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PR OV A A PL IC AD A Tipo “U” GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE EDITAL NORMATIVO Nº 1 – RP/SES-DF/2020, DE 7 DE OUTUBRO DE 2019 PROGRAMA 2 1 3 Multiprofissional em Atenção em Oncologia Fisioterapia Data e horário da prova: domingo, 15/12/2019, às 14 h. I N S T R U Ç Õ E S Você receberá do fiscal: o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e o uma folha de respostas personalizada. Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: Tudo o que você precisa é amor. Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente. Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. I N S T R U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T I V A Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais destinados às respostas. O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da prova objetiva para a folha de respostas. A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. Marque as respostas assim: PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 213 – MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO EM ONCOLOGIA FISIOTERAPIA – TIPO “U” PÁGINA 2/9 Fisioterapia Itens de 1 a 120 A dor lombar é um dos problemas mais comuns na atenção primária de saúde. Estima-se que 70% a 85% da população mundial experimentarão um episódio de dor lombar em algum momento e que 90% desses indivíduos terão mais de um episódio [...]. SOUZA, I. M. B., et al. Prevalence of low back pain in the elderly population: a systematic review. Clinics, 2019. Um paciente de 45 anos de idade, fisicamente ativo, funcionário público, apresenta dor lombar crônica grau 7 pela escala de dor com irradiação para região posterior da coxa e lateral da perna esquerda, além de dois episódios de queda ao solo por “falseio” do joelho. Ao exame físico, observa-se paciente longilíneo, sem protrusão abdominal, retificação da lordose lombar, discreta inclinação lateral do tronco para direita, como postura antálgica, sensibilidade tátil, térmica e dolorosa preservada, reflexo patelar e calcâneo normais, encurtamento muscular importante em musculatura posterior da coxa e deficit de força muscular em tríceps sural à esquerda de 35% comparado ao lado contralateral mensurado por dinamometria isométrica. Com base nesse caso clínico e considerando os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 1. Recursos terapêuticos passivos de forma prolongada e isolada estão indicados para pacientes com dor lombar crônica. 2. Está indicado para esse paciente o uso de cinta ou imobilizador lombar para prevenir, bem como para o tratamento da dor lombar crônica. 3. O fisioterapeuta não deve sugerir exames de imagem a menos que suspeite de doenças graves, tais como trauma, câncer, infecção, síndrome de cauda equina e doenças inflamatórias, visto que o exame de imagem não tem se mostrado eficaz para auxiliar na decisão clínica para o tratamento da dor lombar. 4. É indicado para esse paciente o uso de palmilhas mecanoposturais, tanto para o tratamento quanto para a prevenção de recidiva dos sintomas. 5. O trabalho muscular ativo deve ser introduzido precocemente, enfatizando exercícios que ativem músculos como transverso do abdome e multifídeos. 6. O ganho de flexibilidade da cadeia posterior do membro inferior pode ser obtido por meio de técnicas de alongamento estático e dinâmico. 7. Para o reequilíbrio muscular nesse paciente, deve-se prescrever exercícios bilaterais, enfatizando a musculatura dorsiflexora de tornozelo. 8. A escala de Oswestry deve ser utilizada para o acompanhamento desse paciente como instrumento de avaliação das desordens da coluna. Um paciente de 35 anos de idade, tenista amador, sofreu entorse de joelho direito com diagnóstico de ruptura completa do ligamento cruzado anterior. Foi submetido a ligamentoplastia com enxerto do ligamento da patela ipsilateral, mas, no pós-operatório, evoluiu com artrofibrose importante e grande limitação da amplitude de movimento do joelho. Foi realizada nova artroscopia do joelho e manipulação cirúrgica. O paciente encontra-se internado em pós-operatório imediato, com dor grau 8 pela escala de dor, significativo edema suprapatelar, flexo de 2º e ADM passiva de flexão de 90º, além de inibição de contração voluntária do quadríceps. Foi solicitada fisioterapia precoce. Considerando esse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 9. O fisioterapeuta deve orientar o posicionamento de um apoio sob o joelho operado (almofada, travesseiro ou lençol), a fim de garantir maior conforto e alívio da dor do paciente. 10. O uso de mobilização passiva contínua (CPM), quando disponível, é uma ferramenta indispensável para o ganho de amplitude de movimento articular nessa fase de reabilitação. 11. A mobilização patelar e a massagem em bolsa subquadricipital são indicadas como condutas iniciais do atendimento desse paciente. 12. Não é permitida a contração ativa do quadríceps nesse momento, pois o paciente irá se queixar de dor, podendo comprometer uma boa recuperação pós- operatória imediata. 