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PINESC II RESUMO COMPLETO- THAIS

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THAIS M. SOUTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PINESC II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
THAIS M. SOUTO 
THAIS M. SOUTO 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
 
 
EIXO 1: VIGILÂNCIA EM SAÚDE 
EIXO 2: POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA 
EIXO 3: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL 
(PES) 
EIXO 4: FERRAMENTAS DE ABORDAGEM FAMILIAR 
(GENOGRAMA, ECOMAPA E CICLO DE VIDA FAMILIAR) 
EIXO 5: CONTROLE SOCIAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE 
SAÚDE 
EIXO 6: NORMAS DE BIOSSEGURANÇA 
EIXO 7: PARTICIPAÇÃO POPULAR NA ATENÇÃO 
PRIMÁRIA DE SAÚDE 
EIXO 8: EDUCAÇÃO POPULAR 
EIXO 9: ÉTICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE 
EIXO 10: REDES VIRTUAIS COLABORATIVAS PARA 
MÉDICOS DE FAMÍLIA E COMUNIDADE 
EIXO 11: PROGRAMA SAÚDE NA HORA 
 
Vigilância em Saúde é o processo contínuo e 
sistemático de coleta, consolidação, análise de dados e 
disseminação de informações sobre eventos 
relacionados à saúde, visando o planejamento e a 
implementação de medidas de saúde pública, incluindo a 
regulação, intervenção e atuação em condicionantes e 
determinantes da saúde, para a proteção e promoção da 
saúde da população, prevenção e controle de riscos, 
agravos e doenças. 
A vigilância em saúde tem como objetivo analisar de 
forma permanente as condições de saúde da população 
e o processo de elaboração e organização de medidas 
adequadas para a solução de suas demandas relativas a 
esse contexto, sendo formada por ações de vigilância, 
promoção, prevenção e controle de doenças e agravos à 
saúde, articulando-se como espaço de contato entre 
saberes da epidemiologia, ciências sociais e planejamento, 
devendo estar inserida no cotidiano da Atenção Básica. 
VIGILANCIA DE EFEITOS SOBRE A SAUDE, COMO 
AGRAVOS E DOENÇAS. PERIGOS COMO AGENTES 
QUIMICOS, FISICOS E BIOLOGICOS. EXPOSISAÇÃO DO 
INDIVIDUO OU DE GRUPOS POPULACIONAIS A UM 
AGENTE AMBIENTAL; 
O Sistema Único de Saúde (SUS), em construção desde 
1990, orienta os sistemas de saúde a se organizarem em 
bases territoriais. 
Organização em territórios (riqueza e complexidade das 
relações humanas) 
Características políticas, econômicas e culturais 
Acesso das pessoas aos serviços mais próximos de sua 
residência, PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE, MELHORIA DA 
QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS. 
 Gestores: responsabilização sanitária 
 A Atenção Básica é a principal porta de entrada e 
centro de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado 
e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na 
rede. 
 Na Atenção Básica atende qualquer pessoa em idade, 
 
física, intelectual, funcional e outras. 
 Na Atenção Básica, serão adotadas estratégias para 
minimizar desigualdades/iniquidades, de modo a evitar 
exclusão social de grupos que possam vir a sofrer 
estigmatização ou discriminação, de maneira que 
impacte na autonomia e na situação de saúde; 
 PACTO PELA SAÚDE 
 
gênero, raça/cor, etnia, crença, nacionalidade, 
orientação sexual, identidade de gênero, estado de 
saúde, condição socioeconômica, escolaridade, limitação 
Eixo 1- VIGILÂNCIA EM SAÚDE: ASPECTOS CONCEITUAIS, 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA - CONCEITO, TIPOS DE 
CASOS, LISTAS DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO 
COMPULSÓRIA, SINAN 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
 
 
A Vigilância em Saúde se desdobra em: 
 Vigilância Epidemiológica (doenças transmissíveis 
e agravos de notificação); 
 Vigilância Sanitária (controle de bens, produtos e 
serviços); 
 Vigilância Ambiental (controle de água, resíduos e 
vetores de transmissão de doenças) e 
 Saúde do Trabalhador (prevenção, assistência e 
vigilância dos agravos relacionados ao trabalho). 
 Entre outros; 
 
 
 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
É definida como a "contínua e sistemática coleta, análise 
e interpretação de dados essenciais de saúde para 
planejar, implementar e avaliar práticas de saúde 
pública, intimamente integrada com a periodicidade de 
disseminação desses dados para aqueles que necessitam 
conhecê-los' (CDC 1986). 
Tivemos a ampliação da abrangência da vigilância que 
além de eventos adversos à saúde, passa a acompanhar a 
prevalência de fatores de risco com o objetivo de 
fundamentar estratégias de prevenção, avaliar sua 
efetividade e prever, por exemplo, o aumento da 
incidência da obesidade e de doenças cardiovasculares 
(Morabia 1996). 
Compreende um ciclo de funções específicas e 
intercomplementares, desenvolvidas de modo contínuo, 
permitindo conhecer, o comportamento da doença ou 
agravo selecionado como alvo das ações, de forma que as 
medidas de intervenção pertinentes possam ser 
desencadeadas com oportunidade e eficácia. São funções 
da vigilância epidemiológica: 
• coleta de dados; 
• processamento dos dados coletados; 
• análise e interpretação dos dados processados; 
• recomendação das medidas de controle apropriadas; 
• promoção das ações de controle indicadas; 
• avaliação da eficácia e efetividade das medidas 
adotadas; 
• divulgação de informações pertinentes. 
A Vigilância Epidemiológica, componente da Vigilância 
em Saúde, é um conjunto de ações que proporciona o 
conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer 
mudança nos fatores determinantes e condicionantes da 
saúde individual ou coletiva, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle 
das doenças ou agravos, fornecendo assim orientação 
técnica permanente para os gestores em saúde de modo 
a executar ações voltadas para o controle das moléstias 
e agravos mais prevalentes. 
 Para o controle sanitário de produtos, insumos, 
tecnologias médicas, riscos ambientais e serviços, é 
indispensável a utilização, de forma articulada, de algumas 
funções essenciais de saúde pública, merecendo 
destaque, além da vigilância epidemiológica, a regulação, 
a fiscalização sanitária e a pesquisa (Munoz & cols., 2000, 
Waldman, 1991). Como exemplo, podemos citar as 
implicações em saúde pública, por um lado, da ampliação 
do uso de novas tecnologias voltadas à produção e 
preservação de alimentos e, por outro, das mudanças de 
hábitos alimentares, notadamente em populações 
urbanas. 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os primeiros passos para a introdução da vigilância 
epidemiológica no Brasil foram dados durante a 
Campanha de Erradicação da Varíola, no início da década 
de 1970. Nesta época alguns estados, especialmente o Rio 
Grande do Sul, aplicaram com sucesso esse novo 
instrumento no aprimoramento das atividades de controle 
das doenças imunopreveníveis. 
 
 Caso suspeito: o indivíduo que apresenta alguns sinais e 
sintomas sugestivos de um grupo de agravos que 
compartilha a mesma sintomatologia; Exemplo: pessoa 
que apresenta quadro agudo de infecção, independente 
da situação vacinal; 
 Caso provável: um caso clinicamente compatível, sem 
identificação de vínculo epidemiológico ou confirmação 
laboratorial; 
 Caso confirmado: evidência definitiva de laboratório, 
com ou sem sinais e/ou sintomas compatíveis com a 
doença; 
Clínico: é o caso que apresenta somente os achados 
clínicos compatíveis com a doença, cujas medidas de 
controle foram efetuadas. 
Laboratorial: é o caso que apresentou teste laboratorial 
reativo para detecção de vírus, bactérias, fungos ou 
qualquer outro microrganismo. 
Vínculo epidemiológico: um caso no qual a) o paciente 
tem tido contato com um ou mais pessoas que 
têm/tiveram a doença ou tem sido exposto a uma fonte 
pontual de infecção e b) história de transmissão do agente 
pelos modos usuais é plausível. Um caso pode ser 
considerado vinculado epidemiologicamente a outro caso 
confirmado se pelo menos um caso na cadeia de 
transmissão é confirmado laboratorialmente. 
 Descartado: aquele caso que não atende aos requisitos 
necessários à sua confirmação como uma determinada 
doença. 
RISCO: é um conceito que se refere à 
probabilidade/possibilidade de ocorrência de eventos que 
tenham consequências negativas à saúde, ou seja, que 
possam causar algum tipo de agravo ou dano à saúde de 
um indivíduo,de um grupo populacional ou ao ambiente; 
 
 VIGILÂNCIA SAÚDE TRABALHADOR 
Conjunto de ações feitas sempre com a participação dos 
trabalhadores, com o objetivo de detectar, conhecer, 
pesquisar e analisar os fatores determinantes e 
condicionantes da saúde relacionados ao trabalho, cada 
vez mais complexo e dinâmico. 
A VISATT se divide em três eixos complementares: 
• -Vigilância Epidemiológica; 
• -Atenção à Saúde; 
• -Vigilância dos Ambientes e Processos de Trabalho; 
Impactos da COVID na Vigilância à saúde do 
trabalhador(a): falta de EPIs, sobrecarga de trabalho, 
impactos na saúde mental, etc… 
 VIGILÂNCIA AMBIENTAL 
Um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento 
e a detecção de qualquer mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes do meio ambiente que 
interferem na saúde humana, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle 
dos fatores de risco e das doenças ou agravos relacionados 
à variável ambiental. 
 VIGILÂNCIA EM SAÚDE NA APS 
O trabalho do agente comunitário de saúde e de combate 
às endemias: 
 A notificação de doenças e agravos. 
 A vigilância epidemiológica de óbitos 
 O monitoramento das condições do 
morbimortalidade 
 O TRABALHO DO ACS E ACE 
“Desenvolver atividades de promoção da saúde, de 
prevenção das doenças e de agravos, e de vigilância à 
saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações 
educativas individuais e coletivas nos domicílios e na 
comunidade, mantendo a equipe informada, 
principalmente a respeito daquelas em situação de risco.” 
(BRASIL, 2017) 
na maioria das unidades é dever do ACS e ACE 
realizarem as notificações que ocorrem na unidade de 
saúde; 
 
