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MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM ESATER SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................ 2 UNIDADE I 1. DOSE DE MEDICAÇÃO E SISTEMAS DE MEDIDAS ............................................................. 3 2. RESISTÊNCIA DE UMA SOLUÇÃO E CÁLCULO DE MEDICAÇÃO .................................. 11 3. VELOCIDADE DO GOTEJAMENTO .......................................................................................... 36 4.TRANSFORMAÇÃO DE SOLUÇÃO ........................................................................................... 40 5.DOSAGEM INFANTIL .................................................................................................................... 47 UNIDADE II 6. FRAÇÕES NUMÉRICAS .............................................................................................................. 53 7. NÚMEROS DECIMAIS ................................................................................................................. 62 8. PORCENTAGEM ........................................................................................................................... 70 9. NÚMEROS ROMANOS ................................................................................................................ 72 10. ESCALAS TERMOMÉTRICAS ................................................................................................. 75 11. REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 77 MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 2 ESATER ESATER APRESENTAÇÃO O profissional Técnico em Enfermagem tem participação direta no atendimento ao paciente nas clínicas e hospitais. O técnico deve estar capacitado e ser diligente junto aos médicos e enfermeiros. Por isso é indispensável conhecimento dos vários tipos de medicamentos, das respectivas dosagens e formas de administração, da atuação de cada medicamento e das eventuais contra-indicações. Estar preparado (a) para tais atividades exige ter boa noção dos conceitos matemáticos principalmente ao aplicar corretamente a dosagem prescrita. O conteúdo detalhado e os exercícios aplicados apresentados nesse módulo, Matemática Aplicada a Enfermagem, facilitam o aprendizado seqüencial dos assuntos e tem por objetivo capacitá-lo (a) profissionalmente e para concursos na área técnica em enfermagem. Assim, esse módulo apresenta as noções básicas da matemática elementar, sistemas de medidas, escalas termométricas, cálculo da dosagem de medicamentos adulto e infantil, considerações sobre administrações diversas como penicilina e insulina, velocidade de gotejamento, dentre outros tópicos pertinentes à área. Esse módulo, na 2ª edição, foi ampliado com mais resultados experimentais e situações reais sobre a prática do cálculo de medicação, além de pesquisas de ampla bibliografia. Agora, na 3ª edição, o módulo foi dividido em duas unidades temáticas: UNIDADE I: Cálculo de medicação para administração de medicamentos. UNIDADE II: Matemática direcionada a concursos públicos. Tendo como introdução a parte aplicada da disciplina, essa versão do módulo permite facilitar o aprendizado direcionando o início do curso para a prática profissional. GRUPO ESATER Profª Jobelle Morbeck Jan/2011 MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 3 ESATER ESATER UNIDADE I 1. DOSE DE MEDICAÇÃO E SISTEMAS DE MEDIDAS A relevância de conhecimentos matemáticos em cálculo de medicação é incontestável. Segundo Kawamoto (1997), “cálculo de medicação é o método pelo qual se calcula a quantidade de medicamento a ser administrado, para que o paciente receba a medicação na dose prescrita”. Nos medicamentos na forma de solução, considera-se soluto a substância a ser dissolvida no solvente (normalmente água destilada ou soro fisiológico). Segundo Staut (1986, p.7) “solução é uma mistura homogênea composta de duas partes distintas: soluto, que é a substância a ser dissolvida, e solvente ou diluente, que é o líquido no qual o soluto será dissolvido”. Para preparar e administrar medicamentos, é preciso considerar 11 saberes: 1. Saber quem é o cliente/ paciente; 2. Saber quais são suas condições clínicas; 3. Saber seu diagnóstico; 4. Saber qual é o medicamento; 5. Saber as vias; 6. Saber as doses; 7. Saber calcular; 8. Saber as incompatibilidades; 9. Saber sobre interações medicamentosas, ambientais, pessoais e alimentares; 10. Saber sentir para identificar sinais e sintomas de ordem subjetiva; 11. Saber cuidar. Cabe destacar que, a dose adequada é uma das partes mais delicadas da administração de medicamentos e envolve responsabilidade, perícia e competência técnico- científica. Logo, é necessário que a enfermeira entenda alguns conceitos: Máxima – é a maior quantidade de medicamento capaz de produzir ação terapêutica, sem ser acompanhado de sintomas tóxicos. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 4 ESATER ESATER Mínima – é a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir ação terapêutica. Tóxica – é a quantidade de um medicamento que ultrapassa a dose máxima e pode causar perturbações de muita gravidade. Entretanto, se o indivíduo for socorrido a tempo, evita-se o êxito letal. Letal – é a quantidade de um medicamento que causa a morte do indivíduo. Dose de manutenção – é a quantidade de um medicamento que mantém o nível de concentração do mesmo no sangue (SOUZA, 1988). O conhecimento dessas definições deve induzir o profissional a fazer bom uso dos tópicos matemáticos aplicados na enfermagem. As considerações sobre a matemática no cálculo de medicamentos serão iniciadas por tópicos que definem os sistemas de medidas e apresentação das resistências. Alguns dos exemplos de prescrição médica são: Keflin 1 g, E. V. de 6/6 horas. Apresentação: Keflin 250 mg, frasco em pó. Solvente 5 ml. Administração : 20 ml. Binotal 500mg V. O. de 6/6 hs Apresentação: Binotal 250 mg em comprimidos Administração: 2 comprimidos (KAWAMOTO, 1997). Assim a administração deve corresponder à dosagem correta, para não ocasionar riscos ao paciente. Durante o texto existem muitas referências às doses: prescrita e administrada. Para não ter dúvidas sobre tal conceito, a dose é definida como uma determinada quantidade de medicamento introduzido no organismo a fim de produzir efeito terapêutico. 1.2 SISTEMAS DE MEDIDAS Os sistemas de pesos e medidas comumente usados em medicina são os sistemas: métrico e apotecário. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 5 ESATER ESATER Como ambos são utilizados mesmo em relação a uma única droga ou prescrição, é essencial que a enfermagem se familiarize com os dois e seja capaz de converter um em outro sempre que necessário. Um farmacêutico nem sempre pode aviar a receita de uma medicação na unidade de medida na qual esta foi prescrita. Os fabricantes da indústria farmacêutica embalam e engarrafam segundo certos padrões equivalentes. Por exemplo, o médico pode prescrever 250mg de uma droga que é disponível apenas em gramas. O profissional é responsável pela conversão das unidades de volume e peso para as doses desejadas. Por esse motivo, ele deve conhecer os equivalentes aproximados em todos os principais sistemas de medidas. [...] A liberdade de escolher equivalentes próximos é conveniente, mas o profissional deve considerar a probabilidade de erro e manter o número de conversões a um mínimo (POTTER, 1998). 1.2.1 Sistema Métrico A Farmacopéia dos Estados Unidos utiliza exclusivamente o sistema métrico e é provável que dentro em breve este seja o único sistema utilizadona dosagem de drogas, pois é o mais exato. Neste sistema usam-se números arábicos e decimais. As unidades de medida no sistema métrico para peso (do soluto) mais usuais, são: o grama (g) e o miligrama (mg) e para volume (da solução) trabalhamos com submúltiplos do litro (l), mililitro (ml ou cc ou cm³) (ASPERHEIM,1994). Para designar os submúltiplos das unidades, utilizam-se os seguintes prefixos: deci = 10 1 de uma unidade centi = 100 1 de uma unidade mili = 1000 1 de uma unidade micro = 000.000.1 1 de uma unidade Para designar múltiplos da unidade, utilizam-se os seguintes prefixos: deca = 10, hecto = 100, quilo = 1000. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 6 ESATER ESATER Para todos os fins práticos, um mililitro (ml) corresponde a 0,001 do litro e é equivalente a um centímetro cúbico (cm³), e os dois termos são usados como sinônimos na prática. As unidades básicas são sempre multiplicadas e divididas por um múltiplo de 10 para formar todo o sistema. Para transformar microgramas (mcg) em miligramas (mg), miligramas (mg) em gramas (g), mililitros (ml) em litros ( l ) ou gramas (g) em quilogramas (kg), dividir por 1000. Para transformar litros em mililitros, gramas em miligramas ou quilogramas em gramas, multiplicar por 1000. As principais relações são: litroml Volume 11000 = kgg gmg mgmcg Peso 11000 11000 11000 = = = )(1000)(100)(10)(1 miligramamgcentigramacgdecigramadggramag === Para ser prático, na multiplicação, a vírgula decimal se move para a direita, na divisão, para a esquerda. Por exemplo: 10,0 mg * 10 = 100 mg e 10,0 mg : 10 = 1,0 mg. Ao escrever as doses, os profissionais de enfermagem devem usar frações sempre na forma decimal: 500mg ou 0,5g, não ½ g; 10ml ou 0,01 l , não 100 1 l (POTTER, 1998). São exemplos de prescrições de medicamento que utilizam o sistema métrico: 1 litro de glicose a 5% em água, IV, durante 8 horas, 30ml de hidróxido de magnésio, VO, ao dormir, Cefazolina sódica, 1g IV, cada 6 horas por gotejamento, Digoxina, 0,125mg VO, diariamente, Manter tração continua com 10kg (CABRAL, 2002, p.116). 