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gente criando o futuro GESTÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO Organizadora Jessica Laisa Dias da Silva GESTÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO Organizadora Jessica Laisa Dias da Silva Gestão de Sistem a de Inform ação GRUPO SER EDUCACIONAL C M Y CM MY CY CMY K Gestão de Sistema da Informação © by Editora Telesapiens Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora Telesapiens. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Bibliotecária: Maria Isabel Schiavon Kinasz, CRB9 / 626 Silva, Jessica Laisa Dias da S586g Gestão de sistema da informação [recurso eletrônico] / Jessica Laisa Dias da Silva; coordenação de David Lira Stephen Barros; organização de Cristiane Silveira Cesar de Oliveira - Recife: Telesapiens, 2021. 196p.: il.; 23cm ISBN 978-65-5873-026-2 1. Sistemas da informação - Gestão. I. Barros, David Lira Stephen (coord.). II. Oliveira, Cristiane Silveira Cesar de (org.). III. Título. CDD 658.4038 (22.ed) CDU 658 Fundador e Presidente do Conselho de Administração: Janguê Diniz Diretor-Presidente: Jânyo Diniz Diretor de Inovação e Serviços: Joaldo Diniz Diretoria Executiva de Ensino: Adriano Azevedo Diretoria de Ensino a Distância: Enzo Moreira Créditos Institucionais Todos os direitos reservados 2020 by Telesapiens Gestão de Sistema da Informação Olá. Sou Jessica Laisa Dias da Silva Possuo graduação em Sistema da Informação e Mestrado em Sistema e Computação na UFRN. Tenho experiência na área de Informática na educação, com ênfase em Mineração de Dados Educacionais como também atual no estimulo dos jovens e crianças no estudo de ensino a programação. Realizo trabalhos e pesquisas voltados ao universo dos jogos digitais inseridos no contexto educacional, como incentivo deles no ensino dos jovens e aos professores. Atualmente realizo pesquisas no contexto de disseminação do pensamento computacional. para crianças e jovens. As áreas de interesse de estudo são: Educação, Engenharia de Software, Mineração de dados, Pensamento Computacional, Jogos Digitais Educativos, Gerenciamento de projeto. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! A AUTORA JESSICA LAISA DIAS DA SILVA ICONOGRÁFICOS Esses ícones que irão aparecer em sua trilha de aprendizagem significam: OBJETIVO Breve descrição do objetivo de aprendizagem; + OBSERVAÇÃO Uma nota explicativa sobre o que acaba de ser dito; CITAÇÃO Parte retirada de um texto; RESUMINDO Uma síntese das últimas abordagens; TESTANDO Sugestão de práticas ou exercícios para fixação do conteúdo; DEFINIÇÃO Definição de um conceito; IMPORTANTE O conteúdo em destaque precisa ser priorizado; ACESSE Links úteis para fixação do conteúdo; DICA Um atalho para resolver algo que foi introduzido no conteúdo; SAIBA MAIS Informações adicionais sobre o conteúdo e temas afins; +++ EXPLICANDO DIFERENTE Um jeito diferente e mais simples de explicar o que acaba de ser explicado; SOLUÇÃO Resolução passo a passo de um problema ou exercício; EXEMPLO Explicação do conteúdo ou conceito partindo de um caso prático; CURIOSIDADE Indicação de curiosidades e fatos para reflexão sobre o tema em estudo; PALAVRA DO AUTOR Uma opinião pessoal e particular do autor da obra; REFLITA O texto destacado deve ser alvo de reflexão. SUMÁRIO UNIDADE 01 O avanço da tecnologia e a organização digital 14 O mundo digital e a indústria 4.0 14 Contexto histórico da organização digital com relação a biblioteca 17 Organização digital 18 Algumas formas de organização digital 21 A era digital e sua contribuição nos negócios 25 A era digital e os modelos de negócios 25 Modelos de negócio na Era Digital 28 Negócios realizados na internet 29 O impacto da internet nos modelos de negócio 31 Exemplo de um grande modelo de negócios 32 O profissional do século XXI 35 A formação do profissional do século XXI 35 O profissional do século XXI 37 O gestor de tecnologia da informação 40 Gestão de tecnologia da informação 45 O papel da tecnologia da informação 45 A gestão da informação 48 O profissional da informação 49 O impacto da gestão de informação nas organizações 51 Casos de sucesso em gestão de tecnologia da informação 52 UNIDADE 02 Informática: Hardware e Software 58 História da informática 58 Memória RAM e o primeiro sistema 62 UNIVAC I, o computador industrial 62 Silício 62 Programação no ensino militar 62 Armazenamento em disco rígido 63 FORTRAN, a linguagem científica 63 Hardware versus Software 65 A área de TI e seus conhecimentos técnicos 69 A tecnologia da informação na tomada de decisão 70 Conhecimentos técnicos da área de TI 73 As principais técnicas modernas para TI 74 Executive Information Systems 74 Enterprise Resource Planning 74 Sistemas de apoio a decisões 74 Sistemas gerenciadores de banco de dados 75 Data warehouse 76 Recursos da inteligência artificial 76 Sistemas especialistas 76 Data mining 77 Database marketing 78 Recursos On-line Analytic Processing 79 Governança corporativa e gestão de TI 80 Governança corporativa 80 O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa 83 Governança de TI 84 Gestão de TI 87 Modelos para gestão de TI 89 A governança e o gerenciamento de TI 90 Compreensão do Big Data, os aspectos legais e política de uso das tecnologias da informação 92 Big Data 92 Os aspectos legais e a política de uso das tecnologias da informação 94 Código de ética do profissional de informática 101 UNIDADE 03 Gestão estratégica em Tecnologia da Informação 106 O que é a gestão estratégica? 106 Estratégias gerenciais na TI 110 O que são sistemas gerenciais de informação (SIG)? 116 A informação e a gestão sob um enfoque sistêmico 116 O que vem a ser um Sistema Gerencial de Informação? 119 Arquitetura de SIG e tipos de sistemas 126 Arquitetura de SIG 126 Tipos de sistema de informação para diferentes organizações 131 Segurança e riscos em SIG 135 Riscos em SIG 135 Segurança em SIG 139 UNIDADE 04 Tópicos avançados em Gestão de TI 148 O gestor de TI e a tomada de decisão 148 Business Intelligence no processo decisório 153 Big data e tecnologias exponenciais 158 Big data na era digital: efeitos e desafios 158 Gestão disruptiva para tecnologias exponenciais 162 IA na gestão de TI: riscos e conflitos 168 Inteligência Artificial e tecnologias emergentes na gestão de TI 168 Riscos e conflitos para o gestor de TI 172 Panorama do mercado de TI: Sucessos e tendências 177 Aspirações do mercado de TI no Brasil 177 Casos de sucesso na gestão de TI 180 Gestão de Sistema de Informação 11 UNIDADE 01 Gestão de Sistema da Informação12 O mundo está em constante evolução, pessoas inventam coisas novas todos os dias, os reis da informática estão cada vez mais facilitando a vida das pessoas, estamos vivendo uma nova era, a Era Digital. Essa nova era surgiu devida a indústria 4.0, trazendo vários impactos positivos para nossa sociedade, um desses impactos foi a criação da tecnologia da informação. Nesta unidade estudaremos sobre como a tecnologia vem crescendo cada vez mais e como o gestor da informação vem sendo um profissional que cada dia que passa vem ganhando mais seu espaço. Estudaremos também, como é o profissional do século XXI e as importantes mudanças que esse século trouxe para a sociedade. Empolgados? Vamos lá! INTRODUÇÃO Gestão de Sistema de Informação 13 Olá. Seja muito bem-vindo a nossa Unidade 1. Nesta unidade, o nosso objetivo é auxiliá-lo no desenvolvimento das seguintes competências profissionais: OBJETIVOS 1 Compreender uma organizaçãodigital; 2 Identificar negócios inteligentes na era digital; 3 Desenvolver e gerir o profissional do século XXI; 4 Diagnosticar os influenciadores estratégicos para gestão em tecnologia da informação. Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! Gestão de Sistema da Informação14 O avanço da tecnologia e a organização digital A tecnologia vem ganhando um espaço cada vez maior, hoje, a sociedade vive o que podemos chamar de era digital, considerada a era em que as pessoas mudaram a forma de interagir e de guardar suas coisas, como fotos, documentos, apostilas, entre outros. A tecnologia vem se mostrando como a melhor alternativa para que se possa gerencias o aumento crescente do volume de informações que a cada dia que passa vem sendo produzidas e disseminadas. O mundo digital e a indústria 4.0 Quando falamos em mundo digital e indústria 4.0, nos remetemos ao passado, em que, foi depois da Terceira Revolução Industrial que teve um maior destaque devido a seus avanços tecnológicos e científicos, que começou a Era digital com a indústria 4.0. De acordo com Pereira e Simonetto (2018) o termo Indústria 4.0 foi utilizado pela primeira vez em 2011, na OBJETIVO Ao término deste capítulo você será capaz de entender como começou a chamada Indústria 4.0, compreendendo suas bases e suas fazes. Posteriormente, você será capaz de compreender sobre a organização digital e sua importância para organização e facilitação da vida. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Gestão de Sistema de Informação 15 Feira de Hanover, Alemanha, para definir o que seria a Quarta Revolução Industrial, vindo após três revoluções que resultaram da mecanização, eletricidade e das tecnologias da informação, como na figura 1. Tabela 1: Revoluções Industriais e suas respectivas tecnologias Fonte: Elaborado pela autora com informações encontradas em Tropia, Silva e Dias (2017) Desta forma, a indústria 4.0 tem como uma de suas grandes bases tecnológicas a introdução da tecnologia da internet nas indústrias. Segundo Pereira e Simonetto (2018) a indústria 4.0 tem ligação direta com os Sistemas Ciber-Físicas que são componentes que integram o mundo físico ao virtual, para entender esse sistema existem três fases: � 1ª fase – as comunicações de sistemas de produção estão cada vez mais fáceis, pois agora existe mais infraestrutura. Desta forma, a comunicação pode ser feita em qualquer lugar, essa tendência tem aumentado cada vez mais e não é forçada por ninguém; � 2ª fase – os dispositivos de campo, fábricas, os produtos, as máquinas, deverão estar conectadas a uma rede, como a internet, podendo armazenar dados em tempo real, a partir de qualquer lugar; � 3ª fase - os dispositivos de campo, fábricas, os produtos, as máquinas, terão capacidade de manter armazenado documentos e conhecimento sobre si dentro da rede, de fora da 1ª Revolução Industrial 2ª Revolução Industrial 3ª Revolução Industrial 4ª Revolução Industrial Aprimora- mento das máquinas a vapor, criação do tear mecânico. Utilização do aço, da energia elétrica, motores elétricos e dos combustíveis fosseis Avanço da eletrônica, sistemas computa- dorizados e robóticos para manufatura Sistemas ciber - físicos e aplicação da “Internet das Coisas” 1780 1870 1970 HOJE Gestão de Sistema da Informação16 sua estrutura física. Essas informações poderão ser atualizadas no decorrer do tempo, podendo a partir delas, serem executadas algumas funcionalidades, como por exemplo a negociação. A chave da indústria 4.0 são as fabricas inteligentes que buscam a criação de processos, produtos procedimentos inteligentes, fazendo com que as pessoas e as máquinas estabeleçam uma comunicação natural. Essa indústria 4.0 nomeamos de 4ª Revolução Industrial, que trouxe junto dela os maiores avanços tecnológicos dos últimos tempos. Um dos pilares da indústria 4.0 segundo Pereira e Simonetto (2018) é o big data e a análise de dados, onde as grandes quantidades de dados sobre a manufatura podem ser obtidas de várias formas, como sistema de gestão de empresa e clientes, equipamentos de produção, devendo ser analisados para que assim, possam ser utilizados para tomada de decisão. Além disso, a indústria 4.0 trouxe a internet das coisas, criando a conexão entre as máquinas e sistemas, fazendo com que o trabalho seja efetuado de forma mais rápida, pois faz com que as máquinas produzam relatórios instantâneos, fazendo com que uma pessoa de um setor, tenha acesso direto as informações de outro setor só pela conexão de rede. Graças a integralização cada vez maior da tecnologia da informação no processo industrial que as transformações e mudanças nas estruturas organizacionais estão a todo vapor. Desta forma, ao vermos a importância do avanço tecnológico e o quanto a indústria 4.0 veio para causar um avanço no meio e na agilidade dos processos, por meio das máquinas e redes, vamos estudar agora acerca da organização digital que se torna necessária devido a esse avanço tecnologia, tendo em vista o aumento na quantidade de informações e as possibilidades que surgiram para facilitação de pesquisas e agrupamento de conteúdos. Gestão de Sistema de Informação 17 Contexto histórico da organização digital com relação a biblioteca Ao estudarmos história, vemos que a biblioteca já existia no período do descobrimento do Brasil, sendo o melhor meio para que os conhecimentos produzidos pela humanidade fossem organizados e gerenciados, tendo por incumbência guardar, controlar e distribuir informações. Durante anos a biblioteca foi o maior local de armazenamento de informações. Com o passar dos anos, como vimos, a tecnologia veio ganhando espaço e seu poder informacional, de armazenamento e de distribuição vem sendo utilizado eficientemente cada vez mais, tendo custos mais baixos e os seus processos sendo realizados de forma mais rápida. Anna (2015) p.4 diz que: Projetadas, a priori, sob uma função custodial, as bibliotecas atravessaram várias fases ao longo da história, desfalecendo-se na atualidade como um espaço em prol de satisfazer as necessidades e exigências demandadas por seus usuários, migrando-se do paradigma da posse/guarda para o acesso. Ao analisar os diversos estágios porque passaram as bibliotecas ao longo da historiografia humana, observa-se, de modo geral, certos aspectos que permearam todos os tempos: desde os primórdios da humanidade, com os tabletes de argila até as páginas eletrônicas da internet, as bibliotecas foram se reestruturando conforme as tendências sociais, tendo o aparato tecnológico como ferramenta indissociável. A tecnologia primeiro foi entrando aos poucos nas bibliotecas, sendo utilizado os computadores para serviços como catalogação, indexação e organização do acervo de livros, entre outros serviços básicos. Todavia, posteriormente a Gestão de Sistema da Informação18 tecnologia trouxe a internet, que possui um universo digital, pelo qual se pode ter acesso remoto a informações, sendo o usuário autossuficiente. Devido a essa gama de informações, viu-se necessário uma organização digital, pois além dos documentos que antes só eram encontrados em biblioteca, as pessoas começaram a entender que com a nova era digital, ela não precisava mais do uso de tantos papéis, ou, se fosse necessário esse uso, se viram em meio ao avanço com a possibilidade de guardar tudo em computadores ao invés de escritórios. Segundo Anna (2015) p.6: Embora a preocupação em organizar o conhecimento venha sendo discutida desde tempos antigos, é no final do século XX que essa área ganhou proporções ainda mais gigantescas, despertando atenção de pesquisadores e profissionais. Essa atenção especial é justificada devido a vários fatores. Esses fatores, são citados por ANDRADE (2006, p. 47), são eles: o aumento de informação em circulação, a diversidade de suportes paraseu registro e, em especial, o desenvolvimento das tecnologias da informação. Para poder guardar esses documentos, as pessoas notaram que não poderia ser de qualquer forma, pois poderiam perde-los. Notando que os arquivos da internet eram todos organizados, notou-se que para que pudesse ter seus documentos organizados seria necessária uma organização também, vindo a surgir a organização digital. Organização digital A Industria 4.0 em que nos encontramos tem como característica uma constante inovação, surgindo sempre novas descobertas, fazendo com que o homem interaja cada vez mais Gestão de Sistema de Informação 19 com a máquina. Graças a esses avanços, segundo Kanan e Arruda (2013), credita-se à mudança do trabalho nos últimos 50 anos a maior mudança vivida pela sociedade. A era digital vem mudando os valores da sociedade, além de mudar também a conjuntura dos laboratórios e o relacionamento humano. A organização digital vem para ajudar as pessoas, empresas, instituições a deixar seus arquivos digitais em ordem, no que se refere a documentos, imagens, aplicativos, enfim, todos os arquivos importantes que fazem parte do acervo do local. Além disso, ajuda as pessoas a organizar as informações advindas das novas máquinas que possuem ligação direta com o computador, passando informações sobre produtividade, assiduidade, entre Seu principal benefício é garantir que as pessoas consigam gerenciar todos os seus arquivos, economizando tempo na hora das buscas por aquilo que deseja e utilizando das novas tecnologias para um melhor avanço da sua empresa, indústria, entre outros. Para que se possa ter uma organização digital, existem vários processos, que segundo Anna (2015) são chamados de tratamento informacional. O processo de tratamento informacional compreende um conjunto de estudos realizados nos documentos, com o intuito de descrevê-lo ou representa-lo de forma descritiva e temática de acordo com as características essenciais do documento. REFLITA Como era a vida antes da tecnologia e o quanto ela vem mudando a vida das pessoas, fazendo elas trabalharem menos e ganharem mais. Gestão de Sistema da Informação20 Quando o profissional organiza a informação digital ele deve levar em consideração todas as possibilidades de relacionamento que um documento possa estabelecer com outro, pois, o intuito da organização digital é fazer com que as pessoas encontrem seus documentos e informações sem precisar de outras pessoas. São benefícios trazidos pela organização digital: �Melhoramento na tomada de decisões – pois as pessoas terão ao seu dispor as informações reais para embasamento de suas decisões, o que trará mais embasamento para tomada de decisão; �Aumento da produtividade – pois as pessoas perderam menos tempo procurando documentos, o que acarretará mais tempo para trabalhar. Além disso, máquinas já enviam informações diretamente para os computadores, o que faz a pessoa ter controle da produtividade sabendo de que forma pode melhorar diretamente e ainda, podendo adiantar de imediato seus trabalhos; �Torna tarefas cotidianas mais fáceis – pois permitem que as tarefas sejam feitas de forma fácil e rápida, devido a tecnologia disponível; � Faz a pessoa se sentir mais relaxada – pois a pessoa sabe que tem todos os seus documentos organizados, sabendo desta forma, que na hora que precisar estarão todos em um só lugar. Além disso, sabe que possui o controle de todos os procedimentos a sua frente por meio da tecnologia; �Minimiza os riscos – pois tendo em vista que todos os documentos estarão em seu computador de forma organizada, não haverá risco de perdê-los e ainda, tem acesso graças as máquinas de toda a movimentação, podendo se prevenir de todos os possíveis risco causados pela produção; �Reduz o estresse – pois lidar com papéis, ou até mesmo com arquivos no computador desorganizado faz o nível de Gestão de Sistema de Informação 21 estresse da pessoa elevar ao procurar o que deseja e, as máquinas facilitam todo o processo de produção; �Aumenta a disponibilidade – pois assim como aumenta a produtividade, as pessoas têm seu tempo de disponibilidade aumentado tendo em vista que perdem menos tempo procurando o que desejam e as máquinas já realizam boa parte do trabalho que antes era de competência de uma pessoa; Algumas formas de organização digital Inúmeras são as formas de organização digital, muitas delas todos tem conhecimento, todavia, é importante frisar as formas que consideramos mais importantes. Existem diversas formas de se organizar arquivos, citaremos algumas: �Criar pastas – uma das principais maneiras de organização de arquivos é a criação de pastas, isto porque, se você salvar todos os seus arquivos em um único local, será um desastre na hora de achar devido à grande quantidade de arquivos. A ideia das pastas é facilitar ainda mais na hora de procura por aquilo que se deseja; EXEMPLO Um exemplo de criação de pastas em empresa pode ser: pasta dados dos funcionários– nessa pasta conterá os arquivos de todos os funcionários. Pasta documentos da empresa – nessa pasta irá conter os documentos inerentes a empresa como o contrato social. Gestão de Sistema da Informação22 �Criar subpastas – as subpastas servirão para delimitar ainda mais o conteúdo do documento. Um exemplo utilizando os de cima é: subpastas dentro da pasta de dados dos funcionários relativa aos funcionários do escritório – quando a empresa é grande e possui vários funcionários, é importante para que a busca seja mais rápida que a pasta dos funcionários contenha subpastas relativas a cada setor da empresa; �Organização das pastas por mês e ano – para facilitar na busca, é importante colocar o mês e o ano nas pastas, pois na hora de procurar já saberemos de que mês e ano o documento é, facilitando. Um exemplo é nas pastas de fotos na hora da organização, classificar elas com sua data e mês tornarão mais fácil encontrar a foto da viagem que a pessoa queira; � Salve os arquivos com nomes fáceis – na hora de salvar os arquivos, opte por salvá-los com nomes fáceis de serem posteriormente encontrados. Temos como exemplo uma pasta com os nomes dos funcionários, mas seus documentos contêm como descrição: Funcionário 1, funcionário 2, ..., assim fica difícil saber em qual documento ao certo está o do funcionário que você está procurando; � Pelo menos mensalmente faça uma limpeza em seu computador – não existe nada pior para organização do que documentos desnecessários nas pastas. Desta forma, o melhor a se fazer, pelo menos mensalmente é apagar arquivos que sejam desnecessários, melhorando assim o fluxo de dados; �Uso de HD externo – organizar os arquivos no computador e depois da mesma forma salva-los no HD externo é uma forma de manter seus arquivos sempre em segurança, isto porque, o HD externo funcionara como uma cópia dos seus arquivos e além disso, ele pode ser levado para todos os lugares de maneira fácil; Gestão de Sistema de Informação 23 �Organizar arquivos na nuvem – além da memória do computador a internet nos proporciona a opção de salvar os arquivos na nuvem. O que seria a computação em nuvem? Segundo RUSCHEL; ZANOTTO; MOTA (2010, p. 1): A computação em nuvem é a ideia de utilizarmos, em qualquer lugar e independente de plataforma, os mais variados tipos de aplicações através da internet com a mesma facilidade de tê-las instaladas em nossos próprios computadores. Com isso, os supercomputadores terão os seus destinos a quem realmente precisam, pois tudo será baseado na internet. Assim, ao organizar os arquivos na nuvem a pessoa terá acesso aos documentos em qualquer lugar que esteja, contanto que possua acesso à internet. As plataformas existentes de nuvem são: Cloudbox, Google Drive, Evernote e Dropbox. IMPORTANTE A organização na nuvem vem sendo considerada uma das melhores formas inovações, pois os arquivos contidos nela poderão ser acessados em qualquer lugardo mundo, permitindo assim uma maior amplitude na conectividade dos sistemas. Gestão de Sistema da Informação24 RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Neste capítulo foi tratada sobre os avanços da tecnologia e a Industria 4.0, trazendo seus impactos para os novos tempos. Abordamos em seguida sobre a organização digital, levando em consideração que com o avanço tecnológico é preciso saber como ter um sistema organizado, para que assim, possa usufruir de maneira melhor dos avanços da nova era. Gestão de Sistema de Informação 25 OBJETIVO Neste capítulo será abordado os avanços que a Era Digital proporcionou para os modelos de negócio. Ao término desse capítulo você terá conhecimento sobre os modelos de negócio e ainda, o impacto causado pela internet nos negócios. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! A era digital e sua contribuição nos negócios Com a era digital todo o mundo se reinventou, os avanços tecnológicos fizeram com que as empresas se reinventassem tanto para seu crescimento quanto para atender as demandas dos seus clientes. A tecnologia trouxe ganhos para a produtividade, educação, saúde, qualidade de vida, entre outras inúmeras áreas que ela atingiu. Cada pessoa utiliza a tecnologia para seu benefício de acordo com sua necessidade e sua a conectividade para alcançar seus objetivos. A era digital e os modelos de negócios De acordo com ALBERTIN (2002) p.8: Os Negócios na Era Digital são formados de forma evolutiva com a aplicação de tecnologias de informação e comunicação, tendo sido iniciada pelos computadores de grande e pequeno porte, ambientes de redes de comunicação, sistemas de informações e sistemas integrados de gestão Gestão de Sistema da Informação26 empresarial, integração eletrônica entre empresas, pessoas e governo, e, finalmente, a Internet. Na Internet podem ser identificadas várias aplicações, tais como correio eletrônico, troca eletrônica de dados etc. Assim, a tecnologia vem ingressando cada vez mais nos negócios, fazendo com que haja a diminuição e muitas vezes eliminação das restrições que existem no ambiente social e empresarial. A tecnologia da informação (TI) tanto influência quanto é influenciada pelos ambientes e componentes que as organizações definem como seu modelo de negócio. A TI pode mudar a forma de atuação das organizações no mercado, contribuindo com suas estratégias, com sua forma de atuação, com a estrutura organizacional e com a capacidade que se deve exigir das pessoas e dos processos envolvidos na organização. Mas o que vem a ser modelos de negócio? De acordo com ALBERTIN (2002), os modelos de negócio são a relação criada entre os ambientes internos e externos das organizações, suas estratégias, estrutura e processos, indivíduos e cultura, e processos gerenciais. São esses componentes e sua inter-relação que definirão de que maneira a organização irá realizar sua participação no mercado. O ambiente externo das organizações é formado pelos clientes, parceiras, prestadores de serviço, fornecedores, infraestrutura, entre outros. É o ambiente externo que define o ambiente interno causando também influencia sobre ele, sendo este último o que garante o exercício bem sucedido da organização. Para que uma empresa possa funcionar de forma a agradar todos, ela tem que voltar sua atenção para o ambiente externo analisando seus clientes, suas parcerias, sua infraestrutura, para que assim, ela possa crescer cada vez mais. Gestão de Sistema de Informação 27 É de acordo com os ambientes externos e internos que as organizações traçam suas estratégias, metas e objetivos. Dentro das estratégias conterão pessoas encarregadas de executa- las e entre essas pessoas estão as responsáveis pelo setor de tecnologia, sendo os responsáveis pela organização dos dados da empresa e por sua evolução. A tecnologia da informação que começou a evolução nas empresas, realizando uma exploração nos métodos de negócio e nas suas integrações, chegando desta forma aos sistemas de informação integrado para a gestão empresarial. É a evolução que leva a integração com o ambiente externo e em seguida deste com o ambiente interno, que tem início com a troca eletrônica de dados indo até a interdependência organizacional e utilização de infraestrutura de comunicação e informação pública. Figura 1: Tecnologia da informação Fonte: Pixabay Tapscott (1996) diz que a base fundamental para a economia digital e para era da inteligência em rede são as redes de comunicação, que também são chamadas de infraestrutura de comunicação e informação pública. Segundo ALBERTIN (2002, p.12), a infraestrutura é composta por três componentes: Equipamentos de acesso: são geralmente ignorados nas discussões sobre a infovia, mas representam um categoria crítica, devido a ausência ou o progresso lento de componentes dos quais outros segmentos Gestão de Sistema da Informação28 da infovia dependem; estrutura de acesso local: são ligações entre empresas, escolas, residências etc. com a estrutura principal de comunicações; e redes globais de distribuição de informação: representam a infraestrutura entre grandes centros. Desta forma, todas as perspectivas do ambiente digital são voltadas para que o acesso à internet seja amplo, sendo efetuado tanto pela empresa quanto pelo consumidor. A internet conecta todos os meios seja no nível empresarial, seja no de consumo. Modelos de negócio na Era Digital O termo Modelo de negócios começou a ser utilizado no fim dos anos de 1990 de acordo com Siqueira e Crispim (2012), e Albertin (2002) diz que existem oito modelos essenciais de negócio na era digita que servem para descrever uma forma diferente de conduzir os negócios de forma eletrônica, sendo eles: � Provedor de conteúdo – encarregado de fornecer informação, produtos digitais e serviços através de intermediário; �Direto ao cliente – fornece produtos e serviços diretamente ao cliente, as vezes sem intermediação dos canais tradicionais; � Provedor de serviço integral – fornece uma variedade completa de serviços em um domínio, seja ele financeiro, corres- pondente a saúde, entre outros, diretamente ou através de parceiros, voltado para o próprio relacionamento com o consumidor; � Intermediário – junta compradores e vendedores por concentrar informação; � Infraestrutura