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Aula 00
Português p/ APO-MPOG
Professor: Fabiano Sales
 Língua Portuguesa para APO-MPOG 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Fabiano Sales ʹ Aula 00 
 
Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 70 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
01. Apresentação 01 
02. Objetivo e cronograma do curso 02 
03. Metodologia do curso 03 
04. Ortografia oficial 04 
05. Emprego das consoantes 04 
06. Emprego das vogais 07 
07. Questões comentadas 09 
08. Emprego de algumas expressões 15 
09. Homônimos e parônimos 23 
10. Questões comentadas 28 
08. Emprego do hífen 34 
09. Acentuação gráfica 41 
10. Regras gerais 41 
11. Questões comentadas 43 
12. Regras específicas 45 
13. Questões comentadas 46 
14. Lista das questões apresentadas 55 
15. Gabarito 68 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Olá, vitoriosos alunos! Sejam muito bem-vindos! 
 
 É com imensa alegria e empolgação que recebo o convite da coordenação do Estratégia 
Concursos para elaborar o curso de Português (Teoria e Questões Comentadas), destinado ao 
concurso de APO, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)! 
 Primeiramente, farei uma sucinta apresentação sobre mim: Meu nome é Fabiano Sales. 
Tenho formação em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Iniciei minhas 
atividades docentes há nove anos, no Rio de Janeiro, onde leciono aulas de gramática, de 
técnicas de redação, de compreensão e interpretação de textos e de redação de 
correspondências oficiais. 
 Atualmente, participo da equipe Estratégia Concursos, elaborando cursos para os 
principais concursos públicos do país, tais como Receita Federal, Senado Federal, Tribunais de 
Contas, BACEN, CEF, INSS, Tribunais Regionais, entre outros. 
 Tenho experiência com as principais bancas examinadoras, dentre as quais se destacam 
Cesgranrio, FCC, CESPE/UnB, FGV e ESAF, sendo esta a provável organizadora do próximo 
concurso para o MPOG. 
 Desde já, coloco-me à inteira disposição de vocês para ajudá-los a conquistar a almejada 
CLASSIFICAÇÃO. Sempre que for preciso, façam contato por meio do fórum de dúvidas. 
Responderei o mais breve possível! 
 
AULA 00 
Apresentação do curso. 
Ortografia oficial. Homônimos e parônimos. 
Acentuação gráfica. 
 Língua Portuguesa para APO-MPOG 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Fabiano Sales ʹ Aula 00 
 
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OBJETIVO E CRONOGRAMA DO CURSO 
 
 Meus amig(o)s, o objetivo do presente curso é apresentar aspectos teóricos e auxiliá-los 
na resolução de questões anteriores de Língua Portuguesa, expondo os assuntos mais 
recorrentes nas provas da ESAF. 
 Sendo assim, o curso destina-se tanto àqueles que iniciam os estudos na matéria, 
necessitando de uma preparação objetiva do conteúdo, quanto aos concurseiros experientes que 
desejam revisar os temas ou atualizar o conhecimento. 
 Nos editais organizados pela ESAF, a disciplina de Língua Portuguesa geralmente 
contempla 20 (vinte) questões (cerca de 14% dos itens), ou seja, uma matéria decisiva para a 
classificação nos certames. De acordo com o conteúdo programático, a banca costuma exigir o 
conhecimento acerca dos seguintes tópicos: 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
1. Compreensão textual. 
 
2. Ortografia. 
 
3. Semântica 
 
4. Morfologia. 
 
5. Sintaxe. 
 
6. Pontuação. 
 
 
 
 
 Sendo assim, proponho o cronograma de aulas abaixo: 
 
AULA CONTEÚDO DATA 
Aula 0 
Ortografia oficial. Emprego de 
palavras e expressões. Semântica: 
homônimos e parônimos. 
Acentuação gráfica (conforme o 
Novo Acordo Ortográfico da Língua 
Portuguesa). 
22/05 
Aula 1 
Verbos: emprego de modos e 
tempos verbais; flexão verbal; vozes 
do verbo. 
01/03 
Aula 2 Pronomes (emprego, formas de 
tratamento e colocação). 
08/03 
 Língua Portuguesa para APO-MPOG 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Fabiano Sales ʹ Aula 00 
 
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Aula 3 Regência nominal e verbal. Crase. 15/03 
Aula 4 Pontuação. 22/03 
Aula 5 Conectivos: valores semânticos. 29/03 
Aula 6 Concordância nominal e verbal. 05/04 
Aula 7 
Compreensão textual. Semântica: 
denotação e conotação; sinônimos e 
antônimos. Mecanismos de coesão 
textual. Ordenação de frases. 
Continuação coesa, coerente e 
correta de trechos. 
12/04 
Aula 8 Prova comentada: Auditor-Fiscal da 
Receita Federal (2009). 
19/04 
Aula 9 Prova comentada: Analista-Tributário 
da Receita Federal (2009). 
26/04 
Aula 
10 
Prova comentada: Assistente 
Técnico-Administrativo do Ministério 
da Fazenda (2009). 
03/05 
Aula 
11 
Prova comentada: Auditor-Fiscal de 
Rendas da SEFAZ-RJ (2010). 
10/05 
Aula 
12 
Prova comentada: Auditor-Fiscal do 
Trabalho (2010). 
17/05 
Aula 
13 
Prova comentada: Agente Executivo 
da CVM (2010). 
24/05 
Aula 
14 
Prova comentada: Analista Técnico 
da SUSEP (2010). 
31/05 
Aula 
15 
Prova comentada: Ministério da 
Integração Nacional (2012). 
07/06 
Aula 
16 
Prova comentada: Auditor-Fiscal da 
Receita Federal (2012). 
14/06 
Aula 
17 
Prova comentada: Analista-Tributário 
da Receita Federal (2012). 
21/06 
Aula 
18 
Prova comentada: Analista de 
Comércio Exterior do MDIC (2012). 
28/06 
 Língua Portuguesa para APO-MPOG 
Teoria e questões comentadas 
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Aula 
19 
Prova comentada: Controladoria-
Geral da União (2012). 
05/07 
Aula 
20 
Prova comentada: Auditor-Fiscal da 
Receita Federal (2014). 
12/07 
 
 
 
 
 
 A seguir, vejam a didática que será empregada no decorrer do preparatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Língua Portuguesa para APO-MPOG 
Teoria e questões comentadas 
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ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
 No Brasil, as normas ortográficas são regidas pela Academia Brasileira de Letras (ABL), 
por meio do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, conhecido como VOLP. 
 Em 27 de dezembro de 2012, o Decreto nº 7.875 entrou em vigor, alterando o período de 
transição do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Nesse documento, a presidente 
Dilma Rousseff estabeleceu um novo período de transição, insculpido no artigo 2º, parágrafo 
único: 
 
 “A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de 2009 a 31 
de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova 
norma estabelecida.” 
 
 No decorrer desta aula, veremos que algumas questões elaboradas pela ESAF são 
anteriores ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Sendo assim, apresentarei as regras 
antigas e, quando for necessário, as novas normas ortográficas. 
 
 Começaremos nossa aula de regras ortográficas pelo emprego das consoantes e das 
vogais. 
 
EMPREGO DAS CONSOANTES 
 
 
Emprega-se S (em) ... Exemplos 
- vocábulos iniciados por I, O e U. 
 
 
isento, Isabel, Osório, Oséias, usina, usura. 
 
Exceção: ozônio. 
 
- sufixos -OSO e -OSA. 
 
 
brilhoso, dengoso, saborosa, jeitosa, formosa. 
 
 
- sufixos -ÊS (adjetivos que indicam 
nacionalidade ou procedência). 
 
dinamarquês, japonês, chinês, inglês, português. 
 
- sufixos -ESA e –ISA (formam o feminino de 
substantivos concretos ou designam títulos). 
 
 
marquesa, baronesa, duquesa, consulesa, poetisa. 
 
- terminações ASE, ESE, ISE e OSE. 
 
 
frase, crase, ênfase, tese, síntese, catequese, análise, 
catálise, hidrólise, hipnose, sacarose, apoteose. 
 
Exceções: gaze, deslize. 
 
- depois de ditongos. 
 
 
lousa, aplauso, maisena.- verbos PÔR e QUERER (e nos respectivos 
derivados). 
 
pus, pusera, puseram; quis, quisera, quiseram. 
 
- prefixo TRANS-. 
 
transatlântico, transpor. 
 
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Emprega-se S (em) ... Exemplos 
 
 
 
 
 
- palavras derivadas de verbos que possuem 
D, ND, RG, RT, PEL, CORR (no radical). 
 
 
colidir, colisão; aludir, alusão. 
 
pretender, pretensão; suspender, suspensão. 
 
imergir, imersão; emergir, emersão. 
 
perverter, perversão; converter, conversão. 
 
repelir, repulsa; compelir, compulsão. 
 
recorrer, recurso; incorrer, incursão. 
 
 
 
Emprega-se SS (em) ... Exemplos 
 
 
 
 
- palavras derivadas de verbos que possuem 
CED, GRED, PRIM, MET e CUT (no radical). 
 
 
 
ceder, cessão; exceder, excesso. 
 
agredir, agressão; transgredir, transgressão. 
 
imprimir, impressão; reprimir, repressão. 
 
prometer, promessa; intrometer, intromissão. 
 
 
- vogal + sufixo “-TIR”. 
 
 
admitir, admissão; demitir, demissão. 
 
 
- prefixo finalizado por vogal + palavra 
iniciada por S. 
 
pressentir, pressentimento. 
 
 
 
Emprega-se (C) Ç (em) ... Exemplos 
- palavras africanas, árabes ou indígenas. 
 
açaí, açoite, araçá, babaçu, caçula, Iguaçu, Itaipuaçu. 
 
- após ditongos. 
 
 
afeição, beiço, correição. 
 
Exceções: coice, foice. 
 
 
- sufixos -AÇA, -AÇO, -IÇA, -UÇO, -ANÇA, 
-ENÇA, -ÇÃO. 
 
 
barcaça, balaço, carniça, crença, dentuço, esperança, 
petição. 
 
 
- palavras derivadas do verbo TER. 
 
 
ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção. 
 
- palavras derivadas do verbo TORCER. 
 
 
torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer, 
distorção. 
 
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Emprega-se (C) Ç (em) ... Exemplos 
- palavras derivadas de outras que possuem 
“T” no radical. 
 
optar, opção; cantar, canção; exceto, exceção; isento, 
isenção; correto, correção; setor, seção. 
 
Emprega-se Z (em) ... Exemplos 
 
 
- palavras iniciadas pela sílaba A. 
 
 
azar, azado (oportuno), azia, azedo, azeite, azêmola, 
aziago, azul. 
 
Exceções: asa, asado (provido de asas), Ásia, 
asilo, asinino. 
 
 
- palavras derivadas de outras que contenham 
Z no radical. 
 
 
baliza, abalizado; revezar, revezamento; cruzar, 
cruzamento; paz, apaziguar; deslizar, deslize. 
 
 
 
 
 
 
 
- antes dos sufixos - AL, -ADA e -INHO(A). 
 
 
bambu, bambuzal; botão, botãozinho, botõezinhos; 
café, cafezal, cafezinho; pá, pazinha, pazada. 
 
Observação! 
 
Em regra, grafam-se com S os derivados de 
palavras cuja forma primitiva contenha S. 
 
Exemplos: 
 
lápis - lapisinho, lapiseira 
mesa – mesinha, mesada 
casa - casinha, casebre 
japonês - japonesinho 
parafuso – parafusinho 
 
 
- sufixos -EZ e –EZA (formadores de 
substantivos abstratos derivados de adjetivos). 
 
límpido, limpidez; macio, maciez; tímido, timidez; belo, 
beleza; franco, franqueza; gentil, gentileza. 
 
 
 
 
 
 
 
- sufixos -IZAR e -IZAÇÃO. 
 
 
 
utilizar, utilização; dinamizar, dinamização; centralizar, 
centralização; legalizar, legalização. 
 
Observação! 
 
 Alguns verbos recebem apenas -AR como 
sufixo. Portanto, devem ser grafados com S. 
 
Exemplos: 
 
frisar (de friso), pesquisar (de pesquisa), pisar (de 
piso), bisar (de bis), irisar (de íris), analisar (de 
análise), improvisar (de improviso), paralisar (de 
paralisação). 
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Teoria e questões comentadas 
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Emprega-se Z (em) ... Exemplos 
 
 
 
- segmento final da palavra, se o fonema /z/ 
não estiver entre vogais. 
 
audaz, sagaz, loquaz, voraz, veloz, algoz, atroz, 
albatroz, giz, cicatriz, matriz, chafariz, cuscuz, 
mastruz. 
 
Exceções: abatis, ananás, anis, após, atrás, 
através, gás, ilhós, invés, lilás, quis, retrós, revés, 
viés. 
 
 
- verbos finalizados em -ER e -IR. 
 
 
 
fazer, dizer, trazer, cozer (cozinhar), produzir, abduzir. 
 
Exceções: coser (costurar), transir (arrepiar). 
 
 
 
 
Emprega-se G em... Exemplos 
 
 
 
 
 
- após A inicial. 
 
 
agente, ágil, agiota, agir, agouro. 
 
Observação! 
 
Grafam-se com J os derivados de palavras que 
contenham J no radical. 
 
Exemplos: jeito, ajeitar; jesuíta, ajesuitar; juízo, 
ajuizar. 
 
 
 
 
- após R, geralmente. 
 
 
aspergir, convergir, divergir, sargento, submergir, 
virgem. 
 
Exceções: gorjeio, gorjeta (de gorja); sarjeta (de 
sarja). 
 
- finais -ÁGIO, -ÉGIO, -ÍGIO, -ÓGIO, -ÚGIO. 
 
 
sufrágio, colégio, litígio, relógio, refúgio. 
 
 
- finais dos substantivos -AGEM, -EGE, -IGEM, -
OGE, -UGEM. 
 
 
garagem, herege, vertigem, paragoge, ferrugem. 
 
Exceções: pajem, lajem (ou laje), lambujem. 
 
 
- formas infinitivas de verbos terminados em 
-ER e -IR. 
 
 
constranger, viger, fingir, fugir, infrigir (transgredir), 
infligir (aplicar). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Emprega-se J (em) ... Exemplos 
 
- vocábulos derivados de 
palavras que contenham J 
no radical. 
 
 
jeito, ajeitar; majestade, majestoso; gorja, gorjeta, gorjeio; sarja, sarjeta; 
laranja, laranjeira; cereja, cerejeira; granja, granjeiro; igreja, igrejeiro; 
lisonja, lisonjeado, lisonjeiro. 
 
 
- palavras ameríndias, 
árabes e latinas. 
 
 
pajé, jiboia, jirau, jiló, jequitibá, jenipapo, jerimum, canjica, cafajeste, 
manjericão, alforje, hoje, objeto. 
 
 
- terminação -AJE. 
 
 
laje, traje, ultraje. 
 
 
 
 
 
 
- formas verbais terminadas 
em -JAR. 
 
 
 
arranjar, arranjei, arranjemos, arranjem; bocejar, bocejei, bocejemos, 
bocejem; despejar, despejei, despejemos, despejem; viajar, viajei, 
viajemos, viajem. 
 
Observação! 
 
Cuidado os parônimos viagem (substantivo) e viajem (verbo viajar). 
 
Exemplos: 
 
Os caminhoneiros fizeram uma viagem cansativa. 
 (substantivo) 
 
Desejo que eles viajem hoje à noite. 
 (verbo) 
 
 
 
 
 Importante! 
 
 Tenham atenção especial à grafia das seguintes palavras: berinjela, enrijecer, injeção, 
interjeição, jejuar, jejum, lambujem, ojeriza, projétil, trejeito. 
 
 
 
Emprega-se X (em) ... Exemplos 
 
 
- após ditongos. 
 
 
ameixa, caixa, eixo, encaixe, frouxo, queixo, seixo. 
 
Exceções: recauchutar, recauchutagem (de caucho). 
 
 
 
- palavras de origem africana 
ou indígena. 
 
 
 
abacaxi, caxumba, capixaba, muxoxo, Xavante, Xingu. 
 
 
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Emprega-se X (em) ... Exemplos 
 
 
 
 
 
- depois das sílabas iniciais: 
 
Me- 
 
La- 
 
Li- 
 
Lu- 
 
Gra- 
 
Bru- 
 
En- 
 
 
 
mexerico, mexicano, mexer, mexa (verbo). 
 