13. Caso o paciente tolere, o fisioterapeuta pode orientar o ganho de amplitude de movimento de extensão do joelho posicionando o paciente em decúbito ventral com os joelhos para fora da beira da maca. 14. O fisioterapeuta deve seguir uma conduta mais cautelosa no ganho de amplitude de movimento nessa fase, haja vista que o paciente refere muita dor e edema articular. Um paciente de 49 anos de idade, entregador de cartas, relata que, há dois anos, iniciou, de maneira insidiosa, com sintoma de dor na porção central de tendões calcâneos, rigidez matinal e limitação funcional. Teve vários episódios de afastamento do trabalho para repouso como tratamento. Atualmente, a dor está mais exacerbada, ele queixa-se de aumento de volume no corpo dos tendões calcâneos, maior sensação de rigidez e impossibilitado de andar mais de 1 km ou subir e descer rampas ou ladeiras. A respeito desse caso clínico e com base nos conhecimentos correlatos, julgue os itensa seguir. 15. Deve-se instituir, como prioridade no tratamento desse paciente, recursos termoeletrofototerápicos para melhora da funcionalidade da tendinopatia calcânea crônica. 16. O desfecho clínico de dor deve ser analisado isoladamente dos demais sintomas por meio de escala analógica visual, pois a queixa principal do paciente é o sintoma álgico. 17. O fisioterapeuta deve utilizar o questionário de autoavaliação VISA-A como medida confiável e válida para dor e função do terço médio do tendão calcâneo. 18. Atualmente, o padrão ouro recomendado para o tratamento da tendinopatia crônica do tendão calcâneo é o exercício excêntrico do tríceps sural de alta intensidade. 19. A massagem transversa profunda não tem se mostrado efetiva no tratamento de pacientes com tendinopatia calcânea crônica. 20. O uso de strapping tape é imprescindível como ferramenta fisioterápica para esse caso, pois irá minimizar a dor com base no respectivo estímulo tátil-cutâneo. PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 213 – MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO EM ONCOLOGIA FISIOTERAPIA – TIPO “U” PÁGINA 3/9 Raio X AP de punho pré-operatório Raio X AP e perfil de punho pós-operatório Uma paciente de 10 anos de idade, obesa, destra dominante, sofreu queda de bicicleta com consequente trauma e fratura do terço distal do rádio e luxação da articulação radioulnar distal. Foi submetida à redução e fixação cruenta da fratura para osteossíntese com placa e parafusos e fios de Kirschner, conforme imagem. Ficou imobilizada por seis semanas com gesso em posição de supinação máxima. Após a retirada da imobilização gessada, foi encaminhada para fisioterapia, pois exibia uma hiperalgesia e distonia, não sendo capaz de sustentar absolutamente nenhum peso na extremidade superior direita, e o punho e a mão encontravam-se lustrosos, inchados e vermelhos. Observava-se, ainda, importante restrição da amplitude de movimento para os movimentos de pronação da radioulnar e da flexão-extensão do punho. Dor classificada em 9/10 pela escala analógica visual, e a paciente e não tolerava a aplicação de crioterapia no local. Com base nesse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 21. A lesão óssea em questão é classificada como fratura de Monteggia. 22. Essa paciente apresenta sinais clínicos de distrofia simpático reflexa. 23. No plano eletroterapêutico para tratamento do sintoma álgico, o fisioterapeuta pode aplicar estimulação elétrica em nível sensorial sobre os nervos sensoriais periféricos que inervam o punho e mão. 24. A placa e os parafusos fixados no rádio estabilizam a articulação radioulnar para os movimentos de pronossupinação. 25. Para recuperar a mobilidade intra-articular da radioulnar distal do punho da mão e dos dedos, o fisioterapeuta deve aplicar técnicas de terapia manual mantidas de grau III ou oscilatórias grau IV para o distensionamento capsular. Um paciente de 16 amos de idade, desportista amador de futebol, relata que, ao chutar a bola durante um treinamento, sentiu uma “fisgada” muito forte na região anterior e superior do quadril direito e um aumento de volume na porção anterior e proximal da coxa. Passou por consulta médica e diagnosticou-se lesão miotendinosa de reto anterior da coxa com fratura avulsão. Optou-se pelo tratamento conservador, sendo o paciente encaminhado aos cuidados da fisioterapia. Acerca desse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 26. A desinserção do músculo reto anterior da coxa deu-se na respectiva inserção junto à espinha ilíaca anterossuperior. 27. Com relação ao mecanismo de lesão, essa é uma condição clínica comum no futebol, em razão de o músculo reto anterior da coxa ser um músculo multipenado e uniarticular. 28. Embora os tratamentos conservadores possam obter resultados aceitáveis, é comum que os pacientes apresentem menor força muscular, atraso no retorno à atividade física e um gap permanentemente visível e palpável. 29. Para pacientes com esse tipo de lesão tratados conservadoramente, prioriza-se inicialmente o ganho de movimento com mobilização passiva e sem a necessidade de braces imobilizadores. 30. Para o fortalecimento muscular em fases mais avançadas de reabilitação, o fisioterapeuta pode utilizar o exercício isoinercial como forma de potencializar a força excêntrica do movimento, a fim de prevenir relesão. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 213 – MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO EM ONCOLOGIA FISIOTERAPIA – TIPO “U” PÁGINA 4/9 Um paciente sedentário de 65 anos de idade, com colesterol total acima de 240 mg/dL e HDL abaixo de 35 mg/dL, IMC = 30 kg/m2, relação abdome-quadril de 1 w/h e pressão arterial de 140 mmHg x 90 mmHg e história familiar de hiperglicemia, apresentou um evento cardíaco que culminou em infarto agudo do miocárdio e hospitalização. Quanto a esse caso clínico e com base nos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 31. A fase II da reabilitação estabelece o treinamento aeróbico com intensidade constante por um período de treino de até 20 minutos, e, caso ocorra queda da frequência cardíaca de 5 bpm, o exercício deve ser suspenso. 