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HERALDO LEPÉRA
VERIFICAÇÃO DA DIMENSÃO LONGITUDINAL
' ' OBTIDA DE IMPLANTES DENTARIOS DE TITANIO,
FIXADOS EM MANDÍBULAS HUMANAS
MACERADAS EDÊNTULAS, COMPARANDO ,.
IMAGENS TOMOGRÁFICAS (PANORÃMJCA,
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CONVENCIONAL E COMPUTADORIZADO) t"~; .. ::~~:'\:J
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Tese apresentado à Faculdade de Odontologia de São José dos
Campos, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos
para a obtenção do titulo de DOUTOR, pelo Programa de Pós-
Graduação em ODONTOLOGIA, Área de Concentração Radiologia
Orientador: Prof. Dr . .Júlio Cezar de Melo Castilho
São José dos Campos
2001
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Apresentação gráfica e normalização de acordo com:
BELINNI, A.B.; SILVA, E.A. Manual para elaboração de
monografias: estrutura do trabalho científico. São José dos Campos:
FOSJCIUNESP, 2000. 8lp.
LEPÉRA, H. Verificação da dimensão longitudinal obtida de
implantes dentários de titânio, fixados em mandíbulas humanas
maceradas edêntulas, comparando imagens tomográficas
(panorâmica, convencional e computadorizado) 2001. l46f. Tese
(Doutorado em Odontologia, Área de Concentração em Radiologia
Odontológica) - Faculdade de Odontologia de São José dos Campos,
Universidade Estadual Paulista. São José dos Campos.
DEDICATÓRIA
• À memória dos meus pais, Pedro e Norma.
• À querida Neusa, minha esposa, pela compreensão, tolerância,
carinho e dedicação;
• Ao Cláudio, Celso e Márcia Adriana, filhos exemplares;
• Ao Lucas e Rafaela, meus queridos netos;
• À Elza, minha irmã.
AGRADECIMENTOS
• À Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - Ul'.'ESP,
em nome da Diretora Professora Doutora Malia Amélia Máximo
de Araújo, pelo incentivo ao ensino e pesquisa.
• Ao Prof. Dr. Júlio Cezar de Melo Castilho, por sua orientação
segura e eficiente, confíando e incentivando o meu projeto de
pesqmsa;
• Ao Prof. Titular Luiz Cesar de Moraes, que sempre demonstrou
sua amizade, contribuindo com sua experiência científica,
acompanhando e sugerindo melhoras na elaboração deste trabalho;
• Ao Prof. Titular Edmundo Mediei Filho, que com sua bondade c
experiência, deram-me tranquilidade para o desenvolvimento deste
trabalho;
• Ao Hélio Giacomo Papaíz, Luíz Fernando Papaiz e Luiz Roberto
da Cunha Capella, que confiaram e apoiaram esta pesquisa;
• Às Professoras Doutoras Mari Eli e Maria Aparecida, pelo
convívio e amizade~
• À Professora Doutora Lucia Teramoto, meus smceros
agradecimentos pela colaboração e sugestões pertinentes que muito
contribuíram para a elaboração desta pesquisa;
• À Professora Sonia Vieira pela eficiente análise estatística
desenvolvida para esta pesquisa;
• Ao Professor Ivan Balduccí, pelo empenho para o tratamento
estatístico mais adequado para esta pesquisa;
• Aos Colegas dos Cursos de Pós-Graduação por suas amizades e
solidariedade;
• À Ange!a Brito Bellíni, bibliotecária da Faculdade de Odontologia
de São José dos Campos, pela orientação e correção das norma;;
técnicas para a redação deste trabalho;
• Às funcionárias da Disciplina de Radiologia e da Se~Tetaria de Pós-
Graduação, pelo auxílio durante o curso;
• A todos aqueles que díreta ou indiretamente colaboraram para que
este trabalho fosse realizado.
• À Maria Eliza de Oliveira, pela colaboração na organização deste
trabalho.
AGRADECIMENTO ÀS EMPRESAS
• À Mitutoyo Sul Americana Ltda, por ter cedido um paquímetro
digital para esta pesquisa, o que tomou possível melhorar a
qualidade das medidas obtidas;
• À Odontec Materiais Odontológicos Ltda, que forneceu os
implantes de titânio, utilizados nesta pesquisa;
• À Papaiz Associados, laboratório de documentação radiológica-
odontológica de São Paulo, pela inestimável contribuição a esta
pesquisa, mostrando o interesse cientifico de seus diretores,
"Não sei ainda que espécie
de Raio é o X. Mas sei que
vai operar milagres"
ROENTGEN
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIAURAS....................................................... 8
LISTA DE FIGURAS.................................................................. 9
RESUMO...................................................................................... li
l INTRODUÇÃO........................................................................ !2
2 RE\-1SÃO DA LITERATUR>\............................................... 15
2.1 Radiografia panorâmica...................................................... 15
2.2 Tomografia convencional..................................................... 25
2.3 Tomografia computadorizada.............................................. 47
3 PROPOSIÇÍ\0......................................................................... 89
4 MATERIAL e MÉTODO........................................................ 90
4.1 Corpo de prova...................................................................... 90
4.2 Procedimentos radiográficos................................................ 91
4.2.1 Técnicas tomográficas......................................................... 92
4.2.1.1 Panorâmica...................................................................... 92
4.2.2 Tomografia convencional................................................... 94
4.2.3 Tomografia computadorizada............................................ 97
4.2.3.1 Realização das medidas das imagens ............................. 101
4.3 Estudos estatísticos ................................................................ 102
5 RESULTADOS........................................................................ 103
6 DISCUSSÃO............................................................................ 108
6.1 Radiografia panorâmica...................................................... 110
6.2 Tomografia convencional.................................................... I 13
6.3 Tomografia computadorizada............................................ 117
7 CONCLUSÃO......................................................................... 125
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................... 126
ANf;xos...................................................................................... 143
ABSTRACT................................................................................... 146
TC
cm
mm
SMV
MPSA
mJ
mGy
3D
2D
m!s
MRS
mAs
TACT
kVp
LISTA DE ABREVIATURAS
Tomografia Computadorízada
centímetro
milímetro
Submento Vertex
Análise da configuração padrão da maxila/mandíbula
milijaule
miliGy
tri-dímencional
bi-dimencional
metro por segundo
Reconstrução multíplanar
milíampére por segundo
Tomografia Computadorizada com Abertura Síncrouízada
Kilovolts
TCIMPR Tomografia Computadorizada corrigida Multiplanar
CT Computer Tomography
TL Tomografia Linear
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Paquimetro digital Mitutoyo,H,"'"''"'"''''"H'''"''"H",,,,,,,",,,,", 90
FIGURA 2- Vista oclusal do guia cirúrgico posicionado na mandíbula e dos
implantes na mesma ................ H ..... " ........... ,................................. 91
FIGURA 3 - Aparelho de ralos X Panoura Yoshida Ortopantomograph, 10
csu." "'" "' <" < < <" "' "' <" '" < ""' <" "'" < < »<" "' »< <<<<""'"<H<"<" < < "" < "" <"" 92
FrGURA 4 - Mandíbula fixada em posição ortogonal com elástico, para a
tomada radiográfica panorâmica ............... '" ....... ,......................... 93
FIGURA 5 _,Resultado radiográfico da panoriimica,"""''"""'""'"'"""H""H""" 93
FIGURA 6- Resultado radiográfico da panorâmica,,"""'''"'""""""'""""""'"'" 94
FIGURA 7 - Aparelho Tomax Computer Controlled Pluredirection
T omography"",,, '" "'"',,,,H H, H<,, H<"'","" H'"'",,,,,",""'","'"" , " 94
FIGURA 8 - Manàibula fixada ao cefalostato com elástico, para tomografia
convencional no aparelho Tomax, (Tomografia
Hipocícloidal), "' "',",'"H,,"',","",,,, H'""",,,"', «H""',""'",, H,,,"'", 95
FIGURA 9 - Mesa digitalizadora, onde é feita a seleção de cortes,em áreas
pré~dcterminadas onde se localizam os implantes,,..................... 95
FIGURA 10-- Resultado radíográ!ico da tomografia convencionaL,,,",,,,",, 96
FIGtJRA 11- Resultado radiográfico da tomografia convencional ................ .
FIGURA 12- Resultado radiográfico da tomografia convencional ................ .
FIGURA 13 -Aparelho de tomografia computadorízada (CT Sytec 3000,
General EJectric Company. Milwaukee, W1sconsin
USA),,,,,,,,,,,,,,, ,, . , , . ,, .. ,, , , ,,, ,,, ,, , ,,, , , , ,, , , , , ,, . , ,,, , ,,,, ,, . ,, ,, . ,,, ,
FIGURA 14 - Mesa de trabalho com paínel de controle, console operador e
n1onitor." . .,., .... , .... ., .............. " ...... , ......... " .......... " ... ., ....... , .. .
FIGURA 15 - Mandibu1a posicionada simulando decúbito dorsal, com a base
perpendicular à mesa e fixadas com fí.tas
adesivas ......... , .... ,..''"., .... '"'"··«· ......................... ,. ................... ..
FIGURA 16 - Imagem axial da mandíbula com planejamento de cortes
obliquo-sagitais«,,,,,,,,,,,,,,,,,,«,,«,«<<<<<<<<<<<«<«'«"'«<<<«<<<<<<<<<<<<<
FIGURA 17- Obtenção do topograma para planejamento dos cortes,,,,,,,,,,,,,
FIGURA 18 -Cortes coronais (03) no sentido vestíbulo-linguaL ............... ,.,.
FIGURA 19- Cortes obliquos sa1:,~tais reformatados da mandibula ................ .
FIGURA 20- Cortes obliquo sagitais reformatados da mandíbula,,.,,,,,,,,,,,,,
96
97
97
98
98
99
100
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FIGURA 21 -Gráfico em colunas, demonstrando os valores excedentes .... «. 104
FIGURA 22- Gráfico representativo do Box Plots .......... "' ................. oo .. ·oo····"' l 06
LEPl<~RA, H. Verificação da dimensão longitudinal obtida de
implantes dentários !le titânio, fiXados em mandíbulas humanas
macera!las edêntulas, comparando imagens tomográficas
(panorâmica, convencional e computadorizado) 200L 146f. Tese
(Doutorado em Odontologia, Área de Concentração em Radiologia
Odontológica) -Faculdade de Odontologia de São José dos Campos,
Universidade Estadual Paulista. São José dos Campos.
RESUMO
Com o advento dos implantes dentários osseolntegrados, a utilização de métodos
de exame por imagens, tem sido extremamente valorizada. É necessário durante o
planejamento dos implantes que as estruturas anatómicas da região eleita, bem
c.omo as suas relações com estruturas vizinhas importantes sejam vizualiz:adas
com clareza, pois durante o ato cirúrgico, há necessidade de grande precisão das
dimensões das estrutums anatômicas examinadas. Alguns métodos de avaliação
por imagens, são apresentados na literatura especializada como métodos simples e
imprecisos e outros com maior predsão, mas complexos, Contudo, não sã.o
demonstrados com clareza o quanto tais métodos apresentam de difere-nças em
relaç,ão as dimensões reais das estruturas ósseas e suas relações ~.~om as estruturas
vizinhas. Neste trabalho realizamos exames em áreas totalmente edêntulas de
cinco mandibulas humanas maceradas, utilizando técnicas tomográficas:
panorâmica, tomografia convencional e computadorizada" As imagens foram
medidas para obtenção da dimensão longitudinal (altura) dos implantes. nas
imagens obtidas por todas as técnicas avaHadas. Os dados obtidos, foram
submetidos à análise estatística, e demonstraram que ocorreu variação, ou seja, na
amostra estudada, o mesmo implante não representou a mesma proporção de
ampliação. em comparação com a dimensão real, para todas as técnicas. Quanto a
precisão da técnica que apresenta imagens que mais se aproximam da dimensão
verdadeira, os resultados apresentaram uma tendência na seguinte ordem:
tomografia computadorizada (CT Sytec 3000), tomografia convencional (Tomax
computer) e a panorâmica (Panowa lO CSU).
PALAVRAS-CHAVE: Implante dentário; radiografia panoramica; tomografia
convencional; tomografia computadorizada e radiografia.
1 INTRODUÇÃO
As pnmeuas instalações de aparelhos de Raios-X,
dL>sde sua memorável descoberta em 8 de novembro de J 895, pelo
graode cientista Wilhelm Comad Roentgen•, foram montados em
úmidos e esquecidos subterrâneos; e os primeiros radíólogos foram
obrigados a trabalhar silenciosamente e com sacrificios, enfrentando
inúmeras dificuldades e obstáculos, Os próprios hospitais demorarao1
para reconhecer a utilidade deste novo meio de diagnóstico e pesquisa
e recusando sempre e invariavelmente toda c qualquer ajuda fmanceira
aos pesquisadores,
Aos poucos porém, a realidade tomou conta das
obtusas mentalidades, e os Raios-X aperfeiçoados pelas técnicas
modernas, ocupam um lugar de destaque em vários setores do saber
humano e seu emprego e cada vez maior como ocorre na Odontologia,
Com a descoberta dos Raios-X surgiu a radiologia,
ciência que estuda o interior do corpo humano por meio de imagens
obtidas através dos mesmos, os quais são capazes de atravessar um
objeto e impriroir a iroagem deste numa película de filme,
Entretanto, a radiologia convencional fbi se tornaodo
liroitada e a evolução da tecnologia foi responsável pelo surgimento
*GAROZZO, F, Wilhelm Conrad Roentgen, São Paulo: Ed, Três, !975. ll9p, (Os
homens que mudaram a humanidade, 2&)
13
de tecnologia inovadora corno: !ornogramas (radiografias em planos e
cortes
Em conseqüência da perda dos dentes ocorrem
reabsorções do osso alveolar, resultando em osso pouco espesso, com
alterações na forma e ângulo do rebordo residual. Para uma avaliação
apropriada da morfologia óssea, bem como da localização das
estruturas anatómicas criticas durante os procedimentos de colocação
de implantes dentais endo-ósseos, é necessário que as imagens obtidas
da região escolhida propiciem ao profissional informações suficientes
para um bom alinhamento protético do implante, reduzindo assim o
desconforto cirúrgico, o número de procedimentos e ónus
desuecessários para o paciente.
O objetivo do planejamento cirúrgico em
implantodontia é permitir o posicionamento, número e tamanho
adequados dos implantes. Isso é conseguido por uma avaliação para
determinar a melhor localização e ângulo de cada implante.
A avaliação do local receptor do implante é feita por
meio de vários tipos de exames, tais como iospeção visual e palpação,
exames radiográficos intra e extra-bucais, e
(panorâroico, convencional e computadorizado ).
tomográficos
Nos exames
radiográficos as desvantagens são devidas aos princípios próprios da
formação das iomgens. Na mandíbula, observações cllnicas e
palpações são exames não invasivos, mas resultam em informações
limitadas sobre a espessura do osso alveolar remanescente e
geralmente nenhuma ioforrnação sobre a altura óssea e estruturas
anatómicas como canal mandibular e forame mentoníano.
!4
As projeções radiográficas e as radiografias
panorâmicas, além das distorções e ampliações, suas imagens são
bidimensionais, e não permitem desse modo uma avaliação da
espessura do rebordo alveolar. As tomografias convencionais
propiciam imagens de um "corte" perpendicular ao arco da maxila e
da mandíbula c são indicadas especialmente quando da fixação de
implantes únicos ou de poucos, em locais bem dellnidos. Para casos
complexos, por exemplo quando múltiplos implantes vão ser
colocados em um rebordo alveolar estreito, mínimo e indetenninado, a
tomograila computadorizada deve ser considerada. O beneficio de
cada um desses métodos facilita a localização das estrutura~
anatómicas vizinhas, altura e largura do rebordo alveolar, bem como,
propicia uma visão global sobre a anatomia mandibular. Contudo, a
literatura pesquisada demonstra que nenhum procedimento
radiográfico isolado produz imagens ideais para todas as etapas, do
planejarnento à fase terapêutica.
O uso de implaotes dentais tem arunentado a ênfase
sobre a avaliação precisa das dimensões da~ estruturas viáveis nos
locais de fixação. O uso de técnicas radiográficas alternativas, tais
como as tomografia~ (panorâmica, tomografia convencionale
tomogralla computadorizada), tem aumentado a ajuda dessa
necessidade para diagnóstico e ínfonnações para planejarnento do
tratamento. Técnicas precisas tem assegurado cada vez mais locais
precisos para llxação sem dano para os espaços anatômícos e
estruturas vitais (Gher & Richardson35, 1995).
2 REVISÃO DA LITERATURA
Durante o levantamento bibliográfico notamos que as
técJúcas tomografica~: panorâmica, tomografia convencional e
tomografria computadorizada (TC) a serem estudadas eram
empregadas em conjunto, Por esta razão, dh~dimos este capítulo em
tópicos conforme as técnicas, bem como os métodos utiliz.ados para a
obtenção e comparação dos resultados obtidos.
2.1 Radiografia panorâmica
É urna técnica radiográfica básica em ímplantologia,
sendo talvez a mrus utilizada para avaliação pré-cirúrgica dos
maxilares. Embora as imagens panorâmicas ofereçam uma visão
muito abrangente dos rebordos ósseos da mandíbula, não são
indicadas para critérios estritos para uma referencia como tmagem
padrão para o planejamento de implantes.
Schiff et al. 76, em 1986, identificaram os erros mais
comuns cometidos em uma amostragem de radiografias panorâmicas,
comparando a freqUência de erros conhecidos nestas radiografias com
a freqUências de erros encontrados em radiografias feita~ por um
técnico em Raios-X em treinamento. Ocorreram erros de
posicionamento, com rnats freqUência que erros técnicos. A
porcentagem de erros foi menor nas radiografias feitas pelos técnicos
16
do que nas radiografias de teste. As radiografias panorâmicas
apresentam inúmeras vantagens, mas também algmnas desvantagens.
Dão ênfase à importância do treinamento no uso do equipamento de
radiografia panorâmica e um regimento de segurança de qualidade,
incluindo a correção de erros.
Tal & Moses85, em 1991, compararam a fidelidade de
exames radiográficos panorân!Ícos e de tomografia compotadorizada
(TC), na avaliação da dimensão da mandíbula em locais receptores de
implantes, medindo a distância entre crista óssea edêntnla e a borda
superior do canal mandibular, num gmpo de dez pacientes. A
distorção foi calculada empregando a técnica <L~ esfera metálica para
as radiografias panorâmicas e a escala do computador para as
tomogratia computadorizada (TC). A distância precisa entre a crista
óssea e o canal mandibular foi determinada nas radiografias pós-
operatórias, comparando com os comprimentos conhecidos dos
implantes. Concluíram que embora as tomografia computadorizada
(TC) sejam mais precisas, a radiografia panorâmica é suficientemente
precisa para o planejamento de implantes, e que as tomografias
computadorizadas apresentam uma vantagem adicional no
planejamento pré-cirúrgico, uma vez que revelam as dimensões
horizontais e a conllgoração da mandíbula, a topografia e a
localização vestíbulo-lingual do canal mandibular.
Kassebaum et al4 ', 1992 a radiografia panorâmica
fomece uma visão geral da mandíbula e demonstra a localização de
estmtnras anatômicas como seios maxilares, cavidades nasais, canal
mandibular e forame mentoniano. Quando um paciente é posicionado
!7
para uma radiografia paaorâmica, os arcos dentários devem estar
posicionados para tal, numa zona tridimensioau! especifica de nitidez
chamada de camada de imagem ou depressão focal, onde as
ampliações horizontal e vertical dos objetos, sejam iguais. As
estruturas anatômicas que são colocadas fora desta camada de imagem
serão ampliadas desigualmente. Um potencial existe taato para uma
super avaliação como para uma sub-avaliação das distâncias medidas
de locais aaatômicos posicionados fora da zona de foco. Pelo menos
um fabrícaate de equipamento paaorâmico comercializa um apurelho
completo com um programa (Siemens Orthophos, Siemens Product
Division, Charlotte, NC}, que produz ampliações constaates por toda a
imagem para uso durante a avaliação do local do implante. As
medições verticais podem se tomar altamente precisas com tais
programas, mas a imagem panorâmica não consegue a demonstração
da largura bucolingual do local do implante.
Williaas et ai. 97, em 1992, citaram como desvantagens
a magnificação irregular e a falta de imagens defmidas associadas com
a radiografia panorâmica, uma vez que precisão é necessária na
fixação de ímplaates dentais. Imagens bidimensionais de estruturas
tridimensionais se somaram às suas limitações. A superposição de
ontras estmturas taarbém foi levada em consideração. Segundo os
autores a radiografia paaorâmíca oferece apenas uma estimativa
aproximada, baseada na altura óssea, para saber se o osso disponível é
adequado para frxação de um implante, não sendo, portanto,
recomendada para avaliação pré-cirúrgica do volume ússeo necessário
da mandíbula e maxila.
!8
Chilvarquer15, 1993, avaliando os avanços técnicos da
radiologia informa que o método mais simples e efetivo para
avaliarmos todo o complexo maxilo-mand.ibular é a técnica
panorâmica. Sua aceitação é cada vez maior. Existe run falso conceito
de que essa técnica seja pobre em detalbes. Quase todos os sistemas
pantomográficos se baseiam nruna fonna modificada de tomografia
cuja camada de imagem, é desenvolvida em conformidade com o
formato dos arcos dentários. Somente os objetos aí localizados serão
delineados com o máximo de detalhes e com miníma distorção.
Algumas distorções ocorrem quando o operador não posiCIOna
corretamente o paciente no aparelho. O radiologista experimentado
poderá compensar o posicionamento para obter boas radiografias de
maxila e mandíbula separadamente. Esta técnica possui fatores de
ampliação previsíveis. Por isso, há possibilidades de se obter
mensurações lineares verticais confiáveis em radiografias panorâmicas
de bom padrão. A técnica é ftmdamental para a avaliação pré e pós-
operatório de implantes osseointegrados. Conhecendo-se o valor da
ampliação do aparelho e os reparos anatómicos observados,
conseguimos determinar a altura dos rebordos remanescentes em
relação a pontos topográficos importantes como o foramc mentoniano,
canal mandibular e incisivo.
Truhlar et al. 89, 1993, em uma revisão do uso das
radiografias panorâmicas no seguimento radiográfico pós-operatório
de implantes dentários, afirmam ser este, um dos mais importantes
parâmetros clínicos qne o profissional dentista pode ter acesso.
