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INTRODUCAO A ENFERMAGEM_CORRETO 05_08_20_1671644090

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CENTRO DE FORMAÇÃO TECNOLÓGICO ESATER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor:________________________________________________ 
Discente:________________________________________________ 
Turma: _________________ 
 2 
APRESENTAÇÃO 
 
A formação de profissionais para a área de saúde perpassa por alguns sentimentos 
que se complementam, sonhos, esforços, compromissos e realizações. De um lado, o 
Centro de Formação Tecnológico Esater e do outro, o estudante que convergem e 
intersectam no compromisso de tornar os sonhos e ideais em profissionais qualificados 
Técnicos, científicos, humanos, críticos, construtivos, éticos, capazes de identificar 
problemas, resolver e encaminhar adequadamente os pacientes que necessitam de 
tratamento, de diagnóstico, orientações e/ou terapêuticas especificas. 
O módulo da disciplina Clinico I do Curso Técnico de Nível Médio em 
Enfermagem, tem um caráter teórico-prático e pretende articular, aprofundar e integrar os 
procedimentos fundamentais ao cuidado de enfermagem, aos usuários em todo o ciclo de 
vida atendidos em serviços de saúde, considerando suas características individuais. A 
aplicação do processo de enfermagem com vistas ao planejamento e execução dos cuidados 
terapêuticos para abordagens dos aspectos éticos relacionados à assistência de enfermagem 
e desenvolvimento de atividades técnicas relacionadas ao processo do cuidar. 
Este módulo, também se propõe a geração do Processo, etapas e introdução às 
Teorias de Enfermagem, elementos tecnológicos aplicados à prática de Enfermagem 
(diagnósticos, resultados esperados e intervenções) com Linguagem técnica padronizada. 
Raciocínio Clínico, Pensamento Crítico e Acurácia Diagnóstica. Registros de enfermagem 
considerando aspectos ético-legais e os princípios de segurança do paciente, família e 
comunidade. 
Assim, considera-se este material uma coletânea de pesquisa que servirá como um 
elo entre sonho e realidade a partir do esforço individual de cada estudante que se predispõe 
a ser um profissional. 
 
Ana Souza Lima Moraes 
 
 3 
SUMÁRIO 
CAPÍTULO 1 ....................................................................................................................... 10 
1.2. Doença ................................................................................................................................................... 10 
1.3. Práticas de Saúde ................................................................................................................................... 10 
1.3.1. Medicina tradicional ou alopática ................................................................................................... 10 
1.3.2. Medicina alternativa ....................................................................................................................... 11 
1.4.Objetivos dos profissionais de saúde ...................................................................................................... 11 
CAPITULO 2 ....................................................................................................................... 13 
O Ser Humano ...................................................................................................................... 13 
2.1. Necessidades básicas (NHB) ................................................................................................................. 13 
2.1.1. Necessidades Psicobiológicas ......................................................................................................... 14 
2.1.2. Necessidades psicossociais ............................................................................................................. 27 
2.1.3. Necessidades psicoespirituais ......................................................................................................... 29 
CAPITULO 3 ....................................................................................................................... 30 
O atendimento à saúde .......................................................................................................... 30 
3.1. Introdução .............................................................................................................................................. 30 
3.2. Serviços de atenção à saúde ................................................................................................................... 30 
3. Características do atendimento à saúde .................................................................................................... 31 
3.4. Hospital ................................................................................................................................................. 32 
3.4.1. Definição ........................................................................................................................................ 32 
3.4.2 Funções do Hospital ........................................................................................................................ 32 
3.4.3 .Localização ..................................................................................................................................... 32 
3.4.4.Organização ..................................................................................................................................... 33 
3.5. O paciente e o ambiente terapêutico ...................................................................................................... 33 
3.6. A equipe de saúde e as relações interpessoais no exercício da profissão .............................................. 37 
3.7. Terminologia hospitalar ......................................................................................................................... 38 
CAPITULO 4 ....................................................................................................................... 41 
Enfermagem.......................................................................................................................... 41 
4.1. Conceito................................................................................................................................................. 41 
4.2. Histórico ................................................................................................................................................ 41 
4.3.Equipe de enfermagem ........................................................................................................................... 42 
4.4. Entidades de classe ................................................................................................................................ 44 
4.5. Instrumentos básicos de enfermagem .................................................................................................... 44 
4.6. Método de trabalho ................................................................................................................................ 45 
CAPÍTULO 5 ....................................................................................................................... 47 
5.1. Introdução .............................................................................................................................................. 47 
5.2.1. Anti-sepsia ...................................................................................................................................... 47 
5.2.2. Assepsia .......................................................................................................................................... 48 
5.3. Técnica da lavagem das mãos ............................................................................................................... 51 
5.3.1. Finalidades ...................................................................................................................................... 51 
5.3.2.Indicações ....................................................................................................................................... 51 
5.3.3.Procedimentos ................................................................................................................................. 51 
5.5.Técnica de calçar luvas estéreis .............................................................................................................. 54 
5.6. Precauções universais ............................................................................................................................ 55 
CAPÍTULO 6 ...................................................................................................................... 58 
6.1. Admissão ou internação......................................................................................................................... 58 
6.2.Alta ......................................................................................................................................................... 59 
6.3.Transferência .......................................................................................................................................... 60 
6.4. Prontuário médico ................................................................................................................................. 60 
6.5. Anotação de enfermagem ...................................................................................................................... 61 
6.5.1. Introdução ....................................................................................................................................... 61 
6.5.2. Objetivos da anotação de enfermagem ........................................................................................... 62 
6.5.3. Princípios básicos relacionados à realização da anotação de enfermagem ..................................... 62 
 4 
CAPÍTULO 7 ...................................................................................................................... 65 
Ambiente e unidade do paciente ........................................................................................... 65 
7.1. Ação do meio ambiente sobre o paciente .............................................................................................. 65 
7.2. Normas para ordem e limpeza ............................................................................................................... 66 
7.3. Limpeza da unidade do paciente............................................................................................................ 67 
7.4. Limpeza terminal ................................................................................................................................... 67 
7.4.1.indicações ........................................................................................................................................ 67 
7.4.2. Finalidades ...................................................................................................................................... 67 
7.4.3. Observações .................................................................................................................................... 67 
7.4.4. Material utilizado ............................................................................................................................ 68 
7.4.5. Procedimentos ................................................................................................................................ 68 
7.5. Arrumação da cama ............................................................................................................................... 69 
7.5.1. Introdução ....................................................................................................................................... 69 
7.5.2. Tipos de cama ................................................................................................................................. 70 
7.5.3. Observações .................................................................................................................................... 71 
7.5.4. Procedimentos ................................................................................................................................ 72 
CAPÍTULO 8 ....................................................................................................................... 76 
8.1.Higiene Oral ........................................................................................................................................... 76 
8.1.1. Higiene oral de pacientes com dependência parcial de enfermagem .............................................. 76 
8.1.2. Higiene oral de pacientes com dependência total ou inconscientes ................................................ 77 
8.1.3.Cuidado com as dentaduras ............................................................................................................. 78 
8.2.Higiene dos cabelos e couro cabeludo .................................................................................................... 79 
8.3. Banho no leito ....................................................................................................................................... 81 
CAPÍTULO 9 ...................................................................................................................... 85 
