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603716440-Ologbojo-Awo-Egungun (1)

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Ologbojó Awó Ègúngún
Os seres veneráveis incluem divindades, que personificam fenômenos da
natureza, e ancestrais, associados a elementos estruturantes da
sociedade. O princípio de senioridade, um dos mais estimados na África,
determina que os mais velhos ocupem postos hierárquicos superiores e
que os mais jovens respeitem-nos por sua experiência e sabedoria, desde
que a idade traga valores como um grande número de descendentes e
condições materiais satisfatórias de vida e virtudes como paciência. Na
religião dos orixás qualquer indivíduo notável, dotado de uma existência
plena e de uma morte suave em idade avançada, pode integrar o corpo
dos ancestrais veneráveis da humanidade, desde que seus rituais
fúnebres sejam realizados. Os ancestrais masculinos têm sua instituição
em diversas sociedades, como Egúngún, Igunnukó, Oro e Agemo. Os
ancestrais femininos, as Iyá-Agba (Mães Anciãs ou Veneráveis Mães
Anciãs), também têm sua instituição em diversas sociedades, entre as
quais Gèlèdé.
A palavra Egúngún designa, ao mesmo tempo, um orixá, o conjunto dos
ancestrais masculinos da humanidade e o conjunto dos ancestrais
masculinos de uma família; é derivada da palavra Egún que significa osso
ou esqueleto. No entanto, enquanto por Egún se entende um ancestral
em particular, um antepassado já ido, habitante do Orun, que pode se
manifestar no Ayê, e que pode não ser venerável, Egúngún ou Babá-Egún
designa toda uma coletiva de seres veneráveis.
Nos cultos aos ancestrais masculinos, Egúngún ocupa o lugar central. Os
ancestrais permanecem junto a seus descendentes e interferem em todos
os âmbitos da vida pessoal e familiar de cada um deles, apaziguando os
ânimos, atenuando discórdias, estimulando a solidariedade, o espirito de
unidade e a harmonia, renovando a energia exigida para o trabalho e
interferindo em questões de ameaças de desagregação familiar, em casos
de disputa em problemas de herança~, entre tantas possibilidades.
Com voz rouca ou utilizando tons agudos, trepidantes, sibilantes ou
nasais, previne e ordena, e sua palavra é aceita e respeitada.
A Presença de Egúngún na vida cotidiana de seus devotos mantém viva a
relação de respeito e reverencia aos mais velhos: apenas esta razão
justifica o culto a este grande Orixá. Mas o culto a Egúngún possui, entre
outros, o objetivo de corrigir efeitos de uma herança de caráter espiritual
que se reflete em desequilíbrio de toda ordem: física, emocional,
espiritual. Cada indivíduo recebe de seus antepassados uma herança
biológica, emocional e espiritual, uma carga
genético-espiritual/emocional. O culto de Egúngún possibilita agir
retroativamente no sentido de eliminar fatores desfavoráveis ocorridos ao
longo das sete gerações anteriores de uma pessoa, dos quais decorrem
dificuldades, doenças e problemas de toda ordem em sua vida. Este culto
também possibilita resolver conflitos familiares vividos por pessoas das
gerações passadas para reestabelecer o equilíbrio perturbado.
“Egúngún e o culto aos ancestrais, sendo o maior de todos os cultos, pois
tem em sua sociedade, o ritual que promove a energia da morte sobre a
terra. ”
No símbolo “Egúngún” está expresso todo o mistério da transformação de
um ser deste mundo, num ser do além, de sua convocação e de sua
presença no Ayê (Mundo dos vivos). Este mistério (awô) constitui o
aspecto mais importante do culto.
Os mortos do sexo feminino recebem o nome de Iyámi-Agbá (Minha Mãe
Anciã), mas não são cultuados individualmente. Sua energia como
ancestral é aglutinada de forma coletiva e representada por Ìyami
Oxoronga chamada também de Ìya Nla, a grande mãe essa imensa massa
energética que representa o poder da ancestralidade coletiva feminina é
cultuada pelas “Sociedades Guëlèdé” compostas exclusivamente por
mulheres, e somente elas detêm e manipulam este perigoso poder. O
medo da ira de Ìyami nas comunidades é tão grande que, nos festivais
anuais na Nigéria em louvor ao poder feminino ancestral, os homens se
vestem de mulher e usam máscaras com características femininas,
dançam para acalmar a ira e manter entre outras coisas, a harmonia entre
o poder masculino e feminino.