compartilhada – junta múltiplos compe- tidores em cooperação compartilhada infraestrutura comum da tecnologia da informação; Gestão de Sistema de Informação 29 � Integrador de rede de valor – coordena atividades através de rede de valor, armazenando, sintetizando e distribuindo informações; �Comunidade virtual – cria e facilita uma comunidade virtual de pessoas com interesses em comum, possibilitando interação e oferecendo serviços; �Empresa completa/governo – fornece um único ponto de contato, consolidando todos os serviços oferecidos por uma grande empresa com várias unidades. Esses modelos são uma descrição de regras e relacionamentos entre os consumidores, clientes, fornecedores e parceiros de uma empresa, servindo para identificar os fundamentais fluxos de produtos, informações e dinheiro, e seus benefícios para os participantes. Desta forma, podem uma empresa pode combinar diversos modelos diferentes como parte de sua estratégia de negócio. Todas essas mudanças e adaptações trazidas pelo mercado para amoldamentos dos processos de negócios da empresa, tem como suporte os sistemas de informações. Os sistemas da informação é uma ferramenta cada vez mais importante e está evoluindo a cada dia que passa. Seu principal objetivo, segundo Albertin (2002) é atender as necessidades de obtenção, armazenamento, tratamento, comunicação e disponibilização de informação da organização, tanto de forma internaquanto externa, em seus vários níveis hierárquicos, áreas funcionais e integração. Negócios realizados na internet Os negócios realizados na internet são chamados de e-business, tendo como criação de valor e direcionador de valor os fatos que melhoram o valor total que foi criado por um negócio eletrônico. Siqueira e Crispim (2012) traz quatro principais e inter-relacionados direcionadores de valor no e-business, sendo: Gestão de Sistema da Informação30 �Eficiência – a eficiência da transação aumenta quando os custos por transação diminuem, um exemplo seria o leilão de carros pela internet; �Complementariedade – quando se tem um pacote de produtos ou serviços que possui mais valor que os produtos ou serviços vendidos separadamente. Com a ajuda do e-business que é alavancado o potencial para geração do valor por meio de ofertas de produtos e serviços complementares; �Lonk-in – cria os valores prevenindo contra a migração de clientes e a possibilidade de parceiros se tornarem competidores. O e-business possibilita que seus clientes customizem produtos e serviços ou informação que atendam suas necessidades pessoais. Um exemplo são alguns sites que utilizam da técnica de mineração dos dados, servindo para oferecer produtos personalizados conforme histórico de compra dos usuários; �Novidade – os negócios realizados na internet também inovam no modo como as empresas fazem negócios, estruturando suas transações. Exemplo disso é o groupon.com que surgiu com o conceito de compra coletiva. REFLITA Com a criação do mercado virtual que não possuem barreiras físicas e geográficas, fluxo reverso de informações dos clientes para fornecedores, técnicas de canalização, agregação de novas informações, fazem com que as possibilidades de inovações sejam infinitas. Gestão de Sistema de Informação 31 O impacto da internet nos modelos de negócio A Internet no surgimento dos novos modelos de negócio tem uma influência ligada estritamente com as duas fases de evolução e desenvolvimento da rede mundial, a primeira fase é conhecida como Web 1.0 e a segunda como Web 2.0 (SIQUEIRA; CRISPIM, 2012). Na primeira fase, tem como tendência a replicação das particularidades dos modelos do mundo real, tendo como base a utilização da virtualização física da infraestrutura para venda de produtos de característica tangível e algumas categorias de serviços, a exemplo da internet banking e agências de viagens virtuais. Também é incluído nessa primeira fase, os produtos que podem ser facilmente convertidos para o meu digital, como por exemplo músicas, revistas, publicidade e livros. Figura 2: Livro digital Fonte: Pixabay Por fim, a primeira fase traz o que é chamado de shoppings de comparação, que servem para comprar os preços dos produtos em diversos sites. Gestão de Sistema da Informação32 A segunda fase, surgiu em 2004 de acordo com Siqueira e Crispim (2012), em um momento que a internet atingiu seu ápice de importância, pois estavam surgindo novas aplicações e sites com regularidade imensurável. Veio como uma revolução nos negócios da indústria da informática, trazendo dois grupos de modelos de negócios. O primeiro grupo, veio com uma prática de conceito chamada de Long tail, este conceito se baseia na observação de que uma fonte de lucros mais elevados pode vim da venda de muitos produtos menos populares, do que o lucro da venda de produtos mais populares. O segundo grupo são soluções que se sustentam em dois pilares, o primeiro pilar diz respeito às características da Web 2.0 e com o papel da participação crescente de usuários da internet na geração de conteúdo online, elas visam tirar proveito das comunidades online. Um exemplo desse pilar são os empréstimos sociais que se referem a sites intermediários entre os usuários que emprestam dinheiro uns aos outros e tem como lucro a comissão de cada transação. O segundo pilar desse grupo é baseado nas ofertas gratuitas de produtos ou serviços básicos, devendo-se, todavia, pagar por uma versão ampliada. Exemplo são os sites que limitam a quantidade de fotos que podem ser feitos os downloads, mas caso pague uma quantia mensal, a quantidade será ilimitada. Exemplo de um grande modelo de negócios Já é de circulação mundial o quanto a Apple é um dos maiores exemplos de modelo de negócio, mas seu sucesso teve início em 2003, com o lançamento do iPod com o iTunes Store, criando assim um mercado e transformando a empresa. Gestão de Sistema de Informação 33 Figura 3: iPod Fonte: Pixabay Os autores Siqueira e Crispim (2012) em seu artigo, trouxe a informação de que Apple levou somente três anos para que a combinação do iPod com o iTunes se tornasse o produto de quase 10 bilhões de dólares, sendo equivalente a quase 50% da receita da Apple. Muitas pessoas já conhecem essa história, o que poucos sabem é que não foi a Apple a primeira a empresa a levar os tocadores de música para o mercado, em 1998, a Diamnond Multimedia introduziu o “The Rio”, sendo um equipamento que funcionava bem, era portátil e elegante. O que muitos se perguntam é por que o iPod que obteve sucesso ao invés do The Rio? Isto aconteceu porque a Apple inovou, tornando o download de música digital fácil e conveniente. Para que isso acontecesse, a Apple construiu um modelo de negócio inovador que trazia em sua configuração uma combinação de hardware, software e serviço. Assim, utilizou de uma boa tecnologia envolvendo-a em um excelente modelo de negócio. Gestão de Sistema da Informação34 RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Neste capítulo, tratamos sobre os modelos de negócio, trazendo em questão os impactos da Era Digital e como os negócios hoje podem ser feitos pela internet. Vemos como a internet vem ser um canal importante para o aumento da empresa e das suas vendas, trouxemos também um exemplo de um grande modelo de negócio. Gestão de Sistema de Informação 35 O profissional do século XXI A sociedade vive em constante desenvolvimento, sendo a sociedade do conhecimento e que os indivíduos são a parte fundamental para esse desenvolvimento. Peter Drucker, em seu livro sociedade pós-capitalista afirma que o conhecimento não é algo impessoal, não residindo em um livro, em um banco de dados, em um programa de software, pois estes contêm informações. O conhecimento está sempre incorporado por uma pessoa, sendo transportado, criado, ampliado ou aperfeiçoado por uma pessoa, sendo também aplicado, ensinado e transmitido por uma pessoa e, por fim, usado, bem ou mal, por uma pessoa. A formação do profissional do século XXI A aprendizagem é fundamental para humanidade, servindo para construção da paz, da liberdade e da justiça social, é ela que torna o desenvolvimento humano mais harmonioso, mais autêntico, fazendo com que a pobreza seja recuada, assim como a exclusão social, as opressões, entre outros. Uma comissão da Unesco presidida por Jacques Delors, concluiu que a educação deve ser organizada com base em quatro pilares do conhecimento, sendo eles: OBJETIVO Neste capítulo, trataremos do profissional do século XXI. Começaremos tratando da formação do profissional nesse século e as importantes mudanças na educação, para então tratarmos de como deve ser o profissional do século XXI e, por fim, falarmos do gestor de tecnologia da informação, profissão chave desse século. Espero que gostem. Vamos lá!! Gestão de Sistema da Informação36 �Aprender a conhecer – é um tipo de aprendizagem que tem como objetivo o domínio dos instrumentos de conhecimento. Levando em considerado a forma que o conhecimento é múltiplo e evolui com um ritmo ininterrupto, sendo quase impossível obter conhecimento sobre tudo. É o prazer de aprender para compreender, conhecer e descobrir. Sendo o mais importante é saber os meios para se chegarao conhecimento; �Aprender a fazer – tem associação com aprender a conhecer, sendo ligado à educação profissional. Mesmo com os avanços tecnológicos, é importante que haja uma associação da teoria com a técnica, todavia, levando em consideração que os avanços tecnológicos estão modificando as qualificações, fazendo com que as atividades puramente físicas sejam substituídas por tarefas de produção mais intelectual, devendo o profissional possuir competência técnica e profissional e também, disposição para o trabalho em equipe, capacidade de tomar iniciativa; �Aprender a viver juntos – é um dos pilares mais importantes, pois tudo está ligado e o que acontece no mundo afeta todas as pessoas. Todavia, a tendência dos seres humanos é supervalorizar as suas qualidades e as dos grupos a que pertencem, alimento preconceito com relação aos outros. Isso se dá também pela grande competitividade existente entre os países que aumenta o espirito de competitividade entre as pessoas. Desta forma, a educação deve ser feita para as pessoas conhecerem um ano outro, vivendo conjuntamente, criando um espírito que graças a interdependência das pessoas possa promover a realização de projetos comuns, formando uma gestão inteligente; �Aprender a ser – o ser humano deve ser preparado para possuir autonomia intelectual e também, para ter uma visão crítica da vida, sendo capaz de formular seus próprios pensamentos, de desenvolver sua capacidade de discernimento e de saber como agir nas diferentes circunstâncias da vida. Sendo a maturação do ser humano que possui relação com: memória, raciocínio, Gestão de Sistema de Informação 37 capacidade física, imaginação, facilidade de comunicação com os outros, sentido estético, entre outros. De acordo com Silva e Cunha (2002, s.p.): A educação no século XXI deverá ser uma educação ao longo da vida. Este conceito permite “ordenar as diferentes sequências de aprendizagem (educação básica, secundária e superior), gerir as transições, diversificar os percursos, valorizando-os”. A educação deverá se preocupar com a formação do cidadão, da pessoa em seu sentido amplo, e não somente com a formação profissional. A mente humana deve ser preparada para os erros, pois todos estamos sujeitos a errar. Devendo também aprender a ser, viver, dividir, se comunicar. E desta forma, aprender a lidar com as mudanças e diversidades tecnológicas, econômicas e culturais. Desta forma, estudado sobre a educação no século XXI, vamos saber como são os profissionais desse século. O profissional do século XXI O mundo evoluiu, a sociedade evoluiu, os produtos evoluíram, desta forma, os profissionais obrigatoriamente devem evoluir para conseguir ingressar no mercado de trabalho. REFLITA As concepções para uma melhor educação fazem com que os profissionais se tornem melhor. Você acha que teve uma boa educação? Gestão de Sistema da Informação38 Todavia, as pessoas não devem se assustar, assim como os avanços das máquinas, as pessoas também podem avançar e se reinventar. De acordo com Ketzer (2010) o profissional do passado executava tarefas com segurança, previsibilidade, certezas, constância, tornando-se tarefas repetitivas. Já o profissional do século XXI vem da inovação, devendo entre algumas das suas especialidades ser adaptável, prever, possuir autonomia, criar, partilhar, integrar, associar, possuir responsabilidade social, possuir flexibilidade, entre outras. A autora acima citada diz que as exigências para o profissional do século XXI, são: �Conhecimento profundo da área de atuação – melhor são as chances para aqueles que conhecem da sua área como ninguém mais, demonstrando eficiência e prontidão; �Base cultural, científica e humanística ampla; � Familiarização com modernas tecnologias – o avanço tecnológico é o pilar do século XXI, estamos vivendo a Era Digital, sendo assim, imprescindível para o profissional desse século ter conhecimento das modernas tecnologias; �Conhecimento de língua (s) estrangeira (s) – devido à enorme concorrência e a amplitude do mercado, onde a maioria das empresas trabalham com empresas estrangeiras, o profissional do século XXI deve conhecer outra (s) língua (s) fora o português; �Trabalho em equipe, colegiado – realizar a tarefa sem olhar para o companheiro de trabalho é coisa do passado. O profissional do século XXI deve estar preparado para exercer seu trabalho em equipes multidisciplinares, devendo desenvolver projetos comuns nas diversas áreas do conhecimento; �Respeito a hierarquias – respeito hierárquico é algo que vem desde o passado e nenhum profissional deve se esquecer; Gestão de Sistema de Informação 39 � Incorporação do erro como elemento sistemático (levando em consideração os pilares da aprendizagem acima estudado em que tratamos que todos estão sujeitos a errar); �Busca de alteridade nas relações – devendo trabalhar com a diversidade sem eliminar o que é diferente; �Convivência com as incertezas – deve saber lidar com as incertezas, o mundo é uma constante mudança e evolução, a incerteza faz parte do dia a dia; �Consciência sobre a importância da formação/educação continuada – um dos pontos mais importantes para o profissional do século XXI, pois devido as constantes mudanças o profissional deve sempre se manter atualizado e não deixar de estudar nunca, reduzindo os riscos de desatualização e de obsolescência; � Inovação – por fim, o profissional do século XXI deve sempre se atualizar e inovar, demonstrando seu interesse para com o mercado. O ponto chave do profissional do século XXI é o pensar fora da caixa, onde as pessoas devem pensar de forma inovadora, criativa, indo além dos padrões convencionais e, desta forma, se destacando. REFLITA Com as mudanças que ocorrem os profissionais devem se reinventar para garantir seu lugar no mercado de trabalho e, também, para fazer do seu próprio negócio um destaque. Gestão de Sistema da Informação40 Figura 4: Pensar fora da caixa Fonte: Pixabay O gestor de tecnologia da informação Após estudarmos sobre o profissional no século XXI, estudaremos sobre o gestor de tecnologia, isto porque, a área da tecnologia é a que mais vem se destacando as inovações do século XXI. Com o avanço tecnológico, a Tecnologia da informação de acordo com Mariani (2015) é um recurso valioso que provoca uma grande repercussão em diversos níveis da estrutura organizacional, seja nos níveis operacionais, estratégicos ou administrativos. É tecnologia muda à nossa maneira de pensar e de agir, fazendo com que haja uma modificação entre os produtos e os consumidores. Cada setor possui a sua forma de utilização da tecnologia da informação devido a diversidade de setores, todavia, existem características em comum, que são aquelas que podem ter como definição o conjunto de todas as atividades e soluções que provém de recursos computacionais que se destinam a permitir o armazenamento, a obtenção, o gerenciamento, a obtenção e o uso das informações. Gestão de Sistema de Informação 41 Cada área de uma empresa possui funções diferentes, desta forma, cada setor que trabalha com tecnologia da informação irá lidar com programas e situações diferentes, mas é máster destacar que apesar de serem funções diferentes e programas diferentes, existem fatores que todos os gestores da tecnologia da informação devem ter conhecimento. Mariani (2015) em entrevista com o pós-doutor Bruno Santos Pimentel que possui experiência em pesquisa, desenvolvimento, inovação e tecnologia, diz que a tecnologia da informação tem um papel fundamental tanto no planejamento quanto na execução da estratégia empresarial. É de suma importância que os investimentos da tecnologia da informação estejam alinhados aos objetivos traçados pelos negócios de curto e longo prazo, porém de acordo com o entrevistado Bruno Santos, precisam ser ressaltados três importantes papeis a serem desempenhados pela tecnologia da informação embusca de resultados sustentáveis: �Viabilização de novos produtos, processos e modelos de negócio; �Melhoria e a inovação em processos internos de uma organização e de suas interfaces com o mercado; � Suporte aos processos internos de gestão da inovação e do conhecimento. Com a realização de forma coordenada desses papeis faz com que suba o potencial e realização das estratégias empresariais e potencialize o aumento da competitividade. Mariani também traz, que, segundo o entrevistado Bruno Santos entre as metodologias para a gestão e tecnologia da informação é importante que o analista e o gestor de tecnologia da informação reconheçam a importância de se identificar as metodologias e as ferramentas que são mais adequadas para o seu negócio, pensando no contexto atual e no futuro, outro fator que influência nessa análise é o porte da empresa e seu mercado Gestão de Sistema da Informação42 de atuação. São importantes as metodologias COBIT e ITIL, são importantes para governança e infraestrutura, mas é considerada mais relevante para empresas de grande porte. Mas o que vem a ser COBIT e ITIL? Ainda de acordo com Fagundes (2012), são três as audiências para qual o COBIT é projeto: �Gerentes que necessitam avaliar o risco e controlar os investimentos da tecnologia da informação em uma organização; �Usuários que precisam ter garantias de que os serviços de tecnologia da informação que dependem dos seus produtos e serviços para os clientes internos e externos sejam bem gerenciados; �Auditores que podem ter como apoio as recomendações trazidas pelo COBIT na avaliação do nível de gestão da tecnologia da informação e na hora de aconselhar o controle interno da organização. O Cobit possui quatro domínios: planejamento e organização; aquisição e implementação; entrega e suporte; monitoramento. DEFINIÇÃO De acordo com Fagundes (2012), o COBIT é um guia para a gestão de tecnologia da informação recomendado pelo Information Systems Audit and Control Foundation, ele inclui recursos como sumário executivo, framework, controle de objetivos, mapas de auditoria, ferramentas de implementação e guia com técnicas de gerenciamento. Gestão de Sistema de Informação 43 Já o ITIL, de acordo com Vetter (2006), foi desenvolvido devido as organizações estarem cada vez mais dependentes da tecnologia da informação para alcançarem seus objetivos, servindo para prover serviços eficientes e efetivos na área da tecnologia da informação, oferecendo um framework comum para todas as atividades do departamento de TI. As principais vantagens do ITIL são: �Os serviços se tornam mais bem descritos, possuindo uma linguagem inteligível para o cliente, e em um detalhe apropriado; �A qualidade e os custos dos serviços são bem gerenciados; �A comunicação com a organização de tecnologia da informação é melhorada pelo acordo através de pontos de contato; �A organização de TI desenvolve uma estrutura mais clara, torna-se mais eficiente e mais focada nos objetivos coorporativos. SAIBA MAIS SAIBA MAIS Para saber mais do funcionamento do COBIT acesse: https://bit. ly/3a1OIng. Para saber mais sobre o ITIL leia o artigo do aluno Fausto Vetter acessando: https://bit.ly/2PrFGbc. Gestão de Sistema da Informação44 O mais importante para saber qual a melhor metodologia para utilizar na gestão e tecnologia da informação é saber identificar qual a melhor técnica para cada problema ou oportunidade que se apresenta. Por fim, Mariani (2015), traz que a principal competência para o gestor de tecnologia da informação seja a gestão de pessoas, pois, gerenciar provoca em alcançar resultados por meio de pessoas, e levando em consideração a dinâmica e a competitividade do mercado de tecnologia da informação, possuindo uma equipe motivada e bem capacitada promove um diferencial competitivo relevante. Além disso, o gestor de tecnologia da informação deve sempre estar inovando nos produtos, processos e serviços, criando também um ambiente profissional que estimule a criatividade, a colaboração e a diversidade. Também deve o gestor de TI ter a capacidade de planejar e executar mantendo o foco nos resultados e nas realizações dos objetivos estratégicos da organização. RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Como visto, neste capítulo tratamos da formação do profissional neste século, vendo o impacto que as novas tecnologias causaram nos estudos e como as pessoas devem sempre se inovar para continuar no mercado de trabalho. Tratamos do gestor de tecnologia da informação, trazendo algumas competências desse profissional. Gestão de Sistema de Informação 45 Gestão de tecnologia da informação Muito falamos em tecnologia da informação nos outros capítulos, porém ainda não a conceituámos, desta forma, de acordo com Laurindo, Shimizu, Carvalho e Júnior (2001) o conceito de tecnologia da informação inclui os sistemas de informação, o uso de hardware e software, telecomunicações, automação, recursos multimídia utilizados pelas organizações para fornecer dados, informações e conhecimentos. É a tecnologia da informação que funciona como arma estratégica de competitividade, pois ela viabiliza as novas estratégias empresariais. O papel da tecnologia da informação Primeiro, é importante analisar os conceitos de eficiência e de eficácia, pois eles são muito importantes o entendimento do papel da tecnologia da informação nas organizações. Laurindo, Shimizu, Carvalho e Júnior (2001) conceitua eficiência como sendo o fazer bem as coisas, estando associada aos aspectos internos à atividade de tecnologia da informação e a adequada utilização dos recursos. Por outro lado, a eficácia diz respeito a fazer as coisas corretas, estando associada com a satisfação de metas, objetivos e requisitos, servindo para confrontar os resultados das aplicações da tecnologia da informação com os resultados no negócio da empresa e os possíveis impactos na sua operação e estrutura, desta forma, ser OBJETIVO Neste capítulo, temos como objeto mostrar o papel da tecnologia nos dias atuais, trazendo a tecnologia da informação e o gestor da informação. Estão prontos para ingressar nesse universo? Vamos lá! Gestão de Sistema da Informação46 eficaz em TI quer dizer utilizá-la para alavancar o negócio da empresa, tornando-a mais competitiva. Figura 5: Quadro eficácia e eficiência da aplicação de tecnologia da informação Fonte: elaborada pela autora de acordo com dados de Laurindo, Shimizu, Carvalho e Júnior (2001) De acordo com Mcgee e Prusak (1994) na atual economia de informação, a concorrência entre as empresas baseia-se em sua capacidade de adquirir, tratar, interpretar e utilizar a informação de forma eficaz. Após analisar a eficiência e a eficácia da tecnologia da informação, analisaremos os modelos que tratam do papel dessa área nas organizações, de acordo com Laurindo, Shimizu, Carvalho e Júnior (2001): �Modelos de diagnóstico – fornecem instrumentos e critérios para que seja diagnosticado o papel da tecnologia da informação nas organizações; �Modelos prescritivos – são os responsáveis por indicar os padrões de benchmark que devem ser seguidos ou que relatam as melhores práticas com relação ao uso estratégico da tecnologia da informação; �Modelos voltados para ações – responsáveis por indicar os procedimentos que devem ser feitos para o planejamento da tecnologia da informação e para a seleção de aplicações nessa Gestão de Sistema de Informação 47 área a serem desenvolvidas de forma a trazer impactos positivos para o desempenho da organização; �Modelos integrativos – esses modelos agregam vários elementos das abordagens acima formando uma estrutura mais ampla de análise. A tecnologia da informação segundo Moraes, Terence e Filho (2004) é considerada importante para as organizações:�Devido proporcionar a inovação de muitos produtos e serviços e ter viabilizado o surgimento de importantes capacidades dentro das organizações como, por exemplo: acesso eletrônico a serviços, pagamento e apresentação eletrônica, entrega online de informações; �Refere-se de uma das maiores e mais poderosas influências no planejamento das organizações, podendo também contribuir com a estratégia competitiva das empresas por oferecer vantagens competitivas; facilitar a entrada em alguns mercados; diferenciar produtos e serviços; permitir novas estratégias competitivas com o uso de sua própria tecnologia; � Ser responsável pelo armazenamento de dados obtidos do ambiente externo, tendo como ferramenta principal o banco de dados que é o repositório central de todas as informações oportunas referente ao relacionamento de uma empresa com seus clientes e fornecedores. SAIBA MAIS Para saber mais sobre os modelos que tratam do papel da TI, leia o artigo “O papel da tecnologia da informação na estratégia das organizações”, disponível em: https://bit.ly/2uDiv6U. Gestão de Sistema da Informação48 Para que a tecnologia seja implementada com êxito em uma empresa Silva e Fischmann (2002) diz que a empresa precisam levar em conta condições básicas como: integrá-la a outras ferramentas de gestão, considerando que adotá-la é apenas uma variável de decisão estratégica, e ter consciência de que os benefícios realmente significativos virão a médio e longo prazo. A gestão da informação Com a indústria 4.0, a Era Digital e a tecnologia da informação, de acordo com o estudado, as empresas se reinventaram criando a gestão da informação. A informação é um dos pontos principais para traçar estratégias e tomar decisões, com a capacidade de promover uma mudança organizacional, mas o que viria a ser gestão? De acordo com Marchiori (2002), gestão pode ser considerada como um conjunto de processos que compreendem as atividades de planejamento, distribuição, organização, direção e controle de recursos de qualquer natureza, tendo em vista à racionalização e à efetividade de um determinado sistema, produto ou serviço. Assim, a gestão da informação é responsável por incluir, levando em consideração dimensões estratégicas e operacionais, técnicas para adquirir e utilizar recursos humanos, financeiros, tecnológicos, físicos e materiais para que possa gerenciar sua própria informação. Essa informação deve ser disponibilizada para as pessoas, para os grupos e para as organizações. Marchiori (2002) também fala que a gestão da informação compreende a interação entre a tecnologia da informação, a comunicação e os conteúdos informativos, objetivando o desenvolvimento de estratégias e a estruturação de atividades organizacionais. Desta forma, a gestão da informação pressupõe a construção de mapas com as informações necessárias, fazer Gestão de Sistema de Informação 49 sua coleta, avaliar sua qualidade, proceder ao armazenamento e à sua distribuição e acompanhar os resultados de seu uso. Assim, analisando em que cenária a empresa se encontra inserida é possível fazer uma análise do quanto esse cenário as pressiona, fazendo com que haja interação com a sociedade que vive em constante mudança, e que essas mudanças oferecem oportunidades, mas também ameaças para os negócios. Assim, os gestores devem analisar as informações de modo a serem utilizadas para conhecer de forma melhor a empresa e o ambiente competitivo em que atua, para que assim possa identificar mais facilmente as ameaças e as oportunidades, e em seguida desenvolver a melhor ação para solucionar os problemas. O profissional da informação O profissional da informação chamado de gestor de TI é encarregado por lidar com a tecnologia da informação. De acordo com, Cruz, Silva, Bufrem e Sobral (2017), esse profissional devem ter em mente as competências que façam sentido com os atuais problemas informacionais, suas competências técnicas são de tomada de decisão, capacidade de adaptação a novas situações, de comunicação oral e escrita e de trabalho em equipe, sendo cada vez mais valorizado de acordo com a sua habilidade de estabelecer relações e de liderar, sendo classificado como um trabalhador do conhecimento. De acordo com Freire e Araújo (1999) o gestor de TI tem como característica geral exercitar a responsabilidade social de ajudar a facilitar a comunicação do conhecimento para aqueles que dele necessitam, considerando que esta visão transcende a estrutura organizacional e comunicacional. Gestão de Sistema da Informação50 Assim, a atuação do gestor de TI é marcada: Por uma necessidade de abstração de um mundo real para um modelo físico adaptado a uma tecnologia. Esta forma de atuar o leva a criar interface