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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
 DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 Introdução 
à Artrologia 
 
 
 
Discentes colaboradores: 
Antonio Veloso Correia Neto Bárbara 
Rachelli Farias Teixeira 
Corpo Docente: 
Profª Drª Anna Ferla Monteiro Silva 
Profª Drª Monique D. E. Batista Paiva 
 
 
 
JOÃO PESSOA – PB
 
1. Introdução 
 
O estudo do Sistema Articular, também denominado Artrologia, desempenha a 
função de conhecimento das articulações e seus ligamentos associados. 
A constituição do esqueleto corpóreo é permitida a partir da união dos ossos 
que o compõe. Contudo, essa união não tem apenas a finalidade de colocar os ossos 
em contato, mas também busca permitir a mobilidade. Ademais, a união entre os 
ossos é diferenciada e esse fator está relacionado com a maior ou menor 
possibilidade de movimento. Assim, a conexão existente entre as partes rígidas do 
esqueleto, como os ossos e as cartilagens, recebe o nome de articulação. 
As articulações são uniões ou junções entre dois ou mais ossos ou partes 
rígidas do esqueleto. As articulações exibem várias formas e funções. Algumas 
articulações não têm movimento, como as lâminas epifisiais entre a epífise e a diáfise 
de um osso longo em crescimento; outras permitem apenas pequeno movimento, 
como os dentes em seus alvéolos; e outras têm mobilidade livre, como a articulação 
do ombro (MOORE, 2014). 
É válido salientar que o sistema articular e o esquelético (passivos) e o sistema 
muscular (ativo) formam o Aparelho Locomotor, pois desempenham um trabalho em 
conjunto para que o corpo se locomova. 
 
 
2. Classificação das articulações: 
 
As articulações podem ser classificadas sendo dois critérios: estrutural, com 
base em características anatômicas e funcional, considerando o grau de movimento. 
Estruturalmente se baseia em 02 condições: a) Ausência ou presença de cavidade 
articular e b) Tipo de tecido conjuntivo que unem os ossos: Articulação Fibrosa, 
Articulação Cartilaginosa e Articulação Sinovial. 
Considerando o grau de movimento que as articulações permitem realizar são 
classificadas em: Sinartrose (articulação imóvel); Anfiartrose (articulação levemente 
móvel; Diartrose (articulação livremente móvel). Todas as diartroses são articulações 
sinoviais. 
 
2.1 Articulações fibrosas: Apresentam como elemento interposto entre as peças 
que se articulam o tecido conjuntivo fibroso. Sendo a maioria localizada no crânio. 
O grau de mobilidade de uma articulação fibrosa depende do comprimento das fibras 
que unem os ossos. Mas, em geral, apresentam uma mobilidade extremamente 
reduzida. É, portanto, um tecido que funciona como meio de união para suturas, 
sindesmoses e gonfoses. 
 
 Tipos de articulações fibrosas: 
 
2.1.1 Sindesmoses: Apresentam grande 
quantidade de tecido conjuntivo que se une aos 
ossos a partir da formação de um ligamento ou de 
uma membrana interóssea fibrosa. Com isso, 
esse tipo de articulação tem uma mobilidade 
parcial. 
Exemplo: A membrana interóssea no antebraço 
que une o rádio e a ulna em uma sindesmose. 
 
 
2.1.2 Gonfoses: Fazem parte de um tipo 
especial de articulação fibrosa, também 
denominada Sindesmose Dentoalveolar. Ocorre 
entre os dentes e os alvéolos dentários da maxila 
e da mandíbula destinados a sua implantação. A 
mobilidade dessa articulação, no caso de dentes 
amolecidos, indica distúrbios no tecido de 
sustentação dentária. Além disso, funciona como 
um eficiente sistema de amortecimento das forças 
mastigatórias, evitando que sejam transmitidas ao 
osso como força de pressão. 
 
 
2.1.3 Suturas: Apresentam menor quantidade de tecido conjuntivo quando 
comparadas as Sindesmoses. São encontradas, principalmente, entre os ossos do 
crânio. Ocorrendo nas margens ou em faces separadas apenas por tecido conectivo, 
preenchendo o espaço entre os ossos. 
A maneira como as bordas dos ossos articulados entram em contato é variável. 
Portanto, as suturas podem ser reconhecidas como: 
 Sutura plana - união linear com aspecto retilíneo. 
 Sutura escamosa - união em bisel, onde uma borda se sobrepõe a outra 
(como as escamas de um peixe). 
 Sutura serrátil ou denteada - união em linha dentada. 
 Esquindilese - é a articulação que se verifica entre uma superfície em forma 
de crista de um osso, a qual se aloja em uma superfície em forma de 
fenda/canal de outro osso. 
 