OLOGBOJÓ
Senhor do culto de Egúngún, este ancestral foi o pai percursor, do culto ao
antepassado, Ologbojó é o ministro do culto a Egúngún.
Todo Ojé deve ser iniciado através do Odò Osè rosun, pois foi este Odù
que traz a sociedade de Egúngún na terra.
Opà Ikú
Opà Ikú, também chamado de, Isàn Egúngún.
Este Item deve ter 30 centímetros, deve ser feito e sua base, um espiral
que representa a passagem de Egúngún céu e terra.
Opà Ikú representa a coluna vertebral do homem, sendo este item
representado por varas de amoreira.
Opà Ikú e a arvore dos ancestrais, Ifá nos revela que para cada ancestral
falecido nasce uma arvore na terra, aí está o fundamento de se fazer o
isàn de Egúngún.
Opà Ikù, vara da morte, Ifá diz que o próprio Babaologbojo, tirou das
mãos da morte Ikù seu bastão.
Como fazer Opà Ikù
● 9 varas de amoreira
● Pano vermelho
● Pano branco
● Pano preto
Antes de ir buscar os galhos de amoreira você deve fazer oferenda a
Egúngún.
● Obi
● Galo
● Dendê
● Mel
● Gin
● Ataré
● Muito sal (Iyo)
OFORE:
Ìbà se ose-oyeku.
Respeitamos a sagrada amoreira, ose-oyeku que orienta a comunicação
com os antepassados.
E nle oo rami.
Saudamos nossos amigos e irmãos.
Eiye Dudu Baro Babaláwo la npe ri.
Saudamos o pássaro negro que pronunciou o nome dos primeiros
Babaláwos.
Eiye Dudu Baro Babaláwo Man i o.
Saudamos o Meiro negro que pronunciou o nome dos primeiros
Babaláwos.
Igba kerindinlogun a dana Ibo Ose.
Saudamos o decimo quinto de Oliveira em que o fogo sagrado de ose
está aceso.
Ou Digba Kerindinlogun a Dana Ibo ose’ n doo Rami o.
Graças aos dezesseis fogos sagrados da amoreira, eles não nos ferem.
Ou jo Geregere se Giovanni Klenia.
Rugindo, fogo queima para a direita.
Ou Gba rere se todo o.
Rugindo, fogo queima para a esquerda.
Ora Merindinlogun ni ganhou Ima Dana Ifá si.
Eu amo os dezesseis lugares onde o fogo de amoreira forja a sabedoria e
a sabedoria de Ifá.
Emi ou Mona Kan eyi ti NBA GBA r’elejogun o asé.
Eu sempre vou lembrar que quando eu não sabia para onde ir, eu tinha o
seguinte destino. Aknow.
Ao chegar em casa o Ojé antes de preparar o Opà Ikù, deve fazer nele um
espiral para que Egúngún possa passar sobre o Opà Ikù.
Wiwe Egúngún (Folhas de Egúngún).
Como Preparar
Ewe Pelegum
Ewe Odundu
Ewe Oriri
Ewe tete
1 Igbi vivo
Gin e obí para jogar
Fazer o Omi erò para Opà Iku com as folhas e dar o igbi, para isso reza:
Are di are àánu. Ìyèrè arò. Bi ojú bá se méji, ganhou um wò’ran.
É um lugar triste agora, a canção ficou triste e melancólica agora, quando
dois olhos olham eles podem ver o que os eventos são.
Bi esè bá se méji, ganhou um rìn gìrì-gìrì l’ónà. Bèbè ìdi seméji, ganhou
um Jòkó Lóri Eni.
Quando as pernas são dois, eles mandam com um passo firme. Quando
as nadegas são duas, elas sentam-se num tapete.
Owo kan ou ró Seke. Bé è Ni esè Kan ou se gìrì-gìrì l’ónà
Uma mão não treme. Uma perna não vai andar com o passo rápido
também.
