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Produzido por Up Geo e Atualidades. REDES SOCIAIS WWW.FACEBOOK.COM/CANALUPGEO WWW.INSTAGRAM.COM/CANALUPGEO E-MAIL: UPGEO1@GMAIL.COM Produzido por Up Geo e Atualidades. 1) O Lobo Houve um tempo em que os homens Em suas tribos eram iguais Veio a fome e então a guerra Pra alimentá-los como animais Não houve tempo em que o homem Por sobre a Terra viveu em paz Desde sempre tudo é motivo Pra jorrar sangue cada vez mais. O homem é o lobo do homem! O homem é o lobo do homem! Sempre em busca do próprio gozo E todo zelo ficou pra trás Nunca cede e nem esquece O que aprendeu com seus ancestrais Não perdoa e nem releva Nunca vê que já é demais. PITTY. Admirável chip novo. São Paulo. Polygram. 2003. A composição anterior da cantora Pitty faz clara referência à teoria hobbesiana do Estado de Natureza, configurando uma crítica aos valores da sociedade atual. De acordo com essas duas referências é possível afirmar que A) a cantora Pitty concorda com Hobbes ao dizer que a sociedade está fadada à autodestruição, sendo o homem o lobo do homem e a civilidade uma mera ilusão. B) Hobbes negaria toda a composição de Pitty, pois afirmava a formação da sociedade como meio de sair do Estado de Natureza, aceitando até mesmo abdicar das amarras de um contrato social. C) a música anterior contraria o pensamento de Hobbes no que concerne ao fato de nunca ter havido paz sobre a Terra. Hobbes afirmava que o Estado de Natureza era, a princípio um estado de paz e fraternidade já afirmado por Montesquieu e Rousseau no decorrer da Revolução Francesa. D) a composição se aproxima da teoria hobbesiana quando apresenta uma guerra sanguinária de todos contra todos, em que não existe paz e a fome prevalece. Entretanto, enquanto Pitty coloca tal fato ocorrendo dentro da sociedade, Hobbes determina que o fato ocorra fora de uma sociedade constituída. E) Pitty reafirma a teoria hobbesiana quando fala que o homem é o lobo do próprio homem, contudo, ao mesmo tempo, contraria tal teoria ao alegar que em um Estado de Natureza, os homens eram iguais intelectualmente. 2) O florentino Nicolau Maquiavel (1469 - 1527) rompeu com a religiosidade medieval, estabelecendo nítida distinção entre a moral individual e a moral pública. Em seu livro "O Príncipe" preconizava que: A) o chefe de Estado deve ser um chefe de exército. O Estado em guerra deve renunciar a todo sentimento de humanidade... O equilíbrio das forças está inscrito nos tratados. Mas os chefes de Estado não devem hesitar em trair sua palavra ou violar sua assinatura no interesse do Estado. B) somente a autoridade ilimitada do soberano poderia manter a ordem interna de uma nação. A ordem política internacional é a mais importante; sem ela se estabeleceria o caos e a turbulência política. C) na transformação do Estado Natural para o Estado Civil, legitima-se o poder absoluto do rei, uma vez que o segundo monta-se a partir do indivíduo, que cede seus direitos em troca de proteção contra a violência e o caos do primeiro. D) o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus... Os reis... são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê mais longe e de mais alto; deve-se acreditar que ele vê melhor... E) há três espécies de governo: o republicano, o monárquico e o despótico... A liberdade política não se encontra senão nos governos moderados... Para que não se possa abusar do poder, é preciso que pela disposição das coisas, o poder faça parar o poder. 3) Principalmente a partir do século XVI vários autores passam a desenvolver teorias, justificando o poder real. São os legistas que, através de doutrinas leigas ou religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles é Produzido por Up Geo e Atualidades. Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do governante é manter o poder e a segurança do país que governa. Para isso deve usar de todos os meios disponíveis, pois que "os fins justificam os meios." Professou suas ideias na famosa obra: A) "Leviatã" B) "Do Direito da Paz e da Guerra" C) "República" D) "O Príncipe" E) "Política Segundo as Sagradas Escrituras" 4) É praticamente impossível treinar todos os súditos de um [Estado] nas artes da guerra e ao mesmo tempo mantê-los obedientes às leis e aos magistrados. Jean Bodin, teórico do absolutismo, em 1578. Essa afirmação revela que a razão principal de as monarquias europeias recorrerem ao recrutamento de mercenários estrangeiros, em grande escala, devia-se à necessidade de: A) conseguir mais soldados provenientes da burguesia, a classe que apoiava o rei. B) completar as fileiras dos exércitos com soldados profissionais mais eficientes. C) desarmar a nobreza e impedir que esta liderasse as demais classes contra o rei. D) manter desarmados camponeses e trabalhadores urbanos e evitar revoltas. E) desarmar a burguesia e controlar a luta de classes entre esta e a nobreza. 5) No século XVI, os Estados afirmam-se cada vez mais como grandes coletores e redistribuidores de rendimentos; apoderam-se por meio do imposto, da venda de cargos, das rendas, dos confiscos e de uma enorme parte dos diversos “produtos nacionais”. Esta múltipla penhora é eficaz dado que os orçamentos flutuam por junto sobre a conjuntura e seguem a maré dos preços. O desenvolvimento dos Estados está assim ligado à vida econômica, não é um acidente ou uma força intempestiva tal como pensou demasiado apressadamente Joseph A. Schumpeter. Querendo ou não, são os maiores empreendedores do século. É deles que dependem as guerras modernas, com efetivos e com despesas cada vez maiores; tal como as maiores empresas econômicas: a Carrera de Índias a partir de Sevilha, a ligação de Lisboa com as Índias Orientais, a cargo da Casa da Índia, ou seja, do rei do Portugal. BRAUDEL, Fernand. O Mediterrâneo e o mundo mediterrânico na época de Felipe II.Lisboa: Martins Fontes, 1983, v. 1, p. 495. O texto acima refere-se às práticas absolutistas segundo as quais A) o Estado liberal propunha um controle excessivo sobre a economia. B) o desenvolvimento econômico do Estado estava atrelado à redistribuição de rendimentos ao povo como forma de diminuir a tensão social gerada pela miséria. C) o Estado procurava não intervir na economia aliviando a classe produtiva dos impostos. D) o mercantilismo tinha como função política acumular tesouros para o Estado. E) a carga tributária deveria diminuir garantindo reservas positivas para o superavit primário. 6) Nicolau Maquiavel, em 1513, na Itália renascentista, escreveu: Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo frequentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião. (...) O príncipe não precisa possuir todas as qualidades (ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso), bastando que aparente possuí-las. Um príncipe, se possível, não deve se afastar do bem, mas deve saber entrar para o mal, se a isso estiver obrigado. (Adaptado de Nicolau Maquiavel. O Príncipe.) Indique qual das afirmações está claramente expressa no texto: A) Os homens considerados bons são os únicos aptos a governar. B) O príncipe deve observar os preceitos da moral cristã medieval. Produzido por Up Geo e Atualidades. C) Fidelidade, humanidade, integridade e religiosidade são qualidades indispensáveis ao governante. D) O príncipe deve sempre fazer o mal, para manter o governo E) A aparência de terqualidades é mais útil ao governante do que possuí-las. 7) "O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor..." Jacques Bossuet. Essas afirmações de Bossuet referem-se ao contexto A) do século XII, na França, no qual ocorria uma profunda ruptura entre Igreja e Estado pelo fato de o Papa almejar o exercício do poder monárquico por ser representante de Deus. B) do século X, na Inglaterra, no qual a Igreja Católica atuava em total acordo com a nobreza feudal. C) do século XVIII, na Inglaterra, no qual foi desenvolvida a concepção iluminista de governo, como está exposta. D) do século XVII, na França, no qual se consolidavam as monarquias nacionais. E) do século XVI, na Espanha, no momento da união dos tronos de Aragão e Castela. 8) Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégias que visavam sedimentar uma determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge apresentada demonstra A) a humanidade do rei, pois retrata um homem comum, sem os adornos próprios à vestimenta real. B) a unidade entre o público e o privado, pois a figura do rei com a vestimenta real representa o público e sem a vestimenta real, o privado. C) o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhecimento do público a figura de um rei despretencioso e distante do poder político. D) o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a elegância dos trajes reais em relação aos de outros membros da corte. E) a importância da vestimenta para a constituição simbólica do rei, pois o corpo político adornado esconde os defeitos do corpo pessoal. 9) O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela miséria condição de guerra que é a conseqüência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza (...) (Hobbes, T. "Das causas, geração e definição de um Estado". In: Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 2•. ed.,1979, p. 103.) Considerando o fragmento anterior, podemos dizer que Thomas Hobbes, pensador inglês do séc.XVII, defende a noção de que A) apenas um Estado democrático, surgido de um ato de liberdade dos cidadãos, teria legitimidade para criar leis e zelar pela segurança e demais necessidades sociais. B) certos indivíduos, extraordinariamente, quando apaixonados, amam dominar os outros e é preciso forçá-los, através do castigo, a manter o respeito; essa seria a função do Estado. C) o Estado resulta do desejo dos indivíduos de garantir a propriedade privada, para deixar de ter uma Produzido por Up Geo e Atualidades. condição mísera e participar ativamente do pacto social. D) o homem é naturalmente bom, mas a vida social o corrompe, fazendo com que passe a querer dominar a liberdade dos outros; o nascimento do Estado é diretamente responsável por essa corrupção. E) os homens são naturalmente inaptos para a vida social, a menos que constituam uma autoridade à qual entreguem sua liberdade em troca de segurança. 10) Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada (BANDEIRA, Manoel. "Vou-me embora pra Pasárgada". In: VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA E OUTROS POEMAS. Rio de Janeiro, Ediouro, 1997.) O reino imaginário de Pasárgada e os privilégios dos amigos do rei podem ser comparados à situação da nobreza europeia com a formação das Monarquias Nacionais Modernas. A razão fundamental do apoio que esta nobreza forneceu ao rei, no intuito de manter- se "amiga" do mesmo, conservando inúmeras regalias, pode ser explicada pela (o): A) composição de um corpo burocrático que absorve a nobreza, tornando esse segmento autônomo em relação às atividades agrícolas que são assumidas pelo capital mercantil. B) subordinação dos negócios da burguesia emergente aos interesses da nobreza fundiária, obstaculizando o desenvolvimento das atividades comerciais. C) manutenção de forças militares locais que atuaram como verdadeiras milícias aristocráticas na repressão aos levantes camponeses. D) repressão que as monarquias empreenderiam às revoltas camponesas, restabelecendo a ordem no meio rural em proveito da aristocracia agrária. E) completo restabelecimento das relações feudo- vassálicas, freando temporariamente o processo de assalariamento da mão-de-obra e de entrada do capital mercantil no campo. 11) Jacques Bossuet utilizou argumentos extraídos da Bíblia para justificar o poder absoluto e de direito divino da realeza, com o lema: "Um rei, uma lei, uma fé". São características do absolutismo na França: I. A concentração dos mecanismos de governo nas mãos do rei. II. A identificação entre Nação e Coroa. III. A influência do racionalismo iluminista como justificativa do poder absoluto e do "direito divino". IV. A criação de exército nacional permanente. V. A ampla liberdade de expressão e de fé. Quais estão corretas? A) Apenas I, II e III estão corretas. B) Apenas III e IV estão corretas. C) Apenas I, II e IV estão corretas. D) Nenhuma alternativa está correta. E) Todas estão corretas. 12) "O soberano não é proprietário de seus súditos. Deve respeitar sua liberdade e seus bens em conformidade com a lei divina e com a lei natural. Deve governar de acordo com os costumes, verdadeira constituição consuetudinária. (...) O príncipe apresenta-se como árbitro supremo entre as ordens e os corpos. Deve impor a sua vontade aos mais poderosos de seus súditos. Consegue-o na medida em que esses necessitam dessa arbitragem." André Corvisier, HISTÓRIA MODERNA. Esta é uma das caracterizações possíveis A) dos governos coloniais da América. B) das relações entre fiéis e as Igrejas Protestantes. C) do Império Carolíngio. D) dos califados islâmicos. E) das monarquias absolutistas. 