A notificação compulsória das doenças, instituída no final 
do século XIX, constituiu importante precursor da 
vigilância, sendo até hoje utilizada como estratégia para 
melhor conhecimento do comportamento de doenças na 
LISTA NACIONAL DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO 
COMPULSÓRIA 
AS NOTIFICAÇÕES DEVEM ESTAR DISPOSTAS CONFORME 
SEU TIPO DE CASO, O QUE É PRÉ-ESTABELECIDO DA 
SEGUINTE MANEIRA: 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
comunidade (Thacker & Berkelman, 1988). Constituem 
objeto de notificação compulsória, em todo o território 
nacional, as doenças e agravos abaixo relacionados, 
conforme a Portaria SVS/MS n.º 05: 
 Invasiva por "Haemophilus Influenza"; 
 Meningites; 
 Doenças com suspeita de disseminação 
intencional (subcategorias: Antraz/Varíola); 
 Doenças febris hemorrágicas emergentes ou 
reemergentes (ex.: Ebola); 
 Zika (subcategorias: doença aguda/infecção em 
gestante/óbitos); 
 Esquistossomose; 
 Eventos adversos graves ou óbitos pós-vacinação; 
 Febre amarela; 
 Chikungunya (subcategorias: febre 
Chikungunya/doença em áreas sem 
transmissão/óbitos suspeitos); 
 Febre do Nilo Ocidental; 
 Febre maculosa; 
 Febre Tifoide; 
 Hanseníase; 
 Hantavirose; 
 Hepatites virais; 
 HIV; 
 HIV em gestantes; 
 Infecções por HIV; 
 Novos sorotipos de influenza humana; 
 Intoxicação exógena por substâncias químicas; 
 Leishmaniose tegumentar; 
 Leishmaniose visceral; 
 Leptospirose; 
 Malária (subcategorias: região Amazônica/área 
extra-amazônica); 
 Óbitos infantis e maternos; 
 Poliomielite; 
 Peste; 
 Raiva humana; 
 Rubéola congênita; 
 Doenças exantemáticas (subcategorias: 
sarampo/rubéola); 
 Sífilis (subcategorias: adquirida/congênita/em 
gestante); 
 Síndrome da Paralisia Flácida Aguda; 
 Síndrome Respiratória Aguda Grave associada a 
Coronavírus; 
 Tétano (subcategorias: acidental/fetal); 
 Toxoplasmose gestacional e congênita; o 
 Tuberculose; 
 Varicela (óbitos e internações graves); 
 Violência doméstica; 
 Violência sexual e tentativa de suicídio. 
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
(SINAN) 
Tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar 
dados gerados rotineiramente pelo Sistema de Vigilância 
Epidemiológica das três esferas de governo, por 
intermédio de uma rede informatizada, para apoiar o 
processo de investigação e dar subsídios à análise das 
informações de vigilância epidemiológica das doenças de 
notificação compulsória. 
 O financiamento das ações da vigilância em saúde, 
garantido de forma tripartite, deve ser específico, 
permanente, crescente e suficiente para assegurar os 
recursos e tecnologias necessários ao cumprimento do 
papel institucional das três esferas de gestão, bem como 
deve contribuir para o aperfeiçoamento e melhoria da 
qualidade de suas ações. 
 
 
 PNAB- Política Nacional da Atenção Básica 
Política Nacional de Atenção Básica, ora proposta, 
considera equivalentes os termos Atenção Básica e 
Atenção Primária a Saúde (BRASIL, 2011). Dos princípios 
gerais: 
“A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde 
individuais, familiares e coletivas que envolvem 
promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, 
tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados 
paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio 
de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, 
realizada com equipe multiprofissional e dirigida à 
população em território definido, sobre as quais as 
equipes assumem responsabilidade sanitária.” 
A Unidade Básica de Saúde é caracterizada como a 
porta de entrada principal do Sistema Único de Saúde, 
realizando procedimentos iniciais relativos ao ato de 
acolher, escutar e oferecer uma resolubilidade para a 
maioria dos problemas de saúde da população, ainda que 
este seja efetivamente solucionado em outra instância de 
complexidade atrelada ao SUS. 
Os cuidados dispensados na Atenção Básica são 
classificados como de baixa complexidade, porém 
apresentam caráter fundamental e relevante para o bem- 
estar da comunidade. 
Precisam também dar conta das necessidades de saúde 
da população, em nível individual e/ou coletivo, 
considerando o sujeito em sua singularidade e inserção 
EIXO 2- POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA 
(PNAB): CONCEITO, PRINCÍPIOS E ATRIBUTOS, 
TRABALHO EM EQUIPE, HABILIDADES INTERPESSOAIS E 
ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES DE SAÚDE 
DA FAMÍLIA E DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA 
FAMÍLIA. VISITA DOMICILIAR 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
sociocultural, com o objetivo de desenvolver uma atenção 
integral que impacte na situação de saúde e favoreça a 
autonomia das pessoas e nos determinantes e 
condicionantes de saúde das coletividades. 
A Declaração de Alma-Ata (1978): Promoção e 
proteção da saúde são essenciais para o desenvolvimento 
social e econômico das nações; Participação da população 
no planejamento e implementação dos sistemas de saúde. 
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é 
resultado do conjunto de atores envolvidos com o 
desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único de 
Saúde (SUS), como movimentos sociais, usuários, 
trabalhadores e gestores das três esferas de governo, 
com o objetivo de estabelecer planejamentos e 
estratégias para o fortalecimento nacional da atenção 
básica. 
 
 A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
Principal ferramenta de implementação da Atenção Básica 
na saúde pública, contando com a atuação de equipes 
multiprofissionais voltadas para a abordagem contínua e 
integral da saúde humana, criando assim um ambiente 
de cooperação e troca de saberes entre seus membros e 
os usuários dos serviços prestados por eles. 
A equipe multiprofissional de Saúde da Família (eSF) é 
composta por no minimo: 
 médico; 
 enfermeiro; 
 técnico em enfermagem; 
 ACS. 
E acrescida de quando se tem necessidade e demanda de: 
 Composição mínima e a equipe de saúde bucal 
(eSB). 
 
 Enfermeiro: deve realizar medidas de atenção à 
saúde aos indivíduos e famílias cadastradas na 
USF, agindo, se necessário, nos demais espaços 
comuns da região, efetuar consultas e 
procedimentos, além de prescrever medicações e 
encaminhamentos (em caso de necessidade), 
sempre observando os regulamentos da profissão, 
atender à demanda espontânea da USF, planejar 
e organizar as ações dosACS, atuar em processos 
de educação continuada em saúde e participar da 
gestão dos insumos necessários ao 
funcionamento da Unidade; 
 Medico: participar da atenção à saúde da 
população a ele atribuída, realizar consultas, 
prescrições laboratoriais e medicamentosas, e 
pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades 
em grupo na UBS e nos demais espaços públicos, 
efetuar encaminhamentos a outros centros de 
saúde e autorizar pedidos de internação 
domiciliar/hospitalar, sempre mantendo sua 
responsabilidade para com o paciente, intervir em 
medidas de educação e promoção de bem-estar e, 
por fim, atuar no gerenciamento de insumos 
necessários à Unidade; 
 Agente comunitário de saúde: é responsável pelo 
processo de adstrição familiar na área coberta por 
ele (microárea), mantendo seus cadastros 
atualizados, orientar as famílias acerca da 
utilização dos serviços de saúde disponíveis, 
acompanhar e programar visitas domiciliares 
junto à equipe multiprofissional, atendendo mais 
vezes aqueles núcleos de maior vulnerabilidade, 
engajar-se em ações de prevenção em saúde junto 
à vigilância sanitária e epidemiológica, de modo a 
elaborar atividades educativas na comunidade, 
facilitar a integração entre a equipe da USF e a 
população, além de manter contato com os 
núcleos familiares cobertos, estabelecendo 
vínculos que fomentem sua adesão às estratégias 
propostas; serviços de saúde disponíveis, 
acompanhar e programar visitas domiciliares 
junto à equipe multiprofissional, atendendo mais 
vezes aqueles núcleos de maior vulnerabilidade, 
engajar-se em ações de prevenção em saúde junto 
à vigilância sanitária e epidemiológica, de modo a 
elaborar atividades educativas na comunidade, 
facilitar a integração entre a equipe da USF e a 
população, além de manter contato com os 
núcleos familiares cobertos, estabelecendo 
vínculos que fomentem sua adesão às estratégias 
propostas; visita mínima de 1 vez ao mês em cada 
família de cadastro. 
 Cirurgião-Dentista: realizar procedimentos 
clínicos da atenção básica em saúde bucal, 
atendendo urgências e pequenos procedimentos 
ambulatoriais, seja por demanda espontânea ou 
programada, coordenar ações para a prevenção 
de doenças bucais, agindo conjuntamente a 
outros profissionais atuantes na USF, planejar e 
organizar ações preventivas com base no perfil 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
epidemiológico local, e contribuir para a gestão de 
insumos da Unidade. 
 
