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Sistema Muscular: Tecido e organização Apresentação Você sabe o que uma caminhada, um batimento cardíaco e os movimentos peristálticos do seu intestino têm em comum? Todos eles ocorrem graças ao tecido muscular que está presente em seu corpo, garantindo o funcionamento adequado de todo este organismo. O corpo humano é composto de mais de 700 músculos, que representam aproximadamente 42% da massa corporal de um indivíduo do sexo masculino padrão, podendo chegar até 50% da massa corporal em fisiculturistas. Esse tecido muscular através de suas propriedades básicas é capaz de desempenhar diversas funções extremamente importantes do ponto de vista fisiológico, contribuindo para a produção de movimentos do corpo e no corpo, manutenção da postura corporal, regulação da entrada e saída de materiais do corpo humano e regulação da temperatura corporal, entre outras funções em nosso organismo. Nesta unidade de Aprendizagem você irá reconhecer as características e componentes que diferenciam os três tipos de tecido muscular, irá identificar os diferentes tipos de fibras musculares esqueléticas e suas características individuais e ainda, irá descrever o que é uma unidade motora, como ela é composta e quais os mecanismos envolvidos no processo de controle das fibras musculares. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer os componentes do músculo e as características diferenciais do tecido muscular;• Identificar os tipos de fibras musculares estriadas esqueléticas (fibras vermelhas e fibras brancas); • Descrever a composição de uma unidade motora e o controle das fibras musculares.• Desafio Atualmente, alguns países adotaram a prática de realizar biópsias de músculos do membro inferior em atletas de pista (corridas de longa e de curta distância). Você é profissional da área da saúde e tem um paciente que foi submetido a esse exame. O resultado apresentou 70% de fibras brancas na constituição do músculo vasto lateral. O que isso significa? Esse exame é eficaz? Pode ser importante para o atleta? A genética do atleta tem a ver com seu desempenho? O que são fibras brancas e vermelhas? São a mesma coisa do que fibras rápidas e lentas? Pesquise e elabore um texto respondendo os questionamentos. Infográfico Quando pensamos no sistema muscular, tradicionalmente pensamos nos músculos estriados/esqueléticos, que estão fortemente associados ao movimento do corpo, como realizar um gesto esportivo, por exemplo; No entanto, o corpo humano possui três tipos de tecido muscular, cada um com diferentes características histológicas e funcionais, que atuam em conjunto para o funcionamento adequado do organismo. Confira este Infográfico e conheça um pouco melhor as características dos tipos de fibra muscular: esqueléticos, lisos e cardíacos. Conteúdo do livro O estudo do tecido muscular esquelético abrange desde os aspectos histológicos até os neuromusculares. É importante a compreensão de como a fibra muscular é composta e como ela funciona. Acompanhe o capítulo Sistema Muscular: tecido e organização, da obra Anatomia humana que servirá de base teórica para esta Unidade de Aprendizagem. ANATOMIA HUMANA Roberta Oriques Becker Sistema muscular: tecido e organização Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer os componentes e as características diferenciais do tecido muscular esquelético. Identificar os tipos de fibras musculares estriadas esqueléticas (fibras vermelhas e fibras brancas). Descrever a composição da unidade motora. Introdução Nossa vida depende do funcionamento adequado do tecido muscular, desde sentar, ficar em pé, falar e andar até o batimento cardíaco e a res- piração. Sem os músculos, a vida humana seria impossível, uma vez que muitos de nossos processos fisiológicos e virtualmente todas as nossas interações dinâmicas com o ambiente envolvem o tecido muscular. O corpo humano é constituído de três tipos de tecido muscular: liso, car- díaco e esquelético. O tecido muscular liso é não estriado, involuntário e está localizado nas paredes das estruturas ocas internas, como vasos sanguíneos, vias respiratórias, estômago e intestinos. O tecido muscular cardíaco é estriado, involuntário e está localizado no coração, formando a maior parte da parede cardíaca. O tecido muscular esquelético é estriado, voluntário e está