1.2.2 Sistema Apotecário ou Farmacêutico Neste sistema antigo, os algarismos romanos e as frações comuns são usados para designar unidades. Também, as unidades de medida precedem o algarismo na forma correta. Por exemplo, a forma correta de expressar 20 grãos (1,296g) seria “gr. XX”. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 7 ESATER ESATER Os valores são divididos entre volume e peso: Volume 60 gotas (µ LX) = 1 dracma fl . 8 dracmas fl = 1 onça fl . 16 onças fl = 1 quartilho Peso 20 grãos = 1 escróbulo (1,296g) 3 escróbulos = 1 dracma (3,888g) 8 dracmas = 1 libra (373,24g) 12 libras = 1 onça O peso de um grão baseia-se no peso de um grão de trigo e a gota equivale aproximadamente a uma mínima. Entretanto, para procedimentos extremamente precisos, cada conta-gotas precisa ser calibrado exatamente, pois há uma grande variedade em tamanhos de gotas, dependendo da viscosidade do líquido, etc. Quando se trata de medidas de líquidos, usa-se o prefixo fl ., por exemplo ‘ fl dracma’, ‘dracma líquida’, em vez de simplesmente ‘dracma’, quando se está designando um líquido, entretanto, ambas as designações estão corretas. No Brasil, uma unidade apotecária ainda usada é a onça ( oz) e a onça fluida ( ozfl . ), pois produtos e medicamentos importados dos Estados Unidos são mensurados assim. Também a libra ( lb ) é ressaltada em cálculo de dosagem infantil por isso é importante lembrar a conversão para o sistema métrico. As relações com o sistema métrico dessas unidades citadas são: lbkg mlmlozfl goz 2,21 3057,29.1 301 = ≅= = Alguns exemplos de prescrições são: Clorambucil; 150 µg/ml de peso corporal, 1 vez ao dia, Peso do paciente: 154 lb PM: 10,5mg. Tetraciclina; 0,011g/ lb de massa corpórea a cada 6 horas. PM: 24,2 mg/kg (ANSEL, 2005, p.19, 31). MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 8 ESATER ESATER 1.2.3 Sistema Domiciliar O sistema domiciliar tem como base as medidas caseiras, que podem ser usadas para medir aproximadamente a quantidade desejada. Isto inclui copos, xícaras, colheres de sopa e chá, e o conta-gotas. As medidas caseiras não são exatas e deveriam ser evitadas na administração de medicamentos. A colher de chá padrão norte-americana foi estabelecida pela American Standards Association como contendo aproximadamente 5 ml, sendo esta medida aceita na Farmacopéia dos Estados Unidos (ASPERHEIM, 1994). Diz-se que gotas e mínimas são equivalentes, mas, quando determinado número de mínimas é prescrito, a dose deverá sempre ser medida em mínimas. O sistema domiciliar nos Estados Unidos inclui a onça (oz) e a libra (lb) para medir peso e colher de chá (c.c.), colher de sopa (c.s.) e copo, para medir líquidos. “Muitos [...] medicamentos automedicáveis e medicamentos caseiros são vendidos nos EUA sob o sistema de medida domiciliar” (CABRAL, 2002, p.116). Alguns equivalentes aproximados nas medidas caseiras com base nesse padrão norte- americano, segundo Souza (1988, p. 42) são: 1 colher grande (sopa) = 15 ml 1 colher média (sobremesa) = 10 a 12 ml 1 colher pequena (chá)= 4 a 5 ml 1 colher de café = 3 ml 1 xícara de chá= 180 ml 1 copo = 250 ml 20 gts = 1 ml Asperheim (1994, p.33) cita alguns equivalentes essenciais que precisam ser aprendidos para conversão entre os sistemas métrico, caseiro e apotecário e confirma os valores acima citados, o que é natural, pois o sistema norte-americano é padrão nos materiais de estudo para enfermagem. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 9 ESATER ESATER 60 mg = 1 grão 1 ml= 15 mínimas (15µ) 1 g = 15 grãos 30 ml= 1 fl oz 30 g= 1 onça (1oz) 500 ml= 1 quartilho 2,2 lb = 1 kg 1000 ml =1 quarto 1 colher de chá = 1 dracma = 4 ou 5 ml 1 colher de sopa = ½ onça líquida = 4 dracmas = 15 ml 1 xícara de chá cheia = 6 onças liquidas = 180 ml 1 copo cheio = 8 onças liquidas = 240 ml. Como as medidas apresentadas são de padrão norte-americano, deve-se ter cuidado nos casos em que a dose de um medicamento líquido for acondicionado em frascos. Se este for o caso será geralmente receitada em medidas caseiras, como, por exemplo, uma colher de chá ou uma colher de sopa. O médico sabe que existe variação no tamanho das colheres e na quantidade de medicamento que se coloca nelas. Nos casos em que a dose a administrar deve ser uma quantidade exata, o médico poderá pedir que a dosagem seja medida com conta-gotas calibrados ou copinhos graduados (SKELLEY, 1977). Aqui estão alguns exemplos de prescrições de medicamentos que utilizam o sistema domiciliar: 2 colheres de chá de Bactrim, VO, 2 vezes ao dia, Riopam, 2 colheres de sopa, VO, 1 hora antes da refeição e ao dormir (CABRAL, 2002, p.117). Após serem realizadas experiências, utilizando alguns instrumentos, é possível notar uma variação considerável nos valores apresentados nos livros. Em sala de aula, utilizando um faqueiro comum, copo, xícara, dosador de soro caseiro, conta-gotas e seringas de 1, 3, 5 10 e 20 ml, foram encontrados os valores a seguir, adequados para administração de medicamentos usando medidas caseiras. É importante que esta prática seja realizada com os instrumentos disponíveis no posto de enfermagem da clínica ou hospital e em casa, para não haver erros na administração dos medicamentos realizada com esse sistema. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 10 ESATER ESATER Os resultados da experiência que confirma o Sistema Domiciliar com base em instrumentos comuns brasileiros são: 1 colher grande (sopa)= 9,5 ml 1 colher grande = 9 ml 1 colher média (sobremesa) = 5 ml 1 colherpequena (chá)= 1,5 a 2 ml 1 xícara de chá= 160 ml 1 copo (descartável 200 ml) = 180 ml 20 gts = 1ml dosador (soro caseiro) = 3ml e 1ml Exercícios: 01. Anote as unidades de medida mais utilizadas em enfermagem. Sistema Métrico Sistema Apotecário Sistema Domicili ar 02. Faça conversão dos valores apresentados a seguir para as unidades de medidas solicitadas. a) 300 ml = _______L h) 0,23 L = _______ml b) 2 ml = _________gotas i) 4,5 L =________ml c) 800 mg = ______g j) 872 ml = ______ L d) 3 oz = _______g l) 60 gotas = _____ml e) 2,05 kg = _______g m) 2 kg = _________ lb f) 2 col. grande = _______ml n) 45,76 lb = _______kg g) 1,5 col. média = ______ ml o) 2 fl oz = ________ml 03. Escreva os significados das siglas VO, SC, IM, EV, IV, utilizadas nas prescrições de medicamentos. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 11 ESATER ESATER 2. RESISTÊNCIA DE UMA SOLUÇÃO E CÁLCULO DE MEDICAÇÃO Segundo Potter (1998), no exercício clínico, o profissional usa soluções de várias concentrações, sendo que ele deve compreender os termos que descrevem as concentrações das soluções. A unidade de volume que representa 1 mililitro é identificada por ml ou cc ou cm³. As notações mg/ml , mg/g ou g/ml expõem diretamente a concentração do fármaco. Assim, a proporção 4 mg/ ml significa que existem 4 mg em 1 ml da solução, 5 mg/ 2 ml significa que há uma proporção de 5 mg em 2 ml de solução. Embora muitos Hospitais trabalhem com as doses dos fármacos personalizadas e prontas para o uso de cada paciente, entretanto, para a administração de medicamentos na maioria dos Hospitais Públicos existe a necessidade de calcular a dosagem prescrita para evitar equívocos ou erros, pois, a apresentação do fármaco (quantidade do fármaco por mg ou por ml) nem sempre coincide com a quantidade de cada dose que deve ser administrada. Na montagem da REGRA DE TRÊS (direta ou inversa), dispomos duas colunas, numa mesma coluna devem estar valores da mesma unidade de medida, como peso, volume, comprimidos ou ampolas. O volume a ser administrado não poderá ter dois números decimais ou mais, devido a sua difícil obtenção na graduação da seringa. Para facilitar a compreensão temos alguns exemplos de situações freqüentemente encontradas: Exemplo 01: Prescrição médica: Binotal 500mg VO de 6/6 hs Apresentação: Binotal 250 mg em comprimidos Administração: ____________ comprimidos Resposta: 250 mg -------------- 1 comprimidos 500 mg -------------- X comprimidos X = 2 comprimidos MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 12 ESATER ESATER Exemplo 02: Foi prescrito para uma criança 48 mg de paracetamol de 12/12 horas para ser administrado em seringa oral. A apresentação do fármaco é 120mg/5ml. Quantos ml serão administrados em cada dose? Resposta: Se 120 mg corresponde a 5 ml do paracetamol (conforme a apresentação do fármaco), para calcular o volume (ml) corresponde a 48 mg deste medicamento, teremos: 120 mg --------------- 5 ml 48 mg ----------------- X ml X = 48 * 5 120 X = 2 ml Assim: X corresponde a 2 ml que é cada dose do paracetamol que deve ser administrada. Exemplo 03: Foi prescrito para um paciente o medicamento Amoxicilina suspensão, por via oral, devendo ser administrado 500 mg de 8/8 horas. A apresentação da Amoxicilina é de 250 mg em cada 5 ml. Quantos ml devem ser administrados em cada dose? Resposta: Se 250 mg corresponde a 5 ml da amoxicilina (conforme a apresentação do fármaco), para calcular o volume (ml) corresponde a 500 mg deste antibiótico, teremos: 250 mg ------------------ 5 ml 500 mg ------------------ X ml X = 500 * 5 250 X = 10 ml Assim, X corresponde a 10 ml que é cada dose da suspensão de amoxicilina a ser administrada. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 13 ESATER ESATER Exemplo 04: Foi prescrito para o paciente 250 mg de amicacina IM de 12/12 horas. Entretanto, a apresentação deste medicamento (existente no Hospital) é de ampolas de 2 ml com 500 mg (sendo que este fármaco já se encontra diluído, ou seja, é uma solução). Quantos ml devem ser administrados em cada dose? Resposta: Se 500 mg corresponde a 2 ml (apresentação de cada ampola), para calcular o volume correspondente a 250 mg, teremos: 500 mg ------------ 2 ml 250 mg ------------- X ml X = 250 * 2 500 X = 1 ml Assim, X corresponde a 1 ml que é cada dose de amicacina (250 mg) que deve ser administrada por via intramuscular. Exemplo 05: Deve ser administrado em um paciente 200 mg de cefalotina por via endovenosa de 6/6 horas. A apresentação deste fármaco disponível no setor é de frasco-ampola de 1 g (o medicamento se encontra em pó liofilizado que corresponde ao soluto, e, neste caso, o fabricante determina que a quantidade de solvente para cada frasco-ampola deve corresponder a 10 ml). Como deve ser administrado este medicamento? Como a apresentação do fármaco é em grama (1 g), e, deve ser administrado em mg, inicialmente convertemos grama em miligramas, ou seja, 1g = 1000 mg. Resposta: 1000 mg --------------- 10 ml 200 mg ----------------- X ml MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 14 ESATER ESATER X = 200 * 10 1000 X = 2 ml Ou seja, X corresponde a 2 ml que é cada dose de cefalotina (200 mg) da solução que deve ser administrada por via endovenosa a cada 6 horas. Exemplo 06: Prescrição médica: Garamicina 40 mg IM 12/12 hs Apresentação: Garamicina 60 mg, ampola de 2 ml Administração: _________ml Resposta: 60 mg ------------------- 2 ml 40 mg ------------------- X ml X = 1,333 ml Como o resultado é uma dízima periódica , esse caso sugere uma rediluição . Será acrescentada à ampola de Garamicina uma quantidade de diluente que permita aspirar um volume inteiro na seringa, ou um valor com apenas uma casa decimal, o que também é prático com uso de seringa. Acrescendo 1 ml na ampola, teremos: 60 mg ------------------- 2 ml + 1 ml (diluente/ água para injeção) 40 mg ------------------- X ml X= 40 * 3 60 X = 2 ml Portanto, aspiramos 2 ml do volume total da ampola (3 ml) para atendermos a administração de 40 mg de Garamicina. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 15 ESATER ESATER Exemplo 07: Foi prescrito para o paciente 5 mg de Gentamicina de 12/12 horas EV, diluídos em 20 ml de soro glicosado 5%. No Hospital encontra-se disponível apenas ampolas de 40 mg/ml. Como calcular e administrar este fármaco? Resposta: Matematicamente, o cálculo seria apenas: 40 ml ---------------- 1 ml 5 mg ----------------- X ml X = 0,125 ml Mas, não é recomendável aspirar quantidades cujo resultado tenha três casas decimais . Esse resultado também sugere necessidade de uma rediluição . Como em cada ml da ampola existe 40 mg de gentamicina, e, precisamos de apenas 5 mg, portanto, uma quantidade muito pequena, devemos rediluir o medicamento aumentando o volume para facilitar o cálculo buscando um submúltiplo de 40 (concentração do fármaco por ml), assim, podemos aspirar 1 ml do conteúdo da ampola (40 mg de gentamicina), e utilizando uma ampola de 10 ml (AD), acrescentamos 7 ml de água destilada. Portanto, alcançando o volume total 8 ml (que é um submúltiplode 40, e, embora tenha aumentado o volume, a quantidade da gentamicina existente é de 40 mg), então, teremos 40 mg de gentamicina em 8 ml (1 ml com 40 mg de gentamicina mais 7 ml de água destilada), e, para encontrar 5 mg de gentamicina (conforme prescrito), calculamos: 40 mg ---------------- 1 ml + 7 ml (AD) 5mg ------------------ X ml X = 5 * 8 40 X = 1 ml MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 16 ESATER ESATER Assim, X corresponde a 1 ml que é cada dose de gentamicina (5 mg) da solução obtida, e, que deve ser colocada em uma bureta com 20 ml soro glicosado 5%, e, administrada por via endovenosa a cada 12 horas, conforme recomendado. Agora faça um teste : Acrescente apenas 3 ml de diluente (AD). Quanto você deverá aspirar da solução total para administrar 5 mg de gentamicina? Resposta: Por meio desse teste, o que podemos concluir sobre o objetivo de uma rediluição? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ Exemplo 08: Foi prescrito 1/3 da ampola de Metoclopramida (Plasil) por via endovenosa. Cada ampola deste fármaco contém 2 ml do fármaco. Como administrar o medicamento? Resposta: Como foi prescrito 1/3 da ampola, e, cada ampola tem 2 ml, se dividirmos 2 ml por três partes teremos uma dízima (2 dividido 3 = 0,66), portanto, preferimos acrescentar água destilada rediluindo o conteúdo da ampola até obtermos um volume que seja divisível por 3. Assim, acrescentamos 1 ml de água destilada ao conteúdo da ampola, e, teremos o total de 3 ml. Como um terço (1/3) de 3 ml corresponde 1 ml, este é o volume final que deve ser administrado após a rediluição do medicamento. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 17 ESATER ESATER Exemplo 09: Em uma prescrição consta a dose de 16 mg do fármaco Vancomicina de 6/6 horas, diluído em 10 ml de soro glicosado 5% por via endovenosa. A Vancomicina encontra-se na apresentação apenas do soluto (em pó) com frasco-ampola de 500 mg. Como calcular e administrar este antibiótico? Resposta: Inicialmente temos que diluir a vancomicina (em pó), ou seja, um frasco-ampola com 500 mg em 5 ml de solvente (água destilada), assim, teremos 5 ml da solução com 500 mg de vancomicina (como a dose a ser calculada deste fármaco tem que ser administrado com soro glicosado, devemos utilizar o mínimo de volume final para obter 16 mg da vancomicina). Assim, após a diluição, constatamos que 5 ml = 500 mg, em seguida, aspiramos um mínimo volume (1 ml) com seringa de 10 ml. 500 mg ------------------ 5 ml X ------------------ 1 ml (volume aspirado) X = 100 mg Isso significa que aspiramos uma solução correspondente à dose de 100 mg do antibiótico. Devemos agora rediluir esse mínimo volume (1 ml), completando a seringa de 10 ml. Acrescentamos 9 ml (AD) e fazemos uma regra de três para atendermos a prescrição de 16 mg: 100 mg --------------- 1ml + 9 ml (AD) 16 mg ---------------- X ml X = 16 * 10 100 X = 1,6 ml MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 18 ESATER ESATER Ou seja, X corresponde a 1,6 ml da solução contida na seringa de 10 ml (16 mg de vancomicina). Esse volume (1,6 ml) deve ser colocado em uma bureta com 10 ml de soro glicosado 5%, e, administrado por via endovenosa a cada 6 horas. Resistência de uma solução (Osmolaridade) é a quantidade de soluto em uma porção definida de solvente . Como Nogimi (2005) sugere, “de acordo com a osmolaridade, as soluções podem ser classificadas em: isotônicas, hipertônicas ou hipotônicas”, e podem ser expressas de três maneiras: em percentual (x %), em proporção (1: x ) e em quantidade definida (Ui). 2.1 Percentual O uso do percentual identifica a concentração da substância principal ativa nos medicamentos. Faz-se necessário, para prescrições envolvendo soluto e solvente, o conhecimento de sistemas de medidas, a interpretação do símbolo de percentual (%), saber identificar e efetuar cálculos com regra de três direta e inversa além de lidar com proporção. Quando a resistência das soluções é expressa em percentagem, ao valor da concentração segue o símbolo: x % (lê-se: x por cento). Quando esse símbolo é usado, significa que, em cada 100 partes de solvente (ml), há respectivamente x partes de soluto(g). Exemplo 10: Qual é a quantidade de glicose contida num frasco de 500 ml de glicose isotônica (5%)? Resposta: Temos que uma solução de glicose com 5g desse soluto dissolvido em 100 ml de água (solvente) é uma solução com concentração de 5%. 5 g ------------- 100 ml X g ------------ 500 ml X = 25 g MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 19 ESATER ESATER Exemplo 11: Uma prescrição do elixir fosfato dissódico de Dexametasona (0,4 %) informa 8 mg VO 6/6 h. A faixa permitida para adultos é 0,75 mg – 9 mg VO 6/6 h. Resposta: Convertemos para mg 0,4 g ----------- 100 ml 8 mg ----------- X ml 400 mg -------- 100 ml 8 mg ----------- X ml X = 2 ml Exemplo 12: Um problema sugere “calcular a quantidade de droga pura necessária ao preparar uma solução de determinada porcentagem de bicarbonato”. É disponível solução de bicarbonato de sódio a 5% e é necessário preparar 1000 ml de solução, então necessitaremos de 50 g de bicarbonato de sódio, pois 5% de 1000 é 50 (SKELLEY,1977). Exemplo 13: Prescrição médica: 1,5 g de sulfato de magnésio Apresentação: Sulfato de magnésio a 30% diluído em 10 ml. Administração: _______ ml Resposta: 30 g -------------------- 100 ml 1,5g ------------------- X X = 1,5 * 100 30 X = 5 ml Assim a administração é 5 ml. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 20 ESATER ESATER Exercícios: 01. Sabendo-se que o percentual de NaCl do SF é 0,9%. Quantos gramas de NaCl existem nos frascos de 500 e 250 ml? 02. Usando frasco de manitol de 250 ml, cuja concentração é 20%, especifique a administração em ml, para uma prescrição de 10 g de manitol. 03. Seja a prescrição médica: Glicose 30g, EV de 12 em 12 h. Apresentação: Glicose 50%, ampola de 20 ml. Quantos gramas de glicose há na ampola? a) 5 b) 10 c) 15 d) 20 e) 50 04. Seja a prescrição médica: Glicose 30g, EV de 12 em 12 h. Apresentação: Glicose 50%, ampola de 20 ml. Quantos ml serão aspirados a cada 12 h? a) 20 b) 30 c) 40 d) 50 e) 60 05. A prescrição é de 100 mg de Terramicina IM, 8/8 h. Apresentação: ampolas 100 mg/ 2ml. Após 3 dias de tratamento, calcule quanto desse fármaco (ml) foi administrado. a) 32 b) 18 c) 6 d) 12 e) nda 06. Prescrição médica: Decadron 4 mg, E.V. de 6 em 6 hs. Apresentação: Decadron 0,4% ampola de 2 ml. I. Calcule o peso (mg) do fármaco na ampola. a) 0,004 b) 0,008 c) 0,002 d) 4 e) 8 II. Calcule o volume (ml) aspirado ao dia. a) 1 b) 4 c) 1000 d) 4000 e) 8000 MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 21 ESATER ESATER 07. Um recipiente contém 3 fl oz de uma solução. Quantas ampolas de 10 ml são necessárias para conter toda a solução? a)5 b)6 c)7 d)8 e)9 08. A ampola de dipirona sódica contém 2 ml, a concentração é 1g/2ml. A prescrição indica doses de 750 mg, 8/8 hs.Usando esta ampola que volume a técnica administrará? 09. Uma ampola contendo 2 g de lisinato de cefalexina, foi diluído em 5 ml (AD). Retirou-se 3 ml da solução com seringa de 20 ml. Após uma rediluição, administrou-se no paciente 7 ml desta nova solução. Calcule o antibiótico administrado em mg. a)245 b)400 c)420 d)820 e)280 10. Cada ampola de Rifamida de 4 ml contém 160 mg do produto. Num frasco de soro foram colocadas 3 ½ ampolas. Que quantidade total do medicamento, em grama, foi utilizada? 11. O técnico em enfermagem precisa administrar 20 ml de uma solução de glicose a 40%. Na enfermaria estão disponíveis ampolas de 50 ml de glicose hipertônica a 25 %. O volume de glicose a ser aspirado para administrar a dose prescrita é de: a)12,5 ml b)27 ml c)50 ml d)32 ml e)16 ml 12. A ampola do Tagamil Cimitidina contém 2 ml, a concentração é 3mg/2ml. Sendo a prescrição médica 5 mg, que solução deve ser aspirada? Faça uma rediluição apropriada. 13. A prescrição do Zilabem/B/B é 13 g, a concentração da ampola é 25%. Quanto deve ser aspirado? 14. O dimeticolin tem concentração de 75 mg/ml na ampola de 10 ml. Deve-se administrar 90 mg utilizando um conta gotas. Quantas gotas devem ser administradas? MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 22 ESATER ESATER 15. O medicamento trimetoprima tem concentração de 800mg/5ml numa ampola de 5 ml. Que conteúdo deve ser aspirado para administrar 650 mg? (Para rediluir acrescente 3 ml) 16. PM: Tienam (imipenem) 250 mg EV 6/6h. Apres: frasco/ampola 500mg. Diluir em 20ml. Administração: _________ 17. PM: Cefron (sulfato de cefpiroma) 2 g EV 12/12h. Apres: frasco/ampola 1g. Diluir em 10ml. Administração: _________ 18. PM: Targocid (teicoplanina) 80 mg EV 12/12h. Apres: frasco/ampola 400mg. Diluir em 10ml. Administração: _________ 19. PM: Targocid (teicoplanina) 100 mg EV dia. Apres: frasco/ampola 200mg. Diluir em 10ml. Administração: _________ 20. PM: Keflin (cefalotina) 120 mg EV 6/6h. Apres: frasco/ampola 1g. Diluir em 10ml. Administração: _________ 21. PM: Rocefin (ceftriaxona) 170 mg EV dia. Apres: frasco/ampola 500 mg. Diluir em 5 ml. Administração: _________ 22. PM: Mefoxin (cefoxitina) 50 mg, 6/6h. Apres: SG 5%,3 ml, frasco/ampola 1g. Diluir em 5 ml. Administração: _________ MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 23 ESATER ESATER 23. PM: Staficilin (oxacilina) 100 mg, EV, 6/6h. Apres: SG 5%,3 ml, frasco/ampola 500 mg. Diluir em 5 ml. Administração: _________ 24. PM: Calciferol ¼ de ampola IM. Apres: frasco/ampola 1 ml (15 mg/ml). Rediluir em 1 ml (volume total = 2 ml). Administração: _________ 25. PM: Vitamina B 12, ¼ de ampola IM. Apres: frasco/ampola 2 ml (500 mg/ml). Administração: _________ 26. PM: Dramin (dimenidrinato) 1/3 de ampola IM se necessário. Apres: frasco/ampola 1 ml (50 mg/ml). Rediluir em 2 ml (volume total = 3 ml). Administração: _________ 27. PM: Arovit (palmitato de retinol) ¼ de ampola IM. Apres: frasco/ampola 1 ml (300.000 UI/ml). Rediluir em 1 ml (volume total = 2 ml). Administração: _________ 28. PM: Zylium (ranitidina) 2 mg EV lento de 8/8 h. Apres: frasco/ampola 50 mg/5ml. Aspirar 1 ml (10mg) e rediluir em 9 ml de AD. Administração: _________ 29. PM: Zylium (ranitidina) 1,8 mg EV lento de 8/8 h. Apres: frasco/ampola 50 mg/5ml. Aspirar 1 ml e rediluir em 9 ml de AD. Administração: _________ 30. PM: Novamin (amicacina) 9 mg EV 12/12 h. Apres: SG 5% 5 ml, frasco/ampola 100 mg/ 2ml. Rediluir em 8 ml de AD. Administração: _________ MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 24 ESATER ESATER 31. PM: Vancomicina 250 mg EV 6/6 h. Apres: SG 5% 50 ml, frasco/ampola 500 mg. Diluir em 5 ml de AD. Administração: _________ 32. PM: Vancomicina 160 mg EV 6/6 h. Apres: SG 5% 40 ml, frasco/ampola 500 mg. Diluir em 5 ml de AD. Administração: _________ 33. PM: Claforan (cefotaxina) 250 mg EV 6/6 h. Apres: SG 5% 3 ml, frasco/ampola 1 g. Diluir em 10 ml de AD. Administração: _________ 34. PM: Zinacef (cefuroxima) 1,5g EV 12/12 h. Apres: frasco/ampola 750 mg. Diluir em 6 ml de AD. Administração: _________ 35. PM: Hidantal (fenitoína) 11 mg EV em 30 minutos de 12/12 h. Apres: frasco/ampola 20 ml (50 mg/ml). Rediluir em 4 ml. Administração: _________ 36. PM: Rocefin (ceftriaxona) 180 mg EV 1 vez ao dia. Apres: frasco/ampola 500 mg. Diluir em 5 ml. Administração: _________ 37. PM: Dalacin (clindamicina) 150 mg, EV, 6/6 h. Apres: SG 5% 50 ml, frasco/ampola 600 mg com 4 ml. Administração: _________ 38. PM: Fortaz (ceftazidima) 300 mg, EV, 12/12 h. Apres: frasco/ampola 1g, diluir em 10 ml. Administração: _________ MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 25 ESATER ESATER 39. PM: Dalacin (clindamicina) 200 mg, EV, 6/6 h. Apres: SG 5% 30 ml, frasco/ampola 4 ml com 600 mg. Rediluir em 2 ml (volume total = 6 ml). Administração: _________ 40. (ESAF-MPU- 2004) Para administrar 0,6 mg de Decadron EV (endovenosa), e dispondo de frascos de 4 mg/ml, o volume correto a ser administrado é: a) 0,10 ml. b) 0,15 ml. c) 0,18 ml. d) 0,20 ml. e) 0,25 ml. 41. A medicação dexametasona injetável é fabricada em frascos de 2,50 ml na concentração de 4 mg/ml. Assim sendo, para administrar uma prescrição de 6 mg, que quantidade da substância deve ser aspirada? (A) 0,50 ml; (B) 1,00 ml; (C) 1,25 ml. (D) 1,50 ml; (E) 2,00 ml; 42. Um comprimido de digoxina de 0,25 mg foi diluído em 20 ml de água filtrada. Portanto, para se administrar 0,10 mg de digoxina, a quantidade da solução que deve ser aspirada é: (A) 04 ml; (B) 05 ml; (C) 06 ml; (D) 07 ml; (E) 08 ml. 43. Foram prescritas 20 mg de garamicina, por via IM, para um pré-escolar. Como no posto de enfermagem só há ampolas de 80 mg em 02 ml, deve-se aspirar, de uma dessas ampolas: (A) 0,1 ml; (B) 0,25 ml; (C) 0,4 ml; (D) 0,5 ml; (E) 0,8 ml. 44. O técnico em enfermagem deve administrar 30 ml de uma solução de glicose a 40%, sendo que na unidade estão disponíveis ampolas de 40 ml de glicose hipertônica a 50 %. O volume de glicose a ser aspirado é de: a)14 ml b)16 ml c)18 ml d)24 ml e)37,5 ml MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 26 ESATER ESATER 45. O técnico em enfermagem precisa administrar 15 ml de solução de glicose a 30%. Na enfermaria dispõe-se de ampolas de 20 ml de glicose hipertônica a 50%. O volume que deve ser retirado desta solução, para administrar a quantidade prescrita ao paciente é: a)5 ml b)7 ml c)9 ml d)10 ml e)12 ml 46. Foi prescrita para uma criança de 13 meses, acometida de pneumonia, a administração de 250mg de cefalotina E.V, de 6/6 h. Na unidade há frascos do medicamento contendo 1g, ampolas de diluentes de 10ml e frascos de 500ml de soro glicosado, a 5%. Para administrar a dosagem prescrita, o enfermeiro deverá utilizar o diluente e aspirar: A) 1 ml B) 2,5 ml C) 5 ml D) 7,5 ml E)10 ml 47. Um frasco-ampola contendo 1g de lisinato de cefalexina liofilizada foi diluído com 5 ml de solvente. Retirou-se 2 ml da solução à qual foi acrescentada água destilada até completar 20 ml, tendo-se administrado no paciente 6 ml desta solução. A quantidade do antibiótico, em mg, administrada foi: A)100 B)120 C)140 D)160 E) NDA Conforme é sugerido por Staut (1986), [...] as soluções (geralmente chamadas de soro) para uso parenteral, mais comumente encontradas são: solução glicosada ou soro glicosado a 5%, 10%, 25% e 50%; solução de Cloreto de Sódio ou sorofisiológico de 0,8 a 0,9%; soro cloretado a 20% e solução de Glicose e Cloreto de Sódio ou soro glicofisiológico. Tais soluções serão analisadas em Transformação de Solução. 