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Materiais Dentários

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UNIDADE CENTRAL DE EDUCAÇÃO FAEM FACULDADE LTDA
FACULDADE EMPRESARIAL DE CHAPECÓ - UCEFF
Recredenciada pela Portaria nº 1.436, de 7 de outubro de 2011.
CURSO DE ODONTOLOGIA
Autorizado pela Portaria nº. 916 de 27 de novembro de 2015.
AV3 MATERIAIS DENTÁRIOS
Disciplina: Dentística Operatória
ALUNA:
NICÓLY POMPERMAIER PEREIRA
PROFESSORES:
BERTHYELLE PADOVA NYLAND
ANA KARINA PALUDO
RUI FERNANDO MAZUR
CHAPECÓ
2023
https://ava.uceff.edu.br/user/view.php?id=847&course=9011
https://ava.uceff.edu.br/user/view.php?id=12269&course=9011
https://ava.uceff.edu.br/user/view.php?id=964&course=9011
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Atividade 1 - Resumo livro Materiais Dentários diretos
Princípios Básicos para as Caracterizações dos Materiais
De forma histórica, os materiais dentários têm tido as funções de repor parte dos
dentes perdidos. Existem quatro tipos de de materiais possíveis, que são: metais,
cerâmicas, polímeros e compósitos.
Propriedades físicas
Os materiais precisam ser processados antes de serem comercializados, isso
porque nenhuma substância pura consegue reunir todas as propriedades que se
deseja para um material restaurador. Assim, a mistura de componentes e
concentração são avaliadas conforme com as propriedades que necessitam ser
priorizadas. Contudo, melhorar uma propriedade pode prejudicar outra, por
exemplo, a amplitude da resistência ao desgaste faz com que o material seja mais
fraco, sendo menos resistente à tração.
Além disso, no ambiente clínico existem materiais que necessitam de mistura de
alguns componentes para realizar uma massa ou líquido que será manipulado.
Saber sobre a tensão de escoamento do material é denominado reologia. As
mudanças de temperatura que acontecem na cavidade oral fazem com que o
conhecimento das propriedades térmicas dos materiais restauradores. Também, o
conhecimento das propriedades ópticas, já que os materiais tendem a mimetizar
as estruturas dentárias.
Reologia
A viscosidade representa uma forma de resistência ao escoamento de materiais
não-cristalinos. Assim, quanto maior as moléculas presentes em um fluido e mais
fortes as uniões entre as moléculas, terá menos escoamento, assim, garantindo
maior viscosidade. Tixotropismo é caracterizado pela propriedade de certos
materiais que se tornam menos viscosos quando agitados ou submetidos a um
esforço mecânico, mas voltam a sua consistência original quando a agitação cessa.
Vários materiais apresentam um comportamento intermediário entre um fluído
viscoso e um sólido com aspectos elásticos. Um material sólido com características
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elásticas puras, a deformação não depende do tempo de aplicação de cargas. No
entanto, há sólidos que dependem da rapidez com que a carga é aplicada, sendo
visto em materiais de moldagem exclusivamente.
Todos os materiais de moldagem são relativamente viscoelásticos naturalmente e
podem passar por deformação permanente quando removidos e regiões retentivas.
A força aplicada para remover o molde da boca e do tempo no qual essa força é
aplicada vai caracterizar a taxa de deformação do material, sofrendo deformação
permanente. O grau de intensidade da força é ditado pelo módulo de elasticidade,
pela espessura e pela quantidade de áreas retentivas. Assim, quanto mais um
material de moldagem reagir elasticamente às forças de remoção, maior qualidade
terá o molde.
É necessário que seja reduzido o quanto mais o comportamento viscoso dos
materiais de moldagem, pois causa deformações plásticas. Quanto mais rápido um
material de moldagem ser removido, mais elástico o material vai se comportar.
Propriedades importantes dos materiais viscoelásticos:
- relaxamento das tensões: diminuição das tensões para materiais
submetidos a deformações constantes;
- creep ou fluência: aumento progressivo da deformação sob influência da
aplicação de uma carga constante.
Propriedades térmicas
Alterações térmicas no meio bucal fazem com que a condução de calor se transmita
em todos os substratos dentais, podendo entrar em contato com a polpa e assim
causar desde pouca sensibilidade até danos irreversíveis.
