Buscar

2005---Longhin-Thomazi---Intersubjetivizacao-na-linguagem

Prévia do material em texto

Um exemplo de (inter)subjetivização na linguagem: 
a reconstrução histórica de ‘ainda’ 
 
Sanderléia Roberta Longhin-Thomazi1 
 
1Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas – Univ. Estadual Paulista (UNESP) 
thomazi@ell.ibilce.unesp.br 
 
Abstract: This paper aims at showing that the semantic changes suffered by the 
particle ‘ainda’ along time are an example of (inter)subjectification in 
language. In order to do so, this study explores the fact that ‘ainda’ presents a 
variety of uses, which range from time to concession signalization. Then, based 
on old Portuguese sources, some evidences were gathered to show that the 
concession relation, which implies an evaluation game among the participants, 
occurs later. 
 
Keywords: grammaticalization; (inter)subjectification; history, ‘ainda’ 
 
Resumo: Este trabalho procura mostrar que as mudanças semânticas sofridas 
pelo item ‘ainda’, ao longo do tempo, constituem um exemplo de 
(inter)subjetivização na linguagem. Para tanto, exploro o fato de que ‘ainda’ 
apresenta uma variedade de usos, que vão desde a sinalização de tempo até a 
de concessão, para então, com base em fontes do português arcaico, reunir 
evidências de que a relação de concessão, que implica um jogo de avaliações 
entre os participantes, é mais tardia. 
 
Palavras-chave: gramaticalização; (inter)subjetivização; história, ‘ainda’ 
 
 
0. Introdução 
 O objetivo deste trabalho é focalizar particularidades das mudanças semânticas 
que acompanham os processos de gramaticalização (GR, daqui em diante). Seguindo a 
orientação de Traugott e colaboradores (Traugott e König, 1991; Hopper e Traugott, 
1993; Traugott, 1999), entendo que a mudança por GR consiste num processo gradual e 
histórico de pragmatização do significado, que envolve, por um lado, estratégias de 
caráter inferencial, que levam ao aumento de informação pragmática e, por outro, 
estratégias de caráter metafórico, que levam ao aumento de abstração. Por outras 
palavras, Traugott (1999) argumenta que as alterações no significado tendem a seguir 
trajetórias que apontam para formas de subjetivização e de intersubjetivização na 
linguagem. 
 Nesta exposição, defendo que as mudanças semânticas sofridas pela partícula 
ainda, no curso do tempo, constituem um exemplo de (inter)subjetivização na 
linguagem. Para tanto, exploro o fato de que ainda apresenta uma variedade de usos, 
que vão desde a sinalização de tempo até a de concessão, para então mostrar, com base 
em fontes do português arcaico, que a relação de concessão, que implica um jogo de 
avaliações entre os participantes, é mais tardia. 
Estudos Lingüísticos XXXIV, p. 1361-1366, 2005. [ 1361 / 1366 ]
A amostra investigada reúne textos representativos do português arcaico. Do 
século XIII, foram selecionados trechos de: A demanda do Santo Graal (13DSG); Foro 
Real de Afonso X (13FR); Testamento de D. Afonso II (13TDA); Notícias do Torto 
(13NT); Inquirições de Afonso III (13IA); Excertos de Legislação Antiga (13LA). Do 
século XIV, trechos de: Crónica Geral de Espanha (14CGE); Orto do Esposo (14OE); 
Livro das Aves (14LA); Primeyra Partida (14PP); Bíblia Medieval Portuguesa 
(14BMP). Do século XV, trechos de: Crônica dos Feitos de Guiné (15CFG); Livro dos 
Ofícios de Marco Tullio Ciceram (15LO); Crónica D. Fernando (15CDF); Crónica D. 
Pedro I (15CDP); Leal Conselheiro (15LC). 
 