Recentes progressos no projeto dos aparelbos d.e radiografias
19
panorâmicas tem aumentado seu potencial de uso na avaliação clínica
longitudinal dos ín1plantes dentários. Alterações nos projetos mais
antigos permitem projeção geométrica que mais rigorosan1ente se
aproxime da forma da mandíbula humana. Nos fundamentos da
radiografia panorâmica são incluídos erros comuns no posicionamento
do paciente, seus efeitos sobre as imagens radiográficas e como
corrigi-los. Comparação das vantagens e desvantagens dos filmes
intra- orais, periapicais e interproximais com radiograilas panorâmicas
são discutidas, focalizando especifican1ente sobre o aumento da
exposição à radiação, propriedades para detectar perda óssea e
defeitos e problemas inerentes a ambos os sistemas, concluindo que
em filmes panorãmicos, ampliação na dimensão horizontal é mais
variável do qne na vertical. Medidas horizontais em filmes
panorâmicos sân mais incertas do que as verticais. O grau de
an1pliação não é unifonne na mesma radiografia panorânlica
pesquisada. Qualquer objeto em uma prqjeção panorâmica que fique
fora da can1ada focal, aparecerá manchado. Se ele aparece
simultaneamente menor, está posicionado mais próximo da fonte de
Raio-X do que deveria estnr. A maioria dos aparelhos de radiografias
panorâmicas disponíveis comercialmente, têm a fenda focal estreita na
região anterior tomando o posicionan1ento ântero-posterior do
paciente dificil. Limitações no aspecto íntra-oral em tomo dos
Íillplantes, por cansa de configurações anatómicas. Umaaltemativa
sugerida, seria usar um filme panorâmico bem posicionado (exposição
de radiação equivalente a aproximadamente dois filmes periapicais) e
20
completar o exame com filme intra-oral, se forem desejados detalhes
adicionais ou ângulos diferentes.
DelBalso et all9 1994, informaram que implantes
dentários osseo-integrados é uma técnica aceita para substituição dos
dentes permanentes ausentes. Diagnóstico por imagem tem importante
papel na avaliação de pacientes com tal necessidade. Estas imagens
incluem radiografias panorâmica, tomogratla convencional e
tomografia computadorizada. A radiografia panorâmica é a térníca de
exame mais rotineira usada no pré-operatório, nos pacientes
candidatos à ctrurgm implantológica. Entretanto, a radiografia
panorâmica realizada com aparelhos tradicionais, apresentam
significativas limitações: magnificação inconstante, distorção de
imagem e a in1possibilidade de gerar imagens em cortes transversais.
Reddy et a L 71 , em 1994, observaram a natoreza
invasiva dos procedimentos de implante oral e a morbidade potencial.
associada às falhas no plano de tratamento planejado. Um
procedimento de diagnóstico mais preciso deve ser usado para
planejamento do tratamento com implante quando indicado.
Localização precisa do canal mandibular, seio maxilar e cavidade
nasal, bem como a altura, espessura e angulação do osso é um pré-
requisito para um correto planejamento para implantes. O valor de
qualquer diagnóstico para planejamento do tratamento, depende da
validade da informação que pode ser derivada dele. A imagem
radiográfica que é rotineiramente utilizada no planejamento do
tratamento com implante dental, é limitada por sua magnificação
(aumento) e distorção, características associadas a ausência de nitidez
21
da imagem panorâmica. Além disso a radiografia panorâmica é uma
imagem bidimensional, não propiciando infonnação sobre a espessura
vestíbulo-lingual dos arcos ósseos mandibnlares e maxílares.
Silversteio et al. 82, 1994, infatizaram o importante
papel da radiografia na implantologia ósseo-integrada, visto que a
anatomia individual é bastante variável, sendo imperativo ao cirurgião
dentista ter uma clara visão do local onde será realizada a cirurgia para
tixação do implante. A radiografia panorâmica é a mais comumente
utilizada no p!anejamento pré-operatório, dando uma adequada visão
da maxila e mandíbula, densidade óssea, formato dos arcos ósseos,
dentes, seios maxilares, fossas nasais, canal mandibular, forame
mentoniano, assimetrias e lesões ósseas. A radiografia panorâmica
amplia e distorce as imagens da maxila e da mandíbula. Esta distorção
pode ser importante na hora da escolha da posição e tamanho do
implante. Além disso, esta técnica apresenta apenas nma visão
bidimensional não fornecendo a espessura vestibulo-lingual. Os
autores recomendam uma tomografia, onde por meio de cortes ou
fatias, é conseguida uma visão da terceira dimensão do objeto.
De acordo com Gher & Richardson", em 1995, a
radiografia panorâmica fornece as vantagens de um amplo campo e a
possibilidade de correlacionar a localização e o tamanho de
iotportantes estruturas anatómicas. Entretanto, a falta de imagens
detalhadas e as distorções que podem ocorrer, caso o paciente seja
inapropriadamente posicionado, podem levar a iotprecisões nas
interpretações e medidas. Os problemas relacionados à distorção ou a
discrepância de ampliação nas radiografias panorânlicas podem ser,
22
em parte resolvidas pelo uso de esferas metálicas contidas dentro de
um guia em resina acrílica incolor que é utilizado pelo paciente no
momento da tomada radiográfica. As esferas de referência podem
também fornecer infom1ações valiosas quanto a qualidade da
radiografia. Imagens borradas ou indistintas podem indicar
movimento excessivo durante a exposição. Distorção pronunciada em
uma dinlensão pode indicar problemas com o feixe de Raios-X ou
augulação do filme radiográfico.
Molander et al63 , 1995, analisaram a magnificação nas
radiografias panorãmicas, e quanto a qualidade das inlagens nas
recentes técnicas desenvolvidas e pesquisando as diferenças entre os
diferentes aparelhos radiográficos, compararan1 se1s unidades
panorâmicas convencionais e dois programas panorâmicos (dental e
maxilares) da Scanora (Soredex, Orion Corporation Lida, Helsinki,
Fin/and). Foram comparados pela avaliação das radiografias por
qualidade subjetiva da imagem e estimativa do número de radiografias
intra-orais adicionais necessárias para uma avaliação compreensiva
das condições do osso periapical e periodontal. Pacientes com idades
entre quarenta e sessenta anos com dentes nos quatro quadrantes
foram selecionados e radiografados com cada aparelho e programa. Os
resultados indicaran1 que o programa pauorãmico dental Scanora,
propiciou a melhor qualidade de inlagem.
Para Rnbín & Rubin75, 1996, as radiografia~
panorãmicas são básicas em implantodontia. Oferecem uma visão
completa da região anatómica a ser inlplantada, mesmo que só em
duas dimensões. Nela podemos observar a quantidade e a qualidade
23
óssea do receptor, a localização de estruturas nobres (canal
mandibular, forame mentoniano, etc) e a presença de patologias. Em
todas as radiografias panorâmicas, em maior ou menor grau, existe um
fator de magnificação em tomo de 25%. Para evitar este
inconveniente, esferas metálicas de diâmetro conhecido são fixadas
em guias cirúrgicos de resina. Desse modo ao examinarmos a
radiografia, mediante uma simples regra de três podemos determinar o
comprimento real do osso.
Gusmão 40 em 1998 relatou que a radiografia
panorâmica, tem exercido, ao longo dos anos, papel relevante como
exame complementar nas avaliações do complexo maxilofacial, tanto
na interpretação radiográfica de patologias, quanto no pré e pós-
operatório de cirurgias. Assim como em todo exame radiográfico,
também na panorâmica, alguns princípios básicos devem ser
respeitados, permitindo, assim, uma boa interpretação radiogrúfica. A
não observação desses princípios leva a alterações no resultado final
da imagem radiográfica, sendo algumas facilmente identificáveis, tais
como falhas no processamento radiográfico, no regime de trabalho do
aparelho (kilovoltagem e/ou miliamperagem) etc. Por outro lado,
falhas no posicionamento do paciente levam a distorções nem sempre
identificadas pelo profissional. O fator mais importante que afeta a
nitidez e fidelidade das imagens é o correto posicionamento dos
maxilares em relação ao plano de corte do aparelho (secção de corte).
Essas falhas de posicionamento podem se apresentar no sentido
horizontal ou vertical, levando a imagens distorcidas características de
cada situação, tais como:
24
a) erros no posicionamento vertical:
- erro na centraliza1'ão da cabeça em relação à secção
de corte,
- posicionamento anterior em relação à secção de corte,
- posicionamento posterior em relação à secção de
corte;
b) erros no posicionamento horizontal:
- cabeça inclinada para cima em relação à posição
~·standard~
- cabeça inclinada para baixo em relação à posição
"standard' a imagem do osso hióíde se sobrepõe à
região anterior da mandíbula e evidencia-se o
borramento da imagem apical dos incisivos inferiores,
Gomez-Roman et ut 37, 1999, estudaram o
comportamento da~ relações de ampliação vertical e horizontal na
tomografia panorâmica em vàrias regiões de implantes da maxila e da
mandíbula, Um método é apresentado que admite cálculo das relações
de an1pliações regionais assim como em função da região do implante,
Caracteristicas claramente definidas do corpo do implante (hnplantes
Frialit-2) são usadas como pontos de referência. A relação de
ampliação vertical variou eutre 1.21 e 1.29 nos tomógrafos ortbograde
bem adaptados, dependendo da àrea medida. A relação de ampliação
horizontal no fmal coronaldo implante variou entre 1.15 e 1.35, Como
este esta abaixo do valor vertical na área lateral do dente, isto
contribui para a distorção das estmturas do implante demonstradas no
tomógrafo panorâmico, Baseado nesse cenàrio de estudo, a tomografia
25
panorâmica pode ser bem utilizada para diagnóstico pré-implantar,
particularmente na dimensão verticaL Com respeito a molde
transparentes para colocação do implante, propõe-se uma ampliação
de l .3 na linha perpendicular e 1.35 na linha horizontal.
Kaeppler e! al. 45, 2000, fizeram uma avaliação clínica
de alguns fatores que afetam a qualidade da imagem na radiografia
panorâmica, usando dois aparelhos diferentes em uso clínico. Três
observadores avaliaram III pares de radiografias panorâmicas
realizadas com o Scanora (Soredex, Orion Corporation, Helsinki,
Fin/and) programa 00 I, e o Orthophos Plns (Sinora, Bensheim,
Germany), programa Pl respectivamente, para visualização de sete
estruturas anatômícas cm cada lado, sobre uma escala de cinco pontos,
onde l = muito bom. Os valores médios foram computados e a análise
descritiva realizada, Os valores médios obtidos com os dois aparelhos
Scanora e Orthophos foram iguais.
2.2 Tomografia convencional
Segundo Eekerdal & Kvint20, 1986, o planejamento
para fixação de implantes osseointegrados nos maxilares, deve ser
orientado pelo aspecto clinico e a melhor visualização dos mesmos,
através de técnicas radiográficas convencionais complementadas com
tomogratias. Então, sobre om modelo, deve ser confeccionado um
guia radíográtíco, colocando esferas metálicas nas regiões pré-
determinadas, O paciente é então radiografado com projeção
ortoradial às esferas metálicas. Os autores afirmaram que após a
26
correção da ampliação é possível calcular as médias e ângulos do
osso.
Segundo Klinge et al.50, 1989, vários métodos
radiográficos tem sido utilizados para determinar a localização exala
do canal mandibular. As radiografias bidimensionais permitem um
diagnóstico limitado na localização do mesmo. Os autores
selecionaram duas mandíbulas maceradas parcialmente edêntulas e
duas completamente edêntulas. Colocaram esferas metálicas na região
posterior das mandíbulas, e as radiografaram com três técnicas:
periapical (paralelismo); panorâmica (Orthopantpmogralh OP5) com
ampliação de 30% e cortes de 3.3mm; tomografia computadorizada
(TC) (Philips Tomoscan Cx) com cortes diretos em norma coronal de
2rmn de espessura perpendicular a borda inferior da m:mdíbula< Todas
as imagens computadorizadas foram consideradas satisfatórias, 94%
das medidas variavam em ±!mm da medida real, 70% das medidas
foram exatas, 5% das medidas foram subestimadas c 25% das medidas
superestimadas. Para a tomografia convencional 39% das medidas
variaram em ±!mm, 10% das medidas foram exalas, 40% das medidas
foram subestimadas, 15% das medidas superestimadas e 30% dos
canais não puderam ser localizados. Para a panorâmica !7% das
medidas variaram em ±lmm, 20% das medidas foram exalas, 30% das
medidas foram subestimadas, 20% das medidas superestimadas e 25%
dos canais não puderam ser localizados.
Em 1989, Líndh & Petersson56, compararam as
radiografias panorâmicas com a tomografia convencional, na
visualização do canal maodibular. Examinaram 15 pacientes indicados
27
que apresentavam os quadrantes posteriores da mandíbula edêntulos,
com as técnicas radiográficas acima citadas. As imagens obtidas,
foram interpretadas isoladamente por dois radiologistas
dentomaxilofaciais. Os julgamentos toram então comparados e, nos
casos de não concordãncia, as radiografias foram reexaminadas para
uma decisão conjunta. Nas imagens obtidas, o canal mandibular foi
bem interpretado na altura do forame mentoniano, bem como a !cm e
a 2cm para posterior a este. A distinção do canal foi graduada de O a 2
(O= não identificação do canal mandibular; !=canal mandibular
visível, mas com bordas difusas; 2=caoal mandibular visto
claramente). As concordãncias entre os observadores !oram calculadas
pela comparação dos dados de cada observador. As diferenças
estatísticas entre as classificações para cada método radiográfico
foran1 consideradas: P<0,05, P<O,OI e P,O,OIJI. Os resultados
mostraram que o caoal mandibular não pode ser identificado em 17%
das regiões , nas tomografias e em 35% das panorâmicas. Os autores
concluíram que a técnica tomográfica pode ser de grande valor na
localização do canal mandibular, na avaliação pré-operatória para a
fixação de implantes, no segmento posterior da mand!bula.
Petrikowski et al66, 1989, afirmaram serem os
implantes dentãrios, nma terapêutica utilizada na reabilitação oral de
arcos mandibulares e maxilares parcial ou totalmente edêntulos. De
acordo com o tipo de sistema de ímplaote endo-ósseo usado, a
avaliação pré-operatória poderá incluir radiografias: panorâmicas,
lateral cefalométrica, periapicais e em alguns pacientes tomografias e
oclusais. Devido ao alinhamento irregular das paredes extemas da
28
maxila e da mandíbula, as radiografias bidimensionais não propiciam
informações precisas na mandíbula da fossa submandibular e
sublingual, tubérculo geni e estruturas internas como canal mandibular
e forame mentoniano. Na maxila é necessária uma avaliação de toda
aoatomia incluindo seios maxilares, fossas nasais, forame e caoal
incisivo. Os autores utilizaram oito mandíbulas total ou parcialmente
edêntulas, nas qua1s foram colocados gmas radiográficos
confeccionados em resina, com esferas metálicas de 2mm de diâmetro,
fixadas aos mesmos. Os pacientes foram radiografados com o
aparelho Philips Polytome. A posição do paciente foi determinada
utilizando uma haste plástica posicionada justaposta e perpendicular
ao guia. Foram feitas medidas da espessura c da altura corrigindo a
ampliação. As mandíbulas foram então seccionadas nos locais
radiografados. As medidas foram comparadas e analisadas. As
medidas da altura nas radiografias, em sua maioria foram maiores que
as medidas reais, em média O, 49mm. Quase a totalidade dos
resultados obtidos (95%) apresentou diferenças entre 0,25 e O, 73mm.
As medidas da largura foram em média menores que as reais,
apresentando diferenças médias de 0,35mm, e em 95% dos resultados
apresentaram diferenças entre 0,20 e 0,50mm. Concluíram que o
método radiográfico mostrou-se eficaz, pois tanto as medídas verticais
quanto as horizontais apresentaram diferenças menores que lmm.
Kassebaum et al.49, 1990, avaliaram áreas receptoras de
implantes, por imagens tomográficas, obtidas de vinte pacientes
parcialmente edêntulos em condições normais de saúde, utilizando o
aparelho Denar Quint. Confeccionaram guias radiográficos, de
29
acrílico, com pinos metálicos nos locais dos futuros implantes. Para
obtenção de cortes transversais da região de esl:udo, os pacientes
foram posicionados tomando-se por base os cálculos da radiografia
submentovértex ou visualmente, apoiando moa espái:!!Ia abaixadora de
lingua na base da mandibu!a, para que esta ficasse perpendicular ao
filme. A posição correta de corte foi determinada visualmente através
de um feixe de luz de fibra óptica. Foram também realizadas
radiografias panorâmicas dos pacientes. Dos pacientes radiografados,
somente 16 foram considerados em condições para o experimento, dos
quais, seis foram considerados ideais para o planejameuto de
implantes. A técnica tomográfica se mostrou ideal para nm implante
único ou para a avaliação de nm quadrante. Devido à nma colimação
bastante eficiente, a dose de radiação recebida pelos pacientes foi
muito pequena. Esta técnica também demonstrou algumas
desvantagens: o tempo gasto foi muito grande, múltiplos cortes
necessitaram vários cálculos para o ângulo sugerido para o cefaloslato,
e estimaram que o fator de arnpliação do aparelho seja de 6 a 10% e
que em alguns locais da mandíbula as imagensobtidas apresentaram
dificuldade na localização com precisão da posição correta do canal
mandibular. O mesmo ocorreu na maxila com relação aos seios
maxilares e cavidades nasais.
Stella & Tharanon84, 1990, utilizaram um tomógrafo de
movimento hípocícloidal para tentar localizar o canal mandibular em
áreas edêntulas da região posterior de oito mandíbnlas maceradas
parcialmente edêntnlas. Foram escolbidas as áreas correspondentes a
1, 2, 3 e 4cm posteriores ao forame mentoniano, no lado direito das
30
mandíbulas. Nestas regiões foram colocadas esferas metálicas como
guia e radiogratàdas, posicionando a base das mandíbulas paralelas ao
solo. As imagens das radiografias foram traçadas e medidas as
distâncias do topo da crista óssea alveolar ao centro do canal
mandibular e deste à cortical bucal; estas foran1 comparadas com as
medidas reais da mandíbula. Concluíran1 que nas regiões a l e 2cm do
foran1e, o canal mandibular encontrava-se localizado Iingualmente. À
3cm do íbrame, o canal mandibular se encontra predominantemente
na lingual com alguma variação. À 4cm atrás do forame ocorreu
variação da sua localização. Concluíram também que comparando as
medidas das tomografia com as medidas reais ósseas, ocorreu erro de
35%.
Grõndahl et aL3', 1991, concluíran1 ser necessário
localizar o canal mandibular quando implantes vão ser colocados na
região posterior da mandíbula. A radiografia panorâmica pode estimar
a medida vertical, porém não consegne seguramente avaliar a
distãncía vestíbulo-linguaL A representação do rebordo alveolar
depende da extensão vestíbulo-lingual, do ângulo e da curvatura do
arco, além de ser ínt1uenciada pelo ângulo da projeção radiográfica. A
distãncia da crista alveolar ao canal mandibular é sempre distorcida.
Por estas razões as radiografias panorãnlicas e periapicais são
limitadas e devem ser complementadas com a tomografia seccional. A
aplicação da tomografia computadorizada (TC) em pacientes
parcialmente edêntulos é int1uenciada pela degradação da imagem
promovida pelos artefatos resultantes de restaurações metálicas.
Nestes casos a tomografia convencional é preferida Os autores
31
avaliaram quarenta pacientes na região posterior de mandíbula,
utilizando um aparelho hípocicloidal com distância foco-filme de
l50cm e o paciente posicionado num cefalostato, com o canal
mandibular paralelo ao solo e a região de interesse paralela ao filme.
A ampliação foi corrigida e as radiografias forau1 avaliadas por seis
especialista~. O estudo mostrou diferença significativa entre os
traçados dos observadores e que as diferenças entre os traçados podem
resultar em diferenças clínicas significantes.
Segundo Poon et al67, 1992, a tomografia
convencional é wn dos melhores métodos para plauejamento de
implantes. As imagens tomográficas devem ser obtidas com um
ângulo perpendicular ao loogo eixo dos alvéolos correspondentes aos
imphmtes propostos. Isto é essencial para avaliar o perfil real da
cortical, as dimensões do osso, e a localização de estruturas antômicas
na região de interesse para o implante. Para se obter boas imagens
radiográlicas de uma tomogra!ia, é necessário uma perfeita relação
entre o ângulo horizontal da cabeça do paciente e a profundidade do
corte. Os autores recomendam uma radiografia infero-superior (SMV)
sub-mento-vertical com o paciente utilizando goias radiográficos, para
se determinar posição e ângolo dos cortes tomográficos. Os autores
descrevem uma nova técnica utilizando o aparelho Quint Sectograph
(Denar) acoplado a um cefalostato, e corte com espessura de 2,0mm.
Segondo os autores, as relações obtidas através da análise da
radiografia SMV, não fornece a profundidade do corte. Então,
utilizaram guias radiográficos de acrílico com esferas de metal
acoplados a modelos de gesso. Os cortes foram enlão orientados nos
32
modelos de gesso e depois os pacientes foram posicionados no
cefalostato para a tomada radiográfica. Os autores afirmaram que esta
técnica elimina a necessidade da tomada radiográfica SMV, o trabalho
de traçar a radiografia e raramente é necessátia uma repetição do
exame.
Ekestubbe & Grondahl25, 1993, avaliaram a precisão
das medidas feitas em tomogratía espiral da mandíbula em pacientes
examinados com a técnica Scanora. Seis observadores mediram a
distância entre o rebordo alveolar edêntulo e o canal mandibular em
imagens de tomografias convencionais, tomadas de quarenta pacientes
sucessivos antes de cirurgias de implantes. Em uma imagem escolhida
ao acaso de cada pacientes, os observadores marcaram os pontos
medidos nas duas localizações, As medidas se repetiram dois meses
mais tarde. Três dos observadores, todos radiologistas, excluíram um
total de I I séries de imagens consideradas para repetição, Análise de
discrepância mostrou um desvio padrão médio entre observadores de
L67mm. Este desvio deveu-se principalmente às variações próprias
dos observadores, L07mm. A variação entre áreas circtmscritas foi
sigoificantemente maior no rebordo alveolar. Os intervalos de
confiança mostraram qne a precisão melhorava com múltiplas leituras,
tanto realizadas independentemente por um observador ou
separadamente, por vários. As variações individuais de cada
observador ou entre observadores diminuiu para L42nnn e 0,86mm
respectivamente, sem as imagens de qualidade inferior. Comparado
com um estado semelhante baseado em imagens do observador, foram
influenciadas positivamente por uma qualidade melborada de imagem.