9.1. Introdução .............................................................................................................................................. 85 
9.2. Prevenção de úlceras de pressão e deformidades .................................................................................. 86 
9.2.1. Mudanças de decúbito .................................................................................................................... 86 
9.2.2.Exercícios ativos e passivos ............................................................................................................ 87 
9.2.3.Massagem de conforto ..................................................................................................................... 88 
9.3. Movimentação e transporte de paciente ................................................................................................ 89 
9.3.1.Movimentação do paciente para a cabeceira da cama ..................................................................... 89 
9.3.2 Movimentação do paciente da cama para a poltrona ou cadeira de rodas. ...................................... 90 
9.4.Medidas de segurança ............................................................................................................................. 91 
9.5.Uso da ―comadre‖ ou ―papagaio‖ ........................................................................................................... 98 
CAPITULO 10 ................................................................................................................... 101 
10.1.Introdução ........................................................................................................................................... 101 
10.2. Alterações fisiológicas da temperatura .............................................................................................. 101 
10.2.1. Alterações patológicas da temperatura ....................................................................................... 102 
10.2.2.Temperatura corporal normal ...................................................................................................... 102 
10.2.3.Terminologia ............................................................................................................................... 102 
10.2.4.avaliação da temperatura corporal ............................................................................................... 103 
10.2.5.Controle de temperatura corporal ................................................................................................103 
10.2.6.Procedimento ............................................................................................................................... 104 
10.2.7. Assistência de enfermagem: ....................................................................................................... 105 
10.3. Pulso .................................................................................................................................................. 107 
10.3.1 Locais para verificação do pulso ................................................................................................. 107 
10.3.2.Características do pulso ............................................................................................................... 107 
10.3.3.Terminologia ............................................................................................................................... 108 
10.3.4. Procedimento .............................................................................................................................. 108 
10.4.Respiração .......................................................................................................................................... 110 
10.4.1.Valores normais ........................................................................................................................... 110 
10.4.2.Terminologia ............................................................................................................................... 110 
10.4.3. Procedimento .............................................................................................................................. 110 
10.5. Pressão arterial................................................................................................................................... 110 
10.5.1.Valores normais ........................................................................................................................... 111 
 5 
10.5.2.Terminologia ............................................................................................................................... 111 
10.5.3. Locais para verificação da pressão arterial ................................................................................. 111 
10.5.4.Procedimento ............................................................................................................................... 112 
10.6. Mensuração da altura e do peso ......................................................................................................... 114 
10.6.1.Terminologia ............................................................................................................................... 114 
10.6.2.Procedimento ............................................................................................................................... 114 
10.6.3.Controle de peso e altura das crianças ......................................................................................... 115 
10.7. Controle de eliminação intestinal ...................................................................................................... 117 
10.7.1. Procedimento .............................................................................................................................. 117 
10.7.2.Observar: ..................................................................................................................................... 118 
10.7.3.Terminologia ............................................................................................................................... 118 
10.8. Controle de diurese ............................................................................................................................ 118 
10.8.1 .Conceito ...................................................................................................................................... 118 
10.8.2. Procedimento .............................................................................................................................. 119 
10.9. Controle hidroeletrolítico .................................................................................................................. 119 
10.9.1.Procedimento ............................................................................................................................... 119 
CAPÍTULO 11 ................................................................................................................... 121 
Noções de farmacologia ..................................................................................................... 121 
11.1.Conceito.............................................................................................................................................. 121 
11.2.Terminologia ...................................................................................................................................... 121 
11.4. Ações dos medicamentos atuam no organismo ................................................................................. 122 
11.5. Formas de apresentação dos medicamentos ...................................................................................... 122 
11.6. Antibióticos ....................................................................................................................................... 122 
11.6.2.Reações alérgicas e às penicilinas semi-sintéticas ....................................................................... 129 
11.6.3. Cefalosporinas ............................................................................................................................ 130 
Nome comercial: Climacilin, Sulfato de Estreptomicina.. ..................................................................... 141 
11.6.5.Clorafenicol ................................................................................................................................. 141 
11.6.6. Grupo das tetraciclinas ............................................................................................................... 142 
11.6.7.Clindamicina................................................................................................................................ 144 
11.6.8.Vancomicina ................................................................................................................................ 145 
11.6.9. Sulfonamidas e Sulfametoxazol-Trimetroprima ......................................................................... 145 
11.6.10.Lincomicina ............................................................................................................................... 146 
11.6.11. Metronidazol............................................................................................................................. 146 
11.6.12. Antibiótico antifúngico ............................................................................................................. 147 
11.6.13. Antibióticos anti-tuberculose .................................................................................................... 148 
11.7. Quimioterápicos ................................................................................................................................ 149 
11.7.1. Conceito ...................................................................................................................................... 149 
11.7.2. Classificação das drogas antineoplásicas .................................................................................... 150 
11.7.3. Principais efeitos colaterais sistêmicos ....................................................................................... 151 
11.7.4. Efeitos tóxicos dermatológicos por extravasamento ................................................................... 152 
11.7.5. Cuidados gerais com drogas vesicantes ......................................................................................152 
11.7.6. Cuidados de enfermagem no preparo e administração de drogas antineoplásicas ...................... 152 
11.7.7. Agentes alquilantes ..................................................................................................................... 153 
11.7.8. Agentes antimetabólitos ............................................................................................................. 156 
11.7.9. Antibiótico antineoplásico .......................................................................................................... 158 
11.7.10. Alcalóide da vinca .................................................................................................................... 160 
11.7.11.Outros ........................................................................................................................................ 161 
11.8. Medicamentos que atuam no sistema nervoso central ....................................................................... 162 
11.8.1.Psicolépticos ou sedativos ........................................................................................................... 162 
11.9. Anticonvulsivantes ............................................................................................................................ 166 
11.10. Analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios ................................................................................. 168 
11.10.1. Não-opiáceos ............................................................................................................................ 168 
11.10.2 Opiáceos .................................................................................................................................... 170 
11.10.3. Antiinflamatórios ...................................................................................................................... 171 
11.11. Antiespasmódicos ............................................................................................................................ 171 
11.11.1. Não-associados ......................................................................................................................... 171 
 6 
11.11.2. Associados ................................................................................................................................ 172 
11.12.Insulina e hipoglicemiantes orais...................................................................................................... 173 
11.13. Corticosteróides ............................................................................................................................... 175 
11.14. Cardiotônicos ................................................................................................................................... 177 
11.15. Antiarrítmicos .................................................................................................................................. 180 