fixado aos ossos, movimentando, dessa forma, partes do esqueleto. Neste capítulo, vamos conhecer os componentes e as características que diferenciam o tecido muscular esquelético, incluindo a identificação dos tipos de fibras musculares estriadas esqueléticas. Além disso, des- creveremos a composição da unidade motora, a qual é responsável pela realização dos movimentos. Tecido muscular esquelético Os músculos esqueléticos são compostos por centenas ou milhares de células denominadas fi bras musculares, em virtude de seu formato alongado, que são envoltas por tecidos conjuntivos e supridas por vasos sanguíneos e nervos que penetram nos músculos (TORTORA; DERRICKSON, 2017). O tecido conjuntivo envolve e protege o tecido muscular, ou seja, no músculo intacto, as fibras musculares individuais são envolvidas e mantidas unidas por várias bainhas de tecido conjuntivo. Juntas, essas bainhas de tecido conjuntivo sustentam as células e reforçam o músculo como um todo, impedindo rompi- mentos durante contrações muito fortes (MARIEB; HOEHN, 2009). Vamos considerar dessa forma essas bainhas da mais externa a até a mais interna: Tela subcutânea ou hipoderme: é composta por tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. Além de separar o músculo da pele, fornece uma via para os nervos, os vasos sanguíneos e os vasos linfáticos entrarem e saírem dos músculos. O tecido adiposo da tela subcutânea atua como isolante térmico e protege os músculos contra traumas. Fáscia: é uma bainha composta por tecido conjuntivo denso não mo- delado que reveste a parede do corpo e dos membros e que envolve os músculos e outros órgãos do corpo. Além disso, a fáscia transporta nervos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos (TORTORA; DERRICK- SON, 2017). Epimísio: é uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado que circunda o músculo inteiro (Figura 1). Além disso, pode se misturar com a fáscia profunda, que se localiza entre os músculos adjacentes, ou com a fáscia superficial, situada sob a pele. Perimísio: no músculo esquelético, as fibras musculares envolvidas por endomísio são agrupadas em fascículos, circundados por uma camada de tecido conjuntivo fibroso denominado perimísio (Figura 1). Endomísio: é uma fina bainha de tecido conjuntivo formado por fibras reticulares que envolvem individualmente cada fibra muscular (Figura 1) (MARIEB; HOEHN, 2009). Sistema muscular: tecido e organização 2 Figura 1. Bainhas de tecido conjuntivo do músculo esquelético. Fonte: Marieb e Hoehn (2009, p. 250). As fibras do tecido conjuntivo do endomísio e do perimísio são entre- laçadas e aquelas do perimísio misturam-se ao epimísio. Em cada uma das extremidades do músculo, as fibras do epimísio, do perimísio e do endomísio geralmente convergem para formar um tendão fibroso que fixa o músculo a osso, pele ou outro músculo. Os tendões frequentemente se assemelham a espessos cordões ou cabos (exemplo: tendão do músculo quadríceps femoral). Entretanto, também podem gerar estruturas de fixação em forma de lâmina, as quais são denominadas aponeuroses (exemplo: aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome) (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009). Com relação à inervação e ao suprimento sanguíneo, geralmente uma artéria e uma ou duas veias acompanham cada nervo que penetra no músculo esquelético. Uma vez dentro do endomísio, os capilares estão amplamente distribuídos, de forma que cada fibra muscular está em contato próximo com os vasos sanguíneos. Além disso, cada fibra muscular esqueléticatambém faz contato com a porção terminal de um neurônio. Considerando que a contração muscular requer uma boa quantidade de nutrientes e oxigênio para a síntese de trifosfato de adenosina (ATP), além do estímulo nervoso, a relação íntima com capilares e neurônios proporciona um ambiente favorável para esse evento fisiológico (TORTORA; DERRICKSON, 2017). 