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Aula 18 - Atos Administrativos - Classificação III

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Atos Administrativos – Classificação III
DIREITO ADMINISTRATIVO
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ATOS ADMINISTRATIVOS - CLASSIFICAÇÃO III
Quanto à Eficácia do Ato
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello (2009, p. 383), o “ato administrativo é eficaz 
quando está disponível para produção de seus efeitos próprios; ou seja, quando o desenca-
dear de seus efeitos típicos não se encontra dependente de qualquer evento posterior, como 
condição suspensiva, termo inicial ou ato controlador a cargo de outra autoridade. Eficácia, 
então, é a situação atual de disponibilidade para produção dos efeitos típicos, próprios, do ato”.
Então, para o autor, um ato pendente é um ato ineficaz, pois depende de uma data ou um 
termo. Esse tema trata da capacidade do ato para produzir efeitos; a mesma coisa é tratada 
pela professora di Pietro como exequibilidade do ato administrativo.
• Ato Eficaz: aquele que já foi assinado, completou todo seu ciclo de formação e está apto 
a produzir seus efeitos jurídicos. É também chamado de ato perfeito pela professora di 
Pietro. Por exemplo, a nomeação de uma pessoa em um concurso público: a partir da 
publicação, o ato já está produzindo seus efeitos jurídicos, dependendo só de a pessoa 
assinar seu termo de posse. Outro caso é a interdição de um estabelecimento comer-
cial: a partir do momento em que o administrador público assina e determina a interdi-
ção, o ato é considerado eficaz;
• Ato Ineficaz: não tem capacidade de produzir efeitos. Ele representa o ato imperfeito e 
o ato pendente, que ainda não produziu seus efeitos jurídicos.
Existe a possibilidade de o ato ser:
• perfeito, válido (legal) e eficaz – quando, concluído o seu ciclo de formação, encontra-
-se plenamente ajustado às exigências legais e está disponível para deflagração dos 
efeitos que lhe são típicos; 
• perfeito, inválido (ilegal) e eficaz – quando, concluído seu ciclo de formação e apesar de 
não se achar conformado às exigências normativas, encontra-se produzindo os efeitos 
que lhe seriam inerentes. Ex.: A demissão de um servidor; se ela já foi publicada, o ato 
já produziu os efeitos jurídicos (o servidor já foi afastado), mas a demissão ocorreu sem 
a abertura de um processo disciplinar, não tendo havido o devido processo legal, o con-
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traditório e ampla defesa, tem-se um ato perfeito, eficaz (até porque há a presunção de 
legitimidade dos atos administrativos) e inválido (pois foi editado em desconformidade 
com a lei);
• perfeito, válido e ineficaz – quando, concluído seu ciclo de formação e estando ade-
quado aos requisitos de legitimidade, ainda não se encontra disponível para eclosão de 
seus efeitos típicos, por depender de um termo inicial (data) ou de uma condição sus-
pensiva, ou autorização, aprovação ou homologação, a serem manifestados por uma 
autoridade controladora. Em outras palavras, o ato ineficaz não está produzindo efeitos 
jurídicos naquele momento. Ex.: Um prefeito autorizou a contratação de uma empresa 
para fazer a limpeza de uma praça pública e pintar os canteiros para o aniversário da 
cidade, que acontecerá em 60 dias. Porém essa contratação só poderá ser realizada 
1 semana antes da festa. O ato, então, foi publicado hoje no boletim interno, mas só 
produzirá efeitos jurídicos dentro de um determinado período, o que é uma condição 
suspensiva;
• perfeito, inválido e ineficaz – quando, esgotado seu ciclo de formação, sobre encontrar-
-se em desconformidade com a ordem jurídica, seus efeitos ainda não podem fluir, por 
se encontrarem na dependência de algum acontecimento previsto como necessário 
para a produção dos efeitos (condição suspensiva por termo inicial, ou aprovação ou 
homologação dependentes de outro órgão). Nesse contexto, o ato é inválido pois, por 
exemplo, foi feito por uma autoridade incompetente. Ex. 1: A interdição de uma área 
pública, como um parque para fazer uma reforma, foi publicada hoje no Diário Oficial do 
município (ato perfeito); no entanto, esse ato era de competência exclusiva do prefeito 
e quem o praticou foi um secretário municipal (ato inválido); além disso, o parque só 
será interditado efetivamente daqui a 30 dias (ato ineficaz). Ex. 2: Alteração do horário 
de funcionamento de um hospital público. O ato foi publicado hoje, mas a mudança só 
ocorrerá daqui a 2 semanas (ato ineficaz).
