi do que'?”, perguntou
Luciano Gaucci, presidente do
Perugia, da Itália, quando escu-
tou de um amigo as maravilhas
que o equatoriano Jaime Iván
Kaviedes Llorenty fazia com a
bola. Gaucci pode não ter enten-
dido o `nome do craque, mas não
perdeu tempo: mandou que um
de seus assessores procurasse
dados sobre ele na Intemet.
“Equatoriano, 21 anos, soltei-
ro, 43 gols em 42 partidas duran-
te 1998”. Esses e outros dados
apareceram na página eletrônica
do Emelec, clube que lançou o
jogador.`A média de gols do ata-
cante, aliás, fez com que fosse
considerado o goleador intema-
- .f-t. __* zfff-.f ,
"` 0,'-G «H _ Mx-‹ -:
_* §›- vv J - - \
-1-..1.¬1...
O jogador Kaviedes, que na Itália é comparado ao astio Leonardo Di 'Caprio
cional do ano pela Federação ln-
temacional de História e Estatís-
tica do Futebol, da Alemanha.
“Temos que trazê-lo agora
mesmo, antes que ele seja desco-
berto por outro time”, disse
Gaucci, que até então nunca ti-
nha visto Kaviedes jogar. Mas
sabia, graças à Intemet, que ele
tinha olhos castanhos, pesava 72
quilos e media 1m8lcm.
"GI.la|'It0?" - “Quanto o Ka-
viedes custa?”, perguntou o pre-
sidente do tradicional time italia-
no. “50% de seu passe vale US$
2,5 milhões”, respondeu 0 equa-
toriano Enrique Ponce Luque,
presidente do Emelec. Gaucci
Ar
_nao pensou duas vezes. Levan
tou o dinheiro pedido e contratou
o goleador. Com a transferência,
Kaviedes não.só se transformou
no primeiro boleiro equatoriano
a atuar na Itália como se conver-
teu no primeiro jogador no mun-
do a ter seu passe negociado por
meio da Intemet.
O atacante, que foi conside-
rado, no último mês de dezem-
bro, a “Promessa do Esporte”
em seu país, não é um vencedor
apenas nos gramados. Fora de-
les, as mulheres o adoram. Na
Itália - vejam só! -, ele é
comparado com o astro do fil-
me “Titanic”, Leonardo Di Ca-
prio. No Equador, ele é chama-
do de “dinamiteiro”, por sua
condição de goleador. A mídia
italiana batizou Kaviedes de
“extraterrestre”, porque ele
veio do “planeta Internet”.
Entretanto, a felicidade não é
completa para 0 jovem artilhei-
ro. Desde os cinco anos de idade
ele é órfão, em conseqüência de
acidente automobilístico que ti-
rou a vida de seus pais. Além
disso, a fama tem seu preço: uma
jomalista esportiva de Quito diz
que sua filha é fruto de uma re-
lação com o atacante. 1
*Colaborou Eduordo Cospcrni
Oosrit Rica
Exportação de chips
supera banana e cafe'
Oscar Vilas
Buenos Aires
C omo se explica o crescimen-
to de 41% das exportações
costa-riquenhas no primeiro tri-
mestre deste ano se as vendas de
banana e café, os dois principais
produtos da pauta de exportação,
registraram queda no período? A
resposta é simples: a Costa Rica
está exportando chips para PCs.
O início dessa história remon-
ta ao início da década de 90,
quando o govemo de José María
Figueres começou a negociação
para trazer ao país a norte-ame-
ricana Intel, uma das maiores fa-
bricantes mundiais de micropro-
cessadores. Na época, a empresa
estudava a hipótese de construir
uma unidade de produção em al-
gum país asiático ou latino-ame-
ricano. Figueres iniciou então
uma investida que culminou com
a decisão da empresa de se ins-
talar na Costa Rica.
Em 1996, a Intel anunciou um
investimento de US$ 400 mi-
lhões de dólares no país para
construir quatro plantas, o que
geraria 3.500 empregos.
A primeira fase do projeto en-
trou em operação no começo do
ano passado. As exportações to-
V
talizaram US$ 931 milhões. Para
este ano-, a expectativa é de que
cheguem a US$ 1-,5` bilhão. A
empresa espera que, no ano se-
guinte, elas dupliquem e somem
US$ 3 bilhões;
As vendas de chips, incluindo
o recém-lançado Pentium III,
agora superam as de bananas e
café, e representam 39% do total
das exportações da Costa Rica.
No primeiro trimestre, a Intel
anunciou faturamento de US$
7,1 bilhões em nível mundial, o
que representou um aumento de
18% sobre o mesmo período do
ano passado. O lucro foi de US$
2 bilhões, volume 57% maior
que o registrado em 1998.
Mas a história não acaba aqui.
Vários fomecedores da Intel já
anunciaram a intenção de se ins-
talar no país. Multinacionais de
outros setores também estudam
seguir o mesmo exemplo. Há al-
gumas semanas, uma das maio-
res empresas mundiais do seg-
mento de higiene e lim_peza, a
Procter & Gamble, anunciou a
construção de um centro de ne-
gócios na capital, San José. O in-
vestimento é de cerca de US$ 60
milhões. E a estimativaé de ge-
rar 1.500 empregos. 1
TV peruana apresenta
novo canal de notícias
m novo canal de notícias
Upela televisão, dotado de
tecnologia de ponta e que realiza
a transmissão via cabo, está no ar
no Peru por iniciativa do grupo
empresarial que edita o jomal El
Comercio, de Lima.
Bemardo Roca Rey, presiden-
te e diretor-executivo deiEl Co-
mercio Producciones, informou
que o funcionamento do novo
Canal N exigiu investimento de
cerca de US$ 5 milhões, aplica-
dos principalmente na compra de
. .r
Limite de Credito Sugertdo
Demonstraçoes Financeiras
Indicadores de Desempenho
Analise Setorial
i
a Classificação de Risco - Rating
R_l*Í_l_,_.›'§[_UB Í_(.l __F_l_”§ i*Í; . =.. !....“_› i'r"'+,."_ Relatório de 5 (cinco)
páginas que trás de forma ágil e objetiva o risco para crédito e investimento de ¡
empresas brasileiras e instituições financeiras da América Latina. Apresenta:
lili ll.tlliirtusrrivnsrs
Tel: (5511) 5531-6600 ~
E-mail: r.u:ditf.elcn.st.iur1.efl_ra.hr
~I¬l?fÍ'iiÍ~1'~z-.T“'*"“~..~.”<~É`‹I'~.~«_~z~z‹ -"-.*~='~3-›'\›'\›?›'.'‹` .... ..H.°.'É'Ê l'f'FÍ”_*Êi`Wi'i":“i'f?'?`Ê"-
equipamentos. “Nosso canal é de
vanguarda, .adquirimos equipa-
mentos de tecnologia digital não
linear que operam em rede e que
estão conectados a um grande
computador central”, disse.
Para a seleção dos equipamen-
tos e a produção dos programas
de informática, produzidos pela
Software Newsmaker, foram ne-
cessários quase dois anos. O si-
nal do Canal N é transmitido pe-
la rede Cable Mágico - empre-
sa da Telefónica del Perú, que
tem uma cobertura de cerca de
400 mil residências em Lima e
algumas províncias do interior.
Segundo Roca Rey, o objetivo
do canal é oferecer diariamente,
ainda neste mês, 24 horas de no-
tícias, principalmente com re-
transmissões ao vivo. Ele conta
com cerca de 60 jomalistas e três
unidades móveis via satélite dis-
postas nas regiões Norte_, Centro
e Sul do país. 1 . (EFE)
Image 274
f 1
DE 12 A 1a DE .luLHo DE 1999 & GAZETA MERCANTIL LATINO-Arv1En|cANA1`19
Rtacunsos t-tutvutrtos
Adecco quer crescer na América Latina
A líder européia
ingressa no
mercado brasileiro
' e pretende chegar à
Bolívia e Paraguai
Gleise de Castro
São Paulo
A crescente adoção da chama-
da flexibilidade nos contra-
tos de trabalho pelas multinacio-
nais instaladas na América Latina
está atraindo para aregião empre-
sas especializadas nesse rarno de
negócio. E o caso da gigante
Adecco, líder na Europa e número
dois nos Estados Unidos na área
de gestão de recursos humanos.
Resultado da fusão entre a suíça
Adia e a francesa Ecco, concreti-
zada no início de 1997, a
empresa atua hoje em 50
países, com 3 mil filiais _, .
próprias e faturamento _;
global de US$ 10,6 bi-
lhões no ano passado. _
Sua carteira de 250 mil 2451' _"E7Í:'..' -_31.-fr'-" , _ E'
fic'-'J -i -:_- 1clientes inclui empresas - _,
do porte de Volkswagen, ' - _ _
Sergio FllauGM, Ford, Carrefour,
Gessy Lever, Nestlé e Xerox.
A estratégia da empresa agora é
expandir-se na América Latina,
onde já possui 100 filiais em 10
países, com faturamento de US$
200 milhões no ano passado, 60%
acima do resultado de 1997.
"l\/Iundialmente, o setor tem cres-
cido a taxas de cerca de 15% ao
ano. Já na América Latina o cres-
cimento é muito mais veloz,de
30% a 35% ao ano, devido à ten-
dência de globalização do merca-
do”, diz Sergi Riau, diretor geral
do grupo no Brasil e diretor co-
mercial para a América Latina.
“As multinacionais querem apli-
car na região as mesmas práticas
de flexibilidade trabalhista a que
estão habituadas em seus países
de origem”, afirma o executivo.
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KI __:f`I._- `
As operações da Adecco na re-
gião, antes da fusão, ainda como
Adia, começararn pela Colômbia,
23 arios atrás. Os mercados mais
novos são o Equador e o Brasil,
onde está ingressando este ano.
Outros mercados na mira da em-
presa são a Bolívia e o Paraguai.
Investimentos - Nos últi-
mos três anos, a empresa aplicou
US$ 20 milhões na região e pre-
tende investir a mesma cifra nos
próximos três anos. A maior parte
- US$ 15 rnilhões - será des-
tinada ao Brasil, onde está inician-
do suas atividades com oito filiais.
A meta da empresa é aumentar
para 250 o número de filiais na
América Latina, das quais 120
apenas no mercado brasileiro.
“O Brasil é o maior mercado
_ potencial para nossa ati-
vidade na América Lati-
f"' na”, diz Riau. Nos pró-
_ _ ximos cinco anos, a
. Adecco espera contar
com uma folha de paga-
mentos média diária de
25 mil a 30 mil empre-
gados no país. Já no pró-
ximo ano Riau estima
para o mercado brasileiro um fa-
turamento correspondente a um
quarto do obtido em todo o mer-
cado latino-americano.
O Brasil é especialmente
atraente para a empresa pelo po-
tencial de mercado. Hoje, só em
trabalho temporário, a Adecco es-
tima um movimento anual de US$
560 milhões. Somando-se ã ativi-
dade de terceirização, esse valor,
calcula, deve chegar a cerca de
US$ 2,80 bilhões no país.
Esse mercado de trabalho com-
plementar vem crescendo veloz-
mente no país e há potencial para
aumentar ainda mais, criando um
terreno fértil para a atuação das
empresas de recursos humanos.
Embora a legislação brasileira
ainda imponha muitos limites tra-
.Í
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A força da líder
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3 ru ;=;f.‹. rt
balhistas, Riau se diz otimista
quanto ã atividade da empresa no
país. “Somos gestores da flexibi-
lidade dos contratos de trabalho.
Apostamos fortemente nesse con-
ceito”, diz o diretor da Adecco.
A própria Organização Iritema-
cional do Trabalho (OIT), afirma
Riau, reconhece que as empresas
de recursos humanos aumentam a
rapidez da empregabilidade, ao
reduzir o tempo em que a pessoa
fica desempregada.
“Na Europa e Estados Unidos,
por exemplo, a flexibilidade traba-
lhista é maior, contribuindo para
diminuir o desemprego”, afirrna.
“A atividade das empresas do se-
tor é vantajosa tanto para o de-
sempregado quanto para a empre-
sa, ao garantir a flexibilidade tra-
balhista para que possa ajustar o
quadro pessoal às necessidades
produtivas de cada momento.” 1
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1
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A DE SEIIVI
IMPOSTO SOBIIE A
RECEITA BIIUTA
CONTRIBUINTES DE PAGAMENTO MENSAL
S ÃO CONTRIBUINTE
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Adiantamento O6 - Mês de lunho de 1999
Corn número de CUIT (digito verificador)
, terminado em: Vengimentç
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Adiantamento O6 - Mês de junho de 1999
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I, Com número de Inscrição (dígito verificador)
Iel`l"l`Ill't3CIO BITII vencimenfo
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15 de Julho
16 de Julho
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~ Adiantamento 06 - Illlês de junho de 1999
Com número de CUIT (dígito verificador)
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CONTRIBUINTES DE PAGAMENTO BIIIIIESTRAL
Bimestre maio-junho de_ 1999 `
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terminado em: Vencimento
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VEicu|.os
ondas ao varejo caem 2,6 0 no Brasil
O doordo que reduziu impostos nõo conseguiu reverter d retroçõo dos vendds de cdrros no mercddo
André Lachini
São Paulo
N em o acordo emergencial
para o setor de automó-
veis, no Brasil, que vale até o
dia 27 de agosto, conseguiu
reativar as vendas no mês de
junho. Os preços, que foram
reduzidos -- ou não subiram
- não atraíram o consumidor
às concessionárias.
As vendas em junho,
ao vare'o caíramJ a G Í
2,6% em relação a A
maio, para 100 mil
de agosto. As vendas ao ataca-
do (das fábricas às concessio-
nárias), no mês de junho, caí-
ram 1,54% em relação a maio,
de 94.418 unidades para
92.960 veículos.