32. A prescrição de atividade física faz parte do programa de reabilitação nas fases II e III, por contribuir para a redução dos fatores de risco apresentados nesse caso clínico. 33. Na fase de internação hospitalar, ou fase I, a fisioterapia é fundamental, com ênfase na prescrição de exercícios de membros superiores contra resistência. 34. As condições patológicas e comportamentais apontadas no caso clínico demandam uma atuação multiprofissional que pode ser desenvolvida nas fases I, II e III da reabilitação cardíaca. 35. A hipercolesterolemia e o sobrepeso não são indicações para iniciar programa de reabilitação. Um paciente de 69 anos de idade encontra-se no pós-operatório (PO) de revascularização do miocárdio. No primeiro dia de PO, o paciente encontrava-se no leito, sem suporte ventilatório, lúcido, obedecendo aos comandos vagarosamente, em desmame das drogas vasoativas. Ao exame físico, foram verificados pressão arterial = 110 mmHg x 75 mmHg, frequência respiratória = 23 irpm, SpO2 = 94% usando cateter nasal a 3 L/min e ausculta pulmonar com crepitações bibasal e edema (3+/4) em extremidades de membros inferiores. O paciente queixa-se de tontura ao sentar e tosse com desconforto na região esternal. No que se refere a esse caso clínico e com base nos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 36. Esse paciente está contraindicado para realização de RPPI por causa do desconforto retroesternal. 37. A curto prazo, do primeiro ao quinto dia de PO, a fisioterapia enfatiza técnicas que utilizam respiração profunda, tosse, desobstrução brônquica, supervisão e incentivo à mobilização precoce, saída do leito, marcha estacionária, programa de exercícios equivalentes a 2 a 4 METs. 38. A partir do terceiro dia de PO, deve-se iniciar exercícios isométricos de MMII e progredir para exercícios resistidos. 39. A utilização da ventilação não invasiva no PO de cirurgia cardíaca, após a extubação, é usada com objetivo de reverter atelectasias e melhorar a oxigenação, principalmente em pacientes idosos. 40. No decorrer da internação hospitalar (fase I), a tolerância aos exercícios deve ser aumentada gradativamente. O controle e a intervenção cardiorrespiratória devem ter base nos seguintes parâmetros: FC de repouso, pressão arterial e escala de esforço percebido e, se possível, a FC atingida no teste de caminhada de seis minutos. O sistema cardiovascular é constituído pelo coração e pelos vasos sanguíneos. Ele é responsável por transportar o sangue e os respectivos componentes para os tecidos do corpo, tendo funçõesdiretamente integradas a outros sistemas, especialmente o respiratório. Em relação aos aspectos estruturais e funcionais cardiovasculares julgue os itens a seguir. 41. O sistema cardiovascular tem a função de suprir as células de nutrientes para o respectivo metabolismo, anabolismo e catabolismo. 42. Fatores que promovem a saída do sangue do coração para as artérias são: contração do músculo cardíaco, valvas cardíacas, elasticidade das artérias e gravidade. 43. A valva atrioventricular direita tem o objetivo de evitar o refluxo de sangue do ventrículo para o átrio no momento de contração do ventrículo. 44. A valva atrioventricular esquerda tem a própria estrutura composta de dois folhetos, sendo também chamada de valva mitral. 45. O retorno venoso é determinado por uma combinação de fatores, entre eles: bombeamento do sangue pelo coração, bomba muscular e valvas das veias (abrem em direção ao coração). As cardiopatias congênitas são secundárias a malformações cardíacas no período embrionário e, com bases nas alterações da estrutura anatômica, podem ser classificadas em simples ou complexas. Frequentemente, acarretam alterações na hemodinâmica do organismo e isso pode provocar repercussões negativas comprometendo a sobrevida da criança. Acerca das alterações hemodinâmicas esperadas dessas cardiopatias, julgue os itens a seguir. 46. A tetralogia de Fallot representa um tipo de alteração vascular que dificulta a oxigenação no cérebro, mas não na periferia, por isso é considerada uma síndrome não cianótica. 47. Comunicação interventricular provoca a passagem de sangue arterial do ventrículo esquerdo para o ventrículo direito e para a artéria pulmonar, especialmente durante a sístole. Logo, há aumento do fluxo sanguíneo para pequena circulação e hipervolemia pulmonar. 48. Durante a estenose pulmonar, a maior resistência ao fluxo provoca adaptação cardíaca: hipertrofia VD concêntrica, sobrecarga sistólica de VD. 49. A fisioterapia na vigência de hipertensão pulmonar objetiva ofertar oxigênio satisfatoriamente e evitar níveis elevados de PaCO2. 50. Na comunicação interatrial, observa-se shunt da esquerda para direita, pois a pressão no átrio esquerdo é maior. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 213 – MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO EM ONCOLOGIA FISIOTERAPIA – TIPO “U” PÁGINA 5/9 Uma paciente de 70 anos de idade, ex-tabagista e hipertensa, vem apresentando, há um mês, cansaço aos pequenos esforços, taquicardia, edema em membros inferiores e turgência jugular. Ao ser atendida no pronto atendimento de um hospital geral, relatou intensa dispneia e tosse improdutiva. Foi diagnosticado edema pulmonar por insuficiência cardíaca grau II, segundo a New York Heart Association (NYHA), com fração de ejeção de 43%. Medicada, vem sendo acompanhada na unidade básica de saúde da respectiva referência, mas o quadro clínico ainda se mantém. Encaminhada a um centro de reabilitação, iniciou um programa de reabilitação cardiovascular. No teste ergométrico, a frequência cardíaca máxima da paciente foi de 120 batimentos por minuto. Em relação a esse caso clínico e considerando os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 51. Essa paciente deve ser incluída na fase III da reabilitação cardíaca no centro de reabilitação, pois já foi medicada, ou seja, pode iniciar atividade física sem supervisão. 