3Sistema muscular: tecido e organização Anatomia da fibra muscular esquelética O músculo esquelético é composto por milhares de células circulares alongadas, chamadas de fi bras musculares, dispostas paralelas umas às outras. De forma geral, as fi bras musculares esqueléticas são muito longas. Uma fi bra de um músculo do membro inferior pode ter um diâmetro de 100 micrômetros e um comprimento igual ao comprimento total do músculo (30 a 40 centímetros). A seguir, algumas estruturas importantes relacionadas às fi bras musculares (Figura 2): Sarcolema: é a membrana plasmática das fibras musculares. Núcleos múltiplos se situam na periferia da fibra abaixo do sarcolema. Sarcoplasma: é o citoplasma da fibra muscular, que contém muitas mitocôndrias que produzem grande quantidade de ATP durante a con- tração muscular. Túbulos transversos ou túbulos T: formam uma tubulação que parte da superfície em direção ao centro de cada fibra muscular. Retículo sarcoplasmático: uma rede de túbulos envolvidos por membrana e preenchidos por líquido, que armazena íons cálcio requeridos para a contração muscular e estende-se por todo o sarcoplasma. Miofibrilas: estão presentes ao longo de todo o comprimento da fibra muscular e são compostas por dois tipos de filamentos proteicos, chama- dos de filamentos finos (proteína actina) e filamentos grossos (proteína miosina). Os filamentos se sobrepõem formando padrões específicos e formam compartimentos, chamados sarcômeros, as unidades funcionais básicas das fibras musculares estriadas. Os sarcômeros estão separados um do outro por zonas de material proteico denso, chamadas de linhas Z. Dentro de cada sarcômero, uma área escura, chamada banda A, se estende por todo o comprimento dos filamentos espessos. No centro de cada banda A, está uma banda H estreita, que contém somente os filamentos espessos. Uma área de coloração mais clara em cada lado da banda A, chamada banda I, contém o resto dos filamentos finos, mas sem filamentos espessos. Cada banda I se estende para dentro de dois sarcômeros, dividida ao meio por uma linha Z. A alternância de bandas A, mais escuras, e bandas I, mais claras, dá à fibra muscular sua aparência estriada (TORTORA; DERRICKSON, 2017). Sistema muscular: tecido e organização 4 Figura 2. Parte de um músculo esquelético. Fonte: Vanputte, Regan e Russo (2016, p. 270). Atrofia muscular ocorre quando as fibras musculares individuais diminuem de tamanho, em função da perda progressiva de miofibrilas. Isso ocorre, por exemplo, em indivíduos acamados e pessoas engessadas, porque o número de impulsos nervosos para o músculo inativo é consideravelmente reduzido. O oposto, a hipertrofia muscular, que é o aumento no diâmetro da fibra muscular, em virtude da produção de mais miofibrilas, mitocôndrias, retículo sarcoplasmático e outras estruturas citoplasmáticas, ocorre como resultado da atividade muscular repetitiva muito intensa, como o treinamento de resistência (TORTORA; DERRICKSON, 2017). 5Sistema muscular: tecido e organização Tipos de fibras musculares As fi bras musculares esqueléticas podem ser classifi cadas em dois tipos, as vermelhas ou de contração lenta, e as brancas ou de contração rápida. Essa classifi cação é plausível, uma vez que nem todos os músculos esqueléticos têm capacidades funcionais idênticas. Inclusive eles diferem em diversos aspectos, os quais estão descritos a seguir: Fibras musculares de contração lenta (vermelhas): nessas fibras, a contração e a fadiga muscular ocorrem de forma mais lenta. Além disso, apresentam um suprimento sanguíneo bem desenvolvido e abundante presença de mitocôndrias. De forma geral, essas fibras são chamadas de oxidativas em razão de sua capacidade aumentada de realizar a res- piração aeróbia, considerando que a respiração aeróbia requer oxigênio para quebrar a glicose e produzir ATP, dióxido de carbono e água. Além disso, apresentam grandes quantidades de mioglobina, um pigmento escuro similar à hemoglobina das hemácias, que se liga ao oxigênio e atua como reservatório de deste na fibra muscular quando o sangue não fornece uma quantidade adequada. Assim, a mioglobina aumenta a capacidade de as fibras musculares realizarem a respiração aeróbia (VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016). Os filamentos espessos são compostos pela proteína miosina, que tem a forma de dois tacos de golfe entrelaçados. O principal componente dos filamentos finos são as moléculas da proteína actina, que se unem para formar um filamento torcido em forma de hélice. Cada molécula de actina contém um sítio de ligação de miosina, no qual a cabeça da miosina se fixa. No entanto, no músculo relaxado, a miosina está impedida de se ligar à actina, porque filamentos de tropomiosina recobrem os sítios de ligação. Os