11.16. Anti-hipertensivos ........................................................................................................................... 182 
11.17. Vasodilatores ................................................................................................................................... 185 
11.18. Vasopressores .................................................................................................................................. 187 
11.19. Anticoagulantes ............................................................................................................................... 188 
11. 20. Antitussígenos e mucolíticos .......................................................................................................... 188 
11.21. Broncodilatadores ............................................................................................................................ 190 
11.22. Diuréticos ........................................................................................................................................ 192 
11.23. Antieméticos .................................................................................................................................... 196 
11.24. Antiácidos ........................................................................................................................................ 196 
11.25. Bloqueadores de receptor H2........................................................................................................... 196 
11.26. Catárticos ......................................................................................................................................... 197 
11.27. Constipantes .................................................................................................................................... 197 
CAPÍTULO 12 ................................................................................................................... 198 
Cálculo de medicação ......................................................................................................... 198 
12.1. Conceito ............................................................................................................................................. 198 
12.2. Revisão de matemática ...................................................................................................................... 198 
12.2.1. Operações matemáticas .............................................................................................................. 198 
12.2.2. Operações matemáticas com frações decimais ........................................................................... 200 
12.2.3. Multiplicação de frações decimais por múltiplos de 10 .............................................................. 203 
12.2.4. Regra de três: .............................................................................................................................. 203 
12.3. Considerações gerais ..................................................................................................................... 204 
12.4. Exemplos de cálculo ...................................................................................................................... 204 
CAPÍTULO 13 ................................................................................................................... 213 
Procedimentos terapêuticos ................................................................................................ 213 
13.1. Cuidados gerais no preparo e administração de medicamentos ......................................................... 213 
13.1.1 Local da guarda dos medicamentos ............................................................................................. 213 
13.1.2. Cuidados no preparo da medicação ............................................................................................ 213 
13.1.3.Cuidados na administração do medicamento ............................................................................... 214 
13.2. Via oral (V.O) .................................................................................................................................... 215 
13.2.1. Procedimentos de enfermagem ................................................................................................... 215 
13.3.Vias parenterais .................................................................................................................................. 216 
13.3.1.Via intramuscular (I.M) ............................................................................................................... 219 
13.3.2.Via endovenosa (E.V).................................................................................................................. 222 
13.3.3.Via subcutânea (S.C.) .................................................................................................................. 224 
13.3.4.Via intradérmica (I.D.)................................................................................................................ 225 
13.4.Venoclise ............................................................................................................................................ 227 
13.4.1. Indicações ................................................................................................................................... 227 
13.4.2. Soluções mais utilizadas ............................................................................................................. 227 
13.4.3. Locais de aplicação ..................................................................................................................... 227 
13.4.4. Procedimentos ............................................................................................................................ 228 
13.4.5.Cálculo do gotejamento do soro .................................................................................................. 230 
13.4.6.Medicação endovenosa no paciente em venoclise ....................................................................... 231 
13.4.7. Nutrição parenteral prolongada (NPP) ....................................................................................... 231 
13.4.8. Pontos a observar ........................................................................................................................ 232 
13.5.Transfusão sangüínea ......................................................................................................................... 232 
13.5.1. Indicações ................................................................................................................................... 232 
13.5.2.Tipos ............................................................................................................................................ 232 
13.5.3. Sintomatologia das reações à transfusão .................................................................................... 233 
13.5.4. Procedimentos de enfermagem ................................................................................................... 233 
13.6. Lavagem Intestinal ............................................................................................................................ 234 
 7 
13.6.1. Finalidades .................................................................................................................................. 234 
13.6.2. Soluções utilizadas ..................................................................................................................... 235 
11.6.3. Material ...................................................................................................................................... 235 
13.6.4Procedimentos .............................................................................................................................. 235 
13.7. Sonda nasogástrica (SGN) ................................................................................................................. 237 
13.7.1. Sondagem nasogástrica............................................................................................................... 237 
13.7.2.Retirada da SGN .......................................................................................................................... 239 
13.7.3.Aspiração gástrica ....................................................................................................................... 239 
13.7.4. Lavagem gástrica ........................................................................................................................ 240 
13.7.5. Medicação por via gástrica ......................................................................................................... 240 
13.8.Medicação tópica ................................................................................................................................ 241 
13.8.1.Via retal ....................................................................................................................................... 241 
13.8.2. Via cutânea ................................................................................................................................. 242 
13.8.3.Via ocular .................................................................................................................................... 242 
13.8.4. Via nasal ..................................................................................................................................... 243 
13.8.5 .Via otológica .............................................................................................................................. 243 
13.8.6. Via vaginal.................................................................................................................................. 243 
13.9. Aplicação de calor ............................................................................................................................. 245 
13.9.1 .Bolsa de água quente .................................................................................................................. 246 
13.9.2.Compressas quentes ..................................................................................................................... 246 
13.10. Aplicação de frio ............................................................................................................................. 247 
13.10.1. Bolsa de gelo ............................................................................................................................ 248 
13.10.2. Compressas frias ....................................................................................................................... 248 
13.11. Oxigenoterapia ................................................................................................................................ 249 
13.11.1. Cateter nasal ............................................................................................................................. 249 
13.11.3. Nebulização contínua ............................................................................................................... 249 
13.11.4. Inalação .................................................................................................................................... 250 
13.12. Aspiração de secreção traqueobrônquica e orofaríngea ................................................................... 251 
13.12.1. Indicações ................................................................................................................................. 251 
13.12. Material necessário ...................................................................................................................... 251 
13.12.3. Procedimentos .......................................................................................................................... 251 
13.13. Sondagem vesical ............................................................................................................................ 253 
13.13.1. Procedimentos na sondagem de alívio feminina ....................................................................... 254 
13.13.2. Procedimentos na sondagem de demora feminina .................................................................... 255 
13.13.3. Procedimentos no cateterismo masculino ................................................................................. 255 
13.13.4.Irrigação vesical ......................................................................................................................... 256 
13.13.5. Retirada da sonda ..................................................................................................................... 257 
13.13.6. Observações ..............................................................................................................................258 
CAPÍTULO 14 ................................................................................................................... 259 
Assistência de enfermagem na alimentação ....................................................................... 259 
14.1. A alimentação do paciente ................................................................................................................. 259 