 
 
Curiosidade: 
O crânio de um feto ou de um recém-nascido apresenta uma ossificação incompleta, 
e a quantidade de tecido conjuntivo fibroso interposto é bastante elevada. Com isso, 
há uma grande separação entre os ossos e maior mobilidade. Permitindo que, 
durante o parto, ocorra uma redução do volume da cabeça fetal facilitando a 
expulsão do feto para o meio exterior. Também se encontram pontos, denominados 
fontículos, onde a quantidade desse tecido conjuntivo fibroso é ainda maior. Esses 
são pontos fracos na estrutura do crânio chamados popularmente de moleiras e 
desaparecem com a ossificação completa do crânio. 
 
 
2.2 Articulações cartilagíneas: São as articulações entre ossos que ocorrem 
pela interposição de uma camada de cartilagem hialina ou fibrocartilagem. 
 
 Tipos de articulações cartilagíneas: 
 
2.2.1 Sincondroses ou Articulações 
cartilagíneas primárias quando as 
peças ósseas são unidas por cartilagem 
hialina. Geralmente são uniões 
temporárias, como as existentes durante 
o desenvolvimento de um osso longo, 
onde a epífise e a diáfise são unidas por 
uma lâmina epifisial. As sincondroses 
permitem o crescimento do osso em 
comprimento. Quando esse crescimento 
é completo, a lâmina epifisial converte-se 
em osso e as epífises fundem-se com a 
diáfise. 
 
2.2.2 Sínfises ou Articulações 
cartilagíneas secundárias são fortes, 
ligeiramente móveis e unidas por 
fibrocartilagem. 
Exemplo: A Sincondrose esfeno-occipital 
visualizada na base do crânio. 
 
 
As articulações existentes entre as vértebras podem ser consideradas sínfises, pois 
formam os discos intervertebrais fibrocartilagíneos. Esse elemento de 
interposição é um disco de fibrocartilagem que proporciona a coluna vertebral 
resistência e absorção do choque, além de certa flexibilidade. 
 
2.3 Articulações sinoviais: São o tipo mais comum de articulação do corpo e 
permitem o movimento devido ao livre deslizamento entre os ossos que unem. Para 
que haja esse grau de mobilidade desejável e deslizamento entre uma superfície 
óssea e outra, o elemento que se interpõe entre as peças articuladas é o líquido 
sinovial ou sinóvia. 
Diferentemente das articulações fibrosas e cartilagíneas onde os meios de união das 
peças esqueléticas articuladas se prendem a uma superfície de articulação, nas 
articulações sinoviais o principal meio de união é a cápsula articular. Essa cápsula é 
uma espécie de manguito que envolve a articulação prendendo-se nos ossos que se 
articulam. 
 
 
 
 
Além disso, as articulações sinoviais geralmente 
são reforçadas por ligamentos acessórios 
separados por um espessamento dessa cápsula 
articular. 
A articulação sinovial apresenta uma cavidade 
articular que é um espaço virtual onde se 
encontra o líquido sinovial. A sinóvia é o 
lubrificante natural da articulação que permite o 
deslizamento com um mínimo de atrito e 
desgaste. 
Assim, temos como características das 
articulações sinoviais: a cápsula articular, a 
cavidade articular e o líquido sinovial. 
 
 
2.3.1 Superfícies articulares e seu revestimento: 
 
As superfícies articulares são aquelas que entram em contato em determinada 
articulação sinovial. São totalmente revestidas por cartilagem hialina, representando 
a porção do osso não invadida por ossificação e, em virtude desse revestimento, se 
apresentam como superfícies lisas, polidas e de cor esbranquiçada. 
São superfícies de movimento e suas funções são relacionadas a esse fator. 
Uma redução na mobilidade da articulação, por exemplo, pode levar a uma fibrose 
da cartilagem articular com anquilose da articulação,ou seja, perda da mobilidade. 
A cartilagem articular é avascular e não possui inervação. Dessa forma, sua nutrição 
é precária, principalmente na região central; o que dificulta e tornam mais lentos os 
processos de regeneração de lesões. 
 
