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 ANÁLISE DA POLITICA PUBLICA MUNICIPAL NA CIDADE DE FRANCA (SP) 
DE CAPACITAÇÃO AO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL 
 
SOUZA, Aline Cristina de1 
CAVALCANTI-BANDOS, Melissa Franchini2 
 
Eixo Temático: "Instituições, Governança e Desenvolvimento". 
 
RESUMO 
 
O presente artigo visa abordar políticas públicas responsáveis em promover o 
desenvolvimento do país, focado no crescimento das empresas, através de programas de 
capacitação do empreendedor. De maneira específica, é foco do artigo, apresentar e analisar o 
Programa de Apoio ao Empreendedor Local como parte para Política Pública Municipal de 
capacitação ao Empreendedor Individual na cidade de Franca (SP). Para tanto, por meio de 
uma pesquisa exploratória, inicialmente baseada em dados secundários e posteriormente, 
baseada em dados primários, coletados junto aos responsáveis pelo programa, buscou-se 
analisar criticamente o programa, apontando seus pontos fortes e fracos, delineando 
considerações. Verificou-se que é papel do poder público iniciativas de orientação para as 
empresas, de maneira específica ao empreendedor individual que passa por necessidades de 
apoio e ações governamentais em prol do seu desenvolvimento. 
 
Palavras-Chave: política pública, empreendedorismo, capacitação, microempreendedor 
individual. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Os programas de capacitação ao empreendedor são responsáveis pelo 
desenvolvimento dos empreendedores e consequentemente promovem crescimento das 
empresas e impactam no desenvolvimento local e regional. Nesse contexto, destaca-se como 
objetivo central desse artigo apresentar e analisar o Programa de Apoio ao Empreendedor 
 
1 Centro Universitário Municipal de Franca Uni-FACEF. Mestranda. Email: aline_crisouza@hotmail.com 
2 Centro Universitário Municipal de Franca Uni-FACEF (docente de graduação e pós graduação). Doutorado em 
Administração pela FEA-USP. melissafcb@gmail.com. 
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Local como parte para Política Pública Municipal de capacitação ao Empreendedor Individual 
na cidade de Franca (SP). 
É tema relevante no contexto do desenvolvimento regional, pois a obtenção de 
informações, a capacitação por meio de estudos e o desenvolvimento de habilidades tornam-
se essenciais para as empresas sobreviverem melhor na sociedade. 
Stevenson (1993) aborda o empreendedorismo como uma forma nova de criar 
possibilidades de melhorar os recursos, de criar novos seguimentos e criar valores e métodos, 
contudo, para que isso ocorra, o empreendedor devera ira além de suas ideias, gerando 
inovações, terá que aprimorar suas habilidades administrativas para gerenciar seus recursos e 
permanecer competitivo no mercado. 
Foi observado, que muitos empreendedores abriam seus negócios sem ter noções de 
gerenciamento. Segundo o site do SEBRAE (2014), algumas causas que leva a mortalidade 
dessas empresas são falta de: “planejamento prévio, gestão empresarial e comportamento 
empreendedor”. Muitas empresas quando iniciam, não obtém todas as informações 
necessárias para abrir o negócio, e não procuram auxilio especializada de pessoas e empresas 
para apoiar e orientar antes de abrir o negócio. 
Percebendo a necessidade de apoiar estas pequenas empresas, a gestão pública deve 
desenvolver ações para auxiliar estes empreendedores a se manter no mercado, e assim 
consequentemente trazer progresso econômico e social. 
Assim, inicialmente foi realizada uma pesquisa exploratória, baseada em dados 
secundários e após com dados primários, coletados a partir de uma entrevista semiestruturada 
conduzida com os responsáveis pelo programa na Prefeitura de Franca (SP). 
Esse artigo encontra-se escrito a partir dessa introdução, um referencial teórico que 
aborda os temas: políticas públicas, mostrando seus conceitos, em seguida, apresentaram-se 
os conceitos de empreendedorismo e sua grande participação no desenvolvimento e após, 
apresentou-se a importância de programas de capacitação empreendedora, abordou-se sobre o 
MEI (microempreendedor individual) e suas características, bem como a parte legislativa. Na 
sequência, são apresentados os resultados apresentado a análise crítica do Programa de Apoio 
ao empreendedor apontando seus pontos fortes e fracos, delineando considerações a partir das 
entrevistas e referencial teórico, as conclusões e as referências. 
 