1. As alterações semânticas na gramaticalização 
 Desde o trabalho pioneiro de Meillet (1912), em que a GR foi definida como um 
processo essencialmente unidirecional e histórico, no qual os elementos do léxico 
“migram” eventualmente para a gramática, era amplamente aceita a hipótese da perda 
de traços semânticos, que ficou conhecida como semantic bleaching. Décadas mais 
tarde, vários pesquisadores ainda alimentaram a noção perda. Heine e Reh (1984), por 
exemplo, afirmaram, a partir da análise de um conjunto de línguas africanas, que quanto 
mais uma unidade lingüística sofre gramaticalização, mais ela perde em complexidade 
semântica e valor expressivo. Lehmann (1982), por sua vez, associou gramaticalização à 
perda de integridade do item. 
Contudo, na literatura recente, os gramaticalizadores (Heine et al., 1991; 
Sweetser, 1991; Hopper e Traugott, 1993; Bybee et al., 1994, entre outros) vêm 
abandonando a noção de bleaching, em favor da elaboração de modelos capazes de 
descrever as transformações semânticas que acompanham a GR. Há um certo consenso 
de que tais transformações são conduzidas por dois mecanismos diferentes, mas 
complementares. Um deles é a transferência metafórica, que consiste na projeção, em 
passos discretos, de significados de um domínio cognitivo mais concreto para um 
domínio mais abstrato. Esse mecanismo explica, por exemplo, como um verbo de 
movimento como ir (domínio espacial) passa a funcionar como um marcador de futuro 
(domínio temporal) em perífrases verbais. 
O segundo mecanismo, a reinterpretação contextual, consiste na transição 
gradual e contínua de um significado A para um significado B que está presente no 
contexto, mesmo que implicitamente. O que dispara a reinterpretação contextual são os 
processos de inferenciação: na comunicação, é amplamente admitido que o falante não 
explicita tudo o que quer dizer, por isso constantemente os ouvintes fazem inferências 
para “calcular” a informação não evidente. Ora, esse cálculo se realiza pela mobilização 
conjunta de conhecimento cognitivo mais pistas contextuais. Dessa forma, não rara é a 
situação em que uma palavra ou construção, além do sentido A, permite a inferência de 
um sentido B, dada a contigüidade (metonímia) contextual. Se, com tempo, o sentido B 
se torna parte da palavra/construção, dizemos que houve uma convencionalização de 
inferências: o que antes era apenas inferido passa a ser codificado. Esse mecanismo 
explica, por exemplo, os estágios de sobreposição de significados (A>A/B>B). 
Privilegiando o segundo mecanismo, que é de natureza pragmática, Traugott 
(1982) propõe tendências gerais que explicariam a direção das mudanças semântico-
pragmáticas implicadas na GR. Para tanto, lança mão de um modelo semântico-
Estudos Lingüísticos XXXIV, p. 1361-1366, 2005. [ 1362 / 1366 ]
funcional de linguagem, que recupera a classificação tripartida das funções 
hallidayianas da linguagem. No modelo de Traugott, há um componente 
“proposicional”, que agrega elementos que permitem falar do mundo extralingüístico; 
um componente “textual”, que agrega elementos que permitem elaborar um discurso 
coeso; e um componente “expressivo”, que agrega elementos que exprimem atitudes 
pessoais com relação ao assunto do discurso ou com relação a outros participantes. Com 
base nessa classificação, Traugott sugere que as mudanças de significado nos processos 
de GR tendem a respeitar a hierarquia: PROPOSICIONAL > TEXTUAL > 
EXPRESSIVO. Como exemplo, ela cita o desenvolvimento histórico de while, do 
inglês, em que a expressão nominal/adverbial pa hwile pe evolui para while conectivo 
temporal e, mais tarde, while passa a funcionar como conectivo concessivo, combinando 
os fatores coesão e atitude subjetiva. 
 Em Traugott e König (1991), essa hierarquia recebe uma formulação 
parcialmente diferente. Os autores assumem que a mudança tende a partir de 
significados identificáveis nas situações extralingüísticas, para significados fundados na 
marcação textual, para então significados fundados na atitude ou crença do falante a 
respeito do que é dito. Em seus trabalhos mais recentes, Traugott (1999) entende que 
essas tendências estão inscritas em processos mais globais de subjetivização e 
intersubjetivização. A subjetivização, segundo ela, diz respeito ao processo pelo qual os 
falantes da língua, ao longo do tempo, desenvolvem significados novos para 
construções/lexemas já existentes, com o propósito de codificar ou externalizar 
perspectivas e atitudes baseadas no mundo comunicativo do evento do ato de fala, e não 
em aspectos do evento ou situação referenteao “mundo real”. Já a intersubjetivização, 
por sua vez, diz respeito ao processo pelo qual os significados, com o tempo, passam a 
codificar a atenção do falante com relação às atitudes do ouvinte. Em outras palavras, 
enquanto a subjetivização está centrada no falante, a intersubjetivização está centrada 
principalmente no ouvinte. Há uma correlação estreita entre os dois processos, no 
sentido de que a intersubjetivização não existe sem um grau de subjetivização. 
 
