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1 ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 2 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO .................................................................... 11 ESTRUTURA PARA IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS ................. 16 DECISÃO PARA ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS ............................. 17 O ESTUDO SISTEMÁTICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS ................................... 20 REFORMULAÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA ........................................................ 21 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 23 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 24 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 INTRODUÇÃO A escola é uma instituição cujo papel na sociedade é de responsabilizar-se pela educação formal dos cidadãos, se posicionando como um dos agentes em condições de contribuir para a transformação destas, sendo dever do Estado garantir a estrutura e a qualidade de ensino nas escolas. Sabemos que a educação pública é responsabilidade do governo federal, estadual e municipal. A política pública é um sistema de ações sociais que compreende um esforço da sociedade principalmente das instituições para garantir de forma permanente, os direitos de cidadania a todos, fundamentalmente os mais necessitados que estão na zona de pobreza e esquecido pelos políticos. Daí a necessidade da promoção de políticas públicas adequada seja na saúde ou na educação, aéreas estas que devem ter maior atenção. Política pública são ações sociais coletivas que têm por objetivo à garantia de direitos perante a sociedade, envolvendo compromissos e tomadas de decisões para determinadas finalidades. É importante saber como são definidas algumas atividades que requerem uma avaliação nas etapas de planejamento das políticas e instruções governamentais, que geram informações que possibilitam novas escolhas na análise para possíveis necessidades de reorientações de ações para se alcançar os objetivos traçados. Por isso é preciso compreender que: “Programa – é um conjunto de atividades constituídas para serem realizadas dentro de um cronograma e orçamento específicos disponíveis para a criação de condições que permitam o alcance de metas políticas desejáveis” (SILVA, 2002, p. 18). “Projeto – é um instrumento de programação para alcançar os objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de operações, das quais resulta um produto final que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do governo” (GARCIA, 1997, p. 6). No Brasil, autores como Marta Arretche, (2000) e Silva e Melo (2000), em seus estudos sobre políticas públicas buscam conhecer as características dos sistemas políticos e das relações que se estabelecem no desenvolvimento do ciclo das políticas 4 públicas, no qual interesses públicos e privados entram em jogo, principalmente nas fases de formulação e implementação, que exigem sucessivas tomadas de decisão. Neste sentido, a implementação pode ser vista como um encontro de diversos atores, com diferentes intenções e interesses, negociando, decidindo (ou não decidindo) e executando ações com foco em determinadas áreas de conflito ou tensão social. Assim, o policy cycle, apresenta-se com uma dinâmica não linear, pressupondo a existência da policy networks e da policy arena (FREY, 2000). A primeira refere-se às interações das diferentes instituições e grupos, tanto do executivo quanto do legislativo e da sociedade na gênese e na implementação de uma determinada política, na qual está prevista uma distribuição de papéis organizacionais. A Segunda, caracteriza-se pelos processos de conflitos e consenso entre os atores sociais envolvidos nas diversas áreas da policy e que norteiam a formação de coalizões que influenciam a formulação e a implementação. A interação dos diversos atores, a elaboração de estratégias, os mecanismos de deliberação e barganha, enquanto princípios organizadores da implementação, formam um desenho da engenharia social e de aprendizado coletivo. Pressman y Wildavsky (1998) referem-se à implementação como evolução, em que metas e atos são partes de um processo de interação. A implementação é evolutiva e sua característica primordial é a adaptação, de modo que, as políticas se desenvolvem em resposta ao seu meio, e um altera o outro. É inevitável a adaptação mútua, ou seja, o produto da resposta ambiental à intenção das políticas, esperando- se que ocorram conseqüências involuntárias, mesmo que exista um mapa prematuro (BROWNE & WILDAVSKY, 1998). Nesta perspectiva, a análise do processo de