 
 
 
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2 REFERENCIAL TEORICO 
 
O desenvolvimento desse artigo aborda os temas: políticas públicas, 
empreendedorismo e capacitação empreendedora. 
Ao buscar uma definição o termo “políticas públicas” encontram-se duas visões a 
multicêntrica e a estadista. A abordagem estatal argumenta que o Estado por ter superioridade 
torna-se responsável em solucionar problemas da sociedade, pois sozinhos não conseguiriam 
corrigi-los. E na abordagem multicêntrica o Estado e a sociedade se unem para solucionar os 
problemas da população. (SECCHI, 2010). 
Políticas públicas tratam do conteúdo concreto e do conteúdo simbólico de decisões 
políticas, e do processo de construção e atuação dessas decisões. . (SECCHI, 2014, 
pg. 1) 
 
Tem a concepção de atuação do Estado diretamente ou indiretamente no setor público 
e privado com o objetivo de desenvolvimento econômico, educacional, social dentre outras 
áreas, através de praticas e ações desenvolvidas para a sociedade. 
Políticas públicas tem o intuito de oferecer o bem comum para a sociedade, oferecer 
qualidade de vida, mas baseado em meios legislativos e regulamentado pelo governo e pelo 
corpo político. 
Entende-se que problemas da população e ate mesmo o próprio governo, consideráveis 
prioritários e de interesse público, são solucionadas por um conjunto de decisões e ações que 
o governo criou que são chamados de políticas públicas. 
As nossas cidades são uma malha política. A água que bebemos, o ar que 
respiramos, a segurança de nossas ruas, a dignidade de nossos pobres, a saúde de 
nossos velhos, a educação de nossos jovens e a esperança para nossos grupos 
minoritários tudo está em estreita ligação com as decisões políticas feitas na 
Prefeitura, na Capital do Estado ou no Distrito Federal. (DEUTSCH, 1979). 
 
De acordo com autor a política publica abrange a todas as classes sociais e idades com 
o intuito de trazer melhorias a todos da população. As ações políticas têm intenções de 
identificar, planejar e formular projetos para poder alcançar um objetivo para toda a 
população. (HOWLETT,2013). O mundo tem passado por varias mudanças e transformações, 
a partir do século XX foram transformando em vários estilos ao modo de viver, pessoas 
começaram a ter visões de como sobreviver ao novo mundo globalizado. Com essas 
mudanças surgiram pessoas com características inovadoras, ousadas, questionadoras e que 
buscavam algo a mais, que pudessem empreender. (DORNELAS, 2001). 
Por isso, o momento atual pode ser chamado de a era do empreendedorismo, pois 
são os empreendedores que estão eliminando barreiras comerciais e culturais, 
encurtando distancias, globalizando e renovando os conceitos econômicos, criando 
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novas relações de trabalho e novos empregos, quebrando paradigmas e gerando 
riqueza para a sociedade. (DORNELAS, 2001, p.21) 
 
O empreendedor tem um papel fundamental de acordo com a citação acima, em que 
tem uma grande parcela do desenvolvimento, devido a isso, o momento presente faz com este 
movimento ganha força e o olhar do Estado, para este grupo começa a ser mudado de uma 
forma de se fazer um novo mercado. Mas para que isto aconteça, esses empreendedores 
precisam estar capacitados para que o desenvolvimento aconteça de uma maneira positivista, 
contudo cria-se através do Estado um auxílio para o ensino dos empreendedores. 
Por meio de um programa de capacitação pode-se adquirir habilidades, 
conhecimentos, necessários para direcionar os empresários. Parte-se do enfoque do programa 
é de que os participantes antes aprendem e motivem, pois atravésdestes métodos, possam 
utilizar para alcançar metas, pois o intuito do programa é modificar o comportamento e a 
concepção dos empresários. 
O objetivo geral de um Programa de Capacitação para Empreendedores é a mudança 
de comportamentos pessoais junto com atributos de uma gestão para que uma empresa tenha 
um bom funcionamento e sucesso. Esta transformação para o empreendedor estará se 
beneficiando de novos conhecimentos, habilidades e terá novas atitudes e comportamentos em 
relação ao negocio, á mudanças de hábitos, de necessidade e até mesmo de valores. 
(MARTINEZ, 1997). 
Este artigo mostra a relação da capacitação dos empreendedores com as ações que a 
política publica oferece, abordando características que precisam ser desenvolvidas com a 
responsabilidade que o Estado tem no desenvolvimento. 
De acordo com Castanhar 
Investir na qualificação e no aprimoramento da capacidade empresarial e do talento 
empreendedor existentes no país pode gerar um altíssimo retorno não só pelos 
resultados diretos que se podem obter, como também pela melhoria na eficácia de 
outras políticas governamentais que dependem de empresários mais qualificados 
para ser bem-sucedidas (CASTANHAR, 2005, p.168). 
 