A Anfavea também divul-
gou outros dados que ilustram
a retração do setor: o número
de pessoas empregadas nas
montadoras caiu
16,10%, entre junho
de 1998 e o mesmo
mês deste ano. Em ju-
nho deste ano, as
'ú-I"._ '.-/ ff'¿~.¡›, .:.-z,'veículos comerciali- montadoras brasilei-
z ado s (e m maio , fo- r a s t i n h a m 9 3 . 2 3 9
'¡ .. i. ...; . ,--. '_
ram 102,6 mil veícu-
los vendidos). A retra-
ção semestral do
mercado interno, segundo nú-
meros divulgados pela Asso-
ciação Nacional dos Fabrican-
tes de Veículos Automotores
(Anfavea), foi grande e teve
reflexos sobre a produção.
As montadoras instaladas
no Brasil registraram queda de
28,2% na produção de veícu-
los no primeiro semestre de
1999, em comparação ao mes-
mo período do ano passado.
Segundo a Anfavea, a in-
dústria brasileira produziu
637.444 veículos entre janeiro
e junho de 1999. No ano pas-
sado, a indústria produziu
888.563 veículos no primeiro
semestre. A queda também é
significativa quando se com-
para o mês de junho deste ano,
quando a produção foi de
117.724 veículos, a junho de
1998, que teve produção de
155.216 unidades: chega a
26,08%. Mesmo assim, a in-
dústria quer aumentar a pro-
dução de veículos em l1% em
julho deste ano, passando para
130 mil unidades mensais.
Estoque - O presidente
da Anfavea, José Carlos Pi-
nheiro Neto, diz que o objeti-
vo é formar um estoque para
atender os consumidores até
mesmo depois do final _do
acordo automotivo. .Fabrica-
dos em julho, os automóveis
ainda pagariam impostos me-
nores - o federal Imposto so-
bre Produtos Industrializados
(IPI) e o estadual .ICMS - e
custariam menos ao consumi-
dor, já que-seriam faturados
das fábricas às lojas antes do
final do acordo. Pinheiro Neto
também acredita que os con-
sumidores estão investindo
seu dinheiro nas cadernetas de
poupança e vão usá-lo para
comprar carros novos, até 27
ri":-`-I Ízzfl iv-'s "'.!.i-Í'-!".'.:Z.- .zi giz: -l"..-z-.~'-.B
Pinheiro Neto
._.~_-,..x.,¬ «_
.,'-. funcionários. Em ju-
nho de 1998, empre-
gavam 111.134.
O desempenho da indústria
também vai se refletir nas ex-
portações de 1999, conforme
apontam as estimativas da An-
favea. Se a previsão inicial da
Anfavea era que o Brasil iria
exportar US$ 5,5 bilhões em
veículos e autopeças em.1999,
a realidade de um mercado
mundial em retração já fez
com que esta estimativa fosse
rebaixada para US$ 4,5' bi-
.-._-.í.íz.--.___.__-..._íí__.`.__----¬z-‹...-..ií___._¬_--¿__ z-._,__.._._ _ __ _____ ,_____,_ z __,__'_______'
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1,oza __________________ __
l 1997 1999 1999
jâetor em descompasso í
,I Números da indústria automobilística brasileira
Produção enüe janeiro e ,iunho Exportações anuais l
- em milhões de unidades - em US$ bilhões i
l O 9 “ H '
* __ ,Ba _ _ _ _ __ _ 4,688 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _____ _
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Edltorla :te Arte!Gazeta Mercantil Latino-Americana
l
4
- 1
4,955
C & I C ii UQQ Q rniqdbdfli-
1997 1998 1999* *
Fonte: Anfavea E ' ` E E Z Í ¬
lhões em 1999, dos quais US$
2,5 bilhões deverão ser vendi-
dos ao exterior no segundo se-
mestre (ver matéria abaixo).
Para atingir esta meta de ex-
portação de US$ 2,5 bilhões
em seis meses, o próprio go-
verno br.asileiro discute uma
série de alternativas, algumas
que inovam, outras que` cha-
mam a atenção pelo aspecto
curioso que envolveria as
transações de produtos.
Para o Chile, diz Pinheiro
Neto, o governo brasileiro
quer exportar automóveis que
entrariam naquele país com
alíquota zero. Em troca, o Bra-
sil importaria vinhos e pêsse-
gos chilenos com alíquota ze-
ro, artigos que já são produzi-
dos no próprio_Brasil. Com a
Venezuela, o Brasil faria o
mesmo negócio, só' que rece-
beria petróleo ao invés de pês-
segos e vinhos. Neste caso, a
troca seria mais lucrativa, já
que o Brasil é deficitário e a
Saldo positivo na balança
comercial de autopeças
A s empresas que atuam no
setor brasileiro de autope-
ças exportaram e importaram
menos nos primeiros quatro
meses deste ano, mas o saldo
da balança comercial setorial
do país foi positivo, _de acordo
com números preliminares di-
vulgados pelo Sindicato Na-
cional da Indústria de Compo-
nentes para Veículos Automo-
tores (Sindipeças).
Balança positiva
1 ,324 1 ,373
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Exportações e importações brasileiras de autopeças - em US$ bilhões :V
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As exportações brasileiras
totalizaram US$ 944 milhões
entre janeiro e abril, com que-
da de 28,7% na comparação
com o mesmo período do ano
passado. As importações, por
sua vez, 'caíram 33,6%, para
US$ 911 milhões. O saldo dos
quatro primeiros meses de
1999 foi,.portanto, de US$ 33
milhões. Entre janeiro e abril
de 1999 houve déficit de US$
________E__dit2ria de Ane!Ga}gta MercantiI_I.atIr1o-Am_erIcana
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fiif-il~'!';. Lëãfi 11 r'
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Export. Import. Saldo
|Í'ont`ei`Seo'5›"r'. GãFePsÍÊSèci"etar1ai:l'Ê1Hecelta Fed??-.¶¬ E E ' ` E L *E ff*
49 milhoes, de acordo com o
Sindipeças (ver tabela).
-O faturamento do setor entre
janeiro e junho de 1999, de
acordo corn' os dados prelimi-
nares do sindicato, registrou
retração de 18,1% em relação
ao mesmo período do ano pas-
sado. De janeiro a maio, a que-
da foi de 16,5%. A capacidade
ociosa das fábricas instaladas
no país também registrou cres-
cimento, de cerca de 22% em
junho de 1998 para uma esti-
mativa de aproximadamente
33% no mês passado.
Méxicø -0 O sindicato tam-
bém acompanha com atenção
as negociações de um novo
acordo comercial entre o Bra-
sil e o México. A idéia é am-
pliar o intercâmbio comercial
com aquele país. No ano pas-
sado, as exportações de auto-
peças brasileiras ao México ul-
trapassaram a marca de US$
181 milhões, representando
18,15% das exportações totais
do país ao sócio do Nafta. n
produçao -local nao é suficien
te para suprir as refinarias.
As negociações também en-
volvem o México e a Africa do
Sul. No próximo dia 26 deste
mês, por exemplo, o presiden-
te da Anfavea estará na Cida-
de do México, onde tenta al-
gum tipo de acordo com as
montadoras mexicanas.
Árgentina - Segundo ele,
a Argentina não tem recebido
estes acordos favoravelmente.
Pinheiro Neto afirma que, em
parte, as exportações brasilei-
ras estão menores por causa da
Argentina, que era responsá-
vel pela compra de 50% dos
'automóveis brasileiros. Du-
rante o primeiro semestre,
afirma o executivo, as com-
pras argentinas caíram pela
metade. Mesmo que fiquem
em cerca de US$ 4,5 bilhões
em 1999, as exportações bra-
sileiras do setor serão meno-
res que em 1998, quando o
país exportou US$ 4,9 bi-
lhões, ou que em 1997, quan-
do foram exportados por volta
de US$ 4,6 bilhões. n
Y '¡ tome NorA¡'_
Chrysler faz
aniversário
AChrysler do Brasil come-
morou, na semana passada
(7 de julho), o -primeiro aniver-
sário de sua fábrica de Campo
Largo, no Estado do Paraná (re-
gião Sul do país). A unidade fe-
chou seu primeiro ano de atua-
ção com- uma produção que ul-
trapassou os 6,5 mil veículos do
modelo Dodge Dakota. Cerca de
20% da produção paranaense é
exportada ao Mercosul. n
Scania na era
da Intemet
A Scania Latin America está
usando a Intemet para agi-
lizar a venda de produtos para
sua rede de concessionárias.
Por meio do CoresNet, siste-
ma de comunicação que fomece
às concessionárias inforrnações
da fábrica em tempo real, já é
possível fazer a reserva de veí-
culos disponíveis -em estoque. A
Scania faturou US$ 5,6 _ bilhões
em todo o mundo em 1998. 1
'_ _
I . í ' í 7 _ É fr l í_ í _' HÃJ
Image-276
I I
22. GAZETA MEncAr~mL Dirluo-ArviEri|cANA bu ss DE 12 A 10 DE sumo DE 1990
Sou
Mercosul une força na exportaçao
Países buscam
trabalhar juntos
para não perder
espaço no mercado
internacional
Alvaro Torriglia
Rosário
O s operadores do complexo
soja do Mercosul não po-
dem mais perder tempo e têm de
definir uma estratégia comum de
produção e comercialização para
enfrentar em boas condições os
concorrentes no mercado intema-
cional.
Essa é a certeza que marcava
os participantes do Mercosoja,
em Rosario, Argentina., reunidos
para discutir o futuro do setor.
“O Mercosul, em especial Ar-
gentina e Brasil, dominarn 50%
do mercado de produtos oleagi-
nosos e a idéia é progredir para
uma estratégia conjunta de desen-
volvimento do cultivo. A idéia é
ver da ótica da soja o que está
ocorrendo no Mercosul”, lem-
brou Rodolfo Rossi, coordenador
técnico do congresso de soja do
Mercosul.
'Os temas que dominaram os
debates foram a biotecnologia, a
utilização de derivados da soja na
DUMPING
Sucq de-
maça livre
de ameaça
D epois de vários meses sob a
ameaça de uma acusação de
durnpirig oontra o suco de maçã por
parte dos Estados Unidos, os expor-
tadores chilenos e argentinos po-
dem respirar aliviados. Os produto-
res norte-americanos decidiram
acusar apenas a China por prática
desleal nas exportações do suco.
Para presidente da associação
chilena de exportadores, Cristóbal
Valdés, a notícia é boa mas é pre-
ciso ficar atento. “ Os empresários
norte-americanos não nos incluíram
em sua demanda., mas devemos nos
cuidar”, disse.
A demanda dos produtores dos
EUA é de uma taxa de 92% sobre o
preço da toneladasdo suco de maçã
da China. No ano passado o gover-
no chinês detemiinou um preço mí-
nimo de venda para os Estados
Unidos de US$ 4,70 por tonelada
(maior do que os US$ 3,60 que vi-
nha sendo praticado), mas não foi
suficíente para deter a acusação. 1
.DC-Il I I O I I I O 11 _ 1 1 -
fabricação de novos produtos co
mo o biodiesel e as estratégias de
combate às doenças que afetarn o
cultivo na Argentina.e no Brasil.
Para quem acha que a discus-
são sobre soja transgênica está
caminhando para o fim, uma má
notícia: mal começaram. A pales-
tra do palestra
Editoria de Arle.l'Gaze'la Mercantil Latino-Americana
resistentes a herbicidas, doenças,
insetos e com propriedades para
dar valor agregado ao grão, atra-
vés de maior conteúdo de óleo ou
proteínas. O desembarque esma-
gador da soja resistente ao Roun-
dup (RR) na Argentina e nos Es-
tados Unidos, é só o começo. Pa-
ra Parrot está
perto de' entrarprofessor da - _ .. ~- .
Universidade
norte-americana
da Georgia, Wil-
liam Parrot, con-
vidado especial
do encontro, re-
sumiu as princi-
pais unhas de 1Estoquetinal 5
trabalho com so-
ja transgênica
que se desenvol-
vem atualmente:
a engenharia ge- *
nética, a utiliza-
_ 1
Ê.
Balanço - em mil toneladas \
Brasil 97I98* 98/99"
_ . . . - . _-. g... ......
Produção §a1.0o0 Ê2e.500 `
\`Exportação 9.300 B.400
1 3
_ Argentina 97198* 98/99"'
Produção 10.500 15.000 z
Estoquelinalš 1.325 515 `
"Eanes-.o _ _ _
975 1 000 1
. no mercado a
soja LL (resis-
tente ao glifosi-
nato de amô-
nio), a soja BT
(resistente a in-
setos), a soja
com alta licina
(que aumenta os
níveis de proteí-
- na) e ácido olei-1
D _
I
¡ . _ _ l
_ z
Exportação 2.900 1.800 co.
O pesquisa-
dor lembrou
ção de marcado-
res moleculares
(que permitem
reduzir o custo e o tempo de pro-
dução de uma nova variedade) e a
genômica (que permite isolar e
clonar gens).
O professor deixou claro que
esses trabalhos provocarão uma
explosão durante os próximos
dez anos com “sojas trarisgênicas
verdadeirarnente espetaculares”,
Tnrmseëmcos
ÍForrle:Depar\an1e|1'ndeAgi-iorltira''clnsEslarbs" UE7' O _
eCerIinchlr'lI0rrmçñesdaGazelaMerrar1i
que todas essas
linhas de pes-
quisa levarão a
mudanças drásticas na industria-
lização e comercialização, pois
“no futuro não se produzirá sim-
plesmente soja, mas soja para
produtos específicos”.
Dos brasileiros presentes ao
encontro, Amelio DalAgnoll, da
Embrapa, foi o que mais chamou
a' atenção_dos participantes. Ele
Í
levou um estudo sobre o pacote
tecnológico que está sendo apli-
cado para apoiar a produção de
soja nos Cerrados, a última fron-
teira agrícola do Mercosul. Des-
creveu o desenvolvimento de se-
mentes adaptadas ao ambiente
tropical e as transfomiações pro-
dutivas e econômicas que estão
se verificando no Centro-Oeste
do Brasil.
A curiosidade pelo que ocorre
na agricultura brasileira era clara
entre os argentinos. E a razão é
simples: as projeções de colheita
de 30 milhões de toneladas de so-
ja no Brasil, somadas aos 18 mi-
lhões estimados na Argentina,
colocam o bloco sulamericano
como o segundo produtor mun-
dial e, ao mesmo tempo, como
principal protagonista no merca-
do intemacional.