14.2. Finalidades ......................................................................................................................................... 259 
14.3. Fatores que afetam o apetite .............................................................................................................. 259 
14.4. Classificação das dietas hospitalares ................................................................................................. 260 
14.4.1. Dietas básicas ............................................................................................................................. 260 
14.4.2. Dietas básicas modificadas ......................................................................................................... 260 
14.4.3 . Dietas especiais ......................................................................................................................... 260 
14.5. Preparo do paciente e do ambiente para refeição............................................................................... 261 
14.6. Cuidados de enfermagem em relação à hidratação ............................................................................ 262 
14.7. Dieta enteral ...................................................................................................................................... 262 
14.7.1. Conceito ...................................................................................................................................... 262 
14.7.2. Métodos de administração .......................................................................................................... 263 
14.7.3.Cuidados de enfermagem ............................................................................................................ 263 
CAPÍTULO 15 ................................................................................................................... 265 
Procedimentos para o diagnóstico ...................................................................................... 265 
 8 
15.1.Posições para exames ......................................................................................................................... 265 
15.1.1. Decúbito dorsal ........................................................................................................................... 265 
15.1.3. Posição ginecológica .................................................................................................................. 266 
15.1.4. Litotomia .................................................................................................................................... 267 
15.1.5. Genupeitoral ............................................................................................................................... 268 
15.1.6.Trendelemburgo .......................................................................................................................... 268 
15.1.7. Posição ereta ............................................................................................................................... 268 
15.1.8.Posição de Fowler ........................................................................................................................ 269 
15.2.Colheita de material para exames de laboratório ................................................................................ 269 
15.2.1.Colheita de sangue ....................................................................................................................... 269 
15.2.2. Colheita de urina ......................................................................................................................... 271 
15.2.3. Colheita de fezes ......................................................................................................................... 271 
15.2.4. Colheita de escarro ..................................................................................................................... 272 
CAPITULO 16 ................................................................................................................... 273 
16.1. Indicações .......................................................................................................................................... 273 
16.2. Finalidades ......................................................................................................................................... 273 
16.3. Observações ....................................................................................................................................... 273 
16.4. Procedimentos ................................................................................................................................... 273 
16.5.Áreas de tricotomia ............................................................................................................................. 274 
16.5.1.Cirurgias ...................................................................................................................................... 274 
16.5.2.Outros .......................................................................................................................................... 274 
CAPÍTULO 17 ................................................................................................................... 276 
17.1.Introdução ........................................................................................................................................... 276 
17.2. Fisiologia da cicatrização .................................................................................................................. 276 
17.3.Tipos de curativo ................................................................................................................................ 277 
17.4. Soluções mais utilizadas .................................................................................................................... 278 
17.5.Técnica do curativo ............................................................................................................................ 278 
17.5.1.Considerações gerais ................................................................................................................... 278 
17.5.2. Material necessário ..................................................................................................................... 279 
17.5.3. Procedimentos ............................................................................................................................ 280 
17.5.4.retirada de pontos ........................................................................................................................ 281 
CAPÍTULO 18 ................................................................................................................... 282 
18.1. Assistência de enfermagem ao paciente agonizante .......................................................................... 282 
18.1.1.Alterações corporais que antecedem a morte .............................................................................. 283 
18.1.2. Assistência de enfermagem ........................................................................................................ 283 
18.2. Assistênca ao morto ........................................................................................................................... 284 
18.2.1. Finalidades ..................................................................................................................................284 
16.4.2. Material ...................................................................................................................................... 285 
18.2.2. Procedimentos ............................................................................................................................ 285 
18.2.3. Tipos de óbito ............................................................................................................................. 286 
CAPÍTULO 19 .................................................................................................................. 287 
19.1. Estado Geral ...................................................................................................................................... 287 
19.2. Estado nutricional .............................................................................................................................. 287 
19.3. Estado hídrico .................................................................................................................................... 287 
19.4. Sensação dolorosa ............................................................................................................................. 287 
19.5. Sistema nervoso-comportamento ....................................................................................................... 288 
19.6. Sistema cardiocirculátorio ................................................................................................................. 289 
19.7.Sistema respiratório ............................................................................................................................ 289 
19.8. Sistema digestivo ............................................................................................................................... 290 
19.9. Sistema urinário ................................................................................................................................. 291 
19.10.Sistema Genital ................................................................................................................................. 292 
19.11. Pele - temperatura ............................................................................................................................ 292 
19.12. Rosto-cabelos .................................................................................................................................. 293 
19.13. Olhos ............................................................................................................................................... 294 
19.14. Nariz—ouvido—fala ....................................................................................................................... 294 
 9 
19.15. Outros .............................................................................................................................................. 295 
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 296 
 10 
CAPÍTULO 1 
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a ―Saúde é um estado de completo 
bem – estar físico, mental e social e não a mera ausência de moléstia e enfermidade‖.Por esta 
definição, é difícil medir o nível de saúde da população, porque as pessoas não permanecem 
constantemente em completo bem estar. 
Também se tenta, de forma errada, definir saúde como sendo a não doença, baseando-se no 
conceito de que se obtém saúde erradicando-se as doenças. Mas a saúde é a resultante da influência 
dos fatores sócio-econômico-culturais: alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, 
trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso a serviços de saúde. 
Portanto, a saúde é um processo dinâmico em que o homem luta contra as forças que tendem 
a alterar o equilíbrio da sua saúde. Dessa forma, a melhor definição de saúde é a de a Perkins: 
―Saúde é um estado de relativo equilíbrio de forma e função do organismo, que resulta de seu 
ajustamento dinâmico satisfatório às forças que tendem a perturbá-lo‖. 
―Não é um interrelacionamento passivo entre a matéria orgânica e as forças que agem sobre 
ela, mas uma resposta ativa do organismo no sentido de reajustamento‖. 
1.2. Doença 
A doença, em oposição à saúde, é um estado de desequilíbrio do indivíduo com as forças de 
seu ambiente externo e interno, ou seja, ocorre perda ou limitação da sua capacidade de adaptação 
ao meio ambiente. 
Dessa forma, acredita-se que a saúde e a doença não devem ser consideradas entidades separadas, 
mas gradações de uma escala. 
1.3. Práticas de Saúde 
Cada sociedade pratica atividades médicas ou de saúde com o objetivo de manter e / ou 
enfrentar os seus problemas de saúde. A intervenção dos profissionais de saúde pode ser realizada 
através da medicina tradicional ou da alternativa. 
1.3.1. Medicina tradicional ou alopática 
 11 
Tem por objetivo o diagnóstico e o combate aos sinais e sintomas. Para atingir esse propósito 
são utilizados os medicamentos farmacológicos e equipamentos auxiliares ao diagnóstico. É o tipo 
de medicina mais praticado no Brasil, sendo desenvolvido nos hospitais, consultórios e demais 
recursos de saúde. 
 
1.3.2. Medicina alternativa 
O objetivo principal é considerar o ser humano de forma integral e promover a sua interação 
harmônica. Abrange vários tipos de terapêutica, mas podemos agrupá-los em quatro grupos de 
acordo com a natureza ou base: 
-farmacológica ou química: Fitoterapia, argiloterapia, terapia ortomolecular; 
-física: massagens, banhos, exercícios; 
-energética: acumpuntura, homeopatia, do-in; 
-mental/ espiritual/ psicológica: meditação, relaxamento psicomuscular 
 
1.4.Objetivos dos profissionais de saúde 
Os profissionais de saúde devem ter em mente a prescrição de Benson (in Beland), que diz 
que os profissionais lidam ―mais com pessoas e menos com pacientes... mais com condições 
humanas e menos com patologias fixas... mais com riscos sócio-culturais do que biológicos mais 
com um contínuo de atendimento, menos com episódios de doença‖. 
