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Conceitos básicos de Neurociências e Neuroplasticidade

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GED em
Neurociência
UNIFOR
Leticia Felicio Castro
Panorama geral e conceitos básicos de
neurociências 
Parte 1
Apresentação 
O SN pesa em torno de 2kg
(no total), tem em torno de
100 bilhões de neurônios,
sendo a maioria deles
piramidais, que é
amplamente distribuído no
córtex (possuem o formato
de losangulo ) 
Divisão: 
SNC
SNP (SNS, SNA, SNE)
Tecido Nervoso
Sist. Nervoso
Central
Medula Espinhal
É a parte que continua a partir do
encéfalo. Serve como via para as
(A)ferências e (E)ferências das funções
do encéfalo.
Encéfalo
se localiza no crânio, funções complexas
(como pensamentos, emoções,
memórias). Tem 4 partes principais: O
cérebro, o diencéfalo, o cerebelo e o
tronco encefálico.
Somático
(SNS):
Funciona sob controle
consciente.
Tem neurônios
sensitivos e motores.
Os neurônios motores
inervam os músculos
esqueléticos gerando
movimentos reflexos e
voluntários e
respiratórios
Autônomo
(SNA):
Não-consciente.
Neurônios sensitivos
levam infos de
receptores sensitivos
autônomos (órgãos),
para o SNC 
Neurônios motores
levam os impulsos do
SNC para os
músculos liso,
cardíaco e para as
glândulas. 
Entérico (SNE):
Sistema digestório
Neurônios sensitivos
monitoram mudanças
do sist. digestório e o
estiramento das
paredes.
Neurônios motores
controlam contrações
do músculo liso do
sist. digestório,
secreções dos órgãos
e atividade das
células endócrinas 
Sist. Nerv. Periferico
Função
sensitiva:
Os receptores
sensitivos detectam
estímulos tanto
internos como
externos
Função
integradora: 
O SN processa as
infos sensitivas, é o
processo de
interpretação, análise
e tomada de decisão
imediata adequada
para cada resposta.
Função motora:
Após o
processamento das
infos sensitivas, o sist.
nervoso pode
desencadear uma
resposta motora,
causando a
contração dos
músculos e secreção
de hormônios pelas
glândulas.
Funções do sist.
nervoso:
Organização
do tecido
nervoso
Função do Tecido
Nervoso 
Detecta mudanças dentro e fora
do corpo e responde gerando
sinais elétricos chamados
potenciais de ação, que ativam
contrações musculares e
secreções glandulares. 
Composição
O tecido nervoso é constituído
com 2 tipos principais de células:
neurônios e neuróglia.
Função das células
Neurônios são células
excitáveis, sensíveis a
estímulos, que os convertem 
 em impulsos nervosos e
conduzem para outros
neurônios, tecidos e glândulas.
Células gliais: proteção,
sustentação etc. 
O neurônio tem a capacidade de
ler o ambiente e a partir dessa
leitura, ele produz o sinal elétrico
e viaja por todo o axônio até
chegar no terminal axônico, o
terminal axônico fazem conexão
com os dendritos de outros
axônios.
Fluxos de informações nos neurônios: dendritos
→ corpo celular → axônio → terminais axônicos 
Partes dos
Neurônios
Corpo celular 
Contém núcleo, citoplasma, mitocôndria,
É onde que se produz o sinal elétrico (ou
seja, o potencial de ação).
Dentritos
Dentritos ("dedinhos” que se ligam a
outros neurônios - porção de
recebimento de informações do
neurônio). 
Axônios
 é por onde que o sinal viaja. A extensão
pode variar de 0,2 cm até 2 metros. 
Dendrito recebe o estímulo e axônio que vai levar o estímulo a outros neurônios ou regiões.
Vamos ver um pouco mais?
Produzem pensamentos,
processos atencionais,
percepção. Os que mais
fazem conexões com
outros neurônios. São a
maioria dos neurônios
do encéfalo e da
medula espinal.
Classificação estrutural dos neurônios:
Pseudounipolar
Variação do bipolar,
começam no inicio da
vida como bipolar e em
depois o corpo dele sai
um pouco, aparentando
somente ter apenas um
polo
Neurônios
multipolares
Unipolar
Possui um corpo celular
e os dendritos
praticamente se
misturam aos terminais
axônicos —> maioria
atua como receptores
sensitivos 
Bipolar
Apresentam polaridade,
dendrito e terminal
axônio, pouco
ramificados, poucos
sensores. Encontrados
na retina, na orelha
interna e na área
olfatória do encéfalo.