Uma realidade que provocou o
posicionamento das grandes em-
presas do setor na Argentina e no
Brasil.
Os participantes do Mercosoja
fizeram uma .explícita exigência
de políticas conjuntas para a re-
gião, que tendam a neutralizar os
efeitos da política agrícola dos
Estados Unidos, que influenciam
nas cotações_do mercado interna-
cional com a política de preços
apoiando seus produtores. 1
overno .brasileiro libera
'I
teste com 642 produtos
0 governo brasileiro já con-
cedeu 642 autorizações
para testes com produtos trans-
gênicos, principalmente de mi-
lho e soja: os pedidos de auto-
rização continuam chegando e
cinco deles já têm licença para
produção comercial, dependen-
do de liberação pela justiça
após apresentação de relatório
de impacto ambiental.
Segundo os relatórios da Co-
missão Técnica Nacional de
Biosegurança (Ctnbi-o), 90%
das autorizações de pesquisa
são para milho. Em seguida
vem a soja e, em menor medi-
da, cana-de-açúcar, algodão,
arroz e batata.
As cinco licenças de produção
foram dadas para soja, com se-
mentes produzidas pela empresa
Monsanto, que se viu envolvida
em uma polêmica com o gover-
no do Rio Grande do Sul.
O governador Olívio Dutra,
1'¡. .
declarou seu estado “livre dos
transgênicos”. Segundo o go-
verno do Rio Grande do Sul, a
permissão de plantio de soja
“manipulada _
geneticamente”
afetará as ex-
portações desse
produto para a
Europa,seu
principal mer-
cado. O`gover-
n o F e d e r al
aprovou a ven-
da dos produtos
da Monsanto,
rnas sob a con-
dição de que
conste no rótu-
lo dos produtos
que foram fei-
tos com soja ge-
neticamente
com arroz transgênico. Ele
continua exigindo estudo de
impacto ambiental para autori-
zar os testes de todos os produ-
to s , m e s m o
dos já em an-
damento.
Mesmo com
essas ações em
- alguns estados,
a s em p r e s a s
c o n t i n u am
apostando na
esses. produtos
no Brasil. A
Ctnbio, conti-
nua recebendo
pedidos de tes-
tes. A comis-
são já protoco-
lou 350 pedi-
dos para testes
J ' A °modificada. Na ultima semana
o governo gaúcho voltou à ce-
na proibindo as experiências
com os transgenicos apenas em
1998, o número de petições de-
ve duplicar neste ano. 1 (EFE)
-1. .,. 1 1. | u | q ¡ g gy
abertura para-
Co|v|Énc|o Exrenion-
Chile critica
subsídios
dos EUA
A s exportações chilenas de
trigo, arroz e leite vêem
sendo afetadas profundamente
pelo programa de subsídios dos
Estados Unidos, diz um estudo
de uma consultoria norte-ame-
ricana, solicitado pelo Ministé-
rio da Agricultura do Chile.
“Os créditos às exportações e
suas garantias facilitam a venda
por parte dos produtores norte-
americanos de commodities co-
mo o arroz e o trigo no Chile”.
O estudo mostra também que os
exportadores chilenos estão
perdendo participação em al-
guns' mercados por causa da
ajuda que o governo norte-ame-
ricano dá a seus exportadores.
Os programas de incentivo
às exportações, adverte o estu-
do, estão afetando também a
produção de leite chilena. Nos
Estados Unidos o setor é apoia-
do pela compra do leite pelo
Estado: o Governo intervém
com o objetivo de resguardar
seus produtores dos baixos pre-
ços internacionais.
'Existe também um impacto
vindo dos planos de ajuda ali-
mentícia, que estimulam a com-
petitividade dos exportadores
norte-americanos, reduzindo as
vantagens de produtores chile-
nos em vários países.
“Ao mesmo tempo, os pro-
gramas podem construir novos
mercados, a favor dos exporta-
dores dos Estados Unidos para
a venda de co_mmodities de
consumo não tradicional em
mercados que encontram-se em
vias de desenvolvimento”, ga-
rante o documento.
Essasações do governo nor-
te-americano vão-na contra-
mao dos esforços feitos nos úl
timos meses pelo governo chi-
leno, no sentido de coordenar
ações com outros países, entre
eles os Estados Unidos, pro-
pondo a eliminação dos subsí-
dios na próxima rodada de ne-
gociações agrícolas da Organi-
zação Mundial do Comércio
(OMC), que será realizada no
final do ano.
Segundo o estudo solicitado
pelo Ministério da Agricultura,
os Estados Unidos mantêm uma
ampla variedade de subsídios
para o setor agrícola desde
1933. Embora na rodada do
Uruguai, em 1994, tenha-se de-
cidido terminar ou reduzir es-
ses benefícios, hoje, os_Estados
Unidos conservam uma série de
programas que apontam para
diferentes' objetivos. 1
0 0 I b 0 1 O Q U 4 O O 0 p I l f- 1F| dqubflüú
Image 27?
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24. GAZETA |v|Et=icANr||_ LAT||\lo-AMEFHCANA us E DE 12 A 10 DE duu-to DE 1000
víum _ _Sa ‹› algodão em A Bardi-dopondênoio
o tabaco em Chaco
Sergio Schneider
Resistencia
Aprovíncia argentina de Chaco,
conhecida produtora de algo-
dão,_quer conquistar o mercado in-
ternacional de tabaco, apesar da
queda de 30% nos preços.
A Cooperativa Tabaco del Cha-
co, de Colonia Benítez deverá ven-der para o exterior 100 toneladas
de tabaco negro e'800 toneladas do
tipo Virginia, por um valor próxi-
mo a US$ 1 milhão.
Horacio Mario Ravarotto, presi-
dente da Cooperativa Tabacalera
Chaco, explica que já foram ven-
didos 500 toneladas para duas em-
presas, a Bond Pland Life da Ale-
manha e a Coneta dos Estados
Unidos. Outras 300 toneladas tam-
bém serão colocadas no exterior
em breve. _
Esta produção, que é vendida
pela prirneira vez para. o exterior,
tem o rótulo de Tabaco Chaqueño,
o que garante uma identificação in-
temacional, uma conquista para os
produtores.
O incremento da produção de_
tabaco (que passou de mil tonela-
das no ano passado para uma de_
1,6 mil em 1999, de acordo com as,
últimas previsões) é a resposta à
crise na produção de algodão, pro-'
vocada por desastres climáticos e
queda intemacional de preços. 1
Argentina produz
ácido tartárico
Miguel Longo
Mendoza
A Mallarsa SA, uma empresa
chilena associada à italiana
Tartarica Treviso, conseguiu ex-
portar l.,5 mil toneladas de tar-
trato de cálcio para a sua irmã
européia no ano passado.
A empresa montou sua base
em Mendonza há dois anos e co-
meçou a produção piloto em
l998. Até o momento investiram
US$ 6 milhões e devem colocar
mais US$ 8 milhões nos próxi-
mos dois anos “ à medida que
formos ocupando espaço no
mercado”, diz Alejandro Durán
Nader, presidente da Mallarsa.
O tartrato de cálcio é extraído
da borra do vinho e é a matéria
prima para a produção do ácido
tartárico,.usado como clarifican-
te natural para o vinho. Além
disso é muito usado na indústria
farmacêutica, de alimentos e de
construção.
As exportações em 1998 ren-
deram US$ 3 milhões. As previ-
sões para este ano são de expor-
tações entre US$ 5 e 6 milhões.
Os planos são de que a produção
em Mendonza de ácido tartárico
tenha incorporação de novas tec-
nologias para abastecer a vitivi-
nicultura local, a mais importan-
te da Argentina. 1 -
Incluem: alojamento.
MANANTIALES
SPA DE MAR
l›Í'e1*_'..`_¬.'r__i,a.,›:' 7' Téaficac &'.:_...i.u...a-"'ii * `
Qz.Minu1i
Programas
-personalizados:
Stress Obesidade
Reservas na.Pa-raguoi
` _check-'up médico. MAR DEL PLÀTA Te: (595-2!) 490-020
410128 0050021120425. (W_E`,¡mA) Pu.z.- (595-21) 44r-.w
_ 5 Wffiçõcs dlãflifsf ' I Reservas mr Argemtíml
3 'I'-'*Wfl=fl1°S °=“5"°°S ra- 434s¬¡s4rw5so/rróir
e 14 hidroterapreutas
e físicos.
Central de Reservas no Brasil
Fones: (00555l) 249-2002 e 249-8843
- - - - - - - 1 p . - _ Q - - - - - . - - Q - - - - ~ ¡ - 1.-
tem suas vantagens
Argentina
aumentará em até
15% sua safra de
trigo e já busca
mercado
Hamilton Almeida
Buenos Aires
0 sentido da palavra “Brasil-
dependência” sempre inco-
modou os argentinos, principal-
mente depois da crise de janeiro,
quando o real começou a flutuar e
a desvalorização chegou a níveis
não imaginados anteriormente.
No' caso do trigo, entretanto, a
“Brasil-dependência” não é só
bem vinda:-é vital.
Com dificuldades para a colo-
cação do cereal em outros merca-
dos por falta de competitividade,
só as compras brasileiras podem
reduzir oatual nível de estoque
(2,6 milhões de toneladas no final
de junho). Embora os preços do
cerealnão sejam os melhores, os
produtores não parecem desani-
mados e estão incrementando a
área de plantio da safra
1999/2000 entre 10% e 15%, cal-
culam os operadores de mercado,
que estão mais otimistas que o
govemo. O Ministério da Agri-
cultura não quis se manifestar so-
bre seus números para a safra ar-
gentina.
O presidente da corretora de
cereais e oleaginosas lntagro
S.A., Héctor Nestor Niell, estima
que se o Brasil comprar 1,2 _mi-
lhão de toneladas nos próximos
meses os estoques poderão ficar
baixos, próximosa 430 mil tone-
ladas, mas abriria espaço para a
nova produção. Na safra anterior,
os estoques acumulavam cerca de
CAFÉ
- Editoría_d_0¿l.@t_G¿z_eta Mercantil Latino-Am5rica¿ia_
-Safra agricola 95196
, cr Area semeada (om ha) 5004
,I Area ootnidã (om ha) i 4000
_ o Rendimento (kg/ho) 1942
1 ia Produção (1) i
Dados oficiais _
- Q.) Area semeada (em ha)
l
Í Q Area colhida (em ha)
l 0 nondimoniotkgfha) _*
9487
FJVJfififiiw'l›\ññi'.i"lifififfllfsIlê
5088
4878
1 93?
94501 oi Produção (1) . Ê
lF0nte: Mercado 0 Minislárib da `išrícuIt'ur:_` _ _ l
l milhão de toneladas.
No final de junho, a Argentina
tinha pendente para comerciali-
zação cerca de 15% da safra
1998/99, que somou um total de
l'l,2 milhões de toneladas, Pelos
efeitos da seca, foi inferior à carn-
panha de 1997/98, de 15,2 mi-
lhões de toneladas. A Argentina
deve exportar aproximadamente
55% do que produziu na safra
1998/99, sendo o Brasil respon-
sável pela compra de 75% do to-
tal embarcado. Depois do Brasil,
as maiores compras são feitas pe-`
lo Peru (250 mil toneladas) e pelo
Iraque (208 mil).
Na roda-viva dos preços, o tri-
go argentino para entrega em
agosto está cotado a US$ 132 a
tonelada Fob nos portos de Bahía
Blanca e Necochea, contra US$
96 Fob Golfo do trigo blando e
US$ 114 do trigo duro norte-
americano. “Está muito difícil
competir com o trigo norte-ame-
ricario e europeu. Com exceção
do mercado brasileiro, não esta-
mos tendo acesso a outros desti-
nos”, afirma Niell. `
Os produtores estão terminando
Guerra dos números `
som' erros sales,
_,= 7000 5000 ¬ 4000
r105 5001 4051
É 2250 - 2004 2000 "
A ;
JJ-1'""fll'I"ÚÂHFNÍ\-À'.'v¬z\1"¬¡'ár¬.rdaflüf-fl'
.\.N\\ÀøIl-«IIII.t\'J'lJ¢.'-1P1.u\.'|.NP~i¢\›vUJvv1QUI»
1 z ¡ '
ngi 15000 g 15200 11250 1
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11 \ '-
š 1!
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š 7367 5919 4857 l=
'.~ , -.- IE 7100 os 5702 = 4704 -1 ¬'
"01 'H
--1 'n
t \2241 ,_ 2001 ,= 2202 ~
Q 5. `15014 Ê 15000 šioroo l
_ _ ._ - -_. -~ .- - _. .- . _.¡,. . ..° ¬¡,_
de semear a safra 1999/2000 num
momento em que al tonelada para
entrega em janeiro de 2000 está
cotada em US$ 105 no Mercado a
Temio de Buenos Aires (valor qua-
se 7% menor que há um ano). Para
Niell, a produção poderá chegar a
12,5 milhões de toneladas e o pro-
blema não é de colocação do pro-
duto e sirn de preço.
A tendência de incremento da
safra atual tem quatro razões, de
acordo com o economista Emesto
Ambrosetti, da Sociedade Rural
Argentina: o trigo é o cultivo de
menor investimento por hectare;
gera recursos_ para os produtores
antes do final do ano; pemrite fa-
zer rotação de cultura com soja e
os preços poderão melhorar com a
abertura do mercado iraniano.
O mercado brasileiro está ga-
rantido aos argentinos. As regras
do Mercosul favorecem a'Argen-
tina porque o comércio é livre na
região e o_ Brasil impõe uma ta-
rifa extema de 13% para o cereal
vindo de terceiros países. A pro-
ximidade também .favorece a Ar-
gentina, pelos menores custos de
fi'6l1B. I
Brasil quer mudanças ria OIC
Lauro Aires e Mauro Zanatta
_ Brasília
Aparticipação do setor privado
nas negociações estratégicas
do mercado mundial de café foi a
condição exigida pelo Brasil para
continuar fazendo parte da Orga-
nização Internacional do Café
(OIC), que reúne os maiores paí-
ses produtores e consumidores do
grão em todo o mundo.
