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FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE PAULISTA PRISCILA VINIC CAPRINO F134GE-5 INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES DAS RESINAS COMPOSTAS PARA DENTES ANTERIORES São Paulo 2021 1. INTRODUÇÃO Os materiais resinosos, diferentes da amálgama, são materiais restauradores fundamentais no consultório odontológico com vantagens como, a baixa toxicidade, boa compatibilidade biológica, excelente estética e adesão aos tecidos dentais (FERNÁNDEZ E, et al., 2015 apud NETO, et al., 2021, p.2). A evolução tecnológica das resinas compostas permitiu a reabilitação estética e funcional de elementos dentais fraturados com máxima preservação de estrutura dental sadia, dentro de uma abordagem preventiva e conservadora. (SILVA, MARIZ, 2010, p.1). Motivos como, traumatismos dentários na infância que são bastante comuns e mais frequentes em dentes da região anterior (SANTOS, et al., 2016, p.195), fazem com que, elementos dentais anteriores requerem maior atenção e cuidados, já que a estética é um fator de suma importância a ser restabelecida. (NETO, et al., 2021, p.2) As resina compostas podem ser classificadas de acordo com a composição química da matriz orgânica e o tamanho das cargas nela incorporadas, portanto, como, macroparticuladas, híbridas, microhíbridas, nanoparticuladas e nanohíbridas. (MARSAWA N, et al., 2016 apud NETO, et al., 2021, p.2). O conhecimento clínico das indicações, limitações e propriedades das resinas compostas assim como a aplicação desse material já pode garantir bons resultados em inúmeros procedimentos (SCHWARZ et al.,2013; SIMÕES et al.,2009; VELLASCO et al., 2006; HIRATA, AMPESSAM, LIU, 2001 apud CAMPOS, SILVA, 2017, p.1-2), pois a apresentação final do tratamento realizado precisará do conceito positivo do paciente, mas, deve ser considerados as estruturas do rosto e a forma anatômica do elemento dental. (FERNÁNDEZ E, et al., 2015; MASARWA N, et al., 2016 apud NETO, et al., 2021, p.2). Portanto, este trabalho tem como objetivo mostrar as indicações e contraindicações das resinas compostas para dentes anteriores, através de uma revisão de literatura. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 resinas compostas A evolução tecnológica das resinas compostas permitiu a reabilitação estética e funcional de elementos dentais fraturados com máxima preservação de estrutura dental sadia, dentro de uma abordagem preventiva e conservadora. (SILVA, MARIZ, 2010, p.1). Com o surgimento de resinas que apresentam uma forte união tanto com o esmalte como com a dentina por meio dos sistemas adesivos para esmalte/dentina, as técnicas restauradoras foram aperfeiçoadas (MANDARINO, 2003, p.7). Importante também ressaltar que o desenvolvimento da técnica de condicionamento ácido do esmalte, realizada por Buonocore (1950), foi o passo inicial para o desenvolvimento da odontologia adesiva. (MARANHA, 2017, p.13). As resina compostas podem ser classificadas de acordo com a composição química da matriz orgânica e o tamanho das cargas nela incorporadas, portanto, como, macroparticuladas, híbridas, microhíbridas, nanoparticuladas e nanohíbridas. (MARSAWA N, et al., 2016 apud NETO, et al., 2021, p.2). Devido a formulações diferenciadas ela pode ser empregada de diversas formas no consultório odontológico, como: dispõe de propriedades para ser um material restaurador de uso direto excelente, e é utilizada para fazer núcleo de preenchimento e também como material provisório (KIM KL, et al., 2013 apud NETO, et al., 2021, p.4-5). As resina microparticuladas se comportam muito bem clinicamente em regiões anteriores com envolvimento estético direto e em proximidade ou em contato com gengiva, pois possue composição de matriz e carga semelhantes, o que faz com que obtenham uma superfície muito mais polida. (MANDARINO, 2003, p.11). Lóssio (1990) recomenda sua utilização em cavidades de classe III e V, inclusive as subgengivais devido ao fato desta resina permitir lisura e grande