Exceção: mecha (substantivo). 
 
laxante. 
 
lixa, lixo. 
 
luxo, luxúria. 
 
graxa. 
 
bruxa, Bruxelas, bruxelês. 
 
enxada, enxuto, enxame, enxaqueca, enxoval, enxurrada, enxaguar, 
enxerto, enxergar, enxotar, enxugar. 
 
Exceções: enchova, encher, encharcar e derivados desses 
vocábulos. 
 
Observação! 
 
Quando en- for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva. 
 
Exemplo: enxadrista (de xadrez), engraxar, engraxate (de graxa). 
 
 
 
 
Importante! 
 
 Fiquem atentos à grafia das seguintes palavras: esplêndido,estender, estendido, 
estourar, esterno (osso), estranho e estratificar (dispor em camadas ou estratos). 
 
 
Emprega-se CH (em) ... Exemplos 
 
- cognatos das palavras 
com CH- . 
 
chamariz (de chamar), chinelada (de chinelo), chifrada (de chifre), 
chaveiro (de chave), pichação (de piche). 
 
 
- segmentos iniciais CHAM- 
e CHO- . 
 
 
chamuscar, champanha, chaminé, chocalho, chocolate, choupana. 
 
Exceção: xampu. 
 
 
- sufixos -ACHO, -ICHO e 
UCHO(A). 
 
 
riacho, esguicho, gaúcho, gaúcha. 
 
 
 
 
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Dicas estratégicas! 
 
 1ª) Quando “en-” for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva: encharcar 
(de charco), enchapelar (de chapéu), enchiqueirar (de chiqueiro), enchumbar (de chumbo), 
enchouriçar (de chouriço), enchumaçar (de chumaço), enchente (de encher). 
 
 2ª) Atenção especial à escrita correta das seguintes palavras: chave, chuchu, chicote, 
chifre, chimarrão, chimpanzé, cochilo, chulo, chumaço, chacina, chantagem, chibata, brocha 
(prego), bucho (estômago de animais), chá (arbusto), cheque (ordem de pagamento), tacha 
(prego ou verbo tachar - apelidar), flecha, cartucho. 
 
 
 
 
Emprega-se H (em)... Exemplos 
 
 
 
- compostos ligados por hífen em 
que o segundo elemento começa 
com H. 
 
 
 
anti-higiênico, pré-histórico, pseudo-homérico, super-homem, 
infra-hepático, sobre-humano, arqui-herança, proto-história, 
mini-hotel, ultra-humano. 
 
Atenção à grafia correta das seguintes palavras: desarmonia, 
desumano, lobisomem. 
 
 
- verbo HAVER (e em suas flexões). 
 
 
havemos, haveis, haveria, houve, houvesse, houver. 
 
 
- substantivo próprio BAHIA (Estado 
do Brasil). 
 
 
Observação! 
 
Os derivados da palavra Bahia são grafados sem H. 
 
Exemplos: baiano, baianinha, baianada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EMPREGO DAS VOGAIS 
 
Emprega-se E (em)... Exemplos 
 
- Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do singular 
(tu e ele) e na 3ª pessoa do plural (eles) dos verbos 
terminados em –IR. 
 
Reunir – tu reúnes, ele reúne, eles reúnem. 
Partir – tu partes, ele parte, eles partem. 
 
 
 
 
- Presente do Subjuntivo: em todas as pessoas dos 
verbos terminados em -OAR e -UAR. 
 
 
Magoar - (que) eu magoe / tu magoes / ele 
magoe / nós magoemos / vós magoeis / eles 
magoem. 
 
Pontuar - (que) eu pontue / tu pontues / ele 
pontue / nós pontuemos / vós pontueis / eles 
pontuem. 
 
 
 
- formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos 
seguintes verbos terminados em -IAR: mediar, ansiar, 
remediar, incendiar e odiar. 
 
Os demais são regulares: “Arriar” (abaixar-se) - arrio, 
arrias, arria, arriamos, arriais, arriam. 
 
“Arrear” (pôr o arreio) termina em –EAR: arreio, arreias, 
arreia, arreamos, arreais, arreiam. 
 
M ediar – eu medeio, tu medeias, ele 
medeia, eles medeiam. 
A nsiar – eu anseio, tu anseias, ele anseia, 
eles anseiam. 
R emediar – eu remedeio, tu remedeias, ele 
remedeia, eles remedeiam. 
 I ncendiar – eu incendeio, tu incendeias, ele 
incendeia, eles incendeiam. 
O diar – eu odeio, tu odeias, ele odeia, eles 
odeiam. 
 
Observação! 
 O verbo intermediar segue o 
paradigma do verbo mediar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Reforçando... 
 
Emprega-se a vogal E nos: 
 
 
 
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Atenção! 
 
 As seguintes palavras devem ser grafadas com “e”: beneficência, cadeado, candeeiro, 
creolina, cumeeira, descortinar, descrição (descrever), descriminar (inocentar), desperdício, 
despensa (depósito), empecilho, empório, espontâneo, encarnação, paletó, peão (pessoa), 
periquito, prazerosamente, rédea, terebintina. Memorizem isso! 
 
 
Emprega-se I (em)... Exemplos 
 
 
 
- Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do 
singular (tu e ele) dos verbos terminados em -UIR, 
-AIR e -OER. 
 
 
-UIR: tu possuis, ele possui; tu 
contribuis, ele contribui; tu constróis, 
ele constrói. 
-AIR: tu extrais, ele extrai; tu retrais, 
ele retrai; tu distrais, ele distrai. 
-OER: tu róis, ele rói; tu móis, ele mói; 
tu remóis, ele remói. 
 
 
 
- formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos 
verbos terminados em -EAR. 
 
 
Recear – eu receio, tu receias, ele 
receia, eles receiam. 
Frear – eu freio, tu freias, ele freia, eles 
freiam. 
Passear – eu passeio, tu passeias, ele 
passeia, eles passeiam. 
Arrear – eu arreio, tu arreias, ele 
arreia, eles arreiam. 
 
 
 As seguintes palavras devem ser grafadas com “i”: aborígine, açoriano, camoniano, 
calcário, casimira, cordial, corrimão, crânio, crioulo, digladiar, discernir, discrepância, discrição 
(discreto), discriminar (isolar), disenteria, dispensa (licença), displicência, erisipela, escárnio, 
impigem, inclinar, inquirir, invólucro, lampião, manteiga, manteigueira, meritíssimo, 
pião (brinquedo), privilégio. Sempre aparece alguma em prova. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. (ESAF-2009/Ministério da Fazenda) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical 
ou de grafia. 
 
A economia brasileira entrou na crise internacional em melhores condições do que(1) no 
passado, mas a exportação caiu, a atividade recuou desde o(2) fim de 2008 e o desemprego 
tem(3) crescido. As primeiras tentativas de reativar a economia por meio de facilidades fiscais 
deram resultado modesto, mas já(4) afetaram a arrecadação tributária. Além disso, o manejo da 
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política orçamentária foi limitado pelo aumento de gastos com pessoal. É preciso continuar 
usando os estímulos fiscais, mas com melhor planejamento e com mais esforço de contensão(5) 
das despesas improdutivas. 
(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009) 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentário: Há erro gramatical na assertiva E. O vocábulo “contensão” foi incorretamente 
grafado com “S”. No contexto, a acepção da palavra é “ato ou efeito de conter”, devendo, 
portanto, ser grafada com “Ç”: “contenção”. 
 A questão também poderia ser resolvida por meio da regra do paradigma, em que os 
vocábulos derivados do verbo ter são grafados com “Ç”: 
 
ater, atenção; 
abster, abstenção; 
reter, retenção; 
conter, contenção. 
 
 É importante frisar que também existe o vocábulo “contensão” (grafado com “S”). Segundo 
o Dicionário Eletrônico Houaiss, essa palavra significa “tensão ou esforço considerável”, mas não 
se enquadra no contexto da questão. 
 
Gabarito: E. 
 
 
2. (ESAF-2006/IRB) Assinale o trecho do texto que apresenta erro gramatical. 
 
Machado de Assis – Um gênio Brasileiro, de Daniel Piza 
 
a) Na apresentação da biografia de Machado de Assis (1839-1908), o jornalista Daniel Piza 
observa que o autor foi, ao mesmo tempo, uma expressão de sua época e uma exceção a ela. 
b) Em seus contos e romances, ele deixou um retrato acurado do Rio de Janeiro do século XIX, 
mas sua crítica ácida à sociedade brasileira nem sempre foi percebida pelos seus 
contemporâneos. 
c) Pizabusca demonstrar que Machado era muito diferente do protagonista de seu último 
romance, Memorial de Aires. 
d) O escritor não tinha “tédio a controvérsias”, pois, na verdade, participou dos grandes debates 
públicos de sua época. 
e) A ascenção social do mulato no Brasil escravista e a epilepsia estão entre os aspectos de sua 
vida examinados no livro. 
 
(Adaptado de Revista VEJA, 28 de dezembro de 2005, p.196) 
 
Comentário: Há erro gramatical na alternativa E. O vocábulo “ascenção” foi incorretamente 
grafado com “Ç”. Conforme estudamos nas lições acerca do emprego das consoantes, palavras 
derivadas de outras que contenham “ND” no radical devem ser grafadas com “S”: 
 
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pretender, pretensão; 
suspender, suspensão; 
ascender, ascensão. 
 
Gabarito: E. 
 
 
3. (ESAF-2007/SEFAZ-CE) Assinale a opção que contém erro de grafia ou inadequação 
vocabular. (Artigo extraído, com modificações, do Estatuto dos Funcionários Públicos 
Civis do Estado do Ceará). 
 
Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de autoridade superior quando: 
 
a) a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente; 
b) não se contiver a ordem na área da competência do órgão a que servir o funcionário seu 
destinatário, ou não se referir a nenhuma das atribuições do servidor; 
c) for a ordem expendida sem a forma exigida por lei; 
d) não tiver a ordem como causa uma necessidade administrativa ou pública, ou visar a fins não 
estipulados na regra de competência da autoridade da qual promanou ou do funcionário a quem 
se dirige; 
e) a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de autoridade; 
 
Comentário: O erro encontra-se na assertiva C. O vocábulo “expendida” foi grafado em 
desobediência às prescrições gramaticais. O correto é “expedida”, que significa “remeter”, 
“destinar”, “despachar”. Portanto, a alínea “c”, do artigo 192, deve ser reescrita da seguinte 
forma: 
 
“c) for a ordem expedida sem a forma exigida por lei;” 
 
 Vale chamar a atenção para a grafia da palavra “excesso”, constante da alternativa E. 
Conforme apresentamos nas lições, palavras derivadas de verbos que possuem “CED-” no 
radical devem ser grafadas com “SS”: 
 
ceder, cessão; 
exceder, excesso. 
 
Gabarito: C. 
 
 
4. (ESAF-2011/CVM) Analise se o fragmento abaixo, extraído de um texto de José Carlos 
Moutinho, foi transcrito de forma gramaticalmente correta. 
 
A história da Internet demonstra que esta surgiu primeiramente nos meios militares norte- 
-americanos, no auge da Guerra Fria, tendo sido então extendida para os meios acadêmicos. 
Desde os seus primórdios (Arpanet), a Internet visa à processamento e transmissão de grande 
quantidade de informações e dados, para a formação de conhecimento. 
 
(Disponível em http://www.correiocidadania.com.br/content/view/5162/9/) 
 
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Comentário: O fragmento apresenta erro de ortografia. O vocábulo “extendida” foi grafado de 
maneira incorreta. Segundo as lições gramaticais, essa palavra deriva de “estender”, devendo, 
portanto, ser grafada com “S”: “estendida”. É preciso não confundi-la com o vocábulo “extensão”, 
grafado com “X”. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
5. (ESAF-2004/CGU) Assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão do texto 
que contraria a prescrição gramatical. 
 
No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de tempo. Não mais o conceito 
linear, histórico, que perspassa(1) a Bíblia e, também, as pinturas de Frei Angélico ou Dom 
Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimem-se(3) as 
barreiras entre tempo e espaço. O tempo adquire caráter espacial, e o espaço, caráter temporal. 
No filme, o olhar da câmera e do espectador(4) passa, com toda liberdade, do presente para o 
passado e, desse, para o futuro. Não há continuidade ininterrupta(5). 
(Adaptado de Frei Betto) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentário: A opção que apresenta erro refere-se à assertiva A. Provavelmente o examinador 
da banca tentou induzir os candidatos ao erro, levando-os a acreditar que a grafia do verbo 
“perpassar” se assemelhasse à das palavras “perspectiva” e “perspicaz”. No texto, foi grafada a 
forma “perspassar”, mas o correto é “perpassar”. Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss, esse 
verbo, ao assumir transitividade direta (a qual foi empregada no contexto), significa “deixar para 
trás ou de lado; preterir”. Fácil demais, não é? 
 Chamo a atenção de vocês, também, para a palavra “espectador”, constante do item 4. 
Esse vocábulo significa “aquele que presencia um fato”, não devendo ser confundido com 
“expectador” (aquele que permanece na expectativa). 
 
Gabarito: A. 
 
 
6. (ESAF-2003/MPOG) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia das 
palavras. 
 
Considerando que a constituição de uma nova cultura do trabalho nos empreendimentos 
populares só pode ser(1) compreendida como um processo que perspassa(2) o conjunto mais 
amplo das relações sociais, seria(3) uma ilusão imaginar que é possível encontrar no interior da 
sociedade capitalista uma organização econômica que, mesmo gerida(4) pelos próprios 
trabalhadores, pudesse se(5) caracterizar, em seu conjunto, como “cultura de novo tipo”. 
 
(Adaptado de Lia Tiriba) 
a) 1 
b) 2 
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c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentário: Novamente, a banca trabalhou a grafia do verbo “perpassar”. Os assuntos se 
repetem na ESAF. Vejam o comentário da questão anterior. 
 
Gabarito: B. 
 
 
7. (ESAF-2010/ISS-RJ) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de 
palavra inserido na transcrição do texto. 
 
Se, numa região que dispõe dos(1) mais sofisticados equipamentos do mundo, as informações 
sobre a amplitude do acidente do Golfo do México não são precisas(2), e as tentativas de conter 
o vazamento, infrutíferas(3), é de se imaginar o que aconteceria se(4) desastre semelhante 
atingisse a costa brasileira, com as previsíveis limitações dos órgãos do país ligados ao 
problema. Um acidente como o do Golfo do México atingiria em cheio a região que concentra 
parte importante do PIB do país, afetaria fortemente a indústria do turismo e teria repercuções(5) 
econômicas e sociais proporcionalmente mais graves que as provocadas nos EUA. 
 
(O Globo, Editorial, 27/5/2010, com adaptações) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentário: Há erro de grafia na assertiva E. Conforme estudamos nas lições acerca do 
emprego das consoantes, quando a palavra primitiva for composta por vogal + sufixo “-TIR”, 
emprega-se “SS”, e não “Ç”. Vejam: 
 
admitir, admissão; 
demitir, demissão; 
repercutir, repercussão. 
 
Gabarito: E. 
 
 
8. (ESAF-2010/CVM) Assinale o trecho em que a transcrição do texto adaptado de 
Conjuntura Econômica, de setembro de 2010, vol. 64, n. 9, desrespeita as regras 
gramaticais no uso das estruturas linguísticas. 
 
a) Há evidências de que a economia brasileira passa por um processo de transformação 
estrutural, em direção a um juro neutro mais baixo. Na verdade, a maior dificuldade para se 
projetar a trajetória de juros no Brasil é o desempenho da economia do resto do mundo. 
b) Caso haja, de fato, um segundo mergulho ressessivo nos Estados Unidos, como previnham 
importantes analistas, os efeitos deflacionários seriam consideráveis e iriam além das fronteiras 
americanas.Língua Portuguesa para APO-MPOG 
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c) Se isso ocorrer, é provável que contribua para reduzir a taxa de juros do Brasil no curto e 
médio prazo. Não há absolutamente nada de trivial no atual momento da política monetária. 
d) É importante ter em mente, por outro lado, que a dificuldade, neste caso, não deve ser tomada 
de forma dramática. A economia brasileira passa por uma excelente fase cíclica, em que o 
crescimento não é acompanhado por nenhuma grande ameaça de explosão inflacionária ou de 
crise nas contas externas no horizonte visível. 
e) Na verdade, o cenário externo é mais preocupante do que o interno. Em uma situação desse 
tipo, os erros e os acertos devem ser encarados mais como uma “sintonia fina” de um momento 
amplamente favorável do que como decisões que podem “salvar o país”. 
 