Aferentes
Entradas/inputs —>
comando da periferia p/
SNC: são normalmente
unipolares ou
pseudounipolares;
quando recebe um
estímulo apropriado cria
um potencial de ação
em seu axônio.
Eferentes
saídas/output —>
comando do SNC p/
periferia - músculos e
glândulas: são
normalmente
multipolares
Interneurônios 
Neurônios de associação:
normalmente
multipolares, conectam
as vias aferentes
(sensitivo) com as
eferentes (motor).
Processam as
informações sensitivas e
ativam os neurônios
motores.
Classificação funcional dos
Neurônios
Subst. Cinzenta: corpos celulares e dendritos
Subst. Branca: axônios mielinizadas 
Neuróglia
Divide-se: astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e ependimarias.
Suporte dos neurônios;
Envolve as sinapses,
isolando-as. 
Sustentação e isolamento
de neurônios.
Controle dos níveis de
potássio, mantém a baixa
concentração extracelular.
Astrócitos
São responsáveis pela
formação da bainha de
mielina em axônios do
sistema nervoso central.
Oligodendrócitos
Removem células mortas,
detritos e microrganismos
invasores.
Papel central na resposta
imune do SNC (aumentam
em caso de lesão ou
inflamação).
Está relacionada à
neurodegeneração das
doenças de Parkinson e
Alzheimer 
Micróglia
O LCS é produzido, a partir
do sangue, pelas células
ependimárias que cobrem
os plexos corióideos dos
ventrículos 
Ependimária
Mielinização
Processo de formação da Bainha de mielina.
A bainha de mielina aumenta a velocidade do potencial de ação. 
Capa de tecido adiposo que protege suas células nervosas
Outros fatores que influenciam na propagação: o diâmetro do axônio
(quanto mais espesso mais rapidamente o impulso é conduzido) e
temperatura (quanto maior a temperatura maior a velocidade do
impulso)*
Na Esclerose múltipla há uma degeneração da bainha de mielina do SNC
pelo sistema imune do indivíduo.
Potencial de ação / Sinapse /
Epilepsia / Neurotransmissores 
Parte 2
O funcionamento das células do corpo depende da
regulação precisa da composição do líquido
intersticial que as cerca (LEC), que é ambiente interno
do corpo.
 O SN regula a homeostasia por meio do envio de
sinais elétricos conhecidos como impulsos nervosos
(potenciais de ação) aos órgãos que podem regular
mudanças que promovam o retorno ao estado de
equilíbrio.
Homeostasia
Membrana
plasmatica
Separa o ambiente interno
da célula do ambiente
externo da célula. É uma
barreira seletiva que regula
o fluxo de material para
dentro e para fora da
célula. Essa seletividade
ajuda a estabelecer e a
manter a homeostase.
Membrana
plasmatica
As proteínas da membrana
plasmáticas que são
responsáveis por controlar
a entrada e saída do fluxo
de material. Os canais ou
poros, que são específicos
para alguns íons, como os
íons de potássio (K+) ou
de sódio (Na+). 
 
Potencial de ação
Potencial de ação
É a passagem de uma célula excitável (neurônio) para excitada.
 Quando as células estão excitadas por um estímulo forte o suficiente para
iniciar um potencial de ação. 
Os estímulos são capazes de alterar o potencial da membrana dos neurônios
(provoca a propagação de uma onda de despolarização que se desloca ao
longo de um axônio.). 
O potencial de ação segue a lei do tudo ou nada, ou seja, toda vez que o
neurônio recebe que atinge o limiar, então o potencial de ação acontece
Potencial de ação
Potencial de ação
Sinapses
Sinapses elétricas: S/ neurotransmissores, transmissão muito rápida, existe uma
junção comunicante entre as duas células (em neurônios imaturos e nas células da
glia).
Sinapses químicas: Quando um potencial de ação é formado em um neurônio, o
neurônio libera neurotransmissores na fenda sináptica, permitindo a comunicação
dos neurônios ou outra célula. O neurônio pré-sináptico se comunica com o segundo
por meio do neurotransmissor, não há junção entre as células.