33
O exame radiográfico pré-cirúrgico feito com imagens panorâmicas e
intra-orais é complementado então com tomografias para que se possa
planejar a colocação de implantes de comprimento ideal e também
comparar a avaliação radiográfica pré-operatória com os resultados
cirúrgicos.
Fredbolm et al. 33, 1993, relataram que quando o
planejamento de implante é baseado somente nas imagens da
radiografia panorâmica, somente a altura do osso alveolar pode ser
avaliada. A tomografia permite medir não só a altura, mas também o
volume c a inclinação do rebordo alveolar. Foram examinados dois
pacientes edêntulos e potencialmente aptos a receber implantes na
maxila, com radiografias panorâmicas e tomografias convencionais.
Nas imagens obtidas, uma radiografia panorâmica apresentava na
região anterior l5nun de altura, porém as imagens tomográficas
mostraram uma espessura de apenas 3mm, contra-indicando a
colocação do implante. Os autores recomendam a tomografia
convencional para áreas de um ou dois implantes e em casos de
exames de todo o arco a tomografia computadorizada (TC),
Kassebaum & McDowell47, 1993, revisaram os
princípios básicos da tomografia convencional e suas aplicações na
clínica odontológica. Em radiografias de filme plano, todas as
estruturas anatómicas do paciente são sobrepostos na imagem
radiográfica. Na década de 1920, foram descritos os princípios das
secções radiográficas do corpo humano, diversas técnicas
radiográficas foram desenvolvidas com o propósito de demonstrar
individualmente área~ distintas das estruturas anatômica~. Por mnitos,r;-·;:,<;::;~
r<,·"' ~. -,
l ,' '\. '
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~,: t-1''**"' ~\ v y,
'"""~' 4~ , v
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\\,. ,",!
''\., ""' ,~_,;?'
' "'~· '""'à*""p' """""-"""
34
anos, termos tais como, secção radiográfica do corpo, estatigrafia,
radiografia mul!iseccional, laminografia, tomografia e planigrafia,
foram empregados para descrever esta variedade de métodos. Em
1962, a Comissão sobre Unidades e Medidas adotou o tenno
tomografia para designar todos os tipos de técnicas de secções
radiográficas do corpo. Concluíram que uma das importantes
indicações da tomografia convencional era sua indicação para exame
pré-cirúrgico no planejamento do local para fixação de implantes
dentários, visto que os mesmos demonstram característica~ individuaisdesses locais, tais como a proximidade de estruturas anatómicas
internas, altura óssea disponível e espessura, permitindo a seleção
apropriada do implante e características do rebordo.
Em 1993, Weingart & Düker96, relataram a dificuldade
de posicionan1ento do paciente para a realização de cmtes seccionais,
com tomografia convencional, exatamente perpendicular ao longo
etxo do arco dos maxilares. Procurando solucionar este problema,
confeccionaram guias radiográficos em acrílico, sobre modelos de
gesso dos pacientes. Nesses guias acrílicos, foram introduzidos pinos
metálicos com 3nun de diâmetro. Hastes plásticas foran1 coladas na
vestibular do guia, em cada local a ser radiografado, com a função de
auxiliar na orientação da perpendicularidade do arco dentário. Foram
realizada~ radiografias panorâmicas com os guias metálicos para
confirmar os locais selecionados. Em seguida, foram realizadas
tomografias e a partir das imagens obtidas, foram medidas a altura e a
largura óssea. O próprio guia foi utilizado na fase cinlrgica do
implante.
35
Chen & Hollenderll 1994, afirmaram que a tomografia
produz dois tipos de informações: a) infom1ações dentro da camada de
imagem que produzem as imagens relativamente mais nítidas e são de
alta freqüência; b) as infonnações localizadas fora da camada de
imagem que são borradas e demonstram uma baixa fi"eqilêncía. As
informações dentro da camada de imagem são consideradas sinais e as
informações fora da camada de imagem são consideradas ruídos. Na
tomografia linear alg1ms detalhes de sinais podem ser mascarados pelo
barramento dos ruídos. Nestes aparelhos, a fonte de radiação e o
cassete são conectados por um anel circular que pode girar. Este
movimento em sentidos opostos é linear e com velocidade angular
constante. Quando o anel cobre um grande ãngulo e com uma
velocidade lenta de rotação, a camada de ínlagem fica mais próxima
ao centro de rotação formando cortes finos e quando o movimento do
anel cobre um ãngulo pequeno e o iilme se movimenta rapidamente, a
camada de imagem forma-se longe do centro de rotação, formando
cortes espessos, A espessura da camada de imagem é inversamente
proporcional à amplitude de trajetória do tubo. Os autores utilizaram
no experínlento o aparelho Siemns Orthophos que produz imagens
com 13.3, 16.3 e l&.lmm de espessura. Segundo os autores devido ao
pequeno ângulo de corte, as estruturas fora da camada de imagem
sofrem um pequeno barramento e devido a grande quantidade de
estrntura~ anteriores e posteriores a região de corte, o contorno das
estmtoras não se tornam nítidos.
Em 1995, Bolin & Eliasson10, realizaram comparações
sobre o potencial de informação morfológica de dois sistemas
36
radiográficos, com o propósito de correlacionar as medidas entre a
altura do osso alveolar da maxila em imagens radiográficas
panorâmicas e tomográficas com dimensões vestíbulo-linguais
menores que 5mrn, em 683 pacientes edêntulos e em cem pacientes
dentados, A altura óssea média (m±SD) nas radiografias panorâmicas
para todas as regiões foi de 1 L90±3,60mm e nas tomografias foi de
820±4.30mrn, As diferenças na altnra óssea obtida para as duas
técnicas foi maior nas regiões edêntulas que nas dentadas, e as
diferenças aumentaram nas regiões onde foram avaliadas alturas
ósseas pequena~, Concluíram que para uma determinação pré-
implante da altnra óssea da maxila, a tomografia é recomendada para
todas aq regiões onde os implantes são pretendidos,
Chen & Hollander14, 1995, em outro trabalho, em
continuação ao anterior, radiografaram doze mandíbulas utilizando o
programa Pl6 do aparelho Orthophos, Em seguida cortaram as
amostras deixando vazio o espaço referente a espessura do corte e as
radiografaram novamente, Em seguida digitalizaram as imagens e
utilizaram um sofuvare de subtração digital para eliminar as imagens
borradas da tomografia linear, Conseguiram através deste método uma
1magem muito melhor pois elíminaram o borramento inerente à
técnica,
Frederíkseu30, 1995, descrevendo as técnicas
radiográficas empregadas para exames pré-cirúrgicos de pacientes
indicados para a colocação de implantes dentais endo-ósseos, relatou
que a tomografia é uma técnica radiográfica projetada para a obtenção
de imagens claras de estrutaras contidas dentro de um plano de
37
interesse. Empregada especialmente por causa da alta precisão a
tomografia seccional tem sido bem aplicada no planejamento para
implantes dentais, fornecendo ao clínico informações que as
radiografias íotra-bucais e as panorâmicas não apresentaram, como a
determinação da altura, largura e inclinação do osso alveolar, a
qualidade desse osso e a relação espacial com as estruturas anatómicas
no local proposto para a colocação do implante.
Segundo Lindh et ai. 57, 1995, o uso de implantes
osseointegrados tem crescido muito nos últimos anos e a tendência é a
sua expansão com o futuro. Sua utilização apresentou sucesso no
tratamento, para pacientes edêntulos totais ou parciaiS. Os
radiologistas têm sido "cobrados" a fbmecer informações mais
confiáveis à respeito da quantidade e quaHdade do osso alveolar
remanescente. O exame radiográfico para localização do canal
madibular geralmente é realizado com radiografias periapicais e
panorâmicas. Radiografias periapicais mostram o padrão ósseo com
mais detalhes, mas a radiografia panorâmica tbmece melhor visão do
canal mandibular. Além disso, é muito difícil realizar a técnica
periapical com um perfeito paralelismo. A radiogratia panorâmica tem
validade na estimativa das medidas verticais da mandíbula, porém
apresenta as mesmas limitações da radiografia periapical, oo seja, não
permite visualizar a distância vestíbulo-lingual do canal mandibular.
Estudos tem demonstrado que as técnicas tomográficas permitem
visualizar o canal mandibular melhor que as técnicas bidimensionais.
Os autores examinaram radiograficamente seis mandíbulas com duas
técnicas panorâmicas, com duas tomograficas (espiral e hipocicloidal)
38
e uma tomográfica computadorizadac Traçaram os contornos das
imagens radiográficas em papel transparente, c avaliaram as seguintes
dimensões: borda superior do canal mandibular /crista alveolar;
diâmetro do canal mandibular; borda inferior do canal
mandibular/base da mandíbulac Os espécimens foram seccionados
com espessuras de 2uun e radiografados em contato direto com o
filme As medidas foram realizadas por quatro observadores e
comparadas com as medidas de con!ato das mesmas áreasc Os seus
resultados demonstraram que, a tomografia apresentou resultados mais
exatos das distâncias que as panorâmicas. A variação entre os
observadores na indicação da localização precisa do canal mandibular
foi grande.
Monahan & Furkart64, 1996, descreveram a utilização
de cortes tomográficos sagítais em conjunto com cortes transversais
para áreas receptoras de implantes utilizando um aparelho Quint-
Sectograph. O posicionamento foi realizado com a luz de fibra óptica
do aparell10 paralela ao ramo da mandíbula. Segundo os autores o
corte transversal fornece uma visão do contorno, forma, a altura
utilizável, e da dimensão vestíbulo-lingual do processo alveolar.. a
espessura do osso cortical e a posição do canal mandibular. Porém, o
corte sagital fornece uma análise maís completa do caso, podendo
auxiliar nas medidas verticais pois terá a mesma ampliação do corte
transversal e fomece unm visão da anatomia adjacente, auxiliando a
noção da largura óssea no local do implante.
Butterfield ct al.'2, em 1997 estudaram a precisão e a
validade da tomografia linear para análise pré-cirúrgica de implantes
39
osseoíntegrados. Foram utilizadas cmco mandíbulas edêntulas de
cadáveres, nas quais foi escolhida uma área em cada uma, próximas à
área anteriormente ocupadas pelo seguudo molar. Esta região foi
radiografada utilizando o aparelhoQuint Sectograph. A oliva do
cefalostato foi removida e a mandíbula foi submersa em um conteúdo
líquido para simular a presença do tecido mole. A mandíbula foi
posicionada no aparelho com a oclusal paralela ao solo. Seis
cirurgiões e um radiologista analisaram as radiografias, traçaram o
contorno do canal mandibular e o contorno externo da cortical óssea.
Cada mandíbula foi então seccionada. Os traçados e as mandíbulas
seccionadas foram escaneadas corrigidas da ampliação e analisadas
através do software no seguinte aspecto: a) área total mandibular; b)
área do canal mandibular; c) medida vertical da parte superior do
canal mandibular ao topo da crista óssea mandibular; d) medida
vertical da parte inferior do canal mandíbnlar à base da mandíbula. e)
medida horizontal da porção lateral do canal mandibular à parede
lateral da mandíbula; f) medida horizontal da porção medial do canal
mandibular à parede medial da mandlbula; g) circllllferência total da
mandíbula; h) circunferência do canal mandibular. Nas análises entre
observadores, a distância do topo da crista óssea ao canal mandibular
foi estatisticamente significante para p<0,05. Na análise
interobservadores a medida horizontal da porção medial do canal
mandibular à parede medial da mandíbula foi estatisticamente
significante. Neste estudo a tomngrafia linear representon
incorretamente a localização do canal mandibular para superior,
inferior e medial. Também aumentou as dimensões do canal
40
mandibular em três de cmco mandíbulas analisadas. Segundo os
autores a tomografia linear possui algumas limitações de precisão. Os
autores salientam que o processo tomográfico apresenta alguns
princípios físicos, dos quais devemos lembrar do axioma básico da
tomografia no qual as regiões do objeto perpendicular ao plano de
corte são borradas ao máximo e as regiões paralelas não são borradas
mas apenas alongadas. Este alongamento das estn1turas resulía em
imagens que não representam uma infom1ação correta. A
profundidade fornecida pela tomografia linear é também influenciada
pela extensão do movimento do tubo, com a extensão do tnbo
inversamente proporcional à espessura do corte. O arco total da
tomografia é limitado neste aparelho em 48°. Movimentos mais
complexos do tnbo resultam em mellíora na qualidade da imagem e
menor espessura de corte. Também durante o movimento tomográfico,
a distância do tnbo ao filme, tnbo ao paciente e paciente ao filme está
flutuando constantemente, produzindo imagens de ampliação
inconstante.
Segundo Eufinger et aL27, 1997, observaram que
algumas vezes o planejamento pré-operatório em implante dentário,
baseado em suficiente altnra do rebordo alveolar, não pode ser
verificado em snas deficiências transversais. Analisaram um total de
l 02 mandíbulas e 95 maxilas após classificados de atróficos,
simulando a inserção de implantes em secções edêntulas. A redução
da altura alveolar para possíveis implantes longos em 86 pacientes foi
avaliada retrospectivamente. A redução do comprin1ento do implante
comparada com a altura alveolar foi necessária em 10% (mandíbulas)
41
e 7,5% (maxilas) de secções ósseas e 52,5% (mandíbulas) e 41,5%
(maxilas) das regiões de implantes dos pacientes. Neste aspecto, a
classe de atrofia da mandíbula foi mais importante do que a região
simulada. Entretanto, as diferenças de altura foram observadas entre
mandíbulas e maxilas, ambos clinicamente e experimentalmente:
simulação foi possível em todas as mandíbulas e 42,5% das maxilas,
mas implantação clínica somente foi possível em 86% de 62
mandíbulas e 0% de 24 maxilas.
Segundo Mayfield-Donahoo et aL59, 1997, o corte
transversal tomográfico para avaliar o suporte ósseo e estruturas
anatómicas adjacentes para fixação de implante dental, observando
que é limitado por borrão inerente nessas imagens. O objetivo desse
estudo era desenvolver um método de remover este .borrão (ausência
de clareza), enquanto permitido pela análise precisa bidimensional de
área potencial de implante. Regiões definidas (anterior, cúspide,
premolar, molar) em duas mandíbulas humanas preservadas, formam
imagens usando u corte transversal de tomografia linear. Algoritmos
foram desenvolvidos como nma aplicação de computador pessoal,
para remover o borrão e auxiliar na identificação da placa cortical da
borda e canal mandibular. Os dados de tomografias foram digitados e
os borrões reduzidos com algoritmos. Um operador medidor de
comprimento e largura da mandíbula em cada tomografia original e
cada tomogram.a diminuído o borrão, foi triplicado. O erro de método
foi calculado como a diferença entre medidas díretas de um compasso
de regiões de um respectivo esqueleto e imagens medidas de altura e
largura para ambas: a tomografia original digitada e os tomogramas
42
borrados. O erro no método usando imagens ongma1s (altura: -
2. 72±2.l5mm; -0.58±1.36mm) comparado para a diminuição do
borrão do tomograma, o que foi significantemente importante para
ambas alturas (t- teste do nível de signitic!1ncia, P=0.0047) e altura( l-
teste do nível de sígnificãncia, P=O.OOOI). Essas sugestões
encontradas sugerem que o método desenvolvido pode melhorar a
habilidade dos clínicos para precisamente acessar a área do implante,
usando tomogramas.
Potter et al. 68, !997, estudaram a capacidade de dois
diferentes aparelhos na realização de cortes transversais com precisão
de dimensão vertical, na região posterior da mandíbula de três
mandíbulas maceradas, parcialmente edêntulas. Em cada uma foram
previruJJcnte definidas três áreas entre o forame mentoniano e o ramo
mandibular. Em cada área foi colocado um tubo ortodôntico preso
com cera na crista óssea alveolar. Este marcador metálico serviu mais
tarde para certificar que o corte fbi feito na posição correta. Uma linha
foi traçada ao redor de cada área, perpendicular ao bordo inferior da
mandíbula. Seguindo o protocolo radiográfico dos fabricantes, foram
realizados cortes de 4mm de espessura das áreas selecionadas
utilizando os aparelhos Orthopantomograph OP!OO equipado com o
software e hardware Ortho Trans (Intrumentarium Imaging Inc.
Tuusula, Fin/ancl) e o aparelho Planmeca 2002 equipado com
1)·ansversal S/icing hardware and software (Pianmeca Ou, Helsinki,
Finland). O aparelho OP 100 é programável para executar cmtes
sagitais e transversais com imagens de 2 a 8mm de espessura e 45%
de ampliação. Foi utilizado nm filtro de acrílico-alumínio para simular
43
o tecido mole. Sobre as imagens obtidas foram traçados em papel de
acetato, o contorno da mandíbula, a espessura da cortical e a posição
do caoal mandibular. Em cada traçado foi feita a medida total vertical,
a medida do topo da crista óssea alveolar até a porção mais superior
do canal mandibular e a altura da cortical óssea inferior da mandíbula.
As mandíbulas foram então seccionadas e foram comparadas as
medidas dos traçados descontada a ampliação fornecida pelo
fabricante, com as medidas reais da mandíbula. Concluíram os autores
que comparando as medidas do topo da crista óssea ao canal
mandibular das ímagens radiográficas com as medidas reais dos
crânios, não houve diferença estatisticamente significante entre as
medidas dos aparelho e as medidas reais. Utilizando p<0,05
observaram que o aparelho PM2002 CC superestimou os valores em
até 6,05% comparado ao tamanho reaL Para a espessura da cortical
inferior houve diferenças estatisticamente significantes para p<0,05, o
aparelho OPlOO subestimou a medida em 24,99% e o aparelho
PM2002 CC superestimou os valores em 1 7,32%. Segundo os autores,
os aparelhos utilizados na pesquisa foram capazes de produzir
imagens com a distância correta do topo da crista até o canal
mandibular, proporcionando imagens necessárias para a fixação de
ímplantes.
Mizrabi et al. 61 , 1998, descreveran1 um guia
cirúrgico/radiográlicopreciso. Vistas sagitais e em cortes transversais
de cada tubo são subseqüentemente registrados com um tomógrafo
(Comm Cal Tomographic, .lmages Sciences Jnternaliona/, Roeb/ing,
NJ) que foi programado para corte de 2mm de espessura. V árias
44
formas de gmas tem sido descritos na literatura, mas nenhum
combinando o uso da tomografia e tubos metálicos telescópicos.
Almog & Sanches5, em 1999, em trabalho realizado
sobre a correlação entre a prótese planejada e a trajetória óssea
observaram que o sucesso do tratamento com implante dental baseia-
se no acesso a um correto plano de tratamento. Historicamente, a
fixação de implantes foi guiada principalmente pela altura e espessura
óssea residual, que compromete as necessidades protéticas. Este
estudo analisou a quantidade de desvio entre a trajetória protética
planejada e a trajetória óssea residual em diferentes áreas dos arcos
dentais das maxilas e mandíbulas, pelo uso de exame tomográfico em
conjunto com imagem com guia cirúrgico. Noventa e dois pacientes
com um total de 235 locais de implantes foram selecionados para o
estudo. Uma imagem e um guia cirúrgico com um indicador radiopaco
foi construído para determinar a trajetória do plano protético.
Tomogramas em cortes transversaL~ foram obtidos através do
indicador de cada local de implante. O contamo do osso dispon!vel,
trajetóría protética planejada e a diferença na trajetória entre as duas
trajetórias foi traçada. Resultados discrepantes entre a prótese
p!anejada e as trajetórias do osso residual foram grandes na área molar
mandibular. Esse local foi estatisticamente diferente de outros locais
do grupo a p=.05 (método de Tukey). Estatisticamente, todos os outros
locais de grupos não foram significativamente diferentes.
Guedes & Faria39, em !999, avaliaram a importãncia
do planejamento em implantologia incluindo: exame fisico, ananmese,
análise de modelos e exame radiográfico. No exame radiográfico
45
devemos obter quantidade e qualidade de informações que nos
pennitam fazer uma avaliação pré e pós-operatória. A quantidade e
qualidade do osso disponível, presença de patologias, inclinação do
processo alveolar remanescente e relação espacial da área de interesse
para fixação do implante com estruturas anatômicas são indicações. A
escolha do exame radiográfico e da técnica deve ser criteriosa, pois
cada tipo de exame radiográfico tem suas características peculiares e
limitações na avaliação da área a ser implantada, no exame pré-
operatório para avaliação da área peri-implantar. A radiografia
panorâmica não deve servir como base definitiva para a cirurgia dos
implantes, devido a limitações que apresenta. A tomografia
convencional linear Ctlio termo deve-se ao fato do movimento do tnbo
de Raios-X serem em sentido oposto ao filme radiográfico e de forma
linear, baseado sempre num ângnlo que determinará o plano de corte
da região de interesse, e todas as estrutnras que estiverem fora do
plano de corte irá projetar uma imagem "borrada", daí existirem
tomografias convencionais com movimentações mais complexas do
tubo de Raios-X (elíptica, hipocicloidal, espiral, circular)
minimizando estas imagens borradas. A aplicação clínica da
tomografia linear no planejamento de implante é dada como um
auxiliar na determinação da espessura óssea assin1 como da
mortologia ma,xilo-maodibular, mas também tem suas limitações pois
se baseia no principio da borração ótíca (an1pliação das estruturas que
estão fora do plano de corte), prejudicando muitas vezes a localização
exata de estruturas anatómicas nobres, como o canal mandibular e não
determína a qualidade do osso tão importante no planejamento de
46
implante,s, e portanto como planejamento fmal apresente suas
limitações.
Thunthy87 em 2000, utilizou um crânio humano com
urna esfera de referência fixada no primeiro molar inferior,
posicionada fora de centro em um tomógrafo*. Uma projeção do arco
dental mandibular foi esquadrinhada no computador. Medidas
corrigidas obtidas de observação de cortes transversais e sagitais
foram usados para comparar cortes transversais e sagitais
simultaneamente e também individualmente. As alterações resultantes
na posição e borrramento da esfera de referência foran1 analisadas.