direta entre ele e o seu usuário e entre ele e a tecnologia disponível. Implica, ainda, criar, dominar e obedecer a uma metodologia de trabalho que contemple de forma suave esta passagem de um mundo abstrato para um mundo de elementos físicos de representação de fenômenos abstratos. (Castro & Sá, 2002, p. 30-31) É de responsabilidade do gestor de TI as aplicações e a infraestrutura do setor, o desenvolvimento de sistemas, a telecomunicação, conectividade entre redes e segurança da informação. Fruet e Mansur (2005) elencam como características principais do gestor de TI: �Visão; � Poder de influência; �Talento para transformar projetos em realidade; �Conhecimento dos processos de negócios; �Manter-se atualizado com a tecnologia; �Reconhecer a importância de outras particularidades no seu perfil de profissional e de gerente, como incorporar técnicas de administração e de psicologia aplicada à empresa. Além dessas características, existem outras compartilhadas por outros autores como: liderança, comunicação, capacidade de absorver as mudanças de impacto para organização, versatilidade, desejo de evolução, qualificação técnica. De maneira geral, é o gestor da informação encarregado de todos as informações relevantes para organização, devendo levar Gestão de Sistema de Informação 51 em consideração tanto os recursos internos quanto os externos, devendo ter o apoio da tecnologia da informação. O impacto da gestão de informação nas organizações De acordo com BRAGA (2000, p. 6-7): As TI são um recurso valioso e provocam repercussões em todos os níveis da estrutura organizacional: ao nível estratégico, quando uma ação é susceptível de aumentar a coerência entre a organização e o meio envolvente, que por sua vez se traduz num aumento de eficácia em termos de cumprimento da missão organizacional; aos níveis operacional e administrativo, quando existem efeitos endógenos, traduzidos em aumento da eficiência organizacional em termos de opções estratégicas. No entanto, ao ser feita esta distinção, não significa que ela seja estanque, independente, pois existem impactes simultâneos aos vários níveis: estratégico, operacional e táctico. O gestor da informação garantirá a competitividade do mercado, fazendo com que haja uma barreira para os concorrentes devido as informações que ele obtém e coloca em prática, além disso, devido à alta tecnologia a relação entre empresa e fornecedor se torna mais estreita, assim qualquer pedido ou sugestão feita pela empresa poderá ser atendida pelo fornecedor. O quanto a tecnologia fez mudanças no cenário da economia mundial. As empresas sabem de forma mais rápida o que os consumidores querem, os fornecedores conseguem controlar de forma mais eficiente e mais rápida os desejos das empresas. Com todas essas novidades o gestor da informação vem sendo cada vez mais valorizado e ganhando seu lugar no mercado de trabalho. Gestão de Sistema da Informação52 De acordo com O’Brien (1996), o poder da tecnologia da informação está em reestruturar as relações nas redes empresariais para aproveitas um leque mais vasto de competências. As tecnologias da informação permitem desta forma, ultrapassar todo um conjunto debarreiras na medida em que existe uma nova maneira de pensar, pois em tempo real é possível às empresas agir e reagir rapidamente aos clientes, mercados e concorrência. Casos de sucesso em gestão de tecnologia da informação Com a abrangência da tecnologia da informação, as empresas vêm cada vez mais aderindo a gestão de tecnologia da informação, pois, para que a empresa possa ter sucesso ela deve se adaptar ao atual modelo da sociedade. Listaremos as empresas de TI do Brasil que fazem mais sucesso, de acordo com TUTIDA, Daniel (2019): � SAP Labs Latin America – atua oferecendo soluções para empresas como sistemas ERP, loT e cadeia de suprimentos digitais, recursos humanos, experiência do cliente e mais. Os profissionais que trabalham nessa empresa têm a oportunidade de se movimentar e transitar em áreas onde a tecnologia da informação pode ser aplicada para melhorar o desempenho; �Dell EMC – trabalha cm servidores, armazenamento e tecnologias de proteção de dados, criando aplicativos nativos na nuvem e soluções de Big Data. O trabalho da empresa permite que outras companhias tenham sistemas de rede mais eficientes, possibilitando novos níveis de desempenho, eficiência e flexibilidade; �Encontre um nerd – empresa que possui como propósito resolver frustações em escritórios e negócios com um foco incomparável na experiência do cliente. Os profissionais que trabalham nessa empresa podem se candidatar a resolver trabalhos remotos de tecnologia da informação e técnico em informática; Gestão de Sistema de Informação 53 �Telefônica vivo – tem como foco soluções de telefonia fixa e móvel, além de internet e TV por assinatura, empregando em sua empresa profissionais de analistas de dados e programadores; �Microsoft – pioneira em inovação e tecnologia no mundo, oferece serviços e produtos baseados em nuvem. Tem como objetivo trazer um impacto positivo para a sociedade; �Visagio – atua na área de engenharia de gestão, atuando desde o diagnóstico e desenho de estratégias e ações de melhoria organizacional, suportando também a implementação operacional das soluções definidas através da consultoria ou por meio da gestão interna. �Dextra – empresa de desenvolvimento de software e transformação digital, sendo pioneiros na adoção de metodologias de gestão ágil, desenvolvendo soluções que criam oportunidades para os clientes. RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Neste capítulo, nos aprofundamos ainda mais na era digital, trazendo átona a tecnologia da informação, tratamos do papel da tecnologia da informação, da gestão da informação e dos profissionais, mostrando o quanto essa área é importante e vem ganhando seu espaço que é de direito. Por fim, trouxemos algumas empresas que estão cada vez mais se destacando no mercado da tecnologia da informação. Espero que tenham gostado. Até a próxima. Gestão de Sistema de Informação 55 UNIDADE 02 Gestão de Sistema da Informação56 O mundo está em constante evolução, pessoas inventam coisas novas todos os dias, os reis da informática estão cada vez mais facilitando a vida das pessoas. Devido a sabermos desse avanço, estudaremos a história da informática partindo de onde começaram os primeiros meios tecnológicos até os dias atuais. Posteriormente, estudaremos sobre o que vem a ser Hardware e Software e como esses dois conceitos se ligam. Depois de estudarmos os conceitos, partiremos para os conhecimentos técnicos da área da tecnologia da informação, mencionando algumas diversas técnicas modernas da tecnologia da informação. Ainda nesse seguimento analisaremos o que vem a ser governança corporativa, trataremos da governança de TI e por fim da gestão de TI, para que assim possamos estudar sobre o que vem a ser o Big Data e os aspectos políticos e legais da tecnologia da informação. INTRODUÇÃO Gestão de Sistema de Informação 57 Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: OBJETIVOS 1 Compreender a história da informática e diferenciar os tipos de software, hardware e peopleware para uma gestão inteligente; 2 Compreender dado, informação e conhecimento para a análise de tomada de decisão; 3 Comparar Governança Corporativa a Gestão de Tecnologia da Informação; 4 Estruturar equipes com base nos aspectos legais e éticos de tecnologia da informação. Então? Preparado para adquirir conhecimento sobre um assunto fascinante e inovador como esse? Vamos lá! Gestão de Sistema da Informação58 Informática: Hardware e Software OBJETIVO Ao término deste capítulo, você será capaz de entender a história da informática, onde deu início o surgimento dos primeiros meios de informação, até o avanço dos dias atuais. Posteriormente diferenciaremos hardware de software. Então vamos lá. Avante! História da informática Primeiro, precisamos definir o que vem a ser informática. De acordo com CERQUEIRA (2004), informática nada mais é do que o tratamento automático da informação através da utilização de técnicas, procedimentos e equipamentos adequados. Desta forma, a informática é associada aos computadores e os computadores são os processadores de dados capazes de aceitar informações, efetuar operações programadas e fornecer resultados para resoluções de problemas. Mas de onde vieram os computadores? CERQUEIRA (2004) também responde essa pergunta, dizendo que o homem sempre procurou uma maneira de produzir mais com menos, desta forma, ele desenvolveu máquinas capazes de otimizar determinadas atividades que se fossem realizadas pelos homens seriam mais demoradas e complicadas. O mais antigo instrumento de cálculo que se tem conhecimento é o ábaco (figura 1), ele era formado em uma armação de madeira que possuía fios amarrados contendo neles pequenas pedras calcárias, onde era atribuído valores de centenas, dezenas, unidades. Gestão de Sistema de Informação 59 Figura 1: Ábaco Fonte: Pixabay Em seguida, surgia a primeira calculadora capaz de realizar operações básicas de adição e subtração, sendo criada no século XVII por Blaise Pascal, ficando conhecida como Pascaline, seu modelo de calculadora processava até oito dígitos, e encontram- se presente até os dias de hoje, sendo constituída por várias rodas dentadas, que através de seus giros resolviam os cálculos. Todavia, por processar de maneira lenta essa calculadora não apresentou vantagem sobre fazer o cálculo manual. Após ver a criação de Pascal, Gottfried Leibniz foi além, projetou uma máquina que processava operações de adição, subtração, multiplicação e divisão. A máquina de Leibniz possuía cilindros de rodas dentadas e também um sistema de engrenagem complexo. As primeiras máquinas que foram comercializadas no século XIX foi inspirada na máquina de Leibniz, mas ainda nada comparado a tecnologia atual. Foi na época da Revolução industrial que as máquinas começaram a apresentar um avanço mais significativo, devido a ideia de substituir o trabalho humano pelas máquinas. Época em que Gestão de Sistema da Informação60 Charles Babbage desenvolveu as “Máquinas Matemáticas”, que eram máquinas que calculavam e imprimiam, muito semelhantes a nossas impressoras. Em seguida, Babbage criou a “Máquina Analítica”, que foi a primeira máquina programável, sendo capaz de executar qualquer cálculo, tinha como limitação o fato das suas informações serem armazenadas em cartões perfurados, contendo programa e dados. Todavia, Babbage obteve vários fracassos o que fez seus projetos ficarem abandonados. Na mesma época de Babbage, George Boole ao estudar várias teorias matemáticas introduz a “Lógica Formal” ou “Álgebra de Boole”, essa lógica fez com que pudesse identificar se uma situação é verdadeira ou falsa através de operadores lógicos“AND”, “OR” e “NOT”, que teve grande importância para o uso da técnica de programação. Foi graças aos estudos de Boole que outros matemáticos criaram os sistemas de numeração binária. Com todos esses avanços, foi desenvolvido as diretrizes que impulsionaram as atuais técnicas de programação, sendo Alan Turing o criador do que hoje é considerado a base de todas as técnicas de programação, que se fundamenta em uma forma de introduzir dados nas máquinas, sendo conhecida como decodificação. Sendo desta forma, concretizada a ideologia de uma máquina poder trabalhar com vários dados diferentes dependendo somente dos procedimentos e diretrizes que fossem inseridos nela, tendo surgido desta forma a máquina programável. De acordo ainda com Cerqueira (2004), os Estados Unidos quiseram em 1890 elaborar um censo, e, se fosse utilizar do mecanismo já existente ia levar cerca de 10 anos para ser concluído, foi aí que Herman Hollerith desenvolveu um aperfeiçoamento dos cartões perfurados conseguindo obter os resultados em três anos. Gestão de Sistema de Informação 61 Cerqueira (2004) diz que o processo desenvolvido por Hollerith foi de introduzir os cartões na máquina que os lia a partir de pinos metálicos, que ao entrarem em contato com os cartões ultrapassavam as marcas perfuradas e entravam em contato direto com uma superfície também metálica. No contato dos pinos com a superfície metálica era transmitida uma corrente elétrica, que era registrada e armazenada na memória da máquina. Essa máquina ficou conhecida como Tabulador de Hollerith. + OBSERVAÇÃO Devido ao sucesso obtido por Hollerith com censo, ele fundou a Tabulation Machine Company (TMC) em 1896, posteriormente em 1914, se associou com duas pequenas empresas formando a Computing Tabulation Recording Company que em 1924 se tornou a famosa Internacional Business Machine (IBM). Seguindo a linha do tempo da evolução, em 1930 houve o marco para o início da moderna era do computador com a invenção do Analisador Diferencial de Vanner. Em seguida, em 1936, Allan Turing publicou um artigo sobre números computáveis e Claude Shannon elaborou uma tese para demonstrar a conexão entre os circuitos elétricos, a lógica e a simbólica. Prosseguindo nos avanços, em 1937 George Stibitz desenvolveu o “Somador Binário”. Na segunda guerra mundial em 1939, de acordo com Laignier (2010), foi que surgiram os primeiros computadores, mas não foram com fins comerciais, eram grandes máquinas de cálculos para uso na guerra. A segunda guerra mundial deixou várias tecnologias que foram aprimoradas para atender o mercado industrial. Como exemplo dessas tecnologias, tem de acordo com Messina (2019): Gestão de Sistema da Informação62 Memória RAM e o primeiro sistema Frederic Williams, Tom Kilburn e Geoff Toothill desenvolveram a Small-Scale Experimental Machine, sendo construído para testar a nova tecnologia de memória desenvolvida por Williams e Kilburn, sendo a primeira random access memory ou RAM para computadores. UNIVAC I, o computador industrial O UNIVAC I surgiu devido a necessidade da indústria norte-americana de novas tecnologias para automatizar seus processos, esse computador continha a unidade de fita chamada UNISERVO, sendo o primeiro dispositivo de armazenamento de fita para um computador comercial, essas fitas pesavam cerca de três quilos e cada bobina sua podia conter 1.440.000 dígitos decimais podendo ser ligo a 100 polegadas. Silício Em 1954, a empresa Texas Instruments criou o primeiro transistor utilizando o silício que é um elemento da tabela periódica sendo considerado um semicondutor capaz de transmitir 95% dos comprimentos de ondas das radiações infravermelhas. Foi aí que surgiu a memória virtual, permitindo que um computador utilizasse sua capacidade de armazenamento para alternar rapidamente entre vários programas ou usuários. Programação no ensino militar A IBM produziu o modelo 650 no ano de 1954, seu computador trabalhava a 12.500 rpm, possuindo um cilindro de armazenamento de dados magnéticos que permitia um acesso mais rápido a informações armazenadas. Esse modelo foi utilizado em salas de aula para as primeiras aulas de programação, a linguagem dessa máquina era de paradigma sequencial, em que cada instrução realizada tinha 10 caracteres do tipo “xx Gestão de Sistema de Informação 63 yyyy zzzz”, sendo o “xx” representante do código da operação realizada, “yyyy” o endereço da memória e o “zzzz” o endereço da próxima instrução que seria executada. Armazenamento em disco rígido Devido os computadores utilizarem fitas magnéticas para armazenar as informações, com pequena quantidade de dados já eram gerados grandes rolos de fita. Devido a esse fato se iniciou a era do armazenamento em disco magnético com o computador RAMAC 305, que foi desenvolvido pela IBM em 1956. Esse computador possuía uma unidade de disco composta por 50 pratos de metal revestidos magneticamente sendo capaz de armazenar 5 milhões de caracteres de dados ou 5 Megabytes. FORTRAN, a linguagem científica Em 1957, a equipe da IBM desenvolveu o FORTRAN, sendo uma língua de computação científica que usa declarações em inglês. Depois de alguns anos, o FORTRAN tornou-se a linguagem mais utilizada até os dias atuais, suas primeiras versões utilizava a programação imperativa e em sua versão 2003 houve o implemento do paradigma de orientação a objetivos. Nos anos de 50 e 70 do século XX, surgiram dispositivos tecnológicos pequenos, permitindo que o computador saísse do ambiente laboratorial, se tornando assim, de forma gradual, objeto de consumo e uso pessoal, como exemplo de equipamento dessa época podemos citar os chips, transistores, microprocessadores. Os transistores, de acordo com Laignier (2010) foi criado nos anos 40, e o maior avanço da miniaturização aconteceu em 1971, onde a empresa norte-americana Intel fabricou o primeiro microprocessador comercial. Foi a partir daí que a automação das atividades industriais se tornou uma realidade. Os microprocessadores foram desenvolvidos novas linguagens de programação, de acordo com Messina (2019), Niklaus Wirth Gestão de Sistema da Informação64 em 1971 desenvolveu a linguagem Pascal, que trabalhava com o paradigma de programação estruturada e imperativa, após alguns anos foi desenvolvida para a linguagem Object Pascal, estabelecendo um novo paradigma mais confiável. Em 1972, Dennis Ritchie produziu a linguagem C para reescrever o sistema UNIX, servindo de base para diversos sistemas. Posteriormente, em 1972 a empresa Xerox PARCcriou a linguagem orientada a objetos Smalltalk, sendo primeiramente desenvolvida para fins educacionais, mas se tornando uma das linguagens mais influentes para a área de desenvolvimento de software, sendo seu padrão mais conhecido como Model View Controller. É importante fazer uma ressalva que, segundo Briggs e Burke (2004), os primeiros computadores pessoas vendidos comercialmente datam dos anos 60 nos Estados Unidos, onde seus fabricantes previam que o setor da educação seria sua clientela, mas os anos 70 mudou totalmente essa perspectiva. + OBSERVAÇÃO Foi aí que a fase dos computadores começou a crescer, na cidade de Silicon Valley, cidade que ficava perto da universidade de Stanford, na Califórnia, Estados Unidos, de acordo com Laignier (2010) os jovens com conhecimento em eletrônica tinham como atividade acadêmica e contracultura montar seu próprio computador pessoal com os restos das peças industriais. Foi desta forma, que Bill Gates e Paul Allen, em 1975, criaram a Microsoft, com a linguagem de programação Basic que começou a ser utilizada por vários fabricantes, sendo posteriormente utilizado o sistema operacional baseado em Unix, Gestão de Sistema de Informação 65 mas foi considerado o sucesso da empresa na época o sistema MS-DOS. Em 1985, a Microsoft lançou o sistema operacional Microsoft Windows 1.0, sendo avançado no fim de 1987 para o Windows 2.0 e em 1994para o Windows 3.x. em 1995 veio o Windows 95, que ofereceu suporte para softwares de 32 bits e hardware plug and play. Os avanços continuaram e em 1998 foi lançado o Windows 98, possuindo suporte para dispositivos USB, ACPI, hibernação e configuração de vários monitores. Sua última versão foi lançada em 2019, o Windows 10. Nesse mesmo contexto, de Bill Gates e Paul Allen que nos anos de 1975 e 1979, houve o lançamento dos primeiros computadores da empresa Apple desenvolvido por Steve Jobs e Steve Wozniak, contendo um interpretador BASIC. A Apple foi responsável por lançar modelos de computadores vendidos com fonte, teclado, gabinete protetor de plástico rígido, disquete, contendo diferentes linguagens de programação e diversos programas pioneiros, como por exemplo, o processador de texto, a primeira planilha e jogos. Em meio a toda essa evolução histórica estamos vivendo a era da informação em que graças a rede mundial de computadores se tornou possível compartilhar informações facilmente, sendo popularmente conhecido os navegadores utilizados no Windows 3.0 e no 95 como o Mosaic, o internet explorer e o Netscape, também com os novos sistemas operacionais que são baseados em UNIX conhecido como GNU e o surgimento do Linux, além disso, a linguagem da programação foi orientada a objetos Java funcionando em diferentes tipos de hardwares. Hardware versus Software Após estudarmos sobre a história da informática partiremos para o estudo do hardware e do software. O que você entende por hardware e software? Gestão de Sistema da Informação66 Ao explicarmos o que vem a ser hardware, devemos definir o que vem a ser o software. Assim, software corresponde aos programas que controlam e usam o hardware do computador, sendo desta forma, de acordo com Cerqueira (2004), o conjunto de instruções colocadas em ordem lógica que quando executada, a sequência de comandos presente nele controla o computador de modo a leva-lo a realização de tarefas de maneira eficiente e rápida. Para saber mais sobre os componentes do Hardware leia A evolução da informática: Desde os séculos passados até os dias de hoje, disponível em: https://bit.ly/2x1erxR. SAIBA MAIS De acordo com Júnior (2014), Hardware é o nome utilizado para definir as partes físicas que compõem um computador, todo aparato computacional que podemos tocar é chamado de hardware, seus componentes são: �Unidade Central de Processamento (CPU); �Unidades de Disco Removível; �Monitor; �Teclado; �Mouse; �Microfone e caixas acústicas; �Alto-falante; �Mesas digitalizadoras; � Impressora; �Multifunções; � Scanners. Gestão de Sistema de Informação 67 Hoje no mercado existem softwares de caráter original e protegidos, em que alguns precisam de licença para poder utilizá- los, também existem os desenvolvidos de forma personalizada atendendo as especificações dos clientes. Os softwares são divididos em: � Software de base – sem eles o computador funciona em um estado vegetativo, ficando impossibilitado de realizar tarefas de qualquer espécie; � Software de aplicação – são os programas que utilizamos no nosso dia a dia para resolução de problemas específicos ou execução de tarefas de maneira customizada; � Software sob medida – são criados para atender as necessidades especificas e exclusivas do usuário ou empresas. Temos como exemplo os sistemas utilizados nas lojas, nos bancos, entre outros; � Software aplicativos – são gerados mundialmente para atender de forma prática as necessidades de todo mundo. Como exemplo temos, os sistemas operacionais (Apple, Microsoft), Pacotes de Produtividade (Corel, Sun Microsystens), Editoração Gráfica (Adobe, Quark), Multimídia (Macromedia, Amabilis), Computação gráfica (Adobe, Corel), Internet (Chrome, Opera), Programação (Conectiva, Apple), Entretenimento (Microsoft, Apple), Utilitários (Mac Afee, PowerQuest). Júnior (2014, p7) traz um jargão utilizado para memorizar a diferença entre hardware e software: “Hardware é o que você chuta, software é o que você xinga”. Por fim, vocês sabem o que vem a ser peopleware? De acordo com NEVES (2016), peopleware são as pessoas que trabalham com a área de processamento de dados ou sistemas de informação sendo de forma direta ou indireta na utilização das mais diversas funcionalidades desses aplicativos de gerenciamento que agrega informações precisas, seja no controle de empresa ou na utilização das informações para tomada de decisões. Gestão de Sistema da Informação68 E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Neste capítulo, trouxemos a abordagem de como surgiu a informação, trazendo sua história desde o surgimento do primeiro objeto desenvolvido para cálculo até as máquinas inovadores com sistemas operacionais revolucionários. Além disso, quando falamos da história da informática falamos sobre software e hardware, então, posteriormente foi necessário fazer a distinção entre esses elementos, trazendo seus elementos e a sua importância para área da informação. RESUMINDO Gestão de Sistema de Informação 69 A área de TI e seus conhecimentos técnicos Neste capítulo, estudaremos a multidisciplinariedade da área de TI, tratando inclusive da sua importância na tomada de decisão. Estudaremos também sobre os estágios da tecnologia da informação nas organizações, por fim trataremos dos conhecimentos técnicos dessa área, falando as tecnologias modernas que estão à disposição dessa área. Empolgados? Vamos lá! OBJETIVO A tecnologia da informação é necessária e útil nas organizações tendo em vista que contribui na eficácia, eficiência e sustentabilidade desta. A TI são os instrumentos nas atividades das organizações, pois com seus desenvolvimentos e inovações essa área vem sendo o motor de maior parte das mudanças ocorridas nas organizações e na sociedade. O computador desencadeou no século XX, de acordo com Carvalho (2010), a evolução que nos trouxe para a sociedade da informação. A TI forma um conjunto de fenômenos organizacionais e sociais e também, um conjunto de intervenções que estão ligadas ao bem estar da sociedade e das organizações. A TI está presente nas situações que envolvem a organização com relação a informação, sendo de natureza social e humano, desta forma, de acordo com Carvalho (2010) a área de TI envolve um amplo conhecimento de natureza multidisciplinar, abrangendo aspectos como: Gestão de Sistema da Informação70 �As tecnologias da informação; �A informação; �Os fenômenos humanos e sociais associados à produção, processamento e utilização de informações; �Os fenômenos da adoção e utilização das tecnologias da informação; �Aspectos comportamentais, ao nível dos indivíduos, dos grupos, das organizações relevantes para os contextos da adoção e utilização das tecnologias da informação e suas aplicações; �Os métodos, técnicas e ferramentas aplicáveis na condução de atividades de gestão e de intervenção organizacional relacionadas com a adoção e exploração das tecnologias da informação nas organizações. A tecnologia da informação na tomada de decisão A área da tecnologia da informação exige dos seus profissionais de acordo com Stoner (1999) muito trabalho, disciplina, organização, atenção quanto aos custos de produção e às normas que são necessárias para a produção de programas que sejam compatíveis com as máquinas e com as necessidades dos clientes. Os profissionais dessa área estão diretamente ligados ao desenvolvimento tecnológico da empresa, devendo criar estratégias, fazer a gestão de dados e sistemas e ainda, cuidar dos processos tecnológicos da empresa. De acordo com Stoner (1999), é somente com as informações precisas adquiridas no momento certo que os administradores podem monitorar o progresso na direção de seus objetivos e transformar os planos em realidade, assim, as informaçõesdevem ser analisadas segundo quatro fatores: Gestão de Sistema de Informação 71 �Qualidade da informação – quanto maior for a precisão da informação, maior será sua qualidade e com mais segurança os administradores podem contar com ela no momento da tomada de decisão; �Oportunidade de informação – para que se possa ter um controle eficaz, a ação corretiva deve ser aplicada antes de ocorrer um desvio considerado grande do plano ou do padrão, desta forma, as informações devem estar disponíveis para a pessoa certa no momento certo; �Quantidade de informação – é muito difícil os administradores tomarem decisões precisas e oportunas sem possuir as informações suficientes, entretanto, é importante que não sejam despejadas mais informações do que necessário para não esconder as coisas mais importantes; �Relevância da informação – as informações recebidas pelos administradores devem ter relevância para suas tarefas e responsabilidades. Desta forma, Oliveira (1998) diz que o propósito básico da informação dentro da organização é de habilitar a empresa para que alcance seus objetivos por meio do uso dos seus recursos disponíveis, neste sentido, a teoria da informação leva em consideração as adequações e os problemas do seu uso efetivo pelos tomadores de decisão. Oliveira (1998) também diz que a eficiência na utilização da informação é medida em relação ao custo para obtê-la e o valor do benefício derivado de seu uso. Chaves e Falsarella (1995), traz que há uma relação entre as características dos sistemas de informação e os estágios de desenvolvimento da informática em que a organização se encontra, sendo os estágios (Tabela 1): Gestão de Sistema da Informação72 Desta forma, de acordo com Maia (2013) a tecnologia da informação hoje é vista como responsável pela integração de toda a cadeia valor da empresa e do seu ambiente externo, ampliando suas fronteiras organizacionais e contribuindo para o seu sucesso, mas se for mal implementada poderá levar a seu Tabela 1: Estágios da Tecnologia da Informação nas Organizações Fonte: Editorial Telesapiens Estágio Características Sistemas Iniciação Automação de processos manuais Inexiste planejamento Inexiste participação do usuário Proliferação de aplicações 100% dos sistemas são para controles operacionais Contágio Inexiste planejamento Fraca participação do usuário Reestruturação interna do CPD Pelo menos 15% dos sistemas são para controle gerencial Controle Início do controle dos recursos de informática Usuário responsabilizado Utilização de Banco de dados 80% - Operacional 20% - Gerencial Integração Controle e contabilização do Processo de dados Usuário participante e envolvido nos processos Organização e integração das aplicações 65% - Operacional 35% - Gerencial Administração De dados Organização voltada para administração corporativa Usuário consciente do processo Fluxo de informações integrado 55% - Operacional 45% - Gerencial Maturidade Planejamento da informação como recurso Efetiva participação dos usuários 