É de atribuição geral de todos os profissionais da 
unidade: 
 Utilizar o Sistema de Informação da Atenção 
Básica vigente para registro das ações de saúde; 
 Realizar a gestão das filas de espera, evitando a 
prática do encaminhamento desnecessário; 
 Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos 
de notificação compulsória; 
 Realizar visitas domiciliares e atendimentos em 
domicílio; 
 Participar de reuniões de equipes a fim de discutir 
em conjunto o planejamento e avaliação das 
ações da equipe; 
 Articular e participar das atividades de educação 
permanente e educação continuada. 
Além dos princípios gerais da Atenção Básica, a 
estratégia Saúde da Família deve: 
I - ter caráter substitutivo em relação à rede de Atenção 
Básica tradicional nos territórios em que as Equipes Saúde 
da Família atuam; 
II - atuar no território, realizando cadastramento 
domiciliar, diagnóstico situacional, ações dirigidas aos 
problemas de saúde de maneira pactuada com a 
comunidade onde atua, buscando o cuidado dos 
indivíduos e das famílias ao longo do tempo, mantendo 
sempre postura pró-ativa frente aos problemas de saúde 
doença da população; 
III - desenvolver atividades de acordo com o 
planejamento e a programação realizados com base no 
diagnóstico situacional e tendo como foco a família e a 
comunidade; 
IV - buscar a integração com instituições e organizações 
sociais, em especial em sua área de abrangência, para o 
desenvolvimento de parcerias; e 
V - ser um espaço de construção de cidadania. 
 
 O NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) 
Esse núcleo é composto por profissionais de diferentes 
áreas do conhecimento que, atuando de maneira 
integrada às equipes de saúde da família nelas incluídas as 
equipes de saúde bucal, qualificam o atendimento às 
pessoas. Espera-se que a inserção desses profissionais 
ampliem o olhar e as ações do cuidado, trazendo como 
consequência a diminuição do número de 
encaminhamentos a outros serviços e maior satisfação aos 
usuários. 
O NASF não se configura em um serviço de especialidades 
na Atenção Básica e deve realizar ações compartilhadas 
com as equipes de saúde da família, visando à ampliação 
da clínica e mudança das práticas, contribuindo para uma 
melhor qualidade de vida para as comunidades. 
NASF 1 – Deve realizar suas atividades vinculado a, no 
mínimo, 05 e no máximo 09 equipes Saúde da Família e/ou 
equipes de Atenção Básica para populações específicas 
(consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais). 
NASF 2 – Deve realizar suas atividades vinculado a, no 
mínimo, 3 e no máximo 4 equipes Saúde da Família e/ou 
equipes de Atenção Básica para populações específicas 
(consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais). 
NASF 3 – Deve realizar suas atividades vinculado a, no 
mínimo, 1 e no máximo 2 equipes Saúde da Família e/ou 
equipes de Atenção Básica para populações específicas 
(consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais), 
agregando-se de modo específico ao processo de trabalho 
das mesmas, configurando-se como uma equipe ampliada. 
Algumas ações a serem desenvolvidas pelo NASF são 
descritas, a seguir: 
 Atendimentos compartilhados com as equipes de 
saúde da família na Unidade Básica de Saúde 
(UBS) e em visitas domiciliares;
Atividades de grupo e oficinas; 
 Participação em reuniões de equipes de saúde da 
família para melhoria do diagnóstico e dos 
tratamentos aos usuários, bem como na reflexão 
sobre as mudanças necessárias para melhor 
organização do seu processo de trabalho; 
Articulação intersetorial buscando qualificação 
do atendimento em rede.
 
 A ASSISTÊNCIA DOMICILIAR (AD) 
se insere no contexto da atenção primária à saúde como 
uma forma de promover atendimentos mais 
humanizados e de melhor qualidade à população, 
envolvendo a promoção de saúde e prevenção de 
doenças, sendo exercida majoritariamente pela figura do 
agente comunitário de saúde, responsável por traçar 
planos e metas trabalhados em conjunto pela família e 
equipe multiprofissional, seja aquela pertencente à USF 
ou ao Nasf. 
O envelhecimento da população no Brasil e no mundo está 
ancorado nos avanços tecnológico-assistenciais que 
permitiram o aumento da expectativa de vida. Assim, 
pessoas vivendo com doenças crônicas complexas, como 
Insuficiência Cardíaca Congestiva21,32-34, Doença 
Pulmonar Obstrutiva Crônica grave35, Pacientes sob 
Ventilação Mecânica36, Paralisia Cerebral Infantil35,37, e, 
ainda, aqueles com doenças degenerativas avançadas, 
têm sido apontadas como demandantes de cuidados 
longitudinais, contínuos e de longa duração. 
Nesse contexto, a Atenção Domiciliar tem se mostrado 
como uma opção para reduzir os gastos e para permitir a 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
elaboração de planos de cuidado de forma compartilhada 
com as famílias. 
A análise da relação entre a demanda e a oferta de 
serviços de Atenção Domiciliar em cenários onde operam 
sistemas de saúde com configurações diversas, evidencia 
as principais motivações que desencadearam a 
implantação de serviços de AD, podendo essas ser assim 
sintetizadas: a desospitalização e a liberação de leitos 
hospitalares; a desinstitucionalização de idosos em 
instituições de longa permanência; a racionalização dos 
gastos; a humanização da assistência; a integralidade da 
atenção; o interesse em evitar a internação hospitalar; e 
a reestruturação dos modelos de atenção vigente. 
 
No Brasil, a revisão evidenciou apenas uma 
modalidade de Atenção Domiciliar: a AD em saúde no 
domicílio – este como locus do cuidado,o que revela uma 
necessidade de se olhar para o que se tem feito em outros 
países como possibilidade para organização desse serviço 
no Brasil. As outras modalidades são oferecidas em outros 
países; 
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA A GESTÃO DO 
CUIDADO NA AD 
 ACOLHIMENTO: Acolher é dar acolhida, admitir, 
aceitar, dar ouvidos, dar crédito, agasalhar, 
receber, atender, admitir (MICHAELIS, 2009).
 CLINICA AMPLIADA: A clínica ampliada 
representa também compromisso ético e intenso 
com o sujeito doente visto de modo singular. 
Pauta-se por assumir a responsabilidade sobre os 
usuários dos serviços de Saúde, buscando a 
intersetorialidade para ajudar a solucionar 
problemas, a minimizar a injustiça social e a 
reconhecer os limites do conhecimento dos 
profissionais de Saúde e das tecnologias aplicadas 
(BRASIL, 2004).
 APOIO MATRICIAL: Segundo Campos & Domitti 
(2007), o apoio matricial visa garantir a retaguarda 
especializada às equipes que realizam atenção à 
saúde, tratando-se de metodologia de trabalho
que complementa os mecanismos de referência e 
contrarreferência, os protocolos e as centrais de 
regulação. Propõe-se a ofertar, além de 
retaguarda assistencial, suporte técnico 
pedagógico às equipes de Saúde 
 PROJETO TERAPEUTICO SINGULAR: O projeto 
terapêutico singular (PTS) é um conjunto de 
condutas/ações/medidas, de caráter clínico ou 
não, propostas para dialogar com as necessidades 
de saúde de um sujeito individual ou coletivo, 
geralmente em situações mais complexas, 
construídas a partir da discussão de uma equipe 
multidisciplinar (BRASIL, 2008).
 
 
 A VISITA DOMICILIAR (VD) 
diferentemente da AD, é, em primeiro momento, uma 
estratégia de prevenção e promoção de saúde, podendo 
ser posteriormente determinada como vigilância e 
controle de hábitos de vida individuais, de modo a 
reconhecer a influência desses na vida em sociedade e 
investir em medidas e ações voltadas para garantir o bem- 
estar comum. 
Na ESF, a VD é responsável por inserir o profissional de 
saúde no cenário familiar, identificando potencialidades e 
demandas nesse contexto que podem estar relacionadas 
a sofrimento psicológico e físico. O papel de cada 
profissional no cenário da VD é complementar ao dos 
demais, com o enfermeiro sendo o educador, prestando 
cuidados direcionados em relação à prevenção de 
situações evidenciadas pelo perfil epidemiológico da 
região e o médico promovendo o diagnóstico de uma 
patologia diferencial ou agravo, além de auxiliar com a 
missão de educar. 
 