implementação não se baseia na averiguação de objetivos ou metas fixadas durante a formulação, mas no reconhecimento dos mecanismos de conduta adaptativos e decisórios. Percebe-se no cotidiano da saúde pública, a pertinência da afirmação de Browne & Wildavsky (1998) quando dizem que a implementação configura uma dupla identidade: uma delas, formalmente delimitada, com elos causais perceptíveis, com uma possibilidade mais ou menos clara de obter um resultado adequado às expectativas; a outra, 5 'caminho que se faz ao andar', apresenta um inesperado nexo causal que somente se desenvolve durante a implementação em si. Este caráter dual da implementação se complica devido aos diferentes níveis de organizações governamentais e sociais pelos quais tem que transitar. Ao mesmo tempo, é fundamental reconhecer que os atores sociais se guiam por valores, e estes também podem ser gerados durante a implementação. As características de uma determinada policy são delineadas durante a formulação e, como o que determina sua identidade é a interação com o meio social, pressupõe-se que, em ambientes democráticos, policy e meio sejam suficientemente flexíveis para coexistirem e evoluírem, gerando uma aprendizagem a partir dos erros e acertos. No entendimento de Frey (2000), os processos de aprendizagem política e administrativa encontram-se de fato em todas as fases do ciclo da política, assim, o controle de impacto não tem que ser realizado exclusivamente no final do processo político, mas se faz necessário no acompanhamento das diversas fases deste processo, conduzindo a adaptações e propiciando reformulações na política de forma continuada. O Sistema Único de Saúde (SUS), com a proposta de gestão descentralizada, efetivada com a participação da comunidade pode favorecer um tipo de desenvolvimentoinstitucional afeito às características da democracia participativa. Neste sentido, condiz com a perspectiva de fortalecimento dos atores locais e de decisões tomadas no nível local e regional, que possibilitam uma aproximação entre as demandas da comunidade e o planejamento da política de saúde. Pressupõe-se que um maior peso nas deliberações locais pode ser significativo para mudanças na forma de organização do sistema, desde que os temas sejam realmente agendados e deliberados com a participação dos mais diversos segmentos da sociedade. Tais características constroem identidades locais e regionais, que sinalizam para a fisionomia mais geral das tendências que estruturam o desenho de mudanças socioeconômicas e de desenvolvimento desejado. A história institucional do processo de descentralização da política de saúde tem direcionado, na maioria das vezes, os temas da saúde para situações que distanciam a prática dos pressupostos 6 norteadores da política de saúde tão almejados na 8ª Conferência Nacional de Saúde. Essas condições estão presentes principalmente quando o sistema busca soluções para a atenção médica, em que o poder de decisão nos espaços de debate está centrado em interesses privados. Atualmente pode-se observar que a regionalização da saúde é desenhada em meio a um embate de interesses e forças, em que são discutidas estratégias, buscando dar conta dos aspectos técnicos, políticos, econômicos e organizativos da saúde e do desenvolvimento da região. No processo de implementação da regionalização da saúde no âmbito da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde-RS, a política formulada em nível nacional é revisada juntamente com diversos atores sociais, adquirindo características locais, através da interação e das trocas entre os mesmos. No entanto, apesar de um certo fortalecimento da participação dos usuários do sistema, ainda é evidente na dinâmica deste processo a força de influência histórica de alguns atores quando se trata da atenção à saúde. Assim, neste estudo procura-se abordar o processo de regionalização da saúde, através de uma análise qualitativa de conteúdos tratados em duas arenas decisórias, que fazem parte do aparato institucional do Sistema Único de Saúde (SUS): a Comissão Bipartite Regional (CIB Reg.) e o Conselho Regional de Saúde (CRS). Observando a interação dos diferentes atores envolvidos, com base no referencial teórico da análise política. Foi realizada a análise de documentos (Atas das reuniões desses colegiados), dos anos de 2003 e 2004, assim como a observação participante nas duas arenas, neste mesmo período. Abaixo segue ilustrado o ciclo das políticas públicas que foi falado no texto acima: 7 ( Fonte : https://www.clp.org.br/entendendo-os-conceitos-basicos-mlg2-de-politicas- publicas-mlg2/ ) Há uma demanda gigantesca por diversas políticas públicas que solucionem a grande cesta de problemas sociais. Por