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COMPORTAMENTO SEXUAL, IDADE À PUBERDADE E PARÂMETROS REPRODUTIVOS DE MACHOS OVINOS DA RAÇA SANTA INÊS

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE 
DARCY RIBEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALINE PACHECO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPORTAMENTO SEXUAL, IDADE À PUBERDADE E PARÂMETROS 
REPRODUTIVOS DE MACHOS OVINOS DA RAÇA SANTA INÊS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ 
AGOSTO-2008 
ALINE PACHECO 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPORTAMENTO SEXUAL, IDADE À PUBERDADE E PARÂMETROS 
REPRODUTIVOS DE MACHOS OVINOS DA RAÇA SANTA INÊS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientadora: Profa. CELIA RAQUEL QUIRINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ 
AGOSTO-2008 
“Tese apresentada ao Centro de Ciências e 
Tecnologias Agropecuárias- CCTA, da Universidade 
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, como 
parte das exigências para obtenção do título de 
Doutora em Ciência Animal. Área: Melhoramento 
Genético Animal/ Biotecnologia da Reprodução.” 
ALINE PACHECO 
 
 
 
 
COMPORTAMENTO SEXUAL, IDADE À PUBERDADE E PARÂMETROS 
REPRODUTIVOS DE MACHOS OVINOS DA RAÇA SANTA INÊS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovada em 18 de Agosto de 2008 
 
Comissão Examinadora: 
 
 
___________________________________________________________________ 
Profo José Domingos Guimarães (Doutor em Ciência Animal)- UFV 
 
 
___________________________________________________________________ 
PqC. Ricardo Lopes Dias da Costa (Doutor em Produção Animal) - APTA 
Regional 
 
 
__________________________________________________________________ 
Profa Isabel Candia Nunes da Cunha (Doutora, Medicina Veterinária)- UENF 
 
 
___________________________________________________________________ 
Profo. José Frederico Straggiotti Silva (Ph.D, Medicina Veterinária)- UENF 
 
 
__________________________________________________________________ 
Profa Celia Raquel Quirino (Doutora em Ciência Animal)-UENF 
(Orientadora)
“Tese apresentada ao Centro de Ciências e 
Tecnologias Agropecuárias- CCTA, da Universidade 
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, como 
parte das exigências para obtenção do título de 
Doutora em Ciência Animal. Área: Melhoramento 
Genético Animal/ Biotecnologia da Reprodução.” 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus que tudo pode. 
Aos meus pais queridos. 
Ao meu amado marido. 
A Maria das Graças (Gracinha), Jorge e Joyce, minha segunda família. 
A orientadora Celia Raquel Quirino. 
A querida amiga Aparecida Madella. 
Aos alunos Maxwell Pacelli de Sousa Marcial, Thiago Gomes de Jesus, Anderson 
Carlos Neves, Celcino Junior Martins Barros, Gustavo Huguinin Guiduce, Renan 
Dalvi Nerly, Fábio Sabadini, e aos funcionários Nadi e Jerônimo da Escola 
Agrotécnica Federal de Alegre. 
A Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. 
A Escola Agrotécnica Federal de Alegre. 
 
 
A todos um muito Obrigado por tudo!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diz o Senhor: 
Não fiquem com medo, pois estou com 
vocês; não se apavorem, pois eu sou o 
seu Deus. Eu lhes dou forças e os ajudo; 
eu os protejo com a minha forte mão. 
Isaías 40: 10 
BIOGRAFIA 
 
 
Aline Pacheco, filha de Evair Pires Pacheco e Maria Aparecida Pacheco, 
nasceu em 06 de dezembro de 1979, na cidade de Nova Iguaçu, RJ. 
Iniciou o curso de Medicina Veterinária em março de 1998, na Universidade 
Federal Fluminense - UFF, tendo colado grau em março de 2003. 
Em setembro de 2003, iniciou o curso de Pós – Graduação em nível de 
Mestrado em Produção Animal, Melhoramento Genético Animal/Biotecnologia da 
Reprodução Animal, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – 
UENF, em Campos dos Goytacazes – RJ, submetendo-se à defesa de tese e 
conclusão do curso em setembro de 2005. 
Em março de 2006 iniciou o curso de Pós – Graduação em nível de 
Doutorado em Ciência Animal, Melhoramento Genético Animal/Biotecnologia da 
Reprodução Animal, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – 
UENF, em Campos dos Goytacazes – RJ, submetendo-se à defesa de tese e 
conclusão do curso em agosto de 2008. 
RESUMO 
 
 
 
PACHECO, Aline; Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. 
Agosto, 2008. Comportamento sexual, idade à puberdade e parâmetros 
reprodutivos de machos ovinos da raça Santa Inês. 2008. 133p. Tese (Doutorado 
em Ciência Animal) – Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Estadual do 
Norte Fluminense, Campos dos Goytacazes, 2008. 
 
 
Objetivou-se com este trabalho estimar a idade em que machos da raça Santa Inês 
atingem a puberdade e avaliar as características reprodutivas e produtivas destes 
animais. O estudo foi realizado na Escola Agrotécnica Federal de Alegre – EAFA, 
localizada na região Sul do Estado do Espírito Santo – Brasil. Os animais avaliados 
foram machos, nascidos entre janeiro e setembro de 2007. Foi realizada uma série de 
estudos, enfocando a (1) avaliação do comportamento sexual de carneiros jovens, com 
e sem contato sexual prévio com fêmeas em estro; (2) características seminais na pré-
puberdade, puberdade e na pós-puberdade; (3) biometria e forma testicular e (4) 
características relacionadas ao crescimento corporal e testicular. Observou-se que a 
exposição prévia de machos jovens à presença de fêmeas em estro estimulou os 
comportamentos de monta e ejaculação, e que o tempo de teste de cinco minutos pode 
ser suficiente para determinar e quantificar a libido de um carneiro. A idade média à 
puberdade foi de 210,8 ± 50,8 dias, com peso corporal de 36,3 ± 9,2 kg e perímetro 
escrotal de 25,2 ± 3,0 cm. O volume testicular foi melhor estimado pela fórmula do 
cilindro. O formato testicular sofreu alteração com a idade, passando de longo-oval a 
longo, em animais com 12 meses de idade. O crescimento corporal foi melhor 
representado pela função não-linear Logística e o crescimento testicular pela função de 
Gompertz. Com a realização destes estudos pode-se concluir que para a seleção de 
reprodutores ovinos é necessário a avaliação tanto das características reprodutivas, 
incluindo os testes de libido e biometria testicular, quanto das características de 
produção. Esperam-se, com estes resultados, auxiliar na compreensão do 
comportamento sexual, características seminais, medidas testiculares e corporais de 
carneiros jovens da raça Santa Inês, com objetivo de melhorar o manejo e o processo 
de seleção. 
 
Palavras chave: Ovino; Libido; sêmen, puberdade, perímetro escrotal.
ABSTRACT 
 
 
PACHECO, Aline; Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. 
August, 2008. Sexual behavior, age of puberty and reproductive parameters of 
male ovines of Santa Inês breed. 2008. 133p. Tese (Doutorado em Ciência 
Animal) – Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Estadual do Norte 
Fluminense, Campos dos Goytacazes, 2008. 
 
 
The aim of this work was to determine in which age the males of Santa Inês breed 
reach the puberty and to value the reproductive and productive characteristics of 
these animals. The study was carried out in the Escola Agrotécnica Federal de 
Alegre – EAFA located in the South region of the State of Espírito Santo – Brazil. The 
rams evaluated was born between January and September 2007. A series of studies 
were carried out, (1) evaluation of the sexual behavior of young rams, with and 
without experience with females; (2) seminal characteristics in the daily pay-puberty, 
puberty and in the powders-puberty; (3) testicular biometric and forms (4) and the 
body and testicular growth. The results noticed that the prior exhibition of young 
males to the females' presence stimulated the behaviors of mounts and ejaculating, 
and the time of test of five minutes can be sufficient to determine and to quantify the 
libido. The middle age to puberty was 210,8 ± 50,8 days, with body weight 36,3 ± 9,2 
kg and scrotal circumference of 25,2 ± 3,0 cm. The testicular volume was better 
appreciated by the formula of the cylinder. The testicular format suffered alteration 
with the age, passingfrom long-oval to long in animals with 12 months of age. The 
body growth was better represented by the non-linear function Logistics and the 
testicular growth by the function of Gompertz. With these studies it is possible to 
conclude that for the selection reproducers is necessary the evaluation reproductive 
characteristics, including the tests of libido and testicular measures, and all the 
characteristics of production. Is expected with these results the understanding of the 
sexual behavior, seminal characteristics and body and testicular measures of the 
young Santa Inês rams, improving the handling and the process of selection. 
 