2.3.2 Cápsula articular: 
 
 Apresenta-se como uma membrana conjuntiva envolvendo a articulação 
sinovial. Sendo constituída por duas camadas: membrana fibrosa, mais externa, e 
a membrana sinovial, mais interna. 
A membrana fibrosa é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns 
pontos, por feixes que constituem os ligamentos capsulares. Contudo, muitas 
articulações sinoviais apresentam ligamentos independentes da cápsula articular 
que são os ligamentos extra capsulares ou acessórios. E em algumas, também 
aparecem os ligamentos intra articulares como no caso do joelho e cotovelo que 
apresentam um músculo articular especial inserido na lâmina fibrosa da cápsula 
articular. Esses ligamentos são constituídos por fibras colágenas que estão paralelas 
ou intimamente entrelaçadas. Sendo maleáveis e flexíveis para a manutenção do 
movimento, mas também resistentes e inelásticas. 
Os ligamentos e a cápsula articular tem como função a manutenção da união 
entre os ossos, mas também impedem movimentos em planos incorretos, além de 
limitar a amplitude dos movimentos normais. 
Já a membrana sinovial, mais interna das camadas, é muito vascularizada e 
inervada. Sendo encarregada da produção do líquido sinovial. Essa sinóvia tem 
como componente o ácido hialurônico, essencial para manutenção da 
viscosidade necessária a função de lubrificação. 
 
 
2.3.3 Discos e Meniscos: 
 
 São formações fibrocartilagíneas entre as articulações sinoviais interpostas às 
superfícies articulares que funcionam como estruturas de amortecimento diante de 
violentas pressões, promovendo também a melhor adaptação das superfícies que 
se articulam. 
 
 Discos: apresentam fibrocartilagem e sua nomenclatura se deve ao seu 
formato discoide. Podem ser encontrados nas articulações esternoclavicular e 
temporomandibular, por exemplo. 
 
 
 
 Meniscos: são estruturas fibrocartilagíneas e que apresentam um formato de 
meia lua. Sendo exclusivamente encontrados nas articulações dos joelhos. São 
lesionados frequentemente por atletas de alto desempenho. E, após a sua 
retirada cirúrgica, um novo menisco se forma – como réplica do primeiro - mas 
agora constituído por tecido conjuntivo fibroso denso, menos resistente. 
 
 
 
2.3.4 Classificação das articulações sinoviais: 
 
 Ocorre de acordo com o formato das superfícies articulares e/ou o tipo de 
movimento que permitem realizar. Quando os movimentos são realizados em torno 
de um eixo são considerados mono-axial, já em torno de dois eixos são bi-axial e 
em torno de três eixos tri-axial. Isso designa o grau de liberdade do movimento. 
Assim, temos seis classes que são: 
 
 Planas: As superfícies opostas dos ossos são planas ou quase planas, com 
movimento limitado por suas cápsulas articulares firmes. São muitas 
articulações, quase sempre pequenas, que permitem movimentos de 
deslizamento de uma superfície sobre a outra, em qualquer direção. Como 
exemplo, temos a articulação entre o acrômio da escápula e a clavícula, 
denominada articulação acrômioclavicular. 
 
 Gínglimos (dobradiças): São articulações mono-axiais que permitem apenas 
movimentos de flexão e extensão. Apresentam uma cápsula fina e frouxa nas 
partes anterior e posterior onde há movimento. Mas os ossos são unidos 
lateralmente por ligamentos colaterais fortes. Como exemplo, temos a 
articulação do cotovelo. 
 
 Trocóidea: são articulações mono-axiais, porque permitem rotação em torno 
de um único eixo central e vertical. Apresentam um processo arredondado de 
osso que gira dentro de uma bainha ou anel. Como exemplo, temos a 
articulação atlantoaxial mediana. Nesse caso, a vértebra cervical CI (Atlas) 
gira em torno de um processo digitiforme, que é o dente do Áxis, da vértebra 
cervical CII (Áxis) durante a rotação. 
 
 Selares: apresentam faces articulares opostas em formato de sela, de modo 
que são reciprocamente côncavas e convexas. Permitem movimentos de 
abdução e adução, como também flexão e extensão, sendo, portanto, 
articulações bi-axiais. Esses movimentos também podem ser realizados em 
uma sequência circular. A articulação carpometacarpal é um exemplo. 
 
 Elipsóideas: são articulações bi-axiais que possuem face convexa aposta a 
uma concavidade elíptica. Permitem o movimento de flexão e extensão, além 
de abdução e adução. Realizam a circundução, sendo mais restrita do que 
nas articulações selares. Como exemplo, temos as articulações 
metacarpofalângicas. 
 Esferóideas: são articulações tri-axiais que permitem movimentos em vários 
eixos e planos, como a flexão e extensão, abdução e adução, rotação medial 
e lateral, além da circundução. São altamente móveis e a superfície esférica 
de um osso move-se na cavidade de outro. A articulação do quadril é um 
exemplo, onde a cabeça do fêmur (esférica) gira na cavidade do acetábulo do 
quadril. 
 