Quando comparadas correta e simultaneamente, os cortes resultantes
estavam corretamente localizados com uma nítida imagem do
marcador. Quando somente o corte sagital foi ajustado, o borramento
do marcador foi alterado mas sua posição permanecia inalterada, ao
mesmo tempo, o borramento do marcador no corte transversal
perrnaneceu inalterado mas sua posição alterada. lsto foi importante
para cirurgiões-dentistas avaliarem tomogramas para fixação de
implantes, ficando cíentes de qne com o aparelho tomográfico Comm
CA T*, existe uma interrelação entre os cortes transversais e sagitais, e
que o ajuste em um tipo de corte produz alterações no eüw de
borramento ou posição do marcador no corte ajustado ou desajustado.
•comm CAI; modelo 1 S 2000 (lmaging Sciences lnternational, Hatfield, PA,
USA)
47
2.3 Tomografia computadorizada (TC)
Inicialmente utilizada no diagnóstico médico, na
avaliação das estrutnras endocranianas, ela tem sido muito útil
também em Odontologia. Sua primeira utilização foi para o
diagnóstico de lesões na face e pescoço, fraturas ósseas e exames das
articulações temporomandibulares.
A tomografia computadorizada (TC) pode ser indicada
para implantes dentários, quando as radiografias convencionais
demonstrem insuficiência para pennitir a visualização da qualidade e
quantidade óssea disponível, não delineiem adequadamente as
dimensões dos rebordos alveolares edêntulos remanescentes, no
sentido vestíbulo-lingual ou vestíbulo-palatino, podendo ainda auxiliar
no planejan1ento pré-operatório para determinação do local e ângnlo
de fixação do implante, evitando que o cirurgião cause danos às
estruturas anatómicas circunvizinhas,
Hounsfield41 , em 1973 descreveu uma técnica na qual a
leitura das transmissões de Raios-X são feitas através de múltiplos
ângulos da cabeça: para estes dados valores de absorção do material
contido dentro da cabeça são calculados sobre nm computador e
apresentados como uma série de imagens de cortes do crânio. O
sistema é aproximadamente cem vezes mais sensível do que o sistema
de Raios-X a tal ponto que variações nos tecidos moles de densidades
quase similares podem ser exibidas, Durante muitos anos, foram
desenvolvidas técnicas de radiografias ao longo das mesmas linbas,
isto é a gravação em íilme fotográfico da sombra do objeto
48
examinado. Percebeu que este não era o método mais eficiente de
utilizar toda a informação que pode ser obtida do feixe de Raios-X.
Como a exposição do paciente aos Raios-X deve ser restringida, há
t!ll1 limite ao maior número de fótons que podem passar pelo corpo
durante o exame, e assim para a quantia de infonnação que pode ser
obtida. Então, é de grande importãncia que o método de exame
assegure que toda a infommção obtida seja completamente utilizada e
interpretada com a mãxima eficiência. Na técnica de filme
convencional uma proporção grande da informação disponível é
perdida tentando retratar toda a informação de um corpo
tridimensional em uma película fotográfica bidimensional, a imagem
sobrepõe todos os objetos formados à frente, Para que qualquer wna
estrutura interna possa ser vista, tem que estar parada totalmente
contra as variações dos materiais delfonte, e atrás dela. A técnica por
ele descrita divide a cabeça em uma série de cortes, sendo cada um
irradiado por suas extremidades. A radiação é limitada ao corte e, por
isto, distintas técnicas radiográficas convencionais, a informação
derivada de qualquer objeto dentro do corte não é afetada pelas
variações no material em qualquer lado do corte. São processados
dados e exibidos atravésde métodos de computadores digitais
Ames et ai. 6, em 1980 em trabalho realizado sobre
tnmografia computadorizada em cirurgia bucal e maxilofacial,
observaram que a tomografia computadorizada revolucionou a arte do
diagnóstico por técnicas não invasivas. Mais recentemente, seu uso
em cirurgia oral e bucomaxilofacial tem sido limitado. Princípios
básicos incluem a produção de uma imagem bidimensional
49
representando um corte de tecido anatomicamente preciso. Vantagens
da tomografia computadorizada (TC) são: ausência de superposição de
imagens, preservação de detalhes de tecidos moles, realce de tumores
va,culares, aumento seletivo de áreas de interesse, capacidnde
tomográfica, e possibilidade futura da produção de imagens
tridimensionais. Entretanto, a presença de alguma restauração metálica
produz artefatos, os qurus limitam o uso de tomografia
computadorizada de áreas incluindo a dentição onde tenham
restaurações. Aplicações clínicas em nossa instituição tem sido pru·a
uso da tomografia computadorizada no diagnóstico diferencial de
infecções, trauma da face média, lesões vasculares, e lesões
envolvendo o rruno mru1dibular e maxilar.
Lian et al54, 1980, relataram que a tomografia
computadorizada é um novo método de imagem no qual o paciente é
esquadrinhado por meio dos Raios-X, sendo introduzida em 1972 e a
princípio utilizada no diagnóstico radiológico em neurocimrgia do
cérebro e crânio. CitaJU que em 1974, a técnica tomográfica
computadorizada nas regiões maxilotàciais era rara. Neste trabalho
dois carcinomas na maxila foraJU observados por tomografia
computadorizada, e as imagens produzidas foraJU comparadas com
aquelas obtidas pela tomografia convencional e cíntilografia.
Segundo Asbkinazy8 1982, a importância da
substituição dos dentes ausentes com implantes está bem estabelecida.
Há muitos pacientes que não podem receber implantes devido a sua
estmtnra óssea. O sucesso do implante requer uma adequada
quantidade de osso, e uma boa qualidade, o que nestes pacientes
50
podem estar ausentes. Até agora, os Raios-X convencionais tem sido o
método primário de avaliação dos ossos candidatos ao implante.
Infelizmente, estes Raios-X mostram somente duas dimensões;
amplitude mesio-distal e altura ocluso-basaL Se o osso parece
inadequado, o paciente é rejeitado como candidato ao implante. O
autor propõem uma nova técnica radiográfica . Podendo examioar a
espessura vestíbulo palatina do rebordo alveolar, resultando em
amplitude e altura, muitos pacientes previamente rejeitados poderiam
receber implantes dentários, porque um Raios-X tomográfico poderia
revelar que o osso adequado existe de fato. Para o propósito deste
artigo, limitou a discussão desta técnica, para uso na maxila, ainda
que, t~la possa ser aplicada na mandíbula. Restringiu seu estudo para
implantologia endo-óssea, aioda que ela também possa ser usada para
implantologia subperióstica. Um cuidado maior deve ser observado
para o uso do implante endo-ósseo na maxila, é o perigo da penetração
no seio maxilar.
TyndaU et aL93, em !983, relataram o uso da
tomografia computadorizada em vários casos de tumores e
traumatismos bucomaxilofaciais. Infommram que a tomografia
computadorizada foi desenvolvida como um método não iovasivo de
se obter informações do crânio, face e outras regiões anatómicas, e
que foi uma nova aplicação no campo da cirurgia maxilofacíal,
começando então a ser explorados. Citan1 que a complexa anatomia
interna da face acelerou o uso desta técnica no diagnóstico de lesões
traumáticas e patológicas, do terço médio e ioterior da face, bem como
do pescoço.
51
Truitt et ai. 90, 1986, utilizaram a técnica de tomografia
computadorizada (TC) para planejamento pré-operatório de implaotes
subperiósticos, demonstrando que o método apresentava uma
representação do osso alveolar próxima do real, com vantagens sobre
o método de impressão óssea direta. Também notaram que mandíbulas
severamente reabsorvidas, foram reproduzidas com mais precisão do
que aquelas com maior quantidade de osso basal. A tomografia
computadorizada (TC) utiliza Raios-X para produzir uma descrição
digital de uma imagem que pode ser observada em um monitor de
televisão ou em um filme. Em imp!antodontia, são empregados
programas de computador para trabalhar os dados, reagmpaodo-os e
reformatando-os em séries de imagens axiais e oblíquas, ao longo da
curvatura do rebordo alveolar, resultando em representações reais, que
podem ser produzidas e organizadas de modo que possam ser
fotogralàdas para aoálíses.
Schwarz et al78, em 1987, apresentaram uma técnica de
tomografia computadorizada (TC), assistida por programas de
computador para geração de imagens reformatadas oblíquas e
panorâmicas de uma mandíbula. Examinaram um homem de sessenta
anos de idade, com cortes seccionais perpendiculares ao longo eixo do
rebordo alveolar, que havia perdido os premo lares e molares inferiores
esquerdos, apresentava ausência de patologias periodontais e
periapicais, com cortes seccionais perpendiculares ao longo eixo do
rebordo alveolar. Concluíram que, as imagens obtidas, facilitaram o
planejamento pre' -operatório e o preciso posicionamento dos
implantes dentais intra-ósseos.
52
Schwarz et aL 79, 1987 realizaram um estudo
semelhante ao anterior, agora examinando uma mulher com 54 anos
de idade, com ausência dos premolares superiores direitos c incisivos
centrais superiores, Realizaram 1m1a tomografia computadorizada
ref01matada, como parte dos requisitos para avaliação pré-operatória
delinitiva das regiões propostas para a reabilitação, As imagens axiais
e seccionais demonstraram uma raiz residual do canino, na
extremidade do processo alveolar, e a presença de uma boa espessura
óssea vestibulo-palatiua, Os autores concluíram que, embora as
imagens obtidas fossem virtuais, foram capazes de produzir
reformatações apropriadas, e que a técnica descrita produziu
reformatações seccionais exatamente paralelas e perpendiculares a
linha curvada no longo eixo do rebordo alveolar, apesar da demarcada
curvatura do arco maxilar, Essas imagens oblíquas representam as
1magens seccionais reais da curvatura óssea, A técnica também
permitiu medidas diretas no filme, independente do tamanho da
imagem nela impressa ou da sna ampliação,
Enge!man et at 26, 1988, utilizaram um guia cirúrgico
em resma, com marcadores metálicos, comparando radiografia
cefalométrica, panorâmica, tomografia convencional e tomografia
computadorizada, para melhor indicar o local e inclinação dos
implantes, Tomogramas feitos com um gma cirúrgico usando
marcadores de metal permite uma determinação precisa da qualidade e
quantidade de osso na localização precisa do implante, Na mandíbula,
a relação do canal mandibular e forame mentoniano para a localização
do implante pode ser analisada, Na maxila, a relação precisa do
53
implante com os sews maxilares pode ser avaliada para fixação
adequada no osso. Isso é possível porque as medidas díretas podem
ser feitas no tomograma. Os marcadores metálicos pemlitem a
localização exala do segmento do osso representado pela imagem do
tomograma. O método descrito inclui um guia cirúrgico provido com
marcadores de metal qne indicam ótima localização do implante. O
guia com inclusão de marcadores metálicos é usado pelo paciente
durante a pesquisa radiográfica. A tomografia propícia uma imagem
mais precisa da quantidade e qualidade das estruturas ósseas. O
mesmo padrão pode ser usado como um guia cirúrgico para auxiliar
durante a cirurgia no posicionamento da broca inicial. Através de
planejamentos cuidadosos e controle sistemático, pode-se prever
melhor a posição dos implantes osseointegrados que são fixados.
Rothman et aL" 1988, realizaram estudo com um novo
software de computador que gera panorâmica e tomografia
computadorizada oblíquaesquadrinhada. Foram examinados 205
pacientes que foram indicados para implantes dentários endo-ósseas
na mandíbula e maxila. Esta técnica permite reconhecer o curso do
canal mandibular e medidas do rebordo alveolar, o que facilita o
planejamento e colocação de uma ótirna prótese dentaL Antes da
cimrgia, todos os pacientes incluídos nesta pesquisa foram submetidos
à exames com tomografia computadorizada de alta resolução (General
Electric, 9800, Milwaukee. Wl). Foram obtidos cortes transversais e
axiais de 1,5nun através da maxila e mandíbula com intervalos de
!mm. Correta angulação da mandíbula e maxila foram determinados
com radiografia digital. Os dados do CT Scanner foram reconstruidos
54
com um algoritmo ósseo (General Electric).Embora virtualmente
todas as CT Scanner sejam capazes de produzirem refonnatações, a
técnica descrita propicia reformatações de cortes transversais paralelos
e perpendiculares a linha curva demarcando a curvatura do arco
mandibular e maxilar. Estes cortes oblíquos representam os
verdadeiros vistos em cortes transversais da curvatura óssea. A técnica
descrita também permite medidas diretas com relação ao tamanho ou
magnificação do filme. Todos os planos das radiografias reformatadas
são relacionados uns com os outros por uma série de marcos de
referência, os quais permitem observar rapidamente as diferentes
vistas correlatas.
Truitt et al. 91 , em 1988, apresentaram um método que
usava a radiologia para a obtenção de modelos sobre os quais podiam
ser desenhados e confeccionados implantes subperósticos para
mandíbulas edêntulas. Com o método usando a CT Scanner as
mandíbulas muito reabsorvidas eram melhor reproduzidas do que com
moldagem direta do osso.
Truitt et aL92, ainda em 1988, em estudo realizado em
Loma Línda University Schoo/ of Dentist1y 'sOral lmp/antology
Program, com o uso da CT Scanner para produzir uma réplica
morfológica da mandíbula, com o intuito de elimioar a moldagem
óssea direta na confecção de implantes subperiósticos. O trabalho
desenvolvido utilizou as iomgens de CT Scanner, confrontando a~
medidas obtidas em mandíbulas maceradas de cadáveres. Os
resultados desse estudo prelimioar demonstrou precisão suficiente
para justifica o procedimento para seres hwnanos vivos. Dez pacientes
55
foram então submetidos à este método, sendo cada um examinado
com aparelho GE 8800CT Scanner.
Clark et ai. 16 em 1990, referindo-se aos avanços na
tecnologia de implantes dentários ósseointegrados, aropliou o uso de
radiografias dentárias das técnicas tradicionais panorânicas e intra-
orms para métodos mms complexos de unagens. Técnicas
tomográficas convenc!Onms ou computadorizadas tomaram-se
freqüentemente usadas como auxiliares no diagnóstico, plano de
trataroento e avaliação de resultados de tratamento. Desenvolveraro
pesquisa comparando as várias técnicas radiográficas, determinando a
dose de radiação absorvida pelo paciente na medula óssea, tireóide,
glândulas salivares, olho e pele, colocando um dosímetro termo-
luminescente em locais anatõmicos illlemos selecionados de um
manequim para Raios-X (Humanoíd Systems, Torrance, L"'A). Este foi
exposto a radiação da tomografia linear e tomografia computadorizada
comparadas com as doses relatadas das panorâmicas e intra-orais. A
CT Scanner apresentou doses elevadas, enquanto a tomografia linear
foi geralmente mais baixa. As doses das panorâmicas e intra-orais
foram iguais as doses da> tomografias lineares.
Davarpanah, et ai. 18 1990, informam que a CT Scanner
prop1c1aro infonnações precisas na avaliação pré-cirárgica de
implantes endo-ósseas. Neste traballio observarmn um sistema de CT
Scanner, combinado com um guia radiográfico com marcadores e um
guia círúrgico. Avaliaram com esta técnica o número ideal,
localização e direçíio dos implantes para um tratamento bem sucedido.
56
Lacan & Étienne51 em 1990, ínfonnaram que a
tomografia computadorizada permite estudo morfológico e análise
completa óssea. Todos os documentos obtidos propiciam medidas
diretas sobre filmes radiográficos em tomo do uso de coeficiente de
magnifcação. Tomografia computadorizada (TC) conduzem os
procedimentos de implantes: possibilidades de implantação endo-
óssea, diâmetro e comprimento do implante, posição e local do
implante no osso medular ou em contato com as corticais.
Quirynen et al. 70, 1990, com intuito de auxiliarem no
posicionamento tridimensional exalo de implantes dentários endo-
ósseos, verificaram a precisão de três técnicas de tomografia
computadorizada (TC): tmagem direta (cortes nonnais sagitais e
coronais) reconstrução padrão (baseada cm cortes rodais} e
reconstrução multiplanar (também baseada em cortes rodais). As três
técnicas de imagens foram usadas para estimar a altura e espessura
óssea, o comprimento máximo do implante, em seis mandíbulas
humanas maceradas. Essas mandíbulas foram serradas
perpendiculares a seu eixo para permitir as medidas do valor real para
comparação. Os cortes sagitais e coronais superestimaram as medidas,
principalmente nas regiões de canino e premolares. O desvio médio
absoluto foi de l ,4mm. A reconstrução padrão ofereceu imagens
seccionais mais reais, com um desvio médio de 0,5mm. A
reconstrução multíplanar geralmente, apresentou uma subestimativa
(desvio médio absoluto de 2,3mm). A reconstrução padrão mostrou
ser o método de escolha nos exames radiográficos pré-operatórios de
pacientes para a colocação de implantes dentários.
57
Em 1990, Shimura et al." apresentaram uma nova
técnica de análise na avaliação pré-cirúrgica para implantes dentários
usando nm programa de correção de tomografia computadorizada com
análise do padrão de configuração da maxila ou mandíbula (MPSA).
Esta técnica utiliza um programa de software de tomografia
computadorizada TCIMPR, e a altura e espessura da maxila e da
mandíbula são medidas em cada uma destas imagens transversais a
níveis específicos. São traçadas a altura e espessura medidas, contra o
número de cortes transversais. Esta técnica denominada análise do
padrão da configuração da maxila lmandíbula(MPSA), cria um perfil
simples da configuração anatómica da maxila e mandíbula e melhora
o plano de tratamento para a colocação de implantes dentários.
Em 1991, James et al. 43, em estudo realizado, disseram
que CT Scanner tem provado ser uma valiosa ajuda na prátíca da
implantologia oral. Nos casos de implantes subperósticos, tem se
mostrado necessária para a cirurgia em tempo único, elíminando as
dificuldades dos dois estágios cirúrgicos. Adicionalmente, ela propicia
um método preciso e compreensível para determinação do osso
disponível para implantes endo-ósseos.
Jeffcoat et al.44, 1991, fizeram uma revisão do método
radiográfico convencional e método não radiográfico para avaliação
de áreas indicadas para fixação de implantes, sendo descrito um novo
interativo, programa planejado e desenvolvido no Departamento de
Periodontía da Escola de Odontologia da Universidade do Alabama.
Desde a concepção de ósseoíntegração, os in1plantes tem sido usados
em número cada vez maior, para a reposição dos dentes perdidos.
58
Diagnóstico e plano de tratamento para a inserção de implantes
dentários, é tão importante quanto usar a exata técnica para atingir a
ósseointegração, Neste trabalho reviram métodos radiográficos
convencionais para planejamento de implantes, enfatizando o uso da
tomografia computadorizada, Descreveram uma nova interação
baseada em software, que permite o tratamento de implante ser
planejado interativamente em um computador pessoal.
Modica et al.62, 1991, descreveram um planejamento
protético original envolvendo exame de tomografia computadorizada,
que fornece ao cirurgião um modelo para uso durante a fase cirárgica
do tratamento de implante ósseointegrado. A reabilitação protética
fmal foi plllllejadaem um estudo in vítro preliminar. O exame de
tomografia computadodzada forneceu um estudo tridimensional do
osso subjacente, para determinar a posição, ãngulo e profundidade dos
implantes a serem usados. O posicionador desenvolvido especialmente
diminuiu as possibilidades de erro na perfuração da mandíbula. Um
segundo exame de tomografia computadorizada verificou se havia
erros no posicionamento dos implantes. Os resultados satisfatórios e a
previsão da reabilitação final conduziu a adoção deste método em um
programa de pesqmsa clínica de pacientes humanos. O
desenvolvimento de técnicas de implantes mais sofisticadas
produzindo resultados duradouros, levaram o planejamento preciso da
fase cirárgica de implante e a reabilitação protética que segue. Um
procedimento círurgico e protético foi desenvolvido para fornecer
ótimos resultados tirando vantagem total da capacidade de tais
clínicos (o cirurgião e o protético ). O plano de tratamento, incluindo
59
as fases cirúrgica e protética, é decidido conjuntamente. Se o
intercâmbio da equipe é negligenciado, resultados insatisfatórios
podem acontecer, por exemplo, por causa da seleção das posições dos
implantes pelo cirurgião que falha ao encontrar as necessidades do
proté!ico que vai subseqüentemente usá-las. Para melhorar a
colaboração entre cirurgião e protético, e para traçar o plano de
tratamento âs necessidades do paciente, uma prótese perfeita e um
diagnóstico radiográfico são necessários para prever o resultado final
da reabilitação. A tomograt!a e a tomografia computadorizada (CT
Scanner) têm sido usadas para fornecer uma imagem tridimensional
da região a ser implantada. A fase de planejamento protético fará o
sucesso do tratamento mais previsível porque fornecerá ao cirurgião
guias para estabelecer a posição adequada e a inclinação dos
implantes. Este artigo descreve uma técnica protética e radiográfica
desenvolvida in vitro, que fornece ao cimrgião um molde de indicação
de posição, ângulo e comprimento dos implantes. Três mandíbulas
edêntulas do Instituto de Anatomia Humana da Universidade de Turin
foram usadas. A superficie do osso foi coberta com uma camada de
aproximadamente 2mm de resina macia para reproduzir a espessura
dos tecidos da gengiva viva.
Ekestubbe et al. 24, 1992, antes da colocação de
implantes na maxila e na mandíbula posterior ao forame mentoniano,
a rotina pré-cirúrgica inclui exame radiográfico panorâmico e intra-
oral, sendo estas snplementadas pela tomograt!a transversa quando há
necessidade de determinar a altura, espessura e estrutura do osso
disponível. Ambas, tomografia convencional e tomograt!a
60
computadorizada são usadas com freqüência. Tomografia é sempre
necessária para obter infomtações. Usaram novo aparelho de imagem
o Scanora, o qual pode ser usado para tomografia espiral. O objetivo
desse estudo foi comparar doses absorvidas e energia transmitida
dessa nova unidade com aquelas da tomografia convencional
hípocicloidal nsando o Phi/ips Universal Politome. Um multi-!1lme
cassete com cinco pares selecionados de cálcio tungsteneo foi
utilizado, enguaoto uma técnica de filme simples foi usada no
Scanora. As medidas das doses absorvidas foram obtidas em um
manequim amropomórfico. Mais doses absorvidas foram encontradas
abaixo de 0.2mGy, exceto aquelas das glândulas salivares maiores. As
doses absorvidas com o Scanora foram mais altas do que com o
Polytome. A direção dos feixes e a menor distância fóco-objeto no
Scanora influenciou a distribuição da dose absorvida. A energia
transmitida foi menor para ao1bas as técnicas, L8 - L9mJ com o
Scanora para maxila e mandíbula, e para a tomografia hipocicloidal
O. 78mJ na maxila e UmJ na maodíbula.
Dandrau et aL 17, 1992, usaram um aparelho
letmodensitométrico de alta resolução GE 9800 HL, com um software
chamado Dent Scan que utiliza dados adquiridos durante um exame de
tomografia computadorizada (TC) convencional para precisa
reconstrução de imagens com escala de 1/l, ambas obtidas em ângulos
diretos ao eixo de curvatura do relevo ósseo da maxila ou arco
mandibular e de secções feitas paralelas a este eixo. Este meio de
investigação é prático e é usado para verificação antes da fixação do
implante.