filamentos de tropomiosina, por sua vez, são mantidos no lugar pelas moléculas de troponina. Quando você estudar a fisiologia da contração muscular, você aprenderá que, quando íons cálcio (Ca2+) se ligam à troponina, esta sofre uma alteração na forma, que movimenta a tropomiosina para longe dos sítios de ligação da miosina na actina. Dessa forma, permite a interação entre a actina e a miosina e, consequentemente, a contração muscular (TORTORA; DERRICKSON, 2017). Sistema muscular: tecido e organização 6 Fibras musculares de contração rápida (brancas): essas fibras respondem rapidamente à estimulação nervosa e conseguem quebrar o ATP mais rapidamente do que as fibras musculares de contração lenta. Além disso, têm um suprimento sanguíneo menor, pouca mioglobina e mitocôndrias menores e em menor quantidade. No entanto, as fibras de contração rápida têm grandes depósitos de glicogênio e são adaptadas para exercer a respiração anaeróbia, que é a quebra da glicose para produzir ATP e ácido láctico sem a presença do oxigênio. Apesar da existência de uma classificação das fibras musculares esquelé- ticas, nos seres humanos não existe uma separação clara entre os dois tipos de fibras musculares esqueléticas. O que ocorre é que a maioria dos músculos tem os dois tipos de fibras, embora a quantidade de cada uma varie para cada músculo. Como exemplos, os grandes músculos posturais contêm mais fibras de contração lenta, enquanto os músculos dos membros superiores contêm mais fibras de contração rápida. Essa distribuição das fibras de contração rápida e contração lenta em um dado músculo é bastante constante para cada indivíduo e, aparentemente, é estabelecida durante o desenvolvimento precoce (VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016). Composição da unidade motora Uma unidade motora é composta por um único neurônio motor juntamente com todas as fi bras musculares estriadas esqueléticas que são estimuladas pelo sinal elétrico (potencial de ação muscular), que é transmitido por esse neurônio (Figura 3) (TORTORA; DERRICKSON, 2017). Quando um neurônio motor é estimulado, ele promove a contração de todas as fi bras musculares nessa unidade motora ao mesmo tempo. Um músculo estriado esquelético típico contém milhares de fi bras musculares. Apesar de alguns neurônios motores controlarem uma única fibra muscular, a maioria deles controla centenas de fibras. Além disso, o tamanho da unidade motora é um indicativo de quão delicado pode ser o controle do movimento. Como exemplo, nos músculos extrínsecos do bulbo do olho, em que um controle preciso é extremamente importante, um neurônio motor controla duas ou três fibras musculares. No entanto, em músculos que exigem uma precisão bem menor de movimento, como os músculos do membro inferior, encontram-se mais de 2.000 fibras muscularescontroladas por um único neurônio motor. Por 7Sistema muscular: tecido e organização fim, de forma geral, um músculo esquelético se contrai quando suas unidades motoras são estimuladas. No entanto, a intensidade da contração produzida depende da frequência do estímulo e do número de unidades motoras envolvidas (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009). Figura 3. Unidade motora. Fonte: Vanputte, Regan e Russo (2016, p. 286). Ao entrar no músculo esquelético, o axônio do neurônio ramifica-se nos chamados terminais axônicos, os quais se aproximam do sarcolema de uma fibra muscular, mas não o tocam. Essas extremidades dilatam-se e formam os botões terminais sinápticos, que contêm vesículas sinápticas de neurotransmis- sores. A região do sarcolema, próxima do terminal axônico, é chamada placa motora terminal. O espaço entre o botão terminal sináptico e a placa motora terminal é a fenda sináptica. A sinapse formada entre os botões terminais sinápticos e a placa motora terminal é conhecida como junção neuromuscular (Figura 3) (TORTORA; DERRICKSON, 2017). Sistema muscular: tecido e organização 8 O funcionamento da junção neuromuscular pode ser afetado por diversas toxinas e fármacos. Como exemplo, a toxina botulínica, produzida pela bactéria Clostridium botulinum, bloqueia a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica da junção neuromuscular, impedindo a ocorrência da contração muscular. Pensando nisso, essa toxina foi a primeira a ser utilizada como um medicamento (Botox®). Injeções de Botox® nos músculos afetados ajudam pacientes com estrabismo (olhos cruzados), blefarospasmo (fechamento incontrolável) e dores lombares crônicas decorrentes de espasmos musculares. Além disso, é utilizada na medicina estética para promover o relaxamento dos músculos que provocam as rugas faciais (TORTORA; DERRICKSON, 2017). 