Além desses aspectos, os profissionais também devem atentar para os objetivos das 
profissões ligadas à saúde: 
-promoção da saúde; 
-manutenção da saúde; 
-recuperação da pessoa doente; 
-prevenção de complicações da doença e/ou seu tratamento médico; 
-prevenção de dependência nociva evitável, como conseqüência de doenças e/ ou seu tratamento 
médico. 
 12 
-prevenção da morte, como uma conseqüência evitável de doenças, lesões ou tratamento médico; 
-prevenção de sofrimento evitável perante doenças incuráveis ou irreversíveis. 
 13 
CAPITULO 2 
O Ser Humano 
 
 
2.1. Necessidades básicas (NHB) 
As necessidades humanas básicas são necessidades comuns a qualquer ser humano. 
Horta(1979) conceitua as necessidades humanas básicas como sendo ―estado de tensões, 
conscientes ou inconscientes, resultantes dos desequilíbrios homeodinâmicos dos fenômenos 
vitais‖. Considera ainda que em estados de equilíbrio dinâmico as necessidades não se manifestam, 
porém estão latentes e surgem com maior ou menor intensidade, dependendo do desequilíbrio 
instalado. 
Maslow , em teoria da motivação humana, afirma que todo o ser humano possui necessidades 
comuns que motivam o seu comportamento e estão organizados em cinco níveis distintos e 
hierarquizados: 
1) necessidades fisiológicas 
2) necessidade de segurança 
3) necessidade de amor 
4) necessidade de estima 
5) necessidade de auto- realização 
Concebe ainda que a necessidade de um nível tem que ser minimamente satisfeita para que o 
indivíduo tenha disposição para buscar satisfação do nível seguinte. Por exemplo, um indivíduo que 
está faminto vai fazer o máximo para satisfazer esta necessidade e será motivado para uma outra 
quando a fome tiver sido saciada. 
João Mohana classifica necessidades humanas básicas em três níveis: 
1) necessidades psicobiológicas2) necessidades psicossociais 
3) necessidades psicoespirituais 
 14 
A abordagem descritiva e seqüencial das necessidades humanas básicas tem apenas caráter didático, 
pois na realidade o homem é um todo indivisível e as necessidades estão intimamente interligadas. 
Classificação 
NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS 
Oxigenação Segurança 
Hidratação Amor 
Nutrição Liberdade 
Eliminação Comunicação 
Sono e repouso Criatividade 
Exercício e Atividade física Aprendizagem (educação à saúde) 
Sexualidade Gregária 
Abrigo Recreação 
Mecânica Corporal Lazer 
Motilidade Espaço 
Cuidado Corporal Orientação no espaço e tempo 
Integridade cutâneo-mucosa Aceitação 
Integridade física Auto-Realização 
Regulação: 
térmica,hormonal,neurológica.hidrossalina,eletrol
ítica,imunológica, crescimento celular, vascular. 
Auto-estima 
 Participação 
Auto imagem 
Atenção 
Locomoção Necessidades psicoespirituais:religiosa ou 
teológica, ética ou de filosofia de vida. 
Percepção:Olfaltiva, Visual, auditiva, tátil, 
gustativa, dolorosa 
 
Ambiente 
Terapêutica 
 
2.1.1. Necessidades Psicobiológicas 
São essenciais para a manutenção da vida e estão relacionadas com o equilíbrio e o bom 
funcionamento do organismo. 
 15 
A) Necessidade de nutrição e hidratação 
A alimentação e a hidratação interferem diretamente no desenvolvimento e crescimento do 
indivíduo e na capacidade de trabalho físico e intelectual. O alimento ingerido fornece materiais 
celulares e energéticos pçara manter a estrutura biológica. 
Os alimentos são compostos por elementos que possuem funções biológicas diferenciadas, 
denominadas nutrientes ou princípios nutritivos, a saber: proteínas, gorduras, carboidratos, 
minerais, vitaminas e água. A maioria dos alimentos é formada por todos os nutrientes, variando-se 
apenas o teor de cada elemento na sua composição. As necessidades alimentares variam ao longo 
do ciclo vital e sofrem também influências de certos fatores como atividade, clima, estado 
emocional, gravidez etc. Os alimentos, após ingeridos, sofrem várias transformações no organismo, 
dando origem à energia de que o homem necessita para desenvolver as suas atividades. 
 Esta energia é medida em calorias(cal.). Uma caloria é a quantidade de calor necessária para 
elevar a temperatura de 1(um) quilograma de água de 1ºC. A produção de calor nos níveis mais 
baixos da atividade corporal e dos processos bioquímicos é denominada taxa de metabolismo basal. 
Proteínas 
São Nutrientes essenciais na formação de enzimas, hormônios e células. São indispensáveis 
no processo de crescimento e regeneração dos tecidos. As proteínas, através do processo de 
digestão, são desdobradas em minúsculas partículas denominadas aminoácidos. 
Os aminoácidos são classificados em: 
-aminoácidos essenciais: são aqueles que o organismo é incapaz de sintetizar, havendo necessidade 
de ser adquirido por meio dos alimentos. 
-aminoácidos não-essenciais: são aqueles que o organismo é capaz de sintetizar com as substâncias 
existentes no seu meio interno. 
Valor biológico 
Uma proteína é considerada de alto valor biológico quando possui em sua composição todos 
os aminoácidos essenciais em quantidade e na proporção adequada.São as proteínas originárias de 
fonte animal. As proteínas de baixo valor biológico apresentam deficiência de um ou mais aminoácidos 
essenciais ou se encontram em proporções inadequadas. São representadas principalmente pelas 
proteínas existentes em vegetais. 
 16 
São fontes de proteínas: 
. De origem animal: leite e derivados, ovos, carnes bovina, suína e de aves, peixes, crustáceos etc. 
.de origem vegetal: soja. Feijão, ervilha, lentilha, arroz, milho etc. 
A carência de proteínas na dieta, principalmente em crianças, pode levar a um quadro de 
desnutrição calórico-protéica. 
Gorduras 
São nutrientes que possuem alta concentração energética e promovem a absorção de 
vitaminas lipossolúveis: A, D,E,K. A gordura se desdobra em ácidos graxos, cujo excesso fica 
armazenado no tecido adiposo. 
São fontes de gordura: 
.animal: carnes gordas, toucinho, manteiga, creme de leite, banha de porco, entre outros. 
.vegetal: óleos de arroz, semente de girassol, soja, algodão, milho, nozes, castanhas, coco etc. 