45% - Operacional 55% - Gerencial Gestão de Sistema de Informação 73 fracasso. Maia também aponta que a TI só adquiri relevância estratégica na organização quando possibilita: �Mapear seus processos de negócio com eficiência e eficácia; �Aplicar as melhores práticas e metodologias de gestão de suas informações; �Dimensionar e estruturar corretamente as necessidades específicas de suas atividades operacionais, gerenciais e de mercado. Conhecimentos técnicos da área de TI Rezende (2002) diz que há 45 anos atrás os recursos da tecnologia da informação eram direcionados para os softwares ou sistemas de informações operacionais que eram responsáveis por garantir o processamento trivial dos dados das empresas. Na atualidade, os sistemas de informação evoluíram, aparecendo de diversas formas e tipos. Rezende diz que existem os sistemas de informação operacionais, os estratégicos e os gerenciais, definindo da seguinte forma: � SI operacionais – contemplam o processamento de operações e transações rotineiras, incluindo também seus respectivos procedimentos; � SI gerenciais – contemplam o processamento de grupos de dados das operações e transações operacionais, transformando-os em informação agrupadas para gestão; � SI estratégicos – seu trabalho é realizado com os dados no plano macro, filtrados das operações das funções empresariais da organização, levando também em consideração a relação entre o meio ambiente interno ou externo, visando assessorar o processo de tomada de decisão da alta administração e do corpo gestor da empresa. Gestão de Sistema da Informação74 Para saber mais sobre esse sistema leia o artigo “Contribuições dos sistemas Enterprise Resource Planning para a gestão da informação e do conhecimento: um estudo em uma empresa de pequeno porte na área gráfica, disponível em: https://bit.ly/2INF6Ru. SAIBA MAIS Sistemas de apoio a decisões Falsarella e Chaves (2004) dizem que o SAD é um sistema que auxilia na tomada de decisão por meio da utilização de dados e modelos para resolver problemas não estruturados. Suas principais características são o desenvolvimento rápido, As principais técnicas modernas para TI A tecnologia da informação tem a sua disposição diversas técnicas modernas, as principais são de acordo com Rezende (2002): Executive Information Systems De acordo com Pozzebon, Freitas e Petrini (1997) é um sistema destinado a fornecer informações para uma ampla gama de usuários ou decisores; Enterprise Resource Planning Denominado com sistema integrado de gestão, é conceituado de acordo com Medeiros (2007), como um pacote de software abrangente e integrado que possibilita a padronização e a automação de processos de negócio utilizando uma base de dados unificada e transações em tempo real. Sua principal função é armazenar, processar e organizar as informações produzidas durante os processos organizacionais, servindo para agregar e estabelecer informações entre as áreas da organização. Gestão de Sistema de Informação 75 facilidade de incorporar novas ferramentas de apoio à decisão, novos aplicativos e novas informações, garante mais flexibilidade na manipulação e busca de informações, individualização e orientação para que a pessoa que toma as decisões, possuindo mais flexibilidade de adaptação ao estilo pessoal do usuário, facilidade para o usuário na hora de utilizar, modificar e entender; Sistemas gerenciadores de banco de dados Primeiramente devemos conceituar o que vem a ser banco de dados. De acordo com Ricarte (1998), banco de dados é uma coleção de dados relacionados que pode ser armazenada sob alguma forma física, esses dados armazenados representam aspectos do mundo real, apresentando também um grau de coerência lógica entre seus componentes. O sistema gerenciador de banco de dados, também de acordo com Ricarte (1998), corresponde a um software que permite criar, manter e manipular bancos de dados para diversas aplicações. A atualização e consultas do banco de dados é realizada direta ou indiretamente, por meio de programas aplicativos pelos usuários do banco de dados, ele é geralmente uma aplicação que serve de base para outras aplicações, podemos citar como exemplo: folha de pagamento, informações bancárias. Saiba mais sobre os sistemas de bancos de dados lendo o artigo “Sistemas de Bancos de Dados Orientados a Objetos”, disponível em: https://bit.ly/33j8598. SAIBA MAIS Gestão de Sistema da Informação76 Data warehouse Serve como um deposito de dados digitais para organização dos dados corporativos de maneira integrada, com uma única versão da verdade, histórico variável com o tempo e uma única fonte de dados, ajudando a empresa na hora da tomada de decisão. Ele recolhe informações para que se possa controlar melhor um processo, tornando as pesquisas mais flexíveis. Ele também corrige os erros e reestrutura os dados sem afetar o sistema de operação.Desta forma, o Data Warehouse apresenta só um modelo final de forma organizada para análise (Robalo, 2012). Recursos da inteligência artificial De acordo com Prata e Oliveira (2019), a inteligência artificial é entendida como a capacidade de um dispositivo cumprir tarefas relacionadas ao processo intelectual dos seres humanos, como por exemplo, descobrir significados, raciocinar e aprender. São uma serie de algoritmos inteligentes que permitem aos computadores armazenarem grande volume de conhecimento acerca das operações organizacionais, servindo de auxílio para definição de padrões, fazendo com que o aprendizado e a extração de decisão otimizada funcionem em velocidade de máquina. Essa inteligência também permite a utilização de técnicas como regras de associação, raciocínio baseado em casos, árvore de decisão, redes neurais. Sistemas especialistas Strehl (2000) traz que os sistemas especialistas têm como principal função solucionar problemas que normalmente são solucionados por pessoas, sendo capaz de emitir decisão, com apoio em conhecimento justificado, a partir de uma base de informação. O sistema especialista além de inferir conclusões tem a capacidade de aprender novos conhecimentos e assim, melhorar o seu desempenho de raciocínio e a qualidade de suas decisões. Gestão de Sistema de Informação 77 Os sistemas especialistas podem ser classificados nas seguintes categorias: interpretação, diagnóstico, monitoramento, predição, planejamento, projeto, depuração, reparo, instrução e controle. Para saber mais sobre os sistemas especialista, como funciona sua classificação e as demais definições leia o artigo “Sistemas especialistas – definições e exemplos” disponível em: https://bit. ly/2U5Ypuv. SAIBA MAIS Data mining Corrêa e Sferra (2003) diz que o data mining é entendido como o processo de extração de informações, sem conhecimento prévio de um grande banco de dados e seu uso para tomada de decisões, ele define o processo automatizado de captura e análise de grandes conjuntos de dados para extrair um significado, é utilizado para descrever características do passados e para predizer tendências futuras. Os métodos tradicionais de data mining são classificação (associa ou classifica um item a uma ou várias classes categóricas pré-definidas); modelos de relacionamento entre variáveis (associa um item a uma ou mais variáveis de predição de valores reais consideradas variáveis independentes ou exploratórias); análise de agrupamento (associa um item a uma ou várias classes categóricas em que as classes são determinadas pelos dados, diversamente da classificação em que as classes são pré-definidas); sumarização (determina uma descrição compacta para um dado subconjunto); modelo de dependência (descreve dependências significativas entre variáveis, podendo ser estruturado que especifica em Gestão de Sistema da Informação78 Esse programa se torna essencial nos dias atuais, pois são os clientes a principal razão de uma organização, devendo fazer seus produtos com base no que mais os agradam. + OBSERVAÇÃO forma de gráfico as variáveis que são localmente dependentes, e o quantitativo que especifica em grau de dependência utilizando escala numérica); regras de associação (determina relações entre campos de um banco de dados), tem como ideia a derivação de correlações multivariadas que permitam subsidiar as tomadas de decisão; análise de séries temporais determina características sequenciais, como dados com dependência no tempo, tem como objeto modelar o estado do processo extraindo e registrando desvios e tendências no tempo. Database marketing o database marketing faz com que haja uma redução nos registros duplicados, permitindo desta forma maior rapidez e troca das informações, definindo também a ligação do perfil dos consumidores com o comportamento de compras, tendo em vista atender as necessidades de cada organização. Cross e Smith (1994, p. 20), definem esse sistema como “qualquer processo de marketing através do qual as informações sobre os hábitos de uso, comportamento, dados psicográficos ou demográficos sobre clientes ou clientes potenciais é guardado na base de dados da empresa, e usado para desenvolver ou prolongar o relacionamento e para estimular vendas”. Gestão de Sistema de Informação 79 Recursos On-line Analytic Processing De acordo com Primak (2008), recursos OLAP é considerado uma categoria de software que permite a gerentes, analistas e executivos alcançarem respostas dentro dos dados, através de uma acelerada, consistente e interativa forma de acesso a uma ampla variedade de possíveis visões. As ferramentas OLAP permitem que o negócio da empresa possa ser visualizado e manipulado de forma multidimensional, isto é, agrupando as informações em várias dimensões como: localização, clientes, fornecedores, departamentos, produtos, entre outros. Estudamos algumas das tecnologias auxiliares no setor de TI, que possuindo esse conhecimento tornará seu trabalho mais rápido e mais proveitoso. E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Este capítulo nos trouxe várias novidades, partimos da importância da área de TI para tomada de decisão, tratando dos estágios da tecnologia da informação nas organizações, para posteriormente tratarmos dos conhecimentos técnicos da área de TI, onde tratamos os três tipos do sistema da informação e em seguida, as tecnologias modernas desenvolvidas para facilitar o trabalho dessa área. RESUMINDO Gestão de Sistema da Informação80 Governança corporativa e gestão de TI Esse capítulo será voltado a compreensão de governança corporativa, compreendendo o que vem a ser e quando ela foi implementada no Brasil. Em seguida, nós voltaremos para a governança de TI para que em seguida possamos estudar sobre a gestão de TI. Empolgados? Serão muitos conhecimentos novos. Vamos lá! OBJETIVO Governança corporativa O que vem a ser a governança corporativa? De acordo com Assis (2011), a governança corporativa surge nas instituições como as restrições concebidas pelo homem para estruturar interações políticas, econômicas e sociais, desta forma, a governança se torna o exercício da avaliação de eficácia dos meios utilizados pela organização, que tenha como objetivo produzir boa ordem. O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa diz que: Governança Corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre Acionistas/ Cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Ficas. As boas práticas da Governança Corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade (INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA, 2009, p.19). Gestão de Sistema de Informação 81 Desta forma, nota-se que a maior preocupação da governança corporativa é formar um conjunto efetivo de incentivos, mecanismos e monitoramento, que sejam capazes de assegurar os posicionamentos entre os comportamentos dos executivos e os dos acionistas, pois estes possuem muitas vezes conflitos quando um acionista delega funções a um executivo e posteriormente surgem desalinhamentos de interesses, levando a conflitos. Figura 2: Governança corporativa Fonte: Pixabay Williamson (1996) traz dois conceitos no que diz respeito a governança: a governança espontânea que mostra as práticas de resolução de problemas, anulando as leis e a organização para tornar as resoluções de disputas rápida e sem custos e a governança intencional que são as leis e regulamentações que normatizam a instituição. De acordo com Assis (2011) a governança corporativa se baseia em alguns princípios, sendo eles: �Princípio da transparência – seu objetivo é promover um clima de confiança no que diz respeito as relaçõesinternas e externas. Como retratar Assis (2011) é o “desejo de informar”, para além da “obrigação de informar”, desejando uma comunicação interna e externa objetiva, espontânea, clara e oportuna. Não devendo se deter somente a legislação específica, mas sim, expandir para assuntos e fatores que sejam do interesse dos públicos da organização, como ações estratégicas e valores; Gestão de Sistema da Informação82 �Princípio da equidade – tem como principal função aniquilar as práticas ou atitudes discriminatórias, aquelas que são consideradas inaceitáveis. Assim, esse princípio garante o tratamento justo e igualitário entre os outros, abrangendo desde os pequenos acionistas, aos fornecedores, credores e clientes; �Princípio da prestação de contas – sua função é atribuir a responsabilidade dos atos praticados no decorrer no mandato ao devido encarregado, desta forma, é de responsabilidade dos responsáveis pela governança prestar contas a quem lhes atribuiu o cargo; �Princípio da responsabilidade corporativa – garante que deve haver o zelo da continuidade e perpetuidade da organização, tendo uma visão a longo prazo e de sustentabilidade. Assim, tem a função de gerar empregos, estimular o desenvolvimento científico da empresa, melhorar a qualidade de vida, meios para criar riqueza, incluindo também a defesa do meio ambiente e as questões ambientais. Uma boa governança corporativa seguindo os princípios traz maior transparência a todos os envolvidos, proporcionando uma redução das discordâncias de informações entre os administradores e os proprietários. + OBSERVAÇÃO No Brasil, o motivo principal para implementação da Governança Corporativa de acordo com Assis (2011), foi a necessidade de as empresas modernizarem sua gestão, com a intenção de se tornarem mais atraentes para o mercado que está cada vez mais competitivo onde ocorreram mudanças na globalização, privatização, desregulamentação da economia, Gestão de Sistema de Informação 83 aumento de investimentos estrangeiros. Assim, o Brasil adotou o sistema de Governança Corporativa desde 1995, ano em que foi fundado o Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração, que posteriormente foi chamado de Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, em 1999, ano em que foi lançada a primeira versão do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa. Baixe para ler o código das melhores práticas de governança corporativa no portal do Tribunal de Contas da União, disponível em: https://bit.ly/39TF7iL. SAIBA MAIS O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa De acordo com o site do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, ele é uma organização que não possui fins lucrativos, contribuindo para o desempenho sustentável das organizações através da disseminação e geração de conhecimento das melhores práticas em governança corporativa, influenciando e representando os diversos agentes, com o intuito de forma uma sociedade melhor. O site também traz que o propósito do instituto é trazer uma governança corporativa melhor para uma sociedade melhor e, para alcançar esse propósito seguem quatro valores, sendo eles: �Proativismo – em que se compromete com a capacidade dos agentes com o desenvolvimento e a disseminação das melhores práticas; �Diversidade – busca incentivar e valorizar à diversidade de ideias e opiniões; Gestão de Sistema da Informação84 � Independência – zelando pela imagem e imparcialidade perante qualquer grupo de interesse, garantia soberania nos princípios; �Coerência – garantindo a harmonia entre as iniciativas e os princípios da governança corporativa. Quando falamos em princípios, é levado em conta os estudados anteriormente: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. IMPORTANTE Domingues, Floyd-Wheeler e Nascimento (2017) diz que no século XXI a governança corporativa adquire vantagens consideráveis com a velocidade e o uso de tecnologias da informação, se mostrando fundamental para as decisões administrativas. Governança de TI A governança de TI encontra-se intimamente relacionado com a governança coorporativa, de acordo com Assis (2011), a governança de TI se preocupa com o controle e a transparência das decisões em Tecnologia da Informação, levando em consideração também os mecanismos e processos para incentivar a eficácia da TI. Desta forma, a Governança de TI deve ser considerada um componente da Governança Corporativa. Fernandes e Abreu (2008), diz que graças a inserção da tecnologia da informação no conceito de “serviços comparti- lhados”, adotado por empresas de grande porte, precisou haver uma renovação do papel da TI. A TI se tornou uma prestadora de serviços de tecnologia, possuindo a necessidade de apresentar Gestão de Sistema de Informação 85 custos e prazos competitivos que sejam compatíveis com o mercado externo à organização. A Governança de TI se torna importante devido a necessidade de um melhor gerenciamento dos investimentos da área. Assis (2011) considera a governança de TI como um escopo de conhecimento amplo que trata de assuntos como: gestão de recursos, tomada de decisões, controle de riscos, medição do desemprenho, papéis, princípios e gestão do portfólio. Esse autor também diz que “A vertente de processos é usada para caracterizar a Governança de TI como um conjunto de sistemas, processos e procedimentos modelados de forma a harmonizá-los aos da organização, garantindo o bom uso dos recursos de TI” (ASSIS, 2011, p.48). No que se refere ao escopo da governança de TI, Assis (2011) propõe três aspectos de estudo: �Os frameworks e autoria que têm por objetivo facilitar o gerenciamento e o controle da tecnologia da informação; �A tomada de decisão que tem como foco a definição dos direitos de decisão e a atribuição de responsabilidade; �A relação com a governança corporativa que possui foco na responsabilidade do alto escalão em garantir que a tecnologia da informação atenda aos objetivos organizacionais. Fernandes e Abreu (2008), trazem que a governança de TI deve buscar o compartilhamento de decisões com o negócio e o estabelecimento de regras, processos e estrutura para nortear o provimento de serviços da tecnologia da informação, sendo vista tanto como um conjunto de processos como uma estrutura de decisões. Ao se falar em governança de TI entendida como processo, Assis (2011) considera como uma estratégia de negócios retratada orientadores dos principais processos envolvidos, impulsionando os que precisam obter recursos necessários para execução das responsabilidades. Gestão de Sistema da Informação86 Já quando se fala em governança de TI entendida como estrutura de decisão, Assis (2011) considera a forma como as responsabilidades e direitos de decisão são determinados para estimular os comportamentos no uso da tecnologia da informação compatíveis com a estratégia da empresa. Em meio aos estudos sobre Tecnologia da Informação e governança vem a pergunta: Quais as decisões essenciais em Tecnologia da Informação? REFLITA Assis (2011) responde essa pergunta dizendo que as decisões fundamentais em TI são: �Princípios de TI – que formam um conjunto relacionado de declarações sobre como a TI deve ser utilizada no negócio. Devendo ser claros, sucintos e articulados de maneira que haja o entendimento sobre os recursos de TI, estando também em harmonia com os princípios de negócio; � Investimento em TI – possuem três dilemas: quanto gastar, quais projetos gastar e de que forma conciliar as necessidades de diferentes grupos de interesse. Isto ocorre porque a cada novo contexto estratégico as empresas têm diferentes níveis de investimento, portfólios e indicadores de sucesso. �Arquitetura da TI – deve ser organizado de forma lógica os dados, sistemas e infraestruturas. É a padronização de processos e de dados que caracteriza a arquitetura da empresa e que sustenta as capacidades de TI, fazendo com queem determinadas situações haja objetivos comuns como acordos negociados com fornecedores, processamento mais barato e segurança empresarial. Gestão de Sistema de Informação 87 �Estratégia da infraestrutura em TI – com uma infraestrutura adequada em TI faz com que haja uma boa relação custo-benefício que capacitará a empresa a adotar de forma rápida novas aplicações de negócio. Exemplo disso é na determinação de onde os serviços locais de infraestrutura devem ser posicionados, a maneira de financiá-los e de dividir seus custos entre as unidades de negócio, quando devem ser atualizados e se cabe ou não terceirização. �Necessidades específicas do negócio – compreende a identificação de mudanças no que diz respeito aos sistemas e aos processos capazes de trazer benefícios significativos para a empresa. É devido as mudanças que a área de TI proporciona que há um aumento no valor dos negócios. A tecnologia da informação vem para somar avanços nas organizações. Gestão de TI Assis (2011), afirma que a gestão de TI envolve atividades relacionadas à entrega e suporte da Tecnologia da informação, tendo como exemplo o desenvolvimento/aquisição de sistemas, a operação e manutenção e o suporte aos componentes computacionais. A TI também pode ser utilizada como componente crítico de negócio. Desta forma, o trabalho do gestor se baseia em criar e seguir adequadamente o monitoramento operacional do negócio, objetivando a construção de certezas, principalmente através do controle financeiro. Todavia, é importante frisar que para que a empresa tenha sucesso é importante o empenho conjunto do gerenciamento operacional e do gerenciamento estratégico. Gestão de Sistema da Informação88 O Plano de Governança de Tecnologia da Informação em seu art. 1º, III, diz que a gestão de TI compreende o uso racional de meios para alcançar metas organizacionais, mediante o planejamento, organização, coordenação, monitoramento e controle das atividades operacionais e dos projetos. + OBSERVAÇÃO Assis (2011), retrata que gerenciamento estratégico contempla a implantação de modificações em aspectos da maneira como a empresa compete e sobrevive no mercado, atuando de forma a controlar as ações e comportamentos necessários para implementação de mudanças. Já no que se refere ao gerenciamento operacional, Assis (2011) diz que o gerenciamento dos serviços de TI é o conjunto de processos que cooperam para assegurar a qualidade aos serviços de TI, levando em consideração o que foi acordado com o cliente. Envolvendo desta forma, a escolha dos programas de tecnologia, a avaliação de riscos e incerteza, a transferência e implantação da tecnologia e o gerenciamento de projetos. A Tecnologia da Informação se tornou uma provedora de serviços, funcionando de forma ativa com os usuários e possuindo como principal responsabilidade o planejamento e a entrega de serviços que atendam às necessidades dos seus clientes, atendendo os requisitos de desempenho, qualidade, disponibilidade, segurança e custo, e o gerenciamento de acordo de nível de serviço, atuando tanto com provedores internos quanto externos. Assis (2011) diz que nos estágios de provedor de serviço e provedor de tecnologia, a gestão de TI se caracteriza por: Gestão de Sistema de Informação 89 � Foco na eficiência operacional; � Possibilidade de se descolar dos negócios; � Forte disciplina de custos; �Orçamentos baseados em parâmetros de mercado. Modelos para gestão de TI São destacados dois modelos direcionados para o gerenciamento de serviços: ITIL e o padrão ISO/IEC 20000. �Modelo ITIL (Information Technology Infrastructure Library) – Fernandes e Abreu (2008) retrata que o ITIL é um modelo de referência que contém melhores práticas para o gerenciamento de serviços de TI, organizadas sob a lógica do ciclo de vida do serviço. O serviço é considerado o conceito básico do ITIL, pois é o meio de entregar valos aos clientes, atuando de forma facilitadora para que os clientes possam alcançar os resultados que almejam, não assumindo custos e riscos extras. �Assis (2011) diz que o ciclo de vida do serviço proposto pelo ITIL é comporto por cinco conjuntos: estratégia de serviços, desenho de serviços, transição de serviços, operação de serviços e a melhoria continuada de serviços. Modelo ISO/IEC 20000 (Information Technology Service Management) – esse modelo apresenta duas partes, a primeira e a ISO/IEC20000-1 que de acordo com Assis (2011) é a especificação formal e define os requisitos para as organizações prestarem serviços de qualidade aceitável aos seus clientes, compõe sem âmbito: planejamento e implementação de serviços novos ou alterações do serviço; requisitos para um sistema de gestão; processos de prestação de serviços, relacionamento, resolução e controle; e planejamento e implementação da gestão do serviço. A segunda é a ISO/IEC20000-2 que representa o Código de Práticas que descreve as boas práticas para processos de gestão de serviços. Gestão de Sistema da Informação90 A governança e o gerenciamento de TI De acordo com o estudado podemos concluir que a governança de TI é diferente do gerenciamento de TI. Assis (2011) trata dessa diferença dizendo que o escopo do Gerenciamento contempla a eficiência e a eficácia da provisão de serviços e produtos de TI internamente à organização, assim como no gerenciamento das operações de TI. Já a Governança é mais ampla, se concentrando na viabilização e na transformação da TI para atender às necessidades atuais e futuras do negócio e dos clientes. Ressaltando ainda mais as diferenças, Assis (2011) diz que a Governança está associada à definição “do que” fazer e o Gerenciamento está associada ao “como” a organização irá desenvolver e entregar os serviços (Figura 3). Figura 3: Governança e atividades de TI Fonte: Editorial Telesapiens Governança Corporative Governança de TI Direciona e determina Demanda informação de Atividades de Negócio Atividades de TI Gestão de Sistema de Informação 91 E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Neste capítulo, trouxemos um assunto muito importante para o avanço das empresas: a governança corporativa que é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, tramamos dos princípios que essa governança se baseia. Em seguida, tratamos da governança de TI, trazendo as decisões essenciais em Tecnologia da Informação. Por fim, finalizamos tratando da gestão de TI, falando como é o trabalho do gestor de TI, para em seguida comparar com a governança. RESUMINDO Gestão de Sistema da Informação92 Compreensão do Big Data, os aspectos legais e política de uso das tecnologias da informação Esse capítulo tratará primeiramente do Big Data, trazendo uma melhor compreensão do que vem a ser essa ferramenta. Posteriormente, trataremos dos aspectos legais e da política de uso das tecnologias da informação, trazendo as leis que servem de embasamento para que esses profissionais possam trabalhar de maneira correta. Vamos lá! OBJETIVO Big Data O que vem a ser a Big data (Figura 4)? Silveira, Marcolin e Freitas (2015) retratam que a nomenclatura Big Data é um conceito abstrato que veio surgir em 2010 com o intuito de designar tendência tecnológica de gerar grandes quantidades de dados, de diferentes origens e formatos. A big data se tornou uma ferramenta emergente para a tomada de decisão corporativa, pois sua intenção é fazer com que novas informações sejam criadas, e a partir disso sejam geradas novas ideias úteis de bens e serviços de valor significativo. O que são dados? Schroeder (2018) diz que em termos de conhecimento científico os dados possuem três características: 1- os dados pertencem ao objeto ou fenômeno sob investigação, sendo um material coletado sobre o objeto da pesquisa. 2- Os dados existem antes daanálise. 