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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: BIOMEDICINA DISCIPLINA: COLETA DE MATERIAL BIOLÓGICO NOME DO ALUNO: SILVIA HELENA SOARES DOS SANTOS R.A: 0603525 POLO: BAURU- POLO PRÓPRIO DATA: 23 / 11 / 2023 COLETA DE MATERIAL BIOLÓGICO INTRODUÇÃO: A preocupação do ato de lavagem das mãos em ambientes hospitalares se fez necessária a partir da altíssima incidência de infecção hospitalar pós-parto em 1848 pelo médico húngaro Ignaz Semmelweis antes mesmo da descoberta dos micro-organismos. (Saúde, 2020) O médico húngaro decidiu realizar um experimento. Antes dos partos, os médicos deveriam higienizar as mãos e os seus instrumentos com uma solução de cloro. Depois de alguns meses, o resultado: a taxa de mortalidade de mães após o parto, que era de assustadores 18%, caiu para 1%! (Saúde, 2020). Mesmo com uma redução drástica no índice de infecção os médicos da época não aceitavam a ideia de causar doenças aos pacientes por se julgarem superiormente superior em relação a higiene e por esse motivo somente décadas depois com a evolução de pesquisas sobre microrganismos é que foi dada a devida importância a prática de lavagem das mãos. (Saúde, 2020) Foi apenas nas décadas seguintes, com a evolução das pesquisas sobre micro-organismos, que a prática da higienização de mãos passou a ser difundida pelos profissionais de saúde e a ser adotada por cada vez mais instituições. Ao fim do século XIX já era um protocolo de praticamente todas as unidades de saúde. Sendo uma das principais base para diagnóstico médico os exames laboratoriais apresentam três fases distintas para que seja empregado de maneira correta e preconizada, são elas; a fase pré-analítica que compreende desde a solicitação medica de pedido de exame, orientações ao paciente, identificação e coleta da amostra ate o encaminhamento das amostras; Fase analítica que condiz com a realização do próprio exame, testagem e detalhamento dos dados da amostra; e por último A fase pós analítica que é onde ocorre a liberação do laudo, arquivamento e entrega dos resultados. (Coan, 2015) A coleta de sangue para análise laboratorial como a punção capilar que possibilita o diagnóstico de diversas doenças como por exemplo, os testes rápidos para DSTs e também no controle de doenças crônicas como o diabetes , a venopunçao com seringa e agulha ou sistema a vácuo em que são indispensável o conhecimento prévio de tipos de tubos e exames para coleta de amostra adequadas ao exames solicitados, e ate mesmo a coleta de urina seja por frasco ou saco coletor e a coleta de Papanicolau que possibilita o diagnóstico precoce do câncer do colo do útero, todos esses procedimentos dentre as diversas práticas nos laboratórios são exemplos de o quão importante são as práticas de assepsia e antissepsia que garantem que os processos operacionais empregados sistematicamente resultem em um diagnóstico correto que permite o tratamento do adequado do paciente . (Infotec, 2016) O uso dos equipamentos do laboratório como a centrifuga na separação das amostra deverá seguir parâmetros pré estabelecidos como a calibração por exemplo para uma perfeita sedimentação dos componentes do sangue e da urina ( os abordados nessas aulas práticas) possibilitando uma visualização macroscópica e microscópica de qualidade , como no processamento da urina onde é possível identificar todos os componentes que resultaram positivo no teste da fita reativa. Aula 1: Lavagem de mãos. Roteiro 1 RESULTADOS E DISCUSSÃO: No decorrer da aula foi possível conhecer a importância do processo de lavagem e higienização das mãos para todos os processos analíticos e de coleta que envolvem o laboratório de análises clínicas e de pesquisa. (UNIP, 2022). As consequências de uma transmissão cruzada, o potencial risco da contaminação e alterações dos resultados da análise de amostras seja na fase pré-analítica ou analítica que possibilitam o manuseio direto do material coletado pela coleta, armazenamento, transporte e análise do conteúdo analisado. Foi realizado o procedimento sugerido pelo roteiro de estudos de fazer os movimentos de lavagem das mãos com tinta guache e constatou-se