outro lado, sabemos que os recursos não são infinitos. Desse modo, a gestão das políticas públicas depende fortemente, entre outras coisas, da capacidade técnica dos(as) servidores(as) públicos(as) e do orçamento público. MODELOS DE IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Há vários modelos de implementação na literatura, numa revisão mais contemporânea proposta por Silva e Melo (2000) realiza-se uma análise dividindo entre três perspectivas de concepção de implementação. A literatura mais tradicional a concebe dentro do policy cycle, sendo assim a implementação uma fase posterior a formulação e que deve servir aos objetivos preconizados na etapa anterior, nessa perspectiva, bastaria que a implementação garantisse a execução tal qual como foi concebida, assim seria naturalmente eficiente. Outra concepção seria a da implementação como processo simples e linear, marcando um avanço na construção de uma análise mais complexa da realidade na qual a política se circunscreve, por perceber que o processo de implementação é um processo com problemas de natureza variada, sejam problemas advindos da conjuntura administrativa institucional, política ou de grupos realizando pressão sobre determinada política, esta 8 visão começa a conceber a política como processo, entretanto, não rompe com a ênfase da formulação para que assim a política fosse considerada eficiente. A partir dessas concepções o questionamento acerca da eficiência e eficácia está centralmente ligado ao fato da implementação ter ou não autonomia para realizar mudanças frente às dificuldades do dia a dia daqueles que implementam e dos que se beneficiam da política, aqui ainda é presente a premissa de que a formulação não precisa ser problematizada e que tem disponível todos os recursos técnicos, políticos, administrativos e cognitivos para responder de forma ideal. Sendo assim, os problemas da implementação poderiam ser resolvidos caso houvesse maior pressão e controle no sentido da execução ser realizada como foi prevista pelos técnicos no processo de formulação, contudo, a realidade mostra um cenário político, econômico, social e cultural diversos localmente, interferindo assim em como a política acaba sendo gerida. Ambas visões estão assentadas e consagram uma visão preconizada por Pressman e Wildasky como top-down, essa visão coloca a centralidade na formulação ao entender que o processo de formulação possui as respostas adequadas e que a função dos implementadores deveria ser apenas de execução das diretrizes e não de reorientação da mesma, nesse sentido, os problemas advindos da implementação seriam “desvios de rota” (SABATIER, 1986, APUD NARJBERG; BARBOSA, 2006) “A visão top-down centra-se na questão dos mecanismos de controle sobre os agentes implementadores para que os objetivos da política sejam atingidos, o que pressupõe uma visão singela e irreal da administração pública, onde seria possível garantir a fidelidade da implementação ao desenho proposto inicialmente. (SABATIER, 1986; SILVA e MELO, 2000, APUD NARJBERG; BARBOSA, 2006, p.8). A implementação é um processo dinâmico e próprio da conexão e/ou pressão de vários atores e da imprevisibilidade do cenário político, a tentativa é encaixar o processo de implementação como processo multidisciplinar, com informações e planejamento técnico, mas também permeada por processos de barganha, persuasão ou força de grupos de interesse diversos que promovem ou dificultam a reestruturação contínua da implementação. Sobre os fatores de interferência da política pública que estão ligados ao debate entre formulação e implementação, a análise da discricionariedade parece estrutural. 9 A RECENTE IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL A análise de implementação de políticas públicas no Brasil apresenta uma trajetória recente. É uma área em consolidação e com pouca acumulação de conhecimento. Portanto, compreender o processo de implementação de políticas, pode se traduzir em um importante elemento de aperfeiçoamento da ação governamental, uma vez que se propõe a analisar as relações entre governos, governantes e cidadãos. É importante destacar que, em uma definição ampliada, a palavra governo se aproxima do estado moderno e não diz respeito apenas ao conjunto de pessoas que detêm o poder político e que definem a orientação política de determinada sociedade, mas também aos órgãos que institucionalmente têm o exercício do poder (SILVA; MELO, 2000; VIANA; BAPTISTA, 2009). No panorama atual das políticas públicas, as definições e conceituações apresentam- se bastante diversas, mas é possível afirmar que falar de política pública é falar de Estado, de pacto social, de interesses e também de poder, envolvendo