 
 
 
2.3.5 Tipos de movimentos articulares: 
 
 Os movimentos gerados pelas articulações sinoviais ocorrem em torno de um 
eixo de movimento. Assim, podem possuir de um até três eixos perpendiculares entre 
si. Sendo esses eixos: ântero-posterior, laterolateral e longitudinal. Dessa forma, 
todo movimento é realizado seguindo um determinado plano e o seu eixo de 
movimento é perpendicular àquele plano. Os movimentos executados podem ser: 
 
 Deslizamento: é o movimento mais simples, sem angulação ou rotação 
significativa. Ocorre em articulações onde as superfícies que entram em 
contato são planas ou ligeiramente curvas. Como as articulações 
intercuneifomes dos pés. Além disso, permite certa rotação e angulação em 
ossos pequenos carpais e tarsais. 
 
 Angulação: promove a mudança do ângulo entre os eixos a partir de uma 
diminuição ou aumento do ângulo entre o segmento que se desloca e o que 
permanece fixo. A diminuição do ângulo é denominada flexão. Já o aumento do 
ângulo é a extensão. A adução e abdução também são movimentos angulares. 
Quando o segmento é deslocado em direção ao plano mediano, chamamos de 
adução, mas quando ocorre um afastamento dele em direção oposta, é a 
abdução. Esses movimentos são realizados em plano frontal e tem com eixo 
de movimento o ântero-posterior. 
 
 
 Rotação: é um movimento em que o segmento gira em torno de um eixo 
longitudinal ou vertical. Essa rotação pode ser em direção ao plano mediano do 
corpo, portanto, uma rotação medial. Ou pode ser uma rotação lateral, com o 
movimento oposto. Essa rotação é feita em plano horizontal e o eixo de 
movimento, perpendicular a este plano, é vertical. 
 
 Circundução: em alguns segmentos do corpo, a combinação dos movimentos 
de adução, extensão, flexão e abdução resultam na circundução. Nesse 
movimento, a extremidade distal descreve um círculo e o corpo do 
segmento, um cone, tem o vértice representado pela articulação que se 
movimenta. 
 
 
 
 
3. Vascularização e inervação das articulações: 
 
A irrigação das articulações é originada por vasos que se encontram ao redor 
da articulação. E, com frequência, ocorre a comunicação das artérias (anastomoses) 
com a finalidade de formar redes e assegurar a irrigação sanguínea da articulação 
através de várias posições. Já as veias articulares são comunicantes e 
acompanham as artérias, sendo localizadas na cápsula articular, principalmente, na 
membrana sinovial. Os nervos articulares promovem a rica inervação das 
articulações com terminações nervosas sensitivas na cápsula articular. A maioria dos 
nervos articulares consiste em ramos de nervos que suprem os músculos que 
cruzam e movem a articulação. Já nas partes distais dos membros, nas mãos e pés, 
os nervos articulares são ramos dos nervos cutâneos que suprem a pele 
sobrejacente. Esses nervos articulares transmitem impulsos sensitivos da 
articulaçãoe, assim, contribuem para a propriocepção, sendo responsáveis pela 
percepção do movimento e da posição das partes do corpo. A membrana sinovial 
apresenta certa sensibilidade. E a camada fibrosa da cápsula articular e dos 
ligamentos acessórios por apresentar muitas fibras de dor, geram intenso 
desconforto e dor em caso de lesão articular. As terminações nervosas sensitivas 
promovem a resposta à rotação e ao estiramento que podem ocorrer durante a 
prática de atividades esportivas. 
 
 
Curiosidade: 
A cavidade de uma articulação sinovial pode ser examinada por meio da introdução 
de uma cânula e um artroscópio (um pequeno telescópio) em seu interior. Esse 
procedimento cirúrgico — artroscopia — permite que os cirurgiões ortopédicos 
examinem anormalidades articulares, como a ruptura de meniscos (discos 
articulares parciais do joelho). Durante a artroscopia também podem ser realizadas 
algumas intervenções cirúrgicas (p. ex., mediante introdução de instrumentos 
através de incisões perfurantes). Como a abertura na cápsula articular necessária 
para a introdução do artroscópio é pequena, a cicatrização após esse procedimento 
é mais rápida do que após a cirurgia articular tradicional (MOORE, 2014).
Referências Bibliográficas 
 
- DANGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia Humana Sistêmica e 
Segmentar. 3ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2007. 
- MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2014.

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