2.2 Proporção (Cálculos com KMnO 4) Quando a resistência é definida em proporção, como 1:10, 1:1000, significa que em cada 10 ou 1000 partes de solvente, há 1 parte de soluto cuja unidade de medida no sistema métrico é o grama e para o solvente, o mililitro. A proporção é usada em cálculos com Permanganato de potássio (KMnO4) cuja diluição varia de 1:4.000 a 1:40.000. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 27 ESATER ESATER Nesse caso estará associada ao grama e ao mililitro. Escrever 1: 40.000 significa que 1 g de KMnO4 foi diluído em 40.000 ml de água. Exemplo 14: Preparar 2.000 ml de uma solução de KMnO4 a 1: 40.000 partindo de uma solução em estoque a 5%. Resposta: Segue-se o raciocínio: para preparar 2.000 ml de solução de KMnO4 a 1:40.000 precisamos de: 1 g ---------------- 40.000 ml X g ---------------- 2.000 ml X = 0,05 g Assim, calculamos o volume equivalente a 0,05 g a partir da solução concentrada a 5%. 5 g ------------ 100 ml 0,05 g ------- X ml X = 1 ml Assim, aspiramos 1 ml e acrescentamos ao volume de 2000 ml. Exercícios: 01. Transforme 2 litros de água em solução de permanganato de potássio a 1:40.000. Use comprimidos de 100 mg de KMnO4 e ampolas de AD de 10 ml. Roteiro: a. Separamos 2 litros de água num recipiente. b. Para 2 litros de água, a concentração 1:40000 exige _______ mg de KMnO4, que deve ser acrescentado no recipiente de água. c. Diluímos o comprimido (100 mg) num béquer com o conteúdo da ampola de AD (10 ml). MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 28 ESATER ESATER d. Aspiramos o volume que corresponde ao KMnO4. : ______________ml. e. Inserimos a quantidade aspirada no recipiente. f. Temos agora aproximadamente 2000 ml (um pouco a mais) com ________ mg de KMnO4 que corresponde a prescrição na concentração de 1:40000 como solicitado. 02. Foi prescrito banho de assento com permanganato de potássio 1:40.000. Temos comprimidos de 100mg e frascos de AD. Que fração do comprimido deverá ser usada para preparar 2 litros? a)1/2 b)3/4 c)3/5 d)1/3 e)2 03. Devemos preparar 2 litros de KMnO4 1:40.000, utilizando uma solução pronta a 2%. Que quantidade desta solução de permanganato devemos acrescentar aos 2 litros de água? a)2 ml b)1,5 ml c)2 ml d)4 ml e)2,5 ml 2.3 Quantidade definida A resistência ou concentração da solução, pode ser expressa em quantidade definida, como por exemplo: 40UI/cm³ e 80UI/cm³. A Unidade Internacional (UI) é usada em cálculos de dosagens de vários medicamentos como insulina, penicilina e heparina. O padrão internacional de insulina U-100 significa que em 1ml de solução contém 100 unidades de insulina, independentemente do tipo. Vários antibióticos (nas formulações líquida, sólida e pó para uso oral ou parenteral) também são medidos em unidades, cabendo a cada fabricante fornecer informações sobre como seus medicamentos são medidos. Uma preparação líquida de nistatina, por exemplo, contém 100.000U/ml. Aqui estão alguns exemplos de prescrições que empregam unidades: 14 Ui de insulina NPH, SC, duas vezes pela manhã, Heparina, 5.000 Ui, SC, duas vezes ao dia, Nistatina, 200.000 Ui, VO, cada 6 horas (CABRAL, 2002). MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 29 ESATER ESATER 1. INSULINA A insulina e muitas outras drogas de origem animal são padronizadas em unidades baseadas na sua potência, em vez de medidas de peso como miligrama ou grama. A razão disto é que a potência destas drogas de origem animal varia muito, dependendo das fontes, condições e maneiras pelas quais foram obtidas. Muitos hormônios (por exemplo, a insulina) são demasiado complexos para serem completamente purificados de modo a se obter o exato peso da droga por unidade de volume. A insulina é apresentada em frascos de 10 ml rotulados em número de unidades por milímetro; assim 100 UI de insulina significa que há 100 unidades por ml. No passado, a insulina foi administrada na forma de dosagem de 40 UI e 80 UI. Hoje, entretanto, a apresentação 100 UI substituiu quase totalmente as apresentações mais fracas. A diminuição do volume requerido em cada dose diminui as reações no local da injeção, e os cálculos matemáticos, quando é necessária uma fração de ml, são obviamente simplificados. A maneira mais simples e precisa de medir insulina é utilizar uma seringa de insulina. Esta seringa é calibrada em unidades e a dose desejada pode ser lida diretamente nela. Uma seringa de insulina típica possui calibrações em um lado para usar a insulina 40 UI e no outro para usar a insulina U-80. De maneira similar, uma seringa 100 UI tem calibrações para usar U-100 de insulina. Mas há casos em que a graduação da seringa usada não corresponde à concentração do frasco de insulina, ao mesmo tempo que, difere da dose prescrita. Usa-se assim a relação (regra de três) PAFS: Prescrição --------------------------------- Aspirar (administrar) Frasco de insulina regular--------------Escala da Seringa disponível P-----------A F------------S Alguns exemplos facilitam a compreensão da regra acima. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 30 ESATER ESATER Exemplo 15: Tendo seringa de 1 ml graduada em 40UI e insulina de 80UI por mililitro, e a dose prescrita de 25UI, usando a relação acima “aspiraremos 12,5UI que corresponde às 25UI prescritas. P ------- A F ------- S 25 UI ------- A 80 UI ------- 40 UI Seringa de insulina U-100 Frasco A = 12,5 UI Exemplo 16: Administrar 25 UI de insulina, usando insulina 100 UI e seringas graduada em ml. 100UI ------1 ml 25 UI ------X ml x = 0,25 ml Apresentando o resultado em gotas, temos: 1 ml ------------ 20 gotas 0,25 ml ------- X gotas x= 5 gotas Exemplo 17: Para um paciente com Diabetes mellitus foi prescrita a insulina por via subcutânea correspondente a 50 UI. Não tendo disponível a seringa de insulina no ambulatório, e, estando disponível seringa de 3 ml e agulha 10 x 5. Quantos ml de insulina 100 UI deve ser aspirada e administrada ao paciente? MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 31 ESATER ESATER Resposta: 100 UI --------- 1 ml 50 UI --------- X ml X = 0,5 ml Ou seja, X corresponde a 0,5 ml que é cada dose da insulina prescrita que deve ser aspirada. Exercícios: 01. Foram prescritos 40 UI de insulina NPH, SC pela manhã. Não temos seringa graduada em UI, somente seringas de 3 ml. Quantos ml de insulina devemos administrar? Disponível: fr/amp 100UI/ml. a)0,4 ml b) 4,5 ml c)3 ml d) 3,5 ml e) n d a 02. Para administrar 12 UI de insulina, dispomos de frascos de 40 UI e seringas de 40 UI. O técnico deve administrar/aspirar: a) 10 UI b) 15 UI c) 12 UI d) 14 UI e) 10 UI 03. Para administrar 15 UI de insulina em um paciente diabético, utilizando-se um frasco de 40 UI e seringa graduada de 80 UI, deve-se aspirar uma quantidade de: a)30 UI b)40 UI c)7,5 UI d)5 UI e)3 UI 04. Para administrar 10 UI de insulina, dispomos de frascos de 40 UI e seringas de 80 UI. O técnico deve administrar/aspirar: a)10 UI b)15 UI c)20 UI d)40 UI e)32 UI MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 32 ESATER ESATER 2. HEPARINA Da mesma forma que a insulina, a heparina é derivadade fontes animais, neste caso, a mucosa intestinal do porco, e é padronizada por sua atividade como anticoagulante. A heparina é apresentada em doses unitárias ou em frascos com doses múltiplas e em concentrações que variam de 1000 a 20.000 unidades por ml. Freqüentemente não há uma dose determinada para o uso de heparina, as necessidades individuais são obtidas através de testes de coagulação sanguínea feitos a cada 4 horas. O tempo de coagulação geralmente é mantido duas vezes acima do nível normal, para proporcionar, de maneira segura e eficaz, a diminuição da formação de trombos no organismo. Com freqüência, a heparina é administrada intravenosamente para produzir um efeito rápido e, então, passa a ser administrada por injeção subcutânea profunda em doses maiores e menos freqüentes. Exemplo 18: Foram prescritas 3.500 unidades de heparina subcutânea para um paciente. No setor temos frascos contendo 5.000 U/ml. Qual a quantidade a ser administrada? 5000 UI ---------- 1ml 3500 UI ---------- X X = 0,7 ml a)0,6 ml b)0,7 ml c)0,8 ml d)0,9 ml e)1,0 ml Exercícios: 01. Quantos ml de heparina devemos administrar nas seguintes prescrições? a) 1500 UI de heparina SC. Temos frasco de 5000 UI/ml. b) 2500 UI de heparina SC. Temos frasco de 5000 UI/ml. c) 4000 UI de heparina SC. Temos frasco de 5000 UI/ml. a) 7500 UI de heparina SC. Temos frasco de 5000 UI/ml. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 33 ESATER ESATER 3. PENICILINA Muitos antibióticos ainda são padronizados em unidades. Estes podem ser preparados para injeção na forma de um líquido contendo determinado número de unidades por ml. A quantidade total pode estar indicada no frasco, mas algumas vezes somente é usada parte do conteúdo. Portanto, é importante ler sempre o rótulo cuidadosamente. Os antibióticos são, também, encontrados na forma de frasco contendo pó seco, que deve, inicialmente, ser diluído, de modo que a dose desejada esteja contida em 1 ou 2 ml, se for administrada por via intramuscular. Se a administração for por via intravenosa, poderá ser usado um volume maior que o diluente. Para preparação da concentração desejada de antibiótico usando regra de três, posiciona-se a concentração desejada como os dois primeiros termos da proporção e o número total de unidades do frasco é o terceiro termo. O volume desconhecido do diluente, representado por “x”, é o quarto termo (ASPERHEIM, 1994, p.35). Exemplo 19: PM: Penicilina G Benzatina (Benzetacil) IM, 250.000UI Apresentação: frasco-ampola de 600.000UI, diluir em 4ml. 600.000 UI ----------- 4 ml 250.000 UI ----------- X ml X = 1,66... ml Portanto deve ser feita uma rediluição em 2 ml. 600.000 UI ----------- 4 ml + 2 ml 250.000 UI ----------- X ml X = 2,5 ml Assim, aspiramos 2,5 ml da solução cujo volume total é 6 ml. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 34 ESATER ESATER Exemplo 20: PM: Penicilina cristalina, 4.000.000UI, EV Apresentação: frasco-ampola de 5.000.000U sob forma de pó (cristais) contendo 2g. Diluição: 8 ml (a critério de quem prepara) Administração: ________ Costuma-se padronizar a diluição para facilitar o cálculo da dosagem acrescentando-se 8 ml de água destilada ou estéril, resultando em 10ml de solução (o volume aumenta em 2 ml). Deve-se sempre ser diluída em quantidades maiores, pois pode causar irritação e dor durante a infusão. 5.000.000 UI --------- 8 ml (AD)+ 2 ml (da apresentação do frasco/ampola) 4.000.000 UI --------- X ml X = 8 ml Exercícios: 01. Foi prescrito para um paciente 2.000.000 UI de penicilina cristalina por via endovenosa de 4/4 horas. O frasco-ampola disponível corresponde a 5.000.000 UI em 2 ml. Como administrar este fármaco? 02. Qual a quantidade de diluente (água destilada) deve ser adicionada para se obter uma solução contendo 100.000 UI por ml de Penicilina G em pó, sabendo-se que a apresentação deste fármaco contém 1.000.000 UI por frasco-ampola? 03. Qual é a administração de penicilina que satisfaz a prescrição médica em ml? PM: Penicilina cristalina, 3.000.000UI, EV, 4/4 h Apresentação: frasco-ampola de 5.000.000UI sob forma de pó (cristais) contendo 2g. 04. Qual é a administração de penicilina que satisfaz a prescrição médica em ml? PM: Penicilina cristalina, 3,5 milhões UI, EV, 4/4 h Apresentação: frasco-ampola de 5.000.000UI sob forma de pó (cristais) contendo 2g. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 35 ESATER ESATER 05. Qual é a administração de penicilina que satisfaz a prescrição médica em ml? PM: Penicilina cristalina, 60.000 UI, EV, 4/4 h Apresentação: frasco-ampola de 1.200.000UI sob forma de pó (cristais) contendo 2g. 06. Qual é a administração de penicilina que satisfaz a prescrição médica em ml? PM: Penicilina cristalina, 3,5 milhões UI, EV, 4/4 h Apresentação: frasco-ampola de 5.000.000UI sob forma de pó (cristais) contendo 2g. 07. Qual é a administração de penicilina que satisfaz a prescrição médica em ml? PM: Penicilina cristalina, 120.000 UI, EV, 4/4 h Apresentação: frasco-ampola de 5.000.000UI sob forma de pó (cristais) contendo 2g. Obs: Aspirar 2 ml com seringa de 10 ml e rediluir (acrescentar 8 ml). 08. Qual é a administração de penicilina que satisfaz a prescrição médica em ml? PM: Penicilina cristalina, 50.000 UI, EV, 4/4 h Apresentação: frasco-ampola de 5.000.000UI sob forma de pó (cristais) contendo 2g. Obs: Aspirar 1 ml com seringa de 10 ml e rediluir (acrescentar 9 ml). 09. Qual é a administração de penicilina que satisfaz a prescrição médica em ml? PM: Penicilina cristalina, 80.000 UI, EV, 4/4 h Apresentação: frasco-ampola de 5.000.000UI sob forma de pó (cristais) contendo 2g. Obs: Aspirar 1 ml com seringa de 10 ml e rediluir (acrescentar 9 ml). 10. Um frasco contendo 5.000.000 U de antibiótico foi inicialmente diluído em 10 ml de água destilada. Da solução foram aspirados 2 ml e estes diluídos em água destilada, até alcançar 20 ml. Desta solução final foi aproveitado 1 ml, que corresponde à quantidade de: A)10.000U B) 50.000U C)100.000U D)150.000U E)200.000U 11. Seja a PM: penicilina cristalina – 30.000 UI. Disponível: frasco ampola de penicilina 5 milhões UI e ampolas de 10 ml (AD). Aspiramos 1 ml para rediluição e aplicamos: a)0,5 ml b)0,6 ml c)0,2 ml d)0,8 ml e)0,9 ml MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 36 ESATER ESATER 3. CÁLCULO DA VELOCIDADE DO GOTEJAMENTO É importante saber fazer o cálculo de gotejamento e o controle do volume infundido por hora porque nem sempre está disponível para uso a Bomba de Infusão (BI) que “é hoje um grande auxílio no controle do volume infundido” (GIOVANI, 2006). Geralmente os materiais de matemática voltados para enfermagem, exibem fórmulas prontas para efetuar o cálculo de gotejamento do soro. Se tão somente o estudante fosse informado e instruído a entender porque a fórmula se resume de uma forma específica, seriam menos prováveis os erros devido aos dados mal colocados. Segundo Staut (1986) “alguns fatores devem ser levados em consideração na administração de solução venosa, tais como: idade, diagnóstico, estado geral (necessidade imediata), tipo de solução a ser usada”, assim duas medidas devem ser bem identificadas ao utilizar uma fórmula pronta para cálculo da velocidade de gotejamento. Uma é o total de solução a ser administrada e a outra é o total de tempo. O volume deve ser apresentado em mililitros (ml) e o tempo deve ser fornecido em minutos (min). De sistemas de medidas, sabe-se que 20 gotas de uma solução hidrossolúvel correspondem a 1 ml, então a velocidade do gotejamento em gotas por minuto é fornecida pela expressão matemática:Velocidade = 3* )( Tempo mlVolume gotas/ minuto A velocidade em gotas por minuto é resultada do quociente entre o volume em mililitros e o tempo decorrente para infusão em horas, lembrando-se que cada mililitro tem 20 gotas e uma hora tem 60 minutos, segue: Velocidade = 60*)( 20*)( horasTempo mlVolume = 3*)( )( horasTempo mlVolume gotas/ minuto MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 37 ESATER ESATER Como geralmente os problemas são para infundir soro em mililitros e o tempo é fornecido em horas então basta substituir na fórmula. Se o solicitado é um gotejamento em microgotas por minuto, o quociente direto entre volume em mililitros e tempo em horas fornece a resposta, pois uma gota equivale a 3 microgotas. Então da primeira fórmula segue: Velocidade = 60*)( 3*20*)( horasTempo mlVolume = )( )( horasTempo mlVolume microgotas/ minuto Assim o quociente direto entre volume em ml e tempo em horas resulta na velocidade expressa em microgotas. Se o desejado é o gotejamento em macrogotas, calculamos a velocidade do gotejamento em gotas e dividimos por 3. Observe as relações: microgotasgota gotasmacrogota 31 31 = = Se 1000 ml de soro glicosado a 5%, devem correr em 6 horas, o cálculo de gotejamento do soro resulta em 55,5 gts/min ≅ 56 gts/min, mas se 1011 ml de soro correm em 12 horas, a velocidade é de 28,08 gts/min ≅ 28,1 gts/min ≅ 28 gts/min. Não é correto superestimar valores apresentados na composição das soluções, resultados da velocidade do gotejamento ou o valor da dose a ser administrada ao paciente. Em casos em que cálculos prescrevem um número decimal de ampolas, deve ser superestimado, pois é necessário que se tenha, por exemplo, 3 ampolas para uma prescrição de 2,2 ampolas. Exemplo 01: Qual a quantidade de gotas a correr, em um minuto, a fim de se administrar um litro de soro glicosado 5%, em 6 horas? Resposta: V = volume (ml) = 1000 = 55,5 = 56 gotas/min tempo (h) * 3 6 * 3 MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 38 ESATER ESATER Exemplo 02: Qual a quantidade de microgotas a correr, em um minuto, para se administrar 300 ml de soro fisiológico a 0,9%, em 4 horas? Resposta: V = volume (ml) tempo (h) V = 300 4 V = 75 microgotas/minuto. Exercícios: 01. Sendo prescritos 2.650 ml de SG 5% (solução glicosada a 5%), 30 ml de NaCl e 20 ml de MgSO4 para ser infundido em 12 horas, o gotejamento deverá ser de: a) 65 gotas/min b) 68 gotas/min c) 72 gotas/min d) 75 gotas/min e) 78 gotas/min 02. (UFF-2002) Foram prescritos 1500 ml de soro glicosado a 5% para correr em 24h. Nesse caso, durante quanto tempo deverá ser infundido cada frasco de 500 ml? (A) 4 horas; (B) 6 horas; (C) 8 horas; (D) 10 horas; (E) 12 horas. 