3- Os dados são a unidade de análise útil mais divisível ou atomizada. Gestão de Sistema de Informação 93 Davenport (2014), trouxe dados de que no ano de 2012 foram gerados no mundo cerca de 2,8 trilhões de gigabytes em dados, é medida em bytes demonstrando a escalada da transmissão de dados pelas redes informatizadas. Todavia, o Big Data não tem como única característica o volume de dados, ele também considera a variedade e a velocidade. Silveira, Marcolin e Freitas (2015), dizem que a variedade de fontes de dados tem relação com às diversas possibilidades de equipamentos ou aplicações envolvidas na geração e captura de dados. A velocidade por sua vez, transforma os dados em informações para tomada de decisões em tempo real, sendo um desafio e uma fonte de diferencial competitivo. Complementando com mais características, Demchenko (2013) traz a veracidade e o valor. A veracidade diz respeito a necessidade dos dados coletados tenham sua origem comprovada, isto é, os dados devem ser confiáveis. Já o valor é o trabalhar com dados que sejam de fato elementos de valor para a tomada de decisões. Assim, o Big Data faz parte da terceira revolução industrial, onde diversas organizações o utilizam no processo de tomada de decisões, que tem como obrigação a obtenção de dados online com a finalidade de prestar apoio às decisões em tempo ágil. O universo digital vem cada dia mais se reinventado, a cada ano surge uma nova ferramenta. Desta forma, as organizações devem seguir os avanços da Era Digital em que estamos vivendo, para que assim possa conseguir sobreviver no mercado que a cada dia se torna mais competitivo e complexo. IMPORTANTE Gestão de Sistema da Informação94 Os aspectos legais e a política de uso das tecnologias da informação Devido ao avanço e o desenvolvimento tecnológico, devemos refletir sobre os aspectos legais e éticos no que se refere ao exercício profissional da área de Tecnologia da Informação. O plano de governança de tecnologia da informação em seu art. 1º considera tecnologia da informação e comunicação como ativo estratégico que suporta processos de negócios institucionais, mediante a conjugação de recursos, processos e técnicas utilizadas para obter, processar, armazenar, disseminar e fazer uso de informações. Em seu art. 3º, o plano de governança diz que o planeja- mento da tecnologia da informação deverá seguir as seguintes diretrizes: �Definição de indicadores e fixação de metas para avaliação do alcance dos objetivos estabelecidos; � Participação das unidades gestoras na elaboração dos planos e políticas de tecnologia da informação; �Alinhamento entre as ações de governança e a gestão de tecnologia da informação; �Transparência na execução dos planos de tecnologia da informação; �Compreensão das políticas públicas, programas, projetos e processos de trabalho do Ministério dos direitos humanos, com o objetivo de identificar oportunidades que possam ser alavancadas pelo uso da tecnologia da informação; �Estabelecimento de critérios de priorização e alocação orçamentária para os programas e projetos de tecnologia da informação; �Alinhamento entre a proposta orçamentária anual e as estratégias e planos de tecnologia da informação. Gestão de Sistema de Informação 95 De acordo com Pinhão e Koiffman (2018), não existe uma lei geral que trata da tecnologia da informação no Brasil, mesmo o país fazendo parte dos 10 principais países do mundo que se refere ao faturamento do mercado dessa área. O Brasil possui várias leis que tratam da área da tecnologia. Sabe-se que a principal lei brasileira que trata da relação entre fornecedor e consumidor é o Código de Defesa do Consumidor. O Decreto 7962/13 trouxe modificações nesse código trazendo normas para os negócios online, estabelecendo que tem como obrigação para com os consumidores online: informações claras a respeito do produto, serviço e fornecedor; atendimento facilitado ao consumidor; respeito ao direito de arrependimento. No que se refere aos documentos eletrônicos, Pinhão e Koiffman (2018) diz que é o Comitê Gestor da Infraestrutura de Chaves Públicas que regula a certificação digital e o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação que fiscaliza e audita os prestadores de serviço de credenciados pelo Comitê citado. Entre as formas de documentos eletrônicos reconhecidas no Brasil, podemos citar: �Assinatura eletrônica “simples”; �Assinatura eletrônica “avançada”; �Certificado digital. Ao se falar de contratos de tecnologia da informação (Figura 5), Pinhão e Koiffman (2018) diz que deve ser observada a Lei nº9609/1998. Os contratos de prestação de serviços geralmente são utilizados nos casos em que se encomenda um software ou quando uma solução de TI é elaborada para uma empresa em particular. Gestão de Sistema da Informação96 Figura 4: Contratos de tecnologia da informação Fonte: Pixabay É importante a leitura integral da Lei nº9609/1998, pois ela dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, sua comercialização no país e dá outras providências. IMPORTANTE Os principais pontos em negociação em tecnologia da informação de um contrato são, de acordo com Veiga (2008): organizar antes de informatizar, identificar necessidades, estabelecer cronogramas, estabelecer limites claros, desenvol- vimento (definir direitos autorais e ressalvar o acervo técnico), níveis de serviço, precificação, termo, responsabilidade civil e formas de rompimento. No que tange a proteção de dados pessoais, em 2008 foi aprovada a Lei nº13709/2018, sendo a Lei geral de proteção de dados pessoais. Desta forma, ao utilizar a tecnologia da informação os profissionais devem estar atentos ao que diz essa lei. Em seu art. 6º a Lei nº13709/2018 diz: Gestão de Sistema de Informação 97 Art. 6º As atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar a boa-fé e os seguintes princípios: I - Finalidade: realização do tratamento para propósitos legítimos, específicos, explícitos e informados ao titular, sem possibilidade de tratamento posterior de forma incompatível com essas finalidades; II - Adequação: compatibilidade do tratamento com as finalidades informadas ao titular, de acordo com o contexto do tratamento; III - Necessidade: limitação do tratamento ao mínimo necessário para a realização de suas finalidades, com abrangência dos dados pertinentes, proporcionais e não excessivos em relação às finalidades do tratamento de dados; IV - Livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e gratuita sobre a forma e a duração do tratamento, bem como sobre a integralidade de seus dados pessoais; V - Qualidade dos dados: garantia, aos titulares, de exatidão, clareza, relevância e atualização dos dados, de acordo com a necessidade e para o cumprimento da finalidade de seu tratamento; VI - Transparência: garantia, aos titulares, de informações claras, precisas e facilmente acessíveis sobre a realização do tratamento e os respectivos agentes de tratamento, observados os segredos comercial e industrial; VII - Segurança: utilização de medidas técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações Gestão de Sistema da Informação98 acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão; VIII - Prevenção: adoção de medidas para prevenir a ocorrência de danos em virtude do tratamento de dados pessoais; IX - Não discriminação: impossibilidade de realização do tratamento para fins discriminatórios ilícitos ou abusivos; X - Responsabilização e prestação de contas: demonstração, pelo agente, da adoção de medidas eficazes e capazes de comprovar a observância e o cumprimento das normas de proteção de dados pessoais e, inclusive, da eficácia dessas medidas. (BRASIL, 2018, s.p.) Está Lei também traz que o tratamento de dados pessoais só poderá ocorrer nas seguintes hipóteses: �Mediante o fornecimentode consentimento pelo titular; � Para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador; � Pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de dados necessários à execução de políticas públicas previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios ou instrumentos congêneres; � Para a realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais; �Quando necessário para a execução de contrato ou de procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte o titular, a pedido do titular dos dados; � Para o exercício regular de direitos em processo judicial, administrativo ou arbitral; Gestão de Sistema de Informação 99 � Para a proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiros; � Para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária; �Quando necessário para atender aos interesses legítimos do controlador ou de terceiros, exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais; � Para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na legislação pertinente. Só foram citados no trabalho dois artigos da Lei em comento, todavia, é importante que o aluno leia a lei toda ter conhecimento do que a lei diz sobre a proteção de dados pessoas. Lei nº13709/2019, disponível em: https://bit.ly/2TPStXP. IMPORTANTE No que se refere ao estabelecimento de princípios, garantias, deveres e direitos com relação ao uso da internet, existe o Marco Civil da internet constante na Lei nº 12965/2014. Essa lei em seu art. 9º diz que o responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação. No que tange a proteção aos registros, dados pessoais e comunicações privadas o art, 10 da mencionada lei diz: Gestão de Sistema da Informação100 Art. 10. A guarda e a disponibilização dos registros de conexão e de acesso a aplicações de internet de que trata esta Lei, bem como de dados pessoais e do conteúdo de comunicações privadas, devem atender à preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das partes direta ou indiretamente envolvidas. § 1º O provedor responsável pela guarda somente será obrigado a disponibilizar os registros mencionados no caput, de forma autônoma ou associados a dados pessoais ou a outras informações que possam contribuir para a identificação do usuário ou do terminal, mediante ordem judicial, na forma do disposto na Seção IV deste Capítulo, respeitado o disposto no art. 7º . § 2º O conteúdo das comunicações privadas somente poderá ser disponibilizado mediante ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, respeitado o disposto nos incisos II e III do art. 7º . § 3º O disposto no caput não impede o acesso aos dados cadastrais que informem qualificação pessoal, filiação e endereço, na forma da lei, pelas autoridades administrativas que detenham competência legal para a sua requisição. § 4º As medidas e os procedimentos de segurança e de sigilo devem ser informados pelo responsável pela provisão de serviços de forma clara e atender a padrões definidos em regulamento, respeitado seu direito de confidencialidade quanto a segredos empresariais. (BRASIL, 2014, s.p.). É importante a leitura integral da Lei nº12965 de 23 de abril de 2014. Gestão de Sistema de Informação 101 Código de ética do profissional de informática O código de ética do profissional de informática traz os deveres desses profissionais, sendo eles: São deveres dos profissionais de Informática: Art. 1º: Contribuir para o bem-estar social, promovendo, sempre que possível, a inclusão de todos os setores da sociedade. Art. 2º: Exercer o trabalho profissional com responsabilidade, dedicação, honestidade e justiça, buscando sempre a melhor soluço. ~ Art. 3º: Esforçar-se para adquirir continuamente competência técnica e profissional, mantendo-se sempre atualizado com os avanços da profissão. Art. 4º: Atuar dentro dos limites de sua competência profissional e orientar-se por elevado espírito público. Art. 5º: Guardar sigilo profissional das informações a que tiver acesso em decorrência das atividades exercidas. Art. 6º: Conduzir as atividades profissionais sem discriminação, seja de raça, sexo, religião, nacionalidade, cor da pele, idade, estado civil ou qualquer outra condição humana. Art. 7º: Respeitar a legislação vigente, o interesse social e os direitos de terceiros. Art. 8º: Honrar compromissos, contratos, termos de responsabilidade, direitos de propriedade, copyrights e patentes. Art. 9º: Pautar sua relação com os colegas de profissão nos princípios de consideração, respeito, apreço, solidariedade e da harmonia da classe. Gestão de Sistema da Informação102 Art. 10º: Não praticar atos que possam comprometer a honra, a dignidade, privacidade de qualquer pessoa. Art. 11º: Nunca se apropriar de trabalho intelectual, iniciativas ou soluções encontradas por outras pessoas. Art. 12o: Zelar pelo cumprimento deste código. (BRASIL, 2013, s.p.). É de suma importância para o profissional da tecnologia da informação ter conhecimento das leis para que possa efetuar seu trabalho da maneira mais correta possível, além disso, deve seguir tudo que é estabelecido pelo Código de Ética. Neste capítulo vimos o que vem a ser o Big Data ferramenta que veio para gerar grande quantidade de dados. Em seguida, tratamos dos aspectos legais e da política de uso das tecnologias da informação, trazendo primeiramente como deve ser o planejamento da tecnologia da informação de acordo com o plano de governança e depois abordando as demais leis que tratam dos aspectos legais dessa área, para por fim, trazer o código de ética do profissional da computação. RESUMINDO Gestão de Sistema de Informação 103 UNIDADE 03 Gestão de Sistema da Informação104 Você sabia que setores relacionados à tecnologia da informação serão os principais responsáveis pela geração de muitos empregos nos próximos anos? Isso mesmo. As organizações se transformaram junto com o desenvolvimento da tecnologia e seus principais resultados dependem disso. A principal responsabilidade dos sistemas de informação gerencial é o desempenho estratégico para oferecer suporte e assistência na gestão das empresas. A sua aplicação envolve enorme abrangência entre vários tipos e portes de organizações, e sua intensidade variam de acordo com estas características. O desempenho do negócio tem relação direta com fatores estabelecidos no planejamento estratégico que determina as ações específicas para o alcance de objetivos da empresa. No entanto, ao incluir os sistemas de informação na formulação das estratégias, a assertividade nessa delimitação das atividades do negócio permitirá o alcance de maiores e melhores resultados. Conhecer as dimensões e o comportamento dos Sistemas Gerenciais de Informação, além das ferramentas de gestão estratégica podem fazer toda a diferença na sua carreira. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo! INTRODUÇÃO Gestão de Sistema de Informação 105 Olá. Seja muito bem-vindo a nossa Unidade 3. Nesta unidade, o nosso objetivo é auxiliá-lo no desenvolvimento das seguintes competências profissionais: OBJETIVOS 1 Compreender a importância das estratégias no contexto de TI; 2 Conhecer a gestão sob um enfoque sistêmico e a inclusão dos SIG nesse contexto; 3 Identificar necessidades e implementar arquitetura de sistemas adequada a cada tipo de necessidade organizacional; 4 Executar ações de segurança da informação e prevenir o ataque e invasões aos sistemas da empresa. Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! Gestãode Sistema da Informação106 Gestão estratégica em Tecnologia da Informação O que é a gestão estratégica? Para obter melhor entendimento sobre o envolvimento da estratégia na tecnologia da informação, convém compreendermos o que vem a ser a gestão estratégica, seus conceitos, exemplos e aplicações na prática. A gestão estratégica é essencialmente originária do ambiente empresarial. Quando falamos em gerenciar a organi- zação otimizando seus processos com a finalidade de alcançar os objetivos da empresa, estamos falando de gestão estratégica. Através deste modelo de gestão os departamentos e setores da empresa trabalham de maneira coesa para atingir as metas com maior eficiência possível. Mas, de que forma este modelo de gestão pode ser implementado na prática? A execução da gestão estratégica tem alto poder de aplica- bilidade, nos mais variados contextos, pois se trata de um modelo versátil. É uma prática que pode ser vista tanto em grandes empresas, quanto nos médios e pequenos negócios. Neste caso, a sua função é ajudar estas empresas, seja qual for sua dimensão, a ganharem maior vantagem competitiva no mercado em que atuam. OBJETIVO Ao término desta seção você será capaz de entender os conceitos básicos sobre as estratégias gerenciais na tecnologia da informação, bem como o cenário atual. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Gestão de Sistema de Informação 107 Figura 1: Desenvolvimento da estratégia Fonte: Freepik O profissional que atua em qualquer que seja o setor empresarial convive com a prática de decidir, além disso, a decisão deve ser assertiva e provocar ganhos e vantagens para a empresa em que atua. Dessa forma, convém entendermos melhor o que são as decisões estratégicas e por qual motivo estabelecer a sua prática é relevante para as partes. IMPORTANTE Existem muitas ferramentas bastante utilizadas no ambiente empresarial que auxiliam os profissionais na execução de uma boa gestão estratégica. São elas: a Matriz Swot, Matriz de cenários prospectivos, as cinco forças de Porter e a Matriz BCG, por exemplo. Com a participação conjunta da liderança e dos demais colaboradores, o uso das matrizes podem ser o ponto inicial, facilitado e assertivo para iniciar a gestão na empresa. Gestão de Sistema da Informação108 Decisões estratégicas são aquelas que determinam a direção geral de um empreendimento e, em ultima análise, sua viabilidade à luz do previsível e do imprevisível, assim como as mudanças desconhecidas que possam ocorrer em seus ambientes mais importantes. Ajudam intimamente a formar as verdadeiras metas do empreendimento. Ajudam a delinear os amplos limites dentro dos quais a entidade opera. Ditam tanto os recursos aos quais o empreendimento terá acesso para suas tarefas quanto os principais padrões nos quais esses recursos serão alocados. E determinam a eficiência do empreendimento – se seus principais esforços estão na direção dada pelo potencial de seus recursos – em contraposição ao fato de as tarefas individuais serem ou não realizadas. O âmbito das operações é a administração pela eficiência, juntamente com uma miríade de decisões necessárias para manter a rotina diária e os serviços da empresa. (MINTZBERG & QUINN, 2001 p.21) O meio para realizar a implementação das práticas estratégicas é através da construção de um planejamento estratégico. Esta construção requer a participação de diferentes setores da empresa e as etapas para seu desenvolvimento obedecem a seguinte sequência: 1. Diagnóstico – O planejamento estratégico se baseia em resolver os fatores problemáticos a partir dos fatores positivos da empresa. Para isso é necessário conhecer quais são esses fatores e esse conhecimento é obtido por meio de uma análise de pontos fortes e pontos fracos relativos tanto ao ambiente interno quanto ao ambiente externo da empresa; 2. Definição de objetivos – Ao reconhecer as potencialidades e fragilidades da empresa o passo seguinte é estabelecer as metas e os objetivos que a organização necessita e deseja atingir para melhorar seu desempenho e obter vantagem competitiva em seu setor de atuação. Um bom método para a definição das metas é o método SMART que determina que cada uma das metas e os objetivos devem ser específicos, passíveis de Gestão de Sistema de Informação 109 avaliação de desempenho, alcançáveis dentro de sua realidade, e relevantes pois lhes serão dedicados esforços e baseadas em um prazo com data definida; 3. Plano de ação – A execução das estratégias será estabelecida pelos profissionais na elaboração no plano de ação. Neste momento são definidas cada uma das atividades que precisam ser feitas para o alcance do objetivo final, bem como os recursos necessários, os profissionais responsáveis, o prazo, o modo de execução e o custo para realizar. Após estabelecer as definições, a estratégia pode ser mapeada e executada com eficácia, eficiência e efetividade; 4. Mensuração e monitoramento dos resultados – Esta etapa indica se as execuções das estratégias estão sendo cumpridas como o planejamento definiu, caso contrário, são determinados os devidos ajustes para as ações. Figura 2: Metas SMART Fonte: Freepik Gestão de Sistema da Informação110 Com a intensa competição de mercado que existe atualmente entre as empresas, devido aos fatores tecnológicos e de globalização, a utilização da gestão estratégica se torna um fator indispensável tanto para a sobrevivência das empresas, quanto para as conquistas de melhores resultados no respectivo setor de atuação. Estratégias gerenciais na TI Reconhecendo que a gestão estratégica assume múltiplas configurações devido a sua flexibilidade e múltiplas aplicações, veremos nesta seção a dinâmica da sua relação com a tecnologia da informação e sua importante participação na conquista de vantagem competitiva das empresas. A tecnologia da informação vem se desenvolvendo ao longo das últimas décadas de uma forma bastante rápida. É possível observar seus primeiros movimentos a partir dos anos 60 com os grandes computadores aparecendo para a sociedade. Em seguida, esse fator tecnológico vai se integrando cada vez mais na essência das organizações, em relação aos processos, formas de produção, estratégias de marketing e vendas, rotina de funcionários e, consequentemente, auxiliando na conquista de maiores níveis competitivos. CURIOSIDADE Há muito tempo a transformação digital deixou de ser uma realidade distante e hoje é uma necessidade real no ambiente empresarial. Atualmente é possível utilizar estratégias gerenciais de tecnologia da informação como diferencial competitivo da empresa, independentemente de seu tamanho. Gestão de Sistema de Informação 111 Figura 3: A participação da TI nos processos empresariais Fonte: Freepik Essa relação entre a tecnologia e as informações no ambiente empresarial é uma relação sinérgica, que se realimentam e se influenciam mutuamente. Desse modo, a tecnologia influencia no modo como as organizações operam e, da mesma forma, as organizações e a sociedade estimulam o desenvolvimento da tecnologia simultaneamente alimentando esse ciclo que evolui com cada vez maior velocidade. Apesar de termos passado por toda trajetória em torno da evolução da tecnologia - incluindo as tecnologias de comunicação, as tecnologias móveis, as redes sociais, que chamamos de tecnologia da informação e da comunicação- atualmente ainda temos muitas dúvidas e problemas de gestão, relacionadas a este campo. Gestão de Sistema da Informação112 Os problemas que vemos hoje em dia neste setor das empresas acontecem, por muitas vezes devido à maneira como os profissionais da área de tecnologia são inseridos no ambiente de negócios e como o ambiente de negócios está preparado para receber esse tipo de conhecimento. No que diz respeito à informação, os gerenciadores ou administradores,para executar qualquer atividade, definir objetivos e traçar estratégias deve estar munido de informações para garantir a eficácia de suas decisões. Sobre o gerenciamento pela informação, Mintzberg e Quinn (2001 p.40) fazem a seguinte afirmação: Gerenciar pela informação é ficar dois passos aquém do propósito do trabalho administrativo. O gerente processa informações para estimular outras pessoas as quais, por seu turno, devem assegurar que as providências necessárias sejam tomadas. Em outras palavras, aqui as atividades próprias dos gerentes não enfocam nem as pessoas nem as ações em si, ao contrário, focalizam as informações de maneira indireta para fazer com que as coisas aconteçam. Ironicamente, conquanto esta tenha sido a percepção clássica do trabalho administrativo durante a primeira metade desde século, tornou-se popular também em anos recentes, em alguns segmentos, um ponto de vista quase obsessivo, simbolizado pela abordagem da administração “bottom line”. SAIBA MAIS Você considera que a transformação tecnológica e digital realmente impacte no mercado de trabalho e na maneira como as organizações irão operar nos próximos tempos? Para saber mais recomendamos que leia o artigo do Infor Channel “Transformação Digital aproxima TI dos negócios” Disponível em: https://bit.ly/39bzxrG. Gestão de Sistema de Informação 113 Nas empresas, a função do planejamento estratégico com orientação para o setor tecnológico, tem como objetivo principal, considerar o modo como os recursos de tecnologia - sejam de informação, comunicação ou outros - podem auxiliar no momento atual e futuro da organização, à obtenção de vantagem competitiva. As informações determinam as práticas estratégicas em níveis de racionalidade e níveis de ação e tomada de decisão. Por este motivo compreendemos que a tecnologia da informação tem fundamental peso no processo de tomada de decisão estratégica de uma organização, assim como na prevenção do fracasso das escolhas dos gestores e administradores. +++ EXPLICANDO DIFERENTE A disponibilidade dos dados e informações no ambiente empresarial favorece a troca de informações através alguma solução de TI. O banco de informações que a empresa possui facilita o entendimento sobre as necessidades e os desejos de seu público consumidor. Por meio dessa dinâmica, a empresa ganha vantagem em se aproximar mais rapidamente do cliente através de uma estratégia utilizando as informações. O debate que envolve as estratégias gerenciais de tecnologia da informação deve partir de uma atitude mental empreendedora e desafiar os processos convencionais de gestão praticados demandados pelas atividades obrigatórias da empresa. Seu principal objetivo é auxiliar no desenvolvimento de uma série de estratégias alternativas às que são rotineiramente utilizadas, a fim de maximizar seu desempenho além de potencializar ainda mais os resultados da organização. Gestão de Sistema da Informação114 ACESSE A matéria a seguir demonstra como a utilização da estratégia tecnológica nos processos convencionais da empresa pode transformar o ambiente organizacional e ajuda-lo a conquistar maiores ganhos. Para ler mais acesse: https://bit.ly/3ada2qa. A verdadeira estratégia de TI deve reforçar a natural estratégia competitiva da empresa e ampliar o papel da tecnologia neste posicionamento da competição. Ela deve também abranger tanto o curto, quanto o médio e o longo prazo, identificando os principais projetos de cada uma das metas, com objetivos claros e datas de implantação previamente definidos. Figura 4: Competitividade empresarial Fonte: Freepik Além disso, deve identificar os recursos necessários e consistentes com os planos e orçamentos financeiros das empresas. Essa estratégia deve ser consistente e não mudar ao longo do tempo, no entanto ela fixa uma trajetória dinâmica considerando os constantes avanços no cenário mutante de TI. Gestão de Sistema de Informação 115 E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste primeiro capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que é de suma importância para a profissional que atua na gestão de um negócio ou empresa reconhecer a importância dos sistemas de tecnologias e da tecnologia da informação para se manter competitivo no seu mercado de atuação. Também podemos relembrar como os fatores tecnológicos e digitais surgiram e foram se integrando à essência das organizações ao longo dos tempos, promovendo assim um crescimento mútuo dos dois fatores, em um movimento retroalimentar de evolução. As práticas de gestão estratégica são indispensáveis para o profissional da área de tecnologia da informação levantar informações sobre o cenário de atuação em que a organização está situada, específicos a cada setor e realizar, facilitando o gerenciamento das ações futuras, baseando decisões dos gestores em fatos, bem como preparar-se para as mudanças e possíveis acontecimentos no mercado da respectiva empresa. É importante relembrar que a gestão de tecnologia da informação levantar informações sobre o cenário de atuação em que a organização está situada, específicos a cada setor e realizar, facilitando o gerenciamento das ações futuras, baseando decisões dos gestores em fatos, bem como preparar-se para as mudanças e possíveis acontecimentos no mercado da respectiva empresa. É importante relembrar que a gestão de tecnologia da informação, tem o papel preponderante de salientar as práticas estratégicas da empresa na incansável busca da vantagem competitiva. Baseando-se neste papel o profissional de ti e os gestores estarão preparados para implementar ações e promover na empresa os melhores resultados possíveis, e acordo com os objetivos. RESUMINDO Gestão de Sistema da Informação116 O que são sistemas gerenciais de informação (SIG)? A informação e a gestão sob um enfoque sistêmico Para iniciarmos os estudos sobre esta abordagem, podemos definir o termo “sistema” inserido no contexto de gestão organizacional da seguinte maneira: “Sistema” representa um conjunto de elementos, objetos, técnicas ou materiais que mantém relações interdependentes entre si, funcionando de maneira integrada com o objetivo de alcançar uma determinada finalidade comum, de acordo com as diretrizes específicas de um plano. Um sistema pode ser real, físico ou conceitual. Ele é real quando é composto por elementos organizados de maneira em que o funcionamento do conjunto depende do funcionamento de cada parte, por exemplo, um sistema biológico como as células. Um sistema físico normalmente é composto por outros subsistemas, como o corpo humano, ou um computador. Um sistema conceitual é elaborado por um conjunto de símbolos ou outros meios de pensamento, como as matemáticas, notas musicais, por exemplo. OBJETIVO Nesta unidade iremos discutir sobre como funcionam os sistemas gerenciais de informação, os principais conceitos trabalhados neste tema, suas vantagens e como implementar as ferramentas mais eficazes de gestão no âmbito da organização. Gestão de Sistema de Informação 117 E quanto ao sistema de informação, você conhece a estrutura e quais são os seus componentes? A figura abaixo demonstra a estrutura que está presente em todo sistema de informação, de baixa a alta complexidade. Observe que a estrutura de um sistema de informação baseia-se em elementos que compõem um computador, que é o tipo de sistema utilizado pelas empresas, prioritariamente. Os Sistemas de Informação podem ser manuais e baseados em computador, este último sendo definido como: um conjunto simples de hardware, software, base de dados, telecomunicações, pessoas e procedimentos que são configurados para coletar, manipular, armazenar e processar dados em informação. (GEORGES, 2010, p. 43). Figura 5: Estrutura dos componentes de um sistema de informação Fonte: A autora Em uma