2. A história de ainda: multifuncionalidade no português arcaico 
 A etimologia de ainda é discutível (Bueno, 1968; Vasconcellos, 1959). Entre as 
explicações mais plausíveis está aquela que o considera produto da combinação de 
vocábulos latinos: ad + inde > ainde > ainda, em que inde sinalizava tanto espaço (“de 
lá”, “daquele lugar”) como também tempo (“a partir de”). Nos dados do século XIII, 
identifiquei diferentes usos de ainda, que podem ser reunidos em dois grupos: usos 
temporais e argumentativos. Quanto aos temporais, ainda era empregado para marcar 
tempo continuativo e tempo futuro, conforme, respectivamente, (01) e (02): 
(01) – Porquê? disse el; fez-vos alguũ mal? 
- Mui grande; derribou-me tam bravamente que aynda me dol. (13DSG, p.45) 
(02) Ai donzela, alevosa e traedor, em maau-ponto foi esta promessa outorgada, ca eu 
seerei mais escarnecido que nunca foi cavaleiro; e tu nom gaanharás i rem; ca, se Deus 
quiser, aynda porém morrerás de maa morte. (13DSG, p.27) 
Enquanto marcador de tempo continuativo, o advérbio ainda acrescenta uma 
noção de continuidade ou persistência de um estado, podendo ser parafraseado por “até 
o momento” e “até então”. Desse modo, no exemplo (01), afirmar que “derrubou-me tão 
Estudos Lingüísticos XXXIV, p. 1361-1366, 2005. [ 1363 / 1366 ]
duramente que até agora me dói” implica dizer que a dor começou num tempo passado 
e perdura no presente. Já como indicador de futuro, ainda remete a algum fato que pode 
acontecer num tempo posterior, podendo ser parafraseado por “algum dia”, “em algum 
momento”, como no exemplo (02) acima, em que o locutor expressa o desejo de que “se 
Deus quiser, um dia a donzela terá uma má morte”. 
 Da perspectiva argumentativa, identifiquei três diferentes usos de ainda, que 
denominei inclusivo, intensificador e concessivo. Entendo por “argumentativa” a 
propriedade que certos itens têm de traduzir intenções de um locutor a respeito do que 
quer transmitir para seu(s) interlocutor(es). Como operador de inclusão, conforme 
exemplo (03), ainda funciona como um articulador textual, que soma argumentos 
favoráveis à mesma conclusão. Nesse caso, ainda faz remissão à informação precedente 
e ao mesmo tempo serve de gancho para o acréscimo de informação nova. Aceita 
paráfrase por meio de “também” e “além disso”. 
(03) E mãdo que, quen quer que tênia meu tesouro os meus tesouros a dia de mia morte, 
que os de a departir aquestes dous arcebispos e aquestes cinque bispos, assi como suso é 
nomeado. E mãdo ainda que, se s´asunar todos nõ poderem ou nõ quiserẽ ou descordia 
for outr´aquestes, a que eu mãdo departir aquestas dezimas suso nomeadas... Mãdo 
ainda que a raina e meu filio ou mia filia que no meu logar ouuer a reinar se a mia 
morte ouuer...(13TDA, p.398) 
 Por outro lado, como intensificador, conforme (04), ainda tem a propriedade de 
enfatizar uma idéia expressa por um advérbio ou partícula de natureza adverbial sobre o 
qual incide, tal como em “de que se ajuda ainda mais toda a igreja”. 
(04) ...falla das primiçias e das offerendas de que sse auidã muyto os clerigos, conuẽ 
de dizer em este dos dezemos, que é uma cousa apartada, de que sse aiuda aynda mays 
toda a igreia, ta bẽ os prellados mayores como os outros clerigos...(13LA, p.7) 
 Como operador de concessão, de que (05) é o único exemplo encontrado, ainda 
pode ser parafraseado por “mesmo” e “até mesmo”. A baixa freqüência desse uso pode 
se dever ao fato de que, no português arcaico, a partícula pero (que) era especializada, 
entre outras coisas, em marcar concessão. 
(05) - Senhor cavaleiro, vós estades a pee e eu a cavalo, e aynda com tal andança 
queredes a batalha? (13DSG, p.39) 
 Em (05), a andança do cavaleiro seria condição suficiente para fazê-lo desistir da 
batalha. No entanto, apesar do provável cansaço, o cavaleiro quer a batalha. Dessa 
forma, parece que esse uso de ainda é favorecido pela coexistência de fatos ou situações 
de algum modo incompatíveis, o que faz com que a relação de concessão se realize em 