61
Fucci & Meoli34 em 1992, infonnaram sobre uma nova
técnica de obtenção de imagem da maxila e mandíbula, a qoal é muito
utilizada por especialistas, especialmente no protocolo pré e pós-
operatório para implantes dentários. Após executar cortes axiais finos
(l-2mm de espessura) com overlapping e sem inclinação do gontyu,
da maxila ou mandíbula, os dados são reconstruídos com auxílio de
um software E/scint Dent CT Com este programa, múltiplas imagens
panorâmicas alveolares podem ser obtidas em um tempo muito curto
(cerca de cinco minutos), com o plano focal que pode ser fàcilmente
modificado pelo operador; estes planos são paralelos ao eixo curvo da
maxila ou mandíbula. Ademais o operador pode conseguir múltiplas
imagens absolotas em c.ortes transversais do eixo curvo das regiões
alveolares (secções radiais) e pode imagipa,r o número de planos em
cortes transversais e a distância entre eles. Em todos os pacientes
examinados (41 nos últimos seis meses em 66 imagens) com um
aparelho TC Scanner de lli geração Elscint Axel 2400 Electa, dotado
de software Dent C7; proporcionou uma excelente representação não
somente de todas as estmturas anatômícas mas também de cada
implante isolado, isto pe1mite um completo plano pré-operatório
baseado em morfologia volumétrica, densitométrica e dados espaciais,
jlll1tos com a avaliação correta da posição do implante e do sucesso da
osseoíntegração.
Kassebaum e! aL48, 1992, em trabalho de revisão de
técnicas radiográficas para avaliação pré-cirúrgica de locais para
implantes dentários informaram que o exame radiográfico de 11!11
suposto lugar para implante é um passo essencial na avaliação pré-
62
cirúrgica de um paciente que necessita de implantes dentários. As
radiografias pennitem infom1ações necessárias para facilitar a
localização cirúrgica dos ímplantes demonstrando as características do
osso e a proximidade de estrnturas adjacentes ao local do implante. O
exame radiográfico também ajuda no planejamento do tratamento
protético. Diversas técnicas radiográficas , incluindo a radiografia
panorárníca, a tomografia linear e multídireciona! e a tomografia
computadorizada, têm sido descritas pelo uso em avaliação de locais
para os implantes dentários. As técnicas que estão atualmente
disponíveis para avaliação radiográfica de locais para os implantes
dentários foran1 revistas aqui e as limitações associadas com precisão,
disponibilidade, custo e dose de radiação ao paciente foram descritas.
Williams et al. 97, 1992, em artigo sobre o papel da
tomografia computadorizada em implantes dentários, informaram que
a terapia dos implantes dentários tem expandido muito as opções de
tratamento disponíveis, tanto para os pacientes parcialmente quanto
completamente edentados. Avanços no uso de implantes dentários têm
necessitado a inclusão de procedimentos diagnósticos adicionais no
processo de planejamento de tratamento, para assim obter o lugar e
ângulo dos implantes e, consequentemente, o sucesso das restaurações
protéticas. Um desses procedimentos é a tomografia computadorizada.
Introduzida originalmente como uma técnica de diagnóstico médico,
ela tem sido adaptada para muitos usos em odontologia. Este artigo
revisa o papel da tomografia computadorizada em implantes dentários.
Suas vantagens, desvantagens e indicações são apresentadas. Os
avanços tecnológicos têm resultado no desenvolvimento de técnicas
63
clinicamente relevantes e no estado de arte da tomografia
computadorizada. Futuramente os avanços melhorarão, sem dúvida, as
imagens para que um nível consistente de qualidade de imagem e
reproduçãopossa ser atingida. Novos e melhorados algoritmos
possam oferecer ao clínico uma larga variedade de opções para
exames em pacientes. Quando a técnica se toma mais largamente
disponível, uma provável redução no custo deverá ser antecipada.
Nesta época, a CT Scanner é um valioso adjunto em implantes. Ela
fornece informações mais precisas que as técnicas radiográficas
convencionais de tal tbrn1a que o paciente é colocado em riscos
mínimos na reconstrução da mandíbula parcialmente ou totalmente
edentada. Com a continuidade das pesquisas, as desvantagens desta
técnica deverão ser minimizadas, aumentando o conforto do paciente,
diminuindo o tempo de exames e melhorando a qualidade do filme.
Abrahams 1 em 1993, descreve o papel do diagnóstico
por Imagem em implautologia oral, verificando que o sucesso dos
implantes requeriam conhecimentos da precisa localização do canal
mandibular e seios maxilares. Injúrias no feixe vasculonervoso dentro
do canal mandibular, resultaram em parestesias da face, enquanto
perfuração dos seios maxilares atunentavam as chances de insucesso
nos implantes, criando uma potencial infecção. As técnicas
radiográficas convencionais mostraram-se inadequadas para avaliação
de pacientes candidatos à implantes. Imagens panorâmicas produziam
uma ampliação de 25%. Um programa de CT Scanner tbi então
desenvolvido para suprir tais deficiências. Este nsa dados de tinos
cortes axiais de CT Scanner, para reconstruir múltiplos cortes
64
transversos e imagens panorâmicas da mandíbula, Os cortes roarus
utilizadas pelo programa neste trabalho são realizados paralelos ao
rebordo alveolar usando um algoritmo ósseo, modo dinâmico, cruupo
de visão (FOV) de 15, matriz 512 x 512, e cortes de espessura de
l,5llllll com uma sobre extensão de 0,5mm na mandíbula e sem sobre
extensão na maxila, Estes parâmetros e a disposição das imagens
podem variar significativrunente de programa para programa.
Abrahams2 em 1993, estudando a anatomia da
mandíbula com um programa software dentário de CT Scanner,
infonnou que a mandíbula tem tradicionalmente sido avaliada pelos
dentistas e cirurgiões orais usando filmes panorâmicos convencionais
e intra-orais. Recentemente, os programas de software de tomografia
computadorizada desenvolvidos especificamente para avaliar
pacientes de implantes dentários têm fornecido aos radiologistas um
novo visual da mandíbula e do maxilar. A ru1atomia vista dessas
imagens panorâmicas refo!1llatadas e de corte regionais é complexa, e
o objetivo dele foi defini-la. Pelo uso de esboços anatómicos padrões,
a anatomia mandibular e maxilar foi identificada em crânios humanos
e então nas imagens Denta Scan axiais, de cortes regionais e
panorâmicas desses crânios. Esta anatomia foi então identificada nas
imagens axiais, de cortes regionais e panorâmicas do Denta Scan,
realizados de tomografias computadorizadas (GE 9800 Medical
Systms, Milwaukee, Wl) desses crânios. Com essa descrição
anatômica, os exames dentários Denta Scans de diversos pacientes
representantes foram usadas para retratar a anatomia madibular e
maxilar.
65
Ekestubbe et ai?' 1993, em trabalho no qual
compararam doses absorvidas da CT Scanner e tomografia
convenciona! quando ntilizadas para cirurgia de implantes orais,
comentam que a tomografia é freqüentemente necessária na cirurgia
de implantes para avaliar dimensões ósseas da mandíbula. Tomografia
computadorizada é apresentada como uma altemativa. O propósito
deste estudo foi medir as doses absorvidas por órgãos radiosensiveis
na cabeça e regiãn do pescoço quando CT Scanner é usada. Foram
feitas medidas com dosímetro termoluminiscente LiF dentro e sobre
um manequim antropomórfico examinado com um Philips Tomoscan
LX CT scan. Esquadrinhamento axial foi realizado para a maxila e
ambos os frontais, perpendicular aos alvéolos, e axial para a
mandíbula. Com doses absorvidas mais altas estavam superflcie de
pele, 38mGy e 37Gy, respectivamente. A dose da parótida toi 3lmGy
nos enquadrinhamentos de maxilar e na mandíbula a dose da glândula
submandibular toi 27 mGy com esquadrinhamentos axiais e 16mGy
com frontaL A lente de olho recebeu dnses altas de (5.5mGy) dos
esquadrinhamentos frontais de mandíbula. Embora fora do plano de
esquadrinhamento as gll1ndulas pituitáría e tireóide absorveram doses
comparativamente altas de 0.6-4.0mGy. As doses absorvidas de todos
os órgãos medidos foram consideravelmente mais altas do que aquelas
infonnadas para tomografia convencional.
Karellos & Zouras46 1993, em artigo publicado a
respeito do tratamento de maxilares e mandíbulas edêntulas com
implantes osseointegrados, informam ser este um procedimento que
requer a cooperação do cirurgião e do protesista. O sucesso do
66
tratamento é grandemente dependente do nível de comunicação
realizada por estes dois profissionais da equipe. CT Scanner permite
ao cirurgião dados diagnósticos e guias para concluir o plano de
tratamento. Este artigo descreve a técnica que combina estas fontes de
infonnações para propiciar completa aproximação no tra!ameoto com
implantes no paciente edêntulo. Obtém-se um guia em resina, com
marcadores que são colocados no paciente, que é então submetido à
CT Scanner, dando assim ao cirurgião a melhor posição e inclinação
para fixação dos implantes.
Miles & Van Dis60, 1993, a chave do sucesso de um
procedimento cirúrgico de implante é o planejamento pré-operatório.
O exame clínico averigua o local pelo exame visual e imagens
radiográficas apropriadas. Este artigo aborda as técnicas radiográficas,
o papel dos mesmos no planejamento cirúrgico, trans-círúrgico e pós-
cirúrgico, bem como vantagens e limitações de cada modalidade de
imagem. Concluem que as CT Scanner bí ou tridimensionais sejam as
modalidade mais utilizadas de imagens precisas no exame pré-
cirúrgico.
Segundo Todd et al.88, 1993, as radiografias
panorãmicas e periapicais tem provado serem suficientes para
planejamento pré-cirúrgico da região anterior da mandíbula. A fixação
de implantes na maxila e na região posterior da mandíbula necessita
de diagnóstico mais apurado das estmturas anatómicas endo-ósseas.
Radiografias bidimensionais não demonstram: a espessura óssea;
localização vestíbulo-lingual do canal mandibular; canal incisivo;
seios maxilares; o contorno e densidade do rebordo alveolar. Os
67
autores utilizaram cinco mandíbulas parcialmente edêntulas e um guia
acrilico foi confeccionado para o local proposto para implantação.
Para a CT Scanner as mandíbulas foram posicionadas com o bordo
inferior da mandíbula paralelo ao gantry. Para tomografia linear (TL)
foi utilizado o aparelho Denar e o posicionamento das mandíbulas foi
leito através de um orientador com luz de fibra óptica do próprio
aparelho. Um total de 22 radiografias foram realizadas. Quatro
especialistas analísaram padronizadamente as radiografias e traçaram
o contorno da mandíbula e do canal mandibular. Os traçados foram
superpostos para comparação visual díreta. Um programa de
computador foi utilizado para medir o diâmetro máximo, a altura
máxima e a distância do topo da crista óssea ao canal mandibular.
Para as imagens da CT Scanner foi utilizada a escala da própria
radiografia e para a tomografia linear (TL) foi descontada uma
ampliação de lO%. Os dados foram submetidos à análise de variância.
Comparando os resultados do guia radiográfico com as imagens da CT
Scanner toram encontradas diferenças de ampliação inferiores a 1%.
Ocorreu uma variação muito grande nos traçados radiográficos e em
alguns casos dificuldade de visualizar o canal mandibular, com 15 a
50% a mais na tomografia linear (TL) do que na CT Scanner.
Weinberg95 em 1993, abordando a CT Scanner como
dados radiológicos básicos para uma ótíma orientação para fiXação de
implantes orais, refere que há muitos fatores diretamente relacionadosno sucesso dos implantes osseointegrados. Sobrecarga tem sido
considerada um fator etiológico na falha dos implantes após a prótese
ter sido colocada. Uma ótinm ajuda na orientação do implante pode
68
ser dada pelos dados básicos da radiografia tridimensional propiciados
pela CT Scanner. As imagens seccionais refonnatadas, quando
relacionadas umas ás outras, facilitam a completa visualização da
topografia óssea, localização dos seios maxilares e feixes nervosos,
demonstrando também a densidade óssea. São descritos nesta pesquisa
os fundamentos da imagem da CT Scanner e o inter-relacionamento
dos cortes transversais, paoorâmicos e imagens tridimensionais
reformatadas.
Frederiksen29 I 994, referindo-se à CT Scanner, para
planejamento de implaotes dentários, relatou que há Íllt!llleras
vantagens da CT Scanner sobre a radiografia convencional e a
tomografia convencional. A CT Scanner elimina completamente a
superposição de imagens de estrutnras superficiais ou profundas na
área examinada do paciente. Devido ao inerente a resolução de alto
contrates da CT Scanner diferenças podem ser distinguidas entre
tecidos que diferem na densidade i1sica menor que 1%, sendo que t!llla
diferença de 10% na densidade i1sica é necessària para distinção entre
os tecidos pela radiografia convencional.
Frederiksen et ae', 1994, num estudo predictivo da
dose e risco previsto com filmes tomográficos usados para diagnóstico
de implantes bucais, observaram que não haviam dados relacionados
aos complexos filmes tomográficos com doses efetívas que podiam
ser usadas para estimar o relativo risco associado com o diagnóstico
de implante bucal O propósito desse estudo foi calcular a efetíva dose
e estimar o risco do uso do sistema Múltiplo Scanora de Imagens.
Com o uso de um manequim, com tecidos equivalentes dos hmnanos e
69
dosímetro termoluminescente, radiografias panorâmicas forrun
averiguadas para resultar em uma dose efetíva de 26~tSv, enquanto o
complexo filme topográfico resultou em uma dose efetiva de<l)lSV
para 3011Sv dependendo da localização anatómica do plano da
ímagem e a colimação escolhida. Uma dose efetiva nesta magnitude
para radiografia panorâmica foi estimada para representar a
probabilidade para efeitos na ordem de L9 X 10'6• Igualmente., a dose
efetíva associada ao filme tomográfico pode ser estimada para ser
igual a probabilidade efetivano limite <=l X 10'6 para2.2 X 10'6,
Segwtdo Lee & Morgan o 53, 1994, o sucesso do
implante depende do planejrunento pré-cirúrgico, da técnica cirúrgica
empregada, do modelo da prótese, da quantidade e da qualidade do
osso remanescente. A quantidade de osso e a proximidade com
estruturas críticas podem ser avaliadas radiograficamente.
Radiografias panorâmicas e periapicais fornecem uma visão geral do
osso; porém estas são bidimensionais, Tanto tomografia convencional
quanto a computadorizada, produzem cortes transversais fornecendo a
terceira dimensão que auxiliam na detemlinação do tamanho,
localização e configwação do rebordo residuaL Ambas técnicas tem
vantagens e desvantagens. A CT Scanner apesar de bastante modema
e de qualidade de ímagem superior, possui como desvantagens o alto
custo do exrune e a dose de radiação. A tomogra!ia convencional é
utilizada para áreas de um ou dois implantes. Mllitas técnicas tem sido
descritas para orientar a tomada radiográfica, porém, esta orientação é
imprecisa e o resultado são imagens distorcidas quando o osso não
fica paralelo ao plano de cotte, Os autores sugerirrun a confecção de
70
guias radiogrâficos para facilitar a orientação do ângulo horizontal
paralelo ao plano de corte, além da verificação do posicionamento do
corte pelas referências metálicas.
7l Reddy et ai. , em 1994, avaliaram a~ vantagens da
tomografia computadorizada ( CT Scanner) em comparação a
radiografia panorâmica no planejamento pré-cirúrgico para a fixação
de implantes dentais endo-ósseos. Realizaram mn estodo in vitro para
determinar a fidelidade das imagens da tomografia computadorizada e
das radiografias pauorâmicas para medidas das estruturas anatômicas.
Após a correção por um padrão de ampliação de 25% nas imagens
panorâmicas, uma diferença signi!icativa nas medidas foi encontrada
em comparação as imagens da CT Scanner. Dez pacientes que
necessitavam de implantes, foram planejados com os dois tipos de
imagens ou somente com a panorânlica. Os profissiouais confiaram
mais nas imagens em conjunto do que nas da panorânlica isolada. Os
implantes planejados com a radiografia panorâmica isolada,
subestimou significantemente a altora óssea, em comparação com o
comprimento do implante detemlinado como ideal durante a cirurgia,
enquanto os planejados com as imagens duplas dt'llonstraram
diferenças não significantes. Os dados indicam que a CT Scanner
pode ser de valor no planejamento para implantes dentais,
especialmente quando o máximo comprimento é de importância
máxima.
Sonick et al. 83 !994, de acordo com Montebello
Fílho65, 2000, apresentaram um guia de resina acrílica, confeccionado
sobre modelo obtido por moldagem do arco inferior de um cadáver
7!
humano. Quatro cavidades retangulares bilaterais foram cortadas nos
guias e preenchidas com guta-percha. Realizaram viute medidas entre
essas marcas e as localizações anatómicas conhecidas da mandíbula.
Examinaram o espécime com radiografias periapicais, panorâmicas e
tomografia computadorizada, da região posterior da mandíbula, com o
guia no local. Mediram as dimensões entre as marcas de guta-percha
no guia e também entre as marcas e certas estmluras anatómicas
diretamente na mandíbula. Seis medidas bilaterais, totalizando 12
pontos como base de comparação, foram então obtidos nos três tipos
de exame: a) altura vertical do retângulo de guta-percha; b) altura da
borda inferior do retângulo de guta-percha à borda inferior do forme
mcntoniano; c) largura do segmento inferior do retângulo; d) altura do
segmento distal do retângulo; e) comprimento do segmento superior
do retângulo; J) dimensão vertical da borda superior do retângulo de
guta-percha à borda inferior do fonne mentoniano. Medidas
semelhantes foram realizadas no lado oposto. A ampliação média para
as técnicas radiográficas periapical, panorâmica e CT Scanner, foram
respectivamente 1,9; 3,0 e 0,2mm, com percentuais de mnpliação de
14,0; 23,5 e !,8%, respectivan1ente. Os autores concluírmn que a CT
Scanner foi a técnica radiográfica que apresentou a maior fidelidade.
Zamunér99 1994, em artigo sobre CT Scanner para
planejamento cirúrgico de implantes osseointegrados, relatou que nos
últimos anos, diferentes estudos estabeleceram parâmetros para a
avaliação de estmturas anatômica> e determinação do ângulo ideal
para a colocação do implante em relação a posição protética fmal.
Através da tomografia computadorizada e sojtwares específicos para
72
maxila e mandíbula, como o Denta CT ( Elscint) e o Denta Sccm ( GE),
é apresentado um protocolo fundamentado nos valores numéricos dos
coeficientes de absorção e atenuação linear dos Raios-X pelos tecidos.
Diferentemente da radiologia convencional, na tomografia
computadorizada um tubo gira ao redor do paciente emitindo um feixe
delgado e altamente colimado de Raios-X. Atualmente progmmas
como o Denta Scan e o Denta CT, por exemplo, permitem cortes para
múltiplas vistas panorâmicas, axiais e transversais da maxila e da
mandíbula.
Besimo et ai. 9 em 1995, em trabalho publicado sobre o
planejamento para reabilitação em edêntulos, com tomografias
computadorizadas reformatadas, pesquisaram o uso especifico de
programas de software, tomando possível obter-se imagens da maxila
e mandíbula. Este recurso provou ser valioso uo planejamento de
estruturas fixas ou removíveis em implantologia. Descreveram o uso
de templates protéticos radiopacos para conseguir uma posição ótimae inclinação axial da fixação dos implantes. Os resultados obtidos com
estruturas fixas ou removíveis sobre implantes dependem não somente
da escolha do melhor sistema e correta técnica cirúrgica, mas também,
em particular, sobre preciso diagnóstico pré-cirirrgico e plano de
tratamento. Segundo os mesmos autores vários aparelhos de CT
Scanner reformatadas encontram-se à disposição dos profissionais,
sendo que os resultados são superiores às radiografias tradicionais ou
a tomografia convencional. Demonstraram que o guia usado na
avaliação estética e relações maxilomandibulares, serve também, se
radiopaco, como template para o exame com CT Scanner. Quanto a
73
dose de radiação, a CT Scanner é mais alta do que a da tomografia
convencional. Trataram quarenta pacientes por este método sendo o
uso da CT Scanner reformatada, reservado para aqueles que
necessitavam próteses fixas ou removíveis na maxila e mandíbula"
Fortin et al28, em 1995, definiram que o planejamento
padrão para implantes dentários consiste de simulação de prótese
sobre um modelo de diagnóstico e exame radiográfico das estmturas
anatômícas" A clinica visual localiza a trajetória planejada sobre o
local cirúrgico na boca do paciente sem correlação díreta entre a~
radiografias e a anatomia" Criaram uma técnica computadorizada para
definir a posição ideal do implante ósseo usando tomografia
computadorizada para precisar o local a implantar na posição
planejada usando uma broca guia dentro de um guia de resma" Este
novo método apresentado, poslctOna o implante dentário usando
imagens de CT Scanner"
Frederisksen et aL32, em 1995, empreenderam estudo
para determinar a dose efetiva de nsco da tomografia
computadorizada no complexo maxilofaciaL Para cada seqüência de
Scan 64 TLDs (dosímetros lumíoescentes) foram colocados em 27
locais selecionados na porção supenor de um maneqmm
antropomórfico (tissue-equivalente human phanton) para registrar a
dose equivalente nos tecidos orgânicos radiosenslveis" Doses
equivalentes situarillll-se de O" llmSv (medula óssea) para 20mSv
(glândulas salivares, mandibular)" Por intermédio de cálculo que
incluiu as glândulas salivares como parte do todo, dois cortes rodais de
I cm, contíguos, foran1 feitos da maxila para resultar na dose efetiva de
74
OJmSV, e quatro cortes contíguos axiais de I cm na mandíbula numa
dose efetiva de O. 76mSv. Doses efetivas dessa magnitude representa
uma probabilidade de efeitos da ordem de 8 x lo·' e 56 x·6 ,
respectivamente.
