Buscar

SEBASTIANA__M_e_A_20222-1[1]

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE LICUNGO 
Faculdades de Educação e Psicologia 
 
LICENCIATURA EM ENSINO BASICO, 4º ANO 
 
1º Grupo 
ARRUNA CASSIMO VARINDE 
ATIJA ELIAS TAYOBO 
EUGENIA HENRIQUES JOAO 
INACIA SILVESTRE ASSURA 
SEBASTIANA LUIS VALIA 
TÂNIA ALBERTO OBRA 
 
 
QUADRO INSTITUICIONAL PARA MONITORIA E 
AVALIAÇÃO 
 
 
Quelimane 
2022 
 
ARRUNA CASSIMO VARINDE 
ATIJA ELIAS TAYOBO 
EUGENIA HENRIQUES JOAO 
INACIA SILVESTRE ASSURA 
SEBASTIANA LUIS VALIA 
TÂNIA ALBERTO OBRA 
 
 
 
QUADRO INSTITUICIONAL PARA MONITORIA E AVALIAÇÃO 
 
 
 
Trabalho de pesquisa a ser 
apresentado na cadeira de Monitoria e 
Avaliação, como um dos requisitos 
parciais para fins avaliativos. 
 
Docente: Dr. Brito 
 
 
 
Quelimane 
2022 
Índice 
Introdução ......................................................................................................................... 4 
Objectivos ......................................................................................................................... 5 
Objectivo Geral................................................................................................................. 5 
Objectivos específicos ...................................................................................................... 5 
Metodologia ...................................................................................................................... 5 
1. Processos Gerais de Gerenciamento ......................................................................... 6 
2. Sistema de Monitoria e avaliação.............................................................................. 6 
2.1 Diferença entre Monitoria e Avaliação ................................................................. 7 
2.2 A Monitoria e a Avaliação nas fases do Ciclo de Vida de uma intervenção ......... 9 
2.3 Semelhanças entre a Monitoria e a Avaliação ..................................................... 11 
3. Indicadores .............................................................................................................. 11 
3.1 Categorias de indicadores .................................................................................... 12 
3.1.1 Momentos de utilização dos indicadores ............................................................... 12 
3.1.2 Propriedades dos indicadores ................................................................................ 12 
3.1.3 Formas de apresentação de indicadores ................................................................ 13 
Conclusão ....................................................................................................................... 14 
Referências bibliográficas .............................................................................................. 15 
 
 
4 
 
Introdução 
 
É importante compreender que o planejamento deve ser compreendido como 
parte do ciclo de Gestão em qualquer área, objectivando a construção de um plano de 
acção para a Secção de Apoio. A gestão consiste, essencialmente, em planejar, 
organizar, liderar, coordenar e controlar o desenvolvimento de um sector ou 
organização, levando em conta seu ambiente interno e externo e suas mudanças. A 
actividade de gestão deve levar em conta as funções de planejamento, organização, 
liderança, coordenação, controle e avaliação. Considerando a importância dos sistemas 
de monitoramento e avaliação, O Monitoramento e Avaliação é parte essencial de 
qualquer projecto, pois pode informar se um projecto está apresentando resultados e 
benefícios; pode identificar as áreas dos projectos que estão indo bem, ou os aspectos de 
um projecto que precisam ser ajustados ou substituídos. As informações obtidas a partir 
da Monitoria e Avaliação podem ajudar na tomada de decisões sobre objectivos e 
investimentos no próprio ou em outros projectos. Além disso, pode demonstrar aos 
doadores o quanto seus investimentos estão dando resultado. 
 
Neste contexto, o Sistemas de Monitoramento e Avaliação, pode ser entendido, 
em sentido lato, como o conjunto de actividades articuladas, sistemáticas e formalizadas 
de produção, registo, acompanhamento e análise crítica de informações geradas na 
gestão de políticas públicas, de seus programas, produtos e serviços, por meio das 
organizações, agentes e públicos-alvo envolvidos, com a finalidade de subsidiar a 
tomada decisão quanto aos esforços necessários para aprimoramento da acção pública. 
Trata-se, pois, de um conjunto de actividades inerentes ao ciclo de gerenciamento da 
produção das políticas públicas, voltadas à sistematização da informação acerca dos 
aspectos considerados críticos para sucesso dos programas. Por sua vez, os indicadores 
são elementos-chave na construção do sistema de Monitoria e Avaliação. 
 