Key-Words: Ovine, libido, semen, puberty, scrotal circumference 
LISTA DE FIGURAS 
 
TRABALHO 1: Avaliação do comportamento sexual de carneiros jovens 
da raça Santa Inês, com e sem contato sexual prévio com 
fêmeas em estro 
 
 
Figura 1: Freqüência máxima dos eventos comportamentais em carneiros da 
raça Santa Inês que não tiveram contato sexual prévio com fêmeas 
(EXP1) e quando tiveram contato sexual prévio com fêmeas 
(EXP2), durante teste de libido de 10 minutos.................................... 
 
 
 
63 
TRABALHO 2: Características seminais de carneiros da raça Santa Inês 
na pré-puberdade, puberdade e na pós-puberdade 
 
Figura 1: Evolução da motilidade progressiva (MOT) de acordo com a idade 
dos carneiros da raça Santa Inês criados em condições intensivas.... 
 
85 
Figura 2: Evolução do vigor espermático (VIG), turbilhonamento (TURB) e do 
volume do ejaculado (VOL) de acordo com a idade dos carneiros da 
raça Santa Inês criados em condições intensivas.............................. 
 
85 
Figura 3: Evolução da concentração espermática (CONC) de acordo com a 
idade dos carneiros da raça Santa Inês criados em condições 
intensivas............................................................................................ 
 
85 
Figura 4: Evolução dos defeitos maiores (DMa) e menores (DMe) de acordo 
com a idade dos carneiros da raça Santa Inês, criados em 
condições intensivas........................................................................... 
 
88 
Figura 5: Porcentagem de defeitos maiores no sêmen de carneiros da raça 
Santa Inês na pré-puberdade (Pré-Pub), puberdade (Pub) e na pós- 
puberdade (Pós-Pub), criados em condições intensivas.................... 
 
88 
Figura 6: Porcentagem de defeitos menores no sêmen de carneiros da raça 
Santa Inês na pré- puberdade (Pré-Pub), puberdade (Pub) e na 
pós- puberdade (Pós-Pub), criados em condições intensivas............ 
 
 89 
Figura 7: Peso corporal (PC) e perímetro escrotal (PE) de ovinos da raça 
Santa Inês de acordo com a idade, criados em condições 
intensivas............................................................................................ 
 
90 
 
TRABALHO 4: Crescimento corporal e testicular de carneiros da raça 
Santa Inês 
 
Figura 1: Curvas de crescimento observadas (Obs) e ajustadas de acordo 
com cada modelo, em carneiros da raça Santa Inês criados em 
sistema intensivo................................................................................ 
 
123 
Figura 2: Curvas de crescimento testicular observadas (Obs) e ajustadas de 
acordo com cada modelo, em carneiros da raça Santa Inês criados 
em sistema intensivo.......................................................................... 
 
125 
Figura 3: Evolução da altura de cernelha (ACER), altura de garupa (AG), 
comprimento do corpo (CC) e circunferência torácica (CT) com a 
idade dos carneiros da raça Santa Inês criados em sistema 
intensivo. ............................................................................................ 
 
127 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Trabalho 1: Avaliação do comportamento sexual de carneiros jovens da 
raça Santa Inês, com e sem contato sexual prévio com fêmeas 
em estro 
 
 
Tabela 1: Número e freqüência dos eventos, no grupo de carneiros da raça 
Santa Inês, sem contato sexual prévio com fêmeas (EXP 1) e no 
grupo que teve contato sexual prévio com fêmeas em estro (EXP2), 
durante teste de libido de 10 minutos.................................................... 
 
 
64 
Tabela 2: Médias e respectivos desvios padrão do número de eventos pelo nível 
de experiência sexual em machos da raça Santa Inês sem contato 
sexual prévio com fêmeas em estro (EXP1) e com contato sexual 
prévio com fêmeas em estro (EXP2), durante teste de libido de 10 
minutos................................................................................................... 
 
 
65 
Tabela 3: Médias e respectivos desvios padrão do número de eventos sexuais 
de acordo com o peso corporal dos carneiros da raça Santa Inês........ 
66 
Tabela 4: Médias e respectivos desvios padrão do número de eventos sexuais, 
em carneiros da raça Santa Inês, de acordo com o tempo de teste de 
libido, 5 ou 10 minutos........................................................................... 
 
67 
Tabela 5: Coeficiente de correlação de Pearson (r) entre os eventos do 
comportamento sexual e destes com o peso corporal, perímetro 
escrotal e idade em carneiros da raça Santa Inês, em testes de libido 
realizados dos 7 aos 11 meses de idade. ............................................. 
 
 
 
69 
Trabalho 2: Características seminais de carneiros da raça Santa Inês na 
pré-puberdade, puberdade e na pós-puberdade 
 
 
Tabela 1: Médias e respectivos desvios padrão e valor mínino - máximo das 
características seminais, peso corporal, perímetro escrotal e idade 
em carneiros da raça Santa Inês, na pré-puberdade (Pré-Pub), na 
puberdade (Pub) e na pós-puberdade (Pós-Pub) . ............................... 
 
 
 
83 
Tabela 2: Médias e respectivos desvios padrão das características físicas do 
sêmen de acordo com a idade em carneiros da raça Santa Inês, 
criados em condições intensivas........................................................... 
 
84 
Tabela 3: Médias e respectivos desvios padrão das características morfológicas 
do sêmen, do peso corporal e do perímetro escrotal de acordo com a 
idade dos carneiros da raça Santa Inês, criados em condições 
intensivas. ............................................................................................. 
 
 
87 
Tabela 4: Coeficiente de correlação de Pearson (r) entre as características 
seminais, e destes com peso corporal, perímetro escrotal e idade em 
carneiros da raça Santa Inês, criados em condições intensivas........... 
 
 
91 
Trabalho 3: Biometria e forma testicular em carneiros da raça Santa Inês 
 
 
Tabela 1: Médias e respectivos desvios padrão das medidas testiculares e do 
peso corporal de acordo com a idade dos carneiros da raça Santa 
Inês criados em sistema intensivo......................................................... 
 
 104 
Tabela 2: Médias e respectivos desvios padrão do volume testicular calculado 
pela fórmula do cilindro, pela fórmula elipsóide e pela fórmula 
utilizada por Toelle e Robson (1985), de acrodo com a idade dos 
carneiros da raça Santa Inês criados em sistema intensivo.................. 
 
 
106 
Tabela 3: Freqüência dos formatos testiculares apresentados pelos carneiros da 
raça Santa Inês em diferentes idades criados em sistema intensivo.... 
107 
Tabela 4: Médias e respectivos desvios padrão das medidas testiculares de 
acordo com o formato testicular dos carneiros da raça Santa Inês 
criados em sistema intensivo................................................................. 
 
108 
Tabela 5: Coeficiente de correlação de Pearson (r) entre as medidas 
testiculares e destes com o peso corporal e com a idade em 
carneiros da raça Santa Inês criados em sistema intensivo.................. 
 
 
110 
TRABALHO 4: Crescimento corporal e testicular de carneiros da raça 
Santa Inês 
 
 
Tabela 1: Estimativas dos parâmetros (A, B e K), quadrado médio do resíduo 
(SQR), coeficientede determinação (R2) e número de interações (No 
Inter) para peso corporal, de acordo com o modelo estudado, em 
 
 
carneiros da raça Santa Inês criados em sistema intensivo.................. 
122 
Tabela 2: Pesos observados e estimados pelas funções não-lineares em 
carneiros da raça Santa Inês criados em sistema intensivo.................. 
122 
Tabela 3: Estimativas dos parâmetros (A, B e K), quadrado médio do resíduo 
(SQR), coeficiente de determinação (R2) e número de interações (No 
Inter), para perímetro escrotal, de acordo com o modelo estudado, 
em carneiros da raça Santa Inês criados em sistema intensivo............ 
 
 
124 
Tabela 4: Perímetros escrotais observados e estimados pelas funções não-
lineares, em carneiros da raça Santa Inês criados em sistema 
intensivo. ............................................................................................... 
 
124 
Tabela 5: Médias e respectivos desvios padrão das medidas morfométricas de 
acordo com a idade, em ovinos da raça Santa Inês criados em 
sistema intensivo.................................................................................... 
 
126 
Tabela 6: Correlação simples entre peso corporal e medidas morfométricas e 
entre perimetro escrotal e medidas morfométricas dos carneiros da 
raça Santa Inês criados em sistema intensivo..................................... 
 