52. A zona-alvo da frequência cardíaca para o treinamento dessa paciente é 150 bpm, ou seja, a frequência cardíaca máxima esperada para idade. 53. Essa paciente utilizou os seguintes níveis de atenção à saúde: atenção primária, representada pela unidade básica de saúde; atenção secundária, representada pelo centro de reabilitação; e atenção terciária, representada pelo hospital geral. 54. As características desse quadro clínico enquadram a paciente na fase II do programa de reabilitação. 55. Como a paciente realizou o teste ergométrico, a intensidade de treinamento deve ser: 50% a 70% x FC reserva + FC rep. O uso da ventilação mecânica não-invasiva com pressão positiva (VMNI) para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada foi, certamente, um dos maiores avanços da ventilação mecânica nas últimas duas décadas. SCHETTINO G. P. P; REIS M. A. S. et al. Ventilação Mecânica Não- Invasiva com Pressão Positiva. In: Revista Brasileira de Terapia Intensiva v. 19, n. 2, 2007. Um paciente de 70 anos de idade, medindo 1,78 m, deu entrada no pronto-socorro do hospital com crise hipertensiva, evoluindo para edema agudo de pulmão. Na admissão, o fisioterapeuta observou: paciente orientado e com esforço respiratório, com frequência cardíaca = 130 bpm, pressão arterial = 170 mmHg x 100 mmHg, frequência respiratória = 35 irpm, SpO2 = 88%, usando oxigênio por máscara facial com reservatório a 10 L/min e queixa de falta de ar. A gasometria arterial era: pH = 7,28; PaCO2 = 58; PaO2 = 62; HCO3 = 26; BE = 2; SaO2 = 88%. Em relação a esse caso clínico e aos conhecimentos correlatos julgue os itens a seguir. 56. O paciente desse caso clínico preenche critérios para iniciar tratamento com ventilação não invasiva. 57. Um dos efeitos esperados com a ventilação não invasiva nesse paciente é promover o recrutamento alveolar aumentando a PaCO2. 58. Espera-se que o paciente desse caso clínico melhore a oxigenação e reduza a hipercapnia. 59. A gasometria desse caso clínico é característica de hiperventilação, mostrando uma acidose respiratória com hipoxemia. 60. Os dados vitais desse caso clínico, juntamente com a gasometria arterial, revelam contraindicação absoluta para realização de VMNI. A espirometria de incentivo foi desenvolvida na década de 1970 por Bartlett com o objetivo de incentivar a inspiração máxima sustentada. A manobra ideal para reinsuflar alvéolos colapsados deve incluir: aumento do volume pulmonar, pausa pós-inspiratória e fluxo inspiratório com velocidade baixa. BRITTO, R.R; BRANT, T.C.S; PARREIRA, V.F. Cap. 9. Espirometria de Incentivo. In: Recursos Manuais e Instrumentais em Fisioterapia Respiratória. [S.l.]: Manole, 2009, com adaptações. Acerca dos espirômetros de incentivo, julgue os itens a seguir. 61. Durante a realização da manobra ideal do espirômetro de incentivo, espera-se atingir vias aéreas de pequena secção transversa, assim como o exercício de inspiração máxima sustentada. 62. A recomendação do volume a ser atingido no espirômetro a volume deve ser de duas a três vezes o volume corrente do paciente. 63. O uso está contraindicado para pacientes maiores de 4 anos de idade e para os pacientes cooperativos, incapazes de compreender as instruções. 64. Quando os espirômetros de incentivos são utilizados corretamente, aumenta-se a pressão transpulmonar decorrente do aumento da pressão alveolar. 65. O trabalho respiratório imposto pelos espirômetros de incentivo a fluxo está vinculado ao peso e ao tamanho da esfera a ser levantada, ao formato e ao diâmetro do cilindro e à relação entre esses fatores. Uma paciente de 58 anos de idade foi admitida no pronto-socorro com quadro de infecção respiratória pós-aspiração. A paciente já apresentava diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica (ELA), estabelecido há quatro anos, e utiliza, nos últimos dois anos, suporte ventilatório não invasivo (dispositivo de suporte à vida, Bilevel em modo S/T, sendo IPAP = 14 cmH2O e EPAP = 6 cmH2O) apenas durante o sono. O exame de imagem pós-admissão evidenciou a aspiração comprometendo o lobo inferior do pulmão direito. A respeito da posição de drenagem postural para esse caso clínico e com base nos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 66. Considerando-se que a paciente está estável hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal para região pulmonar comprometida seria decúbitosemiassentado a 45o de elevação de cabeceira. 67. Tendo-se em vista que a paciente está estável hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal para região pulmonar comprometida seria decúbito dorsal com 10° de elevação de cabeceira. PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 213 – MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO EM ONCOLOGIA FISIOTERAPIA – TIPO “U” PÁGINA 6/9 68. Considerando-se que a paciente está estável hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal para região pulmonar comprometida seria decúbito lateral esquerdo em Trendelenburg. 