Comentário: Os erros encontram-se na assertiva B. Primeiramente, o adjetivo “ressessivo” foi 
incorretamente grafado. Esse vocábulo deriva de “recessão”, devendo, por conseguinte, 
apresentar-se sob a seguinte forma: “recessivo”. Ainda nesta opção, há outro equívoco: a forma 
verbal “previnham”, conjugação de “prever”. Por ser um verbo derivado de “ver”, deve seguir o 
paradigma (modelo) de conjugação deste último: 
 
Ver  eu vi, ele viu, eles viram, quando eu vir, se ele visse ... 
 
Prever  eu previ, ele previu, eles previram, quando eu previr, se ele previsse ... 
 
 Portanto, o correto é “previam” (pretérito imperfeito do indicativo). 
 
Observação: O paradigma de conjugação dos verbos será estudado em aulas futuras. 
 
Gabarito: B. 
 
 
9. (ESAF-2010/SUSEP) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de 
palavra inserido no texto. 
 
A manutenção dos empregos é um atestado de que(1) os agentes econômicos, embora(2) 
assustados com as repecurssões(3) da crise nos países mais desenvolvidos, não perderam a 
confiança na economia brasileira. Não foi sem motivo. Graças aos sinais emitidos pelo próprio 
governo de que a crise seria encarada sem abalos na estrutura do combate à(4) inflação, no 
câmbio flutuante e com o menor sacrifício possível da política de superávits primários, já se sabia 
que a economia brasileira teria condições inéditas de escapar dos piores efeitos da situação. 
Mesmo tendo enfrentado(5) uma recessão, caracterizada pelo desempenho negativo do PIB por 
dois semestres seguidos, e de sofrer forte pressão por mudanças no câmbio, o governo 
sustentou a política econômica. 
(Adaptado de Estado de Minas, Editorial, 19/02/2010) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentário: Novamente, veremos como os assuntos se repetem nas provas da ESAF. Há erro 
de grafia no item relativo à na assertiva C. Conforme estudamos nas lições acerca do emprego 
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das consoantes, quando a palavra primitiva for composta por vogal + sufixo “-TIR”, emprega-se 
“SS”. Vejam: 
 
admitir, admissão; 
demitir, demissão; 
repercutir, repercussão. 
 
 Na questão, o erro deveu-se ao deslocamento inadequado da consoante “r”: 
“repecuRssões”. Entretanto, o correto é “repeRcussões”. 
 
 Vale chamar a atenção de vocês, também, para uma temática que será vista em aulas 
futuras: o emprego do acento grave indicativo de crase. No item 4, há dois elementos: o termo 
regente “combate”, e o termo regido “inflação”. Conforme estudaremos em momento oportuno, 
veremos que o substantivo “combate” rege emprego da preposição “a”. Por sua vez, o nome 
“inflação” admite a anteposição do artigo definido feminino “a”, acarretando a fusão entre esses 
dois elementos, denominada crase: “combate à inflação”. Veremos isso mais detalhadamente no 
decorrer de nosso curso. 
 
Gabarito: C. 
 
 
 
EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES 
 
 A partir deste momento, chamo a máxima atenção de vocês para o emprego de algumas 
expressões que podem gerar dúvida. Isso é recorrente nas provas da ESAF. 
 Vamos lá! 
 
 
 A (preposição/artigo) x HÁ (verbo) 
 
A (preposição) – indica relação de distância ou de tempo futuro. 
 
Exemplos: A espiã trabalha a dois quarteirões dos inimigos. (preposição= relação de distância) 
Começarei a trabalhar daqui a uma semana. (preposição= ideia de futuro) 
 
 
A (artigo) – determina nomes femininos. 
 
Exemplo: A prova de Português para a Receita Federal será fácil. 
 
 
HÁ (verbo) – indica “tempo passado” ou a “existência de algo/alguém”. Nestas acepções, deve 
permanecer na terceira pessoa do singular, pois é um verbo impessoal. 
 
Exemplos: 
Fiz a prova há dois dias. (= Fiz a prova faz dois dias.) 
Há dois carros para o leilão. (Existem dois carros para o leilão.) 
 
 
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 AO ENCONTRO DE X DE ENCONTRO A 
 
AO ENCONTRO DE – em direção a, favoravelmente. 
 
Exemplo: Fui ao encontro de minha namorada. (= Fui em direção à minha namorada.) 
 
 
DE ENCONTRO A – ir contra; choque. 
 
Exemplo: Fui de encontro à opinião de sua esposa. (= Fui contra a opinião de sua esposa.) 
 
 
 AFIM X A FIM 
 
AFIM – indica “semelhança”, “parentesco”. 
 
Exemplo: Nossa meta é afim: sua aprovação. (= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.) 
 
 
A FIM – indica “finalidade”. Equivale à conjunção final “para”. 
 
Exemplos: Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.) 
 
 
 ACERCA DE X HÁ CERCA DE X CERCA DE 
 
 
ACERCA DE - significa “a respeito de”, “sobre”. 
 
Exemplo: Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.) 
 
 
 
CERCA DE – transmite ideia “durante”, “aproximadamente”. 
 
Exemplo: Jogamos cerca de três horas. (= Jogamos durante três horas.) 
 
 
 
HÁ CERCA DE - significa “faz aproximadamente”, indicando tempo passado. 
 
Exemplos: Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.) 
Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.) 
 
 
 
 
 
 
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 EM VEZ DE X AO INVÉS DE 
 
EM VEZ DE – indica “em lugar de”. 
 
Exemplo: Em vez de batata frita, comeu um sanduíche. (= No lugar de batata frita, comeu um 
sanduíche.) 
 
 
AO INVÉS DE – indica “ao contrário de”. 
 
Exemplo: Ao invés de subir, desceu. 
 
 
Importante! 
 
 
 
 A expressão “ao invés de” só deve ser empregada quando houver ideias contrárias. No 
segundo quadrinho, há ideia de “em lugar de”. Por essa razão, a frase da atendente está errada. 
O correto é: “Oi, Ju, bom dia! Em vez de ir com a Lu, vou com você”. 
 
 
 MAL X MAU 
 
MAL (advérbio/substantivo) - oposto de “bem”. 
 
Exemplos: Ele fez o serviço mal. (= Ele fez o serviço bem.) 
Ele tem um mal incurável. (= Ele tem um bem incurável.) 
 
 
MAL - conjunção subordinativa temporal equivalente a “logo que”, “assim que”. 
 
Exemplo: Mal ele chegou, todos saíram. (= Logo que ele chegou, todos saíram.) 
 
 
MAU (adjetivo) – contrário, antônimo de “bom”. 
 
Exemplo: Ele é um aluno mau. (= Ele é um aluno bom.) 
 
 
 
 
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 ONDE X AONDE X DE ONDE 
 
 
ONDE – empregadocom verbos que exprimem “ESTADO” ou “PERMANÊNCIA”. 
 
Exemplos: A cidade onde estou é linda. 
Onde você deixou os óculos ? 
 
Cuidado! 
 
 “Onde” deve ser empregado somente quando houver referência a lugar: 
 
“A cidade onde estou é linda”. 
 
 É incorreto o emprego em outros contextos, tais como “A situação onde me encontro é 
favorável”. Notem que, no exemplo apresentado, não há referência a lugar, razão por que o 
emprego de “onde” está incorreto. Nesse caso, é correto o emprego das expressões “em que” ou 
“na qual”: 
 
A situação em que me encontro é favorável. / A situação na qual me encontro é favorável. 
 
 
AONDE – empregado com verbos que exprimem “MOVIMENTO”. 
 
Exemplo: Aonde você quer chegar ? 
 
 No exemplo acima, o verbo “chegar” indica movimento, regendo o emprego da preposição 
“a”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a forma “aonde”. 
 
 
DE ONDE – empregado com verbos que exprimem “ORIGEM”, “PROCEDÊNCIA”. 
 
Exemplo: De onde você veio ? 
 
 No exemplo acima, o verbo “vir” indica origem, procedência, regendo o emprego da 
preposição “de”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a expressão “de 
onde” ou a contração “donde” (de + onde). 
 
 
 OS PORQUÊS 
 
POR QUE (separado e sem acento) - é usado em: 
 
a) interrogativa direta. 
 
Exemplo: Por que você faltou à aula ontem? 
 
b) interrogativa indireta. 
 
Exemplo: Gostaria de saber por que você faltou à aula ontem. 
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Dica! 
 
 A forma “POR QUE” (separada e sem acento) também pode ser empregada nos 
seguintes contextos: 
 
 Preposição + pronome interrogativo, equivalente a “por qual razão”. 
 
Exemplo: Não sei por que insisto; só sei que serei aprovado. (= Não sei por qual razão insisto; 
só sei que serei aprovado.) 
 
 Preposição + pronome relativo, equivalente a “pelo qual” (e flexões). 
 
Exemplo: Passarei no concurso por que tanto luto. (= Passarei no concurso pelo qual tanto luto.) 
 
 Após as palavras denotativas “EIS” e “DAÍ”. 
 
Exemplos: “Eis por que seremos aprovados.” 
“Daí por que dizemos que seremos aprovados.” 
 
 
Cuidado! 
 
Se a forma “por que” estiver substantivada (antecedida de determinantes), o correto é empregar 
“porquê” (junto e com acento). Neste caso, será equivalente a motivo, razão. 
 
Exemplos: Eis o porquê de nossa aprovação. 
Daí um porquê de seu sucesso: o estudo. 
 
 
 POR QUÊ (separado e com acento) – é usado quando no final da frase. 
 
Exemplo: Não fez a prova? Por quê? (o “quê” é tônico; por isso, é acentuado graficamente) 
 
 
 Pode ser usado no final da oração, antes de pausa (não necessariamente em final do 
período), quando for equivalente a motivo, razão pela qual. 
 
Exemplo: Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. (o “quê” é tônico) 
 
 
 PORQUE (junto e sem acento) - é usado em respostas. Dependendo do contexto em que 
estiver inserido, indicará uma: 
 
 
a) explicação (= pois) 
 
Exemplo: A moça chorou porque os olhos estão vermelhos. (= A moça chorou pois os olhos 
estão vermelhos.) 
 
 
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b) causa (= já que) 
 
Exemplo: A moça chorou porque foi aprovada no concurso. (= A moça chorou, já que foi 
aprovada no concurso.) 
 
 
c) finalidade ( = para que). 
 
Exemplo: Fiz-lhe sinal porque se calasse. (= Fiz-lhe sinal para que se calasse.) 
 
 
Observação! 
 
 A forma “porque” (junta e sem acento) deve ser usada em frases interrogativas, 
quando for uma conjunção causal (relação de causa e efeito). 
 
Exemplo: Não íamos demonstrá-la porque nossa habilidade não era valorizada? 
 
 
 PORQUÊ (junto e com acento) – é um substantivo usado sempre que vier precedido de 
determinante. Significa motivo, razão, causa. 
 
Exemplos: Gostaria de entender o porquê de suas faltas. (= Gostaria de entender o motivo de 
suas faltas.) 
 
Desejo saber os porquês de tanto estudo. (= Desejo saber as razões de tanto estudo.) 
 
 
 
Curiosidade! 
 
 
 Na primeira estrofe da música “Gostava tanto de você”, cuja autoria pertence a Tim Maia, 
houve o emprego da forma “porque”. O emprego foi correto ? 
 
Gostava Tanto de Você 
 
Não sei porque você se foi 
Quantas saudades eu senti 
E de tristezas vou viver 
E aquele adeus não pude dar... 
 (Tim Maia) 
 
 
Resposta: Não! A forma correta seria “por que”, pois é uma sequência composta por uma 
preposição + pronome interrogativo, equivalente a por qual razão: 
 
 
 
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Gostava Tanto de Você 
 
Não sei por que você se foi 
Quantas saudades eu senti 
E de tristezas vou viver 
E aquele adeus não pude dar... 
 (Tim Maia) 
 
 SE NÃO X SENÃO 
 
 
 Letra:Chico da Silva 
 
 SE NÃO - formado por "SE" (conjunção condicional) + "NÃO" (advérbio). Equivale a 
"CASO NÃO". 
 
Exemplo: Se não estudarem, não passarão no concurso. (= Caso não estudem, não passarão no 
concurso.) 
 
 
 SENÃO - equivalente a "CASO CONTRÁRIO", "EXCETO". 
 
Exemplos: Estude bastante, senão você não terá sucesso. (= Estude bastante, caso contrário 
você não terá sucesso.) 
 
Todos foram convidados para a festa, senão ela. (= Todos foram convidados para a festa, 
exceto ela.) 
 
 
 Aluno(a)s, espero que tenham compreendido a explicação, senão (= caso contrário) 
explicarei novamente. Se não (= Caso não) conseguirmos isso na próxima explicação, 
retomaremos o tema quantas vezes forem necessárias! :-) 
 
 
 
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 AGENTE X A GENTE 
 
 
AGENTE - é aquele que atua, exerce certo cargo ou determinada função (p. ex. procurador, 
delegado, administrador etc.). 
 
Exemplo: O agente chegou cedo à repartição. 
 
 
A GENTE - é uma expressão que representa a ideia de primeira pessoa do plural (nós), sendo de 
uso comum entre os falantes do português brasileiro. Entretanto, a forma verbal associada deve 
permanecer na 3ª pessoa do singular. 
 
Exemplo: A gente vai à praia amanhã. 
 
 
 DIA-A-DIA X DIA A DIA (segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa) 
 
 
 Antes do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a expressão “dia-a-dia” era grafada 
com hífen (ou traço de união). 
 
Exemplos: Nas escolas públicas, o dia-a-dia (= cotidiano) dos professores brasileiros é árduo. 
 
 Com a promulgação do mencionado acordo, o hífen (ou traço de união) foi abolido: 
dia a dia. 
 
Exemplos: Nas escolas públicas, o dia a dia dos professores brasileiros é árduo. (equivalendo a 
“cotidiano”, a expressão será um substantivo) 
 
Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expressão será 
locução adverbial de tempo) 
 
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 TAMPOUCO X TÃO POUCO 
 
 
TAMPOUCO - é uma conjunção coordenativa aditiva. Equivale a "TAMBÉM NÃO", "NEM". 
 
Exemplo: Eles não trabalham tampouco estudam. (= Eles não trabalham nem estudam.) 
 
 
TÃO POUCO - expressão equivalente a "MUITO POUCO". 
 
Exemplo: Ele dormiu tãopouco, que logo sentirá sono. (= Ele dormiu muito pouco, que logo 
sentirá sono.) 
 
 
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS 
 
 
Homônimos – são palavras que, embora tenham significados diferentes, têm a mesma 
estrutura fonológica. Tripartem-se em: 
 
 Homônimos homóFONOS – mesmo som (pronúncia) e grafias diferentes. 
 
Exemplos: 
coser (costurar) / cozer (cozinhar); 
expiar (pagar a culpa) / espiar (observar secretamente); 
cela (quarto de dormir) / sela (peça de couro posta sobre o lombo da cavalgadura); 
 
 Homônimos homóGRAFOS – mesma grafia (escrita) e pronúncias diferentes. 
 
Exemplos: 
colher (verbo) / colher (substantivo); 
sede /é/ (lugar principal) / sede /ê/ (secura, necessidade de ingerir líquido). 
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 Homônimos perfeitos - pronúncia e grafia iguais. 
 
Exemplos: são (verbo “ser”) / são (adjetivo = sadio). 
 
Os alunos do Estratégia Concursos são demais! (verbo “ser”) 
Mente sã no corpo são. (adjetivo = sadio) 
 
cedo (advérbio de tempo) / cedo (verbo “ceder”). 
 
Chegarei cedo ao local de prova. (advérbio de tempo) 
Neste instante, eu cedo o apartamento para vocês. (verbo “ceder”) 
 
 
 
 É importante diferenciar os homônimos perfeitos das palavras polissêmicas. 
 
 Homônimos perfeitos são nomes que têm mesma grafia e pronúncia, mas que 
pertencem a classes gramaticais distintas (têm mais de uma entrada no dicionário) 
 
 
Exemplos: 
 
Os alunos do Estratégia Concursos são demais! (verbo “ser”) 
Mente sã no corpo são. (adjetivo = sadio) 
 
 Nos exemplos acima, houve alteração da classe gramatical. Logo, temos homônimos 
perfeitos. 
 