 
O Planejamento em Saúde, entendido como ação social, é 
um processo que visa à transformação de uma situação 
em outra melhor, por isso pode ser um forte aliado da 
Equipe de Saúde da Família e do Gestor, uma vez que 
disponibiliza ferramentas e tecnologias importantes para 
a identificação dos problemas e na definição de 
intervenções eficientes e eficazes. 
EIXO 3- PLANEJAMENTO EM SAÚDE: CONCEITOS E 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES) E 
ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO. 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
O módulo foi organizado em 5 seções: 
 Planejamento em Saúde 
 Análise Estratégica das condições de saúde 
 Elaboração do Plano de Ação 
 Monitoramento e Avaliação das Ações de Saúde 
 Sistema de Planejamento do SUS. 
O Planejamento é uma prática social que ao mesmo tempo 
que é técnica, é política, econômica e ideológica. 
▸ É um processo de transformação de uma situação em 
outra, tendo em conta um dado finalidade e recorrendo a 
instrumentos e a atividades sob determinadas relações 
sociais, em uma dada organização (Paim, 2002). 
▸ Pode ser estruturado em políticas ou planos, ou um 
cálculo (Matus, 1996) ou um pensamento estratégico 
(Testa, 1995) 
Para Carlos Matus “Planejar significa pensar antes de 
agir, pensar sistematicamente, com método; explicar cada 
uma das possibilidades e analisar suas respectivas 
vantagens e desvantagens; propor-se objetivos. É 
projetar-se para o futuro, porque as ações de hoje terão 
sido eficazes, ou ineficazes, dependendo do que pode 
acontecer amanhã e do que pode não acontecer. 
PLANEJAMENTO: incorpora aspectos de gerência, 
aspectos organizacionais e a ênfase no momento tático- 
operacional, ou seja, no planejamento da conjuntura e na 
avaliação e atualização constante do plano. 
O planejamento passa a estar intrinsecamente 
vinculado à ação e aos resultados/impactos e não 
somente ao cálculo que antecede a ação. 
Planejamento é o cálculo que precede e preside a ação. 
(MATUS,1989). 
O PES pode ser atualizado e adequado conforme as 
necessidades atuais do corpo de gestão, dado o 
dinamismo dos fatores externos que afetam o objeto sob 
análise. 
PROBLEMA: O problema não pode ser apenas um “mal- 
estar” ou uma necessidade sentida pela população - um 
problema nunca é “solucionado” definitivamente, mas 
uma intervenção eficaz na realidade deve produzir um 
intercâmbio positivo de problemas. 
O ATOR SOCIAL: Pessoas, agrupamento humano ou 
uma instituição que é capaz de agir, produzindo fatos em 
uma determinada situação ou realidade. 
O ator, para Matus (1994) deve preencher três critérios: 
• Ter base organizativa 
• Ter um projeto definido 
• Controlar variáveis importantes para a situação. 
 SITUAÇÃO: Conjunto de problemas ou necessidades; 
▸ Múltiplas dimensões da realidade: politica, econômica, 
ideológica, cultural, ecológica 
▸ Visão interdisciplinar e multisetorial 
▸ É dinâmica, articulando passado, presente e futuro 
▸ É ativa 
Para tanto, o Planejamento deve ser estruturado em 4 
momentos fundamentais, o explicativo, o normativo, o 
estratégico e o tático-operacional, a saber: 
 Primeiro momento (explicativo): momento de 
observação ao iniciar o trabalho, com vários 
olhares oriundos dos múltiplos atores envolvidos 
no processo, tendo por finalidade a identificação 
dos “nós críticos”; 
 Segundo momento (normativo): etapa de 
elaboração de prioridades e de ações capazes de 
desatar os nós críticos, estabelecendo quem irá 
atuar diretamente no processo, quais os recursos 
empregados, os cenários possíveis, resultados 
esperados e a identificação de eventuais 
imprevistos; 
 Terceiro momento (estratégico): momento de 
definição da viabilidade do planejamento. 
Requer a formação de estratégias de negociação e 
cooperação para serem utilizada sobre atores 
contrários ou indiferentes, podendo modificar a 
estrutura e trajetória projetadas; 
 Quarto momento (tático-operacional): colocação 
do plano construído em prática (execução do 
plano), com monitoramento constante de sua 
execução para que os possíveis impactos das 
ações propostas possam ser abordados com 
resolutividade. 
Mattus insere em sua pesquisa um ponto central, 
denominado Triângulo de Governo, correlação que 
representa o papel de constante interação entre três 
variáveis: 
 Projeto de governo: é o conteúdo geral dos planos 
propostos, produto não só da realidade do ator, 
mas sim de uma concordância entre as múltiplas 
perspectivas e pontos de vista existentes; 
 Capacidade de governo: está relacionada a 
capacidade de manejo de recursos e habilidades 
por parte do gestor para que o projeto 
supracitado consiga atender aos objetivos 
estabelecidos, situação inteiramente dependente 
do conteúdo desses materiais e da 
governabilidade; 
 Governabilidade do sistema: definida pelo 
conjunto de variáveis diretamente controladas 
pelo ator (situações para as quais ele está 
preparado), sendo que quanto maior seu leque de 
possibilidades nesse quesito, maior sua liberdade 
de ação na execução do projeto inicial. 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
 
 
Para a correta implementação do PES na área da saúde o 
teórico Mário Testa definiu como centro da problemática 
estratégica o poder, que seria diferenciado em três 
classes: 
 Poder administrativo: corresponde às atividades e 
processos que demandam o manejo de recursos; 
 Poder técnico: refere-se ao uso de conhecimentos e 
tecnologia em qualquer nível do setor da saúde; Poder político: definido pela defesa dos interesses de 
diversos grupos que estão envolvidos na temática do 
setor. 
O Planejamento Estratégico Situacional age como um 
cálculo que aumenta a capacidade de previsão dos 
gestores de um determinado setor acerca da questão em 
debate, alcançando esse feito por meio da consideração 
de diversas variáveis políticas, econômicas e sociais; 
 
 
O genograma instrumento interessante para ampliar o 
conhecimento sobre as famílias. Trata-se de uma 
representação gráfica do sistema familiar, 
preferencialmente em três gerações, que utiliza símbolos 
padronizados para identificar os componentes da família 
e suas relações. Os terapeutas familiares utilizam-no como 
estratégia para avaliação e intervenção. Algumas equipes 
da ESF já o empregam para visualização dos agravos de 
saúde e planejamento de ações; 
 O genograma permite identificar, de maneira mais 
rápida, a dinâmica familiar e suas possíveis implicações, 
com criação de vínculo entre o profissional e a 
família/indivíduo. 
O genograma é como uma foto de um determinado 
momento e pode ser refeito quando ocorrem mudanças 
significativas. As equipes da ESF não realizam intervenções 
psicoterapêuticas, mas têm condições de identificar 
pontos de conflito que podem dificultar suas ações de 
promoção de saúde e realizar os devidos 
encaminhamentos. Além disso, podem empregar esse 
instrumento para identificar a presença de problemas de 
saúde, pessoas que necessitem de cuidados especiais e 
outros pontos de interesse para suas intervenções. 
 
 
 
O genograma baseia-se no modelo do heredograma, 
mostrando, graficamente, a estrutura e o padrão de 
repetição das relações familiares, as repetições de 
padrões de doenças, o relacionamento e os conflitos 
resultantes do adoecer (DITTERICH; GABARDO; MOYSES, 
2009). Na configuração proposta, o genograma reúne 
informações sobre a doença da pessoa identificada, as 
doenças e os transtornos familiares, a rede de apoio 
psicossocial, os antecedentes genéticos, as causas da 
morte de pessoas da família, além dos aspectos 
psicossociais apresentados, que, com as informações 
colhidas na anamnese, enriquecem a análise a ser feita 
pelo profissional (MUNIZ; EISENSTEIN, 2009). 
 
 
A vantagem do genograma é que apresenta um modo 
sucinto e universal de representação do grupo familiar, 
compreensível por todos que o conhecem, evitando textos 
longos e muitas vezes pouco precisos e operacionais na 
descrição do grupo familiar. 
O genograma também pode servir como ferramenta de 
conversação, seja com a família, seja com a equipe, 
visando à escuta de diversos pontos de vista sobre dada 
EIXO 4: FERRAMENTAS DE ABORDAGEM FAMILIAR 
(GENOGRAMA, ECOMAPA E CICLO DE VIDA FAMILIAR) 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
realidade e a construção simultânea de uma única forma 
– muitas vezes acaba servindo como instrumento 
terapêutico, constituindo uma estratégia de vinculação, 
consenso e exposição dialogada acerca do grupo familiar 
É importante salientar que o genograma apresenta-se 
como um retrato momentâneo da família, que deve ser 
atualizado com frequência, dadas as modificações 
constantes do ambiente familiar. 
 
 
 ECOMAPA 
O ecomapa, tal como o genograma, faz parte do 
conjunto de instrumentos de avaliação familiar, e os dois 
podem aparecer de forma complementar dentro de um 
prontuário familiar. Enquanto o genograma identifica as 
relações e ligações dentro do sistema multigeracional da 
família, o ecomapa identifica as relações e ligações da 
família e de seus membros com o meio e a comunidade 
onde habitam. Foi desenvolvido em 1975 para ajudar as 
assistentes sociais do serviço público dos Estados Unidos 
em seu trabalho com famílias-problema (AGOSTINHO, 
2007). 
O ecomapa não é mais do que uma representação 
gráfica das ligações de uma família às pessoas e estruturas 
sociais do meio onde habita ou convive (ambiente de 
trabalho, por exemplo), desenhando o seu “sistema 
ecológico”. Identifica os padrões organizacionais da 
família e a natureza das suas relações com o meio, 
mostrando-nos o equilíbrio entre as necessidades e os 
recursos da família (sua rede de apoio social, por 
exemplo). Pode ilustrar, assim, três diferentes dimensões 
para cada ligação (AGOSTINHO, 2007): 
1. Força da ligação (fraca; tênue/incerta; forte); 
2. Impacto da ligação (sem impacto; requerendo 
esforço/energia; fornecendo apoio/ energia); 
3. Qualidade da ligação (estressante ou não). 
 
 
 Ajuda a avaliar os apoios, os suportes disponíveis, sua 
utilização pela família, e pode apontar a presença de 
recursos, sendo o retrato de um determinado momento 
da vida dos membros da família, portanto, dinâmico. 
Qualquer profissional pode montar o ecomapa, visto 
que é um artifício que pode ser utilizado por todos os 
funcionários de uma equipe de saúde, devendo, 
entretanto, contar sempre com a participação e 
cooperação por parte da família-alvo, permitindo assim a 
representação facilitada das conexões sociais familiares, 
sejam elas com serviços prestados na comunidade, grupos 
sociais, relações de trabalho ou aspectos peculiares da 
localidade na qual esse núcleo se insere. Caso existam 
poucas interações, sejam elas internas ou externas, os 
profissionais devem investir de forma mais ostensiva na 
melhoria do bem-estar geral, estimulando a formação de 
uma rede de suporte ou proteção comunitária. 
A esquematização de tais fatores na exposição 
representativa do ecomapa consiste em círculos, 
delimitando cada um dos aspectos sociais relevantes a 
dinâmica do grupo familiar abordado, e em linhas, que 
definem a intensidade e a qualidade dos relacionamentos 
entre esses fatores, além de pontas de seta, 
representando o fluxo de energia ou de recursos 
empregados nessas interações. 
 