69. Tendo-se em vista que a paciente está estável hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal para região pulmonar comprometida seria decúbito lateral direito. 70. Considerando-se que a paciente está estável hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal para região pulmonar comprometida seria decúbito ventral em Trendelenburg. Um homem de 70 anos de idade, ex-fumante (100 maços/ano) que parou de fumar há seis meses, foi internado com exacerbação do quadro da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Ao exame físico, apresentava-se consciente, acianótico, taquipneico, em uso de musculatura acessória, com distensão das veias jugulares e edema de MMII. A ausculta pulmonar mostrou: murmúrio vesicular diminuído globalmente e sibilos nos lobos superiores. As provas de função pulmonar prévias apresentavam: distúrbio ventilatório obstrutivo severo, pressão inspiratória máxima (Pimax) 40% do esperado. Acerca desse caso clínico e da DPOC, julgue os itens a seguir. 71. Os pacientes com DPOC podem apresentar valores normais de Pimax por causa da utilização da musculatura acessória da inspiração. 72. O instrumento utilizado para realizar a mensuração da pressão inspiratória máxima é o ventilômetro. 73. Os pacientes com DPOC severa apresentam disfunção contrátil, ou seja, maior capacidade de gerar força, uma vez que a fibra muscular mais presente no diafragma é de contração rápida. 74. O treino da musculatura respiratória de pacientes com DPOC deve ser dividido em treino de força e de resistência, sendo que a resistência deve enfatizar o fator tempo, sendo considerado adequado um mínimo de 15’ de maneira contínua ou intervalada. 75. O parâmetro avaliado na espirometria para graduar a severidade da doença pulmonar obstrutiva crônica é a capacidade vital forçada. Considere um paciente de 55 anos de idade, com estatura de 1,70 m, pesando 80 kg sem história de tabagismo e de doença pulmonar crônica, em VM, modo volume controlado com: Vt = 480 mL, Vte = 495 mL, fr = 16 irpm, FRP = 22 irpm, PEEP = 5 cmH2O, Ppico = 35 cmH2O, Pplatô = 30 cmH2O, fluxo = 40 Lpm, Ti = 1,0 s, I:E = 1:2, está com FiO2 = 0,4. Apresenta a seguinte gasometria: PH 7,15/PCO2 50/PO2 66/HCO3 26/BE -8/ Sat 90. Ao exame físico: avaliação do estado de alerta, o paciente foi responsivo aos comandos “abra e feche os olhos”, “olhe para mim e abra a boca” e “coloque a língua para fora”. O Medical Research Council (MRC) total foi de 25 pontos. O raio X de tórax mostra infiltrado no lobo inferior direito. Considerando esse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 76. O valor da relação PaO2 /FiO2 preenche os critérios de SDRA grave, juntamente com o achado radiológico e o valor da PEEP. 77. O volume corrente instituído para esse paciente está dentro da faixa de 6 mL/kg a 8 mL/kg de peso predito. 78. A complacência estática está menor que 60 mL/cmH2O. 79. A driving pressure ou pressão de distensão alveolar, nesse caso clínico, encontra-se maior que 15 cmH2O. 80. Como o MRC desse paciente foi avaliado menor que 48, isso significa que o paciente não apresenta condições para realizar o teste de respiração espontânea. Um paciente de 30 anos de idade é enfermeiro intensivista. Pratica futebol como hobby toda quarta-feira e, há três semanas, sofreu uma queda durante um jogo e nela perfurou o membro superior esquerdo na região do cotovelo. Foi socorrido pelos colegas e levado ao hospital, onde realizou-se a reparação e o curativo do local, contudo não houve necessidade de cirurgia, e os médicos relataram tratar-se de uma axonotmese do nervo ulnar. O paciente iniciou a reabilitação e, na avaliação, o fisioterapeuta constatou edema em membro superior esquerdo, flacidez em antebraço, diminuição da temperatura, perda de sensibilidade na região do quinto dedo e da borda medial da mão e fraqueza muscular. Com base nesse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 81. A degeneração walleriana ocorre em todos os tipos de lesão nervosa periférica, incluindo a axonotmese. 82. Nas lesões como as desse paciente, no início da reabilitação, o fisioterapeuta deve ter como objetivo prevenir deformidades, sendo a mais comum, nesse caso, e a mão em garra. 83. Em uma lesão nervosa periférica do tipo neurotmese, é correto afirmar que houve uma secção completa do axônio e da bainha de mielina, porém o endoneuro se mantém intacto. 84. Pela lesão sofrida por esse paciente, espera-se que a fraqueza muscular seja significativa em extensores de dedos e musculatura intrínseca da mão. 85. Após uma lesão nervosa periférica, é possível ocorrer a reorganização do mapa cortical, consequente da diminuição das informações aferentes, provocando a modificação da funcionalidade de determinadas áreas anteriormente responsáveis pela ativação da área denervada. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 213 – MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO EM ONCOLOGIA FISIOTERAPIA – TIPO “U” PÁGINA 7/9 Uma recém-nascida apresenta diagnóstico médico de mielomeningocele nível S1-L5. Encontra-se com 10 meses de vida e foi avaliada em equipe para admissão no programa de reabilitação, no qual a expectativa dos pais é a aquisição de marcha. Essa paciente realizou a cirurgia de correção da malformação no primeiro dia de vida, a colocação da válvula de derivação ventriculoperitoneal com 1 mês de vida e a correção do pé torto congênito (equinovaro) com 5 meses de vida; desde então, faz uso de órtese tornozelo-pé fixa bilateralmente. Quanto às aquisições motoras, a paciente adquiriu controle cervical em todas as posturas aos 4 meses de vida, rolou ambas posturas com 7 meses de vida, sentou-se de forma independente e arrastou-se com 9 meses de vida. Não engatinha e não se transfere para ajoelhado nem para ortostatismo de forma independente. No que se refere a esse caso clínico e com base nos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 86. Considerando-se a paciente em questão, pelo nível da malformação, espera-se que a criança seja deambuladora comunitária com utilização de órteses, sendo necessário o uso de cadeira de rodas somente para longas distâncias. 