Para o autor a qualificação destes empresários é necessária para o desenvolvimento, 
pois através deles gerarão mais empregos, pessoas qualificadas, mais tributos, trazendo 
benefícios para todos. 
A Política Pública modificou seu olhar para as micro e pequenas empresas na década 
de 90, então se criou o primeiro regulatório a Lei n° 9.317/1996, conhecida como Lei Federal 
da Simples, onde a tributação das micros e pequenas empresas serão diferenciadas, e a Lei n° 
9.841/1999, conhecida como Estatuto da micro pequena Empresa, regulamentando nas 
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relações de trabalho. Foram revogadas pela Lei Complementar n° 123/2006, instituiu o 
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, desta forma foi 
estabelecido tratamento diferenciado das outras organizações. 
De acordo Legal está disposta no artigo 18-A da Lei Complementar no. 123/2006 
(redação dada pela Lei Complementar n° 139, de 10 de novembro de 2011): 
 
Art. 18-A. O Microempreendedor Individual – MEI poderá optar pelo recolhimento 
dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos 
mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma 
prevista neste artigo. (produção de efeitos: 1° de julho de 2009) 
§ 1° Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o empresário 
individual a que se refere o art. 966 da Lei n° 10.406, de 10 de Janeiro de 2002 
(Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até 
R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja 
impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. (BRASIL, 2011) 
 
 Foram estabelecidos limites para definir as pessoas que seriam MEI, tanto para ter 
benefícios na abertura da empresa quanto na parte fiscal que será diferenciadas e beneficiadas. 
Outra forma de mencionar os benefícios para esta categoria é a Lei Geral Municipal: 
Art. 2°. Esta lei estabelece normas relativas: 
I – aos incentivos fiscais; 
II – alterações no processo de abertura e baixa; 
III – aos incentivos á geração de empregos; 
IV – aos incentivos á formalização de empreendimentos; 
V – a unicidade do processo de registro e de legalização de empresários e de pessoas 
jurídicas; [...] ( Lei Geral Municipal, 2007) 
 
O programa MEI foi criado com intuito de minimizar o índice de informalidade no 
Brasil com impostos menores, e também para atender uma classe que cresce na diversidade de 
atividades sem nenhum direcionamento. Terá como consequência a geração de empregos, 
mais tributos e renda ao município, e assim trazendo desenvolvimento para o local. 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
Com o objetivo central de apresentar e analisar o Programa de Apoio ao 
Empreendedor Local como parte para Política Pública Municipal de capacitação ao 
Empreendedor Individual na cidade de Franca (SP), o artigo foi escrito a partir de uma 
pesquisa exploratória, inicialmente baseada em dados secundários, e posteriormente, baseada 
em dados primários. 
Os dados secundários foram obtidos em de livros, artigos científicos e sites da internet. 
Os dados primários foram coletados a partir de uma entrevista conduzida com o Diretor de 
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Indústria, Comercio e Serviços da Prefeitura de Franca (SP), no mês de julho de 2016. A 
entrevista foi semi-estruturada, a partir de um roteiro previamente realizado, norteando temas 
interessantes e questões a serem pesquisadas. Buscou-se analisar criticamente o Programa de 
Apoio ao Empreendedor Local apontando seus pontos fortes e fracos, delineando 
considerações. 
 