Contudo, para as reflexões pretendidas, o trabalho apresenta-se estruturado nos 
seguintes critérios: Consta a introdução, desenvolvimento, considerações finais e as 
referências bibliográficas das obras consultadas. 
 
 
5 
 
Objectivos 
Objectivo Geral 
 Compreender a importância de um sistema de Monitoria e Avaliação 
 
Objectivos específicos 
 Conceituar e diferenciar Monitoria e Avaliação; 
 Descrever os passos de um sistema de Monitoria e Avaliação; 
 Identificar os indicadores no processo de Monitoria e Avaliação. 
 
Metodologia 
O procedimento metodológico utilizado para elaboração deste trabalho foi 
pesquisa bibliográfica, que compreende a fase inicial do trabalho, onde se pode reunir 
informações que servirão de base para a construção da pesquisa de acordo com o tema. 
Foram utilizados, neste trabalho, livros, artigos, sites e blogs, como meios de aquisição 
de informações para sua construção, compreensão e estruturação do mesmo. 
Segundo Lakatos e Marconi (2001), a pesquisa bibliográfica: “[...] abrange toda 
bibliografia já tornada pública em relação ao tema estudado, desde publicações avulsas, 
boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, materiais cartográficos, 
etc. [...] e sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi 
escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto [...]” (p. 183). 
 
6 
 
1. Processos Gerais de Gerenciamento 
Gerenciar significa monitorar a realização das acções ou modificá-las, se 
necessário. Trata-se de um passo fundamental às organizações, dada a dinamicidade do 
quotidiano e da diversidade de atores envolvidos nos processos de trabalho. Assim, é 
indispensável definir os processos e os instrumentos de gerenciamento (Oliveira; Reis, 
2016). O PDCA (em inglês Plan, Do, Check e Action) planejar, executar, verificar e agir 
correctivamente é um processo que constitui uma ferramenta gerencial muito difundida 
há várias décadas entre gestores de todas as áreas como subsídio à tomada de decisão 
(Minas Gerais, 2010). 
 
Tal ferramenta pode ser utilizada por qualquer profissional no dia-a-dia das suas 
actividades, e serve como referência para as actividades de monitoramento e avaliação 
(Oliveira; Reis, 2016). 
 
Este processo é necessário que haja um planejamento, pois, o processo de 
planejamento está relacionado com teorias, procedimentos e técnicas de grupo que 
podem ser aplicados a qualquer organização social, que demanda um ou mais objectivos 
relacionados com seu futuro. Neste material é importante considerar que o planejamento 
deve ser compreendido como processo (contínuo e composto de etapas), que leva a 
construção de um produto, no caso específico, o Plano de Acção. 
 
2. Sistema de Monitoria e avaliação 
Pode ser entendido, em sentido lato, como o conjunto de actividades articuladas, 
sistemáticas e formalizadas de produção, registo, acompanhamento e análise crítica de 
informações geradas na gestão de políticas públicas, de seus programas, produtos e 
serviços, por meio das organizações, agentes e públicos-alvo envolvidos, com a 
finalidade de subsidiara tomada decisão quanto aos esforços necessários para 
aprimoramento da acção pública. Trata-se, pois, de um conjunto de actividades 
inerentes ao ciclo de gerenciamento da produção das políticas públicas, voltadas à 
sistematização da informação acerca dos aspectos considerados críticos para sucesso 
dos programas. 
 
7 
 
Neste contexto entende-se, segundo Di Virgilio e Solano (2012) a monitoria 
como um processo contínuo de análise, observação e elaboração de sugestões de ajustes 
para assegurar que a intervenção esteja caminhando em direcção ao objectivo proposto. 
Já a avaliação consiste na emissão de um juízo de valor sobre a intervenção, permitindo 
a formulação de conclusões com relação ao que se observa a partir de uma escala mais 
ampla, analisando aspectos como por exemplo o desenho da intervenção e os seus 
impactos, tanto previsto como não previstos. 
 