Calor específico
Equivale a quantidade de calor necessária para aumentar em 1°C um grama de
substância.
Condutividade térmica
Pode ser caracterizada como a quantidade de calor (cal/s) que passa por um corpo
com 1 cm de espessura com secção transversal de 1cm² quando a diferença de
temperatura entre os dois extremos do corpo é 1°C.
Os metais são bons condutores e os polímeros são bons isolantes. Um alto valor
relativo de condutividade térmica significa que não há isolamento térmico indicado
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para a polpa. Nesse caso, para restaurações metálicas é indicada uma base de
outro material com menor condutibilidade.
Difusividade térmica
A difusividade pode ser classificada como a medida da velocidade pela qual um
corpo de temperatura não-uniforme alcança um estado de equilíbrio térmico. Este é
o resultado da condução térmica pelo produto do calor específico e densidade do
material. Assim, essa propriedade faz com que ocorra uma melhor indicação da
forma como um material responde a estímulos térmicos transitórios. É interessante
que os materiais restauradores diretos tenham baixa difusividade térmica, para
evitar aumento de temperatura do órgão pulpar. Contudo, em certas ocasiões, é
importante um alto grau de difusividade, por exemplo, em bases de próteses
parciais ou totais para que o paciente tenha uma boa resposta a estímulos quentes
e frios na boca.
Coeficiente de expansão térmica linear
A energia absorvida quando um material passa por aquecimento desencadeia
aumento da vibração dos átomos e moléculas, assim fazendo com que o material
sofra expansão. Desse modo, a condição de expansão térmica linear é
caracterizada como mudança de comprimento por unidade de comprimento de um
material, quando a temperatura é aumentada ou reduzida em 1°C.
Quando o paciente com um material restaurador ingere alguma bebida gelada, a
restauração e o substrato dentário se contraem, sendo que a intensidade dessa
contração varia do coeficiente de expansão térmica linear (CETL). O CETL é uma
propriedade de equilíbrio, depende do CETL e da difusão térmica a expansão e a
contração que acontece frente aos estímulos térmicos e transitórios.
Propriedades ópticas
Forma, função e estética são muito importantes na odontologia. É necessário ter
conhecimentos referente fenômenos ópticos, de cor, e de propagação de luz. A cor
depende do observador e da luz.
Luz
A luz pode variar de acordo com o ambiente. Referente a luz solar, ela pode ser
influenciada pelo horário e pelas condições climáticas e ambientais , e isso pode
influenciar na cor escolhida para efetuar a restauração. Iluminação com lâmpadas
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convencionais faz com que objetos tenham uma tonalidade mais
vermelho-alaranjado. Nas lâmpadas fluorescentes de alta temperatura os objetos
aparecem azulados. Há lâmpadas que apresentam uma temperatura semelhante a
luz solar, tendo um nível de tonalidade mais semelhante. Além disso, é possível
fazer o uso de espectrofotômetros portáteis, que produzem luz neutra e equilibrada.
Revelando a cor dos objetos
Quando a luz incide sobreos objetos, diferentes tipos de interações podem ocorrer.
Dessa forma, na superfície do objeto, certos comprimentos de onda podem ser
refletidos, absorvidos ou transmitidos. Quando toda a radiação eletromagnética
acaba sendo absorvida, ocorre a ausência de cor, ou seja, o preto. Ao contrário,
quando há reflexão total da luz, o resultado é branco.
As três dimensões da cor
Para ter uma correta descrição da cor dos dentes, descrições verbais não são
suficientes, isso acontece pois assim não é possível identificar padrões objetivos
para permitir a reprodução da cor.
Existe a classificação de matiz, croma e valor. Matiz: cor predominante de um objeto
(A- marrom-avermelhado; B - amarelo-alaranjado; C - cinza-esverdeado; D -
cinza-rosado). Croma: graus de saturação, assim o croma vai de A1 até A4, quando
maior o número, maior a intensidade do matiz. Valor: luminosidade, sendo
delimitada em um extremo superior pelo branco (alto valor) e em extremo inferior
pelo preto (baixo b=valor), e entre os dois existe o cinza. O valor é a dimensão mais
importante quando se fala de seleção de cores na odontologia, visto que
discrepâncias de valor são mais fáceis de perceber do que alterações de matiz e
croma.