 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
 
 
 A utilização das ferramentas para a abordagem 
familiar visando ao entendimento das situações 
encontradas e ao fortalecimento do vínculo aumentará a 
eficácia das ações na Atenção Domiciliar 
 CICLO VITAL DAS FAMILIAS 
O Ciclo de Vida Familiar é uma ferramenta de acesso que 
tem por objetivo estudar a história conformacional da 
família de acordo com seu desenvolvimento, 
possibilitando identificar situações predisponentes às 
disfunções familiares dadas às transformações em papéis 
e tarefas. Objetivou-se apresentar o Ciclo de Vida da 
Família como ferramenta de abordagem orientada à 
promoção e prevenção da saúde. 
O Ciclo de Vida da Família é uma ferramenta de 
abordagem familiar que se baseia na inspeção estática do 
estado conformacional da família e suas interações 
interfamiliares. São considerados seis estágios do ciclo: 
(1) jovens adultos solteiros, 
(2) casamento, 
(3) famílias com filhos pequenos, 
(4) famílias com filhos adolescentes, 
(5) lançando os filhos e 
(6) famílias no estágio tardio de vida. 
A ferramenta tem por finalidade identificar as 
prováveis disfunções enfrentadas pela família, 
especialmente em períodos de transição que exigem 
rearranjos de sua estrutura. 
Representa as várias etapas pelas quais as famílias 
passam e os desafios/tarefas a cumprir em cada uma 
delas, desde a sua constituição em uma geração até a 
morte dos indivíduos que a iniciaram (CERVENY, 1997). O 
entendimento do ciclo vital permite visão panorâmica e 
focal simultaneamente. O estudo do ciclo vital permite 
que o profissional da AD perceba os entraves pelos quais 
a família está atravessando, seja por uma crise previsível 
ou não (CERVENY, 2009). 
 
Famílias em situação de vulnerabilidade 
socioeconômica sofrem a ação de alguns fatores externos 
que encurtam as fases de seu Ciclo Vital, como a gravidez 
na adolescência, que suprimem os segmentos de 
casamento e nascimento do primogênito em troca da 
classificação “famílias com filhos pequenos”. 
Devido à necessidade de trabalhar e estudar, 
adolescentes e adultos jovens deixam seus filhos com os 
avós para criação até que cheguem novamente à 
adolescência, momentono qual passam a ter sua própria 
prole. 
A estrutura, geralmente monoparental e a aglomeração 
de gerações sob um mesmo teto fazem com que famílias 
populares tenham ciclos de vida abreviados, organizados 
da seguinte forma: 
 Família composta por jovem adulto: a busca por formas 
de subsistência pouco exploradas faz com que os 
indivíduos cresçam precocemente (a parti dos 10 anos) e 
por conta própria; 
 Família com filhos pequenos: representa uma grande 
parcela do ciclo, com três ou quatro gerações convivendo 
numa mesma casa, o que faz com que as tarefas se 
misturem; 
 Família no estágio tardio: a condição de “ninho vazio” 
(casa sem filhos, com os idosos vivendo sozinhos) é menos 
comum, uma vez que os mais velhos são mais atuantes na 
dinâmica familiar, educando e sustentando as gerações 
mais novas, fase que vem crescendo nos últimos anos; 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
 
 
O termo controle social é definido como a participação da 
sociedade na elaboração e execução das políticas 
públicas em saúde no Brasil, se envolvendo nos processos 
de gestão, controle administrativo-financeiro e no 
monitoramento dos programas de saúde, proposta 
associada a democratização e politização desse setor. Sua 
origem remonta à sociologia, empregado de forma 
generalista para designar os mecanismos que influenciam 
o comportamento humano de forma a manter a ordem. 
Para a teoria política esse verbete possui definição 
ambígua de acordo com as concepções próprias daquele 
sistema, uma vez que pode relacionar-se ao controle do 
Estado sobre os indivíduos, mas também se associa ao 
papel modulador de setores sociais para com a 
representação estatal de forma a assegurar a sua 
soberania, sendo essa última a concepção atrelada à 
saúde pública brasileira. 
 
A lei nº 8142/90 determina, em consonância com a 
Constituição Federal de 1988, a participação social como 
intrínseca ao funcionamento do SUS, preconizando essa 
atuação por meio de entidades representativas que 
seriam definidas posteriormente por meio da Resolução 
nº 333 de 04/11/2003, instituindo os Conselhos e as 
Conferências de Saúde, sendo que somente a última tem 
caráter exclusivo federal. Ambas as organizações 
apresentam caráter colegiado, com participação regida 
conforme critérios de representatividade (membros 
pertencentes ao governo, profissionais da saúde, 
prestadores de serviços e usuários) e paridade (50% do 
número de membros deve ser formado por usuários do 
SUS, ao passo que a outra metade é dividida entre 
representantes do governo e prestadores de serviços 
[25%] e profissionais da área [25%]). 
De forma a consolidar ainda mais a necessidade da 
atividade e engajamento popular para a correta 
operacionalização do SUS, foi publicada a Portaria nº 
1820, de 13 de agosto de 2009, instituindo os direitos e 
deveres dos usuários da saúde, que tem como princípios: 
1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e 
organizado aos sistemas de saúde; 
2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e 
efetivo para seu problema; 
3. Todo cidadão tem direito ao atendimento 
humanizado, acolhedor e livre de qualquer 
discriminação; 
4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite 
a sua pessoa, seus valores e seus direitos; 
5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que 
seu tratamento aconteça da forma adequada; 
6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos 
gestores da saúde para que os princípios anteriores 
sejam cumpridos 
 A participação popular e o controle social em saúde, 
dentre os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), 
destacam-se como de grande relevância social e política, 
pois se constituem na garantia de que a população 
participará do processo de formulação e controle das 
políticas públicas de saúde. No Brasil, o controle social se 
refere à participação da comunidade no processo 
decisório sobre políticas públicas e ao controle sobre a 
ação do Estado. 
 A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos 
com a representação dos vários segmentos sociais, para 
avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a 
formulação da política de saúde nos níveis 
correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, 
extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. 
 O Conselho de Saúde, em caráter permanente e 
deliberativo, órgão colegiado composto por 
representantes do governo, prestadores de serviço, 
profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de 
estratégias e no controle da execução da política de saúde 
na instância correspondente, inclusive nos aspectos 
econômicos e financeiros, cujas decisões serão 
homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído 
em cada esfera do governo. 
 O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) 
e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde 
(Conasems) terão representação no Conselho Nacional de 
Saúde. 
EIXO 5- CONTROLE SOCIAL: BASES LEGAIS (8142/90) E 
PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA ORGANIZAÇÃO, 
REPRESENTATIVIDADE E GESTÃO PARTICIPATIVA. 
EIXO 7- PARTICIPAÇÃO POPULAR NA ATENÇÃO 
PRIMÁRIA DE SAÚDE. 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° 
desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal 
deverão contar com: 
I - Fundo de Saúde; 
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de 
acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990; 
III - plano de saúde; 
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que 
trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro 
de 1990; 
V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo 
orçamento; 
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos 
e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua 
implantação. 
 
 
 
A biossegurança refere-se ao conjunto de ações voltadas 
para a eliminação ou prevenção de riscos associados de 
forma intrínseca às atividades de pesquisa, ensino, 
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, 
tendo como principal objetivo a manutenção da saúde 
humana e animal, a preservação do meio ambiente e a 
qualidade do trabalho desenvolvido. 
 As ações de biossegurança em saúde são primordiais 
para a promoção e manutenção do bem-estar e proteção 
à vida. A evolução cada vez mais rápida do conhecimento 
científico e tecnológico propicia condições favoráveis que 
possibilitam ações que colocam o Brasil em patamares 
preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) 
em relação à biossegurança em saúde. 
A higienização das mãos representa a medida 
individual mais simples e de menor custo para prevenir as 
infecções relacionadas à atenção à saúde, tendo por 
finalidade a remoção de sujidades e microbiota da pele, 
interrompendo a cadeia de transmissão de doenças 
associadas ao contato físico e redução de transmissões 
cruzadas entre pacientes. 
A técnica a ser empregada varia conforme a atuação do 
profissional e com o grau de sujidade das mãos, caso para 
o qual é recomendada a utilização de água em sabão, ao 
passo que preparações alcoólicas são empregadas nas 
demais situações. 
A fricção deve ser realizada em todas as superfícies da 
mão, principalmente as polpas digitais e espaços 
interdigitais, espaços que podem acumular detritos e 
microrganismos, independentemente dos materiais 
escolhidos para a higienização. 
 
DEVE SEMPRE SER REALIZADA: 
 
 
EIXO 6- NORMAS DE BIOSSEGURANÇA: CONCEITO E 
NORMAS PREVISTAS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE NA 
ATENÇÃO BÁSICA. 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
letais, para as quais existem usualmente medidas 
de tratamento e/ou de prevenção. Representam 
risco se disseminados na comunidade e no meio 
ambiente, podendo se propagar de pessoa a 
pessoa. 
 Classe de Risco 4 Alto risco individual e para a 
comunidade: Inclui os agentes biológicos com 
grande poder de transmissibilidade por via 
respiratória ou de transmissão desconhecida. Até 
o momento não há nenhuma medida profilática 
ou terapêutica eficaz contra infecções 
ocasionadas por estes. 
 
 
RISCO FÍSICO:calor, radiações ionizantes, radiações não 
ionizantes e pressões anormais. 
RISCO ERGONÔMICO: levantamento de peso de forma 
inadequada, stress, excesso de trabalho, trabalho em 
turno ou noturno, arranjo físico inadequado e máquinas e 
equipamentos sem proteção; 
RISCO ACIDENTES: escorregões, quedas, e falta de 
cuidado ao manusear equipamentos. 
RISCO QUIMICO: Os mais diversos produtos químicos são 
utilizados no ambiente hospitalar. Na limpeza, nas 
soluções medicamentosas, produtos para manutenção 
como graxas, óleos etc. 
RISCO BIOLÓGICO: Os riscos biológicos são intensamente 
encontrados em ambientes de saúde. A proteção do risco 
biológico deve ser de acordo com a fonte geradora do 
risco. Nos ambientes como laboratórios de análises 
clínicas e setor de saúde são encontrados altos índices de 
acidente com materiais contaminados. 
 