127 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO................................................................................................. 16 
2. REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 19 
2.1. Peso, Escore de Condição Corporal e Medidas Morfométricas ................... 
19 
2.2. Curva de Crescimento................................................................................... 
22 
2.3. Perímetro Escrotal......................................................................................... 
24 
2.4. Puberdade..................................................................................................... 
30 
2.5. Características Físicas e Morfológicas do Sêmen Ovino.............................. 
33 
2.6. Comportamento Sexual................................................................................. 
34 
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 
38 
4. TRABALHOS................................................................................................... 
52 
AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO SEXUAL DE CARNEIROS JOVENS 
DA RAÇA SANTA INÊS, COM E SEM CONTATO SEXUAL PRÉVIO COM 
FÊMEAS EM ESTRO 
RESUMO.............................................................................................................. 
53 
ABSTRACT........................................................................................................... 
54 
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 
55 
2. MATERIAL E MÉTODOS................................................................................. 
57 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................ 
60 
4. CONCLUSÕES ................................................................................................ 
70 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 
70 
CARACTERÍSTICAS SEMINAIS DE CARNEIROS DA RAÇA SANTA INÊS 
NA PRÉ-PUBERDADE, PUBERDADE E NA PÓS-PUBERDADE 
 
RESUMO.............................................................................................................. 
74 
ABSTRACT........................................................................................................... 
75 
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 
76 
 
2. MATERIAL E MÉTODOS................................................................................. 
77 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................ 
80 
4. CONCLUSÕES................................................................................................. 
92 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 
92 
BIOMETRIA E FORMATO TESTICULAR EM CARNEIROS DA RAÇA 
SANTA INÊS 
RESUMO.............................................................................................................. 
97 
ABSTRACT........................................................................................................... 
98 
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 
99 
2. MATERIAL E MÉTODOS................................................................................. 
100 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................ 
102 
4. CONCLUSÕES................................................................................................. 
111 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 
111 
CRESCIMENTO CORPORAL E TESTICULAR DE CARNEIROS DA RAÇA 
SANTA INÊS 
RESUMO.............................................................................................................. 
115 
ABSTRACT........................................................................................................... 
116 
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 
117 
2. MATERIAL E MÉTODOS................................................................................. 
118 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................ 
120 
4. CONCLUSÕES................................................................................................. 
128 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 
128 
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 
132 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURA 
 
 
ACER= Altura de cernelha 
AG= Altura de garupa 
AP= Arremetida Pélvica 
ASP= Aspecto do ejaculado 
Cab= Cabeçada 
CC= Comprimento do corpo 
Ch= Cheirada 
CT= Circunferência Torácica 
CTD= Comprimento do testículo direito 
CTE= Comprimento do testículo esquerdo 
CTEST= Consistência testicular 
CONC= Concentração espermática 
COMP= Comprimento do corpo 
Des= Desinteresse 
DMa= Defeitos maiores 
DMe= Defeitos menores 
DT= Defeitos totais 
ECC= Escore de condição corporal 
EP= Exposição do pênis 
Fig= Figura 
ID= Idade 
Lam= Lambida 
LTD= Largura do testículo direito 
LTE= Largura do testículo esquerdo 
Mo= Monta 
MOT= Motilidade espermática 
PE= Perímetro escrotal 
Per= Perseguição 
PT= Perímetro torácico 
RF= Reflexo de Flehmen 
Sptzs= espermatozóides 
TM= Tentativa de Monta 
TURB= Turbilhonamento espermático 
Tab= Tabela 
Vo= Vocalização 
VOL= Volume seminal 
VIG= Vigor espermático
16 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
O rebanho ovino brasileiro vem crescendo nos últimos anos, sendo as regiões 
Nordeste e Sul as que concentram maior número de animais (ANUALPEC, 2007). 
Apesar do crescimento a produção de carne ovina tem se mostrado 
insuficiente frente à franca expansão do mercado interno, contudo não há 
informações precisas que quantifiquem a oferta e a demanda de carne no Brasil. 
Segundo projeção realizada por Diesel (2007), seria necessário um incremento de 
28% na quantidade de oferta de machos jovens para atender a demanda do 
mercado interno por carne ovina. 
A maioria dos trabalhos científicos que visam caracterizar a produção e a 
reprodução da população ovina é realizada no Nordeste do país, poucos são os 
trabalhos referentes à população de ovinos criados no Sudeste, principalmente no 
Estado do Espírito Santo e no Rio de Janeiro. 
A principal raçaproduzida na região Sudeste do Brasil é a Santa Inês, que 
apresenta alta diversidade genética, rusticidade, prolificidade e menor 
estacionalidade reprodutiva, podendo ser considerada de grande potencial em uso 
de programas de melhoramento genético e de cruzamentos com raças 
especializadas na produção de carne (NETO, 2002). 
O peso corporal é a principal característica a ser analisada em sistemas de 
produção de carne seguido do ganho médio diário. Estas características podem 
sofrer influência de uma série de fatores, como o ano de nascimento, a estação de 
17 
 
 
parição, o tipo de gestação, o sexo da cria, a idade da fêmea ao parto e o tipo de 
manejo alimentar (JACKSON e BERNARD, 2001 e MANCIO et al., 2005). 
Através de modelos não-lineares que relacionam pesos e idades dos animais 
é possível estudar a curva de crescimento, que resume em alguns parâmetros, com 
interpretação biológica, características de crescimento de uma população, e 
identifica em uma população os animais mais pesados em idades mais jovens, 
sendo uma ferramenta essencial para a formação de programas de melhoramento 
genético (PAZ et al., 2004). 
A aplicação de modelos não lineares para o ajuste de curvas de crescimento 
em ovinos da raça Santa Inês está sendo bastante estudada no Brasil (McMANUS et 
al., 2003; FREITAS, 2005; SARMENTO et al., 2006). 
Em sistemas de produção, a eficiência reprodutiva é o principal fator limitante 
da lucratividade (MATOS et al., 1992). O conhecimento das respostas reprodutivas a 
fatores externos e internos constitui um passo importante em direção a melhoria do 
controle e a produtividade da espécie ovina (REKWOT et al., 2001). 
O desempenho reprodutivo dos machos pode ser avaliado diretamente pelas 
características físicas e morfológicas do sêmen e pelo seu comportamento sexual 
frente à presença de fêmeas (GORDON, 1999 e SASA et al., 2002). O perímetro 
escrotal é uma característica objetiva que auxilia, indiretamente na identificação de 
machos mais férteis e precoces, contudo sua utilização como critério único para 
seleção de reprodutores não deve ser empregada (PACHECO, 2005). 
As características reprodutivas apresentam herdabilidades de baixa a média 
magnitude (ROSATI et al., 2002), sendo fortemente influenciadas por diversos 
fatores como estação do ano, idade, nutrição e sistema de manejo (GARNER e 
HAFEZ, 2004 e ALVES et al., 2006). 
A identificação e seleção de machos jovens para serem utilizados como 
futuros reprodutores permitem diminuir o intervalo entre gerações e realizar maior 
intensidade de seleção. 
Para se realizar a seleção precoce dos machos é fundamental o conhecimento 
da idade em que estes animais atingem a puberdade e os possíveis fatores que 
possam retardar seu aparecimento (SOUZA et al., 2003). Assim, o objetivo geral 
desse estudo foi avaliar o comportamento sexual de carneiros jovens, estimar a 
idade em que estes machos alcançam a puberdade, avaliar a biometria e o formato 
18 
 
 
testicular e a curva de crescimento corporal e testicular, em ovinos da raça Santa 
Inês. 
Dessa forma, essa tese foi dividida em quatro trabalhos: 
1- Avaliação do comportamento sexual de ovinos jovens, com e sem 
experiência prévia com fêmeas; 
2- Características seminais na pré-puberdade, puberdade e na pós-
puberdade; 
3- Biometria e formato testicular; 
4- Crescimento corporal e testicular de reprodutores. 
 