Opacidade, translucidez e transparência
A diferença entre opacidade, translucidez e transparência está no grau de
transmissão de luz. Os objetos opacos possuem pigmentos que impedem a
passagem de luz, e então a energia incidente é absorvida ou refletida. Nos
transparentes grande parte da luz incidente é refratada, assim ela atravessa toda a
extensão do corpo até chegar em estruturas que possam absorver ou ou refleti-la.
Também tem os corpos translúcidos, sendo que a luz é parcialmente refratada, por
conta da dispersão dentro do material. O esmalte, por permitir a transmissão de
forma aproximada 70% da luz incidente, quando a espessura de 1mm, é
considerado translúcido, e a dentina é bem menos translúcida, pois permite apenas
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a passagem de 30% de luz. Na região cervical, o croma da dentina aparece com
maior intensidade que na região média, em que a espessura de esmalte é maior.
Seleção da cor na Odontologia
Escala de cores
As escolhas das cores são feitas com uma escala, tendo em sua maioria seguindo
os grupos cromáticos A, B, C, D. Essa escala tem os seguintes pontos negativos:
possui espessura que geralmente não condiz com a situação em que será
reproduzida; apresenta diferenças na coloração nas regiões incisal e cervical; não
há uma gradação definida de luminosidade, considerada atualmente como a
principal dimensão da cor na Odontologia.
Para melhorar a identificação, a escala de cores VITAPAN 3D Master foi lançada.
Ela é dividida em 5 grupos de luminosidade (1,2,3,4,5). Para selecionar a cor, a
luminosidade precisa ser definida, em seguida a saturação e depois a matiz.
Em casa grupo de luminosidade, existem três matizes básicos: amarelado (L),
médio (M) e avermelhado (R), dispostos em sentido horizontal em cada grupo de
luminosidade. A saturação de cada matiz está apresentada em sentido vertical.
Porém, essa escala ainda possui defeitos, como a forma de apresentação com
espessuras inadequadas e diferenças de coloração entre as bordas cervical e
incisal. Existe outra escala que é a Chromascop, ela é dividida em 5 grupos
cromáticos, tendo diferentes níveis de saturação. Além disso, a luminosidade
também é apresentada e aumenta o sentido inverso ao da saturação. No entanto,
como na escala de cores Vita, a Chromascop também tem suas desvantagens,
dentre elas está a forma de apresentação com espessuras inadequadas e
diferenciação de cor nas bordas incisal e cervical, e também apresentam tons de
branco e cinza na escala de matiz, e não de valor. Uma solução das empresas é
produzir escalas de cores específicas para resinas opacas, translúcidas e resinas
para efeito.
Sistemas eletrônicos de seleção de cores
Para diminuir as variáveis no processo de escolha das cores dos dentes, estudos
estão sendo feitos para criar sistemas eletrônicos de detecção de cor.
Propriedades Mecânicas
Existem diferentes fenômenos das propriedades mecânicas, sendo necessário
definir alguns conceitos importantes: corpo de prova (cp) - é uma amostra
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padronizada da substância a ser testada. O parâmetro é necessário para que se
possa comparar resultados de diferentes centros de pesquisa; carga - é uma força
externa aplicada sobre o cp.
Tensão e deformação
No momento em que uma força atua sobre um corpo, a reação dessa carga é
desenvolvida internamente. Essa reação possui a mesma magnitude e direção,
tendo sentido oposto ao da força externa, assim sendo chamado de tensão. As
tensões podem ser de tração (cp resistente ao alongamento), compressão (cp
resistente ao encurtamento), cisalhamento (cp resiste ao deslizamento de planos) e
por flexão (onde aparecem os três tipos de tensões).
Uma resposta para a aplicação de uma força é a deformação do cp, podendo ser
elástica ou plástica.