Òtòòtò Ni à NPE ou vocêakiijé.Wón nem Nkúnké Kí nkíará iwájú.
Nós nos chamamos diferente. Eles me pedem para ajoelhar e
cumprimentar aqueles que estão diante de mim.
Mo Kúnlè, kí ará iwájú. Wón nem Nkúnlè Kí NPE Èrò ti l’éhin.
Eu me ajuelho e saúdo aqueles que estão diante de mim. Eles me pedem
para me ajoelhar e chamar aqueles que estão atrás de mim.
Mo Kúnlè mo PE èrò ti l’éghìn. Wón nem àwon wo Ni ará iwájú Eni.
Eu ajoelho e chamo aqueles que estão atrás de mim: Eles perguntam:
quem são aqueles que estão diante de mim?
Como realizar a Adivinhação
Lá imo ònté Ba.
(Esta parte é da preparação de Opa Ikú)
Deve se jogar obi para ver a aceitação.
Preparação do novo Ojé Mariwo
Itens
● 3 Iyerosun
● 3 osun
● 3 efun
● 1 pena de Agbe
● 1 pena de Alukó
● 1 pena de Ekodidé Africana
● Asó pupa (Pano vermelho)
● Obé Idosun (Navalha)
● Omi eró já preparado
● 16 Ikuru
● 16 Akara
●16 Eko
● 16 Olele
Temperos para fazer etutu (oferendas para Egúngún)
Tomate
Cebola
Pimentão
Tudo deve ser batido para fazer preparos aos itens para alimentar
Egúngún Ex. comidas que devem ter este tempero Olele, Akara
Oriki para raspar o Ojé Mariwo
Itens
● Navalha
● Omi eró
Orin
Diga o nome do Ojé
Ona laa sii mona
Dia fun aje
Ti yoo yade Oje
Ti yoo yade Ojé
Ebo ni won ni ko waa se
O gb’ebo, oru’bo
Bomoo yo tan
A fikun han baba
Kinrindin kinrindin
Bomoo yo tana fikun han baba o
Usar este orin para raspar o ori do ojé.
O Ori do Ojé deve ser Preparado
Aye Egúngún Odu irosun-ose
Neste circulo deve se ter:
● Ikuru
● Eko
● Eku Ifá
● Obi
● Orobo
● Ataré
Aqui é onde o novo Ojé deve comer as comidas de Egúngún para abrir as
portas de orun.
Oriki para a invocação
Gbàdúrà ti Èégun
Ikú Ayé, a kí ì bo òrun! Mo júbà re Èégun mònrìwò.
Hei! Hei! Hei! Bàbá I’èsè awo ìfé. Ikú I’onon, ikú
I’èhin, Ikú ó, Ikú o!
Tradução
Salve Ikú, Nós o saudamos e cultuamos no orun!
Meus respeitos a ti Èégun ao ouvirmoso som de tua voz. Hei! Hei! Hei!
Pai que esta aos pés do culto do amor. Ikú no caminho adiante, Ikú no
caminhoatras, salve Ikú, Salve Ikú.
Gbàdúrà si Egúngún
Ikú ònòn Ikú lé èhin. Hei! Hei! Hei! Babá I’èsè awo ifé
Pèlé-pèlé ó dára A wò sìlé, a dúpé, Omo ni won dára
A wé Olúwa ikú ó bábá A wúre, A wúre, bábá
Olúkòtún. A wúre, A wúre, bábá Alápáàlà. A wúre,
A wúre, bábá igi. A wúre, A wúre, bábá Igi-s’àwórò
A wúre, A wúre, bábá Alápoyò. A wúre, A wúre, bábá
Erin rin. A wúre, A wúre, bábá omo orò ó mi tótóo.
A wúre, A wúre, bábá isota isso. A wúre ré èrin. A
Rin rere. Àse!
Tradução
A morte no caminho adiante, a morte no caminho
atrás, Hei! Hei! Hei! Pai, estamos aos seus pés do
culto do amor. Gentilmente eu vos saudo, sois o
bem. Olhai para nós e para nossa casa,
agradecemos. Façai com que vossos filhos estejam
bem. Envolvei-nos, senhor da morte e Pai.
Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, pai senhor
do lado direito. Desejai-nos o bem, desejai-nos o
bem, pai que tem o àlá ao seu lado. Desejai-nos o
bem, desejai-nos o bem, pai senhor das arvores.
Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem pai senhor
Das arvores a quem fazemos culto tradicional.
Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem pai senhor
Que traz a alegrias. Desejainos o bem, desejai nos
o bem, pai que caminha como o elefante. Desejai-nos
o bem, desejai-nos o bem pai filho de Orò, perdoai-nos
senhor. Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, pai
pedra resistente que frutifica. Desejai-nos o bem,
e façai-nos sorrir. Desejai-nos o bem para que
caminhemos no bem. Assim Seja!
Nkí Bàbá Olúkòtún (Saudamos o senhor do lado direito)
K’òtún bájà dé o K’òtún oba K’ó sìn nkon se Éégun ò
Pààràká K’òtún nbo a’re Gbà rú Olúsemòn Olúkòtún
Olóri Éégun Éégun e ki to lésè Olórun e Olúkòtún
Bàbá Éégun n won nílé wa ní wa ní N ará àiyé tàbí araalé E
Olúkòtún!
Tradução
Saudamos o senhor do lado direito, que chegou e
Lutou. Saudamos o rei do lado direito. Saudo aquele
a quem servirei e farei as coisas. Como um Éégun
menos importante, que segue o mais importante.
Saudamos o senhor do lado direito, cultuando-o
Estamos bem. Faremos oferendas ao senhor que
Tem a sabedoria. Senhor do lado direito. Cabeça
(chefe) dos Egúngún. Éégun saudamos aquele que
Esta aos pés de Deus. Senhor do lado direito Pai
Éégun. Que com os demais esta em nossa casa, com
Os espíritos da Terra ou com os ancestrais da
Família.
Nkí Bàbá Éégun ( Saudamos Bàbá Éégun)
Éégun a ye, a kíì gb’òrun, Mo júbà re Éégun Mònrìwò
Í dé mi ó kí e Egúngún ìkú gbálé a si ìwà ìkú tu
Gon Àse fún wa.
Tradução
Salve Éégun, saudamos aqueles que vivem no céu.
Meus respeitos a ti Éégun ao ouvirmos o som de tua
Voz. Chega-te a mim, aquele que te sauda Egúngún.
Que a morte seja varrida para a terra. Que vejamos a
Existência. Que a morte seja acalmada (aplacada) e
Cortada. Que assim seja, para nós!
Gbàdúrà ti Éégun ( Reza de Éégun)
Ìkú són a lè Nibi bàbá Alápáàlà. Ikú don ohun bàbá
Ó kí s’``alà ojú wa Ní ìfé agà to ní gbè osó ìkú a fó a we
To ìkú á lè, ìkú á lè, ìkú àjò!
Tradução
Morte fique amarrada aqui na terra, Pai que tem o
Àlá (pano branco) ao seu lado contra feitiços, a
Morte e outras coisas. Pai ponha o àlá e o olhar
sobre nós. Tenha amor e que estejamos aptos à
Proteção contra os feitiços da morte, eleve-nos e
Envolva-nos bastante. Morte na terra, morte na
terra, morte viaje (va embora)!
Gbàdúrà ti Egúngún ( Reza de Egúngún)
Bàbáláàse se yìn se ikú Olúwà kòtún K’òtún a sáà
Nun gó-n-gó ikú a dé.
Tradução
Pai detentor do axé, podeis quebrar (abrandar) a
Morte. Senhor da existência, saudamos o lado
Direito. Saudamos o lado direito certamente
Ficaremos limpos. Que a morte nos seja branda.
Oriki para cortar o bicho de Egúngún:
Ojé erun obé
Ojé erun obé
Orún obé
Orún obebe oo
Orún obebe oo
Ade ori erun obé
Este orin deve ser para a raspagem do awo Egúngún
Ebo Egúngún bàbá alapinin:
Ikuru
Obi
Gim
Panos coloridos
Ebo Egúngún ara orún kiki
Akara
Orogbo
1 pomba
Obi afim
Ebo Egúngún Olokotun
Terra montículos na mata
11 Isán Egúngún
1 galo
Obi
Esta oferenda é para os mortos, quando uma pessoa da família morre e
precisa ser encaminhado para o orun, deixar a roupa da pessoa ali no
local.