facilidade de polimento. (MANDARINO, 2003, p.11). Segundo Bayne et al. (1994), Farah et al. (1994), Santos & Leinfelder (1982), Lóssio (1990), lesões de classe III e V, pode-se usar resina microparticulada ou híbridas. (MANDARINO, 2003, p.15). Em lesões de classe IV, que é a lesão na face proximal de incisivos e caninos sem a remoção do ângulo incisal, usa-se a resina composta para devolver a estética, morfologia e função à estrutura dental. (MANDARINO, 2003, p.15). Nessa lesão se recomenda o uso de compósitos híbridos, pois normalmente se recebe uma carga mastigatória maior. (EL-DEEB HA, et al., 2016 apud NETO et al., 2021, p.6). Apesar da performance favorável das resinas híbridas, a grande maioria das pesquisas elencaram as resinas microhíbridas como as mais indicadas na restauração de dentes anteriores. (EL-DEEB HA, et al., 2016 apud NETO, 2021, p.6). 2.2 indicações As resinas compostas são indicadas em dentes anteriores quando o dente apresenta alteração de forma ou cor: (MANDARINO, 2003, p.2-3) - classe III; - classe IV; - classe V; - alteração de cor em dentes vitais; - alteração de cor em dentes não vitais; Também são indicadas para facetas diretas em casos de dentes ântero-superiores vitais com a cor alterada por tetraciclina ou fluorose que não respondem com outras técnicas. Como também, dentes ântero-superiores com endodontia, que apresentam a cor alterada e que não respondem favoravelmente ao clareamento; dentes com má formação estrutural como incisivos laterais conóides ou incisivos de Hutchinson; fechamento de diastemas e dentes com certo grau de rotação ou em leve versão labial ou lingual. (MANDARINO, 2003, p.16). A grande maioria das pesquisas elencaram as resina microhíbridas como as mais indicadas na restauração de dentes anteriores. (EL-DEEB HA, et al., 2016 apud NETO, 2021, p.6). 2.3 contraindicações As resinas macroparticuladas são contra-indicadas para restaurações em dentes anteriores pois, pela grande dimensão das partículas de carga, faz com que sejam difíceis de polir. além de apresentar redução de brilho superficial e aumento na frequência ao manchamento por sua facilidade de reter pigmentos. (MANDARINO, 2003, p.10). 3. CONCLUSÃO Conclui-se que a restauração em dentes anteriores com resina composta, deve receber muita atenção e cuidado da parte do profissional, que precisa saber das propriedades mecânicas e ópticas para que se tenha um melhor resultado. (QUAGLIATTO, 2012, p.2), além de saber a anatomia dos elementos trabalhados, e não se esquecendo que o paciente é o último a dar uma avaliação final para o tratamento realizado. Observa-se também que houve uma evolução das resinas compostas que trouxeram diversas propriedades excelentes para diversos tratamentos, principalmente, nos dentes anteriores que podem ter diversos motivos para restauração; e pela revisão de literatura, conclui-se que as resina microhíbridas são de grande valia para a odontologia restauradora de dentes anteriores. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Neto, J. M. de A. e S.; da Silva, L. E. E.; Souza, C. C. B.; Pereira, N. E. de C.; de Mendonça, I. C. G. Utilização de resinas compostas em dentes anteriores. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 13, n. 2, p.1-7, 23, 2021. 2. Quagliatto, P. S.; Soares, P. V.; Calixto, L. R. Restaurações estéticas diretas em dentes anteriores. p.1-34, 2012. 3. Mandariano, F. Restaurações estéticas em dentes anteriores. p.1-32, 2003. 4. Maranha, GO Revisão sistemática da literatura sobre o uso de resinas compostas. 2017. p.1-26. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado) - Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, 2017. 5. Santos, F. G., et al. Reabilitação estética em dentes anteriores permanentes traumatizados. J Health Sci, 18(3), p.195-200, 2016. 6. da Silva, C. H. V., Mariz, A. L. A. Restauração em resina composta de dente anterior fraturado com faceta atípica e técnica digital: relato de caso clínico. p.1-4, 2010.
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