13) O início da Época Moderna está ligado a um processo geral de transformações humanística, artística, cultural e política. A concentração do poder promoveu um tipo de Estado. Para alguns pensadores Produzido por Up Geo e Atualidades. da época, que procuraram fundamentar o Absolutismo: A) a função do Estado é agir de acordo com a vontade da maioria. B) a História se explica pelo valor da raça de um povo. C) a fidelidade ao poder absoluto reside na separação dos três poderes. D) o rei reina por vontade de Deus, sendo assim considerado o seu representante na Terra. E) a soberania máxima reside no próprio povo. 14) A Praça da Concórdia, antiga Praça Luís XV, é a maior praça pública de Paris. Inaugurada em 1763, tinha em seu centro uma estátua do rei. Situada ao longo do Sena, ela é a intersecção de dois eixos monumentais. Bem nesse cruzamento está o Obelisco de Luxor, decorado com hieróglifos que contam os reinados dos faraós Ramsés II e Ramsés III. Em 1829, foi oferecido pelo vice-rei do Egito ao povo francês e, em 1836, instalado na praça diante de mais de 200 mil espectadores e da família real. NOBLAT, R. Disponível em: www.oglobo.com Acesso em: 12 dez. 2012. A constituição do espaço público da Praça da Concórdia ao longo dos anos manifesta o A) lugar da memória na história nacional. B)caráter espontâneo das festas populares. C) lembrança da antiguidade da cultura local. D) triunfo da nação sobre os países africanos. E) declínio do regime de monarquia absolutista. 15) Durante o século XVII, a Europa Ocidental presenciou mudanças políticas importantes na forma de organização dos Estados. A centralização política do século XVI deu lugar à política absolutista. Assinale a alternativa que define a política absolutista do século XVII de modo CORRETO. A) Poder do Estado, concentrado nas mãos do rei e de sua burocracia, sustentado pelos setores burgueses urbanos. B) Poder real, personalizado na figura do rei absoluto, tendo como base social os senhores feudais e os setores camponeses. C) Poder de polícia, estruturado na violência e organizado por milícias mercenárias, diretamente ligadas aos setores da pequena nobreza. D) Poder absoluto do rei, produzido pelo controle das finanças e pelo apoio social dos setores camponeses. E) Poder divino, associado ao poder temporal, sustentado pela aliança entre o clero e os senhores feudais. 16) Leia o texto a seguir: “Todo poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na terra. Consequentemente, o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada, e que atacá-lo de qualquer maneira é sacrilégio. (...) O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar contas de seus atos a ninguém.” (Jaques-Bénigne Bossuet, 1627-1704) Assinale a alternativa que apresenta a forma de governo à qual o trecho se refere. A) Democracia representativa B) Monarquia constitucional C) Absolutismo monárquico D) República monarquista E) Monarquia populista religiosa 17) Soberania popular, igualdade civil, igualdade perante a lei – as palavras hoje são ditas com tanta facilidade que somos incapazes de imaginar seu caráter explosivo em 1789. Não conseguimos nos imaginar num mundo mental como o do Antigo Regime. DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. p. 30. As sociedades europeias do chamado Antigo Regime fundamentavam-se Produzido por Up Geo e Atualidades. A) no princípio da igualdade social e econômica e no direito divino de seus monarcas. B) na ordenação social hierárquica e em concepções filosóficas ligadas a religiões. C) na perspectiva da desigualdade social e em doutrinas religiosas democráticas. D) na liberdade de expressão religiosa e no sentimento nacionalista. E) na efetivação da igualdade jurídica e na mentalidade clerical. 