Nas festas de Éégun todo povo se reúne. Quando ele chega, faz milagres,
da conselhos, prevê o futuro e dança ao som dos atabaques. Os Éégun
mais velhos e mais fortes sentam e apreciam.
Alguns costumam ir de casa em casa. Ao chegar, os moradores se
ajoelham e oferecem-lhe presentes como carneiro, dinheiro, óleos, sal,
cabra, mel. Ele então usa todos os presentes para fazer um trabalho para
aquela casa, e pede coisas boas aos moradores. No mato tem um local
apropriado para Éégun sair.
Chama se igbàle, e fica num local chamado igbo-oro.
Uma pessoa chamada Atokun toma conta do local.
Ebo Egúngún Oloba
1 igbi vivo
15 varas de Egúngún
16 buzios
Este ebo é para a pessoa arrumar emprego, tudo deve ser passado no
corpo.
Ebó egun Ibí aje
Este ebó e para o mal e traz a fúria de Egúngún
16 ovos
Adin
Cinza de fogareiro
1 galo
Tudo deve ser dado em um buraco com o nome do inimigo.
Ebó ikankan Egúngún
Terra de cemitério
Adin
Inhame cozido
Tudo deve ser misturado ao inhame e colocado em uma cova aberta.
Nomes de Egúngún
Em cada localidade existe um tipo de Èégun
Egúngún Eleye
Dança ao som de atabaques especiais, chamados bàtá e gangan
Egúngún Alápánsánpá
Só sai quando alguma coisa ruim acontece na cidade, e quando sai não
pode ser visto pelas mulheres.
Egúngún Elegbódo e Àwúrù
É chamado para a prosperidade.
Egúngún Okotorojo
Usa mascara de madeira, Pai da escultura que vai em paredes
Egúngún Ajé
Pai da riqueza e da vida longa.
Egúngún Ado
Pai do rio agná, senhor do rio.
Egúngún Adimuòrisa
Egúngún pai de alafin e senhor do oye de ojé.
Egúngún Eyo
Pai do sal, Egúngún muito forte, ajuda a manter a sorte.
Èégun Apajebúje
É o matador de feiticeiros. Que sai sempre que acontece algo de ruim na
cidade. Ele percorre a cidade a pé. Sua roupa é feita de folhas secas de
bananeira. Quando ele volta para o mato, após percorrer a cidade, o
problema fica resolvido, se for chuva ela para, e se for epidemia acaba
em 7 (sete) dias.
Egúngún Ikare
Ajuda nas iniciações de Ojés.
Èégun Olomodun
Usa um tipo de manto de tiras de pano colorido, enfeitado com
espelhos. Este Èégun só sai no final do ano, e geralmente trabalha para
mulheres que não podem ter filhos. No ano seguinte as mulheres que
ganharam filhos graças a ele, levam as crianças para ele ver.
Egúngún Jekijeki
Egúngún que traz boas noticias.
Egúngún Lagba lagba
Este Egúngún é pai dos anciões da aldeia.
Egúngún Kunkuiré
Tira maldição
Egúngún Adebóró
Rei da cidade de Ibadan
Egúngún Adébáyó
Egúngún que carrega sangue nobre, faz parte da realeza da Africa,
senhor de grandes posses.