 
 
19 
 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
2.1. Peso Corporal, Escore de Condição Corporal e Medidas 
Morfométricas 
 
 
A produção de ovinos para corte tem crescido em todas as regiões brasileiras 
e neste tipo de criação deve-se dar atenção especial ao desenvolvimento dos 
cordeiros, pois quanto mais cedo alcançarem a idade de abate e com menor custo 
melhor será para o sistema de produção. 
Com base na crescente demanda por carne ovina de baixo custo, pesquisas 
têm sido realizadas a fim de se avaliar qual a melhor maneira de produzi-la, se a 
pasto ou em confinamento. 
Em regiões onde a área para produção de carne é reduzida e cara o 
confinamento de cordeiros pode ser vantajoso, apresentando uma série de 
benefícios, como menor mortalidade dos animais devido à menor incidência de 
verminoses (SIQUEIRA et al., 1993) e maior controle da parte nutricional. Além 
disso, o confinamento de cordeiros agiliza o retorno do capital aplicado, permite a 
produção de carne de qualidade durante todo o ano, permite padronização de 
carcaças, reduz a idade de abate dos cordeiros e disponibiliza a forragem das 
pastagens para as demais categorias do rebanho. No entanto, a maior desvantagem 
se encontra nos altos custos de produção, principalmente, relacionados à 
alimentação (GASTALDI e SOBRINHO, 1998). 
20 
 
 
De acordo com Carvalho et al. (2007), outro fator a ser ressaltado na 
terminação de cordeiros é o uso concomitante de forragens e concentrado. Para isso 
é importante avaliar o efeito do uso de diferentes relações volumoso: concentrado 
sobre o desempenho dos animais, bem como realizar uma avaliação econômica. 
Cardoso et al. (2006), em cruzados Ile de France x Texel e Carvalho et al. 
(2007), em cordeiros Texel, observaram que o aumento no teor de fibra e de 
volumoso promove redução linear no ganho de peso diário e aumenta em 37,3 dias 
o tempo necessário para que os cordeiros atinjam o peso de abate de 30kg, além de 
diminuir o lucro em relação às carcaças. 
O peso corporal é o melhor indicador de produção, no entanto, na espécie 
ovina há uma variedade de raças muito grande, e associado a isto existe ainda 
variação em tamanho corporal, entre e até mesmo dentro de raças. Devido a esta 
diversidade pode haver enganos no momento de avaliação e comparação de peso 
corporal, por isso alguns estudos estão enfatizando o escore de condição corporal 
(ECC), que é uma avaliação subjetiva do estado corporal do animal e correlaciona a 
composição corporal do animal e sua reserva de gordura corporal (THOMPSON e 
MEYER, 2008). 
A simples informação do peso corporal pode não refletir a quantidade de 
reservas corporais dos animais sob a forma de gordura, ou seja, um animal grande e 
magro pode ter um peso corporal maior que um animal menor e gordo (MORAES et 
al., 2005). 
Mancio et al. (2005) relataram, em ovinos da raça Merino Australiano, que o 
ECC manteve as mesmas relações entre grupos de animais sob diferentes regimes 
alimentares, como observado para o peso corporal. Isto ocorre, provavelmente pelo 
fato de que mudanças em curto prazo não alteram o equilíbrio entre a energia 
disponível e a utilizada, fazendo com que o escore permaneça mais ou menos 
constante (JACKSON e BERNARD, 2001) 
O desenvolvimento corporal é o resultado das mudanças na conformação 
corporal e o estabelecimento das várias funções do animal. Entretanto, do ponto de 
vista biológico, o desenvolvimento não poderia ser expresso em termos 
quantitativos, desta forma trabalha-se com crescimento, que estaria relacionado ao 
aumento em massa e tamanho corporal (SALLES, 1995). 
Segundo Rosa (1999), atualmente os programas de seleção estão enfatizando 
o tamanho corporal, pois as características altura, comprimento do corpo e perímetro 
21 
 
 
torácico estão diretamente relacionadas ao peso do animal e permitem descrever 
melhor um indivíduo ou população. 
As mensurações morfométricas, realizadas para definir o tamanho corporal, 
permitem ainda determinar tendências ao longo dos anos em uma raça, embora não 
substituam as características de desempenho como peso e ganho de peso 
(MAGNOBOSCO et al., 1996). 
As medidas corporais estão menos sujeitas às influências ambientais, porém 
estão influenciadas pelos efeitos genéticos e pelos erros de mensuração (SILVA, 
1997). Por isso, os autores sugerem que juntamente com as características 
ponderais deve-se considerar também a precocidade reprodutiva. 
As mensurações corporais lineares de altura e comprimento são maisprecisas 
na determinação do tamanho à maturidade do que o peso, visto que, peso e gordura 
subcutânea podem sofrer flutuações periódicas, dependendo do nível nutricional e 
ainda do porte e estado fisiológico do animal (KUNKLE et al., 1994). 
A determinação do peso corporal é de extrema importância, não apenas para 
o manejo nutricional e reprodutivo, mas também para o acompanhamento do 
crescimento e para administração adequada de medicamentos. No entanto, grande 
parte das criações de ovinos do Nordeste Brasileiro conta com pouca ou nenhuma 
tecnologia e baixa infra-estrutura, sendo necessárias alternativas para se estimar o 
peso corporal (MEMÓRIA et al., 2005). 
Urbano et al. (2006) sugerem como solução a utilização da barimetria, técnica 
por meio da qual se consegue estimar o peso por meio da mensuração do corpo do 
animal. 
Com objetivo de verificar a relação entre as medidas morfométricas e delas 
com o peso corporal, e a possibilidade de se utilizar estas medidas para estimar o 
peso corporal, Memória et al. (2004) avaliaram diferentes grupos genéticos de 
ovinos criados no Ceará, verificando alta correlação do peso corporal com todas as 
medidas morfométricas, sendo de maiores magnitudes nos animais com 24 e 35 
meses de idade, enquanto que Memória et al. (2005) relataram maiores correlações 
nos animais com idade entre 36 a 48 meses (variando entre 0,88 a 0,98). Santana et 
al. (2001) relataram maior correlação entre peso corporal e medidas morfométricas 
em animais mais jovens. 
A medida corporal mais correlacionada com o peso corporal independente de 
idade, segundo Santana et al. (2001) e Memória et al. (2005), foi o perímetro 
22 
 
 
torácico, seguida pela medida de comprimento do corpo. Urbano et al. (2006) e 
Magalhães et al. (2006), em ovinos Morada Nova e Santa Inês, respectivamente, 
relataram, de um modo geral, como medida mais correlacionada com o peso 
corporal o perímetro torácico, seguido da medida de altura de garupa e altura de 
cernelha. Quando separaram por sexo (URBANO et al., 2006) a segunda medida 
mais correlacionada com o peso corporal foi a altura de cernelha nos machos e nas 
fêmeas foi a medida de perímetro do ventre. Apesar da diferença entre os sexos os 
autores indicam que devido à alta correlação entre as características seria possível e 
eficiente a estimativa do peso corporal por meio de equação de predição. 
A conformação do corpo do macho é um reflexo de seu desenvolvimento e 
crescimento, estimado pelo peso corporal e pelas medidas corporais. Somado a 
estes fatores tem-se o fator hormonal e qualquer desbalanço ou falta de testosterona 
reflete na conformação corporal e pode causar perda na expressão da 
masculinidade (FOURIE et al., 2005). 
Fourie et al. (2005) determinaram a correlação entre medidas corporais e 
níveis de testosterona plasmática, verificando que, em geral, as correlações foram 
baixas e negativas. 
Segundo Winkler (1993), as medidas morfométricas estão sujeitas ainda à 
variação genética aditiva, que aumenta de acordo com idade dos animais, ou seja, 
os efeitos dos fatores genéticos na variação fenotípica tornam-se mais importantes 
do que os efeitos dos fatores ambientais. 
 
 
2.2. Curva de Crescimento 
 
 
Em um sistema de produção de ovinos de corte, as características 
relacionadas ao crescimento são medidas repetidamente em intervalos predefinidos 
e apresentam relação direta com a quantidade e qualidade da carne, produto final da 
exploração. A forma mais rotineira e de baixo custo para se medir o crescimento é 
pelo aumento de peso em um determinado período de tempo, ou seja, a velocidade 
de crescimento pode ser determinada pelo ganho de peso diário. Medidas de altura 
também podem ser utilizadas para descrever o crescimento dos animais 
(LAWRENCE e FOWLER, 1997). 
23 
 
 
O ajuste de dados de peso-idade de cada animal ou de um grupo de animais 
permite obter informações descritivas da curva de crescimento e de prognósticos 
futuros para animais do mesmo grupo racial sob a mesma situação ambiental. 
Portanto, a função de crescimento que é utilizada para descrever o crescimento do 
animal tanto pra fins de exigência nutricional, como para seleção genética, é de 
extrema importância (FITZHUGH Jr., 1976). 
Quando se trabalha com animais destinados à produção de carne, faz-se 
necessária a determinação do peso ideal para abate. Essa determinação deve estar 
baseada nas exigências do mercado consumidor, já que, de um modo geral, o 
consumidor deseja uma carcaça com alta proporção de carne, adequada proporção 
de gordura e uma reduzida proporção de osso (SANTOS, 1999). 
Quando um animal é alimentado à vontade, com dieta de alta qualidade e 
equilibrada, seu crescimento é linear durante um longo período e depois tende a 
diminuir conforme este animal se aproxime de seu peso adulto. A taxa de 
crescimento e o ponto em que o crescimento começa a declinar dependem do 
aproveitamento dos nutrientes ingeridos pelo organismo (ALLEN, 1990). De acordo 
com Boin e Tedeschi (1997), o ganho por animal é determinado pelo valor nutritivo 
(concentração de nutrientes disponíveis) e pela ingestão de matéria seca, isto é, 
pela ingestão de nutrientes disponíveis. 
Geralmente estudam-se curvas de crescimento através de ajustes de funções 
não-lineares. 
Nos últimos anos, a importância da estimação de funções que descrevem o 
crescimento dos animais ganhou destaque (SCHAEFFER e DEKKERS, 1994). 
As funções não-lineares podem ser utilizadas para descrever o crescimento 
do animal ao longo do tempo, possibilitando avaliar os fatores genéticos e de 
ambiente que influenciam a forma da curva de crescimento, e desta maneira é 
possível sintetizar informações de todo o período da vida dos animais, ou seja, pode-
se trabalhar com um conjunto de informações em série de peso por idade, que serão 
quantificados em um conjunto de parâmetros interpretáveis biologicamente, 
facilitando assim, o entendimento do fenômeno de crescimento (FITZHUGH Jr., 
1976). 
O ajuste de curvas de crescimento é uma alternativa para os programas de 
seleção que visam o aumento na precocidade dos animais. 
24 
 