Lam et aL52, em 1995, descreveram a necessidade de se
reconhecer e quantificar precisamente as dimensões e contornos
ósseos para a fixação de implantes dentais. Relataram que, apesar do
grande número de técnicas radiográficas que tem sido empregadas
para esse propósito, incluindo as tomografias eomputadorizadas
reformatadas, muitos cllnicos continuam confiando em técnicas
radiográtlcas como as panorãmicas, nas quais as imagens além de
apresentarem distorções e ampliações, não são unifom1es nas diversas
regiões dos maxilares, uem no mesmo paciente. Assim sendo,
estudaram as dimensões de 16 locais implantares, em dez pacientes, os
quais foram examinados com radiogralias panorâmicas e tomografias
computadorizadas reformatadas, procurando determinar a altura óssea
média para cada técnica e para cada locaL Encontraram diferenças
médias sigoilicantes nas imagens obtidas pelas duas modalidades
(P<0,0005), Os autores realçam que a fixação de implantes dentais
pode ser particularmente prejudicada quando são demonstradas
grandes discrepâncias dimensionais, e isso pode ocorrer quando a
altura óssea for menor que 15mm.
Gher & Richardson35 em 1995, realizaram radiografias
periapicais, panorâmicas, tomografia convencional e computadorizada
de uma mandíbula humana parcialmente edêntula e com quatro
implantes. Foram realizadas medidas das imagens radiográficas e as
75
geradas pelo computador e foram comparadas com as medidas obtidas
diretamente nos espécimes desmineralizados e cortados: topo/ápice do
implante em todas as técnicas; topo do implante/base da mandíbula,
nas períapicais e panorâmica'; espessura do osso no ápice do
implante, na tomografia e na CT Scanner. Utilizaram esfera~ metálicas
de 5nnn de diâmetro, e pelas suas imagens, calcularan1 a an1pliação
radiográfica. As radiogral1as periapícaís produziram imagens com
dimensões com mais fidelidade. Para as medidas da altura, a CT
Scanner apresentou maior precisão, e para as medidas da largara a CT
Scanner apresentou-se superior a tomogral1a convencional que
produziu Imagens com bastante borramento, dil1cultando a
interpretação da mesma. As Imagens computadorizadas e
tomográficas apresentaram como única vantagem a visão dos cortes
seccmnms, mas o borramemo inerente da imagem da tomografia
convencional e o erro médio de volume inerente da tomografia
computadorizada, afetou a fidelidade das medidas obtidas por essas
técnicas. Recomendam o uso de uma referência dimensional densa
para auxí!iar a compensação da distorção radiográlica.
Schüller77 cm !996, em artigo publicado a respeito de
tomografia computadorizada do osso alveolar, infonna que a mesma
permite imagens livres de superposição da mandíbula e maxila. Esta
vantagem tem sido comprovada em casos de malignidade mas
também em muitos outros problemas. Se um exan1e é realizado com
corte de espessura menor do que 1.5mm, a fonna e a posição de
dentes retidos no osso alveolar, bem como subsequentes lesões
adjacentes a dentes pennanentes, podem ser visualizados e o
76
tratamento ser planejado com antecedência< Se o espaço periodontal
do dente retido é visível, é possível uma intervenção ortodôntíca<
Verificação precisa de perda óssea horizontal ou vertical é essencial
nas doenças dentárias inflamatórias< A morfologia e extensão de
lesões císticas benignas são também demonstradas pela CT Scanner<
Com a CT Scanner estratégia cirúrgica de um pretenso implante pode
ser planejada no osso remanescente e a localização exata da posição
dos nervos e forames< Se tal terapia é possível, a localização, fomm e
número de implante são tàcilmente definidos<
Verstreken et at94, !996, descreveram um plano de
sistema para cirurgia oral baseado em uma verdadeira abordagem
tridimensionaL Esse sistema permite o posicionamento interativo e
ajustamento dos modelos simétricos: rodais representando implantes
nas estruturas visíveis no osso mandibular no volume dado na
tomografia computadorizada< Visualização simultânea é possível em
duas dimensões em imagens reformadas e em três dimensões
deduzidas a representações superficiais ósseas< Essa abordagem ampla
da execução da prática manual de planejamento é baseada em
tomografia computadorizada dental em duas dimensões em
impressões de imagens ou em t!lmes< Para ultrapassar certas
limitações, um sistema de plano genérico para cirurgia de implante
oral foi desenvolvido< Isso é descrito nesse estudo< Esse sistema
permite manipulação interativa de materiais implantáveis em dados
reformados de volumes de osso (3D} O ci:mrgião pode simular uma
cimrgia em 2D em imagens reformadas e verificar uma posição
relativa em 3n No conhecimento dos autores, uma verdadeira 3D
77
baseado em um sistema de plano cirúrgico computadorizado para
implantes orats em base de rastreamento de tomografia
computadorizada foi descrita. Sistemas de duas dimensões tem sido
desc.ritos. Um rastreador de tomografia computadorizada* é usada
para coletar uma série de "fatias" "(slices) rodais da mandíbula e
também da maxila. Um l: I modelo de tomografia computadorizada
espiral é usada (significando uma fatia de espessura de !mm que é
combinada com uma mesa de pés de 1 mls). O plano axial é também
paralelo ao palato duro ou ao limite ioferior da mandíbula. Durante a
tomografia computadorizada espiral, o paciente usa uma próteseremovível o que simula uma ótima posição dos dentes, ou um padrão
especialmente feito com ótima posição do dente e morfologia. Os
dentes são pintados com um contraste médio radiopaco, então o
contamo deles aparece no rastreamento da tomografia
computadorizada.
Ekestubbe et al. 22, 1997, publicaram trabalho
investigando o uso da tomografia no planejamento dentário.
Encaminharam um questionário para clinicas de radiologia oral e para
clioicas de implantologia na Suécia e em diferentes países do mundo,
com questões sobre a seleção de critérios e técnicas, e da freqüência
de tomografia pré-implante. Diferenças entre valores médios foram
avaliados por test-t. Um novo método desenvolvido pelo Instituto de
Proteção à Radiação da Suécia*, foi usado para avaliar a dose de
radiação absorvida da CT Scanner. Os resultados indicaram que a
tomografia foi usada por 93,4% das clioicas, porém houve acentuada
* Siemen.'if Somatom Ptus, Erlange, Alemanha.
78
variação entre e dentro de diferentes situações clínicas. Representou
em todos os casos 21% e a maioria a usou para avaliação da maxila, a
mandíbula posterior e casos de implantes unitários. Clinicas pequenas
( <1 00 pacientes por ano) usaram frequentemente tomografia e clínicas
na Suécia, com freqUência mais significativa do que aquelas em outros
países. A maioria havia mudado de politica recentemente, usando
tomografia mais freqUentemente. A CT Scanner foi usada por 73%
dos respondentes, principalmente as clínicas menores. A maioria das
grandes clínicas(500 pacientes por ano) usaram tomografia
convencional. A dose média absorvida no protocolo CT Scanning foi
6.5mGy. A variação dentro e entre diferentes marcas de CT Scanner
foi considerável. Concluíram haver grandes variações na freqUência de
uso de ambas as técnicas, tomografia convencionai e computadorizada
para planejamento de implantes dentários nas diferentes clínicas que
também variam na escollm de suas indicações. O fator importante
influenciando na escolha da técnica foi mais precisamente sua
disponibilidade do que necessidade clínica.
Preda et al!9, 1997, desde o final da década de 1980,
quando programas específicos tomaram-se disponíveis, a reconstrnção
múltipla (MPR), tomou-se largamente usada na avaliação pré-
operatória de pacientes submetidos a implantes dentários. Os autores
compararam, nesta pesquisa, o uso da tomografia computadorizada
espiral com a convencional para reconstrução multíplanar (MPR)
antes da colocação de implantes dentários. Dez pacientes submeteram-
se a tomografia convencional e a CT Scanner espiral em cortes de
·~-,--~--* Swedish Radition Protection lnstitute.
79
!mm de espessura. Em seis pacientes (grupo A) o teor foi de 1:1, nos
outros quatro (grupo B) foi de 2: L A qualidade da imagem e as
características cl!nicas foram avaliadas separadamente em imagens
axiais e reconstruídas por dois radiologistas experientes que deram
pontuação para cada pan!metro de 1 (pobre, não diagnosticado) a 3
(bom, diagnosticado). A perda de resolução de espaço com a
tomografia computadorizada espiral não foi significativa e o campo
diagnosticado mais pobre foi somente para a estrutura do osso
trabecular. As reconstruções multiplanares (MPRs) foram melhores e
a representação do canal mandibular, mais confiáveL Recomendaram
então uso da tomografia computadorizada espiral ao invés da
tomografia convencional por MPR porque o tempo de exame é mais
curto e o conforto para o paciente é melhorado. O uso de um pitch
{medida do espaçamento horizontal de caracteres impressos) de 2:1
permite uma notável redução em dose de Raios-X com nenhuma perda
na qualidade de imagem.
Ame! & Ganz', 1998, utilizaram uma prótese
devidamente adaptada e em função na boca do paciente, para a
obtenção de um registro radiográfico e um registro com tomografla
computadorizada, melborando o p!anejamento cirúrgico e o desenho
final das próteses. A otimização da localização dos implantes,
enxertos e necessidades regenerativas são transferidas posteriormente
para a base cirúrgica, para facilitar dessa forma o tratamento protético
defmitivo. A adaptação prévia da prótese na boca do paciente para o
registro aumenta o potencial de êxito do exan1e com tomografia
computadorízada.
80
Reiskin72, 1998, em seu trabalho faz revisão da
qualidade, controvérsias e novos desenvolvimentos com relação a
imagem para implantes dentários com os métodos radiográficos
existentes e os diversos aparelhos disponíveis, Cita que embora CT
Scanner possa não ser necessária ou apropriada para todos os
pacientes, ela pode ser a mais confiável imagem disponível para
planejarnento pré-cirúrgico e protético, Todos os métodos apresentam
vantagens e limitações, Descreve um novo método alternativo, para a
tomografia convencional e a tomografia computadorizada Tuned
Aperture Computed Tomography (TATC), baseado na teoria da
abertura ótica, Esta téCilica utiliza informações coletadas pela
passagem de um feixe de Raios-X através de um objeto em diferentes
ilngolos, O exame do campo pode ser limitado à uma pequena área
pelo uso de sensores intra-orais, sendo os níveis da doses de radiação
consideravelmente menores,
Rothman73 , 1998, segundo a citação de Montebelo
Filho65, 2000, definiu a tomografia computadorizada como superior a
tomografia convencional como referência para planejamento de
implantes dentais por alguns motivos, Primeiro, as CT Scanner
produzem imagens com alta resolução, tanto geométrica como no
contraste, A primeira é definida como a capacidade de distinguir o
espaço entre dois objetos, ou seja, é onde as bordas ou !imites são
distintos, A resolução do contraste significa a capacidade para
distinguir entre os objetos aqueles que são similares anatômica ou
quimicamente, tais como tecido neural ou gordura, Para muitas
aplicações dentais, é a capacidade do esquadrinharnento de produzir
81
Imagens claras, defmidas, com bordas facilmente identificáveis.
Imagens da tomografia convencional são produzidas
propositadamente por borramento nos planos não focais. Essas
imagens são então por sua própria natureza, borradas. Mesmo as
tomografias espirais e hipociclóidais, que apresentam grande
resolução, produzem imagens com bordas indistintas. Além disso, a
avaliação com a tomografia convencional requer um posicionamento
do paciente muito preciso.
Ekestubbe et al.23, 1999, realizaram estudo testando a
influência da dose de radiação na qualidade de imagem de CT Scanner
de mandíbula e comparando estas imagens com tomografia
convencional espiral. Foram radiografados 17 pacientes na região
posterior da mandíbula. Foram realizadas moldagens, confeccionados
guias de acrílico, com esferas de gula-percha colocadas a 1 cm
posterior ao HJrme mentoniano. A tomografia convencional foi
realizada com aparelho Scanora com cortes de 4mm de espessura. Foi
realizada uma panorâmica prévia com as esferas de guta-percha
posicionadas para auxiliar na localização dos cortes. O fator
ampliação para o Scanora tanto da panorâmica quanto da tomografia é
de 1.7. Os pacientes foram examinados com CT Scanner GE (espiral)
com 80 e 40 mAs, com a mandíbula posicionada de modo que sua
base pemmnecesse perpendicular ao solo. Foram realizados cortes de
!mm com fator de ampliação l :L O número médio de cortes axiais
médios utilizados para a mandíbula foi trinta. Os cortes foram
reformatados pelo progran1a Denta-Scan. As unagens foram
analisadas por oito observadores que graduaram a sua aceitabilidade,
82
traçaram e mediram a altura do topo da crista óssea ao canal
mandibular e a espessura do osso mandibular. As imagens da
tomografia convencional espiral apresentou dados signiticantemente
maiores que as imagens computadorizadas, embora a média dos
resultados das técnicas não tenha sido estatisticamente significante.
Das estruturas anatômicas,particularmente o canal mandibular, foi
mais freqüentemente não traçavelnas altas doses que nas doses baixas
na CT Scanner, mas foram sempre traçaveís na tomografia
convencional. Concluíram que as tomograíías espirais foram
subjelivamente preferidas as imagens tomográficas computadorizadas,
e que para o planejamento e implantes na mandíbula, os exames com
CT Scanner podem ser realizados com doses menores que o mAs
padrão.
Gogamoiu & Cavanaugb36, !999, utilizaran1
tomografia computadorizada {TC) tridimensional para analisar
implantes suportes de próteses fixas. Observaram que rápidos avanços
tecnológicos, em implantologia dental, imagens de computador, e
radiografias dentais em conjunto com conceitos tradicionais
protéticos, oferecem para os clínicos de hoje possibilidades sem
precedentes de diagnóstico e planejamento de tratamento. Este artigo
apresenta informações sobre o uso da tomografia computadorizada
tridimensional na análise para determinar a qualidade (densidade),
quantidade, e localização de osso para estabelecer a fixação de
implantes mais segura, Além disso, analisa a correlação de prótese,
periodontia e conceitos tecnológicos necessários para conclusão de
uma reabilitação fixa completa maxilar e mandibular.
83
Jacobs et al. 42, 1999, em pesquisa sobre a
previsibilidade da tomografia computadorizada (TC) reformatada para
planejamento pré-operatório de implantes endo-ósseos, examinaram
uma centena de sucessivos pacientes parcial e completamente
edentados (sem dentes incisivos) que foram submetidos a
planejamento pré-operatório com tomografia computadorizada (TC)
reformatada 2D e subsequente colocação de implantes. O número,
local e tamanho dos implantes, altura do osso disponível e
complicações anatómicas foram registradas. O planejamento pré-
operatório e o resultado da cirurgia íbram comparados
estatisticamente usando uma percentagem autorizada e coeficiente de
correlação de Kendal/. Informaram que a concordância entre os dados
do pré-operatório e trans-operatório foi bom pelo número de implantes
(60%) e a seleção dos locais (70%). De um total de 416 implantes
planejados, 21 implantes não puderam ser colocados por causa dos
achados trans-operatóríos. A concordância foi relativamente
insatísfatória para o tamanho do implante (44%) e complicações
anatómicas {46%). o coeliciente de correlação de Kendall foi alto pelo
número de implante (0.&0) e locais de implantes (0.81). Ele foi muito
menor para o tamanho dos implantes (0.51) e não alcançou
significância para complicações anatómicas (0.09). Concluíram que
TC 2D reformatada é confiável para avaliação no pré-operatório, do
námero e locais de implantes na mandíbula e maxila. Ele é menos
previsível (prognoslicável) para o tamanho preciso do implante e
insatisfatório para complicações anatômicas.
84
Liang et al55, 1999, investigaram a tomografia
computadorizada com abertura sincronizada (TACT) como wna
alternativa para a tomografia convencional para imagens de cortes
transversais de locais potenciais para colocação de implantes.
Examinaram vinte locais potenciais para implantes em três
mandíbulas humanas maceradas. Dezesseis projeções básicas TACT
foram registradas sobre o filme usando uma ordem linear. Filmes
foram esquadrinhados e vinte TACT e cortes TACT interativos foram
reconstruídos usando TACT Workbench software. Altura máxima e
espessura foram medidos sobre wn corte representativo de cada locaL
Os resultados foram comparados com os verdadeiros ftmdamentos
usando ANOV A e teste de Wilcoxon. As médias de diferença relativa
na altura máxima toram L55 e L 56% para TACT e interativa TACT,
respectivamente (P=0.8643). As médias de diferença relativa na
espessura foram 5.96 e 6.36% para TACT e interatíva TACT,
respectivamente (P=0.4845). Mais do que 75% das medidas foram
dentro de ± l mm de fundamentos verdadeiros para ambas as
modalidades. Concluíram que a TACT pode permitir wna altemativa
para a tomografia convencional para imagem de implante dentário.
Lomasney & Steinberg58, 1999, pesquisando o
emprego da imagem computadorizada antes da fixação de implantes
dentários, observaram que como a cirurgia de implante e tratamentos
protéticos têm evoluído, a demanda para a reconstrução dentária tem
aumentado. O desejo de melhorar a precisão da colocação do implante
na cirurgia tem conduzido à melhoramentos de técnicas de imagens
pré-operatórias. O Denta Scan (Sistema Médico da General Electric,
85
Milwaukee, WI) e o programa (software) mais comum aplicado para
imagens de tomografia computadorizada pré-operatória dos implantes
dentários. Os dados da imagem axial são refom1atados para cottes
regionais e imagens curvadas coronal (panorãmicas). Os dados sobre
um proposto local de implante dentàrio são determinados. Um
cirurgião bucal tan1bém pode usar um programa de computador
interativo para manipular as imagens da tomografia computadorizada
e representações gráficas dos implantes, para planejar a colocação do
implante. Um radiologista geral pode interpretar esses exames e isso
lhe apresenta uma oportunidade de conseguir importantes informações
que podem influenciar o plano cirúrgico. Porque há uma falta de
informações nesse tópico na literatura de radiologia geral, a proposta
deste estudo foi esclarecer importantes pontos sobre essas técnicas e
suas aplicações.
Tavano et a!. 86, l 999, revisaram as técnicas
radiográficas disponíveis para o exame e planejamento pré-cirúrgico
na fixação de implantes. A decisão sobre qual a melhor técnica de
imagem a ser utilízada deve considerar uma diversidade de fatores.
Concluíram que casos mais complexos, como os edentados totais da
maxila e mandíbula, são exan1inados com precisão pelas tomografias
com filme plano ou computadorizado. Pela literatura estudada a
tomografia computadorizada leva vantagem sobre a linear, mais
precisamente nos casos de edentados totais, ou quando são necessários
muitos cortes da tomografia convencional.
Yang et al:', 1999, estudaram as reconstruções da
tomografia computadorizada espiral em 2D e 3D na localização do
86
canal mandibular. A proposta deste estudo foi comparar e validar a
exatidão das medidas em reconstruções de 2D e 3D da tomografia
computadorizada espiral na localização do canal maadibnlar, quando
da colocação de implaa!es dentários. Quatro cabeças de cadáveres
humanos com dentes e com mandíbulas intactas foram copiadas num
explorador (Scanner) de tomografia computadorizada espiral. Os
dados foran1 transferidos para uma estação de trabalho de uma rede de
computadores para gerar imagens volt1111étricas ortoradialmente
refmmatadas bi e tridimensionalmente. As medidas lineares das
imagens foram teitas da extremidade superior do canal mandibular à
crista do rebordo alveolar. Os espécimes estavam então dissecados nas
localidades correspondentes e as medições fisicas foram feitas. Não
houve estatisticamente diferenças significativas entre as medições da
tomografia computadorizada de duas dimeosões e as medições tisicas
ou entre as medições da tomografia computadorizada de três
dimensões e as medições tisicas. Entretanto, nós realmente
encontramos uma diferença estatisticamente significativa entre as
medições da tomografia computadorizada de duas e três dimensões.
As imagens da tomografia computadorizada de duas e três dimensões
permitem medições seguras para a localização do canal mandibular.
Abrahams3, 2000, estudou a aparência radiográfica
após procedimentos de enxertias ósseas na maxila e mandíbula para
fixação de implantes dentários. A fixação de implantes dentários, para
suporte de prótese, é uma alternativa atrativa à prótese removível
convencional. Quando o pacieote apresenta insuficiência de osso
disponível para receber implantes, um número de procedimentos
87
cirúrgicos estão disponíveis para aumento ósseona mandíbula e
maxila. É importante que os radiologistas se familiarizem com esses
procedimentos porque a anatomia alterada pode ser fonte invariável de
confusão. O objetivo desse estudo foi descrever esses procedimentos e
suas aparências radiográficas. Quatrocentos pacientes foram
examinados. As in1agens foram obtidas usando-se um Hi Speed
Advantage CT Scanner (General Eletric, Milwaukee, Wl, USA). As
técnicas que permitem agora, aos pacientes com insuticiente osso
remanescente para a cirurgia de fixação de implantes, alterar a
anatomia da mandíbula e maxila, produzindo imagens que podem
confundir o radiologista. Portanto é importante que o radiologista se
familiarize com esses procedimentos e suas aparências radiográticas.
Akdeniz et al.4, 2000, avaliaram a altura e densidade
óssea em locais receptores de implantes dentários, através da
tomogratia computadorizada e radiogratia panorãmica. A altura óssea
foi medida no sentido vertical, da crista alveolar ao linlite das
estruturas anatllmicas ósseas internas. A densidade foi comparada por
meio de medidas densitométricas. Dados foram avaliados usando o
teste -t e análise do coeticiente de correlação de Person. Embora as
alturas ósseas medidas com as duas modalidades de imagens
diferissem signiticativamente (P=<0.05), houve uma significante
correlação entre as medidas da densidade óssea (Y=0.93, P=O.O).
Medidas da altura óssea bem como densidade óssea foram obtidas
para serem comparadas usando-se também método radiográfico. As
radiografias panorãmicas toram feitas com wn Ortopantomógrafo*
*IMA-GO, Archogrph Zeus Rf ltaly) e os exames com tomografia computadorizada(TC)
foram realizados oom um GE HilightAdrantage 18200 (Wise).