As actividades de monitoramento e avaliação são faces, complementares entre 
si, de um mesmo processo. O processo de monitoramento acompanha no tempo o 
desenvolvimento de determinadas actividades e formula hipóteses a respeito. Sendo 
assim, o monitoramento verifica. Por outro lado, o processo de avaliação aprofunda a 
compreensão sobre esse desenvolvimento, por meio da investigação das hipóteses 
geradas pelo monitoramento. Logo, a avaliação amplia a compreensão sobre o avaliado, 
por meio de instrumental qualitativo ou quantitativo, o qual depende da questão 
levantada (Conass, 2016). Nesse sentido, monitoramento consiste no acompanhamento 
rotineiro de informações relevantes. Propõe-se a verificar a existência de mudanças, 
mas não suas razões a fundo. 
 
2.1 Diferença entre Monitoria e Avaliação 
A avaliação, se diferencia do monitoramento pela complexidade de suas 
análises, uma vez que requer maior rigor no uso de procedimentos metodológicos, na 
busca de evidências para se fazer um julgamento da intervenção, de modo a permitir, 
assim, expandir as medidas e a verificação do monitoramento que determinam valores e 
méritos de programas e políticas (Oliveira; Reis, 2016, p. 12). 
 
 Monitoria. É a recolha sistemática e contínua, análise e utilização das 
informações para fins de gestão e tomada de decisão, cuja função é medir o 
desempenho do programa e das suas modalidades de realização analisando 
portanto a sua eficiência e (parcialmente) eficácia. 
 Avaliação. É uma análise pontual e periódica do andamento de um programa e 
dos seus resultados e os efeitos produzidos. Normalmente pretende medir um 
programa nos seguintes Critérios: 
8 
 
a) Relevância: Verifica em que medida o propósito do projecto permanece 
consistente com as necessidades dos beneficiários e das contrapartes tendo em 
vista potenciais mudanças do cenário do país. 
b) Eficácia: Verifica em que medida os resultados esperados avançaram ou foram 
alcançados contribuindo para o propósito do projecto. 
c) Eficiência: Mede a utilização dos recursos na implementação das actividades ou 
acções. 
d) Impacto: Mede os efeitos alcançados da finalidade do projecto em longo prazo. 
É o objectivo final para o qual o projecto contribui. 
e) Sustentabilidade: Refere-se ao desenvolvimento de capacidades, recursos e à 
apropriação das actividades do projecto pelos beneficiários e contrapartes. 
 
A institucionalização da avaliação está relacionada à integração em um sistema 
organizacional que seja capaz de influenciar o seu comportamento, ou seja, um modelo 
orientado para a acção, o qual liga necessariamente as actividades analíticas às de gestão 
das intervenções programáticas (Hartz; Vieira, 2005). 
 
Componente Monitoria Avaliação 
Tipo de tarefa Informação e comparação de 
dados sobre a execução do 
projecto/programa/política com 
relação aos Inputs, Actividades e 
Produtos estabelecidos no marco 
de sua formulação 
Informação e comparação de 
dados sobre a execução do 
projecto/programa/política com 
os padrões de referência 
valorativos definidos através da 
visão, ou cenário futuro, que se 
quer construir, 
Propósito Controlar a execução e realizar o 
seguimento da gestão operativa e 
estratégica 
Emitir juízo de valor sobre o 
desenho, a execução, os 
resultados e impactos do 
projecto/programa/política 
Modalidade Permanente e periódica Pontual 
 
 
Responsável 
 
 
Equipe interna da intervenção 
Em geral, a avaliação está a 
cargo de uma equipe externa à 
intervenção, com a finalidade de 
9 
 
garantir a independência dos 
resultados 
Fonte: Tradução livre a partir de Di Virgilio, Maria Mercedes e Solano, Romina (2012) 
 
2.2 A Monitoria e a Avaliação nas fases do Ciclo de Vida de uma intervenção 
Existem diversos tipos de avaliação, de acordo com o que se propõe e o 
momento em que ela se realiza no Ciclo de Vida da intervenção. 
 