Maior produtor mundial de ca-
fé, o Brasil tinha ameaçado sair da
OIC pelos magros resultados _ob-
tidos na organização. O setor pri-
vado, entretanto, pediu para o go-
verno rever sua posição. A estra-
tégia traçada foi manter o país ria
OIC, mas exigir que empresas
compradoras dos países desenvol-
vidos, principalmente Estados
Unidos e Europa, se comprome-
tam a apresentar um plano de au-
mento imediato do consumo do
produto no mundo.
A data limite para apresentação
deste plano será no próximo`_dia
21, quando seu reúne o conselho
da OIC. “Estamos dando uma
oportunidade para a convergência
mundial porque uma visão de uni-
dade dos produtores tem um efeito
positivo no mercado”, disse o rni-
nistro do Desenvolvimento, In-
dústria e Comércio, Celso Lafer.
Para o Brasil, a arnpliação dos
mercados é fundamental para ab-
sorver a super-safra prevista para
o biênio 2000'-2001. Como conse-
qüência, a ampliação ajudaiia a
sustentar a cotação intemacional
da commodity. 1
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Image 278
DE 12 A ia DE JULHO DE 1999 GAJLETA MEncANT|LLAT|No-AMEn|cANA1 25
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Coleções
privadas
em exibição
Abiblioteca Morgan está
exibindo urna coleção de 140
desenhos e aquarelas selecionados
de coleções privadas de Nova
York, que estavam fora dos olhos
do público há décadas, e inclui
trabalhos de virtualmente todos os
mestres importantes da pintura na
primeira metade do século XX.
De Pablo Picasso a Vasily
Kandinsky, de Willem de Kooning
a Wilfredo Lam, de Henri Matisse
a Paul Klee, de Piet Modrian a
Salvador Dalí, de Joan Miró a
René Magritte, todos os nomes
consagrados da pintura no período
mtão lá, e com trabalhos de
prirneira grandeza.
No caso de Picasso, por
exemplo, a mostra reúne auto-
_retratos, e desenhos preparatórios
para o célebre “Senhoritas de
Avignon” ou de seus trabalhos
cubistas, entre outras fases do
pintor espanhol. Ao lado de
Picasso, estão os trabalhos de Paul
Cézanne da virada do século e
aquarelas de Henri Matisse.
A ordem cronológica da
exposição pemrite que se_
reconheça a grande diversidade de
estilos. O expressionismo alemão
e austríaco estão representados por
Oskar Kokoscl1ka, Otto Dix e
Max Beclcmarm. Magritte,
Salvador Dalí e Miró são os
surrealistas da exposição. A
contribuição norte-americana vai
dos trabalhos de George Bellows,
Edward Hopper, John Marin,
Arthur Dove e Charles Sheeler até
os mais recentes feitos por Willem
de Kooning e Jackson Pollock.
Entre os latinos, estão o mexicano
Diego Rivera., o cubano Wifredo
Lam e o chileno Roberto Matta
Echaturen. A exposição vai até 0
dia 29 de agosto. 1 (Ana Cristina
Magalha`es/Nova York) _
The Pierpont Morgan Library.
29 E1st36th Street - Nova York. '
fiel.: (I-212) 685-0610
_¡.›.._'__ _ . ' _._ _ 1
._ ,__ ¿ __ __ ,_ , _ _ __ _ _ . ,
= t-H* fi' *lvl -'PI 1 - 3- l
Expedição descobre o
último reduto dos Incas
Espctnhóis podem ter ochddo ci ciddde de Vilcctbdmled
U' m grupo de pesquisado-
res espanhóis localizou,
em meio as densas florestas
localizadas na região sul do
Peru, restos arqueológicos
que parecem corresponder às
fortalezas que protegiam o úl-
timo reduto dos incas, ácida-
de perdida de Vilcabamba.
Entre os dias 6 e 18 de ju-
nho, segundo as informações
do chefe dos pesquisadores, o
' jornalista Santiago Del Valle,
a Expedição Juan de Betan-
zos-Vilcabamba 99 encontrou
e recolheu para análises várias
amostras das ruínas. A locali-
zação do sítio arqueológico
foi possível seguindo-se indi-
cações de antigos cronistas. A
expedição baseou-se, ainda,
no conhecimento da região,
obtido em viagens feitas ante-
riormente à região.
O complexo de construções
fortificadas está localizado
em diferentes níveis de ladei-
ras, topos e vales altos, em
meio a um grande conjunto de
montanhas de difícil acesso,
situado na confluência dos
Rios Pampaconas e Choquesa-
fra, este último afluente de ou-
tro rio, o Apurimac.
Localização - As coor-
denadas exatas de sua locali-
zação, segundo informaram os
expedicionários, são 13 graus,
8 minutos e 43 segundos dela-
titude sul, e_73 graus, 17 mi-
nutos e 9 segundos de longitu-
de oeste. E a altitude varia de
äreveã
1 ~
'c-J
_¿1`. .J
739
Editoria de Artetâazaua Mercantil Latino-Americam
zu _ ' *l"'F"_ñmël` cr
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wi 1°- _ “".""^'~¬¡. 1.
--% ufiwv›¢¡«-yfi¡r|vpEWmq¡ p¢ mvtz« 1-mm.. u-ei.-_. -..-z....¡_.-“.¡w-›..-..-›z--‹- -1. -t.-_1,..pw~ .- f--‹‹_t¿n-19'..-|.‹.,.».¢,..-tr...-t._.-,...¡,,v.,.._i\-¿.. -_.-...¬1...w.¢..¡.¡¡..«.,. ..,,..,,,,,..,._,,.,.
1,7 mil a 2 mil metros acima
do nível do mar. A maior parte
dos recintos da fortaleza inca
está situada em regiões de ve-
getação bastante densa, o que
dificulta sua observação, seu
estudo e sua descrição, segun-
do afirmou o explorador.
Isso não impediu, no entan-
to, que as ruínas tenham sido
objeto de saques sistemáticos,
segundo referências forneci-
das por camponeses dessa re-
gião do Peru.
Santiago Del Valle afirma
que os conhecimentos acumu-
lados a partir da observação
do terreno, as informações
~
,.,_.
.zz';¡
aaaaaaaaeaaeeaaasesaeea
Música latina na Intemet
O s amantes da música latina
têm um novo aliado na
Intemet, onde poderão escutar
ou comprar sua canção favorita
com apenas um click no
computador.
A Ole' Música é a primeira
loja dedicada exclusivamente a
atender o gosto hispânico.
“Com o lançamento da Ole'
Música respondemos ao desejo
dos visitantes de terem acesso
não apenas a uma maior
cobertura -do panorama musical
espanhol, mas também a
maiores oportunidades 'de
escutar e comprar canções de
seus artistas favoritos”, diz
Emesto Bemardó porta-voz da
“Olé”, o site líder de língua
espanhola.
O sistema AudioSoft,
pioneiro no desenvolvimento de
sistema de distribuição musical
através da Intemet, associou-se
a “Olé” para criar o novo site
musical. Este sistema deverá
permitir ao usuário escutar uma
mostra de cada uma das
canções antes de comprá-la. No
repertório estão incluídos desde
tangos, passando pela
Macarena, até as últimas
tendências do mercado. 1
proporcionadas pelos morado-
res dos lugarejos da região e
as comparações de mapas mo-
dernos com a documentação
histórica disponível “nos_leva-
ram à conclusão de que chega-
mos ao conjunto de ruínas for-
mado pelas antigas vilas incas
de Wayna Pucara, Machu Pu-
cara, Marcanay e Vilcabamba,
La Grande”.
Esta última foi_ a capital
oculta do império inca durante
38 anos que se seguiram à con-
quista espanhola. Quando os
colonizadores lá chegaram, a
cidade inca já -havia sido in-_
cendiada e abandonada por
seus habitantes.
Em Vilcabamba, La Gran-
de, segundo as crônicas, go-
vernaram os três últimos incas
sem império: Manco Inca, Ti-
to Cusi e Tupac Amaru I, que
foi capturado e executado em
Cusco, pouco depois da queda
da cidade de Vilcabamba.
Vídeø - Em 1997 e 1998 a
expedição Juan de Betanzos-
Vilcabamba 99 percorreu ou-
tros territórios na província de
Vilcabamba/Cusco, onde
identificou restos das cidades
incas de Pampaconas e Ran-
galla. Del Valle afirma ainda
que a expedição informou ofi-
cialmente seus achados ao
Instituto Nacional de _Cultura
peruano (INC) e gravou um
vídeo de seu trabalho que uma
emissora de televisão da Galí-
zia, na Espanha, deverá divul-
gar em breve. 1 (EFE)
”í__í'í.í__1
1-Esta semana '
' em...
I 7,.-`
,É ~\
I _ lr DE ri, sAoPAuto z
: Exposição - “João Rossi e a
Arte Moderna no Paro-
| guai”. Memorial da Améri-| ca Lafna. Até 18 de julho.
I Tel.: (55-Il) 3823-9725
¡ .ul
-“
ii..
3?
_:“:“íí-_.
lr! ..-Lia
UENOS AIRES "_" :.""¬
| Ópzm- “tzzBz›izêmz".dzGzzz-
| .como Puccini. Direção: Mario
I Perusso. Teatro Colón. Dias
10,13, 16, 18,21 fz 24 ezjzzzm.
I rétz (54-1114378-7300
íííím
EDZ
*il
_"'-P
íííííííííiííííííííí
1*
l.
jr ' gif
OVA YORK _
I Dança - -“Nederlands Dans
Theater” apresenta-se no New
I York State Theater; Lincoln
| Ceruer: De 13 a 18 de julho.
| Tel.: (I-212) 87-5503
IO DE JANEIRO
l Concerto - O pianista José
| Feghali toca com a Orquestra
| Sinfônica Brasileira. Teatro |
| Municipal. Dia 17 de julho, às I
I 16h30. Tel.: (55-21) 558-3733 _
I Festival- “7° Festival Inter-
| nacional de Cinema de Ani-
| mação - Anima Mundi 99”.
I Centro Cultural Banco do
Brasil e Espaço Cultural do
| Correios. Ate' I8 de julho.
| Tel.: (55-21) 808-2020
ííií
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UNTA DEL EE
I Show de Miigica- “A Magia |
| de Emanuel”, no Conriftd |
I Hotel. Dia 17, às 22h. Punta
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Teatro - “Twilight at Monti-
ello”. Hollywood Boule-
vard Theater, Hollywood.
Ate' dia lfde agosto.
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MEXlC0 _
Festival - “La Caricia de
Danzon ". Baile tipico de Vera-
cruz. Plaza Loreto. Av. Revolu-
| ción com Rio Magdalena. De
6“a dom, a partir das 18h. Até
final do mês. Entradafianca.IL..........................
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261 GAZETA MEncANr|t i.At|No-AMEEHCANA W DE 12 A 15 DE JULHO 951999
Finanças
lã!Fusoes -bancárias causam
Ã'preocupaçao no hile
O' Santander
ganhou a disputa
com o grupo Luksic
pelo Santiago e
causa desconfiança
Sergio Manaut
Buenos Aires
A partir da trama em que se
viram envolvidos o Banco
Central do Chile, o grupo Luk-
sic e o Banco Santander Cen-'
tral Hispano (BSCH), que de-
rivou na tomada do controle do
Santiago pela instituição espa-
nhola, a “city” da capital chi-
lena está em vermelho vivo.
Com efeito, simultaneamen-
te ao aperto de mãos entre o
pessoal de Emilio-Botín e os
funcionários do Banco Cen-
tral, a autoridade monetária fi-
cou exposta a fortes críticas
por sua, suposta, pouco cuida-
dosa participação no negócio.
Assim, não foram poucos os
banqueiros que reclamaram as-
sumir com maior cuidado os
temas que tenham relação com
a concentração bancária, fato
que ficou em evidência após a
agitaçãoiespanholaz o BSCH
hoje controla o Santiago e o
Santander, o que lhe possibili-
ta dominar 30% do mercado.
“É verdade que 30% do mer-
Ssounos
cado é bastante, mas também
há outras medidas que a Supe-
rintendência pode tomar para
procurar melhorar o sistema fi-
nanceiro”, afirmou o gerente
geral do Citibank, Ariel Sevi,
ao jornal “El Mercurio”. De-
pois, o superintendente de
Bancos, Ernesto Livacic, pare-
ceu dar razão ao “citibanker”:
considerou que havia chegado
o momento de
reforçar as atri-
buições da insti-
tuição para limi-
c a n 1 s m o q u e
permita a cria-
ção de uma ins-
tituição bancária dominante.
A rigor, a Superintendência
de Bancos tem o poder de acei-
tar ou rejeitar a compra de
mais de lO% de um banco. E é
nesse ponto que Livacic quer
por o bisturi. Ele estimulará
modificações legais para am-
pliar esse poder às fusões.
Livacic esclareceu que o que
se procura é limitar os meca-
nismos que permitem a forma-
ção de um gigante bancário,
seja pela compra de uma insti-
tuição ou pela fusão ou aquisi-
ção de seus ativos e passivos.
“A idéia não é impedir _o cres-
cimento natural das institui-
ções existentes, já que uma
0 BSOI-I controla o
Santiago e o
Santander, _
far tlëlfllfiflfif fflfi- dominando 30%
parte importante das fusões
produz eficiência e é boa para
o_país. Mas, é fundamental
prevenir que as situações de
fusão ou de controle de uma
parte significativa da indús-
tria, não gerem problemas para
o mercado”.