duas etapas: a princípio o locutor levanta uma objeção (aynda com tal andança), que 
direciona para uma conclusão, mas logo a descarta (queredes a batalha). 
 Já nos dados do século XIV, predominam ocorrências de ainda temporal 
continuativo e operador de inclusão. Há casos em que a inclusão não é neutra, como 
verifiquei no período anterior, mas ainda traz um argumento que é decisivo para a uma 
dada conclusão, criando-se, assim, uma escala, em que os argumentos apresentam maior 
ou menor grau de decisão. Este é o caso do exemplo abaixo, em que ainda pode alternar 
com “além disso”, e também com “ainda por cima” ou “apesar de tudo”, permitindo 
muitas vezes inferência de adversidade. 
Estudos Lingüísticos XXXIV, p. 1361-1366, 2005. [ 1364 / 1366 ]
(06) E disse Jacob a seus filhos: vós me fezestes orfom de filhos, ca Josef he morto, 
Simeon fica alá preso eno Egito, e aynda avedes de levar Benjamym? (14BMP, p.68) 
 Também nesse período encontrei a primeira ocorrência da perífrase concessiva 
ainda que, conforme (07). Trata-se de uma construção em que a partícula que e o modo 
verbal subjuntivo são índices suficientes para garantir a leitura de concessão, mesmo 
que ainda estivesse ausente: “que fôssemos de ferro, deveríamos estar cansados”. 
(07) Senhor, muyto somos maravilhados de nõ seerdes nembrado que somos homeẽs 
de carne e de quanto affam a trabalho avemos levado; ca, ainda que fossemos de ferro, 
bem deveriamos seer canssados. (14CGE, p .338) 
 Esse exemplo pode ser interpretado assim: o fato (irreal) de sermos de ferro 
sugere que nunca estaríamos cansados, porém dado o volume de trabalho, o indivíduo 
afirma que mesmo se a possibilidade fosse real, ela não seria suficiente para impedir o 
cansaço. Sendo assim, o contexto que propicia a emergência da perífrase concessiva é, 
tanto quanto pude avaliar, aquele em que a concomitância ou a simultaneidade de dois 
eventos, fatos ou situações gera algum estranhamento. Ou seja, quando há co-ocorrência 
de coisas incompatíveis, de um determinado ponto de vista. 
 Tradicionalmente as concessivas são explicadas em termos da articulação entre 
uma oração núcleo e uma oração subordinada concessiva. Dessa articulação resulta um 
sentido de contraste, que é produto de uma quebra de expectativa relativa ao conteúdo 
do que está sendo dito ou relativa ao próprio processo comunicativo, que inclui os 
participantes. Tais construções carregam um forte teor argumentativo que se traduz, 
muito simplificadamente, na frustração de uma objeção pressuposta. Como mencionado 
antes, nas concessivas há uma manobra argumentativa que se consolidada em duas 
etapas, a saber, o falante levanta uma objeção que pressupõe ser do ouvinte e/ou da 
opinião pública e então rejeita essa objeção, fazendo prevalecer a informação contida na 
oração núcleo. Em outras palavras, o discurso do outro é incorporado na forma de uma 
objeção que será descartada. Nesse sentido, podemos afirmar que as concessivas têm 
uma natureza fortemente polifônica. 
 Por fim, nos dados do século XV, dois fatos merecem destaque. O primeiro é 
que ainda operador de inclusão introduz o argumento mais fraco, conforme exemplo 
(08), deixando subentendida a existência de uma escala com argumentos mais fortes. 
Tal uso, que pode ser parafraseado por “ao menos”, é típico de contextos de condição. 
(08) (...) em verdade, eu me maravilho que maginaçom foe aquesta que todos filhaaes, 
de hũa cousa de tam pequena certidom, ca se ainda estas cousasque se dizem tevessem 
algũa autoridade, por pouca que fosse, nom vos daria tamanha culpa... (15CFG, p.47). 
 O segundo fato diz respeito à alta freqüência de ainda que, inclusive casos em 
que, diferentemente de (07), ainda é elemento obrigatório para o sentido de concessão: 
(09) E porem, Senhor, ainda que todo o livro seja mal tornado, este derradeiro entendo 
que he peor, em tanto que em alguus logares, ainda que nom forom muitos, eu acerca 
screvia a aventuira, nom entendendo o que no livro dizia (15LO, p.4) 
 