Espécies dos Atos Administrativos
Uma dica para memorização desses atos administrativos é a sigla NONEP, com as iniciais 
de cada um abaixo:
1. Normativos: ato geral, abstrato, que vai atingir a situação concreta apenas se ocorrer 
aquela situação fática. São os atos gerais como decretos, resoluções, regimentos internos, 
deliberações, regulamentos, instruções normativas, editais de concurso público etc.;
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2. Ordinatórios: atos que acontecem a todo tempo dentro da administração pública. Esses 
atos visam a disciplinar a conduta funcional dos servidores, bem como as atividades públicas. 
Dentre eles há os ofícios, memorandos, circulares, avisos, portarias, ordens de serviço, auto-
rizações de compras e demais atos estudados em redação oficial;
3. Negociais: atos que dependem de um pedido de uma solicitação do particular para 
serem produzidos. Se o pedido do particular for coincidente com a vontade de administração, 
o ato será praticado. Ex.: Licenças, autorizações, permissões, admissões, homologações etc.
4. Enunciativos: atos que enunciam alguma coisa, como o próprio nome diz, e visam a 
confirmar um fato que já ocorreu ou que já está acontecendo, como as certidões, avisos, pare-
ceres, atestados etc.
5. Punitivos: atos que visam punir os agentes públicos e os administrados; os atos envol-
vendo poder disciplinar e o poder de polícia, como demissão de servidor, suspensão, cassa-
ção de um ato administrativo, interdição de estabelecimento comercial, multa de trânsito, etc.
1.1 Os atos normativos contêm um comando geral e abstrato; até parecem leis, mas não 
são. O Código de Trânsito tem muitas resoluções, como por exemplo, é obrigatório o uso do 
capacete pelo motociclista, mas foi necessária uma resolução para explicar como deve ser o 
capacete, quais as especificações que ele deve ter.
3.1 Dentre os atos negociais, a admissão refere-se à administração admitir que o usuário 
frequente uma biblioteca, hospitais, escola pública etc.; já a homologação é ato vinculado no 
qual a administração reconhece a legalidade de um ato ou procedimento e é sempre a poste-
riori (vem depois do acontecimento).
3.2 Ainda em atos negociais, a licença é ato vinculado e, portanto, definitivo, não sendo 
possível revogá-la; no entanto, ela pode ser anulada se for ilegal. Se um particular cumprir 
tudo que a lei exige, obrigatoriamente ela será expedida. Ex. 1: Licença para dirigir (CNH): 
se a pessoa foi aprovada na prova escrita, no exame psicotécnico e na prova de direção, ou 
seja, cumpriu todas as exigências legais, obrigatoriamente o Detran fornecerá a licença. Ex. 
2: Alvará de licença para construir: são contratados profissionais (engenheiros, arquitetos) que 
cumprem tudo que a lei exige,então obrigatoriamente a licença será expedida.
3.3 A autorização e a permissão são atos discricionários. A admissão é ato vinculado, pois 
se o particular preencher tudo que a administração pública exige, ele será admitido. Na auto-
rização, a administração vai avaliar, após o pedido do particular, se a concede ou não; por 
isso é ato discricionário. Ex.: A pessoa solicita na prefeitura da cidade onde mora um alvará 
de autorização para vender livros em uma praça pública; a administração irá avaliar esse 
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pedido, pela oportunidade e pela conveniência. O alvará então é expedido e a pessoa está 
trabalhando, porém, utilizando uma área muito grande e atrapalhando a passagem dos pedes-
tres. Várias pessoas então vão reclamar na prefeitura. O Poder Público pode, então, revogar 
a autorização daquela pessoa e ela não mais poderá comercializar os livros.
3.4 A permissão, dentro dos atos negociais, se refere à permissão para utilizar bem público 
e não para prestar serviço público, porque essa se dá através de contrato administrativo. A 
permissão aqui tratada é muito comum para a utilização de bens públicos. Ex. 1: A pessoa 
mora em uma casa de esquina e pretende construir uma garagem ou um jardim em uma área 
pública perto de sua casa; ela se dirige à prefeitura e solicita uma permissão, que será ava-
liada pela administração pública. Ex. 2: A pessoa tem uma lanchonete e quer colocar cadeiras 
e mesas na área pública; ela não pode fazê-lo sem permissão, senão a fiscalização leva tudo.
3.5 A homologação ocorre, por exemplo, em concursos públicos. Ocorre a aplicação da 
prova, posteriormente a autoridade competente vai verificar a legalidade do concurso e o pro-
cedimento é então obrigatoriamente homologado. Se a autoridade perceber que houve fraude 
ou outra ilegalidade, ela irá anular. O mesmo ocorre na licitação pública, que também não 
pode ser revogada.
4.1 Nos atos enunciativos, o particular simplesmente solicita que a administração ateste 
algo que está acontecendo ou já aconteceu. Ex.: A pessoa se dirige à Receita Federal para 
pedir uma certidão de que não está devendo tributos.
ESPÉCIES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Normativos
Ordinatórios
Negociais
Enunciativos
Punitivos
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���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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