 Por sua vez, termos polissêmicos são vocábulos que apresentam uma só forma com 
mais de um significado, pertencendo à mesma classe gramatical (apenas uma entrada no 
dicionário). 
 
 
O cabo obedeceu às ordens dos superiores. (cabo = patente militar  substantivo) 
A cozinheira pegou a faca pelo cabo. (cabo = parte do instrumento  substantivo) 
 
 
 Nos exemplos acima, não houve alteração da classe gramatical. Logo, temos vocábulos 
polissêmicos. 
 
 
PARONÍMINA 
 
 Parônimos – é a relação entre palavras que são parecidas, mas que possuem 
significados diferentes. 
 Aproveitando o ritmo da aula, apresentarei uma sucinta lista com os homônimos e 
parônimos recorrentes nos certames organizados pela ESAF. 
 
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Ascender: subir, elevar-se. 
Acender: atear fogo, abrasar. 
 
Acento: inflexão de voz, sinal gráfico. 
Assento: base, cadeira, apoio; registro, apontamento. 
 
Acerca de: a respeito de, sobre. 
A cerca de: a uma distância aproximada de. 
Há cerca de: faz aproximadamente, existe(m) perto de. 
 
Acerto: estado de acertar; precisão, segurança; ajuste. 
Asserto: afirmação, asserção. 
 
Aferir: medir. 
Auferir: obter, ganhar. 
 
Afim: parente por afinidade; semelhante, análogo. 
A fim (de): para (locução conjuntiva final). 
 
Amoral: indiferente à moral, que não se preocupa com a moral. 
Imoral: contrário à moral, indecente. 
 
Ao encontro de: para junto de, favorável a. 
De encontro a: contra, em prejuízo de. 
 
Ao invés de: ao contrário de. 
Em vez de: em lugar de. 
 
A par: ciente, ao lado, junto. 
Ao par: de acordo com a convenção legal; equivalência. 
 
Apreçar: marcar o preço de, avaliar, ajustar. 
Apressar: acelerar, dar pressa a, instigar. 
 
Arrear: pôr arreios a; aparelhar. 
Arriar: abaixar, descer, inutilizar, desaminar. 
 
Arrochar: apertar muito. 
Arroxar: tornar roxo. 
 
Ás: pessoa notável em sua especialidade; carta de jogo. 
Az: esquadrão, ala do exército, fileira. 
 
Asado: que tem asas, alado. 
Azado: oportuno, propício. 
 
Avocar: atrair, atribuir-se, chamar. 
Evocar: trazer à lembrança. 
 
Caçar: perseguir, apanhar. 
Cassar: anular, suspender. 
 
Cavaleiro: homem a cavalo. 
Cavalheiro: homem gentil, de boas maneiras e ações. 
 
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Cela: aposento de religiosos, cubículo. 
Sela: arreio de cavalgadura. 
 
Censo: recenseamento, contagem. 
Senso: juízo, discernimento. 
 
Cerrar: fechar, apertar, encerrar. 
Serrar: cortar, separar. 
 
Cessão: ato de ceder, cedência. 
Seção ou secção: setor, corte, subdivisão, parte de um todo. 
Sessão: espaço de tempo em que se realiza uma reunião; reunião. 
 
Cheque: ordem de pagamento. 
Xeque: chefe árabe; lance de xadrez; perigo. 
 
Comprimento: extensão, tamanho, distância. 
Cumprimento: saudação, ato de cumprir. 
 
Concertar: combinar, harmonizar, arranjar. 
Consertar: remendar, restaurar. 
 
Conjetura: suposição, hipótese. 
Conjuntura: oportunidade, momento, ensejo, situação. 
 
Coser: costurar. 
Cozer: cozinhar. 
 
Deferir: atender, conceder, anuir. 
Diferir: divergir; adiar, retardar, dilatar. 
 
Delatar: denunciar, acusar. 
Dilatar: adiar, prorrogar. 
 
Descrição: ato de descrever; explanação. 
Discrição: moderação, reserva, recato, modéstia. 
 
Despensa: depósito de mantimentos. 
Dispensa: escusa, licença, demissão. 
 
Despercebido: não visto, não notado, ignorado. 
Desapercebido: desprevenido, desguarnecido, desprovido. 
 
Destratar: ofender, insultar. 
Distratar: desfazer um trato ou contrato. 
 
Emergir: vir à tona, aparecer. 
Imergir: mergulhar, penetrar, afundar. 
 
Eminente: alto, elevado; sublime, célebre. 
Iminente: imediato, próximo, prestes a acontecer. 
 
Emigrar: sair da pátria. 
Imigrar: entrar (em país estranho) para viver nele. 
 
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Esbaforido: cansado, ofegante. 
Espavorido: apavorado, espantado. 
 
Espectador: testemunha, assistente. 
Expectador: aquele que tem expectativa, esperançoso. 
 
Esperto: fino, inteligente, atilado, ativo. 
Experto: perito, experiente. 
 
Espiar: espreitar, olhar. 
Expiar: pagar, resgatar (crime, falta, pecado). 
 
Estada: permanência, demora de uma pessoa em algum lugar. 
Estadia: permanência paga do navio no porto para carga e descarga. Aplica-se a veículos. 
 
Estância: morada, mansão. 
Instância: pedido urgente e repetido; jurisdição, foro. 
 
Estrato: nuvem; camada. 
Extrato: perfume, loção; resumo. 
 
Flagrante: evidente, manifesto. 
Fragrante: aromático, perfumoso. 
 
Incerto: duvidoso, indeciso, não certo. 
Inserto: inserido, incluído. 
 
Incipiente: principiante, iniciante. 
Insipiente: ignorante. 
 
Indefeso: desarmado, fraco. 
Indefesso: incansável, infatigável. 
 
Infligir: aplicar (pena, castigo, multa, etc.). 
Infringir: transgredir, desrespeitar, desobedecer. 
 
Intercessão: intervenção, mediação. 
Interse(c)ção: ponto em que se cruzam duas linhas ou superfícies. 
 
Intimorato: sem temor, destemido. 
Intemerato: puro, íntegro, incorrupto. 
 
Laço: laçada; traição, engano. 
Lasso: fatigado, cansado, frouxo. 
 
Mandado: ato de mandar. 
Mandato: autorização que se confere a outrem, delegação. 
 
Paço: palácio, palácio do governo; a corte. 
Passo: ato de andar, caminho, marcha; episódio. 
 
Preceder: anteceder, vir antes. 
Proceder: descender, provir, originar-se; comportar-se. realizar; caber, ter fundamento. 
 
 
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Presar: capturar, apresar, agarrar. 
Prezar: estimar muito, amar, respeitar, acatar. 
 
Prescrever: determinar, preceituar, ordenar, receitar. 
Proscrever: condenar a degredo, desterrar; proibir, abolir, suprimir. 
 
Ratificar: validar, confirmar autenticamente. 
Retificar: corrigir, emendar. 
 
Ruço: pardacento; desbotado; grisalho. 
Russo: referente à Rússia; natural ou habitante da Rússia; língua da Rússia. 
 
Sortir: abastecer, prover. 
Surtir: ter como resultado, produzir efeito. 
 
Sustar: deter, suspender, interromper. 
Suster: sustentar, manter, alimentar. 
 
Tacha: pequeno prego; mancha, nódoa. 
Taxa: preço ou quantia que se estipula como compensação de certo serviço; razão do juro. 
 
Tachar: pôr prego em; notar defeito em, censurar, criticar, acusar. 
Taxar: regular o preço; lançar imposto sobre; moderar, regular. 
 
Vultoso: grande, volumoso. 
Vultuoso: vermelho e inchado (diz-se do rosto). 
 
 
10. (ESAF-2006/ENAP) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical, no texto 
abaixo. 
 
Há(1) os que defendem um governo universal; essa seria, de acordo com certos teóricos, a 
única forma de eliminar as guerras, de construir uma paz durável, se não(2) eterna. Outros 
teóricos apontam a impossibilidade de governo universal sobre(3) uma História construída nos 
fundamentos da desigualdade. A paz só pode ser obtida entre sociedades iguais, e as 
sociedades nunca serão(4) iguais. Se houver a provável igualdade econômica, sempre haverá a 
desigualdade cultural, e, por fim, os deuses tão pouco(5) são iguais. 
 
(Adaptado de Mauro Santayana, Jornal do Brasil, 11/03/2006) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
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Comentário: A opção que corresponde a erro gramatical é a letra E. No item 5, a forma “tão 
pouco” (equivalente a “muito pouco”) deve ser substituída por “tampouco”. No contexto, esta 
expressão apresenta o significado “também não”, o que justifica a substituição: 
 
“(...) sempre haverá a desigualdade cultural, e, por fim, os deuses tampouco são iguais”. 
 
“(...) sempre haverá a desigualdade cultural, e, por fim, os deuses também não são iguais”. 
 
 Chamo a atenção de vocês para o item 2, em que há a forma “se não”. No contexto, essa 
expressão é composta pela conjunção condicional “SE”, seguida do advérbio “NÃO”. Equivale a 
“caso não”, estando, pois, grafada corretamente. 
 
Gabarito: E. 
 
 
11. (ESAF-2005/STN-Adaptada) 
 
Os administradores de sociedades limitadas podem responder solidariamente perante a 
sociedade pelo mal desempenho de suas atribuições. Uma dessas hipóteses é justamente não 
comunicar aos demais associados a cessão das cotas por parte de alguns sócios a terceiros que 
não dispõe de patrimônio apto a honrar o compromisso. 
 
Julgue a afirmação a seguir. 
 
I. Há erro no emprego do substantivo mal (linha 2) adjetivando desempenho; o correto é 
empregar o adjetivo mau. 
 
Comentário: No contexto, a forma “mal” não é advérbio ou adjetivo, pois está modificando o 
substantivo “desempenho”. Portanto, deve ser substituída por “mau”, contrário de “bom”. Vejam: 
 
“(...) responder (...) pelo bom desempenho (...)” 
 
“(...) responder (...) pelo mau desempenho (...)” 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
12. (ESAF-2005/MPU) Marque o item em que uma das sentenças não está gramaticalmente 
correta. 
 
a) A literatura depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz apenas os sentidos, 
exige colaboração, embora muitos acreditem que as obras literárias possam brotar de cérebros 
insulados./ A literatura depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz apenas aos 
sentidos, exige colaboração, embora muitos acreditem que as obras literárias possam brotar de 
cérebros insulados. 
b) Um povo não perde os seus mais fortes determinantes se recebe, aceita e pratica a pintura e a 
música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem perda de alguns de 
seus valores. / Um povo não perderá os seus mais fortes determinantes se receber, aceitar e 
praticar a pintura e a música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem 
perda de alguns de seus valores. 
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c) Já tive ocasião de mostrar quanto me parecem precárias três afirmativas de Euclides da 
Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo do homem 
americano. / Já tive ocasião de mostrar como me parecem precárias três afirmativas de Euclides 
da Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo do homem 
americano. 
d) Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar grandes nomes 
pertencentes ao “sistema” de que falei há pouco. / Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa 
literatura podia enumerar grandes nomes pertencentes ao “sistema” de que faz pouco falei. 
e) No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um “sistema” interessantíssimo, que a cerca 
de trezentos anos desenvolve-se. / No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um 
“sistema” interessantíssimo, que há cerca de trezentos anos se desenvolve. 
(Baseado em Roquette Pinto) 
 
Comentário: Há erro gramatical na assertiva E. A expressão “a cerca de” deve ser substituída 
por “há cerca de”, pois, no contexto, há ideia de tempo decorrido, passado. Vamos relembrar as 
lições? Acompanhem comigo! 
 
ACERCA DE - significa “a respeito de”, “sobre”. 
 
Exemplo: Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.) 
 
A CERCA DE - ideia de “aproximadamente”, “perto de”. 
 
Exemplo: Estive a cerca de 50 metros da linha de chegada. (= Estive à distância de 50 metros 
da linha de chegada.) 
 
CERCA DE – transmite ideia “durante”, “aproximadamente”. 
 
Exemplo: Jogamos cerca de três horas. (= Jogamos durante três horas.) 
 
HÁ CERCA DE - significa “faz aproximadamente”, indicando tempo passado. 
 
Exemplos: Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.) 
Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.) 
 
 Portanto, no contexto em análise, o segmento correto é “(...) a nacionalidade e a literatura 
formaram um “sistema” interessantíssimo, que há cerca de trezentos anos desenvolve-se”. 
 
Gabarito: E. 
 
 
13. (ESAF-2006/ANEEL) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical. 
 
Há pelo menos duas compreensões a cerca do(1) Estado e sua natureza: ou ele seria um 
produto da razão pura ou ética do homem em busca de(2) construir na Terra um regime de 
ordem, de paz e de justiça assegurado pelo Direito positivo erigido, ou, ao contrário, seria uma 
criação socioeconômica de base política e militar organizada juridicamente conforme o(3) 
interesse material dos grupos ou classes sociais que(4) dominam efetivamente as relações 
econômicas de produção da riqueza de um país determinado. 
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Para o pensamento moderno oficial, o Estado é uma entidade socioeconômica e política criada 
racional e conscientemente pelo homem, situando-se(5) acima dos interesses das classes, que 
busca a ordem e a paz social e, ainda, cria o direito positivo e realiza a justiça legal. 
(Oscar d’Alva e Souza Filho) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentário: O contexto nos transmite a ideia de “sobre”, “a respeito de”, ou seja, o assunto de 
que se fala. Portanto, no excerto “Há pelo menos duas compreensõesa cerca do Estado e sua 
natureza”, a expressão em destaque deve ser substituída por “acerca de”. Fácil demais, não é?! 
 
Gabarito: A. 
 
 
14. (ESAF-2009/ANA-Adaptada) Em relação ao texto, assinale a opção correta. 
 
O Rio Paraíba do Sul tem cerca de 2/3 de suas águas retiradas do seu leito por uma obra de 
transposição em Santa Cecília (RJ). Essas águas são utilizadas para gerar energia elétrica e 
para abastecer a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhões de pessoas). Havia 
conflitos pelo uso dessas águas entre as diferentes regiões. Também nesse caso, a ação da ANA 
se pautou por definir um arcabouço técnico e institucional, estabelecendo regras de operação 
para o reservatório e de vazão mínima a ser liberada a jusante (rio abaixo), em determinadas 
épocas do ano, de forma a compatibilizar os usos. 
 
(José Machado http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos/ set.2008.pdf) 
 
Analise a proposta a seguir. 
 
I. A substituição de “cerca de” (linha 1) por acerca de mantém a correção gramatical do 
período. 
 
Comentário: Vejam como os assuntos se repetem nas provas da ESAF. Novamente, foi exigida 
a diferenciação entre as expressões “cerca de” e “acerca de”. No contexto, a primeira transmite 
ideia de “aproximadamente”, estando corretamente empregada no texto. Por sua vez, a segunda 
traz a noção de “assunto”, significando “a respeito de”. Portanto, a substituição não mantém a 
correção gramatical do período. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
15. (ESAF-2010/MTE) Assinale a opção que indica onde o texto foi transcrito com erro 
gramatical. 
 
A lição reafirmada pela crise é a da (1) instabilidade como pressuposto da economia de mercado, 
transmitida por dois canais. O primeiro é o da confiança dos agentes – aspecto crucial nas 
observações de John Maynard Keynes -, que é volúvel e sujeita a mudança repentina em 
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momentos de incerteza. Tal instabilidade pode ainda ser catalisada (2) pelo canal financeiro, 
como ficou claro, de forma dramática, em 2008. Falhas de mercado e manifestações de 
irracionalidade são comuns no capitalismo, sem dúvida, mas a derrocada recente não repõe (3) a 
polarização entre Estado e mercado. Reforça, isso sim, a necessidade de aperfeiçoar 
instituições, afim de (4) preservar a funcionalidade dos mercados e a concorrência, bens públicos 
que o mercado, deixado à (5) própria sorte, é incapaz de prover. 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
 
Comentário: No excerto “(...) a necessidade de aperfeiçoar instituições, afim de preservar a 
funcionalidade (...)”, transmite-se a noção de finalidade. Sendo assim, a expressão destacada 
deve ser substituída pela locução conjuntiva final “a fim de”, equivalente a “para que”. Vamos 
rever as lições: 
 
AFIM – indica “semelhança”, “parentesco”. 
 