organização,os sistemas de informação são compostos por conjuntos de elementos com a finalidade de auxiliar a tomada de decisão dos gestores. Estes elementos coletam, processam, armazenam e distribuem as informações subsidiando as práticas de gerenciamento do negócio. Stair, Reynolds & Reynolds (2009) definem Sistemas de Informação como um conjunto de elementos ou componentes que coletam (inputs), manipulam (processo), armazena, dissemina (output) dados e informações e fornece uma reação correta (mecanismo de feedback) para atender um objetivo. (GEORGES, 2010 p.45). Gestão de Sistema da Informação118 A dinâmica do sistema de informação segue basicamente o mesmo movimento nos diversos setores em que for aplicado, assumindo pequenas alterações devido a cada contexto. Figura 6: Processo ou sistema de dados e informação Fonte: A autora A emergência da economia global modifica o cenário de atuação das empresas, pois o sucesso delas depende hoje e no futuro depende de sua capacidade de operar de maneira global também. Neste ponto, os sistemas de informação proporcionam a comunicação e o poder de análise de que as empresas necessitam para conduzir o comércio e administrar os negócios em uma escala maior com mais agilidade e além de proporcionar melhores resultados. Reconhecendo que o mercado acompanha as constantes tendências evolutivas da tecnologia e que novas formas de industrialização e comércio surgem a cada instante, é possível inferir que os profissionais que atuam nos setores voltados a TI tendem a ser os mais procurados. Diversas matérias tem comunicado essa tendência para futuros próximos. Afirma-se que das 15 profissões que devem liderar o mercado de trabalho no Brasil a partir de 2020, 13 deles estão relacionadas ao setor de TI e internet. É importante pontuar que de alguma forma estas demandas dizem respeito a setores comerciais e/ou referentes a alguma atividade financeira. Os sistemas de informação tornaram-se imprescindíveis para ajudar as organizações a enfrentar mudanças das novas formas de economia global e comercial. A internet fornece a infraestrutura tecnológica necessária para essas novas formas de operacionalização e comercialização que vem surgindo. Gestão de Sistema de Informação 119 Desta forma, é possível reconhecer que o mercado como um todo vem demandando de maior número de profissionais qualificados. O profissional que atua no setor de tecnologia da informação e possui conhecimentos de gerenciamento de sistemas, conhecendo a lógica empreendedora, tende a ter melhores desempenhos nas atividades, obtendo ainda maior destaque no mercado. O que vem a ser um Sistema Gerencial de Informação? O conceito do construto SIG se refere basicamente às funções que um sistema de informação deve executar, com ajustes para devida aplicação ao ambiente empresarial. Um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes inter-relacionados que coleta (ou recupera), processa, armazena e distribui informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização. Além de dar suporte à tomada de decisões, à coordenação e ao controle, esses sistemas também auxiliam os gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos produtos. (LAUDON & LAUDON, 2006 p. 4) SAIBA MAIS Para ter maior conhecimento sobre o levantamento das “Profissões Emergentes” e cargos mais promissores para o setor de tecnologia da informação em 2020 no Brasil. O ranking foi realizado pela rede social profissional LinkedIn, leia na íntegra a matéria postada no site disponível em: https://bit.ly/381p14U. Gestão de Sistema da Informação120 Diante de um cenário de intensa competitividade entre as corporações dos mais variados segmentos, as empresas buscam resultados cada vez maiores. Boas estratégias de relacionamento com o cliente, por exemplo, aumentam a demanda e a lucratividade. No entanto, estas estratégias são traçadas com o apoio de técnicas, ferramentas e profissionais que gerenciam informações armazenadas nas bases de dados sobre os clientes. Estas ferramentas são chamadas de Sistemas de Informação Gerencial – SIG. Um dos motivos pelo qual os sistemas gerenciais de informação ganharam tanto espaço e têm papel tão importante nas organizações, além de afetarem o modo de vida de toda a sociedade, é a alta capacidade de inteligência e maximização de resultados, além do seu baixo custo. A tecnologia dos computadores aliado ao poder da internet promove a fundação de redes globais contribuindo cada vez mais com a multiplicação e velocidade de acesso a dados e informações. Figura 7: Redes e internet Fonte: Freepik De forma prática, os sistemas de informação gerenciais fornecem aos gestores as melhores direções para a tomada de decisão da empresa, nos mais diversos sentidos. Ou seja, desde Gestão de Sistema de Informação 121 funções como as estratégias de marketing e vendas, otimização de processos de produção, operações de logística, compras e demais questões administrativas internas, proporcionando forças administrativas até, consequentemente, melhores resultados finais. A utilização dos sistemas não deve ser resumida à coleta e armazenamento de dados, apenas. A informação que é passada para definir estratégias da empresa é obtida através de um conjunto de dados que passam por um processo de transformação. O profissional neste momento deve construir as informações com alto poder de crítica e depurada análise, para que sejam passadas informações efetivamente úteis. Hoje, todos admitem que conhecer sistemas de informação é essencial para os administradores, porque a maioria das organizações precisa deles para sobreviver e prosperar. Estes sistemas podem auxiliar as empresas a estender seu alcance a locais distantes, oferecer novos produtos e serviços, reorganizar fluxos de tarefas e trabalho e, talvez, transformar radicalmente o modo como conduzem os negócios. (LAUDON & LAUDON, 2006 p.4) A presença do SIG nas empresas possibilita à sua gestão inúmeros benefícios. Além do apoio ao processo decisório, podemos citar outros fatores positivos decorrentes da sua utilização, como: �Redução de custos; �Agilidade na construção de relatórios e acesso às informações; �Maior nível de produtividade; � Sinergia e melhor relacionamento entre gestores e departamentos; � Projeções mais assertivas sobre efeitos das decisões; �Melhor comunicação e fluxo mais eficaz de informações internas; Gestão de Sistema da Informação122 �Democratização do processo de decisão; �Melhor relacionamento com clientes e fornecedores; Figura 8: Tomada de decisão democrática com base em informações Fonte: Freepik O sistema gerencial de informação possibilita a obtenção de todos estes benefícios, mas é possível saber de que maneira acontece o seu funcionamento? Quais os princípios fundamentais para a adesão deste sistema em uma empresa? O SIG é uma soma de um trabalho teórico do campo de estudo da computação, com contribuições das ciências administrativas e sobre pesquisas operacionais. O principal objetivo destas três áreas de atuação é unir os interesses e prol do desenvolvimento de um mecanismo informacional que resolva problemas por meio dos objetos da tecnologia da informação. Ao reconhecer que o SIG é composto por essas diferentes áreas fica mais fácil para os gestores e profissionais da área estarem mais atentos para a perspectiva técnica dos sistemas, uma vez que este campo requer a percepção e compreensão de diferentes abordagens. Gestão de Sistema de Informação 123 Desta forma, adotar um olhar para a perspectiva multidisciplinar, ou sociotécnica, pode auxiliar os gestores a evitarem um foco puramente técnico para questões como aplicação das ferramentas, desenvolvimento de habilidades do sistema ou, até mesmo, hipóteses levantadas para solucionar possíveis problemas de eficiência e eficácia da ferramenta.Figura 9: Perspectivas de um SIG Fonte: A autora Com base no conceito inicial de Korenke (2017), o autor complementa afirmando que “essa definição contém três elementos-chave: desenvolvimento e uso, sistemas de informação e metas e objetivos de negócios.” Até o momento, dos elementos que compõem o SIG, comentamos apenas sobre os sistemas de informação e as metas e objetivos do negócio, porém o desenvolvimento e uso citado pelo autor é um elemento que expõe a respeito da construção e operacionalização do SIG que deve ser realizada considerando as particularidades do setor, de modo a atender eficazmente às suas necessidades. Gestão de Sistema da Informação124 SAIBA MAIS Quer se aprofundar neste tema? Leia o artigo “Sistemas de Informações Gerenciais” de Alberto Claro, que comenta os aspectos básicos do SIG que proporciona uma visão base e geral na perspectiva do varejo. Além disso, demonstra o passo a passo do manuseio de dados na empresa por meio de uma pesquisa de mercado. O livro está disponível em: https://bit.ly/3cbFd77. Chegamos ao final de mais uma seção desta unidade, na qual tratamos os aspectos conceituais e introdutórios sobre os sistemas de informação gerenciais, de modo que inicia a sua familiarização em aspectos emergentes que circundam o ambiente empresarial relativos à questões tecnológica nos dias atuais, principalmente no que se refere à estratégias e competitividade. Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que é de extrema importância para a profissional que atua na área de TI reconhecer os componentes e processos de gestão da informação no setor empresarial, bem como os procedimentos mais eficientes que auxiliarão o corpo gestor da empresa a agir assertivamente e de maneira eficiente no difícil momento da tomada de decisão. Também podemos relembrar como os benefícios e as vantagens que a empresa obtém ao implementar as práticas do sistema gerencial de informação. O conhecimento sobre a importância da utilização do SIG é Como futuro profissional da área de negócios no setor de TI, é imprescindível que você entenda as particularidades que um sistema deve conter para seu melhor desempenho. Na unidade a seguir, veremos com maior detalhamento conceitos e práticas sobre as bases de construção e elaboração do SIG. Gestão de Sistema de Informação 125 indispensável para o profissional desta área tão competitiva e que atravessa modificações em tanta velocidade. É de suma importância reconhecer que a capacidade de antever e adiantar várias dessas mudanças corporativas pode ser potencializada por meio do uso inteligente das ferramentas e técnicas profissionais sobre a empresa. Por meio da incorporação do SIG na estratégia da empresa, os resultados mais relevantes para a conquista de vantagem competitiva no mercado são otimizada. Gestão de Sistema da Informação126 Arquitetura de SIG e tipos de sistemas Arquitetura de SIG É fato que nem todo profissional de gestão tem a obrigação de saber programar um sistema de informação, mas é muito importante que o gestor saiba entender a construção e o desenvolvimento do sistema de forma adequada às necessidades da organização. É bastante comum associar a primeira impressão sobre o termo ‘arquitetura’ a alguma estrutura física ou material. Em relação aos sistemas que por sua vez são utilizados em computadores, vinculamos o conceito, neste sentido, ao hardware. E foi justamente desta forma que o termo foi associado no início das adaptações dos sistemas de informação nas estruturas organizacionais. Na medida em que os sistemas de informação foram sendo incorporados às atividades essenciais das organizações, houve a necessidade de ajustar suas estruturas de modo a acompanhar os avanços tecnológicos utilizados no ambiente. No entanto, essa adaptação não ocorreu apenas nas estruturas de hardware, mas também na área de softwares. OBJETIVO Nesta competência, vamos aprender sobre um embasamento teórico e prático acerca da Arquitetura de Sistemas de informação gerencial, assim como os principais subsistemas que o compõe, com auxílio das principais ferramentas adequadas a cada tipo de sistema de informação! Gestão de Sistema de Informação 127 Figura 10: Arquitetura na parte de Software Fonte: Freepik Para satisfazer essa necessidade empresarial surge o ASI, uma sigla que se refere ao conceito de Arquitetura de Sistemas de Informação, pode ser compreendida da seguinte forma: A ASI possibilita como contribuições básicas: aprimorar as atividades do planejamento estratégico de SI; melhorar o desenvolvimento de SI computadorizados; racionalizar a execução das atividades; economizar tempo; estabelecer ordem e controle no investimento de recursos de SI; definir e inter-relacionar dados; fornecer clareza para a comunicação entre os membros da organização; permitir melhorar e integrar ferramentas e metodologias de desenvolvimento de software; estabelecer credibilidade e confiança no investimento de recursos do sistema e fornecer condições para aumentar a vantagem competitiva. (TAIT, PACHECO e ABREU, 1999. p.56) Também muito conhecida como arquitetura de dados, esta abordagem acompanha a constante evolução e as modificações dos sistemas de informação, porém, com devido acoplamento ao ambiente empresarial, atendendo as exigências do sistema corporativo e dos setores empresariais. Gestão de Sistema da Informação128 Figura 11: Arquitetura de sistemas da informação Fonte: Freepik No decorrer do tempo, a evolução do conceito de ASI acompanhou a evolução de suas aplicações práticas. De acordo com os autores Crespo & Santos, (2015 p.40) a necessidade de gestão das organizações, como por exemplo, a utilização de sistemas para subsídio das formulações estratégicas, subdividiram a ASI em quatro tipos de arquiteturas: 1. Arquitetura de Informação (AI); 2. Arquitetura de Negócio (AN); 3. Arquitetura Software (AS) e; 4. Arquitetura de Tecnologia da Informação (ATI). Entende-se por ASI um conjunto de dados e processos da organização, materializados numa matriz, em que se relacionam as classes de dados com os processos e os locais onde ocorrem. (Tomé, 2004, p. 54) A AI se refere ao desenvolvimento de técnicas de organização das informações com a finalidade de torná-las rapidamente localizáveis e de fácil entendimento. Assim como os produtos de um supermercado são organizados por setores, as informações também. Da mesma forma ocorre em uma perspectiva gerencial, onde a AI estrutura as informações úteis para a gestão do negócio. Gestão de Sistema de Informação 129 A AN realiza o delineamento funcional das operações da organização, descrevendo e analisando seus processos, ao mesmo tempo em que verifica a possibilidade de estabelecer estratégias para otimizar o fluxo e os resultados. A AS consiste em desenvolver as aplicações necessárias de modo a atender eficazmente as demandas da empresa. Através deste modelo de arquitetura, é realizada a manutenção para conduzir cada tipo de informação a um determinado espaço que seja acessível e atenda às necessidades particulares do negócio. A ATI também desempenha atividades com importantes funções estratégicas. Este tipo de arquitetura tem como função realizar o desenvolvimento de soluções através de sistemas tecnológicos que envolvam o funcionamento do sistema de informação. Existem ferramentas de ASI muito conhecidas no ambiente empresarial e validadas tanto na academia quanto no mercado, que são caracterizadas como subsistemas típicos de apoio ao gerenciamento estratégico de negócios. Veja alguns exemplos destas ferramentas na tabela a seguir: Tabela 1: Ferramentas de ASI CRM Software de relacionamento com clientes reúne informações sobre os clientes e apoia a estratégia de marketing e vendas. DSS Um SIG que integra ferramentas de análise de dados e fornece informações críticasadequadas aos objetivos do negócio como auxílio no processo decisório. e-MarketPlace Ferramenta para vendas virtuais que conecta vendedores e compradores a um objeto comum. Virtual Enterprise Um conjunto de empresas virtuais que cooperam entre si por meio de trocas de informação sobre gestão com base em TI. Fonte: Elaborado pela autora, inspirado em Crespo e Santos, (2015). Gestão de Sistema da Informação130 SAIBA MAIS Tem interesse em saber mais sobre a arquitetura de tecnologia da informação? Recomendamos a visita ao link a seguir que detalha com maior profundidade sua importância e seu papel no processo de ganhos empresariais, bem como as funções do arquiteto de TI. Para ler a postagem acesse o endereço em: https://bit.ly/38ce1Sx. A principal atenção que se deve ter na arquitetura do sistema de informação no âmbito empresarial, é em relação a considerar os pontos particulares de cada organização. Figura 12: e-Marketplace Fonte: Freepik Vale destacar que este é um fator decisivo para a eficiência deste recurso. Gestão de Sistema de Informação 131 Tipos de sistema de informação para diferentes organizações Em relação aos sistemas de informação a categorização é feita utilizando critérios que atendam às necessidades em diferentes níveis organizacionais, ou seja, de forma departamentalizada, no que diz respeito a sistemas de informação. Neste sentido, os sistemas podem ser separados em quatro tipos: 1. Sistemas de Informações Estratégicas (SIE): Tem o papel de apoiar a gerencia da empresa no que cerne à estratégia e aos cenários internos e externos a curto, médio e longo prazo; 2. Sistemas de Informações Operacionais (SIO): é direcionado aos setores operacionais e rotineiros da empresa. As informações deste sistema auxiliam outras atividades e registram outras atividades futuras como por exemplo, contas a pagar, contas a receber, entre outros; 3. Sistemas de Informações de Conhecimento (SIC): possibilitam a integração de novas tecnologias no controle de fluxo de documentos, desempenha uma função de facilitadoras de conhecimento para profissionais que já trabalham desenvolvendo novos recursos adequados à empresa; 4. Sistemas de Informações Gerenciais (SIG); A operacionalização deste tipo de sistema depende do Sistema de Processamento de Transações – SPT. O SPT fornece os dados de um período de tempo para o SIG que os organiza e disponibiliza aos gestores as informações prontas em formato de relatórios. Gestão de Sistema da Informação132 Figura 13: Tipos de sistema de informação Fonte: A autora De acordo com Armelin, Da Silva e Colucci (2016 p.72), os SIG podem ser divididos em dois tipos: funcionais e integrados. Os sistemas funcionais atendem as demandas de um setor específico, como por exemplo, o sistema de folha de pagamento dos funcionários de uma empresa, atende as necessidades do setor de departamento pessoal, prioritariamente. Este tipo de sistema normalmente desempenha atividades independentes. Os sistemas integrados se referem a um conjunto de variadas técnicas, programas ou softwares. Este sistema é alimentado por um banco de dados centralizado, ou seja, reunindo as informações de diversos setores ao mesmo tempo, possibilitando aos gestores e outros funcionários da empresa, acesso à relatórios com informações sistêmicas de análise holística. Um exemplo de sistema integrado é o ERP. Trata-se de um sistema de adoção das melhores práticas do negócio com objetivo de aumento da produtividade. Centralizam informações do setor financeiro, produção, logística, RH, vendas, entre outros. O sistema coleta todos os dados destes departamentos através da integração de todos os sistemas, possibilitando a gestão de todas as informações da empresa em um único sistema, Gestão de Sistema de Informação 133 visto que integra e promove a ligação entre todos os setores da empresa em apenas uma única plataforma de acesso. Figura 14: Entreprise Resource Planning (ERP) Fonte: Freepik SAIBA MAIS Quer se saber mais sobre sistemas integrados? Recomendamos a leitura do artigo “Diagnóstico da Situação Atual da Rede de Sistemas Integrados de Gestão (ERP) nas Micro e Pequenas Empresas Brasileiras”. O artigo foca nas micro e pequenas empresas brasileiras, do ponto de vista do receptor da tecnologia, na adoção de sistemas integrados de gestão, ou como internacionalmente conhecidos os Enterprise Resource Planning (ERP). Disponível em: https://bit.ly/3agl7GZ. Gestão de Sistema da Informação134 Até agora vem gostando do que está sendo estudado? Agora, para garantir que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir novamente tudo o que vimos. Iniciamos esta seção com um embasamento teórico acerca da arquitetura de sistemas de informação, bem como a evolução, aplicabilidade e conceituação do termo. É interessante relembrar todas as alterações que os primeiros conceitos sofreram no decorrer do tempo. Isto indica que ao longo dos anos a área de sistemas gerenciais de informação e todo mercado que está vinculado a ele passa por intensas transformações e é de suma importância para a profissional que atua na área de tecnologia da informação reconhecer e acompanhar todos esses movimentos evolutivos como forma de preparação para o futuro. Também podemos relembrar para cada finalidade existe um tipo de sistema de informação, que são divididos em duas partes: funcionais e integrados. Conhecer cada um deles é imprescindível para para garantir a assertividade da escolha no momento de sua implementação. Por fim, exemplificamos um sistema integrado com a ferramenta ERP, internacionalmente conhecido e validado tanto em estudos acadêmicos quanto nas práticas de mercado. RESUMINDO Gestão de Sistema de Informação 135 Segurança e riscos em SIG Riscos em SIG Em um passado não tão distante assim, quando a automação dos sistemas gerada pelos computadores não faziam tanta parte do nosso convívio, as organizações separavam os dados e as informações de seus clientes em registros de papel, em um setor específico para arquivamento, separados por um método próprio. Após o forte desenvolvimento da informatização e dos sistemas de automação, os dados e informações que a empresa precisa armazenar passam a utilizar os computadores, utilizando meios que podem ser acessados mais facilmente por vezes, até por um grande número de pessoas internas à organização, ou não. Porém, desta forma a chance de ameaças como fraudes, invasões, erros, destruições de dados e usos não autorizados das informações, passam a sofrer mais alto nível de vulnerabilidade. Nesta competência vamos trabalhar a abordagem dos riscos em sistemas de informação gerencial e como a sua exposição pode prejudicar a empresa, posteriormente conheceremos principais métodos e condutas de proteção e segurança dos SIG, baseado em normas determinadas pela ABNT. OBJETIVO Gestão de Sistema da Informação136 Figura 15: Fraudes envolvendo roubo de informações Fonte: Freepik Quando grandes quantidades de dados são armazenados sob formato eletrônico, ficam vulneráveis a muito mais tipos de ameaças do que quando estão em formato manual [...] Elas podem se originar de fatores técnicos, organizacionais e ambientais, agravados por más decisões administrativas. Os avanços nas telecomunicações e nos SIs ampliaram essas vulnerabilidades. Sistemas de informação em diferentes localidades podem ser interconectados por meio de redes de telecomunicação. Logo, o potencial para acesso não autorizado, abuso ou fraude não fica limitado a um único lugar, mas pode ocorrer em qualquer ponto de acesso à rede. (LAUDON & LAUDON, 2006 p. 461) Sabemos que os sistemas de informação gerencial envolvem a utilização de dados, informações, conhecimentos que são benéficos para o desempenho da empresa em relação as suas estratégias e gestão. Porém, os seus cuidados merecem muita atenção, uma vez que representam um recurso importante para as organizações.As empresas são objetos muito diversificados, envolvem muitos elementos, recursos, pessoas e estão inseridas em um ambiente extremamente competitivo. Lidam diariamente com suas fraquezas internas e ameaças externas para manter-se sobrevivente no mercado em que atuam, dessa forma, é possível compreender que estão sujeitas a muitas vulnerabilidades. Gestão de Sistema de Informação 137 As vulnerabilidades que ocorrem no setor de sistema da informação da empresa envolvem acesso sem autorização a documentos e informações confidenciais, divulgações indevidas, defraudações, falseamentos, entre outros. Estas situações podem estar ligadas ao envolvimento não só dos próprios colaboradores da empresa, mas também pessoas externas como hackers ou indivíduos com alto nível de conhecimento técnico de busca de falhas em sistemas. Além desses fatores existem riscos da ocorrência de acidentes e desastres naturais que podem colaborar com a fragilidade das informações. Dessa forma, essas e outras questões devem ser consideradas e prevenidas com atenção às múltiplas possibilidades. Portanto, é indispensável que todas as organizações tenham foco na segurança do setor de sistemas de informação e na redução de riscos. Os mecanismos de defesa e segurança consistem no desenvolvimento de ações, políticas internas e implementação de alguns métodos e procedimentos com objetivo de impedir acessos não autorizados, alterações em registros, fraudes e extravios nos sistemas de informação. Figura 16: Métodos e procedimentos de segurança Fonte: Freepik Gestão de Sistema da Informação138 Para o efetivo funcionamento das medidas implementadas, deve existir também o estabelecimento de normas de conduta que sejam obedecidas cotidianamente. O gerenciamento e o planejamento de segurança dos sistemas de informação devem fazer parte das estratégias da empresa. Para isto, é necessário levar em conta que todos os dados e relatórios desenvolvidos pelos SIG envolvem todos os stakeholders. Um bom exemplo para ilustrar isso é um software de gestão de clientes, por exemplo. Nesta ferramenta são registradas no banco de dados várias informações relativas à clientes da organização, que caso sejam extraviadas e caiam em mãos erradas, a empresa pode sofrer medidas judiciais. Para minimizar todos estes riscos que já comentamos, as políticas e procedimentos especiais devem ser incorporados ao projeto e a implementação dos sistemas de informação. Chamamos de ‘controle’ os mecanismos, procedimentos e políticas que utilizamos para garantir a segurança dos sistemas de informação. Os controles podem ser de software, de hardware, de operações, de segurança de dados, de implementação e administrativos. Tabela 2: Controles gerais de sistemas de informação Tipo de controle Descrição Controles de Software Monitoram a utilização do software e impede acesso não autorizado a seus programas. Controles de Hardware Segurança física, cuidados sobre mau funcionamento e proteção de umidade, incêndios e etc. Controles de operações de computador Supervisão dos procedimentos e trabalhos do departamento de informática. Controles de segurança de dados Protege arquivos de dados contra acesso não autorizado, alterações ou destruições. Gestão de Sistema de Informação 139 Controles de implementação Investiga procedimentos de instalação e manuseio de revisões e desenvolvimento. Controles administrativos Padrões, regras, procedimentos de controle formalizados e executados adequadamente. Fonte: adaptado de Laudon & Laudon (2006 p. 469) A importância da instalação desses controles se dá pelo fato de que a sua execução garante que as funções do setor de TI da empresa e os dados e informações armazenados e manuseados pelos sistemas de informação minimizem os riscos de erros, invasão, manipulação fraudulenta, entre outros riscos dos dados e informações que são propriedades da organização. SAIBA MAIS Levando em consideração os amplos aspectos que a abordagem da segurança dos SIG envolve, você acha que o fator de segurança das informações, deva ter alguma importância para a estratégia dos pequenos negócios? Para saber mais leia o artigo “Saiba que pequenas empresas são o maior alvo de bandidos virtuais”. Disponível em: https://bit.ly/2voPb4b. Segurança em SIG Existem questões que envolvem tópicos éticos e legais no registro de dados das organizações. A segurança deve estar relacionada não somente com a tecnologia, mas também deve levar em consideração todas as pessoas envolvidas com a organização, uma vez que os malefícios que podem ser originados a uma organização por meio de qualquer falta de segurança, comprometem o bem estar de todas as pessoas. Gestão de Sistema da Informação140 A segurança da informação envolve vários cuidados, tais como a disponibilidade para uso, a confiabilidade relacionada à integridade, a autenticidade e o acesso exclusivamente pelas pessoas autorizadas. (ARMELIN, DA SILVA E COLUCCI, 2016.) Que os riscos existem ninguém pode negar. Mas quais seriam os mecanismos de segurança eficazes para a prevenção e controle destas ameaças? A proteção por criptografia é uma das opções. A criptografia é um mecanismo de segurança, transforma de maneira reversível uma informação para torná-la inteligível a terceiros. A assinatura digital é um conjunto de dados criptografados associados a um documento que garante a sua integridade e autenticidade. A proteção de dados armazenados pode ser feita através de programas antivírus. Neste mecanismo são utilizados os antivírus, que são softwares capazes de detectar e remover arquivos ou programas nocivos. (SANTOS E SILVA, 2012 APUD ARMELIN, DA SILVA E COLUCCI, 2016 p.224) Figura 17: Segurança cibernética: Criptografia Fonte: Freepik Os autores comentam também que o desenvolvimento de uma estrutura adequada para a área de TI é um passo importante para o sucesso da proteção contra ameaças e perigos de invasão, para isto sugerem os três modelos de estrutura a seguir: Gestão de Sistema de Informação 141 1. Especialização por processo ou tecnologia: nesse modelo, a estrutura de TI é normalmente subdividida numa área de infraestrutura e em algumas áreas de aplicativos, associadas às principais funções/processos da empresa. 