Hidratos de carbono ou carboidratos 
A função básica dos carboidratos é fornecer energia ao organismo. Através do processo 
digestivo, os hidratos de carbono são desdobrados em partículas menores e transformados em 
glicose, cujo excesso é armazenado em forma de glicogênio no fígado. As fontes de carboidratos 
são principalmente milho, trigo, batata, arroz, cana-de-açúcar, beterraba e mel etc. 
Minerais 
São essenciais ao funcionamento do organismo, sendo encontrados na composição de fluidos 
corporais e nos diversos tecidos. Nos alimentos, em geral, há quantidades suficientes de minerais de 
maneira que uma dieta bem balanceada raramente acarreta um déficit orgânico. Os principais 
minerais que entram na composição do nosso organismo são cálcio, ferro, iodo, flúor, sódio e 
potássio. 
Cálcio 
Mineral importante na constituição dos ossos e dentes,participa da coagulação sangüínea, 
funcionamento do tecido nervoso, na contração muscular e nas funções cardíacas. Observa-se maior 
necessidade de cálcio em crianças e adolescentes e também durante a gestação e lactação. 
 17 
A carência de cálcio determina o raquitismo em crianças e, nos adultos, a osteomalácia.As 
principais fontes de cálcio são leite e seus derivados, peixes e frutos do mar. 
Ferro 
É um mineral encontrado principalmente em vísceras, como fígado e coração, carnes em 
geral, gema de ovo, cereais integrais, hortaliças de folhas verdes. O ferro é absorvido pelo intestino 
e, através da circulação, atinge a medula óssea, onde participa da formação da hemoglobina, um dos 
componentes do eritrocíto. 
O eritrocíto tem uma vida média de aproximadamente 120 dias. Após a sua desintegração, o 
ferro é reaproveitado pelo organismo. A hemoglobina é o pigmento vermelho responsável pelo 
transporte de oxigênio dos pulmões para s células do corpo e de dióxido de carbono (CO2) das 
células aos pulmões. A diminuição de ferro no organismo ocorre principalmente pela ingestão 
insuficiente, espoliações crônicas, hemorragias e absorção intestinal inadequada. A carência de 
ferro leva ao quadro de anemia ferropriva. 
Iodo 
Essencial na formação de hormônios da tireóide: tiroxina (T4) e triiodotironina (T3).a 
deficiência de iodo no organismo materno pode comprometer o desenvolvimento fetal, predispondo 
ao cretinismo congênito, e a ingestão insuficiente pode levar ao quadro de bócio simples ou 
endêmico. O sal iodado e os frutos do mar são considerados fontes de iodo; 
Flúor 
 Importante na formação de ossos e dentes e na prevenção de cárie dental. É encontrado em 
água potável, sendo que a maior parte da rede de abastecimento de água tem utilização a 
fluoretação. 
Sódio 
Representa o principal cátion do fluido extracelular e é essencial na manutenção da pressão 
osmótica do sangue e fluidos intercelulares. Adeficiência aguda de sódio em um indivíduo pode 
provocar um quadro caracterizado por letargia, fraqueza, convulsão e morte; 
 
 
 18 
Potássio 
 Entra na síntese de proteínas e metabolismo dos carboidratos. Tem papel importante na 
contração da musculatura cardíaca e a deficiência orgânica pode provocar arritmias cardíacas. 
Vitaminas 
São substâncias encontradas nos alimentos e necessárias ao bom funcionamento do 
organismo. As vitaminas são fornecidas ao indivíduo por meio de uma alimentação variada, pois 
estas substâncias não são sintetizadas pelo organismo. 
Vitaminas Lipossolúveis: 
.Vitamina A ( retinol, caroteno). Atua no processo visual, formação dos tecidos epiteliais e estrutura 
óssea. A carência de vitamina A pode provocar cegueira noturna, lesões de córnea, pele ressecada, 
áspera e seca, má formação óssea, queratose folicular;A vitamina A é encontrada nos vegetais em 
forma de pró-vitamina, denominada caroteno. São fontes de vitamina A: manteiga, gema de ovo, 
queijo, cenoura, couve, espinafre, agrião, acelga, brócoli, mamão, manga, folhas de beterraba e 
nabo. 
.Vitamina D(calciferol). Importante na formação da estrutura óssea. È encontrada na pele em forma 
de pró-vitamina que, pela ação de raios ultravioleta, transforma-se em vitamina D. Constituem 
fontes de vitamina D: leite, manteiga, fígado, gema de ovo. A carência de vitamina D provoca o 
raquitismo em crianças; 
.Vitamina E: (tocoferol). A deficiência de vitamina E provoca dores musculares, alterações 
hepáticas, anemia hemolítica em recém nascidos; 
.Vitamina K. Elemento importante na síntese dos fatores de coagulação sangüínea; sua carência 
pode aumentar a tendência a hemorragias a pode ser causa de doença hemolítica do recém-nascido. 
A vitamina K pode ser encontrada em hortaliças folhosas verdes e fígado. 
Vitaminas Hidrossolúveis: 
vitamina B1 (tiamina). Interfere no metabolismo dos hidratos de carbono e a sua carência 
pode desencadear uma doença denominada beribéri. São fontes de vitamina B1: cereais integrais, 
carnes, vísceras, hortaliças de folhas verdes e leguminosas; 
 19 
.vitamina B2(riboflavina). È necessária ao metabolismo normal dos carboidratos, gorduras e 
proteínas, na manutenção dos tecidos e fisiologia ocular. A carência de vitamina B2 pode lesões de 
mucosa labial, língua, nariz e olhos, ardor e fadiga ocular, conjutivite. São fontes de vitamina B2, o 
leite, queijo, fígado, ovos, carnes e hortaliças de folhas verdes, leguminosas, cereais integrais; 
.vitamina B3 (niacina). Participa no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas e a 
sua carência pode levar a uma doença chamada pelarga. São fontes de niacina o fígado, aves, 
peixes, leguminosas, leite e ovos; 
.vitamina B6 (piridoxina). É importante na manutenção da integridade funcional do cérebro e 
no metabolismo dos aminoácidos, carboidratos e lipidíos. A carência pode provocar irritabilidade, 
depressão, neurite periférica, anemia hipocrômica, glossite, estomatite; 
.vitamina B9 (ácido fólico).Importante para a síntese do DNA. A carência pode provocar 
irritabilidade, anorexia, perda de peso, glossite, diarréia, má absorção, leucopenia, dermatite; 
.vitamina B12 (cianocobalamina). Importante na formação de eritrócitos e a sua carência 
podem provocar anemia perniciosa. A sua absorção depende de uma substância, secretada pela 
mucosda gástrica, denominada fator intrínseco. Fígado e alimentos de origem animal são as suas 
principais fontes; 
.vitamina C (ácido ascórbico). É essencial à integridade das paredes dos capilares sangüíneos, 
síntese do colágeno, manutenção dos tecidos. A carência pode desencadear o escorbuto. São fontes 
de vitamina C: frutas cítricas, goiaba, caju, mamão, tomate, morango, hortaliças cruas em geral. 
