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O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL, A PRODUÇÃO MAIS LIMPA E A ECOEFICIÊNCIA NAS EMPRESAS

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@laismazzini 
 
O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL, A PRODUÇÃO MAIS LIMPA E A 
ECOEFICIÊNCIA NAS EMPRESAS 
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (DS) é um desenvolvimento humano que almeja a equidade 
social, a prudência ecológica e a eficiência econômica (SACHS, 1993). Um de seus pontos 
fundamentais foi abordado no relatório "Nosso Futuro Comum", que destacou a 
responsabilidade e o impacto das atividades industriais no DS e consolidou a visão da elevada 
qualidade ambiental que, poderia ser alcançada por meio de boas práticas industriais e 
produzindo mais com menos. 
Instaura-se, assim, a partir deste contexto, a necessidade das empresas incorporarem 
internamente em seus quadros a importância da adoção de práticas ambientalmente corretas 
e surge o denominado SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA). Dentre o conjunto de princípios 
voltados para a gestão ambiental no ambiente corporativo, um marco foi a Carta de Roterdã, 
 elaborada pela Câmara de Comércio Internacional, em 1991. No documento constam 
mais de dez princípios que norteiam o ambiente coorporativo. 
TRÊS EXEMPLOS DE PRINCÍPIOS DE ACORDO COM VALLE (2002): 
• Prioridade na empresa: reconhecer a gestão do ambiente como uma das principais 
prioridades na empresa e como fator dominante do desenvolvimento sustentável; e 
estabelecer política, programas e procedimentos para conduzir as atividades de modo 
ambientalmente seguro. 
• Formação do pessoal: formar, treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades 
de maneira responsável em face do ambiente. 
• Pesquisas: realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das matérias-primas, 
dos produtos, dos processos, das emissões e dos resíduos associados às atividades da empresa 
e sobre os meios de minimizar tais impactos adversos. 
A GESTÃO AMBIENTAL é um conjunto de diretrizes e atividades administrativas e operacionais 
(planejamento, direção, controle, alocação de recursos etc.) com o objetivo de obter efeitos 
positivos sobre o meio ambiente, evitando, eliminando ou reduzindo os danos ou problemas 
causados pelas ações humanas à natureza. 
O CICLO PLAN-DO-CHECK-ACT (PLANEJAR-FAZER-CHECAR-AGIR), ou PDCA, 
 
 -problema de modo contínuo. 
 A 
sej 
 -lo. 
UMA PROPOSTA DE GESTÃO AMBIENTAL DEVE CONTER NO MÍNIMO TRÊS DIMENSÕES: 
@laismazzini 
 
(1) A dimensão espacial (local, setorial etc.), área na qual espera-se que as ações de 
gestão tenham eficácia; 
(2) A dimensão temática (ar, água, etc.), que delimita as questões ambientais às quais as 
ações se destinam; e 
(3) A dimensão institucional (empresa, sociedade civil etc.), relativa aos agentes que 
tomaram as iniciativas de gestão (BARBIERI, 2007). 
Entretanto, ainda que a proposta tenha um caráter mais padrão, as abordagens 
empresariais em relação aos seus problemas ambientais podem ser bem diferentes entre 
si. 
De acordo com Barbieri (2007), TIPOS DE ABORDAGENS RELACIONADAS AOS PROBLEMAS AMBIENTAIS 
EXECUTADOS PELAS EMPRESAS 
 