O Instituto Libertad y De-
sarrollo, gritou alto. Em seu úl-
timo relatório concluiu que a
concentração
da propriedade
dos bancos não
obedece a ra-
zões_ monopo-
listas. “Se deve-do mercado _ . _ .na mais a uma
racionalidade
de concorrência, pois permite
economizar custos e aproveitar
economias de escala que se tra-
duzem em maiores e melhores
serviços ao consumidor”. Mas
o Instituto vai mais longe. Sus-
tenta que o tema não deixa de
ser preocupante não apenas pa-
ra o setor bancário, mas “por-
que existe a ameaça de querer
ampliar esta argumentação,
impondo cotas de participação
em outros setores, como o elé-
trico e fundos de _pensão, entre
outros”. Enquanto isso, um ru-
mor começa a circular pela “ci-
ty” de Santiago: o BSCH ven-
deria um de seus bancos antes
de se completar um ano. 1
BBV adi¢l..PlÇlnos _ _
no mercado chileno
A má_ situação .econômica
do Chile afetará os pla-
nos.do BBV nesse país. Está
previsto que neste ano o Pro-
duto Interno Bruto (PIB) de-
ve subir 0,7%, após 17 anos
crescendo a uma média de
7%. Em recente visita a San-
tiago, Emilio de Ybarra, pre-
sidente do BBV, reconheceu
-' que o momento econômico
do país “provocou a revisão
de nossas cifras e que, natu-
ralmente, sejam atrasados os
= objetivos e planos”.
'No entanto, Ybarraé oti-
mista. Ele acredita que a eco-
Í nomia do Chile se recupera-
f rá. “Nossa aposta é a longo
l. prazo. Estamos dispostos a
É sofrer os inconvenientes e
,_ além disso, aproveitar as
= vantagens da economia chi-
j lena. Nosso investimento se-
; rá um sucesso”, afirma.
Após se reunir com o pre-
É sidente do Banco Central,
,_ Carlos Massad, Ybarra co-
mentou que o BBV não fe-
L chou as portas a uma nova
rf
z_ aquisição. “Embora eu não
A conheça os- preços das insti-
tuições chilenas, porque não
C estamos negociando com
. ninguém, continuarnos aber-
A tos para a compra”.
A tradição industrial do
T BBV também se transferirá
A para o Chile “embora seja
uma política que exija conhe-
cer muito bem o mercado,
H.
_..«..r..c.-.r-rxave-m.=r.w._-sv.2";?.t.t.-..-.mez--'..-...¬r.'.'.'¬.-›.-.raretz-._-t-tztarst
por issodeve ser feita pouco
a pouco”, indicou Ybarra.
Por outro lado, o BBV se
converteu ontem no primeiro
membro espanhol do Eu-
roMTS, o mercado eletrõni- i
.z
1co de bônus dos governos da
Itália, França e Alemanha
transformados em euros, que
começou a funcionar em
abril. A sociedade que admi-
nistra esse mercado ñca em
Londres e está estimulada
pelo Mercato de Titoli di Sta- *Í
Éto italiano e participam dela
instituições internacionais.
.!'==t'-i.
Com a incorporação da
instituição espanhola, o Eu-
roM'_I`S passou a contar com
25 membros. Entre os proje-
tos que está examinando fi-
gura a negociação de bônus
espanhóis. A sociedade afir-
mou que, com a entrada do
BBV, se converte no único
mercado pan-europeu por _
contar com representantes de
toda a Europa. Seu principal
objetivo é elevar a liquidez e
a transparência no mercado
secundário de dívida pública. .
'Jão-anÉ-'fl-'.TCJT.'T-""_''5"'E
15371-3.?-a-1.l""' .-EHWJÍHJZÊF-`
O EuroMTS negocia uma __-_
média de US$ 4,6 bilhões por
dia-. Somados aos mais de 10
›
1 __bilhoes do mercado italiano
MTS, o sistema já conseguiu f-
cerca de 25% do volume total _
de bônus, transformados em 1
euros. 1 (Expansion, Madri e às
Londres/Rede de Diários f-
Econômicos) '
Mapfre e Caja de Madri ampliam aliança
As duas seguradoras espanholas estao comprando ações de diversas companhias latino-americanas
M apfre e Caja Madrid am-
pliaram sua aliança na
América Latina, com a criação
de várias seguradoras especiali-
zadas em vida. Peru, Argentina e
Porto Rico foram, agora, os paí-
ses escolhidos para esse cresci-
mento. Além disso, está previsto
que a Caja Madrid entre na se-
guradora brasileira Veracruz Vi-
'da e Previdência, da qual a Map-
fre tem 20% do capital. _
No Peru, a Caja Madrid tomou
20% da Mapfre Perú Vida, for-
mada com o ramo dos seguros de
vida (US$ 2,7 milhões) da antiga
El Sol Nacional, que em janeiro
último passou a se chamar Map-
fre Perú Seguros Generales.Na
Argentina, a nova sociedade é a
Mapfre Aconcagua Vida da qual. 9 . iq .
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a Caja participa com 25% do ca-
pital. Essa instituição foi criada
com o ramo de seguros de vida
da Mapfre Aconcagua, que em
fins do`ano passado estava em
tomo de US$ 2,7 milhões.
Em' Porto Rico, a Caja assu-
miu 25% da Praico Life, integra-
da ao grupo Praico, cujo volume
de “ primes” foi de US$ 113,2
milhões, em 1998. A instituição
adquiriu 25% da Mapfre Colom-
bia Vida, e foi criada como filial
da Mapfre Colombia. As duas
instituições espanholas estudam
a entrada da Caja no capital da
Veracruz Vida e Previdência, do
Brasil, especializada em vida e
planos de pensão, criada com a
cisão do ramo de seguros de vida
1998 faturou US$ 78,5 milhões.
As instituições nascem com
um projeto de desenvolvimento
a médio prazo e está previsto que
em quatro ou cinco anos come-
cem a se tomar rentáveis. Todas
as empresas fazem parte da hol-
ding Mapfre América Vida. O
acordo assinado no ano passado
entre Mapfre e Caja Madrid es-
tabeleceu que a Caja tomaria
uma participação acionária de
até 25%. das filiais que a Mapfre
América Vida criasse. '
No acordo inicial, a Caja as-
sumiu 33% da administradora de
pensões mexicana Tepeyac. A
seguradora espanhola, a maior
das estrangeiras-na América La-
tina, está presente em El Salva-
guai e Chile. A idéia da Mapfre e
da Caja_Madrid é estudar todas
as possibilidades de negócio e de
colaboração mútuas.
A entrada da Caja nas novas
instituições deixa claro que as
duas sociedades espanholas ca-
minham juntas_ no ramo do segu-
ro de vida na América Latina,
contra o que ocorre na Espanha,
onde cada uma delas trabalhase-
paradamente nesse setor. Em 31
de maio passado, a Caja Madrid
administrava US$ 1,3 bilhão em
seguros de vida, 35,23% mais do
que no fim de 1998. Esse patri-
mônio é sete vezes superior ao
que tinha a Caja em fins de 1996,
ano em que decidiu acelerar seu
negócio de seguros de vida.
ano, a Caja obteve um volume de
“ primes” de US$ 429,4 milhões.
Desse total, US$ 271,1 milhões,
foram fornecidos pelo produto
Poupança Seguro 5, que recolhe
as vantagens fiscais incluídas no
IRPF para os seguros de vida
com duração superior a cinco
anos. A filosofia da Caja é ven-
der produtos simples de vida e
aumentar a rentabilidade finan-
ceira-fiscal de seus produtos.
Dentro dessa estratégia, decidiu
comercializar “unit linked”, se-
guros ligados a fundos de inves-
timento, embora a-Diretoria Ge-
ral de Tributos não se tenha pro-
nunciado de maneira definitiva
sobre a fiscalização desses pro-
dutos. 1 (Expansion, Madri/Re-
da Veracruz Seguradora ue em dor, Venezuela, Paraguai, Uru- Nos primeiros cinco meses do de de'Didr¿os Econômicos)
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DE 12 A re DE .rumo DE 1999 nançaS cAzErA MERCANTIL |Ar|No-AMEnrcANAz 27
í 7 J TFF 7 F 7 7
ARGENTINA
nvestidores evitam a
o sa de uenos ires
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DrR`EToR-PRESIDENTE
Luiz Femando Ferreira Levy0 = - . -
* DIRETOR VICE-PRESIDENTE DE OPERAÇÕES
Henrique Alves de Araújo
' DIRETOR COMERCIAL
Cláudio Lachini
Com poucos pcrriiciponies, suo copitotizoçoo é de 14% clo PIB
Horacio Fliggi*
Buenos Aires
C omo um garoto que sonha jo-
gar futebol como Maradona, a
Bolsa de Buenos Aires sonha em
ser Wall Street. Mas a realidade é
dura: com média diária de negocia-
ção de US$ 32 milhões, ela não só
está longe da meca do capitalismo,
como está distante de alcançar São
Paulo ou México, seus principais
concorrentes regionais.
Tem sentido uma bolsa onde o
volume de negócios equivale a
,21% do de Wall Street e que,
além disso, não pode deter a fuga de
empresas e seus capitais? “Não há
nenhum país modemo com proprie-
dade privada dos meios de produ-
ção que se desenvolva sem contar
com um círculo de capitais irnpor-
tante”, defende Edgar Jelonche, di-
retor-geral da Bolsa
Hoje, no entanto, muitas empre-
sas podem captar dinheiro sem ne-
cessariamente emitir ações e ceder
parte de sua propriedade. Com`obri-
gações negociáveis e outros papéis
de dívida, podem tomar recursos,
nos mercados locais e intemacio-
nais, sem abrir seu capital. Uma
forma de comparar a bolsa portenha
com outras é calcular a relação en-
tre o valor total das ações cotadas e
o tamanlro da economia. Buenos
6Aires e Caracas têm duas das me-
nores capitalizações de bolsa da re-
gião em relação ao seu Produto In-
terno Bruto: somando o valor de to-
das as ações, chegam a l4%. O
Chile, por sua vez, tem 104%, o
Brasil 46% e o México 22%.
A saída de capitais e ã menor ca-
Investimentos
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Bolsa portenha não decola
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VICE-PRESIDENTEIMIAMI
Victor Pagliari Levy
GERENTES COMERCIAIS No BRASIL
Marcos Maranhão (São Paulo/OI 1.547-3721); Carlos Augusto Cheiro (Rio _de .l'aneiro:'02l .SIS-
2533); Henrique Aguiar (BrasfliaJ'O6 l .3 I4-61 IO); Luiz Carlos de Carvalho (CuritibaJ04 l .342-
5667): Sérgio Monte (Porto AIegrel05 l .23 l -4677): Jorge Popow (Florianópolisƒ048.224-
6555); Maria José F. de Soura (Belo Horizontel03 I .269-6000); Camrosina Lisboa da Cunha
(Salv-ador¡07 l .34_I -3250); André Kerrzman Szporer (Recifelüli I .466-3737); Claudia Regueira
(Fortaleza/025.266-4015): Fernando Monteiro (Belém/091 .2I2-0606): Cony Maria de Wit
(Manaus/092.988-3431); Manha Masset [Viróri a); Albeno Luiz Ferreira (Campinas/0l9.233-
4275): Eloá Maria de Oliveira e Monaliza Rodrigues de Almeida (São José dos Camposf0l2.34 I -
5 l 88); Marcos Antonio Dias (Ribeirão PretoIOI6.620-4848).
GERENTE COMERCIAL NOS ESTADOS UNIDOS
Mark Anderson (Miami/001 .305-371-7090).
REPRESENTANTES COMERCIAIS NA ARGENTINA
Chaco: Norte, (543722)45 l -222: Chubutz EI Chubut, Iuan Gordillo (542965)434-802 ou 434-
803: Con-ientes: El Litoral. (543783)425-767: Formosa: Editorial La Mañana S.A. (5437I7)430-
868 ou 430-855; Mar del Plata: Medios Gráficos del Interior (S4223)493-8658: Mendoza:
Enrique Chrabolowsky (5426l)l56 -515600 cel: Misiones: El Tenitorio (543752)452-l00;
Salta: El Tribuno, Gcia.ComerciaI (543B7)424-6244/45; San Juan: Marcelo Fretes (54264)423-
0674; Santa Fe: Gcia. Comercial (543-1l)420-l 179; EntreRlos: El Diario (54343) 423-1000
REPRESENTANTE COMERCIAL NO URUGUAI _
El Observador - Carrau Br Asociados, Jose Pérez Tel.: (5982)90l-0903
REPRESENTANTE COMERCIAL NO PARAGUAI
El Día -Javier Pirovano Peña
E E 4 ` T l/fa (5952l 60 3400.c é E ma" " F ¢ 'K ) -
pitalização de Buenos Aires soma-
se outro dado sigrrificativo. O volu-
me negociado na bolsa durante os
primeiros cinco meses do ano foi
apenas 2,7% da produção acumu-
lada do paísno mesmo período.
Uma cifra alarmante caso se leve
em conta que no México foi de
37% e no Brasil de 12%. _
A fragilidade do sistema da bolsa
argentina ficou demonstrada na
quarta-feira 30 'de junho, quando
em 30 minutos o índice Merval caiu
mais de 5%: quanto menor o volu-
me global, mais volátil a bolsa.
Com mais de cem anos de his-
tória e apenas 134 empresas listadas
47 menos do que no início da
década - o mercado local conta
hoje com menos empresas do que a
Bolsa da Polônia, que não comple-tou ainda dez anos de vida. “O pro-
cesso de concentração é similar ao
do setor bancário”, diz Jelonche.
“Isto é positivo porque as (empre-
sas) que estão são boas”, afirma.
Juan Bautista Peña, o novato
presidente da Bolsa, foi escolhido
com um claro objetivo: deter a san-
gria de capitais da bolsa portenha
nos últimos anos. Mas em menos
de dois meses de cargo sofreu um
duro golpe. Embora a petrolífera es-
panhola Repsol tenha colocado
US$ 1,] bilhão nas mãos dos inves-
tidores privados argentinos ao com-
prar a YPF, menos da metade desse
capital voltaria ã Bolsa. A outra me-
tade iria para o México e Brasil.