Exemplo: Nossa meta é afim: sua aprovação. (= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.) 
 
A FIM – indica “finalidade”. Equivale à conjunção final “para”. 
 
Exemplos: Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.) 
 
 Vale chamar a atenção de vocês para o item 2. O vocábulo “catalisada” provém do verbo 
“catalisar” (grafado com “S”). Seguindo a regra dos paradigmas, palavras derivadas de outras 
que contêm “S” no radical devem manter essa consoante. 
 
Gabarito: D. 
 
 
16. (ESAF-2002/MDIC-Adaptada) 
 
Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando é, sem dúvida, um dos mais 
sérios, sobretudo porque dele decorrem inúmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o 
contrabando já faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no 
suprimento da rede formal de comércio, tomando o lugar de produtos legalmente 
comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilícitas proporcionam, aliados ao baixo 
risco a que estão sujeitas, favorecem e intensificam a formação de verdadeiras quadrilhas, 
até mesmo com participação de empresas estrangeiras. São organizações de caráter 
empresarial, estruturadas para promover tais práticas nos mais variados ramos de atividade. 
 
(Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000) 
 
Em relação às estruturas do texto, julgue a afirmação que segue. 
 
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I. A expressão “dia-a-dia” (linha 2) corresponde à idéia de “o viver cotidiano”, e dia a dia 
corresponde à idéia de passagem do tempo, ou seja, dia após dia. 
 
Comentário: A questão foi elaborada antes do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 
Sendo assim, devemos analisá-la à luz das regras anteriores ao Decreto nº 6.583/08. 
 Anteriormente à Reforma Ortográfica, a expressão “dia-a-dia”, pertencente à classe dos 
substantivos e significando “cotidiano”, era grafada com hífen (ou traço de união). Por sua vez, 
grafava-se a locução adverbial “dia a dia” sem hífen, significando “diariamente”. Portanto, a 
afirmação está correta. 
 Vale frisar que, com a promulgação do mencionado acordo, o hífen (ou traço de união) foi 
abolido: dia a dia. A identificação dar-se-á pelo contexto. Vejam: 
 
Exemplos: Nas escolas públicas, o dia a dia dos professores brasileiros é árduo. (equivalendo a 
“cotidiano”, a expressão será um substantivo) 
 
Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expressão será 
locução adverbial de tempo) 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
17. (ESAF-2003/Receita Federal) Indique o item em que todas as palavras estão 
corretamente empregadas e grafadas. 
 
a) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o poder de infringir punições legais a 
cidadãos aparece livre de qualquer excesso e violência. 
b) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exatamente nem juízes, nem 
professores, nem contramestres, nem suboficiais, nem “pais”, porém avocam a si um pouco de 
tudo isso, num modo de intervenção específico. 
c) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder técnico de disciplinar, ilide o 
que possa haver de violento em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revolta que 
ambos possam suscitar. 
d) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do soberano iminente que 
vingava sua autoridade sobre o corpo dos supliciados. 
e) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um campo de práticas ilegais, sob o 
qual se chega a exercer controle e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua 
organização em delinqüência. 
(Itens adaptados de Michel Foucault) 
 
Comentário: É importante o conhecimento dos parônimos. Esta questão trabalhou alguns 
apresentados em nossa lista. Vejamos. 
 Na assertiva A, o vocábulo “infringir” (transgredir, violar) foi empregado incorretamente. O 
certo é “infligir” (aplicar). Por sua vez, a assertiva D empregou equivocadamente a palavra 
“iminente” (prestes a acontecer), pois o correto é eminente (importante, ilustre). Já a alternativa E 
utilizou de modo incorreto a palavra “aferir” (medir) em lugar de “auferir” (obter, ganhar). Na letra 
C, por fim, o correto é “homogeneizar” (fusão de “homogêneo” com o sufixo “izar”). Portanto, as 
palavras estão corretamente grafadas e empregadas na assertiva B. Nessa alternativa, o 
vocábulo “avocar” (chamar para si) foi empregado corretamente, não devendo ser confundido 
com o parônimo “evocar” (trazer à lembrança). 
 
Gabarito: B. 
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EMPREGO DO HÍFEN (OU TRAÇO DE UNIÃO) 
 
 A seguir, apresentarei a vocês um pontoque não é muito cobrado nas provas da ESAF, 
mas que deve ser estudado: o emprego do hífen (ou traço de união). 
 Primeiramente, demonstrarei as regras antigas e, quando necessário, apresentarei as 
mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico. 
 Sempre me dizem: “Professor, são muitas regras. Como decorá-las?”. Fiquem tranquilos, 
meus amigos! Para facilitar a vida de vocês (rs...), trouxe algumas técnicas mnemônicas que 
facilitarão a memorização. 
 
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-, 
INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais 
diferentes. 
 
Para memorizar: 
 
 
P SEUDO- 
S EMI- 
I NTRA- 
C ONTRA- 
A UTO- 
N EO- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais diferentes. 
E XTRA- 
P ROTO- 
I NFRA- 
U LTRA- 
S UPRA- 
 
Exemplos: pseudo-homérico, neo-republicano, proto-revolução, pseudo-sábio, semi-selvagem, 
ultra-secreto, intraauricular, autoônibus, contra-indicação, intra-ocular, extra-oficial, supra- 
-excitação. 
 
Exceção: extraordinário. 
 
 
 
APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-, 
INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogal igual à última 
do prefixo. 
 
 
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Para memorizar: 
 
 
P SEUDO- 
S EMI- 
I NTRA- 
C ONTRA- 
A UTO- 
N EO- antes de ‘H’ e de vogal igual à última do prefixo 
E XTRA- 
P ROTO- 
I NFRA- 
U LTRA- 
S UPRA- 
 
 
 Se os prefixos acima antecederem palavras iniciadas por ‘R’ e ‘S’, estas consoantes serão 
duplicadas, ou seja, não se emprega o hífen. 
 
Exemplos: pseudo-homérico, neorrepublicano, protorrevolução, pseudossábio, semisselvagem, 
ultrassecreto, intra-auricular, auto-ônibus. 
 
Dica! 
 
 Os prefixos CO-, RE-, DES- e IN- não se enquadram na regra acima. 
 
Exemplos: coerança (co + herança), coerdeiro (co + herdeiro), coabitar (co + habitar), coordenar 
(co + ordenar), cooperar (co + operar), cosseno (co + seno), cossecante (co + secante), 
correlação (co + relação), reabilitar (re + habilitar), reeditar (re + editar), reeleição (re + eleição), 
desonra (des + honra), desumano (des + humano), inábil (in + hábil), inabitável (in + habitável). 
 
 
 
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas 
por ‘H’, ‘R’ e ‘S’. 
 
Para memorizar: 
 
 
A NTE- 
 
A NTI- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’ e ‘S’. 
S OBRE- 
A RQUI- 
 
 
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Exemplos: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, arqui-rival, ante-sala, anti- 
-semita, sobre-saia. 
 
Exceções: sobressair, sobressalente, sobressaltar, sobressalto. 
 
 
APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas 
por ‘H’ e por vogal idêntica à última do prefixo. 
 
 
A NTE- 
 
A NTI- antes de ‘H’ e vogal idêntica à última do prefixo 
S OBRE- 
A RQUI- 
 
 
* Diante de R e S, duplicam-se estas consoantes. 
 
Exemplos: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, anti-inflamatório, arqui- 
-inimigo, anteontem, antiaéreo, arquirrival, antessala, antissemita, sobressaia, sobressalente, 
sobressaltar, sobressalto. 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos SUPER-, INTER- e HIPER- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e 
‘R’ (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). 
 
 
S UPER- 
H IPER- antes de ‘H’ e ‘R’ 
 I NTER- 
 
 
Exemplos: super-requintado, hiper-humano, inter-resistente. 
 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos SOB-, AB-, AD- e OB- que antecedem ‘R’ (regra mantida pelo novo 
acordo ortográfico). 
 
Para memorizar: SOBABADOB 
 
 
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S 
O 
B- 
 
A que antecedem ‘R’ 
B- 
 
A 
D- 
 
O 
B- 
 
 
 
Exemplos: sob-roda, ab-rogar, ab-rupto, ad-renal, ob-reptício. 
 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - no prefixo SUB- que antecede ‘B’ , ‘R’ e ‘H’. (regra mantida pelo novo acordo 
ortográfico) 
 
Exemplos: sub-base, sub-bibliotecário, sub-reino, sub-reptício, sub-humano. 
 
 O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) também admite a grafia 
subumano. 
 
 
 
 
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos CIRCUM-, PAN- e MAL- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e 
vogais. 
 
Para memorizar: Lembrem-se de CPM. 
 
 
C IRCUM- 
 
P AN- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogais 
 
M AL- 
 
 
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Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispânico, mal-humorado, circum-escolar, pan-americano, 
mal-educado. 
 
APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos CIRCUM- e PAN- ,que antecedem ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais, e no prefixo 
MAL-, que antecede palavras iniciadas por ‘H’, ‘L’ e vogais. 
 
 
C IRCUM- 
 antes de ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais 
P AN- 
 
 
M AL- antes de ‘H’, ‘L’ e vogais 
 
 
Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispânico, circum-escolar, pan-americano, circum-murado, 
pan-mágico, circum-navegação, pan-negritude, mal-humorado, mal-entendido, mal-limpo, 
mal-lavado, malsucedido. 
 
 
 
 Quando o prefixo MAL- formar um composto que designe doença, deveremos empregar o 
hífen: mal-caduco (epilepsia), mal-francês (sífilis). 
 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos PÓS-, PRÉ- e PRÓ-, quando estes forem tônicos e conservarem 
autonomia vocabular (regra mantida pelo novo acordo ortográfico). 
 
 
 
P ÓS- 
P RÉ- quando tônicos 
P RÓ- 
 
 
 Neste caso, os prefixos serão acentuados graficamente. 
 
Exemplos: pré-histórico, pré-eleitoral, pré-escolar, pós-meridiano, pós-moderno, pós-eleitoral, 
pós-guerra, pró-europeu, pró-ativa. 
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 Mas (sem hífen): prever, predeterminar, preestabelecer, preencher, preeminente, 
preeminência, preexistir, prefácio, posfácio, pospor. 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 
 - nos prefixos SEM-, SOTA-, SOTO-, VICE-, VIZO- e EX- , em qualquer caso (regra 
mantida pelo novo acordo ortográfico). 
 
 
S EM- 
S OTA- 
S OTO- 
 em qualquer caso 
V ICE- 
V IZO- 
E X- 
 
 
 
Exemplos: sem-cerimônia, sota-piloto, soto-ministro, vice-diretor, vizo-rei, ex-presidente. 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos prefixos os prefixos BEM-, ALÉM-, RECÉM- e AQUÉM-, em qualquer caso. 
(regra mantida pelo novo acordo ortográfico). 
 
 
Exemplos: bem-aventurado, bem-vindo, bem-sucedido, além-mar, recém-nascido, 
aquém-fronteiras. 
 
 
Exceções: benfazejo (benfazer), benfeito, benfeitor, benquerença (benquerer). 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nos sufixos -AÇU, -GUAÇU e -MIRIM, quando o primeiro elemento da palavra 
terminar em vogal acentuada graficamente ou quandoa pronúncia exigir (eufonia). (regra 
mantida pelo novo acordo ortográfico). 
 
 
-AÇU 
-GUAÇU quando o primeiro elemento da palavra terminar em vogal acentuada 
-MIRIM graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia). 
 
 
 
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Exemplos: araçá-guaçu, araçá-mirim, anajá-mirim, capim-açu. 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nas formas compostas por GRÃ- ou GRÃO-, quando formarem nomes de lugar, ou 
nas formas verbais e nos compostos ligados por artigo. (regra mantida pelo novo acordo 
ortográfico) 
 
GRÃ- 
 quando formarem nomes de lugar, ou nas formas verbais e nos 
 compostos ligados por artigo. 
GRÃO- 
 
 
Exemplos: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, Baía de Todos-os-Santos. 
 
Importante: O vocábulo Guiné-Bissau deve ser grafado com hífen por se tratar de forma 
consagrada pelo uso, mesmo após o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 - nas palavras compostas por justaposição que constituem unidade sintática e 
semântica. 
 
Exemplos: arco-íris, amor-perfeito, ano-luz, decreto-lei, guarda-chuva, guarda-roupa, 
manda-tudo, pára-brisa, pára-choque, pára-lama, pára-raios, professor-adjunto, secretário-geral, 
tenente-coronel. 
 
 
 
 O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do hífen em palavras compostas que 
perderam a noção de composição. 
 
Exemplos: mandachuva, paramédico, paraquedas, paraquedista, madressilva, girassol, pontapé. 
 
 
 
Emprega-se hífen: 
 
 
 - nos compostos que designam espécies zoológicas e botânicas. 
 
Exemplos: andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, couve-flor, erva-doce, joão-de-barro, 
bico-de-papagaio, não-me-toques. 
 
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
 Agora, estudaremos as regras de acentuação gráfica. 
 
 Inicialmente, pergunto: vocês sabem a diferença entre acento tônico e acento gráfico ? 
 
 Vejam: 
 
Acento tônico Acento gráfico 
 
Determina a sílaba tônica de um 
vocábulo. 
 
Exemplos: ruim, gratuito, amigo. 
 
Sinal empregado sobre a sílaba tônica da 
palavra (de acordo com as regras de 
acentuação). Pode ser agudo ou circunflexo. 
 
Exemplos: saúde, ínterim, história, lâmpada. 
 
REGRAS GERAIS 
 
 PROPAROXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na antepenúltima 
sílaba. Todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente. 
 
Exemplos: lâmpada, pêssego, autógrafo, hábitat, déficit. 
 
 
 PAROXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na penúltima sílaba. 
Acentuam-se graficamente as paroxítonas terminadas em: 
 
 L, N, R, X (Para memorizar: LoNaRoXa). 
 
Exemplos: útil, hífen, éter, ônix. 
 
 UM(NS). 
 
Exemplos: médium, álbuns. 
 
 U e I(S). 
 
Exemplos: vírus, júri. 
 
 Ã(S), ÃO(S). 
 
Exemplos: órfã(s), bênção(s). 
 
 ON(S) 
 
Exemplos: elétron(s), próton(s). 
 
 PS 
 
Exemplos: fórceps, Quéops. 
 
 Ditongo. 
 
Exemplos: história, série, imóveis. 
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 Alguns gramáticos, entre eles Celso Cunha, consideram proparoxítonos eventuais os vocábulos 
terminados em ditongos crescentes (glória, série, sábio, mágoa, história etc.). Porém, a ESAF considera tais 
vocábulos como PAROXÍTONOS terminados em ditongo crescente oral. 
 
 Não se acentuam os prefixos paroxítonos terminados em -r e -i: super-homem, hiper-requintado, 
semi-intensivo. 
 
 Não se acentuam os vocábulos paroxítonos finalizados em -ens: polens, hifens, abdomens. Estas 
palavras também admitem os respectivos plurais sob a forma proparoxítona: pólenes, hífenes, abdômenes. 
 
 Também não se acentua o vocábulo item, tampouco sua forma pluralizada (itens). 
 
 
 OXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na última sílaba. Acentuam-se 
graficamente as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens). 
 
Exemplos: maracujá, ananás, picolé(s), você, português, paletó(s), armazém, parabéns. 
 
Dica! 
 
 Também se acentuam as formas verbais terminadas em a, e, o tônicos, seguidas de -lo(s) 
e -la(s): jogá-las (jogar + as), fazê-la (fazer + a), compô-lo (compor + o). 
 
 
 MONOSSÍLABAS TÔNICAS – são palavras que apresentam acento tônico e que 
constituem uma única sílaba. São acentuadas graficamente as monossílabas tônicas terminadas 
em a(s), e(s), o(s). 
 
Exemplos: já, pás, pé(s), só(s). 
 
Dicas! 
 
 Também se acentuam as formas verbais tônicas terminadas em a, e, o tônicos, seguidas 
de -lo(s) e -la(s): dá-lo (dar + o), fê-lo (fez + o), pô-los (pôr + os). 
 
 Não se acentuam as formas verbais terminadas em i seguidas de -lo(s) ou -la(s): 
fi-lo (fiz + o), qui-lo (quis + o). 
 
