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Sedaçao e analgesia na uti

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Sedação, Analgesia e 
Delirium na UTI
Miguel Marcelo - R1 Clínica Médica HGWA
Objetivos
● Conhecer a tríade da UTI, os principais métodos 
usados para avaliar e manejar adequadamente 
sedação e analgesia
● Conhecer as ferramentas utilizadas para 
diagnóstico e manejo de Delirium na UTI
Introdução
● Dor é a memória mais comum dos pacientes internados 
em ambiente de UTI
● Sedativos e analgésicos são as drogas mais usadas
● Tríade da anestesia: hipnóticos, sedativos e analgésicos
● Tríade da UTI: dor, agitação e delirium
Analgesia
● Objetivos no controle da dor
○ Primário: conforto do paciente
○ Secundário:
■ Reduzir respostas fisiológicas adversas
■ Prevenir o desenvolvimento de dor crônica
■ Controle de ansiedade e agitação - intubados
Analgesia
● Avaliação e manejo da dor nos pacientes de UTI deve ser um componente 
essencial do cuidado
● Dor não tratada:
○ Curto prazo: gasto energético e imunomodulação
○ Longo prazo: TEPT
● Avaliação difícil: pouca interação ou sedação de pacientes
○ Taquicardia? Hipertensão?
○ Escalas!
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Analgesia multimodal
● Droga ideal: rápido começo, rápida recuperação, pouca 
acumulação, sem dependência e sem efeitos colaterais
● Opioides: base para pacientes críticos
○ Cuidados: RNC, redução drive respiratório, delirium, 
hipotensão, íleo, náuseas e vômitos, retenção 
urinária, tolerância
Analgesia multimodal
● Opióides
● Não opióides: acetaminofeno, cetamina, medicamentos para dor 
neuropática (gabapentina, pregabalina), anestesia local
● Vantagens: otimizar analgesia e reduzir uso e efeitos colaterais dos 
opióides
● Dados limitados sobre resultados em pacientes críticos (duração 
VM e internamento em UTI)
Analgosedação x sedoanalgesia
● Redução da sedação profunda com uso de opioides
● Analgosedação com opioides e risco de delirium
● Titular sedação para RASS 0 para minimizar esse 
risco
Sedação
● Mínimo possível de sedação
● Interrupção diária de sedação:
○ Despertar diário
○ Menor dose total de sedativo
○ Menor tempo em VM e internamento em UTI
● Alvo de sedação:
○ Acordado e confortável com mínimo ou nenhum desconforto
○ Escore de -2 a 0 na escala RASS
Quando pensar em sedação profunda?
● Hipertensão intracraniana
● Insuficiência respiratória grave
● Estado de mal epiléptico refratário
● Inconscientização de pacientes em uso de BNM
Escolha do sedativo
● Pouca evidência da superioridade de algum sedativo 
específico
● Meia-vida curta: propofol, dexmedetomidina, 
remifentanil
● Benzodiazepínicos: possivelmente associados mais 
delirium, dias na UTI e dias em VM
Midazolam
● Agonista GABAérgico
● Meia-vida de 3 a 11h
● Metabolização hepática
● Excreção renal dos metabólitos
Dexmedetomidina
● Alfa-2-agonista de ação central
● Efeitos sedativos, ansiolíticos e analgésicos
● Sedação inicial por 24 horas >> risco de efeitos adversos (hipertensão)
● Eficácia: redução de tempo em VM, redução de delirium
● Dose: 0.2 a 1.5 mcg/kg/hr
● Efeitos adversos: hipotensão, hipertensão, náuseas, bradicardia e FA
● Evitar interrupção abrupta (abstinência). Monitorar os pacientes pós 
interrupção
Delirium
● Alteração da consciência
● Alteração da cognição
● Período curto - agudo
● Flutuação
Inatenção: mais comum característica
Delirium
● Agonistas GABA e drogas anticolinérgicas: associa-se com o aumento do 
risco de delirium
● Diagnóstico clínico -> Condição que costuma ser subdiagnosticada
● Duração do delirium x atrofia cerebral e alteração na substância branca
● Tipos
○ Hipoativo
○ Hiperativo
○ Misto
Delirium
● Prevenção: reorientação, redução de ruídos, hidratação, 
estimulação visual, mobilização precoce
● Medicamentosa: baixas doses de haldol x risperidona?
● Sedação com dexmedetomidina x benzodiazepínicos
● Tratamento:
○ Antipsicóticos
○ Dexmedetomidina
● Reade MC, Finfer S. Sedation and delirium in the intensive care unit. N Engl J Med 2014; 30: 444– 454.
● Oliveira AR, Taniguchi LU, Park M, et al. Manual de residência de medicina intensiva. 5a ed. rev. ampl. São Paulo: 
Manole; 2016
● TIETZE, Karen J.; FUCHS, Barry. Sedative-analgesic medications in critically ill adults: properties, dosage regimens, 
and adverse effects. UpToDate.
Referências
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