4 RESULTADOS 
 
Verificou-se, após a coleta de dados que, o Programa de Apoio ao Empreendedor 
Local na cidade de Franca é um programa de capacitação ao Micro Empreendedor Individual, 
criado a partir da Política Municipal com o objetivo de beneficiar empreendedores em sua 
qualificação e capacitação. Esse programa foi criado desde 2009, sendo intensificado em 
2011, após criação do Decreto n° 9.662 de 2011 e atualizações posteriores. 
O público-alvo do programa são os empreendedores que iniciaram suas atividades ou 
que estão com iniciativas de abrir um negócio e precisam de orientações de como administrar 
seus negócios. 
 Assim, a abordagem pedagógica usada na capacitação está centrada em práticas reais 
da vivência diária dos empresários. A ideia desse programa é influenciar o comportamento 
dos empreendedores, alertando-os sobre as reais necessidades de sua empresa. O método 
usado visa conciliar a teoria com a prática (realidade), e com isso, desenvolver mudanças 
comportamentais, usando a psicologia. O programa está baseado na conscientização das 
necessidades atuais oriundas do mercado, sendo também um ambiente “seguro” para o 
microempreendedor tirar suas dúvidas e discutir situações reais pela qual passa sua empresa. 
Junto ao Programa de Apoio ao Empreendedor Local estão interligados no mesmo 
local a Escola Municipal Profissionalizante - Caminho para o Emprego e o projeto "Do 
Empreendedorismo ao Profissionalismo", integrado futuramente ao programa "Sala do 
Empreendedor de Franca". 
Dessa forma, o Programa de Apoio ao Empreendedor Local na cidade de Franca 
consiste em tornar o poder público municipal em um agente facilitador e incentivador de 
novos empreendimentos geradores de renda e emprego. Busca-se desmistificar a visão de se 
ter a prefeitura como "inimigo" ou como um órgão que irá impedir o empreendedor de ter sua 
atividade própria formalizada e regulamentada legalmente. 
Considerando a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, LC no. 123 de 2006, a 
Prefeitura de Franca, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento, criou-se o Decreto n 
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9.662 de 2011, com o apelo de desburocratização, acesso a mercados e gestão empresarial 
para todos: 
Este decreto regulamenta a execução dos programas municipais de incentivo aos 
microempreendedores individuais e às micro e pequenas empresas, em especial: 
I – incentivo à geração de emprego; 
II – incentivo à formalização de empreendimento; 
III – Implantação do SIL – Sistema integrado de licenciamento; 
IV – Obrigatoriedade da observância, em nível municipal, dos benefícios genéricos 
destinados às micro e pequenas empresas referentes às compras públicas. 
V – Inovação tecnológica e educação empreendedora; 
VI – Incentivo ao associativismo e cooperativismo. 
 
 De acordo com a entrevista realizada, constatou-se que no inicio do ano de 2009, 
havia 22.000 Cadastros de Pessoas Jurídicas (CNPJ), e no final do mesmo ano esses cadastros 
foram para 45.000, na cidade de Franca. Assim, novas empresas e negócios se formalizaram 
acima do crescimento populacional e se diminui o índice de mortalidade das empresas em 
Franca. 
A prefeitura não temnúmeros exatos das pessoas que receberem os benefícios, mas 
sabe que o novo modelo de licenciamento do município, que agora é integrado e eletrônico, e 
que pode ser utilizado por todos os empreendedores do município, atualmente apresenta mais 
de 42.000 micro e pequenas empresas, sendo que 12000 são empreendedores individuais. 
Hoje em dia, a Sala do Empreendedor realiza em torno de 1000 atendimentos ao mês, 
e realiza em média 50 capacitações ao mês. Tratando apenas das capacitações em gestão 
empresarial, já passaram pelos cursos de Finanças, Administração e Marketing, 
Empreendedorismo Básico, Liderança Eficaz, Fluxo de Caixa e empreendedorismo na Prática, 
mais de 1500 empreendedores com negócios abertos ou em potencial, com negócios a serem 
abertos. 
Acredita-se que as perspectivas de continuidade para o próximo governo é possível, 
pois o Programa de Apoio ao Empreendedor Local tem como alicerce a base para geração de 
renda e de emprego na cidade de Franca. Com a manutenção e ampliação deste programa é 
possível manter o desenvolvimento econômico sustentável em Franca, melhorando ainda mais 
os índices como o IFDM - Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, que classificou o 
município entre as 20 melhores do país e as 15 melhores do Estado de São Paulo. 
Destacam-se como pontos fortes: a oportunidade que a prefeitura oferece para pessoas 
que não teriam condições financeiras de frequentar um curso ou uma faculdade e têm a 
necessidade prática dessa capacitação; a oportunidade que muitos empreendedores tem de 
ampliar sua visões acerca de seus negócios, melhorando a gestão organizacional; e a 
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viabilidade de oferecer ao empreendedor um ambiente de informações “seguras”, 
possibilitando esclarecimento de dúvidas e orientações reais nos seus negócios. 
Contudo, destaca-se como ponto franco: a falta de mecanismo que visem o 
acompanhamento de resultados com o objetivo de identificar a efetividade de mudança de 
comportamento entre os participantes dos cursos de capacitação e empreendedorismo. 
O programa hoje conta com horas de consultoria com instrutores capacitados, o que 
facilita o processo de colocar em prática o que foi passado na teoria em sala. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A competitividade tomou dimensões globais na economia, possibilitando o 
aquecimento dos mercados. Nesse cenário, está o empreendedor, com a missão de direcionar 
sua empresa, que pode ser industrial, comercial ou de serviços. Assim, ele precisa ampliar seu 
conhecimento, suas informações, desenvolvendo suas habilidades e competências, a fim de 
compreender o contexto mercadológico, os potenciais e as fragilidades organizacionais e 
melhorar a qualidade da sua tomada de decisão, modificando procedimentos e métodos 
existentes. 
O empreendedorismo, portanto, é um elemento útil que potencializa o 
desenvolvimento, pois empresas bem preparadas ampliam a circulação de renda e geram mais 
empregos. Assim, a atuação do Estado, por meio de políticas públicas torna-se fundamental, 
pois o empreendedor muitas vezes sente-se despreparado e com dificuldades e dúvidas na sua 
gestão. 
Dessa forma, programas de capacitação ao empreendedor como o Programa de Apoio 
ao Empreendedor Local existente na cidade de Franca (SP) é uma forma de capacitar o 
empreendedor, por meio de informações e discussões atuais, sendo também um ambiente em 
que o empreendedor tem condições de tirar dúvidas reais de seu dia-a-dia. Esse programa é 
uma oportunidade oferecida pela prefeitura para pessoas que não teriam acesso a informações 
e tem a necessidade prática dessa capacitação, trata-se de uma forma dos empreendedores 
ampliarem suas visões acerca de seus negócios. 
Constatou-se, então que o Programa de Apoio ao Empreendedor é de grande 
importância, fazendo parte da Política Pública Municipal de incentivo a gestão empresarial 
para todos, de maneira específica, voltado ao empreendedor individual que passa por 
necessidades de apoio e ações governamentais em prol do seu desenvolvimento. 
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Uma das limitações do programa relaciona-se com a avaliação, dificultando identificar 
a efetividade de mudança de comportamento entre os participantes dos cursos de capacitação 
e empreendedorismo. 
A partir do levantamento do programa, não existe uma fórmula geral e única para 
todos os empreendedores, pois a realidade de cada empresa é diferente. Constatou-se o 
Programa tem o desafio de capacitar e orientar diversas situações empresariais e buscar 
ferramentas para identificar o potencial de cada empreendedor e relacionar com as 
características comportamentais e o desenvolvimento do seu negócio. 
 