87. No plano de tratamento dessa criança, o fisioterapeuta deve traçar metas de tratamento de acordo com a idade dela, as funções que realiza ou poderá aprender, o desempenho motor e as queixas da criança e da família. 88. A mielomeningocele é uma malformação congênita decorrente do não fechamento do tubo neural durante o segundo trimestre da gestação. 89. No caso em questão, o uso da órtese não se faz necessário, pois o nível de lesão da paciente não apresenta alterações de musculatura de tornozelo, como tibial anterior e tríceps sural; a fraqueza apresentada será de musculatura intrínseca dos pés. 90. Em decorrência do quadro motor desse caso clínico, a paciente apresentou atraso nas aquisições motoras de controle cervical, rolar, sentar e arrastar, dos quais se espera que sejam conquistadas aproximadamente com 3 meses, 5 meses, 6 meses e 6/7 meses de vida, respectivamente. Uma paciente de 72 anos de idade encontra-se internada na unidade de terapia intensiva (UTI) há três dias, após apresentar afasia e hemiparesia à esquerda. O diagnósticomédico foi de um acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico da artéria cerebral média direita. O histórico de saúde da paciente inclui diabetes tipo 2 e hipertensão. O fisioterapeuta acaba de avaliá-la e iniciará o plano de tratamento intra-hospitalar. Em relação a esse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 91. Em um AVE, além da área diretamente lesionada pela falta de oxigênio, também haverá degeneração em cascata de outros tratos neuronais, como consequência da perda sináptica, aumentando a extensão da lesão. 92. No caso dessa paciente, é correto determinar como fatores de risco para o AVE “modificáveis” o sexo e a idade, enquanto “não modificáveis” são a diabetes e a hipertensão. Tais fatores são determinantes para o prognóstico da paciente. 93. O plano de tratamento fisioterapêutico no momento agudo pós-AVE durante a internação na UTI, como no caso apresentado, deve incluir: prevenção de complicações, como escaras e edema nos membros plégicos, e evitar contraturas ou deformidades. 94. A excitotoxicidade pode ocorrer após uma lesão cerebral isquêmica e consiste na morte celular provocada pela liberação excessiva de glutamato, um neurotransmissor excitatório determinante para o funcionamento do sistema nervoso central, que, contudo, quando em altas concentrações, se torna tóxico para os neurônios. 95. Um sintoma comum após um AVE é a síndrome dolorosa do ombro hemiplégico, tratando-se de uma barreira para avanços na reabilitação. Apesar disso, no caso em questão, não há nada a ser feito, já que a paciente se encontra na UTI. Um paciente de 2 anos e 6 meses de idade nasceu prematuro por hipertensão materna não controlada no pré-natal e passou por parto prolongando, no qual entrou em sofrimento fetal que resultou em uma lesão cerebral hipóxico-isquêmica. Na avaliação fisioterapêutica, é constatado que essa criança tem paralisia cerebral do tipo espástica, diparética e, segundo o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS), nível 3. Quanto a esse caso clínico e considerando os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 96. A paralisia cerebral caracteriza-se por um grupo de desordens do desenvolvimento do movimento e da postura por lesão ocorrida no sistema nervoso central em desenvolvimento. A lesão neurológica não é progressiva, contudo as respectivas manifestações motoras secundárias à lesão podem ser. 97. No caso em questão, a classificação topográfica é espástica com alteração de tônus predominantemente de membros inferiores. 98. Com base na Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), a reabilitação desse paciente deve focar no treino de funcionalidade, transferindo o aprendizado das sessões para a rotina diária, buscando maior participação da criança nas respectivas atividades diárias e tendo como consequência uma criança mais independentes e participativas na sociedade. 99. É importante utilizar estímulos sensoriais aferentes, favorecendo o tônus postural e a vivência de experiências sensório-motoras fundamentais à prática das habilidades funcionais. Entretanto, é contraindicado o fortalecimento muscular para melhora da funcionalidade das crianças com paralisia cerebral. 100. Pela classificação do GMFCS desse paciente, espera-se, como prognóstico, que ele seja capaz de deambular utilizando um dispositivo manual de mobilidade. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 213 – MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO EM ONCOLOGIA FISIOTERAPIA – TIPO “U” PÁGINA 8/9 O câncer de mama apresenta-se como um grave problema de saúde pública em todo o mundo e, no Brasil, é a neoplasia maligna mais incidente na população feminina. Um importante fator prognóstico do câncer de mama é o diagnóstico precoce. Quando detectado em estágio inicial, o tumor apresenta altos índices de cura. Entretanto, no Brasil, cerca de 60% dos diagnósticos iniciais do câncer de mama são realizados em estágios avançados, sendo a abordagem cirúrgica inevitável para o tratamento da doença. Independente da técnica radical ou conservadora, a dissecção axilar tem sido um tratamento cirúrgico padrão para o câncer de mama. Esse procedimento, quando realizado de forma isolada, mas principalmente em conjunto com a radioterapia pós-operatória, pode causar morbidade severa no membro superior homolateral à cirurgia, problemas, como linfedema, dor, parestesias, diminuição da força muscular e redução da amplitude de movimento (ADM). De acordo com a atuação do fisioterapeuta em casos de pacientes com diagnósticos de câncer de mama, julgue os itens a seguir. 101. A utilização da neuroestimulação elétrica transcutânea (TENS) para alívio da dor promove uma atuação sobre as fibras nervosas aferentes, como um estímulo diferencial que "concorre" com a transmissão do impulso doloroso. Ativa as células da substância gelatinosa, promovendo uma modulação inibitória segmentar, e, ao nível do sistema nervoso central (SNC), estimula a liberação de endorfinas, endomorfinas e encefalinas. 102. O efeito analgésico, nesse caso, ocorre pelos opioides exógenos (as endorfinas) que são liberados no corpo para que se liguem a receptores específicos no sistema nervoso central e periférico, diminuindo a percepção da dor e aumentando as respostas nociceptivas. 103. O objetivo da termoterapia é promover o alívio do espasmo muscular, interferindo no ciclo dor-espasmo-dor, reduzindo a extensibilidade tecidual e o relaxamento muscular em indivíduos portadores de tumores, os quais podem estar comprimindo estruturas neuromusculares e, dessa forma, causando dor. 104. A termoterapia superficial com calor tem contraindicação relativa, quando aplicada diretamente sobre áreas tumorais. 105. Estratégias fisioterapêuticas, utilizando os exercı́cios aeróbicos, resistidos e de flexibilidade, são capazes de reduzir a intensidade da dor em pacientes submetidos ao tratamento oncológico. 106. O questionário de McGill pode ser utilizado pelo fisioterapeuta para avaliar a dor de forma multidimensional com escore geral ou em dimensões sensitiva, afetiva, avaliativa e mista. O McGill fornece dados abrangentes, capazes de identificar aspectos fı́sicos, psicológicos ou comportamentais da dor. 107. Os efeitos do treinamento aeróbio associados ao fortalecimento muscular em pacientes com câncer, durante o tratamento quimioterápico, aumentam a fadiga relacionada ao câncer, mas melhora a independência funcional das atividades da vida diária. 108. A utilização da radioterapia pode ocasionar diversas complicações imediatas e tardias. O uso dessa terapêutica tem relação direta com o surgimento da fibrose juncional do ombro, o que pode estar intimamente relacionado com o déficit de movimento do ombro envolvido. 109. A limitação da ADM é a complicação pós-cirúrgica que mais justifica o encaminhamento para o fisioterapeuta, principalmente naquelas mulheres que serão submetidas à radioterapia, pois a posição ideal para a irradiação é uma flexão combinada com uma rotação interna do ombro a 30°. Uma paciente de 44 anos de idade compareceu ao hospital para avaliação fisioterapêutica, com queixa funcional de dor no ombro esquerdo, sensação de dormência na região posterior do braço, fraqueza e limitação de movimento para realizar suas AVDs. Durante a anamnese, a paciente relatou que, no início de 2019, foi diagnosticada com câncer de mama na região direita, cujo tratamento consistiu na realização da mastectomia total com esvaziamento axilar, sem reconstrução. A paciente foi também submetida ao tratamento quimioterápico e radioterápico. Foi realizado um exame físico, observando-se: ausência de alteração na coloração da pele; edema nos braços confirmada pela perimetria; presença de cicatriz atrófica e com aderência na regiaõ mastectomizada e teste de sensibilidade sem alteração.Na avaliação cinesiofuncional, foi constatada limitação de movimento para rotação externa e interna, diminuição de força muscular para flexão e restrição de abdução e extensão de ombro, apresentando grau 3 de força segundo o teste de Oxford. Em relação a esse caso clínico e com base nos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 110. O linfedema é uma condição crônica e pode aparecer a qualquer momento após a dissecção axilar. Alguns fatores influenciam o aparecimento do linfedema, tais como extensão da abordagem cirúrgica axilar, infecções e radioterapia. 111. Para análise do grau da força muscular, a classificaçaõ de Oxford descreve: grau 0 – naõ se observam sinais de contraçaõ muscular; grau 1 – sinais de discreta contratilidade, sem movimentos da articulação; grau 2 – mobilidade em todos os sentidos normais, com eliminaçaõ da gravidade; grau 3 – movimentos de amplitude normal contra a ação da gravidade; grau 4 – mobilidade integral contra a açaõ da gravidade e de certo grau de resistência; e grau 5 – mobilidade completa contra resistência acentuada e contra a ação da gravidade. 112. A realização de exercícios com amplitude livre é permitida após o sexto dia de pós-operatório, pois permite uma recuperaçaõ satisfatória das limitações funcionais, sem o aumento de seroma ou deiscência. 113. A diminuição de amplitude de movimento do ombro é causada pela presença de linfedema, que é um quadro patológico agudo e não progressivo, resultante de uma anomalia ou dano para o sistema linfático, gerando deficit no equilı́brio das trocas de lı́quidos no interstı́cio, desconfortos, dores e aumento do risco de infecções de forma precoce. 