2. Especialização por negócio: nesse tipo de estrutura, as equipes de TI são dedicadas às UNs, levando a uma maior descentralização. 3. Especialização por tarefa: nesse tipo de estrutura existe uma separação clara entre a equipe responsável pela operação de TI e a equipe responsável pela implementação de novos projetos, reconhecendo as diferenças de competências que as duas tarefas demandam. (ARMELIN, DA SILVA E COLUCCI, 2016 p.224) Outra medida que pode ser utilizado como complemento são propostos pelas normas ABNT ISO/IEC 27017:2016 e definem requisitos de segurança referentes a organização da segurança quanto aos seguintes temas relacionados ao provedor do serviço em nuvem, que são: 1. Papéis e responsabilidades pela segurança da informação; 2. Armazenamento e controle de acesso aos dados. O primeiro passo é referente à organização da segurança da informação, para isto, alguns requisitos são recomendados. Veja abaixo na tabela 3: Tabela 3: Requisitos de segurança conforme ISO/IEC 27017:2016 Responsabilidades e Papéis pela Segurança da Informação - Evitar ambiguidade – acordar e documentar responsabilidade e papéis com seus clientes, prestadores de serviços e fornecedores. - Definir responsabilidade e papéis quanto a: propriedade dos dados; controle de acesso; manutenção da infraestrutura; manutenção e operações vitais dos dados (backup, recuperação, etc.). - Identificar, documentar, implementar, atribuir e comunicar as responsabilidades que são compartilhadas; Gestão de Sistema da Informação142 - Comunicar a seus funcionários os requisitos de segurança acordados com os clientes para que sejam cumpridos e gerenciados. - Informar os países e as localizaçõesgeográficas de armazenamento dos dados. Fonte: Adaptado de Freund et al (2017 p.5). Disponível em: widat2017.ufsc.br/wp-content/uploads/2017/09/ST3.4.pdf Definir papéis e responsabilidades para garantir a segurança de dados é primordial em qualquer cenário e mais fácil de ser praticado quando estas atribuições estão concentradas em uma única instituição. Na utilização de serviços em nuvem, os quais envolvem outras partes no processo, de diferentes instituições, essa tarefa se torna mais complexa e precisa ser avaliada com atenção. (FREUND ET AL, 2017 p. 3) Em seguida as recomendações são referentes ao armazena- mento e controle de acesso às informações. O detalhamento das recomendações sugeridas pela norma está exposto na Tabela 3: Tabela 4: Requisitos de segurança conforme ISO/IEC 27017:2016 Armazenamento e controle de acesso aos dados - Adotar proteção adicional nos acessos em ambientes virtuais compartilhados. - Implementar segregação lógica dos dados. - Possibilitar ao cliente gerenciar os direitos de acesso aos serviços e dados. - Apoiar o uso de ferramentas de gestão de identidade. - Fornecer técnicas adequadas para controle dos acessos privilegiados. - Disponibilizar informações sobre os procedimentos adotados para armazenamento e gerência dos dados de autenticação. - Adotar criptografia e informar ao cliente em quais circunstâncias o recurso é utilizado. - Informar sobre os recursos oferecidos que auxilie o cliente a utilizar proteção criptográfica própria. Fonte: Adaptado de Freund et al (2017 p. 5). Disponível em: widat2017.ufsc.br/wp-content/uploads/2017/09/ST3.4.pdf Gestão de Sistema de Informação 143 Os requisitos apresentados provêm uma solução para o que envolve tratamento de dados em nuvem. Serviços em nuvem utilizam ambientes virtuais compar- tilhados para acesso e armazenamento de dados e necessitam de proteção adicional para evitar acessos não autorizados aos dados, pelos outros clientes do serviço em nuvem que compartilham o mesmo ambiente. (FREUND ET AL, 2017 p. 3) SAIBA MAIS Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos a leitura do artigo “Gestão da implementação de políticas de segurança da informação na indústria 4.0 e as novas tecnologias”. O artigo apresenta a importância da política e as melhores práticas dentro das organizações. Disponível em: https://bit.ly/32zkoOl. É recomendado que para outras questões os procedimentos da norma ISO/IEC 27017:2016 relativos a procedimentos de segurança de informações sejam analisados e implantados. E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que é de suma importância para a profissional que atua na área de tecnologia da informação reconhecer as fragilidades empresariais no que se refere à segurança, aos quais o envolvimento dos funcionários e de outros indivíduos com capacitação técnica apropriada para invasão de sistemas e redes deve ser tratado com atenção. Também podemos relembrar que o planejamento de segurança dos sistemas de informação deve fazer parte das estratégias da empresa. Uma vez que a ruína ou grande impacto negativo pode vir a acontecer Gestão de Sistema da Informação144 para a organização e suas partes interessadas. A conceituação de segurança dos sistemas e as práticas de prevenção de riscos também são aspectos importantes a serem trabalhados dentro de todo esse universo da tecnologia de informação. O conhecimento sobre a estrutura organizacional adequada e sobre os diversos procedimentos contra ameaças e perigos de invasão nos sistemas gerenciais e conhecimento, diferencia o profissional neste mercado de trabalho tão competitivo. Gestão de Sistema de Informação 145 UNIDADE 04 Gestão de Sistema da Informação146 Você sabia que a robotização, sistemas inteligentes de gestão, máquinas com capacidades de raciocínio e comportamento humano não são apenas fruto de uma imaginação ou uma perspectiva para o futuro? Isso mesmo, a digitalização e o avanço da tecnologia de sistemas inteligentes já é realidade há algum tempo. A sua aplicação no setor de TI é bastante abrangente e oportuna, uma vez que suas funções se complementam. Desse modo, a obtenção de maior eficiência nos processos empresariais alcança maiores níveis constantemente, e a execução desses fatores contribui para o progresso da cadeia global de tecnologia. Conhecer os tipos, as dificuldades e os exemplos de ferramentas tecnológicas disruptivas e inteligentes ligadas ao setor de gestão de TI podem fazer toda a diferença na sua carreira. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo! INTRODUÇÃO Gestão de Sistema de Informação 147 Olá. Seja muito bem-vindo a nossa Unidade 4. Nesta unidade, o nosso objetivo é auxiliá-lo no desenvolvimento das seguintes competências profissionais: OBJETIVOS 1 Compreender os fundamentos do processo decisório e a participação do Business Intelligence; 2 Conhecer a nova gestão sob a visão do big data e das tecnologias exponenciais; 3 Identificar potenciais da Inteligência artificial entre outras tecnologias emergentes, bem como seus riscos na gestão de TI; 4 Inteirar-se sobre tendências e casos de sucesso da gestão de TI. Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! Gestão de Sistema da Informação148 Tópicos avançados em Gestão de TI O gestor de TI e a tomada de decisão Antes de nos aprofundarmos nos estudos que comentam a relação entre o gestor da área de TI e suas competências em relação às decisões, convém conhecer um pouco melhor o conceito de tomada de decisão. No âmbito da gestão, o processo decisório, não é apenas uma atividade que compõe as funções administrativas, esse processo se dá no planejamento, na organização, na direção e no controle. Dessa forma, é possível perceber que o processo decisório faz parte das capacidades do administrador, especificamente na capacidade de julgamento. OBJETIVO Ao término deste capitulo você será capaz de entender os conceitos básicos sobre a tomada de decisão no setor de TI, além de conhecer as premissas básicas do Business Intelligence. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! A “tomada de decisão” é um termo que se refere a um processo intelectual. Esta função leva o indivíduo a determinar uma escolha final sobre uma opção dentre várias outras, ao deparar- se com uma situação em qualquer contexto do cotidiano. DEFINIÇÃO Gestão de Sistema de Informação 149 O julgamento consiste em definir prioridades e decidir diante dessas prioridades. Em termos de gestão a definição se encaixa em vários momentos como, por exemplo, definir uma meta, um objetivo, um modo de execução, uma pessoa responsável por algo, e assim por diante. Figura 1: Profissional determinando escolha Fonte: Freepik Desta forma, é possível compreender que diante de um contexto organizacional a ação para tomada de decisão é o tipo de processo que acompanha o gestor em todas as suas atividades, cotidianamente. O próprio conceito do termo nos trás essa ideia quando afirma: “o processo de tomar decisão é um ingrediente substancial e inseparável das funções administrativas”. Um cuidado necessário nessa abordagem é quando se trata de processo decisório, não se trata apenas de decisão. A decisão é uma etapa desse processo dentre as outras que o compõem. Sendo assim, concluímos que a decisão e o processo decisório são dois elementos distintos. Pois existem, basicamente, dois tipos de decisões: as programadas e as decisões não programadas. As decisões programadas se tratam das decisões rotineiras, são fáceis e são tomadas sem muito esforço de pensamento, na maioria das vezes exercida pela força do hábito. Gestão de Sistema da Informação150 Por outro lado, as decisõesnão programadas são produtos de inovação, ou seja, neste caso não existe uma fórmula rápida para aplicar uma solução. Normalmente, é necessário mais tempo, pesquisa, e análise para que o gestor possa compreender bem a questão e desenvolver possíveis soluções para resolver a situação da melhor forma possível. O principal aspecto de um processo decisório, para iniciar, é compreender especificamente o problema que precisa ser solucionado. Caso o gestor não tenha clareza de conhecimento sobre o que está decidindo, a definição da decisão pode não estar devidamente adequada à questão, e, dessa forma, todas as etapas subsequentes serão prejudicadas. Sendo assim, compreender o problema significa estruturar a questão que será tratada como objetivo no processo decisório, e é um requisito base para as etapas seguintes do processo. A coleta de informações é um meio para a compreensão do problema. É uma etapa que consiste em obter dados, informações e identificar elementos sobre o acontecido. São procedimentos necessários para que o gestor entenda com clareza a questão e seja mais assertivo nas decisões. IMPORTANTE Existem diversos fatores que afetam o processo de tomada de decisão. Dentre eles os mais evidentes são: custos, objetivos, riscos, tempo, profissionais, acesso a dados... Para qualquer problema que precise de uma decisão para ser resolvido, é necessário mensurar fatores como despesas, recursos, tempo, por exemplo. Da mesma forma, deve-se calcular os riscos, vantagens, objetivos e etc. Gestão de Sistema de Informação 151 Obter conclusões neste processo é defi nir as rotas de ação possíveis e necessárias. Finalmente, ao concluir este processo é chegada a etapa de aprender com o feedback de modo que se tenha conhecimento sobre situações seguintes e o processo seja melhorado em próximas ocasiões. Ou seja, o processo decisório obedece a seguinte sequência: Figura 2: Aspectos do Processo Decisório Fonte: A autora (2020) Bertoncini et al (2013) reúne registros da literatura que ressaltam algumas características afi rmando que processo de tomada de decisão é uma atividade passível de erros, pois ela será afetada pelas características pessoais e percepção do tomador de decisões. Deste modo, afi rma: Na tentativa de minimizar esses erros e chegar a um melhor resultado, deve-se efetuar um processo organizado e sistemático, sugerem algumas etapas a serem seguidas: 1. Identifi car um problema existente; 2. Enumerar alternativas possíveis para a solução do problema; 3. Selecionar a mais benéfi ca das alternativas; 4. Implementar a alternativa escolhida; 5. Reunir feedback para descobrir se a alternativa implementada está solucionando o problema identifi cado. (BERTONCINI ET AL, 2013 p. 5) Gestão de Sistema da Informação152 Figura 3: Etapas do processo de tomada de decisão Fonte: A autora De forma prática, todas as etapas do processo podem e devem ser complementadas e inseridas no setor de informação pelo gestor de TI. O acesso aos dados dentro do processo decisório ocorre devido aos registros historicamente documentados, que possibilitam mensurar o risco e avaliar se em outro caso a decisão impactou em um resultado benéfi co para a organização ou não. Com base nesse tipo de evidência transmitido através dos dados, o gestor de TI pode conduzir a decisão. Os sistemas de Informação Gerenciais tratam de um método organizado voltado para a coleta, armazenagem, recuperação, e processamento de informações que usadas por uma organização para o desempenho de suas atividades. Já o processo decisório trata de uma escolha feita entre as alternativas disponíveis. E a tomada de decisão é o processo para identifi car problemas e oportunidades e depois resolvê-los. (SILVA ET AL, 2019 p.) Gestão de Sistema de Informação 153 Fornecer suporte à tomada de decisão está entre um dos principais papéis do gestor de TI, que tem a capacidade e as condições de alinhar as informações e o conjunto de dados como métricas importantes, seguras e confiáveis, em qualquer organização. Business Intelligence no processo decisório Conforme estudamos na seção anterior, as decisões fazem parte do cotidiano das organizações. O fato é que em tempos de intensa incerteza de mercado e concorrência, a corrida pela vantagem competitiva das empresas vem demandando uma maior exigência no processo decisório e concentrando muitos esforços para garantir a redução dos riscos. O apoio dos recursos tecnológicos para fornecer subsídios na tomada de decisão com base em dados já é uma conhecida realidade do ambiente empresarial, neste cenário, de alta complexidade e riscos, as empresas não podem mais tomar as decisões com base em achismos. Neste sentido, o processo de Business Intelligence vem a auxiliar os gestores e profissionais que lidam com as decisões estratégicas em busca de serem ações que impactem em resultados positivos para a empresa. Mas, o que vem a ser “Business Intelligence”? Sua tradução para o português quer dizer ‘Inteligência de negócios’. A denominação para se referir ao termo pode variar entre “BI”, “Inteligência de negócios” ou “Inteligência empresarial”. Optaremos por tratar o assunto pelo termo mais trabalhado na literatura que é “Business Intelligence”. Gestão de Sistema da Informação154 Figura 4: Business Intelligence Fonte: Freepik O BI refere-se a uma metodologia composta por softwares que auxiliam na tomada de decisão empresarial em momentos turbulentos, complexos e instáveis. A configuração desta metodologia ocorre em função da implantação de sistemas informatizados nas empresas e sua alta capacidade de reter e gerenciar dados e informações. O conceito de Business Intelligence (BI) surgiu para resolver estes problemas e consiste de uma vasta categoria de tecnologias e programas aplicativos utilizados para extrair, armazenar, analisar e transformar grandes volumes de dados, produzindo um ambiente de conhecimento, onde há produção sistemática de informação gerencial, veloz e consistente, capaz de auxiliar empresas a tomarem as melhores decisões nos negócios, baseado em fatos reais, com profundidade suficiente para descobrir as causas de uma tendência ou de um problema. (TRONTO IFB ET AL, 2003 p. 1) Seguramente, o principal papel do “BI” consiste em fornecer subsídio aos gestores por meio do tratamento de dados, com o objetivo de tornar mais assertivo e eficaz o processo de Gestão de Sistema de Informação 155 tomada de decisão. Assim, no ambiente de negócios, o tratamento dos dados é feito com o propósito de desenvolver informações e gerar conhecimento que seja relevante para uso dos gestores. Figura 5: Processo de transformação de dados Fonte: A autora A execução do BI faz uso de diversos tipos de informação para estabelecer estratégias de competitividade, por meio da delimitação de regras e técnicas para o tratamento adequado de grandes volumes de dados, transformando-os em depósitos de informações relevantes. Por este motivo, é necessário que a organização tenha consciência de seu nível de transformação interna para que haja rápida adaptação às mudanças provocadas pelas decisões estratégicas. Os ganhos obtidos, por meio da utilização do BI, dependem dos métodos de administração adotados no momento da implantação. A garantia do BI é que os dados que ele fornecerá serão estratégicos para o caso, mas o sucesso de sua operacionalização irá depender muito do desempenho dos profi ssionais envolvidos e da correta tomada de decisão. Uma das exigências para garantir a efi cácia da ferramenta é a adequação correta à estratégia que foi desenvolvida e aplicada por meio do uso da inteligência, ao específi co tipo do negócio. Caso esta adequação seja feita, as conclusões obtidas da avaliação irão permitir que as metas e objetivos sejam estabelecidos de acordo com os compromissos da respectiva empresa, resultando em decisões coerentes. Gestão de Sistema da Informação156 O artigo “Ouso do Business Intelligence (BI) em sistema de apoio à tomada de decisão estratégica” demonstra como a utilização do BI pode transformar os resultados e relata a importância da sua adoção como ferramenta de apoio à decisão, além de debater sobre a agregação de valor, e as fases de implantação. Disponível em: https://bit.ly/3cdBBkR. ACESSE Todesco, Carretero e Duran, (2007) apud Lucas, Café e Vieira (2016) afirmam o significado de BI pode ser considerado através de quatro atributos: a. Sistema de armazenamento dos dados, DataWarehouse (armazém geral de dados) e os Data Marts (banco de dados de sistemas específicos) estrutura normalmente baseadas na visão de Ralph Kimball; b. Sistemas de suporte a decisão ou Sistema de Apoio a Decisão (SAD) incluindo um conjunto sistemas conhecidos por suas siglas Management Information System (MIS), Decision Support System (DSS), Executive Support System (ESS), Expert systems based on artificial intelligence (SSEE) e Group Decision Support Systems (GDSS); c. Sistemas de mineração de dados (data minning) e de análise Multidimensional (OLAP); d. Sistemas de gestão Empresarial (ERP) e de relaciona- mentos com clientes (CRM). (TODESCO, CARRETERO E DURAN, 2007) apud (LUCAS, CAFÉ E VIEIRA, 2016 p.172) Diante do exposto, podemos concluir que o processo de decisão evidentemente necessita estar apoiado em dados e informações para assegurar que as implicações decorrentes das ações decididas sejam benéficas para os resultados da organização. Gestão de Sistema de Informação 157 E então? Gostou dessa primeira competência? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste primeiro capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que é de suma importância para o profissional que atua na gestão de um negócio ou empresa reconhecer a importância do processo decisório no cotidiano de uma organização e como sua prática é constante e deve ser executada com o máximo de habilidade e competência para garantir que o negócio se mantenha competitivo no seu mercado de atuação. Também podemos relembrar como as etapas do processo de tomada de decisão se complementam e se integram à essência das atividades do gestor de TI devido a natural necessidade de a decisão exigir dados e informações como requisito para o sucesso de seus resultados. É importante pontuar que o BI é uma tendência indispensável no ambiente empresarial e como o gestor de tecnologia da informação pode levantar informações específicas sobre o contexto em questão, facilitando o gerenciamento das ações futuras, baseando decisões organizacionais em fatos. Tomando por base estes aprendizados, o profissional de ti e os respectivos gestores estarão preparados para implantar ações devidamente adequadas e promover na empresa os melhores resultados possíveis, e acordo com os objetivos. RESUMINDO Gestão de Sistema da Informação158 Big data e tecnologias exponenciais Big data na era digital: efeitos e desafios A explosão no campo da tecnologia informação a partir dos anos 2000 além de favorecer o aprimoramento de mecanismos inteligentes de gestão, como a inteligência competitiva, inteligência de mercado e Business Intelligence, permitiram a explosão de fenômenos tecnológicos que mantém intensa ligação com essas ferramentas e com a gestão de um modo geral. Perceba que diariamente a humanidade produz uma imensa quantidade de dados no momento em que consomem algum produto ou serviço, ou quando realizam pesquisas on- line, e etc. Estes exemplos são alguns dos que existem e que as organizações envolvem-se diariamente. Um elemento bastante evidente a se abordar com base neste contexto de estudo é Big Data. No entanto, antes de nos aprofundarmos no tema iremos apresentar a sua definição base: O conceito convencional de “Big Data” grosso modo refere- se a conjuntos de grandes volumes de dados digitais, de variados tipos, que serão submetidos à análise com o objetivo de produzir informações significativos sobre algo, que dificilmente seria alcançado no caso de análise com volumes menores de dados. Nesta unidade, iremos discutir sobre os conceitos basilares de Big Data e os desafios na era digital. Além disso, estudaremos as modalidades de gestão disruptiva para melhor uso e tratamento das tecnologias exponenciais, e seus efeitos na competitividade empresarial. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! OBJETIVO Gestão de Sistema de Informação 159 Entender o contexto de aplicação do Big Data é mais fácil do que se imagina, basta tentar imaginar a quantidade de e-mails enviados a cada segundo, além de pesquisas realizadas em sites de busca, transações bancárias, redes sociais acessadas e a quantidade de informações que os bancos de dados das empresas conseguem receber por causa dessas ações. Enfim, todas essas ações fazem parte do nosso cotidiano e exemplificam facilmente o cenário que envolve este tema. Figura 6: Redes e Big Data Fonte: Wikimedia Commons A explosão das redes sociais em conjunto com a prática intensa de comercialização por meios digitais, ou e-commerce, são fenômenos do tempo em que vivemos e, vêm se intensificando cada vez mais. Estes elementos favorecem a geração de dados complexos em um processo de multiplicação exponencial. De maneira geral, este é um tema que trata de um fenômeno referente à terceira época da informação, relacionado a grandes volumes e variedades de dados além da velocidade em que os dados chegavam e poderiam ser acessados. Seguindo este contexto e falando sobre o surgimento e utilidade da Big Data: Este fenômeno surge viabilizado pelo aumento do poder de processamento que de acordo com a lei de Moore, dobra a cada dois anos - quantidade de transistores num chip. Esta contínua melhoria tornou os computadores mais rápidos, e a memória mais profusa. Gestão de Sistema da Informação160 O desempenho dos algoritmos também aumentou, segundo conselho de Ciência e Tecnologia da Presidência dos Estados Unidos. Entretanto, muitos dos ganhos com big data, acontecem não por causa de chips mais rápidos ou melhores algoritmos, mas sim pela existência de mais dados (SCHÖNBERGER-MAYER E CUKIER, 2013) apud (FACHINELLE, 2014 p.22). No ambiente de negócios a utilização da Big Data envolverá análise de dados para estudos e desenvolvimento de estratégias e técnicas de gestão com o objetivo de otimizar os resultados aliados ao BI. Quando mencionamos o Big Data em contexto com um ponto de vista empresarial, tratamos também da inquestionável oportunidade que as empresas têm neste sentido, em obter maior nível de inteligência de negócios por meio das informações geradas e armazenadas em seu setor de tecnologia da informação. Desse modo, a utilização das ferramentas de análise, ou Analytics, possibilitam aos empresários o estudo e desenvolvimento de estratégias para alcançar maior grau de competitividade em relação à diversos setores estratégicos do negócio como, os seus clientes, redução de custos operacionais e pesquisa e desenvolvimento de produtos. Figura 7: Análise de dados para estratégia empresarial Fonte: Freepik Gestão de Sistema de Informação 161 Ter informação significa ter poder, e esse poder é muito bem vindo no momento da decisão e alinhamento dos objetivos. Se a empresa fizer bom uso dos dados que consegue coletar, poderá usufruir de vários benefícios em torno da performance de sua empresa. Os principais efeitos proporcionados pelo uso do big data na gestão das empresas podem ser exemplificados como: �Entender como melhorar seus produtos, serviços, processos; �Direcionar melhor as campanhas de marketing e uso da publicidade; �Obter menores custos e cortar gastos; �Aumentar a produtividade, ou seja, produzir mais em menos tempo e com menos recursos; �Reduzir desperdício de recursos e tempo; � Superar concorrência adiantando-se por meio das previsões e estudos dos dados;�Oferecer atendimento individualizado para um cliente especial proporcionando a ele cada vez mais altos níveis de satisfação, entre outros. O Facebook é um dos maiores exemplos que podemos citar de empresa que utiliza Big Data em prol de seu benefício. Por exemplo, a determinação das relações, o tipo de informação que o usuário recebe, os anúncios de sua página ocorre por um mapeamento de comportamento do usuário que são armazenados nas bases de dados e analisados de forma automática pela rede. Os dados organizados e analisados fornecem direciona- mentos sobre como as empresas alcançarem maiores níveis de efetividade nas atividades e, consequentemente, resultados melhores. Além dos impactos de forma pontual nas organizações que fazem uso dessas análises, a economia de maneira geral é influenciada. Gestão de Sistema da Informação162 SAIBA MAIS Para saber mais sobre o uso do Big Data nos negócios para ganho de vantagem competitiva e as formas de implantação, leia o artigo: “Fatores que afetam a adoção de análises de Big Data em empresas”. Disponível em: https://bit.ly/2Pzzka6. A primeira impressão é que o “excesso de informação” pode ser o maior desafio do Big Data, no entanto, esta é uma característica positiva, que permite maior segurança na produção de informação. Porém, o maior desafio consiste na ampla variedade dos dados tornando mais complexa as análises, exigindo técnicas cada vez mais inovadoras e robustas para processamento da informação. Ao entender a relevância de tudo isso, podemos chegar ao entendimento de que todas as informações geradas possuem uma utilidade e, além disso, podem proporcionar inúmeras oportunidades para os negócios. Big Data trás a possibilidade de conexão entre todas as coisas diante de variados pontos de vista, e isto pode provocar grandes viradas na produção de inovação, na forma como as interações sociais acontecem e no desempenho econômico e político em uma perspectiva globalizada. Gestão disruptiva para tecnologias exponenciais A tão comentada corrida das empresas em busca da vantagem competitiva é tida como um dos principais fatores determinantes para que o desenvolvimento da inovação e tecnologia aconteça com constância. Conforme Joseph Schumpeter - um conhecido economista que publicou várias obras no início do século XX sobre economia, Gestão de Sistema de Informação 163 inovação, estratégia, competitividade e empreendedorismo - existe uma ligação direta entre o crescimento do capitalismo e a produção de inovação. Figura 8: Inovação tecnológica Fonte: Pixabay Este vínculo também explica o constante progresso da tecnologia, neste ciclo. As tecnologias podem ser caracterizadas como lineares, que são aquelas que vão crescendo pouco a pouco mantendo uma curva sempre constante, ou exponencial que fazem parte do nosso dia a dia e tendem a evoluir cada vez mais. Não tem como falar de tecnologias exponenciais sem antes mencionar a Lei de Moore. Esta lei surgiu através de um conceito definido há mais de 55 anos por Gordon Earl Moore, um dos fundadores da Intel, onde ele afirmou que o processamento dos computadores tende a dobrar a cada 18 meses. Esta previsão publicada por Moore pode ter determinado o ritmo da revolução moderna digital, uma vez que consistia em afirmar que ao passo que o poder da computação aumentasse tremendamente, os custos relativos iriam declinar. Desta forma, a empresa a qual Moore era um dos fundadores, passou a fabricar os transistores em menor tamanho, com maior velocidade e a um menor custo. Gestão de Sistema da Informação164 Apesar das especulações que esta lei não se aplicará mais a partir de 2020, ou que pelo contrario, poderá ser ampliada daqui pra frente, o fato é que o conceito da Lei de Moore contextualiza muito bem a lógica das tecnologias exponenciais no que comenta sobre dobrar crescimento e baixar custos. As tecnologias exponenciais são inovações que se desenvolvem em uma curva de valor crescente de forma constante. Podemos ver que a cada ano temos no mercado novos modelos de smartphones com funcionalidades cada vez mais inovadoras fazendo com que os modelos anteriores percam vantagem e valor. No contexto empresarial, a utilização de tecnologias exponenciais e da inovação podem proporcionar níveis de crescimento