Curvas de tensão-deformação
A deformação respectiva ao LP (tensão máxima na qual ainda há proporcionalidade
entre a tensão e a deformação) é a elasticidade máxima. Toda a porção reta da
curva, situada em tensões inferiores a 500 MPa, representa o regime elástico do
material. Assim, se o ângulo formado entre a porção reta da curva e o eixo x por
mensurado, temos o módulo de elasticidade do material, representando o grau de
rigidez de um sólido. Também pode ser classificado como a tensão dividida pela
deformação não possuir nenhuma unidade de medida.
Ao contrário dos materiais de moldagem, os materiais restauradores não podem ter
características flexíveis. Como a elasticidade representa a razão entre a tensão,
dentro do regime elástico sabe-se que quanto menor for a deformação para um
determinado valor de tensão, maior será o valor do módulo de elasticidade.
Vale ressaltar que um material com alto índice de LP não significa sempre que ele é
um material rígido (alto módulo de elasticidade), visto que um material restaurador
deve ter um alto índice de LP para não sofrer deformações com a mastigação.
O material A em tensões logo acima do limite de proporção praticamente não sofre
deformações irreversíveis. Contudo, se diz que esse material é frágil ou friável, isso
porque este termo frágil/friável significa que é uma propriedade que é definida pela
incapacidade do material suportar deformação plástica, antes de acontecer a
fratura.
A característica oposta à fragilidade é a ductilidade (força de tração sem sofrer
rupturas) e a maleabilidade (capacidade de sofrer a forças de compressão sem
fraturas). A tenacidade é a capacidade de um material de absorver energia até a
sua fratura.
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Propriedades de resistência
Teste de tração
A resistência do material é a pressão necessária para causar fratura de um corpo de
prova de área conhecida ou para induzir uma certa quantidade de deformação
plástica. A resistência à tração máxima ou tenacidade à fratura pode ser usada para
caracterizar a resistência do material. O valor nominal da resistência à tração é
chamado de razão da força transversal.
Teste de tração diametral
Materiais frágeis quebram sob cargas de tração relativamente muito baixas. Quando
você deseja caracterizar esse tipo de material, o teste de tração não é muito óbvio
devido à baixa condição coesiva do material. Uma opção a este método é usar um
teste de traçãoradial. Neste tipo de verificação, um cp em forma de disco é usado e
o cp é comprimido radialmente para introduzir tensão de tração no plano de
aplicação da carga.
Teste de compressão
Semelhante ao teste de tração, curvas tensão-deformação podem ser feitas e limite
proporcional, módulo de elasticidade,máxima resistência à tração, resiliência e
tenacidade. Este ensaio tem a função de avaliar o material sob tensão de
compressão. Este teste também pode ser usado para avaliar materiais frágeis.
Teste de flexão
A resistência à flexão de um material corresponde à sua resistência à flexão
Dobrável. Essa tensão é comum na cavidade bucal, sobretudo quando o paciente
está usando prótese fixa. Este teste também é conhecido como resistência à flexão
ou resistência transversa.
Resistência à fadiga
Os valores de resistência obtidos de materiais submetidos a cargas estáticas podem
ser muito enganosos quando tais materiais são submetidos a cargas cíclicas.
Poucos materiais falham após uma única aplicação de uma carga abaixo de sua
resistência máxima. É a ação das tensões cíclicas que promove o crescimento e a
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propagação dos defeitos inerentes ao material, levando à fratura rápida e
inesperada. Nesses casos, os valores de tensão que levam à fratura podem estar
bem abaixo da resistência máxima do material.
Resistência ao desgaste
A resistência ao desgaste pode ser um fator importante para examinar a duração de
um material restaurador. O desgaste pode acontecer por um único ou vários
mecanismos, que podem ter origem mecânica ou química.
Dureza
A dureza não é uma propriedade intrínseca de um material e, dessa forma, não
pode ser precisamente definida em termos de unidades fundamentais de massa,
comprimento e tempo. A dureza também é classificada como um indicador da
capacidade de um material de resistir a riscos e indicador indireto da resistência do
material à abrasão.
Caracterização dos polímeros
Os polímeros têm a sua produção baseada em processos que se iniciam pela
produção térmica de radicais livres, com o intuito de ocorrer a polimerização. No
entanto, várias pesquisas têm sido feitas referente a polímeros de polimerização
fotoiniciador. Esses métodos de necessitam da incidência de luz para iniciar o
processo de produção de radicais livres, visto que a incidência de luz permite que a
velocidade e a localização espacial da reação de polimerização possam ser
manipuladas através do controle da intensidade, do tempo, do comprimento de onda
e da distribuição espacial da luz.