Nomes de Ojés
Ojé Boji
Ojé Alakin
Ojé Dayo
Ojé Bowalé
Ojé Sésìn
Ojé Dayomi
Ojé Ladé
Ojé Rindé
Ojé Lábá
Ojé Lowo
Ojé Rinkini
Ojé Labolá
OjéGbáyó
Ojé Lalu
Ojé Kemí
Ojé Sokin
Ojé Sootò
Ojé Wale
Ojé Gbayin
Ojé Lola
Ojé Deyn
Ojé Badè
Ojé Toiwo
Ojé Dogadoga
Ojé Gbalalé
Ojé Sóké
Ojé Gbemí
Ojé Tola
Ojé Labe Labe
Ojé Folade
Ojé Sodè
Ojé Jekin
Ojé Sile
Ojé Gbagba
Ojé minleké
Ojé Sojú
Ojé Tejú
Ojé Bamí
Ojé Alará
Ojé Ilú
Ojé Yomí
Ojé Kolá
Ojé Forí
Ojé Layin
Ojé Yemí
Ojé Soolá
Ojé Fumilola
Ojé Akin
Ojé Femí
Ojé Alapin
Ojé Tolú
Ojé Lopé
Ojé Layó
A longa, flexível, e resistente vara utilizada no Ritual dos Ancestrais
Divinizados denomina-se Àtòrí, na verdade seu nome é “ Òrè Èwòò”,
esta é uma palavra hermafrodita, que cresce até 2,5 metros de altura,
textura parecida com a textura do couro, sendo ligeiramente brilhosa,
com folhas verde escuro na parte superior; e verde claro na parte
inferior. Suas flores possuem a parte externa verde pálida, e são
amarelas na parte interna, já suas pétalas e estames são amarelos. Sua
utilização se da tanto na Africa quanto na diáspora brasileira, dentro do
culto ancestral, porem com conotações diferentes. O Àtòrí (Glyphaea
Brevis (Sprengel) Monóxeno – Familia das “Tilíaceas”) estilizado semi
descascado em forma espiralada na Tradição Africana, e tem um papel
de ligação entre o Olojé e o ancestral, enquanto que o ISAN (pequeno
feixe de certa arvore), com determinado numero de unidades, tem uma
simbologia profunda, representando as nove famílias iniciais, bem como
a unidade perdida.
O Itan que prescrevemos adiante, nos demonstra a importância
fundamental deste objeto sacro dentro do Culto Ancestral:
É história corrente em Ouvida (Benin), que foi Olokonso Alapini,
proveniente de Oyó, quem levou o culto a Bàbá ègún aos Fon. Conta-se
que o Rei de Benin (Rei do Benin), não acreditava na existência de
Egúngún, e por mais que insistisse o Alapini não obtinha sucesso em
convencer o dito Rei de que através do Segredo da Roupa ou da Roupa
do Segredo, se podia trazer a sua presença seus antepassados. Passado
muito tempo e devido a insistência do Olopa, foi determinado que este
sacerdote Ancestral provasse o que dizia diante do Rei, claro que o Awò
concordou e imediatamente pediu os “ingredientes” necessários para
realizar o ritual, bem como solicitou um local “reservado” para guardar
estes ingredientes, e que estes deveriam ser la trancados até o dia
seguinte, ao que foi prontamente atendido. Tendo recebido os itens
pedidos (carneiros, galos, galinhas, obí, e etc...), estes foram guardados e
vigiados até o dia seguinte, como pediu o Awò. Chegando o outro dia, o
Alapini dirigiu-se ao “Quarto do Segredo” parou frente a entrada
umedeceu e propiciou a terra, proferindo em seguida seus Orikis e
Aduras, em ato continuo golpearam a terra por três vezes consecutivas.
No quarto do Awò, que permanecia fechado, ouve se um grito gutural
inarticulado, pois o ancestre se fez presente, momentos depois abriu-se
a porta, e veio ele visitar sua descendência real.
Ao deparar-se com seu antepassado retornado através da Roupa do
Segredo, o Rei emocionado o reconheceu, e determinou que desta feita
em diante, se instalasse o Culto aos Bàbá Ègún no Benin.
Mas, infelizmente ou felizmente, a historia continua, pois os filhos de
Olokonso Alapini não se davam bem. Quando este veio a falecer, seu Isán
foi entregue a seu amigo Orongbomba, para que este entregasse ao
novo Alapini eleito. Devido ao interesse e ganancia de seus
descendentes, este objeto permaneceu em poder do próprio
Orongbomba, “desaparecendo” após sua morte.
O Isàn, é um importantíssimo “Objeto Ritual” com que se evoca e invoca
um Ancestral, além do que, é ele que dá o nome aos neófitos em nosso
culto. Como podemos notar, não é um modernismo, e sim, Tradição
Indígena Africana, sendo resgatada, e devidamente corroborada pelo
fragmento do Itan Ifá descrito anteriormente. Ele evoca a força através
da união, afinal, somados somos “um” com o todo, e é exatamente a
União Ancestral o que representa este sagrado objeto ritual que estava
obscurecido. O que há embaixo das roupas de Bàbá Ègún? Quando me
questionam o que há sob as veste de Bàbá ègún, costumo dizer que há
um ancestral divinizado “incorporado” O que vem a ser isto? Somente os
iniciados sabem, haja vista que isso sim é Awò.