18) O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os votos), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com a sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. (Thomas Hobbes) Hobbes, teórico e filósofo do século XVII, elaborou as bases do seu pensamento político, admitindo a existência de um pacto social entre os homens e o governo, capaz de realizar uma construção racional da sociedade. Considere as assertivas abaixo. I. A humanidade, no seu estado natural, era uma selva. Mas quando os homens eram submetidos por Estados soberanos, não tinham que recear um regresso à selva no relacionamento entre indivíduos, a partir do momento em que os benefícios consentidos do poder absoluto, em princípio ilimitado, permitiam ao homem deixar de ser uma ameaça para os outros homens. II. Sua doutrina, a respeito do direito divino dos reis serviu como suporte ideológico ao despotismo esclarecido dos monarcas europeus durante a Era Moderna e de inspiração para a burguesia mercantil, em luta contra o poderio que a nobreza exercia sobre as cidades. III. O Absolutismo, por ele defendido, seria uma nova forma de governo capaz de articular setores sociais distintos. Atenderia aos anseios dos setores populares urbanos, interessados em apoiar o poder real a fim de contar com isenção fiscal, assim como a aristocracia, que encontra, nessa forma de governo, possibilidade de manter seus privilégios econômicos e sociais. Assinale a alternativa correta. A) se apenas I estiver correta. B) se apenas II estiver correta. C) se apenas III estiver correta. D) se apenas I e II estiverem corretas. E) se apenas II e III estiverem corretas. 19) De modo que na natureza do homem encontramos três causas principais de discórdia. Primeiro, a competição; segundo, a desconfiança; e terceiro, a glória. A primeira leva os homens a atacar os outros tendo em vista o lucro; a segunda, a segurança; e a terceira, a reputação. Com isso se torna manifesto que, durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capaz de os manter a todos em respeito, eles se encontram naquela condição a que se chama guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens. Pois a guerra não consiste apenas na batalha, ou no ato de lutar, mas naquele lapso de tempo durante o qual a vontade de travar batalha é suficientemente conhecida. HOBBES, T. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. Tradução de Alex Martins. São Paulo: Martin Claret, 2004. O trecho apresentado foi escrito por Thomas Hobbes (1588-1679). Ele argumenta a respeito de um estado de conflito e disputas inerentes à natureza humana. Para evitar um estado de guerra, para tanto, A) é fundamental a abolição dos exércitos e Estados Nacionais, constituindo, assim, comunidades autônomas e totalmente autossuficientes. B) deve-se acreditar principalmente no instinto natural do homem de benevolência e fraternidade, partilhado também pela burguesia. C) os indivíduos deveriam concordar em estabelecer um contrato, princípio da sociedade civil, subordinando-se à uma autoridade soberana. D) não deve haver nenhuma interferência do Estado nas relações econômicas que, autônomas, tendem a se regular por suas próprias leis. Produzido por Up Geo e Atualidades. E) o povo deve atuar ativamente nas decisões do seu Estado-nação para constituir uma sólida democracia no campo político e social. 20) Soberania popular, igualdade civil, igualdade perante a lei – as palavras hoje são ditas com tanta facilidade que somos incapazes de imaginar seu caráter explosivo em 1789. Não conseguimos nos imaginar num mundo mental como o do Antigo Regime... DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução. Trad: Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 30. As sociedades europeias do chamado Antigo Regime baseavam-se: A) no princípio da igualdade social e econômica e no direito divino de seus monarcas. B) na ordenação social hierárquica e em concepções filosóficas ligadas a religiões. C) na perspectiva da desigualdade social e em doutrinas religiosas democráticas. D) na liberdade de expressão religiosa e no sentimento nacionalista. E) na efetivação da igualdade jurídica e na mentalidade clerical. GABARITO ABAIXO Produzido por Up Geo e Atualidades. 