Etapa do 
Ciclo 
Tipo de M&A Objectivos Quando utilizar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formulação/ 
Planejamento 
 
 
 
 
Avaliação ex-
ante 
Avaliar a viabilidade da 
intervenção em termos 
financeiros, políticos e 
institucionais. Priorizar/ 
selecionar as acções que 
racionalizem a intervenção 
Desde a 
identificação das 
acções até a 
finalização da 
formulação 
 
 
 
 
 
 
Linha de Base 
Oferecer a informação dos 
valores iniciais dos 
indicadores do problema 
que deu origem à 
intervenção. Constitui um 
parâmetro indispensável 
para avaliar os impactos da 
intervenção, pois permite 
comparar as situações 
antes, durante e após a sua 
execução 
 
 
 
 
 
Ao final do processo 
de planejamento/ 
formulação 
 
 
Plano Operativo 
Anual/ Plano de 
Trabalho 
Programar as actividades, 
suas metas, e produtos, de 
maneira anual (no caso de 
um Plano Operativo 
Anual) ou com outra 
periodicidade operativa, 
Ao final da etapa de 
formulação e dois 
meses antes do início 
de cada ano. Deve 
ser ajustado 
semestralmente, a 
10 
 
previamente definida entre 
os stakeholders. Constitui 
a base do monitoramento 
partir dos resultados 
obtidos com o 
monitoramento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Execução 
 
 
 
 
 
 
Monitoramento 
Indagar e analisar 
permanentemente o grau 
em que as actividades são 
realizadas e se os 
resultados obtidos 
cumprem com o que foi 
planejado, para assim 
detectar eventuais 
deficiências, obstáculos e 
necessidades de ajuste na 
execução 
 
 
 
 
Durante toda a 
execução da 
intervenção 
Avaliação de 
Processo 
Avaliar com profundidade 
desde a perspectiva 
institucional, e em um 
momento determinado, o 
desempenho da 
intervenção em todos os 
seus níveis. 
Durante a execução 
da intervenção, 
quando exista a 
necessidade de 
aprofundar o 
conhecimento sobre 
o seu desempenho 
pode ser realizada 
antes da finalização. 
 
 
Finalização 
 
 
 
Avaliação de 
Resultados 
Avaliar o grau de 
cumprimento dos 
objectivos específicos (ou 
“Resultados”) da 
intervenção 
Após finalizada a 
execução da 
intervenção 
(imediatamente, ou 
depois de um tempo 
determinado). 
Também pode ser 
realizada antes da 
finalização 
 
11 
 
 
 
Avaliação de 
Impacto 
Identificar e explicar 
como, e se, a situação 
inicial medida pelos 
indicadores de interesse 
foi modificada por causa 
da intervenção 
Após um 
determinado tempo 
de finalizada a 
intervenção, ou um 
certo ciclo da mesma 
(médio ou longo 
prazo) 
Fonte: Tradução livre e comentários da autora a partir de Di Virgilio e Solano (2012) 
 
2.3 Semelhanças entre a Monitoria e a Avaliação 
O aspecto comum entre a monitoria e a avaliação é que ambos são processos de 
reflexão que têm em vista a aprendizagem através da experiência. Elas seguem os 
mesmos processos básicos: 
 Observação e recolha da informação 
 Reflexão (análise e avaliação das constatações) 
 Tomada de decisão em relação a novas medidas a executar 
 
3. Indicadores 
Os indicadores são medidas queexpressam ou quantificam um insumo, um 
resultado, uma característica ou o desempenho de um processo, serviço, produto ou 
organização. Indicadores são medidas-síntese que contêm informação relevante sobre 
determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do 
sistema de saúde (Brasil, 2010). 
 