Com menos de 2% da YPF com
cotações na Bolsa, a capitalização
no mercado financeiro do que foi a
maior empresa argentina não supera
US$ 150 milhões. Além disso, a
ação teve quedas desde que a YPF
foi absorvida: de US$ 43,8% por
ação no dia de sua venda, passou a
US$ 39 em 5 de julho. 1
*colaborou Luc; Conger. ou ctoocre do
México
oas oportunidades no Peru
Nora Gonzalez
São Paulo
O Peru recebeu, em 1997, o
equivalente a 17,4% de seu
Produto Intemo Bruto em investi-
mentos estrangeiros. Muito? O go-
vemo acha que não, e quer chegar
mais próximo de índices como os
33,1% do Chile ou 21,5% do Mé-
xico e iniciou um road-show ten-
tando atrair investimentos.
Em São Paulo, o govemo perua-
no acenou com crescimento do PIB
acima dos 6% ao ano desde 1990,
inflação controlada também em 6%
no ano passado e, principalmente,
um regime tarifário sirnples. Para
98% das importações penranas
aplica-se um imposto de 12% e ou-
tro de 20% para os restantes 2%.
Segundo o ministro peruano da In-
dústria, Turismo, lntegração e Ne-
gociações Intemacionais, César Lu-
na-Victoria Leon, o turismo e as
privatimções são dois pontos que
devem atrair investidores latino-
americanos. O Peru já an'ecadou
US$ 8,8 bilhões com as desestati-
zações e obteve investimentos nes-
sas mesmas errrpresas por run valor
equivalente. Mas ainda há boas
oportunidades em setores como rni-
nvneraçao, infra-estrutura portuária e
aeroportuária e energia. O mega-
carnpo de gás de Camisea deverá
ser privatizado até final deste ano e
demandará recursos entre US$ 2 bi-
lhões e US$ 3 bilhões.
Já o turismo tem um grande po-
tencial. Segundo Luna-Victoria,
apenas 800 mil estrangeiros visitam
opaisacadaano-edeixamo
equivalente a 3% do PIB em divi-
sas, quando poderia ser pelo menos
l0%' do PIB, a média mundial. Para
isso, o govemo peruano traçou um
Plano Mestre de US$ 4 bilhões e
está à procura de investidores..
DISTRIEUIÇÃO
Distribuidora Gazeta Mercantil (Brasil); Pablo Santoro (Buenos Aires).Distribuidora: lnterplazas
Sociedad Anônima (Interior da Argentina).
ASSINATURAS
Português (0800) 143-000;
Espanhol (54I I) 4374-0300
fiz, r *f1ÍJ _ _ Íu_--------¢.¢-¢.-....-.-----...___... .. -.-.._-.z.-.._...._.__._-.-.-._--¢.----..-__--_,_ ......,..- ..._-----.---_--_---_ . . . . .-I.'.--.-.------ I
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25. GAZETA MERCANTIL LATINO-AMEl=1lcANA ' E DE 12 A 15 DE .JULHO DE 1999
I'
V
_ TIIÊI-I f_ T l 7TI_Ar__ T|_fl1II`_ IT1__¡ILTr 7
Superávit menor - A bo-
lanço comercial chileno fechou
maio com superávit de US$ 73
milhões, mas com um preocu-
pante crescimento menor do que
o registrado no mês anterior: ls-
so se deveu, basicamente, à me-
lhoria das importações, que ti-
veramƒortes quedas atéabril. 0
soldo da balanço comercial re-
gistra, nte' maio, um superávit
de US$ 992,8 milhões, como re-
sultado de -exportações de US$
6,52 bilhões e importações de
US$ 5,53 bilhões.
Em abril, 0 saldo positivo era
de US$.9l9,8 ml'lhÕes. O Banco
Central chileno informou que as
remessas de maio totalizaram
US$ 1,27 bilhão, ou um aumen-
to de 7,7% em relação ao mes-
mo período do ano anterior: As
internações caíram 15% quan-
do comparadas com maio do
ano passado - uimá diferença
notável em relação à queda de
38% nas importações registro-
dos. em abri'-l quando comparo-
V i°E5T^°"E°^SEM^N^l *I Indicadores gerais I
do com o mesmo mes de 1998.
confimtondo n teoria de que o
,superávit comercial pode co-
lmeçor cl virdr déficit cl pqrrir do
segundo semestre. n
Editoria ga;Anáz'm¿m1a'nø1eonl1l-Lume-greriioanz
.Saldo favorável `
T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
391-Í' ii
š Balança comercial chilena - em US$ milhoes _ ._ |
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Jan! Mar! Mai! Jul! Set! Nov! Jan! Mar! Mal! Í
1 1998 1998 - 1 998 1998 1998 1998 1999 1999 1999 1
ülfdntosf Banocí Central do CIF¬i5FÊFCFehÍro'deFIFnloiíhÃáÍFç¡F¢§Ida ëÍrF2F§laF`IÍlF5'r`1F:aniil ' F F F ' ' É
' ' ‹ c
OOII1 følga É O Peru apresento uma situação confortável na proporçao entre suas importaçoes e as
reservas internacionais líquidas - especialmente quando comparado com o de seus vizinhos latino-
americanos. Ate' junho deste ano, elas eqüivaliom o 15,1 meses de compras no exterior; ante 13 meses do
Chile, 12,2 da Venezuela, 10,7 da Argentina, 10,1 do Brasil e apenas 2,9 meses do México. 1
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_..-_~-_í-›._..---._..í.-zu--_M.____í;_.
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Gazeta Mercantil _
Lfirfecatlaçãø - As receitas triblltárias do govemo uruguaio caí-
' rom 1,1% em março ante o mesmo rrâs de 1998. Como emƒevereim
a queda llavlo chegado a 6,2% e em janeiro a 2,2%, o govemo já começa
a mostrar mais otimismo, embora os gastos públicos tenham aumentado,
no prlmeim trimesme, 5,3%, o que significa um déficit de US$ 126 milhões,
ou quatro vezes mais do que no primeiro trimestre do ano passado. n
, Títulos da dívida - 5:07:09 _
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1 % do valor A f ~ ~
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PAR (Edu) F 35,55 ' _ 1,09 -10,00
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Fontes: Banco Central do Brasil, Bacen dos países. JP Morgan, Tha Economist e Centro de Intomtaçõas da Gazela Mercantil gritos: EÍIiIofll1berg_91rs:-loss Servico. Economátloa. ING Barng. Plgârloos lrlterflfllflmãlâ G Cflfllflil GE |flf°f"I5'FÚBS
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Soja (2) Í (cents lJS$lbuShel) Í 415.00
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°5'B°hFad° 'uma 'R' Basa de “ma mdehfbr I da um Mmam" Fontes: Bolsa de Metais do Londres. Fleutersecentrc da Informações da Gazeta Mercantil
Minerais
Bolsa de Metais de Londres - cotações em US$/tonelada
Alumínio high grade
Aluminio secundário
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Estanho high grade 3 meses
Zinco special high grade g¡fnFgr;';'e| 1915.__
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Petróleo - cotações em US$!barrll
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Brent (Inglaterra) 2” D°5¡Çã0 1B..2_B 11.45 12.93 _
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DE 12 A ia DE JULHO DE 1999 na S GAZETA MERCANTIL LAT|No-AMEn|cANA. 29
Risco
Bancos latinos surpreendem os analistas
\ ,Crise asiatica e
desvalorização
brasileira nao foram
tão dramáticas
quanto se pensou
Nora Gonzalez
São Paulo
O s principais bancos.latino-
americanos saíram-se relati-
vamente bem das pressões exer-
cidas pelas crises asiática e russa
e pela desvalorização brasileira.
Apesar disso, um certo número
de instituições mais débeis que-
brou nos últimos meses. Mas,
nesse cenário de moedas sob ata-
* ques especulativos, liqüidez en-
xugada, redução das exposições
'dos investidores na região e ele-
1 vação das taxas de juros, nada foi
tão ruim quanto poderia ter sido.
Essa é, ao menos, a visão da clas-
sificadora de riscos norte-ameri-
cana Standard & Poor's que vê,
até mesmo, uma volta da confian-
ça nos diversos sistemas bancá-
rios da região.
“Os mercados internacionais
de papéis voltaram a se abrir para
os emissores da região, especial-
mente para as instituições finan-
ceiras lideradas pelo Brasil, em-
bora em quantias moderadas”, di-
zem os analistas da instituição.
“Houve casos de estagnação nos
depósitos, mas nenhum dos ban-
cos mais repre-
sentativos teve.
quedas significa- fi
de instituições
que reduziram o
volume de em-
préstimos e tomaram-se mais se-
letivas, mas a lucratividade des-
sas instituições se beneficiou de
margens mais altas, especialmen-
te em empréstimos- embora es-
sa situação não.deva perdurar.
Ao contrário, a S&P prevê que
aumentem as provisões para fazer
face a prejuízos com emprésti-
mos já neste segundo semestre.
Há, contudo, exceções.
Na Colômbia, por exemplo,
poupança _e empréstimos estavam
tão mal dimensionados que o go-
vemo declarou estado de emer-
gência econômica. Os bancos
equatorianos também passaram
por sérias dificuldades, a ponto
de o govemo decretar um feriado
bancário e dar início a uma série
de drásticas medidas. Várias ins-
tituições sofrerarn intervenção ou
foram fechadas: Banco Marka e
Banco' Crefisul no Brasil; Banco
República e Banco Mendoza na
Argentina; Banco Boliviano
Americano na Bolívia; Banco
tiveram
Houve casos de
estagnação nos
tivas”. depósitos, mas
' Há °X@mP¡°S poucos bancos
quedas
Andino e Banco del Pacífico na
Colômbia; e Banco Latino e Ban-
co República no Peru.
Argelllina - O sistema ban-
cário argentino foi um dos mais
atingidos pela desvalorização
brasileira, prejudicados também
por um ambiente de pouca liqüi-
dez e economia desfavorável. Pa-
ralelamente, os recursos estran-
geiros desapareceram, forçando
os bancos a alterar seus planos de
financiamento. Esta situação le-
vou a S&P a rebaixar as classi-
ficações de todos os bancos ar-
gentinos, que _,
prefere esperar as ri
denciais de 1° de J
I
rfoutubro para rea- -
valiar a classifi-_ tz empréstimocaçao. Até lá, a
agência reco-
menda cautela.
Brasil - - No Brasil, a desva-
lorização do real teve efeitos al-
tamente positivos sobre os resul-
tados dos bancos. O sistemateve
receita líquida de R$ 4,6 bilhões
(US$ 2,64 bilhões) no primeiro
trimestre do ano comparado com
R$ 1,9 bilhão (US$ 1,1 bilhão)
em todo o ano passado. Parte dis-
so pode ser creditado aos` ganhos
com operações de câmbio e às al-
tas taxas de juros, mas o mais im-
portante é que a lucratividade foi
tão formidável
que apagou os
impactos da des-
valorização sobre
o capital. “Os
bancos brasilei-
ros se caracteri-
zam por ter pou-
cas atividades de intermediação e
grandes quantidades de papéis do
govemo”, dizem os analistas da
Standard &Poor's.
.Chile - O Chile foi um dos
primeiros países Iatino-america-
nos a entrar em recessão, puxado
pela queda no preço das commo-
dities e pelas severas medidas
adotada pelo govemo para tentar
reduzir o déficit em conta corren-
te e na balança de pagamentos.
Isto levou os bancos a enfrenta-
rem problemas de provisiona-
mento. Mas ainda assirn, a qua-
lidade dos ativos dos bancos chi-
lenos pode ser classificada entre
as melhores da América Latina.
Colômbia - A recessão atin-
giu praticamente todos os setores
da economia colombiana, inclusi-
ve o financeiro. As corporações
de poupança e empréstimo e as
cooperativas foram as que mais
sofrei'_am,__levarido o_s _en_tes regu-
f Os bancos
glgiçõgs prggi- Iflexicanos ainda
não retomaram
. suas atividades de
ladores a intervir em várias ins-
tituições. Algumas foram sanea-
das, mas o resto deverá mesmo
ser liquidado. O govemo já anun-
ciou que vai estender facilidades
de crédito de longo prazo para in-
jetar capital nas instituições fi-
nanceiras e vai lançar um progra-
ma de restruturação e juros sub-
sidiados para os devedores.
Ainda assim, a S&P vê deficiên-
cias estruturais que precisam ser
superadas para garantir o desen-
volvimento do sistema financeiro
colombiano.
México -
economia mexi-
cana continua 'a
crescer, mas num
ritmo mais lento.
Os bancos não
retomaram suas
atividades de em-
préstimo e ainda refletem os pro-
blemas da ciise bancária de 1995.
Os planos do govemo, de reduzir
suas garantias aos sistema bancá-
rio ao longo dos próximos seis
anos, e o apoio dado aos bancos
mexicanos ainda está entre os
mais amplos da América Latina.
Segundo a agência, os provisio-
namentos dos bancos mexicanos
ainda são inadequados.
Perl! - O Peru começou a ver
sua situação finariceira enfraque-
cer praticamente junto com a do
Chile, também puxada pela redu-
ção no preço das commodities, a
crise asiática e os_ efeitos danosos
do fenômeno climático EI Niño.
Os ativos dos bancos continua-
ram a se deteriorar no primeiro
semestre deste ano. Com a desva-
lorização do real no Brasil, os
bancos também sofreram com
uma elevação nos custos de fun-
ding, uma vez que a maioria dos
créditos em carteira era em dólar.
Vários bancos foram fechados e
outros se fundirarn, o que leva a
S&P a prever uma melhoria nas
condições econôniicas no segun-
do semestre do ano.