 
@laismazzini 
 
Evidenciamos que não é unânime a forma de tratamento da questão ambiental dentro do setor 
privado. Ademais, devemos considerar que existe uma ampla gama de atividades empresariais 
e que algumas delas são em pequena escala e não causam grandes impactos ao meio 
ambiente. Dessa forma, talvez viabilizar uma abordagem estratégica não seja necessário e 
apenas a abordagem de prevenção da poluição atenda às necessidades específicas daquela 
empresa. 
Atualmente, o conjunto 14000 elaborado pela International Organization for Standardization 
(ISO) é uma das normas de gestão ambiental mais conhecidas pelas empresas. As normas 
relativas aos Sistemas de Gestão Ambiental produzidas pela ISO são: ISO 14001, ISO 14004 e 
ISO 14061, sendo as duas primeiras de uso geral e, a última, para organizações florestais. 
A NORMA ISO 14001 é clara quanto aos seus requisitos, que foram agrupados nestes cinco 
grandes blocos: política ambiental; planejamento; implementação e operação; verificação; e 
análise pela administração. 
 Ou seja, é um ciclo de PDCA e, após a conclusão de um ciclo completo, ele recomeça 
com novos objetivos, metas e planos. 
É interessante destacar que o nível de detalhamento e complexidade do SGA, a amplitude da 
documentação e a quantidade de recursos alocados dependem do porte e da natureza da 
atividade da instituição e, dessa forma, tal proposta se torna viável até para pequenas 
empresas. 
Dentro desse conjunto de normas, encontram-se expressões que são cada vez mais usuais 
dentro do ambiente empresarial, por exemplo, “do berço ao túmulo” (cradle to grave). Ele se 
refere ao instrumento da gestão ambiental aplicável a bens e serviços denominado Avaliação 
do Ciclo de Vida (ACV) , que levanta todos os estági 
 
materiais e energia após o uso, passando por todas as etapas intermediárias, como 
beneficiamento, transportes, estocagens e outras (BARBIERI, 2007). 
De acordo com Barsano e Barbosa (2014), EXISTEM DUAS ETAPAS NESTE INSTRUMENTO: 
(1) Inventário – descrição de quais emissões ocorrerão e que matérias-primas são usadas 
durante a vida de um produto; e 
(2) Análise do impacto – análise dos impactos das emissões e do esgotamento da 
matéria-prima. 
O ESQUEMA GENERALISTA DO CICLO DE VIDA DE UM PRODUTO/SERVIÇO É BEM SIMPLES. 
 
@laismazzini 
 
Dentro do conjunto de normas ISO 14000, EXISTE UMA SÉRIE QUE DETERMINA A ESTRUTURA, OS 
PRINCÍPIOS, OS REQUISITOS E AS DIRETRIZES QUE DEVEM CONSTAR EM UM ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO 
CICLO DE VIDA (ACV) E ESTABELECE QUATRO FASES: 
(1) Definição de objetivo e escopo; 
(2) Análise de inventários; 
(3) Avaliação de impactos e 
(4) Interpretação (ABNT, 2009a). 
A Avaliação do Ciclo de Vida está sendo adotada por alguns seguimentos desde o fim do século 
XIX e ganhou reconhecimento de órgãos importantes de nosso país, como o Ministério do 
M “ 
no uso de insumos e a presença da geração de resíduos poluentes" (MMA, 2007, p. 85). 
OS “SELOS AMBIENTAIS” visam informar os consumidores sobre as características positivas ao 
meio ambiente presentes em produtos ou serviços específicos (ex.: biodegradabilidade, 
reponsabilidade, uso de material reciclado, eficiência energética etc.). 
EXISTEM TRÊS TIPOS DE RÓTULOS DE ACORDO COM AS NORMAS ISO 14000: 
 Tipo I: são aqueles criados por entidades independentes ou de terceira parte 
aplicáveis aos produtos que apresentem certos padrões ambientais desejáveis na sua 
categoria (ABNT, 1999b). 
 Tipo II: 
serviço, sem certificação independente e, sim, interna (feita por produtores, 
comerciantes etc.) (ABNT, 1999a). 
 Tipo III: são aqueles que trazem informações sobre dados ambientais de produtos, 
quantificados de acordo com um conjunto de parâmetros previamente selecionados e 
fundamentados na avaliação do ciclo de vida (ABNT, 2000; BARBIERI, 2007). 
OS CONCEITOS DE “PRODUÇÃO MAIS LIMPA” (PML), OU CLEANER PRODUCTION, E “ECOEFICIÊNCIA”, 
ambos modelos de uma estratégia ambiental preventiva aplicada a processos, produtos e 
serviços para minimizar os impactos sobre o meio ambiente (DIAS, 2011), estão entre os mais 
conhecidos. 
A PML, introduzida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), pode 
ser sumarizada na adoção de três grandes procedimentos. 
 Nele observamos que M 
contaminação na fonte e não sóno fim do processo. 
 Neste escopo, a capacitação de todos os envolvidos é um elemento-chave, bem como 
a difusão de informação. 
PROCEDIMENTOS GERAIS ADOTADOS DE ACORDO COM A PML QUANTO AOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO, 
PRODUTOS E SERVIÇOS 
@laismazzini 
 