 
 Conhecidas as regras gerais, podemos sintetizá-las da seguinte forma: 
 
TONICIDADE 
TERMINADAS EM... 
A(S) E(S) O(S) EM(ENS) OUTRAS 
Acentuada? 
Proparoxítonas Sim Sim Sim Sim Sim 
Paroxítonas Não Não Não Não Sim 
Oxítonas Sim Sim Sim Sim Não 
Monossílabas 
Tônicas 
Sim Sim Sim Não Não 
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 É preciso ter atenção à pronúncia correta de algumas palavras. O equívoco ao pronunciá- 
-las caracteriza a chamada silabada. Portanto, apresentarei uma lista dos vocábulos mais 
recorrentes em concursos: 
 
 
 
 
 
18. (ESAF-2006/SUSEP) Assinale a opção que corresponde a erro de grafia ou de 
desobediência às regras da norma escrita padrão. 
 
A crise da esquerda mundial, consubstanciada(1) sobretudo como a crise do “socialismo real” e, 
em menor intensidade, do modelo social-democrata de gestão “humanizada” do mercado, 
encontra-se ainda em pleno desdobramento. É uma crise profunda, de largo espectro(2) 
histórico, que se confunde plenamente com a crise de civilização, resultante, entre outras causas, 
do auge da hegemonia(3) do sistema capitalista de produção e da conseqüente exacerbação(4) 
de todas as suas contradições. A crise da esquerda mundial, que é também a crise do ideário e 
da experiência socialistas no mundo, torna-se duradoura, sobretudo se estivermos a medí-la(5) 
com a escala individual de nossas vidas. 
(Adaptado de Anivaldo de Miranda) 
PROPAROXÍTONAS PAROXÍTONAS OXÍTONAS 
aeródromo alanos cateter 
aerólito austero cister 
ágape avaro condor 
álcool aziago fidel 
alcoólatra batavo gibraltar 
âmago caracteres hangar 
aríete ciclope mister 
arquétipo decano nobel 
bávaro edito (lei) novel 
bígamo exegese obus 
bímano fortuito recém 
crisântemo gratuito ruim 
édito (ordem judicial) ibero ureter 
égide látex sutil 
elétrodo libido 
hieróglifo maquinaria 
ímprobo meteorito 
ínterim necromancia 
munícipe pudico 
périplo recorde 
protótipo rubrica 
revérbero tulipa 
zênite 
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a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentário: Há erro de grafia na opção correspondente à letra E. O trecho destacado em 
“medí-la” é uma palavra oxítona. Por terminar na vogal “i”, não deve ser acentuada graficamente. 
Portanto, o correto é “medi-la” (sem acento agudo). 
 Vale, também, chamar a atenção de vocês para os vocábulos “hegemonia”,corretamente 
grafado com “h”, e “espectro”, escrito perfeitamente com “s”. Isso é muito recorrente na ESAF. 
Então, fiquem atentos! 
 
Gabarito: E. 
 
 
19. (ESAF-2004/IPEA-Adaptada) Em relação às estruturas do texto, julgue a assertiva 
abaixo. 
 
I. A palavra “estereótipos” é acentuada pela mesma regra gramatical que exige acento em 
“metáfora” e em “científica”. 
 
Comentário: O vocábulo “estereótipos” (es-te-re-ó-ti-pos) é proparoxítono (a tonicidade recai na 
antepenúltima sílaba), razão por que deve ser acentuado graficamente. O mesmo ocorre com as 
palavras “metáfora” (me-tá-fo-ra) e “científica” (ci-en-tí-fi-ca). Portanto, a assertiva está correta. 
 
Gabarito: Certo. 
 
20. (ESAF-2010/MTE) O texto a seguir foi transcrito com erros. Assinale o único trecho que 
atende plenamente às prescrições gramaticais. 
 
a) Constroe-se o espaço social de tal modo que os agentes ou grupos são aí distribuídos em 
razão de sua posição nas distribuições estatísticas de acordo com os dois princípios de 
diferenciação que, em sociedades mais desenvolvidas, são sem dúvida, os mais eficientes: o 
capital econômico e o capital cultural. 
b) Na dimensão mais importante, os detentores de um grande volume de capital global, como 
empresários, membros de profissões liberais e professores universitários, opõe-se globalmente 
aqueles menos providos de capital econômico e de capital cultural, como os operários não 
qualificados. 
c) Na perspectiva em que se considere o peso relativo do capital econômico e do capital cultural 
no patrimonio dos agentes sociais, os professores - relativamente mais ricos em capital cultural 
que em capital econômico -, estão em oposição, nitidamente, aos empresários - relativamente 
mais ricos em capital econômico que em capital cultural. 
d) O espaço de posições sociais traduz-se em um espaço de tomada de posição, pela 
intermediação do espaço de disposições. Em outras palavras, ao sistema de separações 
diferenciais que definem as posições nos dois sistemas principais do espaço social corresponde 
um sistema de separações diferenciais nas propriedades dos agentes sociais. 
e) À cada classe de posições correspondem uma classe habitus (ou de gostos) produzidos pelos 
condicionamentos sociais e, pela intermediação desses habitus, um conjunto sistemático de bens 
e de propriedades, vinculadas entre si por uma a finidade de estilo. 
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Comentário: Vamos analisar cada assertiva. 
 
A) Resposta incorreta. Conforme estudamos nas lições, o verbo “construir” termina em “-UIR”, 
devendo receber a vogal “i” na terceira pessoa do singular do presente do indicativo. Além disso, 
o ditongo aberto “oi” deve ser acentuado graficamente, por ser uma palavra oxítona (o acento 
agudo foi abolido apenas nos ditongos abertos das palavras paroxítonas: ideia, giboia): 
“Constrói-se o espaço social (...)”. 
B) Resposta incorreta. No período, houve erro de concordância verbal. O verbo “opor-se” (linha 
2 da alternativa) tem como sujeito “os detentores”. Como o núcleo “detentores” está flexionado no 
plural, o verbo também deverá flexionar-se nesse número: “... os detentores (...) opõem-se ...”. 
Ainda nesse trecho, houve omissão do acento grave indicativo de crase (assunto que será 
estudado em aulas futuras) em “... opõem-se globalmente àqueles menos providos ...”. 
C) Resposta incorreta. Nesta assertiva, o vocábulo “patrimônio” deveria receber acento 
circunflexo, por ser um paroxítono terminado em ditongo. 
D) Esta é a resposta da questão. Não houve qualquer erro de emprego ou grafia de palavras na 
opção. 
E) Resposta incorreta. Houve emprego inadequado do acento grave em “À cada classe”. 
Veremos, em aulas futuras, que não se utiliza o acento grave antes de vocábulos de valor 
indefinido, tal como ocorre em “cada”. 
 
Gabarito: D. 
 
 
 
REGRAS ESPECÍFICAS 
 
 
 DITONGOS ABERTOS (ÉI, ÓI E ÉU) 
 
 Segundo as regras de acentuação gráfica, devemos empregar o acento agudo nos 
ditongos abertos das: 
 
 
a) monossílabas tônicas: réis, céu, rói. 
 
b) oxítonas: heróis, chapéu(s), papéis. 
 
c) paroxítonas: geléia, epopéia, mocréia, jibóia, clarabóia. 
 
 
 
Dica! 
 
 O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do acento agudo nos ditongos abertos EI e 
OI das palavras PAROXÍTONAS (geleia, epopeia, mocreia, jiboia, claraboia). 
 Entretanto, segundo o VOLP, elaborado pela Academia Brasileira de Letras, o ditongo 
aberto ÓI, da palavra destróier, continua a ser acentuado, em virtude de o vocábulo ser 
paroxítono terminado em -R. 
 
 
 
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ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>. 
 
 
 
21. (ESAF-2005/MPOG-Adaptada) Com base no texto abaixo, julgue a afirmação a seguir. 
 
A defesa do ambiente é um daqueles temas que, no discurso, todos apóiam. Mas basta colocar, 
de um lado, a chance de auferir lucros e, de outro, a preservação das florestas, para se verificar o 
quão frágil é o compromisso com esta última. Esse fenômeno se dá em praticamente todos os 
níveis, desde o mau fiscal do Ibama que fecha os olhos para crimes ambientais em troca de 
propina até o grande agricultor que não hesita em torcer as normas jurídicas para extrair delas a 
interpretação que o permita desflorestar a maior área possível. 
(Adaptado de EDITORIAL, Folha de S. Paulo,21/6/2005) 
 
I. Para tornar o texto gramaticalmente correto, seria necessário substituir “apóiam” (l.1) 
por “apoiam”. 
 
Comentário: A questão foi elaborada antes do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 
Sendo assim, devemos analisá-la à luz das regras anteriores ao Decreto nº 6.583/08. 
 Anteriormente à Reforma Ortográfica, os ditongos abertos “ei” e “oi” das palavras 
paroxítonas recebiam acento agudo: geléia, jibóia. Nessa regra se enquadra a forma verbal 
“apóiam”, a qual está corretamente grafada. Portanto, não é lícita a substituição por “apoiam”. 
 Vale frisar que, após a promulgação do mencionado decreto, foi abolido o emprego do 
acento agudo nos ditongos abertos “ei” e “oi” das palavras paroxítonas: geleia, jiboia, apoiam. 
 
Gabarito: Errada. 
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 HIATOS 
 
“I” e “U” tônicos – deveremos empregar o acento agudo nas vogais “I” e “U” tônicas, desde 
que: 
 
a) estejam sozinhas (ou seguidas de -s) na sílaba; e 
 
b) não estejam antecedidas de vogal idêntica. 
 
Exemplos: heroína (he-ro-í-na), saúde (sa-ú-de), balaústre (ba-la-ús-tre), feiúra (fei-ú-ra). 
 
 Ambas as condições acima são essenciais para que possamos acentuar a segunda vogal. 
 
Observação: O “I” tônico, que antecede o grupo “NH” ou que forma sílaba com as consoantes 
L, M, N, R, Z, não recebe acento: bainha, moinho, Raul, Coimbra, caindo, cair, juiz. 
 
 
 Apresento, aqui, duas dicas de ouro para vocês: 
 
 Não empreguem o acento agudo nas palavras PAROXÍTONAS, quando as vogais 
“I” e “U” estiverem repetidas. 
 
Exemplos: vadiice, sucuuba. 
 
 Cuidado com o seguinte: se a repetição da vogal “I” ocorrer em palavra 
PROPAROXÍTONA, empreguem o acento agudo! 
 
Exemplos: iídiche, seriíssimo, friíssimo. 
 
 
 
 
 Segundo o novo acordo ortográfico, foi abolido o emprego do acento agudo nas vogais 
“I” e “U” tônicas, antecedidas de ditongo, das palavras PAROXÍTONAS. 
 
Exemplos: baiuca, bocaiuva, boiuna, feiura. 
 
 
 Porém, se essas vogais forem antecedidas de ditongonas palavras OXÍTONAS, devemos 
empregar o acento agudo. 
 
Exemplos: teiú, Piauí. 
 
 
 
 
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22. (ESAF-2006/IRB) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de 
palavra. 
 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo IBGE, revelou que(1) a renda das 
famílias parou de cair em 2004, interrompendo uma trajetória(2) de queda que acontecia desde 
1997, e que houve(3) diminuição do grau de concentração da renda do trabalho. Enquanto a 
metade da população ocupada que(4) recebe os menores rendimentos teve ganho real de 3,2%, 
a outra metade, que tem rendimentos maiores, teve perda de 0,6%. Os resultados da PNAD 
mostraram, também, que o Brasil melhorou em ítens(5) como número de trabalhadores 
ocupados, participação das mulheres no mercado de trabalho, indicadores da área de educação 
e melhoria das condições de vida. 
 
(Trechos adaptados de Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-
Geral da Presidência da República, n. 379, Brasília, 30 de novembro de 2005) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Comentário: O vocábulo “itens” é paroxítono terminado em “-ens”. Logo, não deve ser 
acentuado, ocorrendo o mesmo com sua forma singular “item”. 
 
Gabarito: E. 
 
 “-ÔO” E “-ÊEM” 
 
 Segundo o sistema ortográfico antigo, grafa-se com acento circunflexo a primeira vogal 
dos hiatos “-ôo” e “-êem”: vôo, enjôo, abençôo, crêem, dêem, lêem, vêem. 
 
 Para memorizar os verbos “crer”, “dar”, “ler” e “ver”, gravem a frase: 
 
LEDA VÊ PARA CRER. 
 
 
ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>. 
 
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 O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa aboliu o emprego do acento circunflexo na 
primeira vogal dos hiatos “-oo” e “-eem”. 
 
Exemplos: voo, enjoo, abençoo, creem, deem, leem, veem. 
 
 
Reforçando... 
 
 O acento circunflexo foi abolido nas formas verbais finalizadas por “-eem” (verbos ler, dar, 
ver e crer e respectivos derivados). Para memorizar esses verbos, gravem a frase: 
 
LEDA VÊ PARA CRER. 
 
 Entretanto, no singular dessas formas verbais (e nos derivados), emprega-se o acento 
circunflexo. 
 
Exemplos: ele crê / lê / vê / provê (pres. do indicativo); (que) ele dê (pres. do subjuntivo) 
 
 
 ACENTOS DIFERENCIAIS – São sinais gráficos que diferenciam: 
 
 a terceira pessoa do singular e a terceira pessoa do plural dos verbos TER e VIR – e 
respectivos derivados. (regra mantida pelo novo acordo ortográfico) 
 
Exemplos: 
 
TER - Ele tem / Eles têm 
 
VIR - Ele vem / Eles vêm 
 
MANTER - Ele mantém / Eles mantêm 
 
DETER - Ele detém / Eles detêm 
 
CONVIR - Ele convém / Eles convêm 
 
INTERVIR - Ele intervém / Eles intervêm 
 
 os homônimos: (regra anterior ao novo acordo ortográfico) 
 
PÁRA (verbo) ≠ PARA (preposição) 
 
Exemplos: O jogador corre e pára rapidamente. (verbo) 
Deram um prêmio para mim. (preposição) 
 
PÊLO (substantivo) ≠ PÉLO (verbo) ≠ PELO (preposição) 
 
Exemplos: Esse cachorro tem pêlo marrom. (substantivo) 
A moça disse: “ – Pélo a perna diariamente”. (verbo) 
O ladrão saiu pelo basculante. (preposição) 
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PÉLA (substantivo) ≠ PÉLA (verbo) ≠ PELA (preposição) 
 
Exemplos: Fulano é um péla. (substantivo = chato) 
Aquela senhora péla o buço. (verbo “pelar”) 
O ladrão fugiu pela janela. (preposição) 
 
 
 
 O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa aboliu o acento diferencial dos homônimos 
acima apresentados. Sendo assim, para que identifiquemos a classe gramatical do vocábulo, 
deveremos analisar o contexto em que se insere. 
 
 os homônimos: (regra segundo o novo acordo ortográfico) 
 
PARA (verbo) ≠ PARA (preposição) 
 
Exemplos: O jogador corre e para rapidamente. (verbo) 
Deram um prêmio para mim. (preposição) 
 
PELO (substantivo) ≠ PELO (verbo) ≠ PELO (preposição) 
 
Esse cachorro tem pelo marrom. (substantivo) 
A moça disse: “ – Pelo a perna”. (verbo “pelar”) 
O ladrão saiu pelo basculante. (preposição) 
 
PELA (substantivo) ≠ PELA (verbo) ≠ PELA (preposição) 
 
Exemplos: 
Fulano é um pela. (substantivo = chato) 
Aquela senhora pela o buço. (verbo “pelar”) 
O ladrão fugiu pela janela. (preposição) 
 
 
 as formas verbais a seguir: (regra mantida pelo novo acordo ortográfico) 
 
PODE (presente) ≠ PÔDE (pretérito perfeito) 
 
Exemplos: 
Ele pode assumir o cargo. (presente do indicativo) 
Ele pôde assumir cargo. (pretérito perfeito do indicativo) 
 
 
PÔR (verbo) ≠ POR (preposição) 
 
Exemplos: 
Era para eu pôr o livro sobre a estante. 
O ladrão fugiu por ali. 
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TREMA 
 
 Segundo o sistema ortográfico anterior ao novo acordo ortográfico, emprega-se o trema 
no “Ü” átono e pronunciado (semivogal) dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI. 
 
Exemplos: lingüiça, freqüente, cinqüenta. 
 
 
 A partir do novo acordo ortográfico, não se emprega o trema no “Ü” átono e pronunciado 
(semivogal) dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI. 
 