1) Resposta: D Gabarito Comentado: Hobbes foi um filósofo contratualista que acreditava que o homem no Estado de Natureza vive em meio a uma guerra de todos contra todos. Para conservar a própria vida, o homem prefere aceitar entrar em uma sociedade por meio do contrato para viver em paz. Na música de Pitty, essas características existem já na sociedade constituída, contrariandoa tese de Hobbes. 2) Resposta: A Gabarito Comentado: A principal obra de Nicolau Maquiavel, 'O príncipe', escrita para responder a um questionamento a respeito da origem e da manutenção do poder, influenciou os monarcas europeus, que a utilizaram para a defesa do absolutismo. Maquiavel defendia o Estado como um fim em si mesmo, afirmando que os soberanos poderiam utilizar- se de todos os meios - considerados lícitos ou não - que garantissem a conquista e a continuidade do seu poder. As ações do Estado são regidas, sobretudo, pela racionalidade. 3) Resposta: D Gabarito Comentado: O Príncipe é um livro escrito por Nicolau Maquiavel em 1513, cuja primeira edição foi publicada postumamente, em 1532. Trata- se de um dos tratados políticos mais fundamentais elaborados pelo pensamento humano, e que tem papel crucial na construção do conceito de Estado como modernamente conhecemos. 4) Resposta: D Gabarito Comentado: A obra de Bodin se sustenta veementemente na idéia de que seria impossível conceber um governo pautado em grupos igualitariamente favorecidos. Ao naturalizar as desigualdades, Bodin começa a levantar argumentos onde indica que a desigualdade e a presença de um indivíduo soberano não se tratam de um costume socialmente constituído, mas uma forma claramente perceptível em diferentes manifestações de ordenação da natureza. 5) Resposta: D Gabarito Comentado: Dentre os princípios básicos do Mercantilismo está o acúmulo de metais preciosos, que deve ser alcançado, dentre outros fatores, pela manutenção da balança comercial favorável. 6) Resposta: E Gabarito Comentado: Maquiavel escreveu um manual prático de como um monarca deveria se comportar para ter governabilidade e manter/aumentar seu poder, para isso o rei deveria seguir uma série de procedimentos essenciais para atingir seu objetivo. Um dos aconselhamentos de Maquiavel ao rei era que este deveria parecer bom, ter um bom governo para que não houvesse questionamentos ao seu poder, isso seria muito mais vantajoso do que ter um bom governo de fato. 7) Resposta: D Gabarito Comentado: Jacques-Bénigne Bossuet foi um bispo, teólogo francês e um dos principais teóricos do absolutismo por direito divino, defendendo o argumento que o governo era divino e que os reis recebiam seu poderde Deus. 8) Resposta: E Gabarito Comentado: Questão mais abstrata e que exige maior conhecimento geral, pois a imagem individualmente é de difícil interpretação. A ideia de “construir uma imagem” implica em perceber que a imagem natural não serve para que se estabeleça uma relação entre governantes e governados. O Produzido por Up Geo e Atualidades. governante deve ser apresentado como superior e mais capacitado, diferenciando-se dos governados. Segundo a linguagem usada na questão, a figura do rei como indivíduo (privad deve ser substituída pela figura do rei como símbolo de poder público. 9) Resposta: E Gabarito Comentado: De acordo com as teorias de Hobbes, os homens teriam uma necessidade natural de abandonar seu “estado de natureza”. Tal estado seria um tipo de ordem caótica onde “o homem é lobo do homem”, ou seja, onde a necessidade de sobrevivência seria predominante a qualquer tipo de ordenação maior. Para Hobbes, seria impossível definir quando os homens abandonaram o estado de natureza, pois esse fora experimentado em épocas bastante remotas. 10) Resposta: D Gabarito Comentado: Apesar da centralização monárquica retirar os nobres do sua antiga posição de domínio político (senhores feudais no feudalismo), es tes nobres ainda possuíam terras e status social ale de que o amplo poder do rei permitiria a este reprimir de forma mais eficaz as revoltas camponesas que assolavam os nobres desde a crise feudal. 