Porém preocupam-se com o que há sob a roupa, quando o importante
mesmo é a “simbologia da roupa” Infelizmente algumas pessoas não
compreendem que é exatamente esta simbologia intrínseca ao Ekú
Ancestral que propicia aos Màrìwò, transcender a morte. E é exatamente
ai que esta o fator primordial, pois se o sacerdote se der ao trabalho de
esclarecer o leigo, dando lhe uma resposta equilibrada e coerente, este
certamente passara a observar o que se diz com mais propriedade e
respeito, pois acabara por compreender o que se faz e por que se faz. Na
simbologia da roupa dos ancestrais masculinos “os Ègúngún” estão
expressos todos os mistérios da transformação de um ser (Ará Aíyè)
deste mundo, num ser do além (Ará Orun), de sua convocação e de sua
presença no Aíyè ( o mundo dos vivos). Esse mistério (Awò) constitui o
aspecto mais importante do culto.
Como claramente nos demonstra a Orin
GÉGÉ ORÒASÓ LA RI, LA RIGÉGÉ ORÒ ASÓ LÈMON AKO MO BÀBÁ!
“Ojú Egúngún ou os olhos de Egúngún? É um oraculo utilizado pelos
Màrìwò Egúngún, trazendo respostas concretas “SIM” ou “NÃO”
diretamente da ancestralidade a sua descendência. É a forma de se
“APURAR”, sem “PERGUNTAR”
Egúngún responde a nossas perguntas, através de movimentos do
mesmo, e este oraculo é uma espécie de pendulo. Hoje a radistesia já é
uma ciência conhecida e bastante usada, mais os antigos já conheciam
este método de comunicação, porem há a diferença do Ojú Egúngún
para o pendulo comum. No primeiro há a presença de Bàbá Ègún
respondendo, já no segundo caso, existe um fenômeno anímico, onde as
respostas podem ser dadas pela própria mente inconsciente de quem
pergunta, uma vez que o inconsciente é coletivo e “SABE” tudo. O que
vem a ser Gbobaniyin? O significado literal de Gbobaniyin, é “o rei deve
ser honrado” trata se de uma Oògùn, medicina tradicional Yorubá,
utilizada no culto de Bàbá Ègún.
Sabemos que a ancestralidade é algo concreto e que ao cultuarmos a
mesma, abrimos um leque de possibilidades e um constante ciclo de
renovação de nossas energias, uma vez que a manifestação energética
do culto se encontra em constante movimento. Uma vez entendido a
essência dessa energia, podemos nos aprofundar um pouco no que vem
a ser realmente Gbobaniyin: Tradicionalmente a economia Yorubá era
voltada para a agricultura, a caça, a pesca e o mercado...
Sendo assim, devido a variações climáticas, como o calor intenso, a falta
de chuvas, que muitas vezes promovia a seca e inviabilizava o plantio, ou
mesmo as fortes pancadas de chuvas em determinadas épocas do ano,
eram fatores determinantes para que houvessem sérios problemas e
com isso uma constante desestabilidade econômica.... Exibido por todos
que o Culto a Egúngún Tradicional, possui um Osanyin especifico,
conhecido como Oriki Isi. Os sacerdotes iniciados em seus fundamentos,
conhecidos em algumas partes como Olojés Bi Ewé, em outras como
Oloriki Agba, em outras ainda como Isi ni Ewé, possuem um
conhecimento avançado da pratica na magia e medicina tradicional.