88
Montebelo Filho65 , 2000, avaliando a fidelidade das
imagens obtidas de crânios secos, por meio de exames radiográficos
convencionais (intra e extra bucais) e tomograficos (panorâmica,
convencional e computadorizado) em comparação com a anatomia
óssea topográfica, concluiu que, ocorreu uma grande variação nas
dimensões estudados e que qaunto a técnica que apresenta imagens
com fidelidade que ma1s se aproximam das dimensões reais,
encontramos a seguiote ordem: tomografia computadorizada,
tomografia convencional e radiografia paoorãm.ica.
3 PROPOSIÇÃO
Neste trabalho é proposto avaliar: a precisão da altura
nas imagens, de implantes dentários de titânio fixados em mandíbulas
humanas maceradas, obtidas através das técnicas tomográficas:
panorâmica, tomografia convencional e tomografia computadorizada
(TC), com as dimensões reais de 10mm.
4 MATERIALeMÉTODOS
4.1 Corpo de prova
Neste estudo empregamos cinco mandíbulas humanas
maceradas, totalmente endêntulas, escolhidas aleatoriamente do
acervo do Laboratório de Anatomia Humana da Faculdade de
Odontologia da Universidade de São Francisco de Bragança Paulista,
as quais foram examinadas através de tomografias.
Nas regiões previamente escolhidas para o estudo
foram fixados implantes de titânio grau 2, de lOmm de comprimento,
incluindo já o tapa implante, num total de doze para cada mandíbula.
O comprimento dos implantes, foi conferido e confirmado, um a um,
com o paquímetro digital da marca Mitutoyo (Figural).
FIGURA 1 - Paquímetro digital Mitutoyo.
91
Os mesmos foram colocados, seguindo o protocolo do fabricante,
perpendiculares ao rebordo alveolar remanescente, utilizando-se para
isso guias cirúrgicos pré-confeccionados (Figura 2). Quando das
tomadas no aparelho de tomografia computadorizada, os implantes
por serem de titânio grau 2, não provocaram a ocorrência de artefatos.
Os implantes foram colocados:
a) região anterior direita: incisivo lateral e canino;
b) região anterior esquerda: incisivo lateral e canino;
c) região posterior direita: primeiro pré-molar; segundo
pré-molar; primeiro molar e segundo molar;
d) região posterior esquerda: primeiro pré-molar;
segundo pré-molar; primeiro molar e segundo molar.
FIGURA 2 - Vista oclusal do guia cirúrgico posicionado na mandibula e dos
implantes na mesma.
4.2 Procedimentos radiográficos
Para os exames radiográficos das mandíbulas foram
selecionadas as técnicas extra-bucais, tomográficas: panorâmica,
convencional e computadorizada.
92
4.2.1 Técnicas tomográficas
4.2.1.1 Panorâmica: os exames radiográficos panorâmicos foram
realizados com a utilização do aparelho de Raios X da marca Panoura
Yoshida Orthopantomograph, modelo 1 O CSU (the Yoshida Dental
MFG Co. LTDA. Tokyo, Japan (Figura 3).
FIGURA 3- Aparelho de raios X Panoura Yoshida Ortopantomograph, 10 CSU.
Os filmes utilizados durante a realização dessa técnica,
foi T-Mat GIRA 15x30cm em conjunto com placas intensificadas
Lanex Regular. Durante as exposições, as mandíbulas foram mantidas
na posição padrão para tomadas panorâmicas por meio de elásticos
(Figura 4).
93
FIGURA 4 - Mandíbula fixada em posição ortogonal com elástico, para a tomada
radiográfica panorâmica.
Neste aparelho foi executada a técnica panorâmica
padrão, sendo a mandíbula mantida na posição, denominada
Ortogonal. Resultado radiográfico (Figura 5) e (Figura 6).
FIGURA 5 - Resultado radiográfico da panorâmica
94
FIGURA 6- Resultado radiográfico da panorâmica.
4.2.2 Tomografia convencional: os exames tomográficos das regiões
estudadas foram realizados com o aparelho Tomax Computer
Controlled Pluridirection Tomography (Triple I MFG, Co. Inc.
lvyland, P A, US.A.), calibrado recentemente conforme instruções do
fabricante. A unidade é equipada com cefalostato para um
posicionamento rígido da cabeça do paciente (Figura 7). As
mandíbulas foram fixadas ao cefalostato à custa de elásticos (Figura
8).
FIGURA 7- Aparelho Tomax Computer Controlled Pluredirection Tomography.
95
FIGURA 8 - Mandíbula fixada ao cefalostato com elástico, para tomografia
convencional no aparelho Tomax, (Tomografia Hipocicloidal).
Para orientação dos cortes foi feita uma radiografia
oclusal da mandíbula e a mesma foi sobreposta a uma mesa
digitalizadora (Figura 1 O) que com o auxílio do programa de
computador que possue o equipamento nos permite a seleção de cortes
em áreas pré determinadas (áreas anteriores e posteriores à direita e a
esquerda, onde se localizam os implantes). Os cortes para todas as
regiões estudadas, tiveram, a espessura de 6mm (Figura 11 ).
Resultado radiográfico da tomografia convencional (Figura 12)
FIGURA 9 - Mesa digitalizadora, onde é feita a seleção de cortes, em áreas pré-
determinadas onde se localizam os implantes.
96
Os conjuntos de filmes/placas intensificadoras
empregados nos exames tomográficos foram os mesmos dos exames
panorâmicos, mas agora num chassi com grade. Todos os filmes
empregados nesta pesquisa foram os produzidos pela Kodak Brasileira
Comércio e Indústria Ltda e os chassis e placas intensificadoras foram
produzidas pela Eastman Kodak Company, Rochester, New York,
USA., e foram processados automaticamente com uma processadora
radiográfica Macretec M.X-2 (Macrotec Indústria e Comércio de
equipamentos Ltda).
FIGURA 1 O- Resultado radiográfico da tomografia convencional.
FIGURA 11 - Resultado radiográfico da tomografia convencional.
97
FIGURA 12- Resultado radiográfico da tomografia convencional.
4.2.3 Tomografia computadorizada: as tomografias
computadorizadas foram realizadas com um CT scanner de alta
resolução (CT Sytec, 3000, General Electric Company, Milwaukee,
Wisconsin, US.A.), equipado com um software Denta Scan. A
unidade é equipada com um pórtico (gantry), mesa de trabalho com
painel de controle, console operador e monitor (Figura 13 e 14).
Os exames das mandíbulas, foram realizados com as
mesmas posicionadas em decúbito dorsal, com a base perpendicular à
mesa e fixada com fita adesiva (Figura 15).
FIGURA 13 -Aparelho de tomografia computadorizada (CT Sytec 3000. General
Electric Company. Milwaukee, WisconsinUSA).
98
FIGURA 14 - Mesa de trabalho com painel de controle, console operador e
monitor.
FIGURA 15 - Mandíbula posicionada, simulado decúbito dorsal, com a base
perpendicular à mesa e fixadas com fitas adesivas.
Os fatores utilizados foram: cortes axiais contínuos de
lmm de espessura com intervalo também de lmm, com número
suficientes para escanear toda a espessura da mandíbula examinada.
Um programa de computador "Denta Scan", foi utilizado para
reformar as imagens seccionais múltiplas sucessivas das mandíbulas
99
para a obtenção de imagens tridimensionais precisas, perpendiculares
ao rebordo alveolar, Figuras 16 (imagem axial da mandíbula); 17
(obtenção do topograma), 18 (cortes coronários); 19 e 20 (cortes
oblíquos).
Os fatores de exposição foram de 120kVp e 40 mAs e
o tempo de exposição para os cortes foi de 3,0 segundos. Nesta etapa
os guias orientadores para as mensurações verticais, foram implantes
de titânio, grau 2, para não ocorrer a produção de artefatos.
FIGURA 16 - Imagem axial da mandíbula com planejamento de cortes oblíquos-
sagitais
100
FIGURA 17 - Obtenção do topograma para planejamento dos cortes
FIGURA 18- Cortes coronários (03) no sentido vestíbulo-lingual
101
I (7 y (I (I fi (I
~~
lo o o~~ o l6bb o b ~
OUUO~t' ~~O~j~ 0~00~~
V'OO~~~ Jôb~ÔQ ~(J~rJ~O
FIGURA 19- Cortes oblíquo-sagitaís reformatados da mandíbula
FIGURA 20 - Cortes oblíquo-sagítais reformatados da mandíbula
4.2.3.1 Realização das medidas das imagens: as radiografias foram
colocadas sobre o mesmo negatoscópio, sob as mesmas condições de
iluminação, e com auxílio de um paquímetro digital Mitutoyo (Figura
20), empregando os dispositivos do mesmo para a obtenção das
medidas, apoiando a extemidade fixa do paquímetro no limite superior
do implante e deslizando a outra extremidade até o limite inferior do
mesmo. Serão medidas todas as imagens obtidas dos implantes, no
!02
sentido vertical. Os dados obtidos foram submetidos à estudos
estatísticos, e ordenados em tabelas e gráficos.
4.3 Estudo estatístico: os dados foram submetidos à análise
estatística, através da análise descritiva, o intervalo de confiança e
análise de variância paramétrica (ANOVA) e não paramétrica
Friedman).
5 RESULTADOS
As dimensões verticais de sessenta implantes fixados
em cinco mandíbulas, foram medidas em tomogratias feitas com três
técnicas diferentes: panorâmica, tomografia convencional e
tomografia computadorizada. Os dados estão tabulados nos Anexos.
Com base nesses dados, o estudo estatlstico foi realizado empregando
a análise descritiva, o intervalo de confiança e aaálises de variância
paramétrica (ANOV A) e não paramétrica (Friedman).
Tabela 1 - Médias, medíana.s~ valores minimos e máximos para as dimensões dos
implantes, 1' quartil (25%) e terceiro quartil (75%), em milímetros,
segundo as três técnicas tomográficas
,-ES~~Orâritica --·:·:,··-·:romo ·oonv~_ribional -'--TOmo ootúPUtàâO:rlzmta~
~~~ - '- ';>_ --_- <'>i'< :..l:':':~
Mínimo
25%
Mediana
75%
Micdmo
Média
Desvio Padrão
!0,18
12,04
12,30
!2,42
12,65
12,20
o 38
l0,18 IO,o7
11,24 11,03
1!,36 !0.82
!1,54 !!,32
!2,19 12,08
!!,40 10,95
_ _(),39 042
Como a dimensão vertical, real, dos implantes é de
IOmm, podemos notar na Tabela l que, as médias obtidas nas três
técnicas tomográficas, apresentaram valores maiores do que 1 Omm,
demonstrando que houve ampliação nas imagens dos implantes.
104
-
Dentre as técnicas empregadas a tomografia computadorizada foi a
que apresentou menor ampliação (1 0,95mm), em seguida veio a
tomografia convencional (11,40mm) e a maior ampliação ocorreu na
panorâmica (12,20mm).
14
12
lO
~ 8
~
:;E 6
4
2
o
Panorâmica Tomo conv Tomo comp Valor real
FIGURA 21 - Gráfico em colunas, demonstrando os valores excedentes
(vermelho) e o valor real (branco), nas médias (em milímetros)
das dimensões verticais dos implantes obtidas nas três técnicas
tomográficas.
No gráfico de colunas, Figura 21, a faixa vermelha do
gráfico, corresponde aos valores excedentes a 1 Omm, dimensão
vertical real dos implantes, são de alturas diferentes, demonstrando
que a ampliação nas três técnicas tomográficas são diferentes, dados
estes confirmado na Tabela 1.
Para avaliarmos o grau de ampliação, utilizamos a
seguinte fónnula:
D.A.l. -DR! X 100
D.RL
D.A.I. =Média da dimensão vertical do implante
D.R.l =Dimensão vertical do implante
Panorâmica: 12,20 -!0,00 X 100 :. 2.20 X 100 = 22%
10,00
105
Tomografia Convencional: llAQ.:;-_10,00 X 100 :. 1,40 X 100 = 14%
10,00
Tomografia Computacional: lO 95 10 00 X 100 :. 0,95 X 100=9,5%
10,00
Na Tabela 2 verificamos que o grau de ampliação para a
panorâmica foi, em média, 22%, para a tomografia convencional foi,
em média, I 4% e para a tomografia computadorizada fiJi, em média,
9,5%, conti:rmando mais uma vez que a tomografia computadorizada
foi que mostrou menor ampliação.
Tabela 2 -Grau de ampliação das três técnicas tomográficas
% 22% 14% 9,5%
---------------·--
106
13
12.6
12.2 o
- r-
11.6
E 11.4 o
E
11
•
10.6 I Não-Outlier Max
Não-Outlier Min
10.2
* D 75% - ..___ 25%
9 .8
PANORÂMICA CONVENCIONAL COMPUTAOORIZADA • Mediana
FIGURA 22 - Gráfico representativo do Box Plots: mostra a distribuição dos
valores dos implantes nas três técnica tomográficas. Os limites da
caixa representam 25% e 75% dos valores obtidos. O quadradinho
no interior da caixa, representa o valor da mediana e a linha
vertical os valores não extremos. O asterístico representa valores
extremos, ou seja, valores maiores que 3 vezes o comprimento da
caixa. O pequeno circulo representa valores menores ou maiores e
igual a 1,5 vezes o comprimento da caixa
Se observarmos a Figura 22, notamos que as caixas das
técnicas estudadas não sobrepõem, isto confirma que os valores são
diferentes. E a tomografia computadorizada não apresentou nenhum
valor extremo e nenhum valor discrepante maior ou menor.
Tabela 3 - Intervalo de confiança (95) para medidas de tendência para as três
técnicas
Estatisticas Panorâmica Tomo convencional Tomo computadorizada
Média 12,10 a 12,23 11 ,3 1 a11,47 10,84 a 11,06
Mediana 12,20 a 12,38 11,27 a 11,45 10,74 a 11 ,12
!07
A análise da variância não paramétrica de Friedman,
Z=96, 13; gl - 2; p=O,OOOl, demonstrou que a média da dimensão
vertical dos implantes, nas três técnicas tomográficas são
estatisticamente significantes.
Tabela 4- Teste de confiança rnultipla de Dunn
~-.-- ----~~-~---------·
'Estátlsticas·. - _·:, :::-:t<;-.:>'> .-. .".<,--DifetCJiçàdó :>--:-'<--- Z·--_--,_ Z,72."395
---~;~.-' -·-- "---~-~~.2:': ..... '.-::.L:.:..:i·-· -.. __ ---~_-Jj_q-Sto-íúédiú_i-_.:;:_:~.- -· ./
Panor. X T. computad. 1,76 9,67 S
Panor. X Tomo convencional 1,13 6.20 S
Tomo convencional X Tomo computad. 0,63 3,46 s
-- ---------
Podemos observar que a comparação entre medianas
entre Sl apresentaram resultados diferença estatisticamente
significantes.
6 DISCUSSÃO
Para que haja sucesso cirúrgico nos implantes
osteointegrados devemos realizar um rigoroso planejamento clínico do
paciente e métodos auxilíares de diagnósticos com uma combinação
das técnicas radiográficas existentes mais indicadas para cada caso
individualizado, para fomecer ao imp!antodontista a posição mais
exata das estmturas anatómicas relacionadas aos implantes assim
como a quantidade e qualidade óssea das regiões pesquisadas Guedes
& Faria39, 1999, Desse modo, o planejamento deve fornecer dados que
assegurem segurança para a colocação de implantes com dimensões e
em posições mais apropriadas para que possam suportar, a reabilitação
protética ao paciente, Com imagens fidedignas, é possível alterar ou
aumentar os locais de fixação dos implantes Gher & Richardson35
1995; Soníck et aL83, 1994. Para o planejamento cirúrgico de
implantes osteointegrados tem-se buscadoatualmente informações
com o auxilio de técnicas tomográficas convencmnrus e
computadorizadas de alta resolução cada vez mais precisas e
complexas, informando quanto a mortblogia e qualidade do osso
alveolar remanescente, evitando assim possíveis agressões as
estruturas mandibulares Abráhams1, 1993,
A tecnologia do computador avançou tanto, a um nível
tal que o potencial diagnóstico previamente imaginável é agora
possíveL No passado pacientes endêntulos sofreram as dificuldades
109
tradicionais associadas às próteses totais a longo prazo. O sucesso
desta nova tecnologia é diretamente proporcional à habilidade do
clínico e julgamento no ambiente clínico, mas os resultados provarão
no final beneficias para a prática da implantologia. Desenvolvimentos
futuros neste campo de técnicas odontológicas permitirão aos cl!nicos
determinar os resultados de um procedimento dental preciso antes de
iniciar o tratamento. A tomografia computadorizada (TC) reformatada
scaneada é uma modalidade diagnosticada que coleta informações
suficientes para pennitir compreensivo planejamento pré-operatório.
No futuro deve ser explorada toda ajuda diagnóstica disponível e deve
ser usada para análise compreensiva de preciso tratamento planejado,
e resultados favoráveis Gogamoiu & Cavanaugh36, 1999.
A literatura consultada sobre o tema, demonstra a
preocupação dos diversos profissionais, das diversas especialidades
relacionadas com a terapia implantológíca, quanto a coleta de dados
informativos confiáveis, para o planeciamento pré-operatório e o trans-
operatório para a tlxação dos implantes.
Nos artigos consultados encontramos relatos de exan1es
por imageos possíveis de obtenção com várias técnicas radiográficas,
executadas para a avaliação de pacientes Schwarz et al. 78 1987;
Schwarz et al. 79, 1987; Schwarz et ai.'" 1989; Kassebaum et ai. 49 1990;
Kassebaum et al. 48 1992; Tal & Moses"' 1991; Grondahl et al.33 199!;
Fredholm et al. 33 1993; Reddy et al.11 1994; Lindh et al.57 1995; Bolin
& Eliasson10 \995; Lam et al. 52 1995; Ekestubbe et aL 23 1999;
Abrahams3 2000, em cadáveres Kliuge et ai. 50 1989; Petrikowiski et
al.66 1989; Lindh & Peterson56 1989; Quif)1len et a!."0 1990; Stella &
110
Tharanon84 1990; Grondahl et al.38 1991; Todd et al. 88 1993; Chen &
Hollander13 1994; Sonick et al. 83 1994; Chen & Hollander14 1995;
Gher & Richardson" !995; Butterfield et al12 1997; Yang et a199
1999; Montebel!o Filho65 2000; ou fazendo pesquisas em manequins
antropomórficos como Ekestubbe et al. 24 !992; Ekestubbe et a!25
1993; Fredericksen et al.31 1994; Fredericksen et al.32 1995. As
comparações entre diversas técnicas ou sobre os resultados obtidos
das mesmas, foram feitas pelos autores citados acima, executando-as
de maneira padronizada, com modificações ou apresentando nova~
tecnologias, Ekestubbe et al22 1997; Reiskin72 1998; Rothman73 1998.
Tem-se a impressão de que o assunto já foi exaustivamente
pesquisado, seus resultados recoobecidos e até padronizados,
entretanto continuam a desafiar os pesquisadores na busca de métodos
e técnicas ainda mais precisas, sendo um campo aberto à novos
estudos na busca das mesmas.
6.1 Radiografia Panorâmica
São indicadas na identificação de áreas de destmição do
periodonto e outras condições patológicas do osso alveolar, sendo
provavelmente, dos exames radiográficos de rotina o mais utilizado
para avaliação pré-cirúrgica dos maxilares e mandíbula De!Balso et
ai. 19 1994. É uma técnica de execução relativamente fácil e
interpretação das imagens obtidas é simples.
Alguns autores como Schíff et al76 1986; Tal &
Moses85 1991; Kassebaum et al.48 1992; Williams et al97 1992;
t!l
Chilvaquer15 1993; Truhlar et al.89 1993; De!Baso19 1994, af'mnaram
que certas distorções anatômicas, peculiares ao princípio de formação
das imagens, tornam-se impossíveis a realização de medidas com
precisão, uma vez que a ampliação no plano vertical é dependente da
distância foco/filme, que é constante para cada exposição. A
ampliação no plano horizontal varia com a mudança de posição do
filme e do feixe de radiação.
Klinge et a\. 50 1989 afinnaram que em mandíbulas
maceradas, somente 17% das medidas realizadas, em radiografias
panorâmicas, representaram com exatídão a real altura óssea. Devido a
distorção linear, especialmente na porção anterior do arco mandibular
as medidas poderão ser contraditórias, até no mesmo osso.
Utilizando marcadores radiopacos intrabucais de
dimensões conhecidas, Klinge et ai. 50 1989; Buser et al.ll 1990; Poon
et a1. 67 1992; Truhlar et al. 89 1993; Reddy et a\. 71 1994; Silverstein et
al. 82 1994; Gher & Richardson" 1995; Ekestubbe et al22 1997;
Kaeppler et al. 45 2000, confirrnaram a ampliação variável em
diferentes locais das estruturas anatómicas maxilares e mandibulares.
Autores como De1Balso et al. 19 1994; Reddy et al. 71
1994; Silverstein el al.82 1994; Rubin & Rnbin75 1996; Rothman73
1998, certificaram que a principal desvantagem da utilização das
radiografias panorâmicas no planejamento de cirurgias
implantológicas é que as imagens obtidas propiciam visão
bidimensional, de estruturas anatómicas tridimensionais vestíbulo-
lingual ou vestlhulo-palatíno e que muitas vezes, as imagens
!!2
seccionais demonstraram espessura óssea do rebordo alveolar
insuficiente para a fixação do implante.
O modo como as ampliações das dimensões verticais
(altura) da' imagens obtidas de radiografias panorâmicas de
marcadores, implantes de titânio endo-ósseos, foram avaliados neste
trabalho assemelha-se a' pesquisas de Reddy et al.71 1994; Gher &
Richardson35 1995; Gomes-Romau et al.37 1999, diferindo entretanto
das pesquisas de Klinge et al50 1989; Poon e! ai. 67 1992; Sonick et
a!. 83 1994, que basearam-se nas dimensões apresentadas pelas imagens
de marcadores metálicos, esferas com diâmetro conhecido e pelas
diferenças obtidas, foram calculados os percentuais de an1pliação dos
trabalhos de Stella & Tharanon34 1990; Todd et ai.'" 1993; Weigart &
Duker96 1993; Lee & Morgano53 1994, que empregaram fios
metálicos, acrílicos com sulcos preenchidos com guta-percha,
realizando medidas entre as imagens dessas marcas radiopacas c a das
imagens de algumas estruturas anatômicas próprias da região
examinada, on do trabalho de Montebelo Filho65, 2000 que utilizou-se
de esferas de aço e de guta-percha, apenas para orientação durante a
realização das tomadas radiográficas.