Partindo do citado, o indicador pode ser concebido como uma unidade de 
medida que contribui para demonstrar mudanças ocorridas numa condição determinada. 
Isto é, estabelece um nexo entre o que se quer medir e o que se pode observar. E servem 
para: 
 Embaçar a análise crítica dos resultados obtidos e do processo de tomada de 
decisão; 
 Contribuir para a melhoria contínua dos processos; 
 Analisar comparativamente o desempenho, de uma determinada realidade 
empírica, situação social ou acção pública; 
12 
 
3.1 Categorias de indicadores 
De maneira geral, os indicadores agrupam-se em: 
 Indicadores de acompanhamento: Servem para especificar e avaliar qualitativa e 
quantitativamente as actividades e insumos recursos humanos, materiais e 
financeiros do projecto ou programa, com vistas à avaliação do seu desempenho 
e progresso. Esses indicadores são ditos directos e se relacionam directamente 
com o componente que estão medindo. 
 Indicadores de resultados: Medem as mudanças comportamentais ou 
organizacionais e o grau de uso dos bens, produtos e serviços produzidos pelas 
acções do projecto. 
 Indicadores de impacto e de benefício: São responsáveis pela mensuração e 
avaliação dos impactos positivos e negativos causados pelo uso dos bens, 
produtos e serviços disponibilizados. E servem para medir os benefícios 
alcançados pelos beneficiários directos ou indirectos do projecto ou programa. 
 Indicadores de sustentabilidade: São sempre indicadores do tipo indirecto. 
Medem, no longo prazo, a sustentabilidade dos efeitos provenientes dos 
resultados do projecto ou programa. 
 
3.1.1 Momentos de utilização dos indicadores 
Ao considerar o ciclo de gestão, composto por planejamento, monitoramento, 
avaliação, os indicadores podem ser utilizados nos seguintes momentos: 
 Ex-ante: no diagnóstico de situação, para subsidiar a definição do problema, o 
desenho de uma política e a fixação das referências que se deseja modificar; 
 In curso: para monitoramento e avaliação da execução, revisão do planejamento 
e correção de desvios; 
 Ex-post: para avaliação de alcance de metas, dos resultados no público-alvo e 
dos impactos verificados na sociedade (Brasil, 2010). 
 
3.1.2 Propriedades dos indicadores 
Um indicador precisa ser analisado nos diversos estágios do ciclo de gestão para 
de fato reflectir a realidade que se deseja medir. Existem características que qualquer 
indicador deve apresentar e sempre devem ser consideradas como critérios de escolha 
independente da fase do ciclo de gestão (Oliveira; Reis, 2016). 
13 
 
 Validade: Capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a 
realidade que se deseja medir e modificar. 
 Confiabilidade: Origem em fontes confiáveis, que utilizem metodologias 
reconhecidas e transparentes de colecta, processamento e divulgação. 
 Simplicidade: Fácil obtenção, construção, manutenção, comunicação e 
entendimento pelo público em geral, interno ou externo: 
 Passível de comparação: Permitir que sejam realizadas comparações periódicas 
dos resultados obtidos; 
 Quantificável: mensuráveis e traduzidos de forma quantitativa ou qualitativa; 
 Consultável: possuir disponibilidade de fontes de informação; 
 Atingível: metas atreladas aos indicadores passíveis de alcance; 
 Tempestivo: Mensuração dentro do prazo necessário para análise do alcance das 
metas; 
 Relevante: Referência de aspectos necessários à análise do alcance de metas 
estabelecidas; 
 Possuir periodicidade: Quando necessário o monitoramento contínuo, deve ser 
obtido em períodos de tempo para acompanhamento das metas; 
 Possuir prazos de mensuração e acompanhamento: Estabelecimento de prazos de 
mensuração e acompanhamento de modo a não comprometer a tempestividade. 
3.1.3 Formas de apresentação de indicadores 
Para Bittar (2001), um indicador pode se apresentar na forma de: 
 Taxa ou coeficiente: refere-se ao número de vezes que um fato ocorreu dividido 
pelo número de vezes que ele poderia ter ocorrido, multiplicado por uma base e 
definido no tempo e no espaço; 
 Índice: é a relação entre dois números ou a razão entre determinados valores; 
 Números absolutos: Podem ser indicadores, a medida que se comparam valores 
iguais, maiores ou menores a ele, resultantes de actividades, acções ou estudos 
de processos, resultados, estrutura ou meio ambiente; 
 Fatos: Demonstram a ocorrência um resultado benéfico ou não. 
 