 
 Classe de Risco 1 Baixo risco individual e para a 
coletividade: Inclui os agentes biológicos 
conhecidos por não causarem doenças em 
pessoas ou animais adultos sadios. 
 Classe de Risco 2 Moderado risco individual e 
limitado risco para a comunidade: Inclui os 
agentes biológicos que provocam infecções no 
homem ou nos outros animais, cujo potencial de 
propagação na comunidade e de disseminação no 
meio ambiente é limitado, e para os quais existem 
medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. 
 Classe de Risco 3 Alto risco individual e 
moderado risco para a comunidade: Inclui os 
agentes biológicos que possuem capacidade de 
transmissão por via respiratória e que causam 
patologias humanas ou animais, potencialmente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POSTERIORMENTE OS RESÍDUOS SERÃO: 
 Coletados e transportados internamente 
 Tratamento interno 
 Armazenamento temporário e externo 
 Coletados e transportados por veículo externos 
 Disposição final. 
PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS IDENTIFICADOS NA 
UBS: 
 
RISCOS AMBIENTAIS 
CLASSIFICAÇÃO DE AGENTES COM BASE EM SEU RISCO 
BIOLÓGICO: 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
 
 
 
 
Educação Popular é, portanto, um modo comprometido 
e participativo de conduzir o trabalho educativo orientado 
pela perspectiva de realização de todos os direitos do povo 
- dos excluídos-, bem como dos seus parceiros e aliados. 
Nela investem os que creem na força transformadora das 
palavras e dos gestos, não só na vida dos indivíduos, mas 
na organização global da sociedade. 
Educação em Saúde é inerente a todas as práticas 
desenvolvidas no âmbito do SUS. Como prática transveral 
proporciona a articulação entre todos os níveis de gestão 
do sistema, representando dispositivo essencial tanto 
para formulação da política de saúde de forma 
compartilhada, como às ações que acontecem na relação 
direta dos serviços com os usuários. 
Pode-se afirmar que hoje uma grande parte das 
experiências da Educação Popular e Saúde está voltada 
para a superação do fosso cultural existente entre os 
serviços de saúde, as organizações não governamentais, o 
saber sanitário e as entidades representativas dos 
movimentos sociais e populares. 
Uma importante contribuição do Brasil à Saúde Pública 
mundial pode ser: a reorientação da APS pela criatividade 
inovadora da participação popular e da perspectiva de 
associar o trabalho em saúde com a luta por uma 
sociedade mais justa e igualitária, superando a abordagem 
restrita do modelo biomédico e da medicina baseada em 
evidências, bem como do olhar para o social centrado 
apenas na epidemiologia quantitativa 
A participação popular na gestão da saúde é prevista 
pela Constituição Federal de 1998, em seu artigo 198, que 
trata das diretrizes do SUS: descentralização, 
integralidade e a participação da comunidade. Essas 
diretrizes orientam a organização e o funcionamento do 
sistema, com o intuito de torná-lo mais adequado a 
atender às necessidades da população brasileira. 
A participação popular não acontece apenas nos 
Conselhos de Saúde e nas Conferências de Saúde, ela 
ocorre também no dia - a - dia do trabalho, com o Agente 
Comunitários de Saúde, em comunidade, ampliando o 
acesso a informação e orientações de cuidados, discussão 
dos problemas de saúde na comunidade e as soluções 
possíveis. 
A participação popular e o controle social em saúde, 
dentre os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), 
destacam-se como de grande relevância social e política, 
pois se constituem na garantia de que a população 
participará do processo de formulação e controle das 
políticas públicas de saúde. 
A participação social da população, fortalece os 
princípios de igualdade, liberdade, diversidade e 
solidariedade. Essa participação, pode ser exercida de 
diversas formas: na família, no bairro, na cidade, no País, 
nas associações civis, culturais, políticas e econômicas, 
dentre outros. Focalizando na saída, as duas formas de 
participação que são prevalentes são: as conferências e os 
conselhos de saúde (BRASIL, 2013). Vale salientar que, a 
participação popular é uma das propostas da Estratégia 
Saúde da Família (ESF), com o apoio da equipe de saúde 
da família para identificar os problemas de saúde que 
abarca a comunidade (OLIVEIRA, L.C. et.al., 2014). O 
conselho de saúde destaca a respeito da representação e 
da representatividade, partindo do pressuposto de que a 
representatividade tem destaque na saúde publica, com a 
participação social sendo uma das diretrizes do SUS 
(PORTARIA nº 2.436, 2017). A representação, por sua vez, 
contempla associações de portadores de patologias e de 
deficiências, movimentos organizados de mulheres em 
saúde, trabalhadores da área da saúde, organizações 
religiosas, dentre outras representações (BRASIL, 2013). 
 EIXO 9- ÉTICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE. 
A conduta ética deve estar interligada aos princípios 
fundamentais para o desenvolvimento da cidadania, 
relação pessoal, relação interpessoal, compartilhamento e 
solidariedade entre os homens. Em muitos casos no 
sistema único de saúde, observa-se que alguns 
profissionais ainda desconhecem o processo de 
humanização vivem agindo de forma incorreta em relação 
ao atendimento e prestação de socorro, entende-se que 
por muitas vezes é ocasionado pela própria falha do 
sistema que em alguns casos não faz uso de materiais 
necessários para o atendimento ao povo. Tudo isso que se 
constitui dentro de um sistema de saúde em sociedade, é 
sempre colocado em pauta para muitos como um descaso 
e até mesmo a violação de um dos principais direitos das 
pessoas em sociedade, que é o direito a saúde. 
A ética nas relações profissionais se faz através de 
responsabilidade, compromisso com o trabalho e com o 
outro, assim como pelo respeito e afetividade às pessoas. 
Para tanto, a ética se desenvolve na formação profissional 
quando atitudes, valores e habilidades são construídos no 
exercício desta prática profissional. 
A Estratégia Saúde da Família (ESF), consta com os 
princípios de ética e bioética, refletindo em toda 
comunidade. (SANTOS, R.M.M. et.al., 2018). 
Os princípios da bioética compreendem: 
EIXO 8- EDUCAÇÃO POPULAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE 
SAÚDE 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
1. Beneficência: dever de ajudar aos outros, de fazer ou 
promover bens a favor dos interesses. Avalia-se os riscos e 
benefícios, buscando mais benefícios para reduzir os 
danos e riscos. 
2. Não-maleficência: objetiva impedir qualquer mal ao 
paciente, evitando danos e riscos. 
3. Autonomia: liberdade de cada ser humano deve ser 
preservada, não negando ajuda externa. 
4. Justiça: relaciona a distribuição adequada coerente e 
adequada de deveres e benefícios sociais (KOERICH, M.S. 
et.al., 2005). 
 
 
O médico de família e comunidade é o especialista que 
atende os problemas relacionados com o processo saúde- 
enfermidade, de forma integral, contínua e sobre um 
enfoque de risco, no âmbito individual e familiar. 
O uso da tecnologia nas Unidades de Saúde, traz muitos 
benefícios para a saúde, abarcando: segurança, eficácia, 
efetividade, custos, custo-efetividade aspectosde 
equidade, impactos éticos, culturais e ambientais. A 
política Nacional de Gestão de Tecnologias de Saúde, 
prioriza ampliar os benefícios de saúde, assegurando que 
a população tenha acesso a tecnologias que sejam efetivas 
e seguras, obedecendo as seguintes diretrizes: 
1. Utilização de evidências científicas para subsidiar a 
gestão por meio da avaliação de tecnologias em saúde. 
2. Aprimoramento do processo de incorporação de 
tecnologias. 
3. Racionalização da utilização de tecnologias. 
4. Apoio ao fortalecimento do ensino e pesquisa em 
gestão de tecnologia em saúde. 
5. Sistematização e disseminação de informações. 
6. Fortalecimento das estruturas governamentais. 
7. Articulação político-institucional e intersetorial 
(PORTARIA nº 2.690, 2009). 
de funcionamento em horário estendido: USF com 60 
horas semanais, USF com 60 semanais horas com Saúde 
Bucal, USF com 75 horas semanais com Saúde Bucal e USF 
ou UBS com 60 horas semanais Simplificado. 
O programa busca ampliar o acesso aos serviços de 
Atenção Primária à Saúde por meio do funcionamento das 
Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades de Saúde da 
Família (USF) em horário estendido. 
O programa também prevê: 
 
 Ofertar ações de saúde em horários mais flexíveis 
para a população, como horários noturno e do 
almoço; 
 Ampliar a cobertura da Estratégia Saúde da 
Família, da Atenção Primária à Saúde e do 
cuidado em Saúde Bucal nos municípios e Distrito 
Federal; 
 Fortalecer a gestão municipal e do Distrito 
Federal na organização da Atenção Primária; 
 Reduzir custos em outros níveis de atenção; 
 Investir mais recursos da União para Atenção 
Primária à Saúde; 
 Diminuir filas em unidades de pronto 
atendimento e emergências hospitalares; 
 Dar suporte aos municípios e Distrito Federal 
para o enfrentamento da Emergência de Saúde 
Pública de Importância Internacional causada 
pelo novo agente coronavírus (2019-nCoV). 
 