Uruguai - O país continua
relativamente isolado dos proble-
mas de seus maiores vizinhos. O
nível de atividade econômica
caiu sensivelmente após a desva-
lorização do real, reduzindo o vo-
lume de empréstimos e de depó-
sitos, mas nao houve maior irn tos, é de aumento do controle por
pacto nas taxas de juros bancos estrangeiros de interme-
domésticas ou na qualidade dos diários financeiros não-bancá-
ativos. A tendência, no momento, rios, promovendo um aumento da
é de introdução de novos produ- concorrência. 1
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Co|v|uN|oAnE ANn|NA
rasil e CA fecham acordo de tarifas
Preferências
tarifárias vao valer
por dois anos para
produtos brasileiros
e do bloco andino
Lauro Aires
Brasília
B rasil e Comunidade Andi-
na (CAN) fecharam acor-
do de preferências tarifárias
fixas por um prazo de dois
anos. E o prazo estimado pelo
Ministérios das Relações Ex-
teriores para o avanço de uma
área de livre comércio_ entre
Mercosul e o bloco composto
por Venezuela, Colômbia-, Pe-
ru e Equador. Apesar de fazer
parte da CAN, a Bolíviajá tem
um acordo à parte com o Mer-
cosul. “O acordo servirá de
base para a área de livre co-
mércio quatro por quatro”,
afirmou o chefe do departa-
mento de Integração do Minis-
tério das Relações Exteriores,
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_ 'Em US$ milhões, 1998
Além da Cordilheira
O comércio do Brasil com os andinos*
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José Antônio Marcondes de
Carvalho. O acordo abrange
2,7 mil produtos da pauta de
exportações, tendo como ex-
ceção automóveis acabados.
Aço -.O aço também ficou
de fora do acordo integral. Va-
lem apenas as preferências pa-
ra Peru, Equador e Colômbia.
A Venezuela ficoude fora nes-
Fúhiézuiñfiiéfla dasriëiãções'Eifiëribrãs'*EiB*arás|ri¬”':““”““`“"”““` r' “:'"" s ea `
se item. “É um acordo do pos-
sível-”, ressaltou Carvalho.
Durante a última rodada de ne-
gociações, em Lima, ambas as
partes negociadoras. puseram
em contato .os representantes
do setor siderúrgico.
Mas nada foi acertado. Com
a privatização venezuelana Si-
dor, a competição pelo merca-
do do aço se acirrou e os dois
HBS IAE inss
, das empresas aos choques
M8S`Í€rÍflg _
Competitive Shocks *I . r ,
22 3 de ÔQOSÍO de ¿-- _. _
Punta del Este - Uruguai A
Professores:
Pankaj Ghemawat - Harvard Business School
Robert Kennedy - Harvard Business School
Alejandro Carrera - lAE
Programa intensivo de 5
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informações fe¡i'ijisCri`çã_p.*lš “_ ii '
rsszioâa srmóiiizellú-FilhaIA E Iinrigiuafifãfaz
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UNrvERsrDAD AUSTRAL' E-mail: ¡se@di_aldata.com.br
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asa* as A.. " a
uma semana de duraçao
‹dirigido aos membros -
- da AltaDiretoria das
Eduardo Ballarln Fredes - IESE ~_;‹~“`r`l'*l'f:i,- Ê ' empresas.
1`n-teriincionril C0njnnto _
"*'‹Ç›I*' Oferecido pelo IAE juntamente com-a Harvard
Business School e o IESE de Barcelona
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IAE: Teresa Mayorga _
Tel.: (54-2322) 481-I I 3 ldír.)
(54-2322] 481- 000
Fax: (54-2322) 481-120 / 050 `
E-mail: TMayorga@íae.edu.ar
http: //www.iae.edu.ar ._
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governos preferiram isolar
seus mercados nesse quesito.
Depois de árduas negocia-
ções, Brasil e Comunidade
Andina conseguiram alcançar
um equilíbrio em relação às
preferências: algumas conce-
didas pelo Brasil foram redu-
zidas e, por conseqüência, as
alíquotas de alguns produtos
do bloco andino tiveram um
aumento. “Eles tiveram de ce-
der nesse aspecto”, explicou
um negociador brasileiro. Isso
porque, historicamente, o Bra-
sil sempre manteve preferên-
cias muito altas (e impostos
baixos) para aqueles países.
Com a nova organização do
comércio mundial, essas pre-
ferências foram revistas.
ReaIi$I'I'I0 - O volume de
comércio entre o Brasil e os
quatro países do bloco somou
US$ 2,8 bilhões. De acordo
com Marcondes Carvalho, o
acordo seguiu um “realismo
negociador”, onde alguns pro-
VENEzuE|.A
dutos tem a_ mesma preferên-
cia, tanto para entrar como pa-
ra vir desses países, e outros
ficaram com preferências di-
ferenciadas de país para país.
Qual a diferença, então, desse
novo acordo para uma série de
acertos b_ilaterais, já que há di-
ferenciação de preferências?
Segundo os brasileiros, mais
importante do que unificar
preferências entre os países do
bloco é avançar em pilares
institucionais. E isso, segundo
eles, foi alcançado.
“Definimos regras de salva-
guarda, regras de origem, pro-
cessos de dumping e valora-
ção aduaneira”, explicou o
chefe do departamento de in-A
tegração regional, Bruno Ba-
th. Segundo ele, será criad
uma comissão administrativa
para resolver eventuais diver-
gências na aplicação das re-
gras do acordo. O processo de
solução de controvérsias será
semelhante ao adotado nos
painéis da OMC. . 1
Boas expectativas em
relação ao Brasil
Francisco Góes
.Rio de Janeiro
A Venezuela tem boas expec-
tativas em relação ao au-
mento do intercâmbio comercial
com o Brasil nos próximos anos.
O fluxo recíproco_de investimen-
tos também deverá crescer entre
os dois países. Um único .porém
forte argumento fundamenta es-'
sas previsões. Trata-se do` acordo
comercial fechado este mês entre
Brasil e Comunidade Andina
(CAN), grupo do qual a Vene-
zuela faz parte. Os venezuelanos
conhecem o impacto de acordos
como este: o comércio entre Ve-
nezuela e Colômbia expandiu-se
após o aprofundamento da CAN,
a partir de 1990. Em outra frente
de negociação, a Venezuela viu
os investimentos mexicanos es-
palharem-se pelo seu território
depois de fechado o acordo co-
mercial do grupo dos três (Mé-
xico, Colômbia' e Venezuela).
O governo e os empresários
venezuelanos acreditam que o
acordo Brasil-CAN pode impul-
sionar o tímido intercâmbio co-
mercial Brasil-Venezuela, de
cerca de US$ 1,5 bilhão em 1996
e 1997. O diretor-executivo do
Conselho Nacional de Promoção
de Investimentos da Venezuela
(Conapii), Luis Soto, alerta que.
o aumento do comércio bilateral
e do fluxo de investimentos est.
condicionado à superação de al-
guns obstáculos, como obras que
melhorem a infra-estrutura inter.-
ligando os dois países. `
O-Conapri é uma organização
público-privada que apoia proje-
tos de investimento na Venezue-
la. De acordo com Soto, o mon-
tante de invest_imentos diretos
acumulados no país entre 1975 e
1998 é próximo a US$ ll. bi-
lhões (não considera recursos
aplicados no setor de petróleo),
cerca de 10% do Produto Intemo
Bruto (PIB) da Venezuela no ano
passado, de US$ 110 bilhões.
- Estados Unidos, México, Co-
lômbia e Espanha são os princi-.
pais investidores estrangeiros na'
Venezuela. A gigante da siderur-
gia Sidor, privatizada em 1997,
tem participações de capitais
mexicanos (Hylsamex-Thamsa).
A empresa Cementos Vencemos
também é controlada por mexi-
canos (Cemex). A Inversiones
Mundial Colombianas controla o
Grupo Químico da Venezuela,
com. investimentos superiores a-
US$ 50 I`I`l.iII'lÕBS. I
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Giais que a União Eu- '*~
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DE 12 A is DE JULHO DE' 1999 Ia GAZETA ii/iEncAi×iTiL LATii×io-AiviEi=iicAi×iA1 si
Coiiiéncio Exranion Boi.sAs DE vALonEs
'Mercosul preciscf esvalorização do real
de ftflfilflfefíjiâ _@ afeta negócios com teles
capital proprio' I
Empresário
brasileiro diz que o
bloco necessita de
apoio _e políticas
para crescer
0 Mercosul aumentará sua
participação no comércio
mundial assim que deixe de
“vender muito mal seus pro-
assada o presidente da Câma-
ra de Exportadores do Brasil,
Marcos Pratini de Moraes.
“Não sabemos promover
nossa produção, que é de ex-
traordinária qualidade”, des-
tacou ele em referência à ne-
cessidade de fortalecer “a
marca Mercosul” ao falar em
Buenos Aires na reunião anual
da Associação de Bancos da
Argentina (ABA), à qual com-
parecem banqueiros e especia-
listas em comércio exterior.
Pratini de Moraes
sustentou que “uma
das maiores dificulda-
des” que o Mercosul
enfrenta é a política
de subsídios agrícolas
Çzlutos” advertiu na semana
`ii_ -'.'.\_ rc.1- .-I |.,__..i1;_'71;-6-'-11_..._¬ 'G4-,f«“_-1'p-_...e as restriçoes comer 'z-_-_..-¿¬i . z,.ii p ..f.-(*.i;,_L 3
›; .,¡'V-I ›;Í_¬I'.I J¿i.'.4 .. ,.›
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' 1 r¿_-¡
opéia (UE) aplica,
ela que é a principal
cliente da união alfandegária
formada por Argentina, Bra-
sil, Paraguai e Uruguai.
A UE “é um grande e fecha-
do clube de subsídios agríco-
las que gasta nisso US$ 600
bilhões por ano e, além disso,
entre US$ 140 bilhões e US$
160 bilhões, que os consumi-
dores europeus pagam para
comprar esses produtos a pre-
ços excepcionalmente eleva-
dos” observou Pratini de Mo-
raes. “Nós não podemos entrar
nesse mercado e necessitamos
que a UE compreenda que so-
mos os primeiros exportado-
res de alimentos do mundo'?,
acrescentou o empresário. '
Subsídios - Pratini de
Moraes solicitou`que a UE
anule os subsídios e as barrei-
ras comerciais, embora tenha
admitido que o futuro do co-
mércio “não está na exporta-
ção dos produtos básicos”, .ou
sej.a, "commodities" agrícolas
(trigo e soja) e industriais (rri`i-
Pratini de Moraes
nério de ferro). “Até que al-
cancemos níveis de moderni-
zação tecnológica e capacida-
de de mercado para
comercializar manufaturas in-
dustriais, precisamos poder
exportar aquilo em que somos
competitivos”, disse; depois
de lembrar que os Estados
Unidos e o Japão também co-
locam obstáculos ao comércio
exterior.
Neste sentido, indicou que o
Mercosul precisa ter uma po-
lítica comercial “agressiva”
com um melhor comércio e
melhores apoio financeiro e
de infra-estrutura para a ex-
portação, ao invés de “nos es-
pecializarmos em falar mal de
nós mesmos”.
Enquanto isso, Alejandro
Mayoral, ex-subsecretário ar-
gentino do Comércio Exterior,
lamentou que “não se cumpri-
ram muitos dos compromis-
sos” acertados ao se criar o
Mercosul, a 26 de
março de 1991, em
Assunção.
Mayoral, atual as-
sessor de empresas
_ multinacionais insta-
ladas no bloco, criti-
cou tacitamente as
restrições comerciais
que o Brasil aplica
unilateralmente e a falta de
um acordo entre esse país e a
Argentina para liberalizar o
comércio de açúcar, entreou-
tros problemas internos.
' Os sócios do Mercosul tam-
pouco conseguiram avançar
em um acordo sobre a política
comum que administrará a in-
dústria automobilística, cuja
entrada em vigor está prevista
a partir de 2004, quatro anos
após do que se havia acertado
em um primeiro momento.
Nesse sentido, Mayoral ob-
servou que faz falta estabele-
cer um programa “concreto
com prêmios e castigos” para
aqueles países que descum-
prarn seus compromissos.
“E preciso limpar 0 Merco-
sul de tudo o que torna impos-
sível seu crescimento”, ressal-
tou ele, após dizer que “a op-
ção de fazer as coisas
retroagirem até antes do Tra-
tado de.Assunção é inaceitá-
vel e,~além dis-so, vai contra a
história". . (EEE)
1 . .Í -_.__.., . .
l-1;§.›. ›'
x' I
Levantamento
mostra que valor
das transações
caiu, mas segmento
ainda é líder na AL
Claudia Mancini
São Paulo
Adesvalorização da moeda
brasileira (real) em janeiro
passado e a crise de confiança
que afetou os investimentos nos
países emergentes, devido aos
recentes tropeços de economias
da Asia e Rússia, deixaram mar-
cas no valor total de negócios de
ações de empresas de telecomu-
nições nas princi ais bolsas da
América Latina. l-go que aponta
um levantamento da consultoria
brasileira Economática.
Segundo o levantamento, que
envolve_as mil maiores empresas
de capital aberto de sete países
_ Argentina, Brasil, Chile, Co-
lômbia,'México, Peru e Vene-
zuelat-, -de janeiro a junho de
1999 os negócios com ações de
empresas de telecomunicações
movimentaram US$ 28,5 bi-
lhões, valor muito inferior aos
US$ 48 bilhões registrados no
mesmo período de 1998. Estima-
se que essas mil empresas repre-
sentem mais de 95% do valor to-
tal negociado nas sete bolsas.
A diferença entre os dois pe-
ríodos também deve-se ao fato
de vários negócios teremsido
gerados no início de 1998, com a
expectativa da privatização do
sistema de telecomunicações
brasileiro, ocorrido em julho
passado, afirma Femando Exel,
sócio-diretor da Economática.
Líder - De acordo com o le-
vantamento da Economátíca,
além do valor de negócios com
ações de empresas de telecomu-
nicações ser o maior dentre to-
dos os segmentos, ele está muito
acima do atingido pelo segundo
segmento do ranking, o de ener-
gia. No primeiro semestre de
1999, as transações com ativos.
da área energética chegaram a
US$ 8,8 bilhões, ou 13,4% dos
negócios envolvendo os ativos
das mil- empresas analisadas.