Sinapses Interneurais*: um neurônio podem receber sinais e impulsos de vários
neurônios, esses impulsos levam a liberação de moléculas. Quem dá esse comando
são essas moléculas chamadas neurotransmissores. 
Sinapses
Neurotransmissores
 Neurotransmissoressão substâncias químicas produzidas pelos
neurônios, que enviam informações para outras células neurais.
Glutamato: excitatório (é o mais produzido)
GABA: inibitório (segundo mais produzido)
Neurotransmissores são diferentes de hormônios. Os hormônios são
substâncias químicas mensageira, com funções específicas, que são
produzidas por glândulas e que passam pelo sistema sanguíneo.
Epilepsia
Na epilepsia há confusão eletroquímicas nos neurônios
motores, o que faz que a pessoa tenha contrações
musculares por conta do estímulo no próprio córtex cerebral.
(excesso de glutamato ou falta de GABA - inibitório)
Diagnóstico: EEG, tomografia e ressonância magnética.
Epilepsia
Tipos: crises parciais (localizadas em uma região cerebral com
consequências relativas a essas áreas), generalizadas, parcial com
generalização secundária
Epilepsia benigna na infância: casos idiopáticos, estão relacionados ao
próprio desenvolvimento cerebral da criança, ela pode ter essas crises
epilépticas e elas param eventualmente.
Crises de ausência: são generalizadas e complexas.
Causas: traumatismo, meningite, abuso de substância, má formação,
cisticercos, idiopática....
Causa das crises: estresse, privação de sono, menstruação, luzes
estroboscópicas .
Parte 3
Neuroplasticidade
Neuroplasticidade
É a capacidade do cérebro reorganizar as suas vias neurais com base em
novas experiências.
O cérebro muda à medida que interage com o ambiente.
Toda a experiência que o indivíduo tem de vida afeta o cérebro.
Graças às alterações morfológicas que nós conseguimos nos adaptar
ao ambiente. O cérebro muda com base nas experiências.
Toda experiência que passamos modifica o padrão de sinapses
nervosas
Ambiente rico em estímulo estimula a comunicação entre os neurônios.
A neuroplasticidade também está envolvida nas células da neuróglia,
que dá suporte neuroquímico para que o neurônio funcione bem.
O ambiente influencia em mudanças no padrão dos neurônios, nas
células da neuróglia, na vascularização
A janela de oportunidade até os 3/4 anos!* (chamada de
primeirissima infância)
O poder do afeto supera a amamentação, as relações
interpessoais potencializam a formação sináptica
principalmente durante a janela de oportunidade.
É o melhor momento para aprender algo.
A falta de afeto afeta morfologicamente o cérebro → “neurônio
que não se comunica se trumbica”.
O contato físico é muito importante para o desenvolvimento.
Imprinting
Hospitalização e Depressão anaclítica 
Tanto a hospitalização quando na depressão anaclítica (estado
depressivo se inicia nos primeiros meses de vida devido a uma separação
prolongada da mãe) gera uma grande desregulação no diencéfalo.
O hipotálamo é muito afetado pela falta de afeto, bullying e rejeição
social, este é associado à hipófise (adeno-hipófise/neuro-hipófise)
tem como função liberar diversos hormônios, como o GH (Growth
Hormone), então um dos efeitos da falta de afeto é a diminuição no
crescimento.
Causa, também, o cortisol em exagero pode desencadear diversos
problemas, como déficits imunológicos, problemas gastrointestinais,
perda neuronal (destroem alguns tecidos nervosos, como o
hipocampo).
Hospitalização e Depressão anaclítica 
Outro efeito do sofrimento emocional na infância é a diminuição da
quantidade e a qualidade das sinapses nervosas, gerando déficits cognitivos.
Há, também, uma ativação do sistema límbico, principalmente a amídala
cerebral (que tem relação aos transtornos de ansiedade, fobias específicas,
transtorno do pânico etc.).
Em um ambiente como esse há uma produção maior do Glutamato
(neurotransmissor excitatório), em exagero pode desencadear
transtornos psicológicos e neurotoxicidade.
Diferentemente, em ambiente nutridor, há o fortalecendo das vias
GABAérgicas, que liberam o GABA (neurotransmissor inibitório), permitindo
o relaxamento, a concentração e a diminuição da impulsividade.

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