14 
 
Conclusão 
 
A busca pela qualidade na instituição pressupõe um compromisso de 
autoavaliação permanente e exige uma prática avaliativa articuladora dos processos 
administrativos. Por meio de uma análise sistemática dos resultados obtidos, no sentido 
de manter a excelência e o aperfeiçoamento da instituição. Diante dos resultados desta 
pesquisa, se pode concluir que, A orientação para os resultados requer o 
desenvolvimento de um sistema completo de Monitoria e Avaliação direccionado para a 
medição das mudanças, as quais ajudarão a avaliar se a intervenção de desenvolvimento 
está a alcançar os seus objectivos. Neste sistema, a monitoria serve de base para a 
avaliação. Consequentemente, os limites entre monitoria e avaliação tornam-se menos 
rígidos, já que ambos os processos estão estreitamente interligados. Medida em que a 
intervenção de desenvolvimento corresponde às prioridades e políticas do grupo alvo e 
das instituições receptora e promotora. 
 
Aos indicadores são instrumentos úteis para estruturar e focalizar o sistema de 
Monitoria e Avaliação. Ao mesmo tempo, eles encerram um certo risco de restringir a 
nossa visão a poucos aspectos, perdendo-se a visão da intervenção de desenvolvimento 
no seu todo. De forma análoga às propriedades e taxonomias de indicadores, o painel de 
monitoramento deve estar definido segundo seus objectivos e utilidades. A selecção de 
indicadores é parte crucial da construção de um painel, lembrando que a função de um 
indicador está normalmente atrelada à representação de um fenómeno pontual e 
específico, enquanto a função de um painel de monitoramento é a de representar uma 
dinâmica relacional entre indicadores, ou seja, o seu foco é a representação de relações 
causais, processuais e/ou de complementaridade dos fenómenos medidos pelos 
indicadores. O conjunto de indicadores não pode se pretender exaustivo e dever ser 
equilibrado entre as dimensões/componentes analisados. Os indicadores devem ter uma 
interpretação normativa claramente definida. 
 
 
15 
 
Referências bibliográficas 
 
1. Bittar, O. J. N. V. (2001) Indicadores de qualidade e quantidade em saúde – parte I. 
Revista de Administração em Saúde, São Paulo, v. 3, n. 12, p. 21-28, jul./set. 
2. Brasil. (2010). Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de 
Planejamento e Investimentos Estratégicos. Indicadores de programas: guia 
metodológico. Brasília: MP. 128p. Disponível em: 
<http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/spi/publicacoes/1003
24_indicadores programas-guia_metodologico.pdf> Acesso em: 06 jul. 2018. 
3. Conass. (2016). Guia de apoio à gestão estadual do SUS: monitoramento e 
avaliação. Disponível em: 
<http://www.conass.org.br/guiainformacao/monitoramento-e-avaliacao/>. Acesso 
em: 04 jul. 2018. 
4. Di Virgilio, María Mercedes y Solano, Romina. (2012). Monitoreo y evaluación de 
políticas, programas y proyectos sociales. 1a ed. Fundación CIPPEC, Buenos Aires. 
5. Hartz M. A. Z.; Vieira, L. M. S, (2005). Organizadoras. Avaliação em Saúde: Dos 
Modelos Teóricos à Prática na Avaliação de Programas e Sistemas de Saúde. 
Salvador, Rio de Janeiro:EDUFBA, Fiocruz. 
6. Lakatos, E. M.; Marconi, M. A (2001). Fundamentos metodologia científica. 4.ed. 
São Paulo: Atlas. 
7. Minas Gerais. (2010). Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais. 
Implantação do Plano Director da Atenção Primária à Saúde: oficina 9: 
monitoramento e melhoria contínua de processos: guia do tutor/facilitador. Belo 
Horizonte: ESPMG. 100 p. Disponível em: <http://www.esp.mg.gov.br/wp-
content/uploads/2011/02/PDAPS_Tutor9_160710_BAIXA.pdf >. Acesso em: 10 
jun. 2018. 
8. Oliveira, A. E. F; Reis, R. S. (2016). Gestão pública em saúde: monitoramento e 
avaliação no planejamento do SUS. São Luís: Edufma. 45 p.

Continue navegando