Exemplos: linguiça, frequente, cinquenta. 
 
 
 
 
 
 Também foi eliminado o acento agudo no “U” tônico dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI. 
 
Exemplos: argui, averigue, oblique. 
 
 
 
 É importante chamar a atenção de vocês para dois detalhes: 
 
a) a retirada do trema não altera a pronúncia das palavras; e 
 
b) o trema permanece em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. 
 
Exemplos: mülleriano (de Müller), hübneriano (de Hübner). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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23. (ESAF-2006/ANEEL-Adaptada) A respeito do emprego dos termos e expressões do 
texto, analise a seguinte afirmação. 
 
A idéia é a de que a institucionalização da raça como categoria possuidora de direitos e 
oportunidades sociais, negada pelos processos de exclusão racial, resultaria na construção 
jurídica de um país racialmente apartado, contrário a sua suposta vocação a-racial. Como foi 
possível que essa ideologia a-racial tão decantada por especialistas conformasse uma sociedade 
que é alva em todas as suas dimensões de poder, riqueza e prestígio e escura nas suas 
instâncias de pobreza e indigência humana? O país real jamais amedrontou as elites políticas e 
intelectuais. Elas jamais enxergaram nele uma ameaça. O seu discurso nunca pôs em questão a 
sua imperiosa necessidade de romper com o exclusivismo da supremacia branca como condição 
para a desracialização da sociedade. 
 
(Adaptado de Sueli Carneiro, O medo da raça. Correio Braziliense, 24 de abril de 2006) 
 
I. Se o infinitivo do verbo pôr não fosse acentuado – por oposição à preposição por –, não 
seria necessário acentuar “pôs”. 
 
Comentário: Conforme estudamos nas lições, o acento diferencial é empregado para distinguir 
as formas “pôr” (verbo) e “por” (preposição). Isso ocorre seja antes, seja após o Novo Acordo 
Ortográfico. 
 
Exemplos: 
 
Era para eu pôr o livro sobre a estante. (= verbo) 
O ladrão fugiu por ali. (= preposição) 
 
 Entretanto, a forma verbal “dispôs” deriva do verbo “pôr”, sendo uma palavra oxítonaterminada em “o(s)”. Por essa razão, deve ser marcada graficamente pelo acento circunflexo. 
Logo, a afirmação está errada. 
 
Gabarito: Errada. 
 
 
24. (ESAF-2000/TCE-RN) Marque o item em que um dos dois períodos está 
gramaticalmente incorreto. 
 
a) Entre as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à organização político- 
-administrativa do Estado brasileiro, penetrando na estrutura da República Federativa, para nela 
dispor instituições e institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação. / Entre 
as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à organização política-administrativa do 
Estado brasileiro, penetrando na estrutura da República Federativa, para nela dispôr instituições 
e institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação. 
b) O federalismo brasileiro é de duplo grau, declinando por dois degraus entre três patamares, 
pelo que suporta, em três níveis de poder, três repartições genéricas de competência. / O 
federalismo brasileiro é de duplo grau, declinando por dois degraus entre três patamares, razão 
por que suporta, em três níveis de poder, três repartições genéricas de competência. 
c) No gênero das leis federativas, é possível discernir duas espécies bem visíveis: leis federais 
intransitivas e transitivas. / No gênero das leis federativas, podem-se discernir duas espécies bem 
visíveis: leis federais intransitivas e transitivas. 
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d) As leis nacionais podem ser de ordem pública ou de ordem privada, guardando preponderante 
interesse público ou administrativo, ou social, ou privado. / As leis nacionais podem ser de ordem 
pública ou de ordem privada, e guardam preponderante interesse público ou administrativo, ou 
social, ou privado. 
e) Algumas leis eminentemente federativas, como o Código Tributário Nacional, autoproclamam-
se ‘nacionais’. / Algumas leis eminentemente federativas, como o Código Tributário Nacional, se 
autoproclamam ‘nacionais’. 
 
Comentário: Há erro na assertiva A. No segundo período, o composto “político-administrativa” foi 
grafado de maneira incorreta: “política-administrativa”. Por fim, a forma verbal “dispor” foi 
incorretamente acentuada, por ser uma oxítona terminada em “r”. 
 
Gabarito: A. 
 
 
25. (ESAF-2010/ISS-RJ) Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de O Estado de 
S. Paulo, Editorial, de 1/6/2010. Assinale a opção em que não foram inseridos 
erros gramaticais e o trecho foi transcrito de forma gramaticalmente correta. 
 
A) Os consumidores pagam juros maiores porque obtém crédito com prazos maiores e 
prestações menores. Alguns fatos recentes estão contribuindo para um aumento da demanda, 
assim como, das pressões inflacionárias. 
B) A economia brasileira vive um processo de aquecimento que as últimas modificações da 
conjuntura estão agravando. O aquecimento tem sua origem no inchaço cada vez maior da 
demanda doméstica, que até agora não foi afetada pelo aumento da taxa Selic. 
C) À política de "bondades" do governo, em vigor nos últimos meses, veio se acrescentar à do 
Legislativo, que se aproveita do período eleitoral para propor medidas mais condescendentes. 
Isso aumenta perigosamente o poder aquisitivo da população. 
D) Chegamos, agora, a uma situação de quase pleno emprego, em que os salários não são mais 
determinados pela qualificação da mão de obra, mas pela dificuldade de contratar os 
trabalhadores necessários. O resultado é um aumento salarial duradouro, cujo peso na formação 
de preços. 
e) É claro que a indústria tem dificuldades em acompanhar o ritmo de crescimento da demanda 
doméstica, recorrendo para isso à importações, que nem sempre têm preços menores do que os 
apresentados pela produção nacional. 
 
Comentário: O gabarito da questão é encontrado na assertiva B. O vocábulo “inchaço” foi 
corretamente grafado com “CH”. Por sua vez, a palavra “taxa” (“imposto”) também foi escrita de 
forma correta, isto é, com “X”. Atenção para não confudi-la com o homônimo “tacha” (“pequeno 
prego” ou “mancha”). 
 Chamo a atenção de vocês para a opção A. No período, a forma verbal “obtém” foi 
incorretamente grafada com acento agudo. Notem que, no trecho, esse verbo tem como sujeito a 
expressão “os consumidores”, cujo núcleo está flexionado no plural. Sendo assim, deve ser 
empregado o acento agudo, diferenciando as formas singular e plural: “... Os consumidores (...) 
obtêm ...”. 
 
Gabarito: B. 
 
 
 
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26. (ESAF-2012/Auditor-Fiscal da Receita Federal-Adaptada) Analise se o trecho abaixo 
está inteiramente correto quanto ao emprego do padrão formal escrito da língua 
portuguesa. 
 
I. Quando falamos em prova, no direito, tem-se a idéia de que existe algo a ser defendido ou algo 
que venha a ser contestado. Dentro dessa linha cognoscível, entende-se que vai existir sempre 
um agente acusador e um agente acusado. 
 
Comentário: O trecho está inteiramente de acordo com as regras da gramática tradicional. O 
vocábulo “cognoscível”, que significa “aquilo que pode ser conhecido”, foi grafado com “SC”, 
respeitando o padrão culto escrito da língua. Vale ressaltar a grafia da palavra “idéia”, que foi 
grafada com acento agudo no ditongo aberto “ei”, isto é, em conformidade com as regras 
anteriores ao novo acordo ortográfico. 
 
Gabarito: Correto. 
 
 
27. (ESAF-2012/Analista Técnico de Políticas Sociais-Adaptada) Analise se o trecho abaixo 
está correto ou se apresenta erro gramatical ou de grafia de palavra na transcrição do 
texto. 
 
I. O sofrível desempenho da indústria nos últimos quatro anos – a produção está no nível de 
meados de 2008 – sucita um debate polarizado sobre o risco de desindustrialização do país. 
 
Comentário: No trecho em análise, a forma verbal “sucita” foi grafada incorretamente. Por ser 
proveniente do verbo “suscitar”, a grafia adequada é “suscita”, que significa “sugerir”, “provocar”. 
 
Gabarito: Incorreto. 
 
 
 
 
ORLANDELI. Disponível em: <http://pribi.com.br/arte/acordo-ortografico-em-quadrinhos>. 
 
Bons estudos e até o próximo encontro! 
 
Forte abraço! 
 
Prof. Fabiano Sales. 
 
 
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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS 
 
1. (ESAF-2009/Ministério da Fazenda) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical 
ou de grafia. 
 
A economia brasileira entrou na crise internacional em melhores condições do que(1) no 
passado, mas a exportação caiu, a atividade recuou desde o(2) fim de 2008 e o desemprego 
tem(3) crescido. As primeiras tentativas de reativar a economia por meio de facilidades fiscais 
deram resultado modesto, mas já(4) afetaram a arrecadação tributária. Além disso, o manejo da 
política orçamentária foi limitado pelo aumento de gastos com pessoal. É preciso continuar 
usando os estímulos fiscais, mas com melhor planejamento e com mais esforço de contensão(5) 
das despesas improdutivas. 
(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009) 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
2. (ESAF-2006/IRB) Assinale o trecho do texto que apresenta erro gramatical. 
 
Machado de Assis – Um gênio Brasileiro, de Daniel Piza 
 
a) Na apresentação da biografia de Machado de Assis (1839-1908), o jornalista Daniel Piza 
observa que o autor foi, ao mesmo tempo, uma expressão de sua época e uma exceção a ela. 
b) Em seus contos e romances, ele deixou um retrato acurado do Rio de Janeiro do século XIX, 
mas sua crítica ácida à sociedade brasileira nem sempre foi percebida pelos seus 
contemporâneos. 
c) Piza buscademonstrar que Machado era muito diferente do protagonista de seu último 
romance, Memorial de Aires. 
d) O escritor não tinha “tédio a controvérsias”, pois, na verdade, participou dos grandes debates 
públicos de sua época. 
e) A ascenção social do mulato no Brasil escravista e a epilepsia estão entre os aspectos de sua 
vida examinados no livro. 
 
(Adaptado de Revista VEJA, 28 de dezembro de 2005, p.196) 
 
3. (ESAF-2007/SEFAZ-CE) Assinale a opção que contém erro de grafia ou inadequação 
vocabular. (Artigo extraído, com modificações, do Estatuto dos Funcionários Públicos 
Civis do Estado do Ceará). 
 
Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de autoridade superior quando: 
a) a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente; 
b) não se contiver a ordem na área da competência do órgão a que servir o funcionário seu 
destinatário, ou não se referir a nenhuma das atribuições do servidor; 
c) for a ordem expendida sem a forma exigida por lei; 
d) não tiver a ordem como causa uma necessidade administrativa ou pública, ou visar a fins não 
estipulados na regra de competência da autoridade da qual promanou ou do funcionário a quem 
se dirige; 
e) a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de autoridade; 
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4. (ESAF-2011/CVM) Analise se o fragmento abaixo, extraído de um texto de José Carlos 
Moutinho, foi transcrito de forma gramaticalmente correta. 
 
A história da Internet demonstra que esta surgiu primeiramente nos meios militares norte- 
-americanos, no auge da Guerra Fria, tendo sido então extendida para os meios acadêmicos. 
Desde os seus primórdios (Arpanet), a Internet visa à processamento e transmissão de grande 
quantidade de informações e dados, para a formação de conhecimento. 
 
(Disponível em http://www.correiocidadania.com.br/content/view/5162/9/) 
 
 
5. (ESAF-2004/CGU) Assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão do texto 
que contraria a prescrição gramatical. 
 
No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de tempo. Não mais o conceito 
linear, histórico, que perspassa(1) a Bíblia e, também, as pinturas de Frei Angélico ou Dom 
Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimem-se(3) as 
barreiras entre tempo e espaço. O tempo adquire caráter espacial, e o espaço, caráter temporal. 
No filme, o olhar da câmera e do espectador(4) passa, com toda liberdade, do presente para o 
passado e, desse, para o futuro. Não há continuidade ininterrupta(5). 
(Adaptado de Frei Betto) 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
6. (ESAF-2003/MPOG) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia das 
palavras. 
 
Considerando que a constituição de uma nova cultura do trabalho nos empreendimentos 
populares só pode ser(1) compreendida como um processo que perspassa(2) o conjunto mais 
amplo das relações sociais, seria(3) uma ilusão imaginar que é possível encontrar no interior da 
sociedade capitalista uma organização econômica que, mesmo gerida(4) pelos próprios 
trabalhadores, pudesse se(5) caracterizar, em seu conjunto, como “cultura de novo tipo”. 
 
(Adaptado de Lia Tiriba) 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
7. (ESAF-2010/ISS-RJ) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de 
palavra inserido na transcrição do texto. 
 
Se, numa região que dispõe dos(1) mais sofisticados equipamentos do mundo, as informações 
sobre a amplitude do acidente do Golfo do México não são precisas(2), e as tentativas de conter 
o vazamento, infrutíferas(3), é de se imaginar o que aconteceria se(4) desastre semelhante 
atingisse a costa brasileira, com as previsíveis limitações dos órgãos do país ligados ao proble- 
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ma. Um acidente como o do Golfo do México atingiria em cheio a região que concentra parte 
importante do PIB do país, afetaria fortemente a indústria do turismo e teria repercuções(5) 
econômicas e sociais proporcionalmente mais graves que as provocadas nos EUA. 
 
(O Globo, Editorial, 27/5/2010, com adaptações) 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
8. (ESAF-2010/CVM) Assinale o trecho em que a transcrição do texto adaptado de 
Conjuntura Econômica, de setembro de 2010, vol. 64, n. 9, desrespeita as regras 
gramaticais no uso das estruturas linguísticas. 
 
a) Há evidências de que a economia brasileira passa por um processo de transformação 
estrutural, em direção a um juro neutro mais baixo. Na verdade, a maior dificuldade para se 
projetar a trajetória de juros no Brasil é o desempenho da economia do resto do mundo. 
b) Caso haja, de fato, um segundo mergulho ressessivo nos Estados Unidos, como previnham 
importantes analistas, os efeitos deflacionários seriam consideráveis e iriam além das fronteiras 
americanas. 
c) Se isso ocorrer, é provável que contribua para reduzir a taxa de juros do Brasil no curto e 
médio prazo. Não há absolutamente nada de trivial no atual momento da política monetária. 
d) É importante ter em mente, por outro lado, que a dificuldade, neste caso, não deve ser tomada 
de forma dramática. A economia brasileira passa por uma excelente fase cíclica, em que o 
crescimento não é acompanhado por nenhuma grande ameaça de explosão inflacionária ou de 
crise nas contas externas no horizonte visível. 
e) Na verdade, o cenário externo é mais preocupante do que o interno. Em uma situação desse 
tipo, os erros e os acertos devem ser encarados mais como uma “sintonia fina” de um momento 
amplamente favorável do que como decisões que podem “salvar o país”. 
 
 
9. (ESAF-2010/SUSEP) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de 
palavra inserido no texto. 
 
A manutenção dos empregos é um atestado de que(1) os agentes econômicos, embora(2) 
assustados com as repecurssões(3) da crise nos países mais desenvolvidos, não perderam a 
confiança na economia brasileira. Não foi sem motivo. Graças aos sinais emitidos pelo próprio 
governo de que a crise seria encarada sem abalos na estrutura do combate à(4) inflação, no 
câmbio flutuante e com o menor sacrifício possível da política de superávits primários, já se sabia 
que a economia brasileira teria condições inéditas de escapar dos piores efeitos da situação. 
Mesmo tendo enfrentado(5) uma recessão, caracterizada pelo desempenho negativo do PIB por 
dois semestres seguidos, e de sofrer forte pressão por mudanças no câmbio, o governo 
sustentou a política econômica. 
(Adaptado de Estado de Minas, Editorial, 19/02/2010) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
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e) 5 
 
 
10. (ESAF-2006/ENAP) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical, no texto 
abaixo. 
 
Há(1) os que defendem um governo universal; essa seria, de acordo com certos teóricos, a 
única forma de eliminar as guerras, de construir uma paz durável, se não(2) eterna. Outros 
teóricos apontam a impossibilidade de governo universal sobre(3) uma História construída nos 
fundamentos da desigualdade. A paz só pode ser obtida entre sociedades iguais, e as 
sociedades nunca serão(4) iguais. Se houver a provável igualdade econômica, sempre haverá a 
desigualdade cultural, e, por fim, os deuses tão pouco(5) são iguais. 
 