Sendo o Culto de Bàbá Ègún, em muitos territórios yorubás, de suma
importância, uma vez que um ser – humano sem a proteção e auxilio de
seus ancestrais é o mesmo que uma arvore sem raiz, esses sacerdotes
estavam sempre em constante contato com os antigos Obás, e por isso
foi desenvolvido uma medicina que sendo utilizada nas épocas de
maiores variações climáticas, minimizassem os danos, contribuindo
assim para o reestabelecimento da ordem, evitando que a conduta ou a
capacidade do rei fosse posta em dúvida. Lésse Ègún, Lésse Òrisà: (Oto
Ègún X Oto Òrisà) diferentemente do que se costuma praticar em alguns
locais da diáspora brasileira, na Nigéria e no Benin, os cultos interagem
juntos, são parte de um todo, ea verdade maior disso tudo está na Igbá
Odù, ou cabaça da existência, representando os dois espaços, Céu e
Terra, Orun e Aiyê e as divindades e manifestações energéticas que
interagem em conjunto. Assim sendo não se deve diferenciar, nem
segregar o Culto a Ancestralidade, do Culto das Forças Vivas da Natureza,
os Òrìsàs. Esta crença de que as forças vivas da natureza, são antagônicas
a ancestralidade, não procedem. A ancestralidade é raiz, portanto faz
parte da construção de nossa própria existência, haja vista que somos o
resultado prático deste somatório. Não estar ligado a sua ancestralidade,
em nossa modesta opinião, deveriam ser bem mais compreendidas pois
não há divisões, pois nos é inconcebível uma arvore sem raiz, além do
mais ancestral e òrìsà não possuem fronteiras, todos eles habitam nosso
ori, e são interligados e se complementam. O que deve mesmo ser
observado é que Òrìsà tem um campo de ação e ancestral outro,
somente isso, más os dois se completam sempre, para que se possa ter
uma existência equilibrada, e que se possa ter uma existência
equilibrada, e que se possa cumprir nosso destino neste plano.
Infelizmente ainda há um engano muito comum na interpretação de que
onde há Òrìsà não pode haver Bàbá Ègún, porém lembro que a maioria
confunde Okú Orun com Bàbá Ègún, e são duas coisas diferentes.
Por que há espelhos nas roupas de Bàbá Ègún?
Ao levantar-nos todas as manhãs, travamos a maior batalha que é com
nós mesmos, ao defrontarmos com os espelhos somos obrigados a
encarar nossos piores pesadelos ou nossos mais belos sonhos. Tudo
dependerá da forma que nos portamos diante de nossa (Iwa) existência,
os ancestrais são os Guerreiros Imortais, guardiões de nossas tradições e
religião, em última análise são a soma de todos aqueles que vieram
antes de mim, e isso se traduz na simbologia da roupa do segredo.
Roupa esta que permite um contato direto com seus entes queridos, e a
descendência deles neste plano, os espelhos são um adorno geralmente
encontrado na diáspora brasileira, pois na África não há
costumeiramente este uso pelo que saiba. As simbologias brasileiras e
africanas são praticamente iguais, porém podemos afirmar que sua
finalidade é a mesma, transcender Ìkú, daí sua fundamental importância
em nosso culto, seja na costa ou aqui no Brasil. Finalizo dizendo que sua
confecção é uma magia de tal magnitude, que mesmo os iniciados mais
novos, desconhecem o seu processo de preparo. Os ancestrais de nossa
Ilè Awò possuem traços das duas culturas, e também seus simbolismos,
haja vista o Isán preso as roupas dos nossos velhos, assim como o Àtòrí
(Isán) por nós utilizado, é esculpido em espiral demonstrando
simbolicamente o movimento trazido em nossas vidas pelo culto
Ancestral. Enfim, os espelhos nas roupas refletem aquilo que somos, uns
temem já outros regozijam. Mas é bom lembrar que sempre há mais a
ser realmente conhecido, e que o todo jamais será.
Lembro-me de um Itan de Ìfá
Onde se travou uma batalha, onde espelhos foram usados para refletir a
imagem dos oponentes. Num primeiro nível, a reflexão do espelho
sempre será um questionamento do ego sobre si mesmo.
Já numa observação mais religiosa, podemos dizer que eles são
dispostos na Roupa Ancestral para que Ìkú se veja neles e corra
assustada com sua própria imagem. E assim podemos compreender por
que ela é a magia que vence a morte.
Finalmente assim compreendo e assim pratico, sei que não existe um
pensar único, nem uma única verdade, porém, se todos trilharmos o
caminho do respeito as particularidades de cada um, certamente
encontrará mais afinidades que diferenças.
Awure awa!

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