9Sistema muscular: tecido e organização Sistema muscular: tecido e organização 10 MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. (Coleção Martini). TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. VANPUTTE, C.; REGAN, J.; RUSSO, A. Anatomia e fisiologia de Seeley. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. Leituras recomendadas TANK, P. W.; GEST, T. R. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: Artmed, 2009. TOY, E. C. et al. Casos clínicos em anatomia. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. (Lange). Dica do professor O sistema muscular é extremamente importante para diversas atividades do dia a dia, garantindo a mobilidade e a estabilidade do organismo. Desta forma, a organização de cada músculo, desde a célula até a forma de fixação, favorece o desenvolvimento de tais atividades. Nesta Dica do Professor, você vai conhecer um pouco mais sobre a composição estrutural de um músculo, bem como os níveis de organização funcional das fibras estiradas esqueléticas, que compõe o sistema. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/bd57143d34fe07c56091b0e748eec17d Exercícios 1) As fibras musculares individuais são envoltas e mantidas unidas por algumas bainhas de tecido conjuntivo. O tecido conjuntivo envolve e protege o tecido muscular. Neste sentido, no músculo intacto as bainhas de tecido conjuntivo sustentam as células e reforçam o músculo como um todo, impedindo rompimentos durante as fortes contrações musculares. Em relação as bainhas de tecido conjuntivo temos: hipoderme, fáscia, epimísio, perimísio e endomísio. Neste contexto, em relação a fáscia é correto afirmar: A) É composto de tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo e separa o músculo da pele, fornecendo uma via para nervos, vasos sanguíneos e linfáticos adentrarem e saírem dos músculos B) É uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado que circunda o músculo inteiro C) É uma bainha composta por tecido conjuntivo denso não modelado que reveste a parede do corpo e dos membros e que envolve os músculos e outros órgãos do corpo servindo também para transportar nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. D) É uma camada de tecido conjuntivo fibroso e no musculo esquelético agrupa os fascículos E) É uma fina bainha de tecido conjuntivo formado por fibras reticulares que envolvem individualmente cada fibra muscular 2) O músculo esquelético é composto milhares de células com características circulares alongadas, chamadas de fibras musculares, que estão dispostas de maneira paralela em relação umas às outras. As fibras do músculo estriado esquelético em geral são muito longas podendo por exemplo, em um músculo do membro inferior apresentar comprimento igual ao comprimento total do músculo. Existem algumas importantes estruturas relacionadas às fibras musculares para que as mesmas possam desempenhar sua função contrátil, entre estas estruturas encontra-se uma rede de túbulos envolvidos por membrana e preenchidos por líquido, que armazena íons cálcio requeridos para a contração muscular. Neste sentido, responda como é denominada esta estrutura? A) Túbulos transversos B) Sarcolema C) Retículo sarcoplasmático D) Sarcoplasma E) Miofibrilas 3) As fibras musculares esqueléticas podem ser classificadas em dois tipos, as vermelhas ou de contração lenta, e as brancas ou de contração rápida. Essa classificação é plausível, uma vez que nem todos os músculos esqueléticos têm capacidades funcionais idênticas. Neste contexto, o que ocorre é que a maioria dos músculos tem os dois tipos de fibras, embora a quantidade de cada possa variar para cada músculo, por exemplo, os grandes músculos posturais contêm mais fibras de contração lenta quando comparados com os músculos dos membros superiores que contêm mais fibras de contração rápida. Neste sentido, quais são as características das fibras vermelhas (contração lenta) e das brancas (contração rápida), respectivamente. A) Pouca quantidade de mioglobina; grandes