 Conservando as matérias-primas e a energia, eliminando Processos de produção: 
aquelas que são tóxicas e reduzindo a quantidade e a toxicidade de todas as emissões 
e resíduos. 
 Reduzindo os impactos negativos ao longo do ciclo de vida do produto, Produtos:
desde a extração das matérias- 
adequado aos produtos. 
 Incorporando as preocupações ambientais no projeto e fornecimento dos Serviços: 
serviços. 
EXEMPLO DE ESQUEMA DE ADOÇÃO DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA, RESPEITANDO A HIERARQUIA DE AÇÕES 
DO MODELO 
 
A ECOEFICIÊNCIA, introduzida pela World Business Council for Sustainable Development 
(WBCSD), em 1992, baseia-se na compreensão de que a redução de materiais e energia por 
unidade de produto ou serviço aumenta a competitividade da empresa e, concomitantemente, 
reduz as pressões sobre o meio ambiente, na origem do recurso ou na deposição dos resíduos 
(BARBIERI, 2007). 
ENTRE AS ÁREAS DESTACADAS POR DIAS (2011) QUE SÃO OPORTUNIDADES PARA MELHORAR A 
ECOEFICIÊNCIA, TEMOS: 
 os processos industriais podem ser reorientados para A reorientação dos processos: 
reduzir o consumo de recursos, diminuir contaminação, aumentar o uso de materiais 
reciclados etc., assegurando a redução de custo. 
 por meio da cooperação com outras empresas, A revalorização dos subprodutos: 
pode-se incentivar a revalorização de diferentes produtos. 
 o design dos produtos segundo critérios ecológicos e a O redesenho dos produtos: 
compra ambientalmente correta têm muita importância porque definem a 
funcionalidade do produto. 
 as empresas inovadoras vão além do exposto até o A recolocação dos mercados: 
momento e buscam novas maneiras de satisfazer as necessidades dos clientes e se 
recolocar em novos mercados. 
@laismazzini 
 
EXEMPLOS DE INFLUÊNCIA EXTERNA PARA A ADOÇÃO DE MEDIDAS ECOLOGICAMENTE CORRETAS PELAS 
EMPRESAS 
 O estado: 
 
 Exerce o papel de regulador informal das empresas, pois é afetada A comunidade: 
drástica e rapidamente em casos de contaminação e dano ambiental. 
 Envolve diretamente a visão do mercado em relação à empresa como uma O mercado: 
benfeitora ou não do meio ambiente, possibilitando abertura de novos mercados ou 
não. 
 Envolve a totalidade de uma cadeia produtiva ambientalmente correta. O fornecedor: 
Exigindo-se de todos os fornecedores mudança de ordem prática para atingir esse 
objetivo central. 
EXISTEM VÁRIOS FATORES QUE AFETAM A ADOÇÃO DO CONCEITO DE TECNOLOGIA MAIS LIMPA (OECD, 
1995): 
 (1) Estruturais
 que, por exemplo, não preveem mudanças (2) Atraso dos programas educativos 
tecnológicas; 
 entre os diversos grupos existentes no interior das empresas. (3) Falta de comunicação 
OS INCENTIVOS PARA A ADOÇÃO DO CONCEITO DE TECNOLOGIA MAIS LIMPA, TAIS COMO: 
 Os investimentos e os benefícios econômicos; a.
 As vantagens que podem ser obtidas no mercado; b.
 A diminuição de riscos e danos ambientais; etc. c.
 
 
 
 
 
 
 
Referência: Gestão ambiental - Isabella Alice Gotti e Ana Cláudia Oliveira de Souza

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