Química do mecanismo de polimerização
Estrutura dos polímeros
Os polímeros lineares e ramificados normalmente são solúveis, fundem-se e
escoam, estes são conhecidos como termoplásticos.
As cadeias estão presentes em polímeros reticulados, ligações adjacentes estão
conectadas a outros em posições diferentes por reticulação covalente. Esses
polímeros não se dissolvem, derretem ou fluem facilmente, portanto não podem ser
moldados após a polimerização. Por isso, são chamados de termorrígidos e sua
rigidez se deve a fortes redes de interligação.
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Tipos de polimerização
Existem 3 tipos: a poliadição, a policondensação e a modificação química de um
polímero.
Crescimento em Cadeia ou Poliadição
A poliadição possui três estágios distintos: iniciação, propagação e terminação.
Iniciação ou indução
Nesse estágio, um centro ativo capaz de propagar a reação química é formado por
meio de uma reação entre uma espécie iniciadora e uma unidade monomérica.
Geração de radicais livres por fontes de calor e química
Os peróxidos de benzoila e de acetila são dois exemplos de iniciadores que podem
gerar radicais livres pela ação do calor ou química.
Geração de radicais livres por fonte de luz visível ou ultravioleta
Para que ocorra a polimerização fotoiniciada ou fotoativada é necessário que haja
incidência de luz para iniciar o processo. Essa luz deve ser absorvida por um dos
componentes do sistema reacional, ser de alta intensidade e ser colimada em
regiões específicas do material. O processo de fotoiniciação é desencadeado pela
absorção de um fóton por um fotoiniciador adequado, que ao ser excitado, gera
intermediários que iniciam a polimerização, seja diretamente ou indiretamente. Por
exemplo, quando a canforoquinona é fotoativada, ocorre a sua excitação e quebra
de suas ligações, gerando radicais livres em um comprimento de onda ideal de 468
nm.
Propagação
Esse estágio envolve o crescimento linear da molécula, à medida que unidades do
monômero se fixam uma às outras em sucessão para produzir a molécula da
cadeia.
Terminação
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Existem diversas maneiras pelas quais a propagação pode ser interrompida. Uma
possibilidade é quando as extremidades ativas de duas cadeias em crescimento
reagem entre si e se unem, formando uma molécula que não é mais reativa e,
consequentemente, encerrando o crescimento das cadeias. Outra forma é quando a
extremidade ativa da cadeia reage com um iniciador ou com outra espécie química
que possui apenas uma ligação ativa, também encerrando o crescimento da cadeia.
Crescimento em etapas ou Policondensação
Na reação de policondensação, os monômeros são unidos pela eliminação de uma
pequena molécula, como a água ou um álcool, resultando na formação de
subprodutos. Esse processo é conhecido como desidratação. Os polímeros
formados por policondensação apresentam pesos moleculares menores em
comparação aos obtidos por poliadição. Os polissulfetos e as siliconas de
condensação são exemplos de polímeros que se formam por meio da
policondensação.
Cristalinidade dos polímeros
Um material cristalino é caracterizado pela disposição periódica ou repetitiva dos
átomos em grandes distâncias atômicas, o que proporciona uma ordem de longo
alcance. Durante a polimerização, os átomos se organizam em um padrão
tridimensional repetitivo, no qual cada átomo está ligado aos seus átomos vizinhos
mais próximos. Em geral, os polímeros podem apresentar tanto arranjos espaciais
cristalinos quanto amorfos. O estado cristalino é caracterizado pelo ordenamento e
alinhamento das moléculas em uma estrutura cristalina.
Peso molecular
O peso molecular de uma molécula é o seu valor numérico em unidades de massa
atômica. Embora o termo "peso molecular" seja comumente utilizado, os termos
mais apropriados são "massa molecular", "massa molar" e "massa molecular
relativa", uma vez que estamos lidando com massas, e não com pesos. As
propriedades mecânicas dos polímeros são amplamente influenciadas pelo seu
peso molecular. Em geral, quanto maior o peso molecular, mais resistente é o
polímero. O peso molecular é determinado pela estrutura química do polímero e
pela aplicação para a qual ele é destinado.