 
 EIXO 11: PROGRAMA SAÚDE NA HORA 
O Programa Saúde na Hora foi lançado pela Secretaria 
de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde 
(Saps/MS) em maio de 2019 e passou por atualizações 
com a publicação da Portaria nº 397/GM/MS, de 16 de 
março de 2020. O programa viabiliza o custeio aos 
municípios e Distrito Federal para implantação do 
horário estendido de funcionamento das Unidades de 
Saúde da Família (USF) e Unidades Básicas de Saúde 
(UBS) em todo o território brasileiro. 
Dessa forma, o programa Saúde na Hora conta agora 
com a possibilidade de adesão em quatro tipos de formato 
ACOLHIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA: Existem 
várias definições de acolhimento, tanto nos dicionários 
quanto em setores como a saúde. A existência de várias 
definições revela os múltiplos sentidos e significados 
atribuídos a esse termo, de maneira legítima, como 
pretensões de verdade. Ou seja, o mais importante não é 
a busca pela definição correta ou verdadeira de 
acolhimento, mas a clareza e explicitação da noção de 
acolhimento que é adotada ou assumida situacionalmente 
por atores concretos, revelando perspectivas e 
intencionalidades. Nesse sentido, poderíamos dizer, 
genericamente, que o acolhimento é uma prática presente 
DEMAIS TEMAS QUE ESTAO NA REFERENCIA 
EIXO 10: REDES VIRTUAIS COLABORATIVAS PARA 
MÉDICOS DE FAMÍLIA E COMUNIDADE 
RESUMO PINESC 2/2022 
 
THAIS M. SOUTO 
em todas as relações de cuidado, nos encontros reais 
entre trabalhadores de saúde e usuários, nos atos de 
receber e escutar as pessoas, podendo acontecer de 
formas variadas (“há acolhimentos e acolhimentos”). Em 
outras palavras, ele não é, a priori, algo bom ou ruim, mas 
sim uma prática constitutiva das relações de cuidado. 
Sendo assim, em vez (ou além) de perguntar se, em 
determinado serviço, há ou não acolhimento, talvez seja 
mais apropriado analisar como ele se dá. O acolhimento se 
revela menos no discurso sobre ele do que nas práticas 
concretas. Partindo dessa perspectiva, podemos pensar 
em modos de acolher a demanda espontânea que chega 
às unidades de atenção básica. 
 
EQUIPES DO CONSULTÓRIO NA RUA: A estratégia 
Consultório na Rua foi instituída pela Política Nacional de 
Atenção Básica, em 2011, e visa ampliar o acesso da 
população em situação de rua aos serviços de saúde, 
ofertando, de maneira mais oportuna, atenção integral à 
saúde para esse grupo populacional, o qual se encontra 
em condições de vulnerabilidade e com os vínculos 
familiares interrompidos ou fragilizados. 
Chamamos de Consultório na Rua equipes 
multiprofissionais que desenvolvem ações integrais de 
saúde frente às necessidades dessa população. Elas devem 
realizar suas atividades de forma itinerante e, quando 
necessário, desenvolver ações em parceria com as equipes 
das Unidades Básicas de Saúde do território. 
Ressalta-se que a responsabilidade pela atenção à 
saúde da população em situação de rua como de qualquer 
outro cidadão é de todo e qualquer profissional do 
Sistema Único de Saúde, mesmo que ele não seja 
componente de uma equipe de Consultório na Rua (eCR). 
Desta forma, em municípios ou áreas em que não haja 
eCR, a atenção deverá ser prestada pelas demais 
modalidades de equipes da Atenção Básica. É importante 
destacar, ainda, que o cuidado em saúde da população em 
situação de rua deverá incluir os profissionais de Saúde 
Bucal e os Nasf do território onde essas pessoas estão 
concentradas. 
As equipes dos Consultórios na Rua podem ser 
organizadas em três modalidades : 
Modalidade I – equipe formada minimamente por 4 
(quatro) profissionais, entre os quais 2 (dois) destes 
obrigatoriamente deverão estar conforme a 
letra A (descrição acima) e os demais entre aqueles 
descritos nas letras A e B; 
Modalidade II – equipe formada minimamente por 6 (seis) 
profissionais, entre os quais 3 (três) destes 
obrigatoriamente deverão estar conforme a 
letra A (descrição acima) e os demais entre aqueles 
descritos nas letras A e B; 
Modalidade III – equipe da Modalidade II acrescida de um 
profissional médico. 
Item 1: Enfermeiro, Psicólogo, Assistente Social e 
Terapeuta Ocupacional 
Item 2: Agente Social, Técnico ou Auxiliar de Enfermagem, 
técnico em Saúde Bucal, Cirurgião Dentista, profissional de 
Educação Física e profissional com formação em Arte e 
Educação. 
 
USEI AS DO CADERNO E DO SITE E CADERNOS DO MS. 
 
1. BRAGA, P. P. et al. Oferta e demanda na atenção 
domiciliar em saúde. Ciênc.& Saúde Coletiva, v. 
21, n. 3, p. 903-912, 2016. Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/csc/v21n3/1413-8123- 
csc-21-03-0903.pdf 
2. ANDRADE, L.O.M.; BUENO, I.C.H.C.; BEZERRA, 
R.C.B. Atenção Primária à Saúde e Estratégia de 
Saúde da Família. In: CAMPOS, G.W.S. et al. 
Tratado de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro: 
HUCITEC/Fiocruz, 2012. 
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de 
Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Caderno de atenção domiciliar. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: 
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/ger 
al/cad_vol1.pdf 
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de 
Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Acolhimento à demanda espontânea. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acol 
himento_demanda_espontanea_cab28v1. pdf 
5. ABRAHÃO, A. L; LAGRANGE, V. A Visita Domiciliar 
como uma Estratégia da Assistência no Domicílio. 
In: MOROSINI, M. V. G. C. Modelos de atenção e a 
saúde da família. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 
2007. Disponível em: 
http://www.retsus.epsjv.fiocruz.br/upload/public 
acoes/pdtsp_4.pdf 
REFERENCIAS 
http://www.scielo.br/pdf/csc/v21n3/1413-8123-
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/ger
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acol
http://www.retsus.epsjv.fiocruz.br/upload/publicacoes/pdtsp_4.pdf
http://www.retsus.epsjv.fiocruz.br/upload/publicacoes/pdtsp_4.pdf
PROVAS PINESC 2 
1 
 
 
1- Considerando o que rege a PolíticaNacional de Atenção Básica, é correto afirmar que a Atenção Básica é o 
conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que... 
Escolha uma opção: 
( )envolvem promoção, proteção da saúde e prevenção de doenças através de atendimentos especializados realizados 
na rede hospitalar pertencente a Rede de Atenção à Saúde (RAS). 
( )priorizam o diagnóstico clínico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em 
saúde realizado por equipe especializada dos hospitais do território. 
( )envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados 
paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio da prática de cuidados especializados e gestão centralizada. 
envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos 
e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe 
multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade 
sanitária. 
( )envolvem diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, 
desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizado exclusivamente com equipe de 
médicos vinculados a Rede de Atenção à Saúde (RAS). 
 
2- Considerando o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), formalizado pela Lei nº 6.259, é correto 
afirmar que a vigilância epidemiológica corresponde a... Escolha uma opção: 
( )atividades do ramo da segurança que tem como objetivo prevenir e reduzir perdas patrimoniais em uma determinada 
organização. ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários 
decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviço de interesse da saúde. 
( )ações para controle de bens de consumo que direta ou indiretamente se relacionam com a saúde, compreendidas todas 
as etapas do processo, da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que direta ou indiretamente se 
relacionam com a saúde. 
( )ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes 
e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e 
controle das doenças ou agravos. 
( )atividades de promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim a recuperação e a reabilitação da saúde dos 
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, por meio 
das vigilâncias epidemiológica e sanitária. 
 
3- Considerando o papel da Atenção Básica na Rede de Atenção à Saúde (RAS), analise as sentenças a seguir. 
I- A Atenção Básica é a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e 
ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. 
II- A Atenção Básica é ofertada de forma integral e gratuita exclusivamente para os indivíduos que moram nas áreas 
cobertas e mapeadas, de acordo com suas necessidades e demandas do território. 
III- Na Atenção Básica é proibida qualquer exclusão baseada em idade, gênero, raça/cor, etnia, crença, nacionalidade, 
orientação sexual, identidade de gênero, estado de saúde, condição socioeconômica, escolaridade, limitação física, 
intelectual, funcional e outras. 
IV- Na Atenção Básica, serão adotadas estratégias para minimizar desigualdades/iniquidades, de modo a evitar 
exclusão social de grupos que possam vir a sofrer estigmatização ou discriminação, de maneira que impacte na autonomia 
e na situação de saúde. 
V- A Atenção Básica é composta por Unidades de Saúde de alta complexidade (pequenos hospitais)distribuídas em 
território definido, sobre as quais as equipes assumirão responsabilidade sanitária 
Escolha uma opção: 
A- I, II e III. 
B- II, III e IV. 
PROVAS PINESC 2 
2 
 
 
C- III, IV e V. 
D- I, III e IV. 
E- I, III, IV e V. 
 
4- Associe a coluna da esquerda com as Diretrizes da Atenção Básica à coluna da direita com suas definições. 
A Regionalização e 
Hierarquização 
Desenvolvimento de ações de cuidado de forma singularizada, que auxilie 
as pessoas a desenvolverem os conhecimentos, aptidões, competências e 
a confiança necessária para gerir e tomar decisões embasadas sobre sua 
própria saúde e seu cuidado de saúde de forma mais efetiva 
B Territorialização e 
Adstrição 
Continuidade da relação de cuidado, com construção de vínculo e 
responsabilização entre profissionais e usuários ao longo do tempo e de 
modo permanente e consistente, acompanhando os efeitos das 
intervenções em saúde e de outros elementos na vida das pessoas, 
evitando a perda de referências e diminuindo os riscos de iatrogenia que 
são decorrentes do desconhecimento das histórias de vida e da falta de 
coordenação do cuidado. 
C Cuidado Centrado na 
Pessoa 
Os Territórios são designados para dinamizar a ação em saúde pública, o 
estudo social, econômico, epidemiológico, assistencial, cultural e 
identitário, possibilitando uma ampla visão de cada unidade geográfica e 
subsidiando a atuação na Atenção Básica, de forma que atendam a 
necessidade da população adscrita e ou as populações específicas. 
D Resolutividade Considera-se regiões de saúde como um recorte espacial estratégico para 
fins de planejamento, organização e gestão de redes de ações e serviços de 
saúde em determinada localidade, e a hierarquização como forma de 
organização de pontos de atenção da RAS entre si, com fluxos e referências 
estabelecidos. 
E Longitudinalidade do 
cuidado 
Utilização e articulação de diferentes tecnologias de cuidado individual e 
coletivo, capaz de resolver a grande maioria dos problemas de saúde da 
população, coordenando o cuidado do usuário em outros pontos da RAS, 
quando necessário. 
 