O setor de telecomunicações
destaca-se no volume de negó-
cios basicamente por três moti-
vos: “tamanho das empresas, a
alta capitalização delas e a gran-
de dispersão de ações no merca-
do, com muita gente com ações
1 - 1-1'. p 1 Q Q - ¡ I . ¡ q - 1 - A - - Q;
Gs mais ativos
Editoria da Artoiüazata Mercantil Latino-_Arnerlcai'ia
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Segmentos cujas ações foram as mais negociadas em 19Ei9, dentre
as mil maiores empresas de capital aberto da America Latina
I - porsetor, em US bilhões e %*
' 1 - -5_‹_J .-5,-.êš -_›._, ,_ : -2;. -'.2-'-'
dia
#-
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›TeIeoomunicações 28,5
“›Energia
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_ › Bebidas
| * Inclui Argentina, Brasil, Chile. Colombia. Peru. México e Venezuela.
"Participação nas transações envolvendo as mil empresas analisadas. que somaram
,US$ 65.9 bilhões e US$ 90.6 bilhões de janeiro a junho de 1999 e de janeiro a iunho T
' de 1998 respectivamente
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¡ › Petroquímica 5,5
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das teles, o que gera volume de
negócios”, diz Francisco Perros,
vice-presidente da Abamec, as-
sociação brasileira que reúne os
analistas do mercado financeiro.
Apesar dos negócios com as
teles ter caído bastante em dólar,
a participação do segmento no
total negociado em ativos das
mil maiores empresas de capital
aberto dos sete países apresentou
uma queda menor entre o primei-
ro semestre de 1998 e o de 1999:
de 53% para 43,2%. Nesses pe-
ríodos os negócios com ações
das mil empresas somaram US$
90,6 bilhões e US$ 65,9 bilhões,
respectivamente. Em todo o ano
passado o valor chegou a US$
163,8 bilhões.
Concentração - O levari-
tamento da consultoria mostra
ainda que existe uma concentra-
- 1 4 1 f 4 ; - › › 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 - . . 1 . 1 . 1 . 1 . - Q 1 \ 1 ¬ - ú - 1 1 1 . . - . . . . . . . . 1 1 1 . 1 1 _ » - 1 1 11
5 A seleção argentina defutebolpodejá ter E
5 perdoado os três pênaltisperdidos pelo
contra a Coömbia, pela CopaAme'n'ca, no *
último dia 4, no Paraguai. Mas o torcida
do Boca Juniors, a quempertence o passe
š dojogador; não.Mrdtomenososr'mastidoresÊ
ção dos negócios em bolsa. As
ações dos dez segmentos mais
ativos (veja tabela nesta página)
respondem por cerca de 90% do
valor de todos os-negócios en-
volvendo o uriiverso das empre-
sas analisadas.
Nos últimos anos, o perfil dos
negócios nas bolsas latino-arne-
ricanas apresentou algumas mu-
danças. A abertura comercial da
região foi um dos fatores que
contribuiram para isso. Segundo
Petros, as transações envolvendo
ações de teles em bolsa, no Bra-
sil, ganharam espaço e importân-
cia em relação a outros segmen-
tos, como o de mineração. Com
as privatizações que ainda deve-
rão ocorrer no setor energético
brasileiro, pode haver um cresci-
mento da participação desse seg-
mento no ranking das ações mais
negociadas, disse ele. 1
O preço de um ...............................................
1
` atacante Martín Palermo (foto) no partida
do Fundo de Investimento do Boca, cujas ações tiveram queda de
3,12% um dio depois dojogoƒatúlico. Nojogo seguinte, contra T
I - - Q 1 p 1 z - - n- - - - . 1 ._ -Q-1--111-Cb-ñflludlflfillwlfifillãflnllbb
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GAZET ERCANTIL
1 n -
32. GAZETA MEFrcANr||_ LATINO-AMEH|cANA DE 12 A 18 DE JULHO DE 1999
Etrrrgõrrs
O passado mexicano pesa na transiçao
Mudanças na
eleição presidencial
do México, depois
,Í de 70 anos. Haverá
nova crise?
Lucy Conger
Cidade do México
uando entrar no novo milênio,
Q o México vai .empreender
tuna aventura cheia de riscos e be-
nefícios: uma sucessão presidencial
não manipulada pelo presidente em
exercício e sem violência.
Desde que o Presidente
Emesto Zedillo declarou
que nao exercerá o poder
ra nomear o candidato do .zzz .tri-1-r-;-z'.1.=z`_
partido, o México entrou 1
em uma terra de incógni- __r. ¬;`.
I ..|-.\|',l`ld-C.I.'¡‹PI.--_'_,¬
.nr` -' .IL*'\=.. ' _Jr:`.'.-rrÍ À??
E3..¬ .`.,1ó.tas em relação à troca de -» _
Jorge C.Castanedacomando. Com sua deci-
são democrática, Zedillo ganha um
lugar na história mexicana, acaban-
do com a tradição do chamado de-
dflzo, a escolha do próximo execu-_
tivo pelo simples movimento do de--
do indicador do presidente. _
“No México,o poder nunca foi
transferido de outra maneira que
não essa (o dedazo) ou por golpes
de estado”, diz Jorge G. Castañeda,
autor do livro recém publicado la
Herencia, no qual os últimos quatro
presidentes recontam como elege-
ram o candidato' oficial, que auto-
maticamente converteu-se no presi-
dente graças à hegemorria do gover-
nante Partido Revolucionário
Institucional (PRI). O livro tem
causado agitação. Pela primeira vez
adrnite-se e detalha-se publicamen-
te a decisão secreta e misteriosa que
dominou a vida política.
Com esse histórico nas costas, a
eleição presidencial de 2 de julho de
2000 está coberta de incertezas. O
abandono do dedazo impôs ao pró-
prio PRI uma nova ,forma de esco-
lha do candidato: será feita uma
eleição primária no dia 7 de novem-
bro, onde todos os membros do par-
tid'o, mais os cidadãos interessados,
escolherão um entre quatro pré-can-
didatos que se auto-lançaram.
Com base em suas entrevistas e
análises da sucessão no México a
partir do mandato de Luis Echever-
ría Alvarez (1960-1976) e tenni-
nando com Carlos Salinas de Gor-
tari (1988-1994), Castañeda conclui
que a democratização da seleção do
candidato é feita de maneira precá-
ria. “Acredito que o México tenha
. I'
r..
'\.'
f`.-';'..'
,. :Ê '51-if'_‹ -|I .".'-'-__ ru. _ ___ .-._. ¡_! _ . ._ _.
abandonado o dedazo no sentido de
que o presidente não escolhe seu
sucessor, mas escolhe, sim, o can-
didato do PRI”, afirma Castañeda.
Sem dúvida o dedazo deixou
suas marcas, e continua influen-
ciando as novas fomras de escolha.
Embora os quatro pré'-candidatos
do PRI lutem pela irrdicação, - mui-
tos pensam que Francisco Labastida
Ochoa., ex-Ministro do Govemo, é
o preferido do presidente. “Creior
que existe um candidato oficial
(Francisco Labastida), que ele é o
candidato do presidente e é perce-
z_. bido como tal, e os priis-
~-\'I f tas estão atuando com ba-`. - .
-- -- se nessa premissa _ eles
»‹~-z^z= acreditam que ele é “o
. 1..-J»
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'ri Iabsoluto de presidente pa- M ia
A. .¡ r * ,-1
r U
i bom”, o que o transforma
em 'o bom'”, insiste Cas-
rf» *'f'“'r ""¡ tr- ,= tañeda, expressando uma
opinião generalizada entre
~ os mexicanos acostuma-
dos com o dedazo.
O antigo mecanismo de escolha
sempre deixou vencidos _ os as-
pirantes que acabaram não sendo
candidatos, e que representam um
possível perigo para o sistema, por
seu rancor. Isso explica, argumenta
Castañeda, porque o PRI tem qua-
tro pré-candidatos. “Não querianr
dois, três é o nrímero ideal e é exa-
tamente oque têm”. O quarto can-
didato _ o ex-presidente do PRI,
Hurnberto Roque _ não deve de-
in"-H.:-¬Í `}i'Ê'Á*'. _t'.
¬'3.<L
Maquiavel estava com a razao
O'resultado das eleições esta-
duais mexicanas de 4 de ju-
lho passado foi maquiavélico:
Dividir para govemar.
Para a oposição, ficam dois
exemplos e uma lição. No estado
do México _ o principal do país
_ o Partido Revolucionário Ins-
titucional (PRI) ganhou de urna
oposição- dividida. Arturo- Mon-
tiel do PRI ficou com 41%, con-
tra 34% para José Luis Durán do
conservador Partido de Ação Na-
cional (PAN) e 21% para I-Iigínio
Martínez, do Partido da Revolu-
ção Democrática (PRD).
Mais do que ganhar, o PRI
voltou a dominar um estado onde
o PRD havia conseguido um for-
te apoio para seu candidato pre-
sidencial Cuauhtémoc Cãrdenas
e o PAN comanda alguns gover-
nos municipais.
colar. Com três candidatos não cor-
re-se o risco de uma votação aper-
tada e o vencedor pode conseguir.
tuna forte pluralidade. _
A idéia é evitar que um candi-
dato derrotado lidere tuna ruptura
do partido, que, segundo os analis-
tas, significaria uma derrota do PRI.
Ainda é fresca na memória oúltirno
racha no partido, quando o candi-
dato oficial, Carlos Salinas de Gor-
tari, quase foi vencido, em uma
eleição ainda questionada. Em
1987, Cuauhtémoc Cãrdenas dei-
xou o PRI, que rechaçou seu pedido
de uma eleição intema de candida-
to. Concorreu em urna aliança opo-
sicionista e obteve o maior número
de votos já conseguido por um opo-
O outro _lado da moeda ocor-
reu em Nyarit, um estado peque-_
no da costa Pacífica. Lá, a opo-
sição se uniu e uiunfou. O can-
didato da coligação _ PAN,
PRD _ ganhou com 51,7%,
derrotando o candidato :¿-.,,.
do governista PRI.
Esse é um sinal cla-
ro do que deve ser fei-
to, dizem os analistas. 4
Se a decisão do presi- `¬"
dente Emesto Zedillo
de não indicar seu can-
didato no PRI foi um ' `
avançd, a rejeição da Ernesto Zedillo
lei eleitoral que facilitaria as co-
ligações, foi uma manobra que
abre o caminho para o triunfo do
partido do govemo na próxima
eleição presidencial, diz Pablo
Alvarez Icaza, analista da políti-
co da Bursamétrica.
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sitor desde que o PRI assumiu o po-
der há 70_anos.
Entre outros rancores que per-
meiam a eleição do próximo ano
está o de um ex-vencedor_Carlos
Salinas, que vive em auto-exílio na
Irlanda e se diz zangado com Ze-
dillo que prendeu seu imrão mais
velho, Raúl Salinas, que foi julgado
por assassinato.
' Para evitar riscos na prévia priis-
ta foi escolhido um poderoso polí-
tico, Femando Gutiérrez Barrios.
Ex-Ministro.do Govemo e ex-dire-
tor da inteligência política, Gutiér-
rez Barrios “é visto como alguém
suficientemente hostil para Carlos
Salinas de Gortari, alguém que po-
de irnpedir que este interfira”, co-
Á
A vitória da oposição pode de-
pender de turra decisão pessoal,
completa outro analista, Sergio
Aguayo. Para ele está nas mãos
dos dois candidatos opositores
_ Vicente Fox do PAN e Cár-
denas do PRD _ faci-
litar uma candidatura
comum de oposição.
Seria necessário um
deles desistir da candi-
datura para possibilitar
a vitória da oposição.
Uma pesquisa do
jomal Reforma, mostra
uma clara vantagem do
PRI, com 44% da.preferência.
Mas quando a pergunta é a in-
tenção de voto por candidato,
Fox do PAN leva a dianteira,
com 26%, seguido de Labastida
do PRI, com 23% e Cãrdenas,
com 16%. n (L.C.)
4%
menta Castaneda. Gutiérrez Banios
termuitas qualidades. “Ele é
visto como uma espécie de refeme
decente e urna mão firme que pode
controlar o processo quanto às (in-
fluências) das drogas, uma guena
suja (entre candidatos) e aos lirrrites
de gastos de campanha”, afirma o
pesquisador Jorge Castañeda.
O simples ,fato -da prévia priista
abrir a possibilidade de que um ho-
memhão 'favorecido pelo presiden-
te p0S_Sa- Sair candidato pelo partido,
pode criar alguns perigos, garante
Delal Baer, diretor do Projeto Mr*
xico do Centro para Estudos Estra-
tégicos e -Internacionais em
Washington. “O custo de nomear
um candidato aceitável para Zedillo
na tentativa de manter a unidade do
partido, pode ser um compromisso
debilitador com elementos hostis
dentro do PRI”, disse ele à revista
Foreign Affairs. “O espectro da vio-
lência política tornou-se muito
real”, completa Castañeda.
Os pré-candidatos mais fortes _
Labastida e Roberto Madrazo (ex-
govemador de Tabasco) _ já de-
nunciararn o programa econômico
do govemo, causando estranheza
por distanciar-se do neo-liberalismo
implantado pelo partido govemante
desde 1983.
Dada a hegemonia do PRI a par-
tir de 1929, a eleição presidencial
do ano que vem está cheia de sur
presas. Uma delas, é que não se sa-
be de antemão o resultado. Os carr-
didatos virtuais dos dois maiores
partidos da oposição são fortes, e
muitos analistas prevêem tuna dis-
puta acirrada, que pode acabar em
um empate em 30% dos votos.
Quem vencer poderá ter pouca
margem e uma pluralidade débil.
O fato mais temido, no entanto, é
outra crise econômica, como as que
ocorrem a cada transição presiden-
cial desde l976, a chamada maldi-
ção dos seis anos. Nesse ponto, o
enterro do dedazo poderia trazer be-
nefícios não apenas políticos, mas
também econ_õmicos.' “Com o de-
dflzo, fatores de Estado se perdem
ou fatores desucessão chegam a ser
fatores de Estado”, diz Castañeda.
Os custos dessa escolha autocrática
são legendários: desvalorizações
brutais e recessão em 1976, 1982,
1994/95 e uma fraudeeleitoral ain-
da não esclarecida, em 1998.
A moeda (o peso) está no ar. Ve-
remos se sem o dedo do presidente
vão prevalecer as questões de Es-
tado na seleção do mandatário me-
xicano do novo milênio. nr
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