em uma maior velocidade. O crescimento implica e mudanças a todos os níveis em uma escala global já vistas nos dias de hoje, mas também previstas para os próximos anos. Figura 9: Gráfico de curva exponencial Fonte: Freepik Gestão de Sistema de Informação 165 A caracterização das tecnologias exponenciais possui identificação com os 6 D. Veja na tabela a seguir: Tabela 1: 6 D da tecnologia exponencial Digitalização Os seus componentes e funcionalidades assumem caráter e presença digital. Dissimulação Uma fase de desenvolvimento muito sutil. A sua curva de crescimento ainda não tem apresenta acentuações significativas. Disrupção A nova tecnologia toma todo o espaço de um mercado antes consolidado que morre rapidamente e novos costumes são absorvidos. Um famoso exemplo é a morte das locadoras de filmes pela assinatura do serviço de streaming, Netflix. Desmaterialização Calculadoras, relógios, fotos impressas, revistas, jornais, são exemplos de materiais que podem deixar de ser utilizados, pois se encontram todos por meio digitais em um só aparelho. Desmonetização A redução de preços proporciona acessibilidade aos recursos. Para ter uma foto hoje em dia não é mais necessário pagar por um profissional que faça fotos e filmagens como antigamente, por exemplo. Democratização O baixo custo e a alta distribuição facilita o acesso a essas tecnologias. Fonte:A autora O entendimento desse conceito permite analisar sobre quais são os tipos de tecnologias exponenciais que a sociedade e as empresas podem apostar para os próximos tempos. Esse contexto não tem nenhuma referencia com tecnologias do tipo TV LCD ou funcionalidades em eletrodomésticos, as novas tendências circulam em torno de Inteligência artificial de comunicação, internet das coisas, Criptomoedas e indústria 4.0. O modelo de gestão do presente deve estar preparando-se para essas tendências e programando possíveis adaptações nos Gestão de Sistema da Informação166 SAIBA MAIS Quer se aprofundar neste tema? Leia o artigo “INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E INTELIGÊNCIA COGNITIVA: Uma abordagem sobre a atualidade” que explora a ideia de que a Inteligência Artificial ou IA é um ramo da ciência que vem contribuindo para a Indústria 4.0. além de apresentar um novo conceito de Inteligência Cognitiva. Disponível em: https://bit.ly/2vr7nKH. modelos de negócio para garantir a permanência e sobrevivência no mercado. A esse conjunto que envolve tecnologias exponenciais, tendências futuras e adaptação rápida de modelo de negócio para o mercado será caracterizado como gestão disruptiva. Neste sentido, a gestão disruptiva é a que abandona práticas antigas e convencionais que não servem mais para o contexto de desenvolvimento, para adotar ações inteligentes, baseada em Business Intelligence, Big Data e inteligência artificial e transforma o mundo e a sociedade tende a ser realidade para um futuro muito próximo. Gestão de Sistema de Informação 167 RESUMINDO Chegamos ao final de mais uma seção desta unidade, na qual tratamos inicialmente os aspectos conceituais e introdutórios sobre os efeitos e desafios do Big Data no mundo digital, de modo que inicia a sua familiarização em aspectos emergentes que circundam o ambiente empresarial relativos a questões de tecnologia da informação nos dias atuais, principalmente no que se refere à grandes volumes e variedades de dados e informações. Você deve ter aprendido que é de extrema importância para a profissional que atua na área de TI reconhecer os componentes e processos de Big Data no setor de TI inserido em um contexto organizacional, bem como os procedimentos mais eficientes que auxiliarãoo corpo gestor da empresa a agir assertivamente no difícil momento da aquisição, implantação e operacionalização dos processos. Pontuaremos mais uma vez a grande importância sobre reconhecer que a capacidade de antever e adiantar várias dessas mudanças corporativas pode ser potencializada por meio do uso inteligente das ferramentas e técnicas profissionais sobre a empresa. Por meio da incorporação do Big Data e das tecnologias exponenciais na estratégia da empresa, os resultados mais relevantes para a conquista de vantagem competitiva no mercado serão alcançados mais facilmente. Gestão de Sistema da Informação168 IA na gestão de TI: riscos e conflitos Inteligência Artificial e tecnologias emergentes na gestão de TI Que existe todos os aspectos de teor tecnológico e inteligente envolvendo a TI ninguém pode negar, inclusive seu próprio termo pode se auto definir transmitindo justamente esta ideia. Mas as operações de TI, normalmente, exigiam intervenções humanas para realizar ajustes e programações, por exemplo. No entanto, com o surgimento e avanço da inteligência artificial (IA) e outras ferramentas como Big Data, as operações de TI vem ganhando cada vez mais liberdade em suas atividades, podendo vir a substituir as decisões humanas em relação a essas atividades comentadas anteriormente e muitas outras. Antes de nos aprofundarmos melhor no estudo, vamos conhecer mais sobre a inteligência artificial e seus conceitos básicos, além de aplicações e sua evolução. A inteligência artificial é um ramo de pesquisa da ciência da computação que tem como foco desenvolver programas, mecanismos e aplicações de teor tecnológico que possam pensar, raciocinar e se comportar, como seres humanos ou sob um conceito de inteligência denominado por racionalidade. OBJETIVO Nesta competência, vamos aprender sobre um embasamento teórico e prático acerca de tecnologias emergentes, com maior dedicação à Inteligência Artificial, assim como os principais riscos e conflitos que o gestor de TI enfrenta para implantar e operacionalizar os projetos relacionados a este tipo de tecnologia. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Gestão de Sistema de Informação 169 Por mais que pareça ser uma ideia puramente futurista, há registros de estudos sobre a inteligência artificial desde a década de 1950 quando Alan Turing teve a iniciativa de testar a capacidade de um computador responder uma pergunta e a resposta não poder ser distinguida se foi proveniente de uma máquina ou de um humano. O teste é conhecido como Teste de Turing. Da década de 1980 até os dias atuais a IA passou a se tornar uma indústria com diversos sistemas sendo produzidos para as mais variadas finalidades. O maior intuito desse ramo de pesquisa e desenvolvimento é fazer com que os computadores e máquinas pensem ou se comportem de forma inteligente. Figura 10: Inteligência artificial Fonte: Freepik A AI, assim como outras formas de tecnologias, se integra aos processos do ambiente empresarial de variadas formas. A sua grande diversidade de aplicação permite inúmeras possibilidades que podem vir a modificar por completo as tarefas operacionais, os processos e os sistemas das organizações e maneira geral. Nos processos de TI as principais mudanças trazidas pela inteligência artificial são relativas à maior segurança dos dados e informações empresariais, a agilidade de execução superior à capacidade humana, capacidade de previsão de situações rotineiras, e automatização de atividades repetitivas. Em relação à área de segurança digital, por exemplo, a IA possibilita a identificação mais rápida e assertiva de ameaças de ataques, através de suas ferramentas de proteção. Por meio Gestão de Sistema da Informação170 de condições de acesso às informações e identificação da localização o comportamento estranho do usuário identifica a invasão e o acesso automaticamente é bloqueado. Figura 11: Segurança digital Fonte: Freepik Essa é uma prática comum e presente em nosso dia a dia tanto no que refere a invasão de redes sociais, uso indevido de cartão de crédito e transações bancárias, como nas rotinas mais robustas como os setores empresariais de TI. A agilidade nos processos de TI é muito benéfica para as empresas que demandarão cada vez menos de profissionais para atividades de baixa complexidade podendo redireciona-los a atividades com maior necessidade de pessoal. Ao possuir sistemas com grande quantidade de dados e informações a IA tem a capacidade de previsão como iniciar ou executar atividades e processos da organização, sinalizar quantidades relacionadas aos insumos, demandas para datas especiais e etc. A automatização de atividades repetitivas, normalmente aquelas que devem ser feitas todos os dias e que exigem baixo nível de conhecimento técnico, podem ser executadas Gestão de Sistema de Informação 171 automaticamente por comandos do sistema da empresa, e esta também é uma solução da inteligência artificial. Dessa forma, previnem-se falhas de esquecimento, por exemplo, e redireciona os profissionais para a execução de atividades com maiores níveis de complexidade. Outros fatores tecnológicos além da IA como a Internet das Coisas, Industria 4.0, Big Data e Business Intelligence – estas últimas já vimos nos capítulos anteriores – tem importante participação na transformação não só das rotinas da sociedade, mas na forma como as organizações funcionam e também nos processos do setor de TI. Figura 12: Internet das Coisas Fonte: Freepik A internet das coisas refere-se a tipos de coisas que podem ser conectadas a um dispositivo digital e manuseadas através dos recursos dele como câmeras, sensores e etc. Nas organizações conseguem gerenciar espaços e processos produtivos e se aplicam a segmentos de saúde, marketing, gerenciamento de produtividade, segurança e até condução de veículos. Gestão de Sistema da Informação172 A internet das coisas complementa e potencializa os fatores que a própria IA já interfere, principalmente no que diz respeito à automatização dos processos e dispensa a intervenção humana nas operações, pois seu funcionamento e composto por sensores que coletam, comunicam, analisam informações e programam a execução das ações com excelência no desempenho. A interferência desses fatores tecnológicos na gestão de TI demonstra que o gestor pode se aproveitar cada vez mais dos recursos para aumentar o desempenho de seus resultados. A tecnologia assume justamente o papel de tornar as coisas mais fáceis, ágeis e eficientes, e neste contexto não é diferente. Riscos e conflitos para o gestor de TI Assim como os inúmeros benefícios citados sobre a aplicação das tecnologias na gestão de TI, os desafios, riscos e conflitos também existem e merece atenção, pois ignorar esses problemas pode comprometer a saúde do negócio e os seus resultados. Os desafios que permeiam a gestão de TI envolvem situações bem críticas em relação à decisão e operacionalização dos sistemas, como a identificação e gerenciamento de ferramentas adequadas ao sistema, assim como estabelecer melhores técnicas para atender as demandas específicas do negócio. A relação entre a gestão de TI e o Big Data enfrenta alguns pontos críticos de atenção no momento da implementação dos processos e da capacitação técnica adequada para análise e tratamento dos dados. O fator cultural é outro ponto de dificuldade que precisa ser bem trabalhado. Além disso, a estrutura exige uma base robusta que comporte o armazenamento contínuo pensando também nos mecanismos de segurança dos dados. A escolha de profissionais certos e capacitados é um grande desafio, devido o tamanho da responsabilidade que o Gestão de Sistema de Informação 173 setor possui. Além disso, a complexidade de lidar com Data Analytics para encontrar resultados que não estão explícitos é outra demanda do setor de TI em relação ao Big Data. Figura 13: Analytics Fonte:Freepik A gestão de risco aumenta a eficiência dos processos, evita desperdício dos recursos e garante que as ações preventivas sejam planejadas e realizadas no momento necessário, perdurando a saúde da empresa e dos sistemas. Em relação aos riscos do setor de TI, aconselha-se que as práticas de gestão obedeçam as seguintes etapas: Tabela 2: Itens de gestão de riscos Entenda o contexto Classificar os riscos quanto ao contexto seu tipo e estrutura. Identifique os riscos Listar os riscos e possíveis ameaças Faça a análise dos riscos encontrados Entender a causa dos riscos e as consequências que pode provocar à empresa. Gestão de Sistema da Informação174 Faça uma avaliação cuidadosa Fazer a segmentação do grau de ameaça de cada um dos riscos como baixo, médio e alto impacto. Tome as medidas cabíveis Executar a modificação dos elementos que causam risco ao funcionamento da empresa. Monitoramento contínuo Realizar o acompanhamento dos indicadores para avaliar a eficiência das medidas implementadas. Fonte: A autora Dentro de todo o ecossistema de Inteligência Artificial existem desafios de adaptação para serem superados e que demandam muita atenção e dedicação. Em relação ao mundo dos negócios não é diferente, na gestão de TI, algumas preparações do setor precisam estar ajustados para receber adequadamente os recursos de IA. Sabendo que a IA funciona baseado na leitura de um material de dados, um dos requisitos de atenção é a organização dos dados que caso não esteja correta pode comprometer o desempenho de toda a cadeia de aplicação. Outro ponto de atenção é a capacitação dos profissionais para implantação e manuseio da tecnologia que de certa forma, ainda está em processo de desenvolvimento e exigem certas adequações para funcionamento. Além de gerar custos e demanda de profissionais que planejem a implementação da ferramenta na organização, inclua seu papel nas estratégias da empresa, e acompanhe sua operacionalização, existe outro tipo de risco que os gestores estão sujeitos, que é sobre a superação de sua capacidade e substituição de força de trabalho. Gestão de Sistema de Informação 175 Observe abaixo a tabela classificando os possíveis conflitos que existem entre o setor de TI e as ferramentas tecnológicas comentadas anteriormente: Tabela 3: Conflitos entre tecnologias e gestão de TI Big Data Identificação e sistematização de dados; proteção e segurança; infraestrutura de TI adequadas para armazenamento de dados constante; capacitação técnica e mão de obra qualificada; trabalho ininterrupto de mineração dos dados. Inteligência artificial Desorganização dos dados; Falta de padronização e regulamentação dos dados; Capacitação técnica e mão de obra qualificada; Planejamento incluindo a ferramenta na estratégia da empresa; Acompanhamento humano e questões éticas sobre substituição de mão de obra e riscos de comportamento da máquina. Internet das coisas Amplo acesso ao Big Data; Prevenção a ataques cibernéticos; controle de propriedades de informação; questões de privacidade; manutenção segura dos dados; efetiva comunicação entre os dispositivos; mão de obra qualificada e capacitação técnica. Fonte: A autora Diante dessas demonstrações, vale destacar uma frase de Peter Drucker, consultor administrativo, considerado pai da administração moderna, que diz que “A inovação sempre significa um risco. Qualquer atividade econômica é de alto risco e não inovar é muito mais arriscado do que construir o futuro”. Com base na frase de Drucker entendemos que as tecnologias apesar de trazerem excelentes níveis de crescimento e evolução para os negócios, também trazem riscos e isso precisa ser calculado e antecipado antes da adoção desses recursos. Gestão de Sistema da Informação176 SAIBA MAIS Quer se saber mais sobre Internet das coisas? Recomendamos a leitura do artigo “INTERNET DAS COISAS (IoT) E INDÚSTRIA 4.0: revolucionando o mundo dos negócios”. O artigo foca em demostrar os impactos desses novos paradigmas no mundo dos negócios e tem como objetivo estudar e explorar os conceitos da IoT, abordar aspectos de segurança, além de aprofundar sua relação com a indústria 4.0 e demonstrar suas aplicações principalmente no setor industrial. Disponível em: https://bit.ly/2TqvqS5. Até agora vem gostando do que está sendo estudado? Agora, para garantir que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir mais uma vez todo o assunto que trabalhamos neste capítulo. Iniciamos a seção 3.1 com um embasamento teórico e contextualizado acerca da Inteligência Artificial (IA), bem como o seu crescimento, aplicação prática e relação com o setor de atuação do gestor de TI. É interessante relembrar a variedade de aplicações possíveis para essa forma de tecnologia em diversas finalidades da empresa, bem como a importante integração às estratégias corporativas. Outros fatores tecnológicos além da IA como a Internet das Coisas, Industria 4.0, Big Data e Business Intelligence está vinculado a toda uma questão mercadológica e trabalham de forma complementar para alcançar maiores resultado. Não só os processos de uma empresa passam por essas intensas transformações como também a sociedade devido à evolução tecnológica assumir níveis globais de crescimento, e é de suma importância para a profissional que atua na área de tecnologia da informação reconhecer e acompanhar todos esses movimentos evolutivos como forma de preparação para o futuro. Também podemos relembrar os obstáculos que a gestão de TI enfrenta ao incorporar a utilização dessas tecnologias nas atividades corporativas. Conhecer cada um deles é imprescindível para antecipar-se aos problemas e garantir uma boa gestão empresarial. Gestão de Sistema de Informação 177 Panorama do mercado de TI: Sucessos e tendências Aspirações do mercado de TI no Brasil Que o mercado de TI é aquecido, e que mantém constante crescimento, nos já sabemos. Todo esse sucesso e alta demanda pelo setor de tecnologia em geral são justificados pela diferença substancial que as atividades que envolvem o gerenciamento de informação vêm provocando nos resultados dos negócios. Além disso, o ecossistema digital tem um alcance cada vez maior no mundo, impactando no modo de viver das pessoas e, consequentemente, as organizações precisam entender este universo e adotar as suas práticas, não só para as antigas empresas se manterem no mercado, como para os novos negócios conseguirem penetrar e prosperar no mercado em que desejam atuar. Segundo dados da BRASSCOM (2020) - (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comu- nicação), o setor de TI demandará mais de 300 mil empregos até 2024 oferecendo salários de até RS 45 mil. No entanto, atualmente o país apresenta um déficit de profissionais formados na área para atender estas oportunidades. OBJETIVO Nesta competência vamos trabalhar brevemente as potencialidades do mercado de TI no Brasil e suas respectivas demandas profissionais por gestores de TI, posteriormente conheceremos importantes casos de grandes empresas brasileiras que se adaptaram à tendência das novas tecnologias e conquistaram excelentes resultados e vantagem competitiva. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Gestão de Sistema da Informação178 De acordo com a International Data Corporation (IDC) Brasil, o seu estudo sobre as tendências de mercado para 2020 indica que o setor de TI deve seguir com alta de aproximadamente 6% ainda no ano, com maior parte do crescimento centralizado no mercado de software e nuvem. Figura 14: Crescimento do setor Fonte: Freepik A IDC Brasil também divulgou que para os anos subsequentes a estimativa é ainda maior, a previsão é que já em 2021 os investimentos no setor aumentem em torno de 10% ampliando os mercados voltados para hardware, software e serviços. Em toda América latina, estima-se um crescimento de aproximadamente18% de investimentos apenas no mercado de software, 22% dos investimentos para serviços de TI e o maior investimento do setor para o ano de 2021 corresponde a 60% direcionado para o mercado de hardware. Em relação ao setor público, o mercado de nuvem pública terá em seus registros um crescimento estimado em 46% entre os anos de 2019 e 2023. No Brasil, essa tendência será uma das prioridades, chegando a alcançar US$ 3,5 bilhões neste ano, o número representa um aumento de 36,6% de investimento. A nuvem para o setor privado também movimentará um valor representativo para o setor, chegando a investir US$ 1,3 bilhão. Gestão de Sistema de Informação 179 Já em relação ao mercado voltado para o setor de inteligência artificial (IA) há grandes perspectivas, principalmente no que se trata de engajamento com o consumidor. Os “chatbots”, provadores com espelhos inteligentes, aplicativos de transporte serão os principais mercados relacionados a TI e a demanda por dispositivos que tenham comando de voz será cada vez maior. A estimativa é que o investimento para soluções focadas no setor de inteligência artificial mantenha crescimento de até 11,5% em todo o mundo movimentando cerca de US$548 milhões a partir de 2020. Figura 15: Atendimento por Chatbot Fonte: Freepik Além disso, um mercado que promete grandes conquistas nos próximos anos devido as intensas transformações digitais, principalmente atingindo os serviços de automação nas grandes empresas é o setor voltado para a Internet das Coisas (IoT). A estimativa publicada pelo IDC é que haja um crescimento de 20% neste segmento, que chegará a alcançar aproximadamente US$ 9,9 bilhões. Gestão de Sistema da Informação180 Casos de sucesso na gestão de TI Notícias desse tipo, são um indicativo de que o setor de TI, além de ser muito forte no Brasil, tem o potencial de ofertar muitas oportunidades profi ssionais. Além disso, no que se refere ao ambiente empresarial, vários casos sobre implementações de projetos bem sucedidos na área de TI provam que a adoção dos sistemas é comprovadamente vantajosa para os negócios. Um forte exemplo disso é demonstrado pelo caso do grupo Votorantim que no ano de 2018 demonstrou a aplicação de dois projetos tecnológicos com o objetivo de aprimorar processos internos em várias operações e reduzir fraudes em compras. Através de uma estrutura robusta, os projetos concentraram-se em ter resultados econômicos em escala através da padronização de normas e procedimentos das empresas do grupo. O objetivo da decisão tomada pelos gestores do grupo era aumentar a competitividade dos negócios de oito empresas do grupo que somavam uma receita de R$ 26,7 bilhões através de uma maior efi ciência das operações. Uma das medidas foi a implantação do sistema “Loss Management”, que se integra ao ERP com o objetivo de reduzir desperdícios por fraudes e falhas de processos. Figura 16: Exemplo de dashboard de um software ERP Fonte: Wikimedia Commons Gestão de Sistema de Informação 181 A empresa afirmou que a tecnologia monitora todas as operações de compra e venda realizada pelos funcionários em tempo real e que na ocasião a ferramenta se baseava em um conjunto de dados e indicadores para controlar e detectar ações fora dos padrões e bloquear sua execução automaticamente. A implantação do sistema tem o objetivo de auxiliar os mecanismos de operação a prevenir uma perda estimada de 5% das receitas com as operações fraudulentas ou mal operadas. Sobre a relação à eficiência dos processos, o segundo projeto implementado pelo grupo consiste em sistematizar grande parte dos processos da organização por meio da automação de cadastro, lançamentos de notas fiscais, auditoria de processos, entre outras atividades estruturadas. Para isto, a ferramenta adotada no projeto foi combinada a um sistema robótico de automação e gerou um aumento de produtividade de 35% no setor que foi implantado, além de melhorar a rotina dos funcionários que contribuiu diretamente com o aumento da competitividade do grupo. O Grupo Votorantim afirma que a “A tecnologia da informação é vista na Votorantim como um viabilizador de negócios. Mas isso só é possível porque estamos próximos das estratégias da companhia. O mundo está se movimento velozmente em torno da digitalização e o grupo não vai ficar de fora”. Figura 17: Sistema robótico de automação Fonte: Freepik Gestão de Sistema da Informação182 Outro grande caso sobre a incorporação de mecanismos de TI pode ser exemplifi cado pela FPF (Federação Paulista de Futebol) que na Copa São Paulo 2020, adotou soluções de inteligência artifi cial para surpreender o publico com publicações dos melhores momentos de cada um dos jogos via redes sociais. As transmissões foram feitas através de várias plataformas de distribuição, integrando TV fechada, redes sociais e streaming, com entregas de conteúdos automatizados produzidos em minutos, graças ao auxílio de robôs especialmente treinados para identifi car, analisar, selecionar e classifi car lances do futebol. (TIINSIDE, 2020, s.p.) Após a implementação do projeto, a contabilização dos resultados envolvendo os novos mecanismos de inteligência artifi cial para a Federação Paulista de Futebol, apresentam os seguintes resultados: �Mais de 25.950 horas de jogos de futebol processados; �Mais de 6.500 highlights identifi cados e exibidos, sendo que mais de 2.000 foram usados para compor os melhores momentos dos jogos; � 252 jogos do campeonato cobertos distribuídos em mais de 40 partidas em várias cidades do estado. Figura 18: Highligts Fonte: A autora Gestão de Sistema de Informação 183 O signifi cado do termo “Highlights” no contexto do futebol se refere ao “ponto alto” do jogo, ou seja, às jogadas mais bonitas, lances de gol, e até acontecimentos polêmicos que foram marcantes na partida. Em outros contextos, se refere ao acontecimento mais importante de um evento ou acontecimento. Figura 19: Inteligência artifi cial Fonte: A autora A FPF afi rma que toda essa performance só foi possível graças a plataformas de Inteligência artifi cial implantadas nos sistemas de transmissão e divulgação, caso contrario, o uso de qualquer outra forma convencional não atingiria esse patamar de efi ciência. A Federação também declara que planeja ampliar a utilização da IA nos jogos paulistas de todos os níveis. Um caso interessante de avaliar é a utilização do serviço de nuvem no ambiente para serviços públicos. A nuvem pública vem sendo utilizada pelos líderes da tecnologia da informação no setor de consultoria e fi nanças, com o objetivo de impulsionar a agilidade, lucratividade e inovação no ambiente dos negócios. Desta forma a nuvem publica é considerada a plataforma mais recomendada para modernizar os modelos de negócios de empresas digitais como uso de aplicativos e criação de novos produtos digitais, de forma que os usuários possam obter experiências cada vez mais inovadoras e efi cientes. Um exemplo de operação neste sentido é realizado pela Choice Hotels International, que gerencia hotéis em Gestão de Sistema da Informação184 todo o mundo. O gestor responsável afirma que os custos com infraestrutura de serviço são altíssimos, porém com a migração dessa infraestrutura para a nuvem, essa despesa cai consideravelmente. No entanto, não recomenda-se relaxar com os quesitos de segurança cibernética, uma vez que a nuvem não retira a respon- sabilidade de entender basicamente como estes mecanismos funcionam. As vantagens a citar são o acesso fácil a informações que geram insights cada vez mais poderosos aos gestores e desenvol- vedores das empresas digitais, além da rápida transferência de informações armazenadas em diversos repositórios. Figura 20: Armazenamento em nuvem Fonte: Pixabay Baseando-se nos casos de sucesso de grandes exemplos do ambiente empresarial, é possível constatar também que a viabilidade em incorporar processos digitais, tecnológicos eferramentas de TI é uma realidade não do futuro, mas que já acontece e oferece bons resultados há algum tempo e está cada vez mais ganhando espaço. Gestão de Sistema de Informação 185 O mercado está receptivo aos profissionais da área, pois as empresas necessitam cada vez mais implantar setor e práticas de TI para acompanhar as tendências que ocorrem no mundo inteiro. SAIBA MAIS Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos a leitura do artigo “Gerenciamento dos Investimentos em Tecnologia de Informação (TI): Um Estudo Baseado em Mini casos”. A publicação apresenta a realização de mini estudos de caso em quatro empresas de diferentes setores tratado as questões relacionadas aos investimentos na área de TI. Disponível em: https://bit.ly/3cbVOaK. E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que as previsões dos especialistas em relação ao mercado de trabalho para o setor de TI é bastante promissor, não só futuramente como nos dias atuais, no entanto é de suma importância para o profissional que atua, ou deseja atuar, no setor de tecnologia da informação conhecer tanto as principais ferramentas de gestão, quanto as dificuldades de modo que adiante o preparo para se manter competitivo no seu mercado de atuação. Também podemos relembrar como os fatores tecnológicos que modificam o mundo são vistos pelos gestores de grandes corporações brasileiras, no sentido de acompanhar as tendências evolutivas em torno da tecnologia e do ecossistema de informação para otimizar processos e alcançar maiores ganhos financeiros. Após a compreensão desse promissor panorama de mercado da tecnologia de informação, esperamos que você entenda que está caminhando os passos certos profissionalmente rumo ao que o mercado necessita, e o mundo também. Sucesso e parabéns por finalizar mais uma unidade com sucesso! Gestão de Sistema de Informação 187 REFERÊNCIAS UNIDADE 01 ANDRADE, Maria Eugênia Albino. Um olhar sobre representações no universo do conhecimento: o caso das micro e pequenas empresa. In: NAVES, Madalena Martins Lopes; KURAMOTO, Hélio (Org.). Organização da informação: princípios e tendências. Brasília: Briquet de Lemos, 2006. ANNA, Jorge Santa. 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