03. Paciente em pós-operatório imediato de histerectomia total chega à RPA com prescrição de 1500 mL de soro Ringer com lactato e 1500 mL de soro glicosado a 5%. O controle do gotejamento deve ser ajustado para as 12 horas seguintes. O técnico de enfermagem, ao dar continuidade à hidratação venosa, deve controlar o número de gotas para: (A) 42 gts/min; (B) 54 gts/min. (C) 65 gts/min; (D) 72 gts/min; (E) 83 gts/min; MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 39 ESATER ESATER 04. Para perfundir 520 ml de soroterapia, no período das 10 às 18 horas, deve-se instalar um gotejamento, aproximadamente, igual a: (A) 25 ml/ h; (B) 45 ml/ h; (C) 65 ml/ h; (D) 75 ml/ h. (E) 85 ml/ h; 05. (Conc. Meritum 2007) Um paciente precisa tomar 4000 ml de soro fisiológico em 24h. Qual será o gotejamento aproximado deste soro? a)55,5 gotas/min b)57 gotas/min c)45,5 gotas/min d)48 gotas/min e)54 gotas/min 06. Foram prescritos 1500 ml de SF 5% (solução fisiológica a 0,9%), mais 50 ml de MgSO4 para ser infundido em 9 horas. Calcular o gotejamento em gotas/ minutos. 07. Em um frasco de 500 ml de soro glicosado isotônico a 5% foram colocadas 1 ampola de 10 ml de KCl (20%) e 1 ampola de 10 ml de NaCl (10%). A solução foi perfundida de 8 às 10 horas a 8 gotas por minuto, ocasião em que foi suspensa. O volume, em ml, administrado no paciente foi aproximadamente igual a: A) 26 B) 37 C) 48 D) 59 E) NDA 08. Temos a prescrição médica, EV de 8/8h. SG 0,9% -------------- 300 ml SG 5% -----------------1000 ml MgSO4 10% ----------10 ml KCl 19,1 % ---------- 8ml Vitamina C ----------- 17 ml Dramin B6 ----------- 12 ml Quantas gotas deverão correr por minuto? MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 40 ESATER ESATER 4. TRANSFORMAÇÃO DE SOLUÇÃO Geralmente o soro com a concentração disponível não é o mesmo do prescrito. Assim efetuar cálculos para transformação de soluções exige conhecer Sistema Métrico, Porcentagem, Regra de Três e Sistema Linear. Toma-se como padrão muitas vezes o frasco de 500 ml de soro. TRANSFORMAÇÃO DE SORO GLICOSADO ISOTÔNICO EM HIPERT ÔNICO Uma transformação de soro glicosado isotônico em hipertônico significa que há o equivalente a 500 ml de soro glicosado a 5%, sendo que uma transformação atenderá a prescrição que é de um frasco de 500 ml a 10%. Isso significa que o frasco disponível tem 25 gramas de glicose e deve ser administrado um frasco com 50 gramas de glicose. Fato facilmente observado com porcentagem: )(50%10 )(25%5 ohipertônicgSG isotônicogSG = = Assim, para satisfazer a prescrição, é preciso acrescentar nesse frasco 25 gramas de glicose. Inicia-se assim uma transformação de solução. SG PM: SG 10% SG 5% 500 ml 5% 500 ml 500 ml Temos 25 g. Precisamos de 50 g. Falta acrescentar 25 g de glicose. Nos postos de enfermagem, existem ampolas de 10 ml, glicosadas a 25% e 50%. Usando-se ampolas de 10 ml a 50%, tem-se como objetivo acrescentar 25 g de glicose ao frasco de SG (5%). MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 41 ESATER ESATER Sabe-se que em 10 ml (50%) tem-se 5 g de glicose, então precisamos de 5 ampolas: 5 ampolas 5 g (10 ml) Ampola (50%) SG SG 5% (25g) 50 g 500 ml 550 ml Após acrescentar as 5 ampolas temos um total de 550 ml e 50 g de glicose. Este mesmo raciocínio poderá ser usado para transformar qualquer soro cuja diferença de concentração for de apenas 5%. Quando a diferença de concentração é superior a 5%, teremos que adicionar maior quantidade de glicose hipertônica, o que não é possível, pois o frasco não tem capacidade para tanto. Teremos que retirar certa quantidade (geralmente 100 ml) antes de colocarmos a glicose hipertônica, e em seguida, suprir a falta, incluindo a parte que foi retirada (STAUT, 1986). Exemplo 01. Temos a seguinte prescrição médica: PM: 500 ml de SG (15%). Apresentação: frascos de SG (5%) 500 ml e ampolas de glicose (50%) 10 ml. Como proceder?Resposta: Disponível: frascos de SG (5%) 500 ml = 25 g. Prescrição: 500 ml SG (15%) = 75 g. Assim a diferença é de 50 g (75 g – 25 g) e deverá ser conseguida usando ampolas de 10 ml (50%). Quantas ampolas serão necessárias para esta transformação? 10 ampolas. Que volume de solução será preciso acrescentar ao frasco de 500 ml? 100 ml. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 42 ESATER ESATER Mas temos um problema: o frasco de 500 ml não comporta mais 100 ml de solução. Como faremos? Reinicia-se a transformação. Retiramos 100 ml do frasco de SG (5%) 500 ml, então teremos: SG 5% 400 ml Temos 20 g. Disponível: frascos de SG (5%) 400 ml = 20 g. Prescrição: 500 ml SG (15%) = 75 g. Assim a diferença é de 55 g (75 g – 20 g) e deverá ser conseguida usando ampolas de 10 ml (50%). Quantas ampolas serão necessárias para esta transformação? 11 ampolas. Que volume de solução será preciso acrescentar ao frasco de 500 ml? 110 ml. Assim teremos um frasco SG transformado: 510 ml e 75 g de glicose no total, o que atenderá a prescrição de 500 ml de SG (15%). TRANSFORMAÇÃO DE SORO FISIOLÓGICO Outro caso de transformação de solução é o soro fisiológico, que quando prescrito, nem sempre está disponível na concentração solicitada. O soro fisiológico que existe no mercado em frascos de 250 ml e 500 ml é normalmente de 0,9%. Se a prescrição for maior, faz-se necessário uma transformação da solução fisiológica isotônica em hipertônica usando cloreto de sódio (NaCl). MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 43 ESATER ESATER Exemplo 02. Temos a seguinte prescrição médica: PM: 500 ml de SF (2%). Apresentação: frasco de SF (0,9%) 500 ml e ampolas de cloreto de sódio (10%) 10 ml. Como proceder? Resposta: Disponível: frascos de SF (0,9%) 500 ml = 4,5 g. Prescrição: 500 ml SG (2%) = 10 g. Assim, a diferença de 5,5 g deverá ser conseguida usando ampolas de NaCl. O cloreto de sódio (NaCl) é encontrado em ampolas de 10 ml com concentração de 10, 20 ou 30%. No caso dessa questão, temos ampolas de NaCl (10%) 10 ml. Quantas ampolas serão necessárias para esta transformação? 5 ½ ampolas. Que volume de solução será preciso acrescentar ao frasco de 500 ml? 55 ml. Assim teremos um frasco SF transformado: 555 ml e 10 g de NaCl no total, o que atenderá a prescrição de 500 ml de SG (2%). Agora faça um teste : Temos a seguinte prescrição médica: PM: 500 ml de SF (2%). Apresentação: frasco de SF (0,9%) 500 ml e ampolas de cloreto de sódio (20%) 10 ml. Como proceder? Resposta: MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 44 ESATER ESATER TRANSFORMAÇÃO DA SOLUÇÃO GLICOSADA E FISIOLÓGICA EM GLICOFISIOLÓGICA Outro caso é uma transformação de solução glicosada e fisiológica em glicofisiológica, o que implica ter conhecimento de que o soro glicofisiológico que em 500 ml tem-se 25 g de glicose e 4,5 g de cloreto de sódio. gSF gSG composiçãoSGF 5,4%9,0 25%5 :)( = = Cada incipiente deve ser considerado separadamente. Exemplo 03. Temos a seguinte prescrição médica: PM: 500 ml de SGF. Apresentação: frasco de SF (0,9%) 500 ml; ampolas de cloreto de sódio (10%) 10 ml; ampolas de glicose (50%) 10 ml; Como proceder? Resposta: Disponível: frascos de SF (0,9%) 500 ml = 4,5 g. Prescrição: 500 ml de SGF = 25 de glicose e 4,5 g de cloreto de sódio. Quantas ampolas serão necessárias para esta transformação? 5 ampolas de glicose (50%) 10 ml . Que volume de solução será preciso acrescentar ao frasco de SF (0,9%) 500 ml? 50 ml. Pergunta respondida: Usaremos as ampolas de cloreto de sódio (10%) 10 ml que estão disponíveis? Não, necessitamos acrescentar apenas a glicose: 25 g, pois o frasco inicial já contém 4,5 g de cloreto. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 45 ESATER ESATER Exercícios: 01. Transforme 500 ml de soro glicosado isotônico 5% em soro hipertônico a 7%. A solução final deve conter aproximadamente 500 ml. Use ampolas de glicose (50%) 10 ml. Roteiro: a. Temos 500 ml com _____g de glicose. b. A PM é soro SG (7%) 500 ml que contem _____g de glicose. c. Assim faltam _______g de glicose no frasco SG (5%). d. Em cada ampola temos ______g de glicose. e. Então para atender a PM, acrescento ao frasco SG (5%) ______ ampolas. f. O frasco transformado fica com um volume total de ______ ml, com ______ g de glicose. 02. Transforme 20 ml de solução de permanganato de potássio a 0,2% em 0,5%. Use comprimidos de 100 mg de KMnO4 e ampolas de água de 10 ml. Roteiro: a. Em 20 ml da solução de KMnO4 a 0,2% temos ______g de KMnO4. b. Em 20 ml da solução de KMnO4 a 0,5% temos ______g de KMnO4. c. Falta ______g de KMnO4 para ser acrescentado na primeira solução. d. Diluímos o comprimido e acrescentamos ________ ml aos 20 ml de KMnO4 (0,2%). 