recursos, atores, arenas, ideias e negociações (VIANA; BAPTISTA, 2009). É nesse ponto de análise, no qual reside a relação entre os diversos sentidos de política pública com a percepçãoque se tem do Estado (SERAFIM; DIAS, 2012), que se reconhece a política pública como um objeto sobre o qual se lança um olhar que permite refletir sobre os diferentes interesses, cultura, poder e disputas (LACLAU APUD LOPEZ; MOREIRA, 2013). Seria simples pensar que toda política de saúde visa melhorar as condições sanitárias da população. No entanto, existem outros interesses que implicam nos rumos e no formato dessas políticas, uma vez que a sua construção perpassa pelos interesses envolvidos no âmbito do poder (COHN, 2009). É dentro desse entendimento que a análise de políticas públicas se mostra um campo complexo e dinâmico, exigindo grande conhecimento para que se possa entender e explicar o que fazem os governos, como e por que o fazem (LABRA, 1999). 10 É na etapa da implementação que o papel dos gestores e o desenho institucional da política se tornam críticos, em função dos atores envolvidos, dos instrumentos estabelecidos e do grau de centralização dos processos. Salienta-se, ainda, a alta complexidade do processo de implementação de uma política e, sobretudo, sua capacidade de gerar consequências sobre o funcionamento das organizações de saúde. No contexto institucional brasileiro isto é especialmente verdadeiro nos municípios de pequeno porte, nos quais se destacam a forte diferenciação funcional e, principalmente, os problemas de coordenação e cooperação intergovernamental (SILVA; MELO, 2000). Inicialmente, a ideia de implementação pode se restringir ao cumpra-se da política, uma vez que se pressupõe que a decisão da autoridade seria automaticamente cumprida. No entanto, os estudos mostram que a operacionalização da política apresenta inúmeros entraves no nível local (PRESSMAN; WILDAVSKY APUD PEREZ, 2006). O processo de implementação passa a ser entendido como um processo de aprendizado articulado em uma rede complexa de atores que dão sustentação à política, formando ‘elos de ligação’ que sustentam os programas por meio da coordenação interinstitucional e da capacidade de mobilizar recursos institucionais (SILVA; MELO, 2000). 11 ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO As medidas tomadas pelo governo brasileiro em relação à educação básica constituem um conjunto de políticas públicas estabelecidas na tentativa de colocar o país em condições similares aos presentes nos demais países, tanto nos resultados alcançados pelos alunos como na duração da escolaridade obrigatória. Na década de 1990, com a globalização ocorreram várias mudanças no mundo do trabalho e nas relações sociais. Em relação à educação, foi aprovada a proposta do governo em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. “[...] pelo seu caráter geral, possibilitou um conjunto de reformas que foi se processando de forma isolada, mas que correspondia a um bem elaborado plano de governo, que, articulando os projetos para as áreas econômicas, administrativa, previdenciária e fiscal, foi dando forma ao novo modelo de Estado.” (KÜENZER, 1999, p.10) Tal legislação ao ser sancionada, ainda não admitia a obrigatoriedade da entrada de crianças no ensino fundamental a partir dos seis anos. A lei nº 10.172, de 9 de Janeiro de 2001, que aprova o Plano Nacional de Educação (2001-2011), com a sinalização na LDB lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996, institui entre outras medidas os objetivos e metas do ensino fundamental: Ampliar para nove anos a duração do ensino fundamental obrigatório com início aos seis anos de idade, à medida que for sendo universalizado o atendimento na faixa de sete a quatorze anos. Durante a década de 1990, viu-se construir um aparato teórico em torno da chamada “pedagogia das competências”, na qual garantiu a propagação de um tipo de educação que considerava o domínio dos “conhecimentos e habilidades necessárias ao exercício do trabalho em uma sociedade industrializada e urbanizada” (Ramos, 2002, p.19). O nível de ensino mais atingido por essa pedagogia foi o ensino médio, podendo ser comprovado pela Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que no seu artigo 35 determina: O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades: 12 I - A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II – A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; De acordo Brandão (2004, p.61) ao analisar as finalidades do ensino médio postas na LDB, explica que estariam dividas em três idéias básicas: a formação do cidadão, a preparação para o trabalho e a preparação para continuação dos estudos. O Ensino Médio poderá