que algumas regiões ficaram sem tinta, ou seja, a lavagem comum não foi suficiente para a devida higienização. Em seguida foi realizada a técnica de lavagens das mãos de acordo com roteiro. Figura 2: Simulação com tinta guache Fonte: Autor, 2022. Figura 1: Simulação Fonte: Autor, 2022. Aula 1: Punção digital. Roteiro 2 RESULTADOS E DISCUSSÃO: Fonte: UNIP, 2022 Figura 4: Lavagem das mãos Fonte: Autor, 2022. Figura 3: Lavagem das mãos Fonte: Autor, 2022. Figura 5: Técnica de Lavagem das mãos Foi posto em pratica o passo a passo da teoria da pratica de punção capilar através da perfuração com lanceta na face palmar interna da falange distal do dedo médio, foi abordando a necessidade da higienização, uso de luvas e descarte adequado dos materiais perfurocortantes e biológicos utilizados, bem como as implicações para esse procedimento como por exemplo o teste de glicemia capilar que se realizado seguindo todas as recomendações em essencial a da face pré-analítica no preparo para exame ( no caso jejum ou não) quantifica a glicose presente no sangue possibilitando ou descartando o diagnóstico médico de diabetes. Durante a aula realizamos o teste de HGT entre os alunos. Fonte: Autor, 2022. Fonte: Autor, 2022. Fonte: Autor, 2022. Figura 6: Punção digital Figura 7: Punção digital Figura 8: Leitura HCG Aula 1: Separação/ fracionamento de amostras. Roteiro 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nessa aula foi possível conhecer a centrifuga e aprender na prática sua calibragem adequada no processamento da amostra a ser analisada, sua função de separação e fracionamento utilizando o sangue como amostra, e diferenciar as técnicas de obtenção do sangue total do plasma e soro. A amostra de sangue total é obtida pelo tubo com EDTA (tampa roxa) para que não ocorra a coagulação. Já o plasma é obtido através da centrifugação da amostra de sangue combinado com anticoagulante seja ele heparina, citrato de sódio ou EDTA dentre outros. O soro é obtido da amostra de sangue em tubo sem coagulante (tubo seco) e diferencia-se do plasma, além da forma de coleta pela ausência de fibrinogênio. Figura 9: Calibração da centrifuga Fonte: Autor, 2022. Fonte: Autor, 2022. Figura 10: Acomodação das amostras na centrifuga Aula 1: Venopunção com seringa e agulha descartável. Roteiro 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nessa aula foi possível conhecer de forma pratica a técnica de venopunçao através de seringa e agulha descartáveis. Importante salientar o local adequado para punção de coleta de sangue, ou seja, de preferência o braço em que não esteja sob infusão de soro ou medicação, adequar o calibre da agulha com o da veia a ser puncionada, respeitar a antissepsia e tempo de garrote além de saber diferenciar os tubos a vácuo para a amostra e cada tipo de análise. O tubo deve ser aberto para que a amostra seja colocada para que a pressão não altere o material coletado, importante também respeitar a quantidade indicada de amostra por frasco a fim de ter um material adequado para uma análise qualitativa. Não esquecendo do uso de EPIs na hora da coleta e o cuidado no manuseio de perfuro cortantes. Figura 9: Pós centrifugação amostra apresentou hemólise por tempo de armazenamento. Figura 10: Pipetagem do plasma. Fonte: Autor, 2022. Fonte: Autor, 2022.Aula 2: Venopunção com sistema a vácuo Roteiro 1 RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nessa aula foi possível aprofundar os conhecimentos ora obtidos da venopunção agora com uso do sistema a vácuo (suporte, tubo e agulha descartável). A necessidade de coleta de amostras em recipientes específicos a cada tipo de análise é essencial e a sequência em que as amostras são colhidas interferem diretamente no resultado da análise. A sequência deve ser respeitada para que o material contido em um frasco como o EDTA por exemplo não contamine um frasco seco alterando o resultado. O volume de sangue aspirado varia de acordo com a altitude, a temperatura ambiente, a pressão barométrica, a validade do tubo, a punção venosa e a técnica de enchimento do tubo. Tubos com um volume de aspiração menor do que as dimensões indicadas (tubos de aspiração Figura 11: Prática