03. Para transformação de 500 ml de soro glicosado a 5% em 10%, usando-se ampolas de glicose (50%) 10 ml, de quantas ampolas se necessita? A) 1 B) 1 ½ C) 2 D) 2 ½ E) 5 MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 46 ESATER ESATER 04. O técnico em enfermagem deve administrar 250 ml de um soro fisiológico 0,9%, sendo que na unidade estão disponíveis ampolas de cloreto (10%) 10 ml e frascos de água com 100 ml. O volume de cloreto que deve ser aspirado para transformar a água é de: a)20 ml b)27,7 ml c)25 ml d)22,5 ml e)9 ml 05. Para transformar-se 250 ml de água destilada em solução fisiológica a 0,9% será preciso que volume de cloreto de sódio a 20%? a)10ml b)11,25ml c)12,25ml d)12,5ml e)15ml 06. Após adicionar-se 5 g de glicose hipertônica, ampola (50%) 10 ml, em um frasco de soro glicosado isotônico (5%) 500 ml, a concentração deste último passará a ser de aproximadamente: a)2% b)6% c)10% d)14% e)16% MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 47 ESATER ESATER 5. DOSAGEM INFANTIL As crianças não são capazes de tolerar as doses de medicamentos dos adultos. Há várias fórmulas para graduar a dosagem de acordo com a idade e o peso. A dosagem recomendada por kg ou lb de peso corporal é mais precisa que a dosagem calculada de acordo a idade. Outros fatores além de idade e peso são levados m conta na dosagem para crianças. Por esta razão, alguns médicos, para estimar a dosagem para crianças, utilizam o método da “área de superfície corporal”. Há tabelas disponíveis para determinar a área da superfície corporal, em metros quadrados, ou de acordo com a altura e peso. As enfermeiras devem ser capazes de determinar a dosagem e reconhecer a quantidade segura de uma droga a ser administrada no lactente e na criança. É importante para as enfermeiras tornarem-se familiarizadas com os métodos utilizados pelos médicos ou pela instituição empregadora. As três fórmulas seguintes são utilizadas no cálculo da dose para lactentes e crianças. Regra de Young: Dose infantil= ..* 12 ad idade idade + Para crianças com faixa etária de 2 anos até a idade de 12 anos, e, quando temos apenas a idade como referência podemos aplicar a Regra de Young. A regra de Young não é válida depois dos 12 anos de idade. Se a criança for pequena o suficiente para justificar uma dose reduzida depois dos 12 anos de idade, a redução será calculada tendo por base a Regra de Clark caso o peso seja conhecido. Exemplo 01: Qual a dose de fenobarbital (Gardenal) para uma criança de 3 anos sendo que a dose para adulto corresponde a 30 mg? Resposta: Dose infantil = 3 * 30 = 6 mg 3 + 12 MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 48 ESATER ESATER Apróxima regra deve ser utilizada para crianças até 12 anos, cuja idade pode não ser informada, mas temos conhecimento do peso. Regra de Clark: Dose infantil= ..* 150 ad W se usar peso em libras Dose infantil= ..* 70 ad P se usar peso em quilos. Exemplo 02: Um fármaco foi prescrito para uma criança com 14 Kg. A dose para adulto corresponde a 100 mg. Qual a dose a ser administrada? Resposta: Dose infantil = 14*100 = 20 mg 70 Agora faça um teste : Se um adolescente tiver entre 13 ou 14 anos, sua massa pode justificar usar a regra de Clark? Justifique sua resposta. A próxima regra é utilizada no cálculo de dosagens para crianças com menos de 2 anos de idade. A divisão por 150 resulta da fração em meses correspondente a 12,5 anos. Regra de Fried: Dose Infantil= ..* 150 )( ad mesesidade MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 49 ESATER ESATER Exemplo 03: Qual a dose de um fármaco para um lactente de 6 meses se a dose adulta é de 500 mg? Resposta: Para lactentes com a idade inferior a 2 anos pode ser utilizada a Regra de Fried. Dose Infantil = 6 * 500 = 20 mg. 150 Estas fórmulas podem ser utilizadas ajustando-se sempre a unidade de medida dos fármacos. As respostas serão nas mesmas unidades empregadas. NOMOGRAMA DE ÁREA DE SUPERFÍCIE O Nomograma de área de superfície é usado para o cálculo de doses pediátricas por metro quadrado de superfície corporal. O retângulo central fornece os metros quadrados por peso em libras somente para crianças de peso e altura normais. Para crianças que são magras ou obesas, para determinar a superfície corporal em metros quadrados, pode-se utilizar uma linha reta que ligue a altura o peso nas escalas laterais (usar régua de no mínimo 20 cm). Exemplo 04: A dose de azatioprina é de 125 mg por m² /dia. Calcular a dose total diária para uma criança de 20 kg com peso e altura médios. Resposta: Fazendo a conversão de kg para libra, chegamos a 44 lb. Como é criança com peso e altura médios, temos pelo nomograma uma Área de Superfície de 0,8 m². Assim: 1 m² -------------- 125 mg 0,8 m² ------------ X mg X = 12 mg ESATER ESATER MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEMENFERMAGEM 50 MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 51 ESATER ESATER Exercícios: 01. Calcular a dose de fenobarbital para uma criança de 4 anos de idade. (dose para adulto: 30 mg) 02. Calcular a dose de cortisona para uma criança de 13 kg. (dose para adulto: 100 mg) 03. Se a dose de sulfato de codeína para adulto é 30 mg, qual a dose para uma criança de 3 anos de idade ? 04. A dose de suspensão de Dilantin para adulto é de 125 mg/ 5ml. Quanto você usaria quando é indicada para uma criança a dose de 75 mg? 05. A dose de Acromicina para adulto é de 250 mg. Qual a dose para uma criança de 8 anos? 06. O frasco indica conter Demerol100 mg/ml. A indicação para adulto é de 60 mg. Que volume deve ser administrado? 07. A dose de fenobarbital para adulto é de 30 mg. Quanto você deve administrar desta droga a uma criança de 13,5 kg? 08. O pediatra prescreveu 2 ml de Tylenol. O vidro indica conter 120 mg/ml. Quanto deverá ser administrado? 09. A dose de penicilina procaína para adulto é de 300.000 UI, uma vez ao dia. Calcular a dose para uma criança de 6 anos de idade , usando a regra de Young. 10. Se cada mililitro de penicilina procaína contém 300.000 UI (dose para adulto), quantas gotas deverão ser administradas a uma criança de 6 anos de idade ? MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 52 ESATER ESATER 11. A suspensão de Gantrisina é encontrada numa concentração de 500 mg/ 5 ml. Quanto é necessário para uma dose de 100 mg ? 12. A dose para adulto de uma droga é de 50 a 100 mg. Qual a dose para uma criança de 6 meses de idade, usando como base a dose mínima ? 13. Calcular a dose de Seconal para uma criança que pesa 23 kg. A dose de adulto é de 0,1 g. 14. Keflex pediátrico em gotas pode ser encontrado na concentração de 100 mg/ml. A indicação é de 60 mg. Quanto deve ser administrado? 15. A dose de adulto de Ritalina é de 15 mg. Qual a dose para uma criança de 13,5 kg? 16. A dose de adulto de elixir paregórico é de 10 ml. Quanto deve ser administrado a uma criança de 9 kg? 17. A suspensão oral de Ampicilina (dose de adulto = 150 mg) pode ser encontrada na concentração de 250 mg/ml. Calcular quanto deverá ser administrado para uma criança de 7 anos. 18. Calcular a dose total diária de azatioprina para uma criança que tenha 1 metro de altura e 25 kg de peso. Considere dose da azatioprina: 125 mg por m² por dia. Use o nomograma de AS. MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 53 ESATER ESATER UNIDADE II 6. FRAÇÕES NUMÉRICAS A fração indica divisão e expressa o número de partes iguais no qual o inteiro foi dividido. Se o inteiro é dividido em um número de partes iguais, então uma ou mais partes deste número de partes iguais é denominada fração. A fração 8 3 significa 3 de 8 partes. Isto também poderia ser escrito 3: 8, uma vez que indica divisão em 8 partes iguais. Os números 3 e 8 são denominados “termos de uma fração” . numerador 3 8 denominador O número inferior de uma fração é chamado denominador (divisor) , e indica em quantas partes a unidade foi dividida. O número superior da fração é denominado numerador (dividendo), e indica quantas partes foram tomadas da unidade. TIPOS DE FRAÇÕES Fração Própria . Às vezes denominada fração comum, ou somente ‘fração’, esta tem um numerador que é menor que o denominador e designa um valor menor que a unidade. Exemplos: 17 3 5 2 , 2 1 e . ESATER ESATER Fração Imprópria . Esta é uma fração na qual o numerador é maior que o denominador e designa um valor maior que a unidade. Exemplos: 3 4 , ou seja, 3 1 1 . Número Misto . Este é formado por um número inteiro e uma fração. Exemplos: 4 1 1 , 3 2 5 . Uma fração é dita reduzida denominador não podem ser divididos equivalentes . MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM . Esta é uma fração na qual o numerador é maior que o denominador e designa um valor maior que a unidade. . Este é formado por um número inteiro e uma fração. reduzida aos seus termos mais simples quando o numerador e o denominador não podem ser divididos pelo mesmo número (exceto 1). ENFERMAGEM 54 . Esta é uma fração na qual o numerador é maior que o denominador . Este é formado por um número inteiro e uma fração. aos seus termos mais simples quando o numerador e o pelo mesmo número (exceto 1). As frações são MATEMÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM 55 ESATER ESATER CONVERSÃO DE FRAÇÕES IMPRÓPRIAS EM NÚMEROS INTEIROS OU MISTOS Procedimento para transformar uma fração imprópria em número inteiro ou misto: 1. Dividir o numerador pelo denominador. 2. Escrever o resultado, se existir, como uma fração reduzida a seus termos mais simples. Exemplo 01: Transformar 6 16 em um número misto. Resposta: Divide-se 16 por 6, 2 é o inteiro e o resto da divisão, 4 , é o numerador da fração própria, 4/6. 16 |6_____ 4 2 O número misto 6 4 2 . Após reduzido, pode ser expresso por 3 2 2 . Procedimento para transformar números mistos em frações impróprias: 1. Multiplicar o número inteiro pelo denominador da fração. 2. Somar este produto pelo denominador da fração. 3. Escrever a soma como numerador da fração imprópria, o denominador permanece o mesmo. Exemplo 02: Transformar 8 3 2 em uma fração imprópria.
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