 
As funções não-lineares mais utilizadas para descrever o crescimento de 
ovinos de produção são as de Gompertz, Brody, Logística, Von Bertalanffy e 
Richards (McMANUS et al., 2003; GUEDES et al., 2004; FREITAS, 2005; 
SARMENTO et al., 2006). No entanto, questiona-se sobre qual desses modelos é o 
mais apropriado para descrever o crescimento corporal de ovinos deslanados. 
Os benefícios do uso desses modelos no melhoramento genético animal 
seriam a estimação dos parâmetros para as curvas e a identificação dos animais 
mais apropriados a determinados fins, como maior ganho de peso em uma fase 
específica da vida. 
As funções de crescimento em sua maioria apresentam dois parâmetros com 
interpretação biológica. O peso assintótico superior (A) estima o peso médio na 
maturidade (geralmente considerado como o peso adulto), ao passo que a taxa de 
maturidade pós-natal (K) é um indicador da velocidade com que o animal se 
aproxima do peso adulto (valores altos indicam maturidade precoce e valores baixos, 
maturidade retardada). A função de Richards possui ainda o parâmetro M, 
denominado parâmetro de inflexão e que dá forma à curva, refere-se ao ponto em 
que o animal passa de uma fase de crescimento acelerado para um crescimento 
com menor eficiência (McMANUS et al., 2003, GUEDES et al., 2004-2005, 
SARMENTO et al., 2006). 
O ponto de inflexão é definido como A/2 na função Logística, como A/e no 
modelo de Gompertz e como A/3 no modelo de VonBertalanffy (FITZHUGH Jr., 
1976). A função de Brody não apresenta ponto de inflexão. 
Além dos parâmetros analisáveis diretamente nas equações (a, k e m) e que 
possuem interpretação biológica, Perotto et al. (1997) sugerem que podem ser 
deduzidos os seguintes índices no auxílio ao melhoramento genético:taxa média de 
crescimento absoluto, taxa média de maturação absoluta, peso, grau de maturidade 
e idade no ponto de inflexão, máxima velocidade de ganho de peso e máxima taxa 
de maturação. 
Alguns requisitos devem ser seguidos para que uma função de crescimento 
seja descritiva de uma relação peso-idade (FITZHUGH Jr., 1976). Entre eles, 
destacam-se a interpretação biológica dos parâmetros (confiabilidade), um ajuste 
com pequenos desvios (precisão) e o grau de dificuldade do ajuste 
(operacionalidade). 
25 
 
 
Em geral, em bovinos, os autores têm usado com mais freqüência a função de 
crescimento de Brody, pois nela os resultados são mais fáceis de serem obtidos e 
interpretados, apesar de serem menos sensíveis a flutuações no peso (ELIAS, 
1998). 
Foi relatado por Braccini Neto et al., (1996) dificuldade de convergência com o 
modelo Richards, evidenciando que, apesar da maior flexibilidade, por não fixar o 
ponto de inflexão, esse modelo apresenta maiores dificuldades no processo 
interativo em seu ajustamento.De acordo com Sarmento et al., (2006), o modelo 
Richards não deve ser escolhido para representar curva média, visto que a diferença 
em qualidade de ajuste não supera a dificuldade em atingir convergência, 
possivelmente por esse modelo necessitar estimar um parâmetro a mais. 
Silva e Araújo (2000) e Fernandes et al. (2001) verificaram que os efeitos de 
sexo, tipo de gestação, ano de nascimento e idade da mãe ao parto são importantes 
fontes de variação no crescimento de ovinos deslanados. Espera-se, portanto, que 
os parâmetros da curva de crescimento sejam afetados por esses efeitos. Por isso 
estudos da influência de efeitos fixos e aleatórios sobre os parâmetros podem 
auxiliar na interpretação dos fatores que afetam a característica, promovendo melhor 
análise e auxiliando o planejamento de programas de melhoramento genético. 
Diversos trabalhos têm sido realizados sobre o crescimento dos ovinos de 
diferentes raças no Brasil e no estrangeiro. 
Em Lavras-MG/Brasil, Santos et al. (2003) determinaram o crescimento de 
cordeiros da raça Bergamácia, com registros desde o nascimento até os 45 Kg de 
peso vivo, e a curva descrita para ajustar melhor os dados de peso e idades dos 
animais foi a de Gompertz. Os autores observaram que a taxa máxima de 
crescimento ocorreu na 20º semana de idade e sugeriram que a identificação de 
fatores, como raça, sexo, tipo de gestação, época e ano de nascimento e idade da 
mãe ao parto, podem influenciar os parâmetros. 
Também em ovinos da raça Bergamácia, sendo que criados no Distrito 
Federal, McManus et al. (2003) estimaram curvas de crescimento com pesagens a 
cada duas semanas desde o nascimento até os animais completarem 5,5 anos 
(2000 dias), e recomendaram que o modelo Logístico deve ser preferido aos de 
Richards e Brody para ajustar a curva de crescimento desses animais. 
Guedes et al. (2004) analisaram curvas de crescimento a partir das médias 
das idades e dos pesos dos animais a cada pesagem em ovinos Bergamácia e 
26 
 
 
Santa Inês, em Lavras, MG, onde as funções que melhor descreveram o 
crescimento, foram a de VonBertalanffy e Gompertz, respectivamente. 
Guedes et al. (2005) estudaram a curva de crescimento de cordeiros da raça 
Santa Inês através da Analise Bayesiana, e concluíram que as estimativas para os 
parâmetros são mais precisos quando comparado às obtidas por Guedes et al. 
(2004), que utilizaram o mesmo conjunto de dados para ajustar modelos não-
lineares. 
Freitas (2005) ajustou dados de peso e idades de ovinos de raças exóticas e 
mestiças, oriundos da Embrapa Meio-Norte, Teresina, PI, avaliados por animal, do 
nascimento ao primeiro ano de idade, sendo escolhida a função de VonBertalanffy. 
Sarmento et al. (2006) somaram 7271 registros de peso ao nascimento até os 
196 dias de idade, de 952 cordeiros da raça Santa Inês, provenientes do rebanho 
experimental da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária do estado da Paraíba 
(EMEPA-PB), controlados de 1983 a 2000, concluindo que deve ser preferido o 
modelo de Gompertz para descrição da curva média de crescimento. 
Em ovelhas da raça Santa Inês criadas a campo, em Campos dos 
Goytacazes-RJ, os resultados demonstraram ser a função de Gompertz a que 
melhor representou o crescimento, pois foi a que apresentou menor Soma de 
Quadrados do Resíduo (SQR), menor tempo e menor número de iterações até 
atingir a convergência (AFONSO, 2006). 
No exterior também tem se relatado sobre estimativas de curvas de 
crescimento em ovinos. Como exemplos, na Turquia, Topal et al. (2004) 
determinaram a melhor função não-linear em ovinos das raças Morkaraman e 
Awassi, desde o nascimento até os 360 dias de idade, sendo escolhidas as curvas 
de Gompertz e VonBertalanffy, respectivamente. 
Bathaei et al. (1998) analisaram aspectos de curvas de crescimento de ovinos 
oriundos do Irã, da raça Mehraban, desde o nascimento até os 330 dias, onde a 
função de Brody foi a escolhida pelos autores. 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
2.3. Perímetro Escrotal 
 