quantidades de mioglobina B) Grandes quantidades de mioglobina; pouca quantidade de mioglobina C) Grandes depósitos de glicogênio; pouca quantidade de mioglobina D) Pouca quantidade de mioglobina; grandes depósitos de glicogênio E) Grandes depósitos de glicogênio; grandes quantidades de mioglobina 4) O tecido muscular tem papel fundamental em nossa vida, desde sentar, ficar em pé, falar, correr e andar incluindo, o batimento cardíaco e a mecânica ventilatória. Sem os músculos, a vida humana seria impossível, uma vez que muitos de nossos processos fisiológicos, funcionais envolvem o tecido muscular. Neste contexto, é correto afirmar que: I. O epimísio é uma camada de tecido conjuntivo fibroso não modelado que circunda a fibra muscular. II. As fibras do tecido conjuntivo do endomísio e do perimísio são entrelaçadas e aquelas do perimísio misturam-se ao epimísio. III. Os sarcômeros estão separados um do outro por zonas de material proteico denso, chamadas de bandas A. IV. No músculo relaxado (sem contração muscular), a miosina está impedida de se ligar à actina, porque filamentos de miosina recobrem os sítios de ligação. V. A sinapse formada entre os botões terminais sinápticos e a placa motora terminal é conhecida como junção neuromuscular A) I e II B) II; III e V C) II; IV e V D) II e V E) II; III e IV 5) O tecido muscular esquelético é estriado, voluntário e está fixado aos ossos, movimentando, dessa forma, partes do esqueleto. Neste sentido, a unidade motora joga um papel fundamental para a realização dos movimentos. Em relação a unidade motora assinale verdadeiro (V) ou falso (F): ( )A unidade motora é composta por um único neurônio motor juntamente com todas as fibras musculares estriadas esqueléticas que são estimuladas pelo sinal elétrico (potencial de ação muscular).( )Quando um neurônio motor é estimulado, ele promove a contração de todas as fibras musculares nessa unidade motora ao mesmo tempo. ( )O músculo esquelético se contrai quando suas unidades motoras são estimuladas. No entanto, a intensidade da contração produzida não é dependente da frequência do estímulo ou do número de unidades motoras envolvidas. ( )O espaço entre o botão terminal sináptico e a placa motora terminal é a fenda sináptica. ( )O funcionamento da junção neuromuscular não pode ser afetado por diversas toxinas e fármacos ( )A região do sarcolema, distante do terminal axônico, é chamada placa motora terminal. A) V;V;F;V;F;F B) F;V;V;V;F;F C) V;V;V;V;F;F D) V;V;F;V;F;V E) V;V;F;F;V;F Na prática Você já sentiu frio? Bastante frio mesmo, a ponto de “tremer de frio”? Quando pensamos na importância e função do sistema muscular, logo imaginamos a contração muscular como formas de gerar tensão e torque e consequentemente, produzir um movimento corporal, no entanto, o sistema muscular, através de suas contrações, possuí diversas outras funções, como, por exemplo, gerar e dissipar energia térmica, que será utilizada para aquecer o corpo em caso de bastante frio. Neste Na Prática, você irá compreender melhor a forma de atuação do sistema muscular diante das situações de frio. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Sistema Muscular Estrutura, divisões e funções dos músculos esqueléticos Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Muscle contraction Como funciona a química da contração muscular (em inglês). Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Teste para estimar a tipagem de fibra muscular Vídeo sobre testes para avaliar os tipos de fibra muscular. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Atlas do Corpo Humano MARTINI, Frederic H.. Atlas do Corpo Humano. Porto Alegre: Artmed, 2009. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! https://www.youtube.com/embed/UHBPIY4AEPs?rel=0 https://www.youtube.com/embed/gJ309LfHQ3M https://www.youtube.com/embed/chNrhTGvbyU Epidemiologia Moderna ROTHMAN, Kenneth; GREENLAND, Sander; LASH, Timothy. Epidemiologia Moderna. 3a ed., Porto Alegre: Artmed, 2005. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Anatomia Humana. Martini, Frederic H.; TimmonS, Michael J.; Tallitsch, Robert B. Anatomia humana.3a ed., Porto Alegre: Artmed, 2009. Leia a partir do tópico Funções do músculo estriado esquelético (página 238) Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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