Assinale a alternativa com a sequência correta de cima para baixo: 
A- A, B, C, D, E 
B- A, C, B, D, E 
C- C, E, B, A, D 
D- C, B, E, D, A 
 
5- Considerando as atribuições dos profissionais das equipes que atuam na Atenção Básica de acordo com a Política 
Nacional de Atenção Básica, é correto afirmar que cabe exclusivamente ao médico: Escolha uma opção: 
( )participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias 
e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades; 
( )cadastrar e manter atualizado o cadastramento e outros dados de saúde das famílias e dos indivíduos no sistema de 
informação da Atenção Básica vigente; 
PROVAS PINESC 2 
3 
 
 
( )participar do acolhimento dos usuários, proporcionando atendimento humanizado, realizando classificação de risco, 
identificando as necessidades de intervenções de cuidado, responsabilizando- se pela continuidade da atenção e 
viabilizando o estabelecimento do vínculo; 
( ) alimentar e garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação da Atenção Básica, conforme 
normativa vigente; 
( ) indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento da 
pessoa 
 
6- Considerando o que preconiza a Política Nacional de Atenção Básica, a equipe mínima de Saúde da Família é 
composta por: Escolha uma opção: 
( )Médico, enfermeiro, agente comunitário de saúde e dentista. 
( )Médico, enfermeiro, agente comunitário de saúde e técnico ou auxiliar de enfermagem. 
( )Médico, enfermeiro, agente comunitário de saúde, dentista e auxiliar ou técnico em saúde bucal. 
 
 
7- Considerando o papel do Sistema de Agravos de Notificação Compulsória - SINAN analise as sentenças a seguir. 
I- Tem por objetivo padronizar a coleta e o processamento dos dados sobre agravos de notificação em todo o 
território nacional. 
II- A notificação no SINAN deve sempre aguardar a confirmaçãodiagnóstica de um caso para não serem criadas 
situações de pânico na população em risco. 
III- Fornece informações para análise do perfil da morbidade, contribuindo, desta forma, para a tomada de decisões 
em nível municipal, estadual e federal. 
IV- É alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da Lista 
Nacional de Doenças de Notificação Compulsória em todo Território Nacional. 
Estão corretas: 
A- I e II. 
B- I e III. 
C- I, II e III. 
D- I, II e IV. 
E- I, III e IV 
 
8- No âmbito do SUS, a participação na perspectiva do controle social, possibilita à população Escolha uma opção : 
( )agir sem ajuda de equipes médicas e de apoio às ações de saúde. 
( )contrapor-se e impedir as ações de saúde promovidas pela Administração Pública. 
( )definir que o que é público deve estar sob o controle dos governantes, apenas. 
( )não interferir no controle social, que deve ser traduzido apenas em mecanismos formais. 
( )interferir na gestão da saúde, objetivando colocar as ações do Estado na direção dos interesses da coletividade 
 
9- Considerando a Lei nº 8.142/90 é correto afirmar que a composição dos Conselhos de Saúde é paritária dentre os 
diferentes segmentos sociais sendo; Escolha uma opção: 
( )50% usuários dos serviços de saúde, 25% trabalhadores de saúde e os outros 25% devem ser representação do governo 
e prestadores de serviço. 
( )50% usuários dos serviços de saúde, 40% prestadores de serviços e 10% representantes do governo. 
( )45% usuários dos serviços de saúde, 30% representantes do governo e 25% trabalhadores de saúde. 
( )60% usuários dos serviços de saúde, 20% prestadores de serviços e 10% representantes do governo. 
( )55% usuários dos serviços de saúde, 25% representantes do governo e 15% profissionais de saúde. 
PROVAS PINESC 2 
4 
 
 
10-A política de saúde brasileira tem como característica central o controle social e a participação dos usuários, 
legitimados por meio da Lei 8.142 de 28 de dezembro de 1990. Preencha os espaços em branco com as palavras 
adequadas considerando o controle social no SUS. A(o) reunir-se-á a cada 
com a representação dos vários segmentos sociais para a situação de saúde e as 
diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes. 
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente os espaços em branco. 
( )Conselho de Saúde/ mês/ investigar/ impor 
( )Conferência municipal de Saúde/ 15 dias/ acompanhar/ fiscalizar 
( )Conferência de Saúde/ quatro anos/ avaliar/ propor 
( )Conselho local de Saúde/ 2 meses/ fiscalizar/ acompanhar 
 
11- Em Medicina Geral e Familiar, o genograma familiar é o mais importante método de estudo de uma família. 
Considerando os símbolos utilizados nesse instrumento, analise o quadro abaixo e correlacione a coluna da esquerda 
que contém o símbolo à coluna da direita com o seu significado. 
A /\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\ Relação escassa 
B Relação dominante 
C Relação conflituosa 
 
 
D 
 
 Relação excelente 
E Relação boa 
 
 
 
ESCOLHA UMA OPÇÃO: 
A, D, B, E, C 
B, E, A, D, C 
C, E, A, D, B 
D, A, B, E, C 
B, D, A, E, C 
 
12- Considerando as relações familiares representadas nesse genograma (NÃO TEM O DESENHO), é correto afirmar que 
Escolha uma opção: 
Vera e Maria tem uma relação conflituosa. 
Ricardo tem uma relação conflituosa com Júlio. 
João tem uma relação de proximidade com Ricardo 
Maria tem uma relação de distanciamento com Vera. 
João tem uma relação de muita proximidade com Ana. 
 
13- Na prática do médico de família, a abordagem familiar contribui para o plano de prevenção, de investigação clínica 
e de tratamento de casos simples e complexos. Considerando que o instrumento de abordagem familiar que identifica 
todos os sistemas e relacionamentos envolvidos com a pessoa, com a família e o meio onde vivem, é correto afirmar 
que este instrumento é denominado: Escolha uma opção: 
A- Ciclo vital 
B- Apgar da família 
PROVAS PINESC 2 
5 
 
 
C- Genograma 
D- Ecomapa 
E- RCOP 
 
14- Considerando a importância do uso de EPIs, é correto afirmar que o uso de luvas deve ser feito quando há: 
Escolha uma opção: 
A-Contato com um paciente para exame físico. 
B-Manipulação ou possibilidade de contato com material biológico 
C- Verificação da temperatura corporal via axilar. 
D-Preparação de qualquer tipo de medicação. 
E-Administração de vacinas orais (gotas). 
 
15- Considerando o Planejamento Estratégico Situacional (PES) proposto por Carlos Matus, correlacione a coluna da 
esquerda com cada momento à coluna da direita com seu significado: 
Escolha uma opção: 
A- 1, 2, 3, 4 
B- 2, 4, 1, 3 
C- 4, 3, 2, 1 
D- 3, 2, 1, 4 
E- 2, 3, 4, 1 
 
16- Considerando que os pilares do Planejamento Estratégico Situacional (PES) preconizam a eficiência e a viabilidade 
na implementação de um modelo de monitoramento e gestão, analise as sentenças a seguir. 
I- O objetivo deste instrumento é ampliar a capacidade de previsão, por tratar-se de um cálculo que precede e 
preside ações futuras. 
II- A apreciação da realidade deve levar em conta a complexidade do sistema social e a análise econômica não deve 
ser considerada a única dimensão que explica a realidade na elaboração deste plano. 
III- A definição de prioridades deve ser por meio da análise situacional para permite identificar, formular e priorizar 
os problemas, de acordo com as condições de saúde e os aspectos da gestão. 
IV- O diálogo entre os diferentes atores sobre os temas prioritários e problemas sociais e sanitários da comunidade, 
não devem ser considerados na construção deste plano. 
Está correto apenas o que se afirma em: 
A- I, II e III. 
B- II, III e IV. 
C- I, III e IV. 
D- I, II e IV. 
E- II e III 
PROVAS PINESC 2 
6 
 
 
 
17- Considerando o que rege a Politica Nacional de Atenção Básica julgue as afirmativas a seguir em Verdadeiras ou (F) 
Falsas 
( ) envolvem promoção, proteção da saúde e prevenção de doenças através de atendimentos especializados realizados 
na rede hospitalar pertencente a Rede de Atenção à Saúde (RAS), 
( ) priorizam o diagnóstico clinico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde 
realizado por equipe especializada dos hospitais do território 
( ) envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação redução de danos, cuidados paliativos 
e vigilância em saúde, desenvolvida por meio da prática de cuidados especializados e gestão centralizada 
( ) envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados 
paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada 
com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido sobre as quais as equipes assumem 
responsabilidade sanitária; 
( ) envolver diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, 
desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada realizado exclusivamente com equipe de 
médicos vinculados a Rede de Atenção à Saúde (RAS) 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo. 
A)F_V-V_F_V 
B) V-F-V-V-V 
C) V-F-F_V-F 
D) F-V-F_F-V 
E) F-F-F-V-F 
 
18- Considerando o Distrito Federal ou município aderente ao Programa Saúde na Hora, analise as sentenças abaixo: 
I- deverá possuir USF ou UBS cadastrada no SCNES (Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) 
para o trabalho das equipes de Saúde. 
II- devera possuir gerente de atenção primária, com nível superior, que não seja integrante das equipes vinculadas 
à USF em que exerce a função de gerente. 
III- deverá utilizar prontuário eletrônico que atenda ao modelo de informação definido pelo Ministério da Saúde, 
preferencialmente o e-SUS; 
IV- deverá identificar a USF e UBS

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