(Adaptado de Mauro Santayana, Jornal do Brasil, 11/03/2006) 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
11. (ESAF-2005/STN-Adaptada) 
 
Os administradores de sociedades limitadas podem responder solidariamente perante a 
sociedade pelo mal desempenho de suas atribuições. Umadessas hipóteses é justamente não 
comunicar aos demais associados a cessão das cotas por parte de alguns sócios a terceiros que 
não dispõe de patrimônio apto a honrar o compromisso. 
 
Julgue a afirmação a seguir. 
 
I. Há erro no emprego do substantivo mal (linha 2) adjetivando desempenho; o correto é 
empregar o adjetivo mau. 
 
12. (ESAF-2005/MPU) Marque o item em que uma das sentenças não está gramaticalmente 
correta. 
 
a) A literatura depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz apenas os sentidos, 
exige colaboração, embora muitos acreditem que as obras literárias possam brotar de cérebros 
insulados./ A literatura depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz apenas aos 
sentidos, exige colaboração, embora muitos acreditem que as obras literárias possam brotar de 
cérebros insulados. 
b) Um povo não perde os seus mais fortes determinantes se recebe, aceita e pratica a pintura e a 
música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem perda de alguns de 
seus valores. / Um povo não perderá os seus mais fortes determinantes se receber, aceitar e 
praticar a pintura e a música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem 
perda de alguns de seus valores. 
c) Já tive ocasião de mostrar quanto me parecem precárias três afirmativas de Euclides da 
Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo do homem 
americano. / Já tive ocasião de mostrar como me parecem precárias três afirmativas de Euclides 
da Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo do homem 
americano. 
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d) Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar grandes nomes 
pertencentes ao “sistema” de que falei há pouco. / Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa 
literatura podia enumerar grandes nomes pertencentes ao “sistema” de que faz pouco falei. 
 
 
e) No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um “sistema” interessantíssimo, que a cerca 
de trezentos anos desenvolve-se. / No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um 
“sistema” interessantíssimo, que há cerca de trezentos anos se desenvolve. 
(Baseado em Roquette Pinto) 
 
13. (ESAF-2006/ANEEL) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical. 
 
Há pelo menos duas compreensões a cerca do(1) Estado e sua natureza: ou ele seria um 
produto da razão pura ou ética do homem em busca de(2) construir na Terra um regime de 
ordem, de paz e de justiça assegurado pelo Direito positivo erigido, ou, ao contrário, seria uma 
criação socioeconômica de base política e militar organizada juridicamente conforme o(3) 
interesse material dos grupos ou classes sociais que(4) dominam efetivamente as relações 
econômicas de produção da riqueza de um país determinado. 
Para o pensamento moderno oficial, o Estado é uma entidade socioeconômica e política criada 
racional e conscientemente pelo homem, situando-se(5) acima dos interesses das classes, que 
busca a ordem e a paz social e, ainda, cria o direito positivo e realiza a justiça legal. 
(Oscar d’Alva e Souza Filho) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
14. (ESAF-2009/ANA-Adaptada) Em relação ao texto, assinale a opção correta. 
 
O Rio Paraíba do Sul tem cerca de 2/3 de suas águas retiradas do seu leito por uma obra de 
transposição em Santa Cecília (RJ). Essas águas são utilizadas para gerar energia elétrica e 
para abastecer a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhões de pessoas). Havia 
conflitos pelo uso dessas águas entre as diferentes regiões. Também nesse caso, a ação da ANA 
se pautou por definir um arcabouço técnico e institucional, estabelecendo regras de operação 
para o reservatório e de vazão mínima a ser liberada a jusante (rio abaixo), em determinadas 
épocas do ano, de forma a compatibilizar os usos. 
 
(José Machado http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos/ set.2008.pdf) 
 
Analise a proposta a seguir. 
 
I. A substituição de “cerca de” (linha 1) por acerca de mantém a correção gramatical do 
período. 
 
15. (ESAF-2010/MTE) Assinale a opção que indica onde o texto foi transcrito com erro 
gramatical. 
 
A lição reafirmada pela crise é a da (1) instabilidade como pressuposto da economia de mercado, 
transmitida por dois canais. O primeiro é o da confiança dos agentes – aspecto crucial nas 
observações de John Maynard Keynes -, que é volúvel e sujeita a mudança repentina em 
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momentos de incerteza. Tal instabilidade pode ainda ser catalisada (2) pelo canal financeiro, 
como ficou claro, de forma dramática, em 2008. Falhas de mercado e manifestações de 
irracionalidade são comuns no capitalismo, sem dúvida, mas a derrocada recente não repõe (3) a 
 
 
polarização entre Estado e mercado. Reforça, isso sim, a necessidade de aperfeiçoar 
instituições, afim de (4) preservar a funcionalidade dos mercados e a concorrência, bens públicos 
que o mercado, deixado à (5) própria sorte, é incapaz de prover. 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
16. (ESAF-2002/MDIC-Adaptada) 
 
Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando é, sem dúvida, um dos mais 
sérios, sobretudo porque dele decorrem inúmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o 
contrabando já faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no 
suprimento da rede formal de comércio, tomando o lugar de produtos legalmente 
comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilícitas proporcionam, aliados ao baixo 
risco a que estão sujeitas, favorecem e intensificam a formação de verdadeiras quadrilhas, 
até mesmo com participação de empresas estrangeiras. São organizações de caráter 
empresarial, estruturadas para promover tais práticas nos mais variados ramos de atividade. 
 
(Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000) 
 
Com base no texto acima, julgue a afirmação que segue. 
 
I. A expressão “dia-a-dia” (linha 2) corresponde à idéia de “o viver cotidiano”, e dia a dia 
corresponde à idéia de passagem do tempo, ou seja, dia após dia. 
 
 
17. (ESAF-2003/Receita Federal) Indique o item em que todas as palavras estão 
corretamente empregadas e grafadas. 
 
a) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o poder de infringir punições legais a 
cidadãos aparece livre de qualquer excesso e violência. 
b) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exatamente nem juízes, nem 
professores, nem contramestres, nem suboficiais, nem “pais”, porém avocam a si um pouco de 
tudo isso, num modo de intervenção específico. 
c) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder técnico de disciplinar, ilide o 
que possa haver de violento em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revolta que 
ambos possam suscitar. 
d) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do soberano iminente que 
vingava sua autoridade sobre o corpo dos supliciados. 
e) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um campo de práticas ilegais, sob o 
qual se chega a exercer controle e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua 
organização em delinqüência. 
(Itens adaptados de Michel Foucault) 
 
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18. (ESAF-2006/SUSEP) Assinale a opção que corresponde a erro de grafia ou de 
desobediência às regras da norma escrita padrão. 
 
A crise da esquerda mundial, consubstanciada(1) sobretudo como a crise do “socialismo real” e, 
em menor intensidade, do modelo social-democratade gestão “humanizada” do mercado, 
encontra-se ainda em pleno desdobramento. É uma crise profunda, de largo espectro(2) 
histórico, que se confunde plenamente com a crise de civilização, resultante, entre outras causas, 
do auge da hegemonia(3) do sistema capitalista de produção e da conseqüente exacerbação(4) 
de todas as suas contradições. A crise da esquerda mundial, que é também a crise do ideário e 
da experiência socialistas no mundo, torna-se duradoura, sobretudo se estivermos a medí-la(5) 
com a escala individual de nossas vidas. 
(Adaptado de Anivaldo de Miranda) 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
 
19. (ESAF-2004/IPEA-Adaptada) Em relação ao texto, julgue a assertiva abaixo. 
 
I. A palavra “estereótipos” é acentuada pela mesma regra gramatical que exige acento em 
“metáfora” e em “científica”. 
 
 
20. (ESAF-2010/MTE) O texto a seguir foi transcrito com erros. Assinale o único trecho que 
atende plenamente às prescrições gramaticais. 
 
a) Constroe-se o espaço social de tal modo que os agentes ou grupos são aí distribuídos em 
razão de sua posição nas distribuições estatísticas de acordo com os dois princípios de 
diferenciação que, em sociedades mais desenvolvidas, são sem dúvida, os mais eficientes: o 
capital econômico e o capital cultural. 
b) Na dimensão mais importante, os detentores de um grande volume de capital global, como 
empresários, membros de profissões liberais e professores universitários, opõe-se globalmente 
aqueles menos providos de capital econômico e de capital cultural, como os operários não 
qualificados. 
c) Na perspectiva em que se considere o peso relativo do capital econômico e do capital cultural 
no patrimonio dos agentes sociais, os professores - relativamente mais ricos em capital cultural 
que em capital econômico -, estão em oposição, nitidamente, aos empresários - relativamente 
mais ricos em capital econômico que em capital cultural. 
d) O espaço de posições sociais traduz-se em um espaço de tomada de posição, pela 
intermediação do espaço de disposições. Em outras palavras, ao sistema de separações 
diferenciais que definem as posições nos dois sistemas principais do espaço social corresponde 
um sistema de separações diferenciais nas propriedades dos agentes sociais. 
e) À cada classe de posições correspondem uma classe habitus (ou de gostos) produzidos pelos 
condicionamentos sociais e, pela intermediação desses habitus, um conjunto sistemático de bens 
e de propriedades, vinculadas entre si por uma a finidade de estilo. 
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21. (ESAF-2005/MPOG-Adaptada) Com base no texto abaixo, julgue a afirmação a seguir. 
 
A defesa do ambiente é um daqueles temas que, no discurso, todos apóiam. Mas basta colocar, 
de um lado, a chance de auferir lucros e, de outro, a preservação das florestas, para se verificar o 
quão frágil é o compromisso com esta última. Esse fenômeno se dá em praticamente todos os 
níveis, desde o mau fiscal do Ibama que fecha os olhos para crimes ambientais em troca de 
propina até o grande agricultor que não hesita em torcer as normas jurídicas para extrair delas a 
interpretação que o permita desflorestar a maior área possível. 
(Adaptado de EDITORIAL, Folha de S. Paulo,21/6/2005) 
 
I. Para tornar o texto gramaticalmente correto, seria necessário substituir “apóiam” (l.1) 
por “apoiam”. 
 
 
22. (ESAF-2006/IRB) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de 
palavra. 
 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo IBGE, revelou que(1) a renda das 
famílias parou de cair em 2004, interrompendo uma trajetória(2) de queda que acontecia desde 
1997, e que houve(3) diminuição do grau de concentração da renda do trabalho. Enquanto a 
metade da população ocupada que(4) recebe os menores rendimentos teve ganho real de 3,2%, 
a outra metade, que tem rendimentos maiores, teve perda de 0,6%. Os resultados da PNAD 
mostraram, também, que o Brasil melhorou em ítens(5) como número de trabalhadores 
ocupados, participação das mulheres no mercado de trabalho, indicadores da área de educação 
e melhoria das condições de vida. 
 
(Trechos adaptados de Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-
Geral da Presidência da República, n. 379, Brasília, 30 de novembro de 2005) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
23. (ESAF-2006/ANEEL-Adaptada) Analise a seguinte afirmação a respeito do emprego dos 
termos e expressões do texto. 
 
A idéia é a de que a institucionalização da raça como categoria possuidora de direitos e 
oportunidades sociais, negada pelos processos de exclusão racial, resultaria na construção 
jurídica de um país racialmente apartado, contrário a sua suposta vocação a-racial. Como foi 
possível que essa ideologia a-racial tão decantada por especialistas conformasse uma sociedade 
que é alva em todas as suas dimensões de poder, riqueza e prestígio e escura nas suas 
instâncias de pobreza e indigência humana? O país real jamais amedrontou as elites políticas e 
intelectuais. Elas jamais enxergaram nele uma ameaça. O seu discurso nunca pôs em questão a 
sua imperiosa necessidade de romper com o exclusivismo da supremacia branca como condição 
para a desracialização da sociedade. 
 
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(Adaptado de Sueli Carneiro, O medo da raça. Correio Braziliense, 24 de abril de 2006) 
 
 
 
 
I. Se o infinitivo do verbo pôr não fosse acentuado – por oposição à preposição por –, não 
seria necessário acentuar “pôs”. 
 
 
24. (ESAF-2000/TCE-RN) Marque o item em que um dos dois períodos está 
gramaticalmente incorreto. 
 
a) Entre as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à organização político- 
-administrativa do Estado brasileiro, penetrando na estrutura da República Federativa, para nela 
dispor instituições e institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação. / Entre 
as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à organização política-administrativa do 
Estado brasileiro, penetrando na estrutura da República Federativa, para nela dispôr instituições 
e institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação. 
b) O federalismo brasileiro é de duplo grau, declinando por dois degraus entre três patamares, 
pelo que suporta, em três níveis de poder, três repartições genéricas de competência. / O 
federalismo brasileiro é de duplo grau, declinando por dois degraus entre três patamares, razão 
por que suporta, em três níveis de poder, três repartições genéricas de competência. 
c) No gênero das leis federativas, é possível discernir duas espécies bem visíveis: leis federais 
intransitivas e transitivas. / No gênero das leis federativas, podem-se discernir duas espécies bem 
visíveis: leis federais intransitivas e transitivas. 
d) As leis nacionais podem ser de ordem pública ou de ordem privada, guardando preponderante 
interesse público ou administrativo, ou social, ou privado. / As leis nacionais podem ser de ordem 
pública ou de ordem privada, e guardam preponderante interesse público ou administrativo, ou 
social, ou privado. 
e) Algumas leis eminentemente federativas, como o Código Tributário Nacional, autoproclamam-
se ‘nacionais’. / Algumas leis eminentemente federativas, como o Código Tributário Nacional, se 
autoproclamam ‘nacionais’. 
 
25. (ESAF-2010/ISS-RJ) Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de O Estado de 
S. Paulo, Editorial, de 1/6/2010. Assinale a opção em que não foram inseridos 
erros gramaticais e o trecho foi transcrito de forma gramaticalmente correta. 
 
A) Os consumidores pagam juros maiores porque obtém crédito com prazos maiores e 
prestaçõesmenores. Alguns fatos recentes estão contribuindo para um aumento da demanda, 
assim como, das pressões inflacionárias. 
B) A economia brasileira vive um processo de aquecimento que as últimas modificações da 
conjuntura estão agravando. O aquecimento tem sua origem no inchaço cada vez maior da 
demanda doméstica, que até agora não foi afetada pelo aumento da taxa Selic. 
C) À política de "bondades" do governo, em vigor nos últimos meses, veio se acrescentar à do 
Legislativo, que se aproveita do período eleitoral para propor medidas mais condescendentes. 
Isso aumenta perigosamente o poder aquisitivo da população. 
D) Chegamos, agora, a uma situação de quase pleno emprego, em que os salários não são mais 
determinados pela qualificação da mão de obra, mas pela dificuldade de contratar os 
trabalhadores necessários. O resultado é um aumento salarial duradouro, cujo peso na formação 
de preços. 
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e) É claro que a indústria tem dificuldades em acompanhar o ritmo de crescimento da demanda 
doméstica, recorrendo para isso à importações, que nem sempre têm preços menores do que os 
apresentados pela produção nacional. 
 
 
 
 
26. (ESAF-2012/Auditor-Fiscal da Receita Federal-Adaptada) Analise se o trecho abaixo 
está inteiramente correto quanto ao emprego do padrão formal escrito da língua 
portuguesa. 
 
I. Quando falamos em prova, no direito, tem-se a idéia de que existe algo a ser defendido ou algo 
que venha a ser contestado. Dentro dessa linha cognoscível, entende-se que vai existir sempre 
um agente acusador e um agente acusado. 
 
 
27. (ESAF-2012/Analista Técnico de Políticas Sociais-Adaptada) Analise se o trecho abaixo 
está correto ou se apresenta erro gramatical ou de grafia de palavra na transcrição do 
texto. 
 
I. O sofrível desempenho da indústria nos últimos quatro anos – a produção está no nível de 
meados de 2008 – sucita um debate polarizado sobre o risco de desindustrialização do país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
 
 
1. E 15. D 
2. E 16. Certo 
3. C 17. B 
4. Errado 18. E 
5. A 19. Certo 
6. B 20. D 
7. E 21. Errada 
8. B 22. E 
9. C 23. Errada 
10. E 24. A 
11. Certo 25. B 
12. E 26. Correto 
13. A 27. Incorreto 
14. Errado 
 
 
Grande abraço e rumo à conquista da vaga! 
 
Fabiano Sales.

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