Atividade 2 - Propriedade dos materiais
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Introdução – Por que saber as propriedades dos materiais dentários?
Propriedades Físicas :
O que é Reologia e cite exemplos na odontologia.
R: Reologia é o estudo da deformação e do fluxo de materiais sob estresse. Na
odontologia, a reologia é importante para compreender o comportamento dos
materiais odontológicos durante a sua aplicação, manipulação e endurecimento.
Saiba oque é Tixotropismo.
R: Tixotropismo é uma propriedade reológica de materiais que se caracteriza pela
redução da viscosidade com o aumento da taxa de cisalhamento ou agitação, e pela
recuperação gradual da viscosidade quando a agitação é interrompida. Em outras
palavras, um material tixotrópico se torna mais líquido quando é submetido a um
movimento ou força de cisalhamento, como agitação ou aplicação de pressão, e
recupera gradualmente sua viscosidade quando a força é removida e o material é
deixado em repouso.
Diferencie relaxamento das tensões de creep ou fluência.
R:Tanto o relaxamento das tensões quanto a creep ou fluência são fenômenos
reológicos que podem ocorrer em materiais sob tensão, mas diferem na forma como
as tensões se comportam ao longo do tempo.
O relaxamento das tensões ocorre quando um material é submetido a uma carga
constante e as tensões diminuem gradualmente com o tempo, mesmo que a carga
permaneça constante. Esse fenômeno pode ser observado em materiais
viscoelásticos, como algumas resinas e silicones utilizados na odontologia. O
relaxamento das tensões é importante porque pode afetar a estabilidade e a
adaptação de restaurações dentárias e próteses, bem como a sensibilidade de
dentes restaurados.
Já a creep ou fluência ocorre quando um material é submetido a uma carga
constante e a deformação aumenta gradualmente com o tempo, mesmo que a
tensão permaneça constante. Esse fenômeno pode ser observado em materiais
plásticos, como algumas resinas compostas e polímeros utilizados na odontologia. A
creep ou fluência é importante porque pode afetar a integridade e a durabilidade de
restaurações e próteses, especialmente em situações de carga repetitiva ou de
longo prazo.
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Propriedades Térmicas:
O que é calor específico?
R:O calor específico é uma propriedade física de um material que mede a
quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de uma unidade de
massa do material em uma unidade de temperatura. O calor específico é expresso
em J/kg.K e pode variar significativamente entre diferentes materiais.
Diferencie condutividade térmica de difusividade térmica
R: A condutividade térmica é uma medida da capacidade de um material para
conduzir o calor, ou seja, para transferir calor de uma região mais quente para uma
região mais fria. Ela é expressa em W/m.K e depende da estrutura do material, da
sua composição e da sua temperatura.
Já a difusividade térmica é uma medida da facilidade com que o calor se difunde em
um material, levando em conta tanto a capacidade de condução do material quanto
a sua capacidade de armazenar calor. Ela é expressa em m²/s e depende não
apenas da condutividade térmica do material, mas também da sua densidade e
capacidade térmica específica.
.
Por que é importante que os materiais restauradores tenham coeficiente de
expansão térmica linear semelhantes as estruturas dentais?
R: O coeficiente de expansão térmica linear é uma medida da variação dimensional
de um material em resposta a mudanças de temperatura. É importante que os
materiais restauradores tenham um coeficiente de expansão térmica linear
semelhante ao das estruturas dentais porque, caso contrário, as diferenças de
dilatação ou contração térmica podem causar tensões e desadaptação entre o
material restaurador e a estrutura dental.
Essas tensões podem levar a falhas, como trincas, fraturas ou infiltração marginal,
que comprometem a durabilidade e a estabilidade das restaurações e próteses
dentárias. Portanto, a compatibilidade do coeficiente de expansão térmica linear
entre os materiais restauradores e as estruturas dentais é crucial para o sucesso
clínico a longo prazo dessas restaurações e próteses.
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Propriedades ópticas:
Quais são as 3 dimensões das cores utilizadas na odontologia? Diferencie cada
uma.