Em nossa pesquisa, os exames radiográficos
panorâmicos padrão foram realizados com o aparelho de Raios X
Panoura lO CSU, sendo as mandíbulas mantidas na posição
denominada ortogonal, segundo indicações do manual do fabricante.
As dimensões verticais (altura) das imagens panorâmicas de 60
implantes, radiograficamente demonstraram um aumento, pois a
média da dimensão do implante foi de !2,20mm, com valor mínimo
!!3
de IO,l8mm, valor máximo de 12,65mm.e grau de ampliação média
de 22%, estes resultados são semelhantes com os de Stella &
Tharanon84 1990; Kassebamn et al.4' 1992; Truhlar et al.'9 1993;
DelBalso19 1994; Frederíksen29 1994; Reddy et al. 11 1994; Shimura e!
ai." !990; Bolin & Elíasson10 1995; Gher & Richardson35 1995;
Rubín & Rubín75 1996.
6.2 Tomografia convencional
Nesta técnica uma série de finas imagens seccionais são
produzidas, de modo que somente uma permaneça no foco, e os outros
planos paralelos, são propositalmente borrados on desfocados. Existe
uma grande variedades de aparelhos que produzem imagens
tomográficas, todos operando com o mesnto principio básico Gher &
Richardson35, J 995.
A tomografia convencional é ideal para avaliação de
locais para colocação de implantes únicos. É relativamente fácil
identificar a área de interesse, assim como o posicionamento do
paciente de modo que o plano tomografico fique perpendicular a área
edêntula. Na região média anterior,pode ser observada lateralmente, e
em implantes posteriores podem ser visualizados frontalmente,
enquanto nas porções dos maxilares qne são mais clll'Vas, a
identificação é dificultada Poon et al.67 1992 e Williams et al 91 1992.
Sua utilização é menos indicada em pacientes que vão
receber múltiplos implantes, devido ao tempo despendido para o
posicionamento do paciente e para que cada "corte" seja perpendicular
114
ao local do alvéolo que esta sendo examinado. A identificação exala
do local examinado nem sempre é clara. A utilização durante o exame.
de um guia cirúrgico de acrílico nos locais selecionados são colocadas
marcas radiopacas, atenuam este problema Liang 55 1999 e Sonick et
al. 83 1994.
A tomografia convencional é um dos vários
procedimentos empregados para a obtenção de imagens seccionais, e
nos últimos anos com o surgimento dos implantes endo-ósseos,
inúmeros autores as tem utilizado para pesquisas no planejamento pré-
cirúrgico dos mesmos Abrahans1 1993; Ashkioazy' 1982; Ekestubbe
et al. 22 1997, Ekestubbe et al. 23 1999; Frederiksen et al. 31 1994; Gher
& Richardson35 1995; Kassebaurn et al49 1990; Potter6' 1997;
Rothman ct al.74 1988; Todd et ai." 1993.
O papel da tomografia convencional corno instrumento
de diagnóstico tem sido muito estudado na literatura específica
Ashkinazy' 1982; Buser et al 11 1990; Potter et ai.6' 1997; Sonick et
al. 83 1994. Tem sido relatado que as imagens tornográlicas de regiões
ósseas permitem visualização clara das estruturas anatómicas e são
reproduzíveis com relativa precisão Frederiksen e! al. 31 1994.
Kassebaurn et al. 43 1992 afirmaram que a tomografia linear propicia
uma representação tridimensional e anatomicamente precisa do
tamaaho, forma, localização e configuração do rebordo ósseo residual,
canal mandibular e suas bifurcações, expansões vestíbulo
palatioas!linguais das corticais, patologias odontogênicas e outras,
seios maxilares c terceiros molares inclusos Kassebaurn et al. 48 1992;
Lian e! al54 1980; Sonick et al. 83 1994.
115
Poon et al67, 1992, referiram como um dos melhores
métodos para avaliação pré-cirúrgica da fixação de implantes.
Kassebaum et al. 48, 1992, confirmaram a sua indicação pelos seguintes
critérios: informações com respeito a quantidade e qualidade do osso
presente; detenninação do comprimento apropriado do implante;
detenninação da direção, largura e local do implante; e caracterização
precisa da morfologia do rebordo.
Segondo Reiskin72, 1998, a distância entre o tubo de
Raios-X e o filme é mecanicamente fixo, e movem-se reciprocamente
de modo que parte do objeto a ser examinado seja observado em
várias profondidades. A posição do plano de movimento entre o tubo e
o filme é o plano tomográfico, no qual as estruturas examinadas são
focalizadas. A resolução e a nitidez das imagens tomográficas são
dependentes do tipo de movimento que o aparelho realiza. Na
tomografia linear, o tubo e o filme são fixados um ao outro, mas
movem-se em direções opostas. As estruturas anatómicas que ficam
perpendiculares ao plano local são borradas ao máximo, e as paralelas
são menos borradas.
Aparelhos tomográficos lineares produzem imagens
com espessura de co.rte variando de 2,5 a 6,0mm, enquanto aparelhos
tomográficos complexos incluem uma variedade de situações nos
quais o tubo e o filme executan1 uma série de movimentos, incluindo o
circular, elíptico, espiral e bipocicloidal. Nos hipocic!oidais o plano
focal é estreito, e propiciam imagens com alta resolução de
aproximadan1ente de !mm de espessura Schiff et al76 1986.
!16
Butterfield et al. 12, 1997, coucluíram que independente
do tipo de movimento do aparelho, as imagens tomográficas são
sempre ampliadas uma vez que o plano focal está a uma certa
distância do filme. Sendo está distância fixa, o fator de ampliação para
cada estudo é sempre o mesmo, este fator é calculado pela
comparação do tamanho real e aparente de um objeto conhecido.
Klinge et a!. 50, 1989, fazendo traçados sobre imagens
seccionais de mandíbula, demonstraram que houve instabilidade
dimensional das estruturas anatómicas e que isto limitou severamente
seu diagnóstico e seu valor em avaliações pré-cirúrgicas. Todd et al."',
1993, questionaram sua precisão e validade para a determinação pré-
cirúrgica. Todavia, uma grartde variedade de técnicas tomográficas
lineares, para avaliação pré e pós-implantes tem sido descritas, cada
uma pretendendo fornecer uma imagem seccional precisa dos locais
radiográficos Ashkinazl 1982; Potter et aL 68 1997; Sonick et a1.83
1994.
O efeito das limitações fisicas da tomografia linear na
exatidão das imagens e de sua validade como um procedimento
radiográfico não tem sido muito valorizado na literatura. Desde 1965,
os estudos têm mostrado que a tomografia linear produzem imagens
seccional real de 2 a 6rnm de espessura Ashkinazy8 1982; Kassebaum
et al. 48 1992; Lindh & Petersson56 1989. Embora estes relatos
f o meçam alguma compreensão eles fallmm em investigar as
limitações potenciais do padrão da tomografia linear na sua utilização
para o diagnóstico. Para compreender os relatos, devemos lembrar do
axioma bàsico da tomografia, "aquelas porções do objeto,
!l7
perpendiculares ao plano tomográfico, são borradas ao máximo, e
aquelas estruturas paralelas ao mesmo plano, não são borradas mais
são meramente alongadas". Este alongamento das estruturas resultam
em imagens que não representam uma ínfommções uuifonnes.
Kassebaum et al.49 1990; Monaban & Furkart64 1996; Poon et al.67
1992; Stella & Tharanon84 1990.
A combinação da instabilidade dimensional, a
ampliação flutuante, e amplitude de movimento limitado, foram
estudados por Monaban & Furkart64 1996, Todd et ai." 1993, que
relataram a diminuição da exatidão das imagens da tomografia linear.
Kassebaum et al48 !992, relataram que houve falhas em 20% das
tentativas de diagnóstico quando usaram tomografia linear.
Na presente pesquisa, realizamos exames tomográficos
com o aparelho Tomax (hipocicloidal), sendo as mandíbulas fixadas
ao cefalostato da unidade. As imagens tomográficas dos 60 implantes,
apresentaram média de ll,40mm, com valor minimo de l0,18mm,
valor máximo de 12,19 e grau de ampliação média de 14%. O grau de
ampliação difere de Kassebaum el al. 49, 1990 (6 a lO%) e Klínge et
al50, 1989 (39%).
6.3 Tomografia computadorizada
A tomografia computadorizada (TC) foi introduzida no
campo médico em 1942 por Hounsfield41 . Na década de sessenta, os
processadores da tomografia computadorízada(TC) eram capazes de
118
produzir um par de imagens de secção transversal, cada uma com I cm
de espessura, num período de 5 minutos, Schwarz et aL80, 1989.
Na década de setenta, foi introduzida na neurologia
revolucionando o estudo do cérebro, pennitindo nma defmíção dos
planos aoatômicos, Schwarz et al.80, 1989.
Em Odontologia, foi inicialmente utilizada para
diagnóstico de fraturas ósseas da face, análise da articulação
temporomandibular e lesões periodontais.
Comparando imagens da tomografia
computadorizada(TC) com fotografias, modelos de gesso, radiografias
cefalométricas e com maxilares e mandíbulas de cadáveres dissecados,
foi demonstrando por Ames et al6 (1980) que as imagens da
tomogtrafia computadorizada(TC) refletiam a tomografia óssea com
mais precisão que os métodos anteriormente utilizados.
Com o advento dos implantes ósseo-integrados nos
anos sessenta e seu crescente emprego, a partir da década de oitenta, a
interpretação radiográfica ficou ainda mais importante como recurso
diagnóstico para o planejamento cirúrgico-protétíco, a medida que
propicia dados importantes quanto a localização de estruturas
anatómicas nobres auxiliando a melhor localização para fixação dos
implantes.
Entretanto esses exames não apresentaram os
resultados esperados, e essa deficiência em implantodontiadentária,
resulta em diticuldades cirúrgicas, seleção incorreta do comprimento
do implante a ser fixado, causando riscos, de parestesia por exemplo,
pelo comprometimento do feixe vásculo-nervoso mandibular. Essas
1!9
dificuldades levaram, na segunda metade dos anos oitenta, ao
desenvolvimento de programas para computadores capazes de
reformatar dados obtidos da CT scanner nos planos axiais e sagítais
do paciente dentro de imagens conhecidas como reformatação
"multiplanar", tendo-se, apartir de então, definido o papel da
Computer Tomography Scanner como importantíssimo na
implantodontia endo-óssea Frederickcn30 (!994).
O desenvolvimento da tomografia computadorizada
possibilitou a obtenção de imagens tridimensionais, sendo
demonstrado que a mesma é importante na avaliação e planejamento
cirúrgico de implantes dentários Amet & Ganz7 ( 1998); Butterfield et
al. 12 (1997); DelBalso et al19 (1994); Eckerdal & Kvinr" (1986);
Fortin et a1. 28 (1995); Frederiksen29 (1994); Frederikscn30 {1995);
Frederiksen et al.31 (!994); Frederiksen et al.32 (1995); Gogamoiu &
Cavanauglr16 (1999); Gnedes & Faria39 (1999); Jacobs et a1. 42 (1999);
James et al.43 (1991); Jeffcoat et al.44 (1991); Lee & Morgano53
(1994); Lindb et a!. 57 (1995); Modica62 (1991); Tal & Moses85 (1991);
Truitt et al92 (1988); Weinberg95 (1993); Zamunér99 (1994), como
também podemos constatar em nosso trabalho, comparando três
técnicas tomográficas, quando da mensnração da altura de implantes
endo-ósseos de titânio, em mandíbulas maceradas, onde observamos
ampliação das imagens.
Schwarz et ai. 78 (!987); Schwarz et ai. 79 (1987);
Rothrnan74 (1987); Schwarz et a!80 (1989), utilizaram lllll novo
método tomográfico chamado tomogralia computadorizada(TC)
corrigida multiplanar (TC/lv!PR), com nm programa software chamado
120
Dent Scan que demonstrou ser muito útíl na análise pré-operatória de
implantes. As imagens perpendiculares ao rebordo alveolar propiciam
a melhor informação para se avaliar a altura e posição vertical dos
implantes, enquanto que em nossa pesquisa, utilizando o mesmo
programa encontramos mais precisão do que em outras técnicas
tomográficas utilizadas, resultados esses concordantes com os de
Montebelo Filho65 (2000), que utilizou o mesmo programa, mas com
uma metodologia diferente.
Neste trabalho a avaliação das ampliações da altura das
imagens dos implantes difere dos demais trabalhos, pois os implantes
empregados foram endo-ósseos de titânio, com comprimento pré-
estabelecido, diferindo dos trabalhos realizados por Klinge et aL 50
(1989); Poon et al67 (1992); Sonick et aL" (1994); Gher &
Richardson" (1995); Ekestubbe et ai?2 (1997), que empregaram
marcadores metálicos extra-ósseos, geralmente em forma de esfera
com diâmetro conhecido, fixados em guias confeccionados em resina
acrílica. Difere também dos resultados de Stella & Tharanon84 (1990);
Todd et ai'' (1993); Weingnrt & Duker96 (1993); Lee & Morgano53
(1994); Sonick et a!." (1994), que empregaram fios metálicos fixados
nos sulcos dos guias com gnta-percha, também extra-ósseos e
realizaram medidas entre as imagens desses marcadores radiopacos e a
das imagens de algumas estmturas anatômicas da região examinada e
do trabalho de Montebelo Filho" (2000) que comparou as medidas
radiográficas com medidas reais, obtidas cm cortes ósseos da região
em estudo.
121
Os nossos resultados apresentam similaridade com os
obtidos por Todd et at" (1993) que compararam as medidas das
imagens tomográficas convencionais com a computadorizada,
encontraram diferenças inferiores a 1% e os nossos resultados foram
0.63nm; e aos de Sonick et al. 83 (1994), que compararam as medidas
encontradas na ampliação entre as técnicas panorãmica e tomografia
computadorizada, e afirmaram que a diferença média encontrada para
a tomografia computadorizada foi de 0,2mm, enquanto os nossos
foram de 1, 76mm.
Numa comparação das vantagens da radiografia
panorâmica e tomografia computadorizada no diagnóstico para
fixação de implantes dentários com formato de raiz, Reddy et al.11
(1994), informaram urna ampliação na radiografia pruwrãmica de 14%
à 35% comparada com 0% à 4% da tomografia computadorizada,
enquanto nos nossos resultados a radiogra!la panorãmica apresentou
ampliação de 22% e a tomografia computadorízada 9 ,5%.
Comparando a precisão das técnicas radiográficas
odontológicas usadas para avaliação dos locais de fixação de
implantes, Gher & Richardson35 (1 995) mediram a altura das imagens
obtidas de implantes de tit.1nio, fLxados à mandíbula macerada e
concluíram ser a tomografia computadorizada a mais precisa,
concordantes com os nossos resultados. Comparando várias técnicas
radiográ!lcas, Kassebaurn et al. 48 (1992), informaram que as mesmas
variam de acordo com a quantia e a precisão das intbrmações
propiciadas e a ampliação nas imagens resultantes. Encontraram na
tomografia computadorizada a precisão com ampliação igual a zero,
122
ampliação aproximada de 0%. Enquanto que a tomografia
convencional a ampliação foi de 10%, na radiografia panorâmica foi
de 25%. Concluíram que a tomografia compntadorízada apresentam
1magens do tamanho igoal ao real, eliminando a necessidade de
considerar o tàtor ampliação associada às outras técnicas. Os
resultados de nossa pesquisa diferem dos acima citados, pois o grau de
ampliação obtido foram de 9,5% na tomografia computadorízada,
14% na tomografia convencional e 22% na radiografia panorâmica.
Para avaliação da altura entre o rebordo alveolar das
mandíbula e a cortical superior do canal mandibular a tomografia
computadorizada é mais precisa, confom1e demonstrou Klinge et aL50
{1989), quando a comparou com outra~ técnicas radiográfica~:
tomografia convencional e radiografia panorâmica. Todas as imagens
da tomografia computadorizada foram consideradas satisfatórias, pois
94% tiveram uma ampliação de !mm do valor real, para a tomografia
convencional a ampliação ficou por volta de 39% e para a radiografia
panorâmica 17%. Com a mesma linba de pesquisa, Williams et ai. 97
(1992), também encontrou nos seus esstndos uma ampliação de até
!mm, em 94% dos casos, afinnaodo que o cirurgião pode avaliar
seguramente a altura do rebordo alveolar em relação ao canal
mandibular. Lindb et al.57 (1995) compararam as radiografias
panorâmicas, tomografia convenciona! e a tomografia
computadorizada, para avaliar a altura do osso alveolar e concluíram
que a radiografia panorâmica apresentou maior grau de ampliação,
dado este concordante com nossa pesquisa, em hora tenhamos
empregado metodologia diferente.
123
Tavano et al'6 (1999) informaram que a tomografia
computadorizada é mais precisa do que a tomografia convencional ou
a radiografia panorâmica no planejamento da cirurgia de fixação de
implantes dentários, dados estes concordantes com os nossos achados.
Abrahms 1'2 ( 1993), observou em seus trabalhos que as
técnicas de imagens de tomografias convencionais eram inadequadas
na avaliação de pacientes candidatos a implantes e que a radiografia
panorâmica apresenta uma ampliação de 25%. Os implantodontistaq
reconhecem que a tomografia computadorizada da mandíbula
providenciam a melhor informação pré-operatória, o que se assemelha
aos resultados de nossa pesquisa.
De!Balso et aL 19 (1994) estudaram o papel da imagem
diagnóstica na avaliação do paciente a ser submetido a implante
ósseo-integrado, concluíram que a tomografia computadorizada pode
indicar as melhores condições para o planejamento da cirurgia, não
apresentando ampliações, enquanto a radiografia panorâmica
apresenta ampliação de lO à 30%.
Akdeniz et aL 4 (2000) avaliaram a altura e a densidade
óssea por tomografia computadorizada e radiografia panorâmica em
locais selecionados para implantes, encontraram que as medidas
verticais das radiografias panorâmicas apresentarammaior ampliação
em relação a tomografia computadorizada, dado esta concordante com
os de nossa pesquisa.
Em nosso trabalho as imagens verticais dos implantes
teve valor médio de 10,95mm, com valor mlnimo de !0,07mm, valor
máximo de l2,08mm e grau de ampliação igual a 9,5%, valor este
!24
discrepantes aos dos demais autores pesquisados, tais como: Schwarz
et al. 80, !989 (0%); Todd et aL 88, 1993 (!%); Reddy et a!7 \ 1994 (O a
4%).
Os dados aqui apresentados, também devem ser
olhados com algum critério até que os mesmos sejaru comprovados e
utilizados como referência clínica.
7 CONCLUSÃO
Após os resultados, conclui-se que as técnicas
tomográficas: panoràmica, tomografia convencional e tomografia
computadorizada, não são fieis na avaliação dos implantes
(lO,OOmm), pois todas apresentaram ampliação da imagem obtida,
respectivamente de 22% (12,20mm), 14% (11,40mm) e 9,5%
(!0,95mm).
8 REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS*
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ANEXO A- Dados estatísticos complementares da mandíbula
Quadro l -Medidas com paquímctro digital Mítuloyo O.OOmm.
144
Quadro 2- Medidas com paquímetro digital Mitutoyo O.Oümm.
Quadro 3 -Medidas com paquímetro digital Mitutoyo O.Oümm.
r--Implante - -PãiWrâmlêa 1 T. Convencional ··- TC ,
-----=s----- I ---·---$---~-------. 45 12.20 i 1 1.95 11.38 '
-------~ ----------i -·---- --- j
44 l 1.85 . 1!.24 !0.35 i
~ ·--- -----~---. -- --------, 'F_43 . __ 12 19 _ ----~-~35________]__~0.53
42 I 11.41 11.27 I 10.83 - -·
----- ··---1
<----
32 1 1.69 11.26 JO. 73 I ·-- ---- -~·---------;
33 11 66 li 25 I L25l_ ___ Í
-....,---~--'----- -----
34 I 11.62
35 +- 11.86 36 I 12.26
--------l -·----
37 ' 12.30 I -----
11.56
11.67 -- ------~
11.43 -------·
11.24
10.54 I
---_1].36 "=1
- -----"ll'-".5'-=5 __ j
10.78 J
145
Quadro 4- Medidas com paquímetro digital Mitutoyo O.OOmm
Quadro 5- Medidas com paquímetro digital Mitutoyo O.OOmm.
l,EPÉRA, H. Verification of dimension (height) obtain implants
dentistry in titanium, fixed in edentnlons areas of human dry
mandibles, comparison tomography images (panoramic,
conventional tomography and computadoriaed tecniques). 200L
146f Tese (Doutorado em Odontologia, Área de Concentração em
Radiologia Odontológica) - Faculdade de Odontologia de São José
dos Campos, Universidade Estadual Paulista. São José dos Campos.
ABSTRACT
Sice the introductin of endosseous dental imp!ant, diagnose methods using images
have been considered of great value. The anatomical structures of the elected
area, as wellas the re!ationship with issues a4facents needs· be complety clears in
the plarming cif implants, it 's necessary to have accurate dimensions of alf
structures. Some avaliation methods using imagens are presented in the literature
as s.irnple and imprecise but others with larger precision are considered complex.
However, it 's not clear how much diffi::rent the methodv are between the real
dimensions of the osseous structure,v and it 's relativnship with the a<:ijacent
structures. ln the present study, radiographics were taken in twelve fixed implants
in edentulous areas ojfrve human dry mandibles, using panoramic, convenctional
tomography and computeri::ed techniques. Imagens from ali techniques were
measured in arder to obtain the vertical dimension (heigh0 of the implants. The
data were submitled to a ststistical treatment, and it was demonstrated that there
was a great variation, in other worcb;, in the studied samples, the same impla.nt
didn 't present the sarne with proportion, comparing to the real dimensian, among
ali the techniques. ln relation to the accuracy <!f the technique that presents
imagens closer to the real dimension, the results shomved that there was a trend
fhllowing order: computeri:zed tomoghaphy (FC Sytec 3000), convenctional
tomography (Toma.x computer), panoramic (Panoura 10 CSU).
KEYWORDS: Dental implants, panoramic radiography, convencional
tomography,computadorized. tomography, radiology,
Autorizo a reprodução xerográfica deste trabalho
São José dos Campos, junho de 200 l
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