Água 
A água representa 70% do peso corpóreo e é o principal constituinte do organismo. É 
elemento essencial ao metabolismo, pois as maiorias das reações químicas ocorrem em seu meio. 
As necessidades hídricas dependem do clima, atividades, vestuário, que determinam maiores ou 
menores perdas; em condições físicas e ambientais normais, um adulto tem necessidade de ingerir 
cerca de 1 a 2 litros de líquidos por dia. 
As perdas de água ocorrem através da pele (suor e evaporação), pulmões(expiração), trato 
urinário (urina) e intestinos( fezes). Perdas adicionais podem ocorrer através de vômitos, 
hemorragias, queimaduras etc. 
 20 
Fontes: ingestão de água potável ou preparada líquidos, como suco, chá, sopas refrigerantes. 
A maioria dos alimentos possui água na sua composição. Pequena parcela de água é originária de 
reações metabólicas(água endógena). 
B) Necessidade de eliminação 
A eliminação de resíduos e substâncias tóxicas formadas durante o processo metabólico é tão 
importante quanto a ingestão e assimilação de alimentos. Certas estruturas orgânicas desempenham 
a função de excreção: 
 Pulmões: eliminam o dióxido de carbono; 
 Glândulas sudoríparas; eliminam o suor; 
 Aparelho urinário: elimina a urina; 
 Intestino: elimina fezes; 
Eliminação urinária 
O aparelho urinário, particularmente os rins, desempenha papel fundamental na manutenção 
do equilíbrio hidroeletrolítico e na eliminação de água, resíduos de produtos nitrogenados e certos 
sais orgânicos. Os rins estão localizados de cada lado da coluna vertebral e na face posterior da 
cavidade abdominal e são constituídos de aproximadamente 1 milhão de néfrons cada um, que são 
responsáveis pela filtração do sangue e formação de urina. A urina através dos ureteres alcança a 
bexiga, um saco de músculo liso que se constitui num verdadeiro reservatório e tem como função 
armazenar a urina até que seja excretada. 
 Da bexiga, a urina segue o trajeto pela uretra e atinge o meio externo, através de uma 
abertura denominada meato urinário. O processo de esvaziamento da bexiga é denominado micção 
e, em indivíduo adulto, ocorre esta necessidade quando um volume aproximado de 300 ml se 
acumula no seu interior. Em média, um indivíduo adulto elimina de 1.000 ml a 2.000ml de urina 
nas 24 horas, porém esta quantidade é variável, pois está condicionada a fatores como o clima, 
quantidade de ingesta líquida, ação de drogas etc. 
A urina possui certas características próprias como: 
 Ph: ligeiramente ácido 
 Cor: amarelo dourado ou âmbar. A urina concentrada é mais escura. 
 21 
 Odor: característico 
 Densidade: a pesquisa bibliográfica tem mostrado uma variação muito grande quanto aos valores 
relativos a este item; 1.003 a 1.030 (Atkinson), 1.005 a 1.025 (Brunner),1.010 a 1.020(kawamoto). 
 Constituintes inorgânicos: cloreto de sódio, fósforo, enxofre, sódio, potássio, cálcio e magnésio 
em combinação com o oxigênio. 
 Constituintes orgânicos: uréia, ácido úrico, creatinina; 
 Pigmentos: urobilinogênio 
 Outras: transparente e límpidas, porém quando coletada e fria, pode parecer turva, devido a 
precipitação de uratos e fosfatos, que ocorre devido à mudança do pH da urina de ácida para 
alcalina. 
Eliminação intestinal 
É através do processo da digestão que os alimentos ingeridos são transformados, absorvidos e 
o produto residual eliminado.O alimento na boca sofre ação mecânica da mastigação, sendo 
desdobrado em partícula menor, principalmente pela ação dos dentes. A saliva produzida pelas 
glândulas salivares, além de umedecer os alimentos, possui a enzima ptialina, que inicia a ação 
química sobre os amidos. A língua é essencial para a percepção do gosto dos alimentos, além de 
atuar na deglutição. 
O bolo alimentar passa pela faringe, esôfago, e atinge o estômago por meio de movimentos 
peristálticos. No estômago, o bolo alimentar sofre a ação de suco gástrico composto de ácido 
clorídrico, muco e enzimas, sendo transformado em quimo que, após o processo, é lançado ao 
duodeno, onde sofre a ação de suco pancreático e bile. Nesta fase, o produto alimentar líquido é 
denominado quilo e, no trajeto pelo intestino delgado, a maior parte dos nutrientes é absorvida. 
No intestino grosso ocorre a absorção de água e formação de fezes, que são eliminadas pelo 
mecanismo da defecação. Além das fezes, são formados cerca de 400 ml a 700 ml de gases 
diariamente (flatos). 
A defecação é um ato reflexo originado pela presença de fezes no reto. A contração 
voluntária dos músculos da parede abdominal, a inspiração profunda e o fechamento da glote 
aumentam a pressão intra-abdominal; os músculos do assoalho pélvico se contraem, permitindo a 
expulsão de fezes através do ânus. As fezes normais são constituídas de resíduos de alimentos não 
 22 
digeridos, bactérias, produtos da descamação da mucosa intestinal, pigmentos biliares e pequena 
quantidade de sais. 
A frequência normal das evacuações é muito variável, porém observa-se que na maioria das 
pessoas evacua uma vez ao dia.A evacuação normal é semi-sólida e de cor marrom, devido à presença de pigmentos biliares. 
Os hábitos intestinais estão relacionados a aspectos culturais (privacidade, higiene e limpeza etc.), 
estado psicológico, atividades físicas, entre outros. 
C) Integridade cutâneo-mucosa 
A pele e mucosa íntegras constituem a primeira linha de defesa do organismo contra agressões 
físicas, químicas e biológicas. 
A pele é constituída de: 
 Epiderme-camada mais externa, formada de tecido epitelial estratificado, onde se encontram 
oros das glândulas sudoríparad e bulbos pilosos em quase toda a sua extensão. 