6 REFERÊNCIAS 
 
DEUTSCH, K., Política e Governo, Brasilia: Editora Universidade de Brasilia, 1979 
DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor. São Paulo: Editora de cultura, 2005. 
DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa – uma idéia, uma paixão e um plano de 
negócios: como nasce o empreendedor e se cria uma empresa. São Paulo: Editora Cultura, 
2008. 
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. Rio 
de Janeiro: Campus, 2001. 
GONÇALVES, Alcindo. Políticas públicas e a ciência política. In: BUCCI, Maria Paula 
Dallari (Org.). Políticas públicas – Reflexões sobre o conceito jurídico. São Paulo: Saraiva, 
2006. 
HOWLETT, M. el al. Política Pública: seus ciclo e subsistemas – uma abordagem integral. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 
MARTINEZ, A.M. Criativida.de, personalidade e educação. São Paulo: Papirus, 1997. 
MASSA-ARZABE, Patrícia Helena. Dimensão Jurídica das políticas públicas. In: BUCCI, 
Maria Paula Dallari (Org.). Políticas públicas – Reflexões sobre o conceito jurídico. São 
Paulo: Saraiva, 2006. 
SARFATI, Gilberto; 2013. Estágios de desenvolvimento econômico e políticas públicas de 
empreendedorismo e de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) em perspectiva 
comparada: os casos do Brasil, do Canadá, do Chile, da Irlanda e da Itália. Disponível 
<http://www.scielo.br/pdf/rap/v47n1/v47n1a02> . Acesso em 04 julho 2016. 
SECCHI, Leonardo. Políticas Públicas. Conceitos, Esquema de análise, Casos Práticos.São 
Paulo: Cengage Learning, 2010. 
10 
 
STEVENSON, H.H.. New business ventures and the entrepreneur. Boston: Irwin, 1993. 
CAUSA MORTIS O sucesso e o fracasso das empresas nos primeiros 5 anos de vida. 2014. 
SEBRAESP. Disponível 
<http://www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/EstudosPesquisas/mortalidade/causa_
mortis_2014.pdf> Acesso em 05 de agosto 2016.

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