formar o educando para o exercício de profissões técnicas, sendo este item facultativo. (BRASIL, 1996). Em suma, ao término do Ensino Médio, segundo a LDB nº 9.394/96, de modo geral, o aluno deverá ser capaz de possuir domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna; conhecimento das formas contemporâneas de linguagem; e domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania. No artigo 36 da LDB 9.394/96, são tratadas as diretrizes do currículo do ensino médio, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania. Este artigo sugere também adotar uma metodologia e uma avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes, assim como, à inclusão de uma língua estrangeira moderna como disciplina obrigatória escolhida pela escola, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição. Ao término do curso, o educando terá que demonstrar domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna; conhecimento das formas contemporâneas da linguagem; domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania. O Plano Nacional de Educação foi elaborado com significativa pressão da sociedade, ocorrida no Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, com a população presente, educadores, pais de alunos, estudantes e demais profissionais da educação impediram o governo a dar entrada, na Câmara dos Deputados, em 10 de fevereiro 13 de 1998. O plano consolidou no Projeto de Lei nº 4.155/98. O PNE foi aprovado pelo Governo Federal em 2000 e regulamentado pela Lei nº 10.172 de 9 de janeiro de 2001. Descrevendo metas para a Educação no Brasil e tem tempo determinado de até dez anos para que todas elas sejam realizadas. Entre as principais metas estão à melhoria da qualidade do ensino e a erradicação do analfabetismo. Nem todos os itens do plano foram aprovados pelo Governo Federal. Dentre os principais objetivos do PDN destaca-se a elevação do nível de escolaridade da população; a melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis; redução das desigualdades sociais e regionais, na educação pública e a democratização da gestão do ensino público. Como Metas do PNE destacam-se a ampliação das matrículas no Ensino Médio, de forma a atender, no final da década, pelo menos 80% dos concluintes do ensino fundamental; implantar e consolidar no prazo de cinco anos, a nova concepção curricular, estabelecida pela forma de ensino médio proposta pelo MEC.; estabelecer e consolidar, em cinco anos, um sistema nacional de avaliação da Educação Básica (SAEB) e pelos sistemas de avaliação que venham a ser implantadas nos estados; e, finalmente, assegurar que em cinco anos, todas as escolas estejam equipadas, pelo menos, com biblioteca, telefone e reprodutorde textos. O principal objetivo do governo é erradicar o analfabetismo no país, assim como a desigualdade étnica, melhorar a qualidade de ensino para que assim possamos entrar no nível mundial de educação. Para isso o governo criou muitas alternativas das políticas públicas voltadas para a educação: FUNDEB, Piso Salarial Nacional do Magistério, IDEB, REUNI, IFET, entre outras iniciativas. O sentido é colocar esses projetos em prática, com os fundamentos do trabalho que vem sendo desenvolvido, visando ao aprimoramento cada vez maior, e ao intuito de melhorar cada vez mais o sistema educacional brasileiro. O Ministério da Educação diz: “A educação, como sempre afirmamos, é um caminho sólido para o Brasil crescer beneficiando todo o nosso povo. O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) é um passo grandioso nesse sentido”. Com o Programa Mais Educação do MEC com o objetivo de induzir a ampliação do horário escolar e a organização curricular na perspectiva da Educação Integral. As escolas das redes públicas de ensino estaduais, municipais e do Distrito Federal 14 fazem a adesão ao Programa e, de acordo com o projeto educativo em curso, optam por desenvolver atividades nos macro campos de acompanhamento pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica. A ampliação do ensino fundamental para nove anos se compactua com a prática de vários países que apresentam em média 12 anos de escolarização básica, incluindo países da América Latina. Assim, o Brasil busca alinhar-se a tal situação, na expectativa de melhorar a educação no país, por que historicamente a educação brasileira enfrenta muitos desafios ainda não superados: altas taxas de evasão e repetência; analfabetismo; carreira e valorização de professores; infraestrutura inadequada e o ingresso nas escolas brasileiras não têm representado a apropriação do processo de alfabetização, sendo este um dos maiores impasses a tão buscada qualidade na educação. Percebe-se nas camadas menos privilegiadas que a educação escolar é uma parte predominante na vida das crianças, sendo esta obrigatória, pública e gratuita. É importante reconhecer que nos últimos anos, vários esforços têm sido realizados por parte do Estado, no sentido de melhorar a escolarização dos brasileiros. Vale ressaltar que as taxas de acesso das crianças e jovens à educação é de 98%, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE/PNAD/2006). Os investimentos realizados nos últimos anos, também são considerados significativos, embora, não sejam suficientes para atender de fato às demandas e prioridades de uma educação pública de qualidade. ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO As instituições perseguem objetivos que lhes são próprios, por meio dos caminhos por elas traçados, o que faz com que tenham liberdade para definir os objetivos que pretendem perseguir e as estratégias que utilizarão para esse fim. É justamente a escolha da estratégia que corresponde ao difícil exercício de se colocar em prática os objetivos gerais (STRATEGOR, 2000). Apesar de esses objetivos serem previamente definidos nas políticas públicas, a sua efetiva implementação depende de uma 15 posição estratégica por parte dos implementadores da política, pois são eles que contribuem para colocar as ações em prática. A estratégia possui duas fontes principais de informação, que é o conhecimento do território ou ambiente em que esteja inserida e uma boa apreciação das próprias forças. Para gerar esse conhecimento, é preciso realizar uma análise contextual na qual estarão presentes os fornecedores, o setor empresarial e os clientes/usuários. A partir disso, podem ser identificadas diversas questões que estão envolvidas nessa relação e que ao final, se bem conduzida e aproveitada pela instituição, contribuirá para identificar a posição concorrencial, ou seja, dessa análise, pode-se caminhar para identificar os atributos que fazem a instituição se destacar das outras e se manter com elevado desempenho. Essas variáveis constituem-se na vantagem concorrencial (STRATEGOR, 2000). A MISSÃO INSTITUCIONAL A definição da missão pode estar correlacionada aos fatores-chave de sucesso (FCS), que caracterizam a soma das competências postas em jogo pela instituição, e o que é essencial, a partir de uma percepção subjetiva do saber-fazer específico da instituição. Os FCS consistem em competências, recursos e trunfos que uma instituição deve necessariamente possuir para obter êxito em uma dada atividade e servem para avaliar a capacidade das instituições para alcançar bons resultados em cada um dos segmentos de atividade para satisfazer a demanda do serviço. Assim, os FCS correspondem às competências e/ou tecnologias que devem ser controladas para obter êxito nas atividades. A identificação dos FCS requer capacidades específicas de ordem relacional, tecnológica, financeira ou de competência, cujo controle garante posição de destaque (RIVERA; ARTMANN, 2006). A definição da missão deve associar de maneira interativa uma análise interna dos recursos disponíveis, visando relacionar as suas competências naturais, fundamentais e específicas, e uma análise externa que permita identificar as características concorrenciais e os FCS do setor e das atividades da instituição. 16 ESTRUTURA PARA IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Para o Strategor (2000), a estrutura consiste na distribuição de tarefas, assim como as ligações existentes entre os responsáveis pelas tarefas. A estrutura de uma instituição apresenta três características principais: a especificação, ou seja, o modo e o grau de divisão do trabalho; a coordenação, que trata do(s) modo(s) de colaboração instituído entre as unidades; e a formalização, isto é, o grau de precisão na definição das funções e das ligações. Com relação ao modo e o grau de divisão do trabalho, a estrutura de uma instituição caracteriza-se por sua forma principal de especialização, que trata do modo como compõe suas atividades, seja por funções (recursos humanos, financeiro etc.), por grupo de produtos (exames, cirurgias, vacinação etc.) ou por outras formas. Esse modo de especialização vai depender da complexidade da instituição e deve se adaptar às variadas situações com que a instituição é confrontada. Existem diversos modelos de estruturas, no entanto, todos apresentam limitações. Aceitar que existe essa heterogeneidade conduz a uma nova paisagem organizacional, como também a uma renovação das práticas de gestão e das relações empregador/empregados e supervisor/subordinado, passando de uma visão patriarcal para uma relação de pares, sendo esta relação fortemente privilegiada nas instituições de saúde (ARTMANN, 2002B). A função do dirigente evolui para uma visão estratégica, para o desenvolvimento da capacidade de mobilização das sinergias estruturais e de criação de uma liga cultural que aproxime os fins e as motivações. Desvia-se da especificação normalizadora e orienta-se para a condução de processos de assistência e de resolução de problemas (STRATEGOR, 2000). 