 Derme, camada mais interna, formada por tecido conjuntivo, nervos, folículos pilosos, glândulas 
sudoríparas e sebáceas, vasos sangüíneos e linfáticos; 
A pele possui as seguintes funções: 
 Proteção de órgão e tecidos adjacentes contra agressões externas. A solução de continuidade da 
pele e mucosa constitui uma grave ameaça de infecção, pois torna-se porta de entrada para os 
microrganismos; é também fator de perdas líquidas e de eletrólitos quando houver extensas áreas 
lesadas, como nos casos de queimaduras; 
 Excreção e secreção. A secreção de substâncias produzidas na pele tem efeito protetor sobre o 
organismo. Assim, o sebo produzido pelas glândulas sebáceas lubrifica a pele e os pêlos, mantendo 
a elasticidade e a textura da pele; o cerume produzido pelas glândulas ceruminosas protegem os 
canais auditivos; o suor secretado pelas glândulas sudoríparas eliminam substâncias inorgânicas, 
como o sódio, e orgânicas como a uréia, ácido úrico e amônia; 
 Termorregulação. Além de constituir um importante meio de eliminação, o suor atua na 
regulação do calor do organismo. Quando a temperatura ambiete está elevada, as glândulas 
sudoríparas eliminam maior quantidade de suor, que na superfície da pele se evaporam. No 
 23 
processo de transformação do estado líquido para o estado gasoso, parte do calor do corpo é 
utilizado como fonte de energia, promovendo uma diminuição da temperatura corporal. Em dias 
frios, a eliminação de suor é mínima; 
 Sensação. A pele possui receptores sensitivos à dor, tato, temperatura e pressão. Assim, somos 
capazes de distinguir sensações de diversas naturezas, como o frio do gelo, o calor da chama, a dor 
de um ferimento etc. 
Manter a pele e mucosa saudável e íntegra depende de vários fatores, destacando-se a alimentação, 
hidratação, higiene pessoal e circulação sanguínea adequada. Células bem nutridas e devidamente 
hidratadas possuem maior capacidade de resistir ou de se recuperar de lesões. A circulação 
sanguínea é o meio de transporte de nutrientes às células. 
A higiene pessoal executada de maneira conveniente e suficiente é importante para manter a higidez 
da pele, contudo os hábitos podem variar de um indivíduo a outro. 
D) Sono e repouso 
O sono é um estado de inconsciência relativa, caracterizada por ciclos de sono profundo e 
sono superficial, necessário para o organismo refazer-se das atividades desenvolvidas durante o 
estado de vigília. O sono e a vigília relacionam-se com o movimento de rotação da terra, que define 
a noite e o dia no período de 24 horas. Nos indivíduos, a relação sono – vigília depende de fatores 
sociais como o trabalho, lazer, hábitos e diferenças pessoais e das necessidades que variam ao longo 
do ciclo vital. É comprovado cientificamente que o sono não pe uniforme ao longo do período, pelo 
contrário, apresenta estágios bem distintos: 
 Sono de movimentos oculares não-rápidos ou sono ortodoxo (N-MOR); 
 Sono de movimentos oculares rápidos ou sono paradoxal (MOR); 
Estes ciclos se alternam várias vezes durante o sono. 
Os recém-nascidos dormem em média 18 a 20 horas por dia e lactentes necessitam, em 
média, de 12 a 14 horas de sono. À medida que a criança vai crescendo, os condicionamentos sócios 
vão interferindo nos hábitos e nas necessidades de sono, uma criança de 2 anos passa a dormir em 
média 10 horas por dia. Em circunstâncias normais, um adulto com 8 horas por dia e sono sente-se 
descansado; pessoas idosas costumam apresentar variações significativas no padrão de sono. Os 
indivíduos que conseguem relaxar e se refazer facilmente do cansaço em estado de vigília, 
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geralmente se sentem bem com menos horas de sono. O sono promove diminuição do metabolismo 
e, conseqüentemente, diminuição da freqüência cardíaca, temperatura e pressão arterial. A privação 
do sono pode ocasionar irritabilidade, depressão, comprometimento da atividade intelectual e 
laborativa, da concentração e da memória. 
Ambiente calmo e silencioso, obscuridade, cama e colchão confortáveis e vestuário adequada 
são fatores que favorecem o sono. Situações de estresse e de ansiedade, ao contrário, tendem a 
dificultar o relaxamento e o repouso. Relaxar significa diminuir as tensões, condição necessária 
para promover o sono. 
A enfermidade e a hospitalização podem gerar um nível de tensão suficiente para inteferir no 
sono e repouso. O mal-estar da doença, ambiente hospitalar cercado de regras e normas, sujeito a 
inúmeros procedimentos terapêuticos a qualquer hora do dia, se somam a conflitos pessoais. É neste 
contexto que a enfermagem deve estabelecer medidas, no sentido de proporcionar o atendimento da 
necessidade de sono e repouso ao paciente. 
E) Exercício e atividade física 
A atividade física é fundamental para a saúde do indivíduo. O movimento contribui para o 
desenvolvimento normal dos músculos, estimula o apetite, facilita a digestão, o peristaltismo e a 
eliminação intestinal, reduz o tecido adiposo, ativa a circulação sanguínea, melhora a capacidade 
pulmonar, favorece o padrão de sono e as funções mentais. A falta de exercícios leva à diminuição 
do tônus muscular, podendo, em muitos casos, chegar à atrofia das áreas afetadas. É necessário 
manter um equilíbrio entre os exercícios e o repouso. 
A necessidade de exercício e movimento se manifesta de forma diferente ao longo do ciclo 
vital. O recém-nascido possui movimentos reflexos. No segundo trimestre de vida, o bebê senta, 
inclinando o corpo para frente e apoiando-se com as mãos; desenvolve o movimento de preensão e 
consegue segurar pequenos objetos. No segundo semestre, a criança fica de pé sem auxílio e se 
movimenta andando. Na idade pré-escolar a criança desenvolve atividades físicas como saltar, 
correr e andar de triciclo, e gradativamente vai adquirindo maior número de habilidades motoras. O 
jovem adulto costuma desenvolver atividades físicas que permitem maior gasto de energia. Na 
velhice, há uma diminuição da estrutura devido à descompressão das vértebras, que vai ocorrendo 
com o passar dos anos. 
Os exercícios e o movimento dependem do bom funcionamento dos músculos, ossos e sistema 
nervoso. Qualquer processo traumático ou patológico que afete um ou o conjunto deles pode 
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ocasionar limitação temporária ou permanente da motilidade. A reabilitação é importante na 
prevenção ou recuperação da perda funcional. Outra situação freqüente em que se verifica 
comprometimento da atividade motora é quando há manifestação da dor. O indivíduo tende a 
permanecer imóvel para controlar melhor a dor. 
As condições de habilitação e as características de trabalho também são fatores que 
interferem na atividade corporal. É comum nos grandes centros urbanos, cada vez mais, as pessoas 
disporem de menor espaço para moradia, e a realização de exercícios é cada vez mais limitada pelas 
dificuldades de acesso às áreas de lazer. Os idosos e as crianças geralmente são os mais afetados. 
F) Mecânica corporal 
 A mecânica corporal significa a utilização eficiente do corpo, através do uso correto de todos 
os segmentos e visa a prevenção de deformidades, perda ou limitação de função do sistema 
músculo-esquelético. 
O conhecimento sobre a postura e certos princípios de física são fundamentais para a 
compreensão da mecânica corporal. Entende-se por postura o alinhamento natural

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