R: Matiz: É a cor básica da pigmentação, que define se a cor é vermelha, amarela,
verde, azul ou roxa.
Valor: Refere-se ao brilho ou à intensidade da cor. As variações de valor incluem
desde as cores mais claras até as mais escuras.
Croma: Também conhecida como saturação, representa a pureza da cor. Quanto
mais saturada a cor, mais pura ela é.
Quais as diferenças entre opacidade, translucidez e transparência?
R:Opacidade: significa que o material não permite a passagem da luz e não é
possível ver através dele. A cor não é afetada pela cor subjacente do dente ou pelo
ambiente externo.
Translucidez: significa que o material permite a passagem parcial da luz, o que torna
possível ver uma imagem vaga através dele. A cor do material é afetada pela cor
subjacente do dente ou pelo ambiente externo.
Transparência: significa que o material permite a passagem total da luz e é possível
ver claramente através dele. A cor do material é altamente influenciada pela cor
subjacente do dente ou pelo ambiente externo.
Como pode ser realizada a escolha da cor das resinas compostas?
R:Observação da cor natural dos dentes adjacentes ao dente que será restaurado.
Análise da cor do dente a ser restaurado sob diferentes fontes de luz, como a luz
natural do dia e a luz artificial do consultório odontológico; Utilização de guias de cor
para selecionar a cor mais próxima da cor natural dos dentes; Realização de testes
de cor para verificar se a cor selecionada é a mais adequada para a restauração.
Propriedades Mecânicas:
Qual a diferença entre deformação plástica e elástica?
R:A diferença entre deformação plástica e elástica é que a deformação elástica é
temporária, ou seja, quando uma força é aplicada a um material, ele se deforma,
mas quando a força é removida, o material retorna à sua forma original. Já na
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Recredenciada pela Portaria nº 1.436, de 7 de outubro de 2011.
CURSO DE ODONTOLOGIA
Autorizado pela Portaria nº. 916 de 27 de novembro de 2015.
deformação plástica, a deformação é permanente, ou seja, quando a força é
aplicada, o material se deforma e não volta à sua forma original mesmo após a
remoção da força.
O que representa o módulo de elasticidade de um material?
R: O módulo de elasticidade de um material representa a medida da rigidez do
material. Ele é definido como a relação entre a tensão aplicada em um material e a
sua deformação elástica resultante. Em outras palavras, o módulo de elasticidade
mede a capacidade de um material de suportar uma carga sem deformação
permanente.
O que é resiliência?
R:Resiliência é a capacidade de um material absorver energia quando é submetido
a um esforço de deformação elástica e de recuperar sua forma original quando a
carga é removida. É uma medida da capacidade de um material de absorver energia
antes de atingir o ponto de ruptura.
Qual a diferença entre um material friável e maleável?
R: Um material friável é aquele que se quebra facilmente quando submetido a uma
força externa, geralmente em pequenos fragmentos. Já um material maleável é
aquele que pode ser deformado plasticamente sem se quebrar e pode ser moldado
em diferentes formas. A principal diferença entre os dois é que um material friável
não pode ser deformado sem quebrar, enquanto um material maleável pode ser
deformado e moldado sem se quebrar.
Propriedades de resistência:
Quais os testes podem ser utilizados para estudo das propriedades de resistência
dos materiais? Diferencie cada um.
R: Teste de Tração: Neste teste, uma amostra do material é submetida a uma força
axial progressiva em uma máquina de ensaio de tração. A tensão e a deformação
são medidas e utilizadas para calcular o módulo de elasticidade, o limite deelasticidade, o limite de resistência e a ductilidade do material.
Teste de Compressão: Neste teste, uma amostra do material é submetida a uma
força compressiva progressiva em uma máquina de ensaio de compressão. A
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tensão e a deformação são medidas e utilizadas para calcular o módulo de
elasticidade, o limite de elasticidade, o limite de resistência e a compressibilidade do
material.
Teste de Flexão: Neste teste, uma amostra do material é submetida a uma força em
três pontos ou quatro pontos em uma máquina de ensaio de flexão. A tensão e a
deformação são medidas e utilizadas para calcular o módulo de elasticidade, o limite
de elasticidade, o limite de resistência e a tenacidade do material.

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