Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Rubéol� A rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, que é transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae. A doença também é conhecida como “Sarampo Alemão”. No campo das doenças infecto-contagiosas, a importância epidemiológica da Rubéola está representada pela ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe, como aborto e natimorto (feto expulso morto) e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras). �siopatologi� A rubéola é transmitida através da inalação dos aerossóis infectados e possui um período de incubação que varia de 12 a 23 dias. O vírus se replica inicialmente nas células da nasofaringe, bem como nos linfonodos e após cinco a sete dias da inoculação tem-se início a viremia. Os indivíduos infectados são contagiosos por uma a duas semanas antes que a infecção se torne aparente, sendo que em vários casos a infecção é assintomática, dificultando o controle da rubéola. Após a infecção, os acometidos desenvolvem anticorpos IgG que oferece uma imunidade protetora, contudo, pode ocorre reinfecção. Esta raramente pode resulta em viremia detectável ou risco para o feto. Quadr� clínic� As manifestações clínicas da rubéola pós-natal costumam ser leves e muitos casos são assintomáticos. Geralmente, tem-se início com erupção maculopapular, febre baixa e linfoadenopatia retroauricular, occipital e cervical. Artralgias e artrite são comuns em adolescentes e em mulheres. A forma da rubéola congênita é mais severa, causando vasculite generalizada, miocardite, pneumonia intersticial, trombocitopenia, encefalite e hepatite e surdez. Quai� sã� � sintoma�? Os sintomas principais sintomas da rubéola são: ● febre baixa ● linfoadenopatia retroauricular, occipital e cervical ● exantema máculo-papular Esses sinais e sintomas da rubéola acontecem independente da idade ou situação vacinal da pessoa. O período de incubação médio do vírus, ou seja, tempo em que os primeiros sinais levam para se manifestar desde a infecção, é de 17 dias, variando de 14 a 21 dias, conforme cada caso. Diagn�tic� Os sinais e sintomas da rubéola são inespecíficos e pode ser facilmente confundido com doenças causadas por outros patógenos, o que torna necessário a associação dos dados clínicos com os dados epidemiológicos e laboratoriais. As palpações dos linfonodos da região do pescoço associado à febre baixa e erupções cutâneas ajudam para nortear o diagnóstico. A titulação dos anticorpos IgM e IgG para a rubéola é usada para confirmação ou descarte dos casos. Na infecção congênita, a rubéola pode ser confirmada a partir do isolamento viral do sangue do cordão umbilical ou da placenta. Não existem indicações para solicitar e realizar exame de rotina no pré-natal para rubéola em gestantes. Caso seja necessário ser feito o exame e a gestante além de ser assintomática, não tenha história de contato prévio com alguma doença exantemática e não apresenta registro da vacina na carteira de vacinação, deverá ser realizada a pesquisa de IgG que sendo negativa orienta vacinação pós-natal e sendo positiva indica imunidade. O material a ser colhido é o sangue venoso sem anticoagulante na quantidade de 5 a 10 ml. Quando se tratar de criança muito pequena e não for possível coletar o volume estabelecido, obter no mínimo 3 ml. Após a separação do soro, conservar o tubo em refrigerador a 4º- 8ºC, por no máximo 48 hs. O tubo deve ser acondicionado em embalagem térmica ou caixa de isopor com gelo ou gelox e enviado ao laboratório num prazo máximo de 2 dias. Caso não possa ser enviado neste período conservar a amostra no freezer a -20ºC até o momento do envio ao laboratório que deverá ser num prazo máximo de 5 dias. Para o isolamento viral a secreção nasofaríngea é o melhor material. Deve ser coletada através de uma sonda nasofaríngea por aspiração à vácuo após instilação nasal de 3 a 5 ml de solução salina. O swab também pode ser usado. Devem ser realizadas tres amostras, uma amostra em cada narina e uma da garganta friccionando para obter células de mucosa, uma vez que o vírus está estreitamente associado as células. Colocar os 3 swab em um tubo contendo meio de transporte fornecido pelo laboratório. Este tubo pode ser conservado em geladeira por 24-48 hs. Não podem ser congelados. Enviar em gelo recicláveis ao Lacen estadual. No Lacen colocar a SNF em freezer -70ºC. Encaminhar a amostra ao LRN - Fiocruz em gelo seco. Critéri� par� � colet� d� espécime� par� isolament� vira� Surtos de rubéola independente da distância do laboratório central estadual. Deve obedecer ao critério de 5 a 10 casos suspeitos por área geográfica, em situações de surtos ou epidemias. O período da coleta do material deve ser até o 5º dia do aparecimento do exantema, (preferencialmente nos três primeiros dias do inicio do exantema). Tratament� Não há tratamento específico para a rubéola e consiste apenas em cuidados de suporte, variando conforme o caso. A vacinação é uma ótima forma de prevenção disponível atualmente, inclusive no Brasil. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza desde o ano de 2000 a tríplice viral que oferece imunização contra o Sarampo, a Caxumba e a Rubéola. Orientaçõe� sobr� rubéol� par� profissionai� d� saúd� O conhecimento e atualização dos profissionais de saúde quanto à identificação e notificação imediata de um caso suspeito de rubéola, tanto na rede pública como privada é essencial para manter a eliminação da doença no país. As medidas de prevenção da doença são fundamentais. Altas coberturas vacinais em todas as localidades e a realização imediata do bloqueio vacinal no momento da notificação e investigação são práticas que devem ser realizadas em todos os municípios do país, independente do tamanho de sua população. Recomendações e esclarecimentos da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e da Secretaria de Atenção a Saúde (SAS) referente à não realização de exame sorológico com pesquisa de IgM para rubéola em gestantes durante o pré-natal
Compartilhar