 
A maioria das características relacionadas à eficiência reprodutiva é de difícil 
avaliação, pois normalmente só poderão ser tomadas tardiamente ou são limitadas 
pelo sexo, além de, em geral, serem subjetivas estando sujeitas a erros (RYDHMER 
e BERGLUND 2006). 
No processo de seleção de machos com maior potencial reprodutivo busca-se 
uma medida prática e eficaz capaz de predizer, objetivamente, a produção e a 
qualidade espermática. 
O tamanho testicular tem sido a característica mais utilizada para predizer a 
eficiência reprodutiva de um macho. As características testiculares são diretamente 
relacionadas com a produção e características seminais. As medidas de 
comprimento, largura, volume e perímetro escrotal (PE) fornecem uma idéia da 
quantidade de parênquima testicular, enquanto a consistência constata a 
normalidade fisiológica, sendo que o testículo em plena capacidade funcional 
apresenta consistência fibro-elástica (HAFEZ, 2004). 
Em ovinos, Cardoso e Queiroz (1988) observaram que a produção 
espermática diária em carneiros deslanados esteve altamente correlacionada com o 
peso testicular e com o perímetro escrotal. 
Somando-se ainda como fator favorável, observa-se que é uma medida de 
fácil obtenção e de baixo custo (FONSECA, 2000), além de apresentar alta 
repetibilidade (t=0,95) (PACHECO, 2005), fornecendo a esta característica maior 
confiabilidade. 
Salhab et al. (2001) avaliaram o tamanho testicular de carneiros da raça 
Awassi, criados na Síria, da desmama até os 17 meses de idade. Não observaram 
diferenças significativas entre o tamanho do testículo direito e o esquerdo, com o 
crescimento testicular sendo maior entre 7 e 10 meses de idade. O PE esteve 
correlacionado com as medidas de comprimento e largura (entre 0,61 e 0,97), com o 
peso corporal (0,91) e com a idade (0,81). 
A correlação positiva do PE com quantidade de parênquima testicular e 
produção espermática indica que carneiros com maiores PE produzem sêmen com 
maior número de espermatozóides (MAIA, 2002). Entretanto, existe um limite de 
normalidade, que é difícil de estabelecer, devido ao fato de ser uma característica 
28 
 
 
influenciada por diversos fatores como, raça, idade, nutrição, época do ano, 
temperatura e umidade ambiental (MAIA, 2002). 
Visando minimizar a influência das diferentes condições de manejo dentro de 
cada propriedade e das mudanças ambientais, Moraes e Oliveira (1991) sugeriram a 
utilização do PE como critério de seleção apenas dentro de grupos contemporâneos 
em um mesmo momento. 
De acordo com Ikeda et al. (1999), a elevação da temperatura ambiente e 
umidade relativa do ar podem levar ao aumento da temperatura corporal dos 
carneiros e conseqüentemente do testículo provocando redução da fertilidade, que 
poderá ser temporária ou permanente. 
Rodrigues (2004) relatou após insulação escrotal de setee quatro dias, 
respectivamente, alterações significativas nas características seminais, na 
consistência e na biometria testicular de carneiros Santa Inês e Sulffolk. 
Com relação ao fator idade, Santana et al. (2001) relataram para ovinos Santa 
Inês de 112, 200 e 230 dias de idade médias de 15,79 ± 2,32; 24,06 ± 4,58 e 29,85 ± 
1,47 cm para PE, e sugeriram que os machos que apresentarem aos 112 dias de 
idade PE superior a 15 cm e peso corporal acima de 18 kg, poderiam ser 
selecionados como reprodutores. Esta escolha precoce dos reprodutores favoreceria 
à diminuição do intervalo da primeira progênie, permitindo o melhoramento mais 
rápido do rebanho. 
Souza et al. (2003) relataram que machos Santa Inês com maior 
desenvolvimento testicular também foram os mais precoces e apresentaram 
ejaculados de melhor qualidade. 
Segundo Assis et al. (2005), o balanço energético pode ser um dos fatores 
mais importantes ligado à baixa função reprodutiva. As pastagens, que servem de 
alimento para a maioria dos rebanhos ovinos brasileiros, possuem alto teor de fibra, 
mas reduzido teor de energia. Testando o desenvolvimento do PE, em ovinos Santa 
Inês, submetidos a diferentes níveis de energia na dieta, os autores constataram que 
os animais que se alimentaram com uma dieta mais rica em energia metabolizável 
tiveram maiores PE. 
Contudo, o excesso de alimento concentrado, de acordo com Moraes (1997) 
relaciona-se com redução da motilidade espermática, prejudicando a fertilidade do 
animal. Fourie et al. (2004) relataram que ovinos superalimentados em condições 
intensivas de manejo tiveram maiores PE em relação aos machos sob sistema 
29 
 
 
extensivo. Entretanto, apresentaram ejaculados com aspecto aquoso a leitoso e as 
características MOT, VIG, TURB e CONC foram inferiores. Estes resultados foram 
atribuídos à maior deposição de gordura sobre o testículo do grupo de animais em 
condição intensiva, prejudicando a termorregulação. Baseados nestes resultados os 
autores sugerem que a seleção baseada apenas na medida testicular não é 
suficiente. 
Estudos realizados por Toe et al. (2000), em ovinos, indicam que as 
mensurações do PE fornecem prognóstico da vida reprodutiva futura, não apenas 
dos machos, mas inclusive de suas filhas e meias-irmãs. O PE esteve 
favoravelmente correlacionado com idade à puberdade das fêmeas aos 9 e 12 
meses de idade (-0,57 e -0,78, respectivamente). 
A correlação positiva do PE com características reprodutivas na fêmea deve-
se, segundo Land (1978), aos fatores hormonais, visto que, os mesmos hormônios 
que promovem o desenvolvimento testicular nos machos promovem o 
desenvolvimento ovariano nas fêmeas. 
O peso corporal (PC) esteve altamente correlacionado com PE (r=0,65) e com 
idade (r=0,79) nos estudos realizados por Bittencourt et al. (2003), em ovinos Santa 
Inês. A magnitude das correlações variou com as categorias de idade, sendo 
verificado o maior grau de relação entre PC e PE nos animais com idade maior que 
36 meses, enquanto que um paralelismo entre as médias de PC e idade foram 
observadas até os 30 meses. Os autores sugeriram que a seleção com base em 
maiores medidas de perímetro escrotal, favoreceria a seleção indireta de machos 
com alto ganho de peso. 
Aguiar et al. (2008a e 2008b) estimaram a correlação de Pearson entre PE e 
medidas morfométricas (Peso, CC, ACER, AG e PT), em ovinos da raça Santa Inês 
com idade entre 4 e 5 meses e entre 5 e 7 meses, respectivamente, criados em 
diferentes propriedades no Estado da Bahia. Aos 4-5 meses de idade observaram 
correlações variando entre 0,36 e 0,59 e aos 5-7 meses as correlações foram mais 
baixas, variando de 0,28 a 0,15. Esses resultados indicam, que quando são 
avaliados animais não pertencentes ao mesmo grupo, a correlação entre perímetro 
escrotal e medidas morfométricas pode não ser segura, sendo assim, é prudente 
julgar animais do mesmo grupo contemporâneo. 
 
 
30 
 
 
2.4. Puberdade 
 
 
A puberdade marca o começo da atividade reprodutiva e este momento tem 
grande influência na produção animal, no entanto para a expressão máxima da 
capacidade reprodutiva é necessário que o macho atinja a maturidade sexual 
(GONZÁLEZ, 2002). Ao atingir a maturidade sexual o animal apresenta instinto 
sexual, capacidade de monta e condições espermáticas condizentes com a 
reprodução plena (SASA et al., 2002). 
O aparecimento da puberdade é, em parte, determinada pelo genótipo do 
animal e em parte pelos fatores ambientais. O genótipo é responsável pela 
expressão de fatores intrínsecos tais como a interação entre hormônios e órgãos 
alvo, peso e crescimento, que serão influenciados por fatores ambientais, os quais 
pode-se citar como exemplo a luminosidade, a temperatura, a umidade, a 
precipitação pluviométrica e a qualidade nutricional (GARNER e HAFEZ, 2004). 
A definição da idade em que os machos atingem a puberdade difere entre 
autores, mas em geral, levam em consideração as características seminais, o 
comportamento sexual e o grau de desprendimento de aderência peniana. Jimeno et 
al. (2001) definem a puberdade do cordeiro como sendo o aparecimento de 
espermatozóides vivos e viáveis. É a época em que atingem a capacidade para 
fertilizar uma fêmea, dependendo do número suficiente de espermatozóides 
fecundantes e de um comportamento sexual que permita a cópula (GARNER e 
HAFEZ, 2004). 
Para Wheaton e Godfrey (2003), os carneiros são considerados púberes 
quando o ejaculado apresentava concentração igual ou superior a 50 x 106 
espermatozóides/ml e motilidade progressiva acima de 10% e para Mancio et al. 
(2005), a puberdade em carneiros Merino Australiano foi considerada como o 
momento em que o macho foi apto a realizar uma monta completa, seguida de 
ejaculação por dois testes de libido seguidos. 
Animais que possuem crescimento corporal ou testicular de forma mais 
acelerada, podem atingir a puberdade mais precocemente e, do ponto de vista 
genético, esta característica pode ser utilizada para determinar a puberdade 
(EMSEN, 2005) 
31 
 
