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Absolutismo Monárquico e suas Ideologias

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absolutismo
As monarquias nacionais foram beneficiadas pela entrada de riquezas. Quanto mais
riquezas, maior o poder dos monarcas, superando a força supranacional do papa e local do
senhor feudal. A concentração de poderes nas mãos dos reis foi dado o nome de
absolutismo monárquico.
Obs.:
Absolutismo deriva de "absoluto" que significa total ou completo. Monárquico vem de
"monarquia", junção de "mono", um ou único, e "arquia", poder ou governo, ou seja, o poder
ou governo único. Na Europa, os monarcas normalmente são chamados de reis, mas há
também os imperadores e príncipes.
A ideologia do absolutismo
A montagem do corpo burocrático e do exército foi fundamental no estabelecimento da
soberania real. Ser soberano significa possuir o domínio sobre todo o território. Na base da
força, o rei foi consolidando o seu poder. Mas não era possível ameaçar a sociedade o
tempo inteiro. Havia a necessidade de demonstrar a importância do governo monárquico.
Nesse contexto, foram desenvolvidas ideologias que buscavam justificar o absolutismo,
sendo as principais:
• Direito Divino: baseada no teocentrismo ainda presente na mente do povo. Segundo essa
teoria, o rei era escolhido por Deus; as decisões reais tinham inspiração divina e qualquer
crítica seria um pecado. Destacaram-se os teóricos Jean Bodin (autor de A República), que
defendia o poder real irrestrito, e Jacques Bossuet (autor de Política segundo as sagradas
escrituras), que defendia a autoridade do réu como sendo sagrada, pois era ele um
representante de Deus.
Contrato Social: teoria racional baseada no princípio de que a sociedade precisa de um
agente controlador das tensões, e o rei, fortalecido, seria capaz de promover a
prosperidade. Destaque para os teóricos Thomas Hobbes (autor de O Leviatã), que defende
o rei absoluto como forma de garantir uma sociedade civil, abandonando a sociedade
natural, e Hugo Grotius (autor de O direito da paz e da guerra), que defendia um Estado
absolutista e despótico, além de abordar também as relações internacionais desses novos
Estados Nacionais.
Razão do Estado ou "teoria maquiavélica": a teoria criada pelo florentino Nicolau
Maquiavel (autor de O Príncipe) propunha que o governante não deveria ter limites éticos
visando o poder, pois "os fins justificam os meios". Seu livro está entre os mais lidos na
história, sendo considerado o "pai da política moderna".

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