venopunçao Fonte: Autor, 2022. parcial) podem encher-se mais lentamente do que os tubos de igual tamanho com um volume maior de aspiração. (UNIP, 2022) Figura 12: Indicação dos tubos de coleta. Fonte: Lavieri, 2021. Figura 13: Ordem da coleta. Fonte: Lavieri, 2021. Aula 2: Coleta e processamento de urina. Roteiro 2 RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nessa aula foi possível compreender e diferenciar os conceitos de assepsia e antissepsia. Assepsia tem o objetivo de prevenir a infecção reduzindo a quantidade de microrganismos presentes em um local ou instrumento, ou seja, um objeto. Já a antissepsia e um processo que reduz ou inibi o crescimento de microrganismos na pele ou mucosas, sendo assim indispensável no processo de coleta de urina a fim de preservar a integridade da amostra coletada. No decorrer da aula foi realizada a coleta de urina e realiza analise através da fita reativa. Fonte: UNIP, 2022. Figura 14: Técnica de venopunçao Figura 15: Leitura fita reativa Após a leitura da análise da fita reativa os tubos foram para centrifugação a 1500 rpm por 5 minutos, então foi desprezado o sobrenadante e ressuspendido o sedimento. Foram transferidos 20 microlitros do sedimento para a lâmina de vidro e coberto com lamínula. Foram realizadas a microscopia das amostras diferenciados de acordo com os elementos encontrados na análise da fita e presentes na lâmina. Figura 16: Coleta urina Fonte: UNIP, 2022. Fonte: UNIP, 2022. Fonte: Unip, 2022. Fonte: Unip, 2022. Figura 17: Sedimentação da amostra de urina Figura 18: Análise microscópica Fonte: Autor, 2022. Fonte: Autor, 2022. Fonte: Autor, 2022. Fonte: Autor, 2022. Aula 2: Coleta de urina com saco coletor- demonstração em modelo anatômico. Roteiro 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nessa aula foi possível assimilar a importância da antissepsia do local para o preparo da fixação do saco coletor, a importância do uso de uso de EPIS por se trabalhar com fluidos corporais além de sempre identificar a amostra com os dados do cliente. O tempo para troca do saco coletor quando necessário por ausência de urina geralmente em pacientes pediátricos e de 30 minutos. A sequência é: Antissepsia – preparo do saco- isolamento da uretra com o saco coletor- coleta da urina- envio para análise O armazenamento da urina em refrigeração devera ser feito no prazo máximo de 1 hora. Figura 19: Saco coletor em modelo feminino Figura 20: Modelo masculino Fonte: Autor, 2022. Fonte: Autor, 2022. Aula 2: Coleta de Papanicolau, demonstração em modelo anatômico. Roteiro 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO: No decorre dessa aula foi compreendido a importância nos cuidados na coleta do material cervico-vaginal para análise laboratorial, já que se a coleta não for realizada de forma adequada o resultado pode apresentar erro. Foi possível identificar alguns tipos de espéculos e seu uso, e a importância desse exame para a detecção precoce na identificação do câncer de colo de útero. O procedimento foi demonstrado com auxílio de modelo anatômico de cintura feminina onde foi possível localizar e reconhecer as regiões ectocévice (com espátula de Ayre) e endocérvice (com escova cervical) do colo do útero em que são colhidas as amostras Figura 21: Papanicolau Fonte: Autor, 2022. Figura 23: Coleta ectocervice Figura 22: Coleta endocervice Fonte: Autor, 2022. Fonte: Autor, 2022. REFERÊNCIAS: Coan, E. W. (setembro de 2015). Processos Operacionais. Fonte: Secretaria de estado da Saúde: https://lacen.saude.pr.gov.br/sites/lacen/arquivos_restritos/files/documento/2020- 08/col_env.pdf Infotec. (23 de novembro de 2016). Procedimentos Para Coleta de sangue Capilar. Fonte: Labtest : https://labtest.com.br/wp- content/uploads/2016/09/Infotec_Coleta_de_Sangue_Capilar.pdf Lavieri, G. (14 de março de 2021). TUBOS DE COLETA. Fonte: FARMA CEUTICANDO: https://farmaceuticando.com/tubos-de-coleta/ Saúde, M. d. (20 de março de 2020). CCMS. Fonte: Centro cultural do Ministerio da Saúde: http://www.ccms.saude.gov.br/noticias/historia-da-higienizacao-de-maos UNIP. (2022). Roteiro- Coleta de Materiais Biologicos. Bauru.
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