11) Resposta: C Gabarito Comentado: No final da Idade Média ocorreu uma forte centralização política nas mãos dos reis. A burguesia comercial ajudou muito neste processo, pois interessa a ela um governo forte e capaz de organizar a sociedade. Portanto, a burguesia forneceu apoio político e financeiro aos reis, que em troca, criaram um sistema administrativo eficiente, unificando moedas e impostos e melhorando a segurança dentro de seus reinos 12) Resposta: E Gabarito Comentado: Absolutismo é uma teoria política que defende que alguém (em geral, um monarc deve ter o poder absoluto, isto é, independente de outro órgão. É uma organização política na qual o soberano concentrava todos os poderes do estado em suas mãos. 13) Resposta: D Gabarito Comentado: O Direito Divino dos Reis foi uma doutrina política comum durante a Idade Moderna. O Estado Nacional tinha o adjetivo de Absolutista. Nessa nova organização política, o rei era o soberano, dotado de poderes absolutos e concedidos por Deus. Acreditava-se que aquele que reinava tinha o merecimento por ter sido assim coroado por Deus. Desse modo, o Direito Divino dos Reis garantia a legitimidade e soberania do monarca no Estado Nacional. A crença era de que não os súditos ou qualquer outra autoridade concederia ao rei o direito de governar, mas seria a vontade do próprio Deus. 14) Resposta: A Gabarito Comentado: Como fica claro através dos ícones que compõem a Praça da Concórdia – estátua do Rei, Obelisco de Luxor – a mesma foi desenvolvida como um espaço público de memória da história nacional francesa. 15) Resposta: A Gabarito Comentado: O Absolutismo Monárquico foi alcançado através de uma aliança entre Reis e Burguesia, na qual esta financiava a tomada de poder pela Monarquia. Os monarcas absolutistas concentravam em suas mãos todos os aspectos de poder de um Reino. 16) Resposta: C Produzido por Up Geo e Atualidades. Gabarito Comentado: Somente a proposição [C] está correta. O pensador francês Jacques Bossuet, no século XVII, tornou-se um grande defensor do absolutismo monárquico. Em sua obra “Política tirada da Sagrada Escritura” defendeu o direito divino dos reis inspirado na história dos Hebreus conforme o Antigo Testamento. 17) Resposta: B Gabarito Comentado: O Antigo Regime – período em que o absolutismo monárquico reinou na Europa – caracterizava-se por forte hierarquia social, fundamentada na separação entre nobreza, burguesia e povo, e por significativa interferência do clero católico na política, defendendo, inclusive, o direito divino dos reis. 18) Resposta: A Gabarito Comentado: A questão aponta para o pensamento político de Hobbes, considerado um filósofo contratualista, este pensador inglês do século XVII, em sua obra Leviatã, defendeu o Estado absolutista. Segundo ele, em estado natural, seria um caos, uma guerra de todos contra todos uma vez que o homem não tem aptidão natural para viver em sociedade como defendeu Aristóteles na antiguidade. Desta forma, todo homem deve abrir mão de sua liberdade delegando poder ao Estado soberano, que tem como missão, preservar a ordem social. Hobbes não defendeu o direito divino dos reis uma vez que o Estado tem poder porque a sociedade o concedeu. 19) Resposta: C Gabarito Comentado: Ao longo da Idade Moderna, um dos principais debates filosóficos foi em torno do surgimento da sociedade civil e de uma ordem que legitima a existência do Estado e seus governos. Nesse contexto, Thomas Hobbes deixou sua contribuição a partir da sua teoria contratualista. Para ele, os homens, antes da sociedade civil, viviam em “estado de natureza”, em que não haviam normas, leis, ordens ou governos, fato que levava aos homens sempre adentrarem em conflitos com eles mesmosem um “estado de guerra”. Entretanto, para fugir a esse tenebroso “estado de natureza”, os homens deveriam criar um acordo/contrato social reconhecendo uma autoridade governante e abdicando de suas liberdades individuais. É importante ressaltar que Hobbes foi um dos grandes teóricos absolutistas. 20) Resposta: B Gabarito Comentado: O Antigo Regime – período em que o absolutismo monárquico reinou na Europa – caracterizava-se por forte hierarquia social, baseada na separação entre nobreza, burguesia e povo, e por significativa interferência do clero católico na política, defendendo, inclusive, o direito divino dos reis.
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