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BIOLOGIA_MEMBRANA PLASMÁTICA

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LARISSA MIKI OHOTAGURO | 05 FEV 2023 
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Membrana Plasmática 
 
Definição 
A membrana plasmática corresponde ao envoltório fino, poroso e semipermeável que reveste a 
célula dos seres procariotos e eucariotos, delimitando o meio intra e extracelular, além de 
possibilitar o reconhecimento de substâncias e permitir a adaptabilidade. 
 
Estrutura 
A membrana plasmática é composta, basicamente, por uma 
bicamada de fosfolipídios, de arranjo antiparalelo, e na qual estão 
ancoradas ou atravessadas diversas proteínas. Assim, a 
membrana caracteriza-se pelo modelo de mosaico fluido, dado a 
sua composição diversa de proteínas e fluidez concedida pelos 
fosfolipídios. 
• Fosfolipídios: lipídios anfifílicos, isto é, sua cabeça 
(constituída por fosfato e glicerol) é hidrofílica e suas 
caudas (compostas por ácidos graxos) são hidrofóbicas. 
 
• Proteínas: 
o Proteínas de reconhecimento: proteínas específicas 
de uma espécie ou grupo que permitem a 
identificação de elementos estranhos; 
o Proteínas receptoras: proteínas de modelo chave-
fechadura que recebem sinais do meio externo e que 
podem desencadear respostas dentro da célula, permitindo alterações e adaptações; 
o Proteínas de transporte: proteínas específicas para uma ou um grupo de compostos 
químicos, permitindo sua passagem pela membrana mais facilmente; 
o Proteínas de adesão: proteínas que promovem a união de células adjacentes; 
o Proteínas de ancoragem ao citoesqueleto: proteínas que promovem a locomoção 
intracelular; 
 
 
 
 
O 
CH2 
P 
R 
O– O 
O 
CH CH2 
O 
C O 
O 
C O 
 Estrutura do fosfolipídio 
LARISSA MIKI OHOTAGURO | 05 FEV 2023 
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Comparação entre Membranas 
A estrutura de bicamada de fosfolipídios é comum às membranas de todos os seres vivos, assim 
como a presença de proteínas acopladas à estrutura. A diferença está nos tipos de proteínas 
presentes nas membranas. 
 
→ Célula animal 
→ Colesterol: gordura presente entre as 
caudas hidrofóbicas dos fosfolipídios, 
que modula a fluidez da membrana; 
→ Glicocálix: carboidratos aderidos às 
proteínas (glicoproteínas) ou aos lipídios 
(glicolipídios), responsáveis pela 
proteção química e mecânica das 
superfícies celulares, pelo 
reconhecimento, adesão celular e por 
conceder a especificidade celular; 
→ Especializações essenciais para a 
formação e manutenção dos tecidos: 
junção aderente (formação de 
“barreiras”), desmossomo (união de 
células), junção comunicante e 
microvilosidade (aumento da superfície 
de absorção dos nutrientes); 
→ Célula vegetal 
▪ Parede celular: fibras de celulose 
(carboidratos resistentes à pressão d’ 
água) que concede resistência à lise, 
proteção e defesa contra microrganismos 
e manutenção da forma celular; 
 
Transporte Através da Membrana 
O transporte através da membrana pode se dar de maneira passiva, sem gasto de energia, ou 
ativa, com gasto de energia. 
 
→ Transporte passivo: processo físico no qual as substâncias são capazes de atravessar a 
membrana, à favor do gradiente de concentração, sem esforço. 
 
 
 
• Difusão – espalhamento das moléculas e átomos na busca pelo equilíbrio. 
 
[ + ] meio hipertônico [ – ] meio hipotônico 
LARISSA MIKI OHOTAGURO | 05 FEV 2023 
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o Difusão simples: passagem do soluto (pequenos, apolares e lipossolúveis) através da 
bicamada de fosfolipídios, uma vez que a membrana é permeável ao composto; 
o Difusão facilitada: passagem do soluto através de proteínas facilitadoras (permeases) 
acopladas à membrana, podendo ser proteínas canais (formadoras de poros não 
específicos) ou proteínas carreadoras (estabelecendo interações específicas com o 
soluto); 
• Osmose – difusão do solvente através de uma membrana semipermeável do meio 
hipotônico para o meio hipertônico, ou seja, corresponde a um processo que ocorre contra o 
gradiente de concentração do soluto, mas à favor do equilíbrio da solução. 
 
→ Transporte ativo: processo biológico no qual as substâncias que não conseguem atravessar de 
forma passiva envolvem o gasto de energia para ocorrer contra o gradiente de concentração. 
 
 
 
• Transporte por bomba iônica – passagem de íons através de uma proteínas acoplada à 
membrana, com a utilização da energia gerada pela quebra de ATP. 
o Bomba de sódio e potássio (exemplo): proteína que possibilita a manutenção das 
diferenças de concentração no interior das células nervosas, isto é, baixa 
concentração de íons sódio e alta concentração de íons potássio. Essa bomba 
funciona a partir da ligação de três íons Na+ e do ATP ao sítio-alvo da proteína. 
Nessa ligação, o ATP perde um fosfato, possibilitando o gasto de energia e alterando 
a forma da proteína, liberando os íons Na+ no meio extracelular. Por sua vez, dois 
íons K+ se ligam aos seus sítios-ativos, sendo liberados para dentro da célula na 
medida em que a proteína retorna à sua conformação original com auxílio do fosfato 
liberado na primeira etapa. 
 
→ Englobamento: transporte que dá por vesículas de membrana plasmática. 
• Endocitose – interiorização de macromoléculas. 
o Fagocitose: englobamento de partículas grandes por pseudópodes; 
o Pinocitose: englobamento de líquidos e pequenas partículas por invaginações da 
membrana; 
• Exocitose – liberação de substâncias para o meio extracelular. 
o Clasmocitose: eliminação de restos celulares não necessários à célula por meio de 
vesículas residuais que se fundem à membrana; 
[ – ] meio hipotônico [ + ] meio hipertônico 
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o Secreção: eliminação de substâncias úteis à célula, como hormônios, anticorpos e 
enzimas digestivas, por meio de vesículas secretoras que se fundem à membrana;

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