 
As primeiras alterações que ocorrem na puberdade são originárias do 
Sistema Nervoso Central e causam alterações na secreção pulsátil hipotalâmica de 
GnRH (GONZÁLEZ, 2002), que por sua vez estimula a hipófise anterior a secretar 
LH e FSH. 
À medida que o animal amadurece, os testículos ficam mais sensíveis a ação 
estimulatória das gonadotrofinas, principalmente pelo aumento na secreção de FSH, 
proporcionando estímulo para o início da espermatogênese (maturação do eixo 
hipotálamo-hipofisário-gonadal) (GARNER e HAFEZ, 2004). 
Ao alcançar a puberdade os machos apresentam inicialmente baixa qualidade 
e quantidade espermática. As características físicas do sêmen, como volume 
espermático, motilidade, vigor e concentração estão abaixo do padrão de 
normalidade e a quantidade de defeitos espermáticos é bastante acentuada quando 
comparados a um animal que já atingiu a maturidade sexual. Dentre as patologias 
mais comuns observadas em machos jovens, Chacón (2001) relata, em bovinos, a 
ausência de acrossoma e a presença de gota protoplasmática proximal. Em ovinos 
não há trabalhos relatando sobre qual a prevalência de defeitos espermáticos. 
Souza et al. (2000) avaliaram em ovinos da raça Santa Inês, de 16 até 40 
semanas de idade, criados no Ceará, a evolução na qualidade do sêmen de acordo 
com a idade. Segundo estes autores, a puberdade nos machos estaria relacionada 
ao desprendimento entre a parte livre do pênis e a lâmina interna do prepúcio. 54% 
dos animais atingiram a puberdade entre 20 e 24 semanas, 23% atingiram com 
idade entre 16 e 20 semanas e 23% com idade entre 24 e 28 semanas. O peso 
corporal, o perímetro escrotal, o volume do ejaculado, a motilidade e o vigor 
aumentaram significativamente da 16ª até a 28ª semana de idade. 
Posteriormente Souza et al. (2003) relataram que os primeiros 
espermatozóides no ejaculado de ovinosSanta Inês, criados no Estado do Ceará, 
surgiram com 23,05 semanas de idade e o desprendimento peniano ocorreu apenas 
com 25,87 semanas. Entretanto, as características seminais sugeriram que estes 
animais deveriam ser utilizados para a reprodução apenas com idade superior a 34 
semanas. 
Em cordeiros Pelibuey, Méndez et al. (2005) observaram desprendimento 
peniano com idade variando de 92,29 a 95,43 dias, peso corporal de 24,29 kg e 
perímetro escrotal de 17,64 cm. A puberdade foi determinada pelo momento em que 
produziram um ejaculado com pelo menos 50 x 106 espermatozóides/ml e motilidade 
32 
 
 
progressiva acima de 50% e foi alcançada com 144,07 dias, peso corporal de 32,6 
kg e perímetro escrotal de 25,86 cm. 
Wheaton e Godfrey (2003) avaliaram as características seminais e perímetro 
escrotal de carneiros da raça St. Croix na puberdade, que foi definida como o 
momento em que a concentração espermática foi superior a 50 x 106 
espermatozóides/ml e motilidade progressiva acima de 10%. O perímetro escrotal e 
o volume do ejaculado não diferiram ficando em torno de 23,6 cm e 1,2 ml, 
respectivamente. A concentração espermática e a motilidade aumentaram 
significativamente durante este período, passando de 239 x 106 para 343 x 106 
espermatozóides por ml e de 28,1% para 46,0% de motilidade individual. 
No Brasil, Alves et al. (2006) utilizaram o mesmo critério de Wheaton e 
Godfrey (2003) para determinar a idade à puberdade em cordeiros da raça Santa 
Inês, criados em Brasília. A idade média que os animais alcançaram a puberdade foi 
de 194,57 dias, variando entre o mês de nascimento. Os animais que atingiram a 
puberdade em menores idades apresentaram motilidade progressiva, vigor e 
concentração espermática melhor do que os machos mais tardios. 
Antecipar a puberdade pode ser vantajoso, pois diminui os custos da 
produção, acelera os benefícios alcançados com a seleção e antecipa os testes de 
libido e de progênie (GORDON, 1999). 
Em fêmeas a imunização contra a inibina aumenta a taxa de ovulação 
antecipando a idade à puberdade (ANDERSON et al., 1996). A inibina é uma 
glicoproteína gonadal que inibe preferencialmente o FSH. 
No macho a inibina é produzida pelas células de Sertoli e durante a 
espermatogênese, devido à alta atividade das células de Sertoli, a concentração de 
inibina aumenta inibindo assim a liberação de FSH (STABENFELD e EDQVIST, 
1996). 
Wheaton e Godfrey (2003) não observaram diferenças nas características 
seminais e no perímetro escrotal entre carneiros imunizados e não imunizados 
contra a inibina. Ao contrário do que ocorre na fêmea, houve um atraso na idade à 
puberdade naqueles machos que foram imunizados contra a inibina. 
 
 
 
 
33 
 
 
2.5. Características Físicas e Morfológicas do Sêmen ovino 
 
 
A quantidade e a qualidade de gametas masculinos podem limitar a 
disseminação das características genéticas superiores, pois é através dele que o 
reprodutor contribui com metade do patrimônio genético da progênie, por isso a 
seleção de machos potencialmente mais férteis poderá contribuir para a melhoria da 
eficiência reprodutiva e do material genético do rebanho (GATTI et al., 2004). 
A avaliação física e morfológica do sêmen é um dos critérios adotados para 
se estimar a eficiência reprodutiva de um macho. 
Nas características físicas do sêmen estão incluídas: volume (VOL), cor, 
aspecto (ASP), pH, motilidade progressiva (MOT), vigor (VIG), turbilhonamento 
(TURB) e concentração (CONC) e nas características morfológicas as alterações na 
cabeça, na peça intermediária, na cauda e no acrossoma do espermatozóide 
(Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, 1998). 
De acordo com BLOM (1973), as alterações morfológicas podem ser 
classificadas baseando-se na importância dos defeitos em: defeitos maiores, 
defeitos menores e defeitos totais. Chenoweth (2005) define como defeitos maiores 
aqueles que prejudicam a fertilidade do reprodutor e como defeitos menores aqueles 
que trazem menos prejuízos à fertilidade. O mesmo pesquisador relata ainda que a 
definição de defeitos maiores inclui alguns critérios como, a freqüência de sua 
ocorrência, se estão relacionados com infertilidade ou esterilidade ou ainda se eles 
podem ser herdáveis. 
Segundo Nunes e Salgueiro (2002), o volume do sêmen de ovinos pode variar 
de 0,5 a 2,0 mL. A cor e o aspecto do ejaculado são avaliações subjetivas e em um 
animal saudável irão refletir a concentração espermática. A coloração normal é 
branca e o aspecto pode variar de cremoso a leitoso. O sêmen aquoso ou turvo é 
indicativo de pequeno número de espermatozóides, devendo ser descartado. 
A concentração espermática significa a quantidade de espermatozóides em 
cada mililitro de sêmen e o valor normal em animal adulto está em torno de três 
bilhões/mL. 
A motilidade progressiva (MOT) expressa a porcentagem total de 
espermatozóides móveis com movimento progressivo, sendo indicativa de 
normalidade do sêmen. O vigor representa a força do movimento ou a capacidade 
34 
 
 
de movimento individual da célula espermática, podendo ser classificado em uma 
escala de zero a cinco e o turbilhonamento ou movimento de massa, que é 
resultante da motilidade, do vigor e da concentração espermática e também é 
classificado em uma escala de zero a cinco (CBRA, 1998). 
Os carneiros, segundo Maia (2002) podem ser classificados após a avaliação 
andrológica completa, em aptos, questionáveis e inaptos, no entanto esta 
classificação não é permanente. Os machos apenas serão considerados inaptos 
após dois ou mais exames e após ser caracterizada condição irreversível (MAIA, 
2002). 
Outras classificações, como a proposta por Bagley (1997), que classifica, após 
a avaliação andrológica, os ovinos em excelentes (motilidade >50% e 
espermatozóides normais >90%), satisfatórios (motilidade >30% e espermatozóides 
normais >70%) e questionáveis (motilidade <30% e espermatozóides normais 
<70%), podem ser empregadas. 
As coletas de sêmen em ovinos, normalmente são realizadas com auxílio da 
vagina artificial, podendo ser coletado também por estímulo elétrico. Ainda não está 
claro a partir de que idade estas avaliações seriam úteis no sentido de permitir uma 
seleção precoce de cordeiros para a reprodução. 
 