17 DECISÃO PARA ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Qualquer escolha tomada no ambiente institucional constitui-se em termos de responsabilidade e de poder, e, portanto, essas escolhas consistem em um espaço de liberdade política para aqueles que as fazem em processos de decisão que não se explicam pelos problemas colocados em nível de estratégia e de estrutura, mas sim pela maneira como a instituição trata esses problemas. A decisão é a parte menos visível da política institucional; no entanto, é o seu principal motor, pois é por meio dela que as ideias, os sentimentos e as ambições dos indivíduostransformam-se em ações estratégicas. A definição de decisão estratégica está assentada ao processo pelo qual a instituição modifica a sua estratégia real. É, portanto, por meio dos processos de decisão que introduzem as mudanças capazes de levar uma instituição do ponto t para o ponto t+1. É dentro dessa parte da política institucional que assentam as discussões sobre o planejamento, os processos de decisões, o domínio da estratégia e o problema da formação da estratégia e da sua evolução ao longo do tempo (STRATEGOR, 2000). O planejamento institucional é um processo de tomada de decisão que elabora uma representação pretendida do estado futuro da instituição e especifica as modalidades de concretização dessa vontade. É, portanto, um processo explícito que se apoia em um método e que se desenvolve no tempo e no espaço, segundo um programa predeterminado (um plano). É um modo de tomada de decisão que se distingue, em particular, pelo seu caráter formalizado, sem que signifique que seja inteiramente padronizado. O planejamento, portanto, caracteriza-se por uma atitude de compromisso baseada na antecipação, na finalização e na vontade. Requer o exame prévio de um conjunto de problemas e de ações para avaliar a possibilidade de se levar aos resultados pretendidos, com mais segurança e mais eficácia do que decisões tomadas aleatoriamente. Determina, de maneira explícita, um estado desejado ou desejável em um determinado horizonte e considera necessário realizar ações para atingir esse 18 estado desejado, que não está inscrito no curso natural das coisas (STRATEGOR, 2000). O processo de decisão, para Strategor (2000), para muitos, pode se colocar como uma ação bastante evidente do ser humano. No entanto, ao discutir a decisão, enquanto grupo ou instituição, pode-se apontar particularidades curiosas, no sentido de evidenciar problemas provocados pela decisão coletiva. A decisão estratégica não pode ser tratada como uma atividade individualista, e isso demonstra que o processo de decisão não é simples e está implicado por questões complexas, pois está relacionado com o coletivo. Nesse contexto, é importante ressaltar que as decisões tomadas dentro de uma instituição repercutem sobre todas as áreas. Abaixo segue ilustrado um modelo de elaboração de Políticas Públicas 19 ( Fonte : https://www.oei.es/historico/salactsi/rdagnino1.htm ) 20 O ESTUDO SISTEMÁTICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS As políticas públicas têm sua gênese dentro da ciência política, contudo, ultrapassam as limitações geradas pelas definições de Estado, que muitas vezes possui um caráter abstrato ou muito generalizante, houve uma necessidade de distinção entre Estado e governos, ou melhor, entre o Estado e os mecanismos diversos utilizados pelos governos para sua operacionalidade, o que se quer dizer é que o campo de políticas públicas tem a necessidade de debruçar o olhar para a realidade das atuações, nesse sentido o esforço é de um olhar micro, especialmente centralizado no que os governos deixam ou não de fazer acerca de determinado problema colocado no seio social. Os objetos de estudo de maior interesse para o campo se propõem a olhar o processo de formação das agendas, os programas, projetos, instituições, níveis de burocracia e os diversos mecanismos de operação da complexa rede de políticas públicas. Segundo Celina (2006) o estudo sistemático das políticas públicas essencialmente como disciplina nas universidades nasce nos Estados Unidos, por sua realidade de políticas restritivas de gastos, começou a brotar um interesse sobe essa perspectiva de análise, começava a surgir então uma ramificação dentro da ciência política, imprescindível para a sistematização de análises de estudos empíricos. Concepções mais tradicionais e mais gerais do Estado não pareciam dar conta da complexidade das atuações dos governos. 