3. Um caso de (inter)subjetivização 
Estudos Lingüísticos XXXIV, p. 1361-1366, 2005. [ 1365 / 1366 ]
 A reconstrução histórica dos usos de ainda corrobora a teoria da mudança 
semântica proposta por Traugott e colaboradores, uma vez que sugere que as mudanças 
experimentadas pelo item seguiram uma pragmatização crescente de significado, em 
que verificamos os empregos de advérbio temporal, articulador textual e conjunção 
concessiva. 
 Em seu uso temporal, provável herança da fonte latina, ainda sinaliza duas 
circunstâncias de tempo: continuidade e futuro. Enquanto operador de inclusão e 
intensificador, ainda ajuda a construir o discurso, estabelecendo relações de sentido, 
ligando partes do texto ou ainda enfatizando porções do conteúdo. Esses dois usos 
argumentativos representam uma etapa de subjetivização, nos termos de Traugott, visto 
que há codificação de expectativas do locutor. Já o terceiro uso argumentativo, aquele 
da perífrase concessiva ainda que, representa uma etapa de intersubjetivização, pois o 
sentido de concessão se sustenta numa relação dialógica, que envolve um jogo de 
avaliações de expectativas entre, no mínimo, dois participantes. 
 
Referências Bibliográficas 
 
BUENO, F. Grande dicionário etimológico-prosódico da Língua Portuguesa. 2.ed. São 
Paulo: Saraiva, 1968. 
BYBEE et. al. The evolution of grammar. Chicago:The University of Chicago Press, 
1994. 
HEINE, B., REH, M. Grammaticalization and reanalisys in African Languages. 
Hamburg: Helmut Buske, 1984. 
HEINE et. al. Grammaticalization: a conceptual framework. Chicago: The University 
of Chicago Press, 1991. 
HOPPER, P., TRAUGOTT, E. Grammaticalization. Cambridge: Cambridge University 
Press, 1993. 
LEHMANN, C. Thoughts on grammaticalization: A programmatic Sketch. Vol.1 Köln: 
Universität zu Köln. Institut für Sprachwissenschaft, 1982. 
MEILLET, A. Linguistique historique et linguistique générale. Paris: Libraire Honoré 
Champion, 1912. 
SWEETSER, E. From Etymology to pragmatics. Cambridge: Cambridge University 
Press, 1991. 
TRAUGOTT, E. “From propositional to textual and expressive meanings: some 
semantic-pragmatic aspects of grammaticalization”. Amsterdam studies in the theory 
and history of linguistic science. Lehmman, C., Malkiel (orgs), 24:245-271, 1982. 
_____ From subjectification to intersubjectification. Paper presented at the Workshop 
on Historial Linguistics, Vancouver, Canadá, 1999. Disponível em: 
http://www.stanford.edu/~traugott/traugott.html. Acesso em: 20/02/2004. 
TRAUGOTT, E., KÖNIG, “The semantic-pragmatics of grammaticalization revisited”. 
TRAUGOTT, E., HEINE, B. (orgs.) Approaches to grammaticalization. Vol. 1. 
John Benjamins Publishing Company, 1991. 
VASCONCELLOS, L. Lições de filologia portuguesa. 3.ed. Rio de Janeiro: Livros de 
Portugal. 
 
Estudos Lingüísticos XXXIV, p. 1361-1366, 2005. [ 1366 / 1366 ]

Continue navegando

Outros materiais