 
2.6. Comportamento Sexual 
 
 
Para garantir a fertilização e a propagação de espécies é necessário que 
ocorra o encontro do gameta feminino e masculino. Nos sistemas de criação onde se 
utiliza monta natural uma série de eventos e estímulos sexuais devem ocorrer, tanto 
nos machos quanto nas fêmeas, para que se alcance a fertilização. 
As atitudes e atividades motoras desenvolvidas por machos e fêmeas 
referem-se ao comportamento reprodutivo adotados por eles, e este comportamento 
nada mais é do que uma resposta aos estímulos externos, que normalmente são 
feromônios, substância química secretada pelo animal na urina, fezes ou glândulas, 
que causa respostas específicas no indivíduo da mesma espécie (REKWOT et al., 
2001; HAFEZ, 2004). 
35 
 
 
Segundo Gordon (1999), ao identificar um possível parceiro sexual o carneiro 
inicia uma série de atitudes, que em princípio servirão para identificação do estado 
fisiológico e posteriormente estarão relacionadas diretamente ao cortejo, que tem 
como finalidade testar a receptividade da fêmea. 
Delgado e Gómez Urviola. (2005) relataram o comportamento sexual de 
carneiros Criollos criados no Peru. Em presença de ovelhas em estro os machos 
cheiram a genitália externa e realizam o reflexo de Flehmen. Estando a fêmea 
receptiva iniciam o comportamento de cortejo, com lambidas, batida nas laterais da 
fêmea com um dos seus membros anteriores, apoio da cabeça e do corpo na 
ovelha, emissão de sons característicos, intenções de monta e finalmente montas e 
ejaculações, em seguida o macho desce tranqüilamente e urina. 
As cheiradas e o reflexo de Flehmen são comportamentos deidentificação do 
estado fisiológico da fêmea, sendo um mecanismo de captação de partículas, como 
o feromônio, do meio exterior para o órgão vomeronasal, que segundo Ladewig et al. 
(1980) pode ser o órgão responsável pela identificação de fêmeas em estro ou 
anestro. Em estudo mais recente, Ungerfeld et al. (2006) observaram que carneiros 
que tiveram o órgão vomeronasal bloqueado foram menos estimulados pelas fêmeas 
em estro, montando e ejaculando menos vezes do que machos que não tiveram o 
órgão vomeronasal bloqueado, durante um teste de 20 minutos. 
Quando carneiros são expostos a ovelhas que não estão em estro ocorre uma 
maior freqüência dos comportamentos de perseguição, cheiradas, lambidas e 
reflexos de Flehmen, enquanto que machos expostos a fêmeas em estro 
apresentaram maior desempenho em montas completas (QUIRINO et al., 2008). 
Esta maior freqüência de comportamentos em fêmeas fora do estro pode ser em 
decorrência da menor quantidade de feromônios, reduzindo assim o estímulo dos 
receptores localizados no órgão vomeronasal. 
Segundo Kridli e Said (1999) e Simitzis et al. (2006), a freqüência de 
manifestação de cada comportamento, seja de identificação ou de cortejo, vai ser 
fortemente influenciada pela experiência. Carneiros jovens e inexperientes realizam 
mais cheiradas, reflexos de Flehmen, cotoveladas e montas incompletas. A 
freqüência e duração dos comportamentos e ejaculação também vão variar entre 
machos adultos e experientes, esta variação entre indivíduos serve como critério de 
avaliação, classificação e seleção de reprodutores (STELLFLUG e LEWIS, 2007). 
36 
 
 
Assim como o macho, a fêmea também exibe um comportamento sexual 
diferenciado quando está em pró-estro ou estro. Durante estas fases 75% das 
fêmeas exibem um comportamento peculiar de se manter próxima ao macho, 
cheirando, lambendo e fossando, também costumam urinar com maior freqüência, 
principalmente se o macho estiver cheirando-a, e abanam e levantam a cauda (GILL, 
2008). Segundo Simitzis et al. (2006), a fase de cortejo é muito importante para o 
sucesso da cobertura, pois fêmeas cortejadas permanecem imóveis, enquanto que 
as que não são cortejadas tendem a caminhar. 
O hábito de vida gregário dos ruminantes, de acordo com Costa e Silva 
(2007), permite a ocorrência de interações sociais, no entanto estas interações 
podem resultar, em algumas situações que leve a competição por recursos ou por 
fêmeas, manifestando os efeitos de dominância e interações agressivas entre os 
animais. 
Erhard et al. (2004) avaliaram o comportamento de dominância em ovinos, 
sob condições competitivas e relataram que este tipo de comportamento, em grupo 
estabelecido de ovinos, é freqüentemente difícil de avaliar a campo devido à baixa 
freqüência de interações agonistas, resultando normalmente em alguns pares de 
animais que não interagem durante todo o período de observação. 
Ungerfeld e González-Pensado (2008) compararam o comportamento sexual, 
o peso corporal, o PE, a concentração de testosterona e as características seminais 
de carneiros jovens classificados como dominantes e subordinados. Os carneiros 
dominantes alcançaram primeiro a maturidade espermática, o que pode ser devido 
ao maior peso e PE destes machos. O nível de testosterona e os comportamentos 
de monta aumentaram com a idade, entretanto não diferiram entre os animais 
dominantes e subordinados. 
O comportamento sexual pode ser avaliado pelo teste de libido ou pelo teste 
de capacidade de serviço. A libido pode ser conceituada como a espontaneidade, a 
avidez do macho para montar e efetuar a cópula, sendo de fundamental importância 
para predizer a real capacidade reprodutiva do animal (CHENOWETH, 1981), 
enquanto que a capacidade de serviço é o número de serviços alcançados em uma 
situação de monta e período de tempo específico (BLOCKEY e WILKINS, 1984). 
Segundo Souza et al. (2003), os testes realizados para avaliação do 
comportamento sexual seriam um complemento ao exame andrológico para a 
identificação da performance sexual do carneiro em suas diferentes fases da vida. 
37 
 
 
Os primeiros testes para avaliação da libido e da capacidade de serviço foram 
desenvolvidos para bovinos de raça européia (BLOCKEY, 1976, 1978; 
CHENOWETH, 1981) e posteriormente adaptados para bovinos de raça zebuína 
(PINEDA et al., 1997; PINEDA et al., 2000; SALVADOR et al. 2001) e para ovinos 
(CHEMINEAU, 1991). 
Atualmente existe uma diversidade de testes sendo empregados para avaliar 
o comportamento reprodutivo, principalmente em pequenos ruminantes (IBARRA et 
al., 1999). A prova proposta por Blockey e Wilkins (1984), para ovinos, consiste na 
avaliação do comportamento sexual de vários machos frente a fêmeas contidas e 
em anestro, a de Kilgour (1985) avalia o comportamento de um macho frente a 
fêmeas em cio e soltas e a de Laborde et al. (1991) consiste na avaliação individual 
de carneiros frente a ovelhas contidas e em anestro. A contenção da fêmea, 
segundo Hafez (2004) é um estímulo ao macho para efetuar a monta. 
Segundo Stellflug e Berardinelli (2002), as condições em que os testes são 
realizados, assim como a contenção ou não da fêmea e o número de testes 
realizados podem afetar as conclusões sobre a real capacidade do macho. 
Carneiros Santa Inês quando colocados juntos com fêmeas soltas e não 
receptivas demonstraram menor interesse sexual pelas fêmeas (QUIRINO et al., 
2008), dessa forma os autores sugerem que o uso de fêmeas em cio, durante os 
testes de libido, pode ser mais eficiente na avaliação e seleção dos machos. 
Para avaliar o comportamento sexual, tanto nos testes de libido quanto no de 
capacidade de serviço, é necessário conhecer os eventos que antecedem a monta e 
a ejaculação, tais comportamentos referem-se às atitudes de identificação da fêmea 
em estro e os eventos de cortejo (AZEVÊDO et al. 2008). 
Pimentel Gómez et al (2005) avaliaram, no México, a libido de três raças de 
carneiros adultos (24-36 meses de idade) expostos a fêmeas em estro induzido. O 
comportamento avaliado foi o tempo de reação (tempo transcorrido até a primeira 
ejaculação), tempo de recuperação (tempo entre a primeira e a segunda ejaculação), 
e número de serviços, em um período de 30 minutos. O tempo médio de reação foi 
de 9,0 ± 6,0 minutos, o tempo médio de recuperação foi de 24,2 ± 4,4 minutos e o 
número médio de serviços em um período de 30 minutos foi de 1,3 ± 0,5. 
 
 
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