21 REFORMULAÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA Escolher o recorte da implementação parece ser crucial no entendimento do locus do processo político em sua completude, uma vez que consegue aglutinar as versões técnicas e a versão política da ação pública. A formulação e a avaliação, partindo da perspectiva policy cycle, seriam etapas em que a interferência maior seria dos técnicos da política, mas a literatura vem revelando, que os processos de formulação, implementação e avaliação acontecem simultaneamente e interferem umas às outras, num movimento de constante retroalimentação, assim se inicia o trabalho olhando pro horizonte que procura enxergar a complexidade da arena de políticas públicas, sendo assim, a implementação não pode ser considerada um como elo perdido, a implementação é um processo condensado de todas as etapas concebidas na perspectiva de police cycle acontecendo no local e o tempo inteiro, é o processo que liga todos os elos. O estudo mais proeminente acerca da implementação se inicia através do trabalho Implementation de Pressman e Wikdasky (1984) (APUD D'ASCENZI; LIMA, 2013), os autores iniciam a obra apresentando a definição do verbo implementar: levar algo a cabo, realizar, cumprir, executar. Ao considerar o processo de implementação a partir dessa colocação recorremos ao entendimento da implementação não como um processo, mas como uma etapa, apresentada como sequencial, não obstante os autores se questionam, mais implementar o que? O que deve ser implementado? Começa a travar um efervescente debate, ainda central, do transbordamento da formulação para a implementação (D'ASCENZI;LIMA, 2013, p.109). Parece vital à continuidade do debate a dissociação de implementar ser equivalente a executar, num sentido de ressignificar teoricamente o que está sendo concebido como processo de implementação, sendo assim, necessário uma ruptura com a concepção de policy cycle como categoria de análise e avançar na construção de um debate mais complexo do processo de implementação. Os estudos empíricos parecem fazer um esforço em demonstrar a importância e a necessidade de constantes reformulações e avaliações para o próprio andamento da política pública na implementação, a questão é: a implementação não é sucedida quando não atende aos objetivos da formulação ou quando não consegue ser abraçada e aceita pelo seu 22 público alvo, os beneficiários? É necessário questionar como mede-se a ineficiência e ineficácia no processo de implementação. 23 CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebe-se que o processo de implementação é um momento tanto técnico como político, e que, portanto, não há um campo ideal que permita atuar de maneira ideal, o entendimento é de que esse cenário complexo e imprevisível é campo fértil para a discricionariedade, também entendida como inevitável para possibilitar a execução da política pública. Precisa-se agora buscar analisar cada vez mais as implicações dessa autonomia de decisão e de formas outras que interferem na implementação, tendo em vista que o processo de políticas públicas não pode ser entendido de maneira linear e processual, cada vez mais as contribuições devem buscar explicações que deem cabo de problematizar de forma complexa as atuações dos governos, mas também dos outros mecanismos existentes essenciais para dar vida às políticas públicas. Por fim, os problemas enfrentados pela implementação nunca deixarão de existir, entretanto, é possível que com responsabilidade, diálogo com os atores e um planejamento contínuo e sistemático, se diminua as possibilidades de uma política pública ser ineficiente, uma gestão que olhe as especificidades locais é imprescindível para um bom andamento da política. A discricionariedade até o momento parece incorrigível, sob a perspectiva de saná-la através de maior controle, mas é preciso dar uma autonomia melhor orientada, acredita-se que com avaliaçãoe reformulação constante da política pública no processo de implementação essa orientação através da discricionariedade possa ser positiva em sua gênese. 24 REFERÊNCIAS https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/pratica-das-politicas- publicas.htm https://www.unisc.br/site/sidr/2004/planejamento/29.pdf http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v39nspe/0103-1104-sdeb-39-spe-00283.pdf http://anpur.org.br/xviienanpur/principal/publicacoes/XVII.ENANPUR_Anais/ST_Ses soes_Tematicas/ST%2010/ST%2010.7/ST%2010.7-05.pdf https://www.clp.org.br/entendendo-os-conceitos-basicos-mlg2-de-politicas-publicas- mlg2/
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