114. A dor crônica secundária ao procedimento cirúrgico pode ser nociceptiva, resultante da lesão dos músculos e ligamentos, e neuropática, resultante da lesaõ de nervos ou disfunção do sistema nervoso, esta última é corresponde à sı́ndrome dolorosa pós-mastectomia (SDPM). PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 213 – MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO EM ONCOLOGIA FISIOTERAPIA – TIPO “U” PÁGINA 9/9 115. A SDPM é descrita como dor crônica, de origem neuropática, na qual o exame neurológico detecta lesaõ do plexo braquial, no nervo axial. 116. A fisioterapia complexa descongestiva atualmente é o tratamento preconizado pela sociedade internacional de linfologia para essa disfunçaõ. Uma paciente de 27 anos de idade, previamente hígida, apresentou quadro álgico na região lombar, há dois anos, principalmente enquanto praticava atividades físicas. Após procurar o serviço médico de sua cidade e realizar exame de ressonância magnética, foi evidenciada uma imagem sugestiva de neoplasia de aproximadamente 5 cm, anterior ao sacro (tumor maligno – cordoma). Após uma reunião multidisciplinar, foi decidido realizar uma ressecção tumoral por meio da sacretomia parcial associada à aplicação da técnica de criocongelamento, para eliminar as células cancerígenas. A paciente evoluiu no pós-operatório com deficit de sensibilidade, fraqueza da musculatura do assoalho pélvico, dor lombar inespecífica e perda total do movimento de dorsiflexão do tornozelo esquerdo. Com base nesse caso clínico e de acordo com a atuação do fisioterapeuta no contexto do pós-operatório, julgue os itens a seguir. 117. A indicação de uma órtese é fundamental, nesse caso, para manter o tornozelo em posição neutra, prevenindo, assim, contraturas e deformidades e facilitando a marcha. 118. A estabilização segmentar é um importante recurso a ser utilizado, principalmente pela contração e pelo fortalecimento do músculo transverso do abdome. 119. O uso da eletroestimulação neuromuscular, para aumentar a contratilidade muscular e estimular o ganho de força, deverá, sempre que possível, não ser associado com o exercício ativo, pois os benefícios para o aumento da força muscular tornam-se mais evidentes com a terapia isolada. 120. Em razão da dor lombar crônica inespecífica, o repouso absoluto deverá ser recomendado como fator de proteção e alívio dos sintomas de dor da paciente. Área livre Área livre PR OV A A PL IC AD A Tipo “U” GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE EDITAL NORMATIVO Nº 1 – RP/SES-DF/2020, DE 7 DE OUTUBRO DE 2019 PROGRAMA 2 3 3 Multiprofissional em Saúde da Criança Fisioterapia Data e horário da prova: domingo, 15/12/2019, às 14 h. I N S T R U Ç Õ E S Você receberá do fiscal: o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e o uma folha de respostas personalizada. Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: Tudo o que você precisa é amor. Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente. Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. I N S T R U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T I V A Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais destinados às respostas. O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da prova objetiva para a folha de respostas. A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. Marque as respostas assim: PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 233 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA CRIANÇA FISIOTERAPIA – TIPO “U” PÁGINA 8/9 Criança de 6 meses de vida deu entrada no pronto-socorro com tosse, febre e vômitos, evoluindo com piora do estado geral e desidratação.. O exame físico apresenta: peso = 3,040 kg, estatura = 52 cm. Teste de dosagem de cloreto no suor: braço direito = 100,24 mEq/L, braço esquerdo = 101,11 mEq/L. Valores de referência 0,00 - 40,00 (o que confirmou fibrose cística). Sinais vitais: frequência respiratória = 65 irpm, frequência cardíaca = 162 bpm, saturação de O2 = 92%. Evoluiu ainda com desconforto respiratório, taquicardia e palidez. Na sequência, apresentou quadro de insuficiência respiratória aguda por pneumonia, sendo transferida para UTI pediátrica, onde permaneceu por uma semana, necessitando de ventilação mecânicapor seis dias e drogas vasoativas por cinco dias. Apresentando boa evolução do quadro, o paciente teve alta para enfermaria e seguiu estável. A respeito desse caso clínico e com base nos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 101. O aumento da tolerância ao exercício está relacionado a um pior prognóstico e qualidade de vida (QV) dos indivíduos com fibrose cística. 102. As manifestações clínicas típicas da fibrose cística que o paciente apresenta são: tosse, diarreia crônica e desidratação. Esses sintomas, além de causar inadequação nutricional, podem ocasionar consequente perda da massa magra e depressão da função imunológica. 103. Uma técnica fisioterapêutica com alta eficácia (nível evidência 1A) para ser utilizada no tratamento desse paciente é o huffing. Essa técnica tem como objetivo a remoção de secreções brônquicas com a menor alteração da pressão pleural, menor probabilidade de colapso bronquiolar e com vantagem de não necessitar da colaboração do paciente, uma vez que a criança ainda é muito jovem. 104. O exercício físico regular no paciente com FC proporciona aumento da função cardiorrespiratória, ganho de resistência, aumento da autoestima, hipertrofia muscular, diminuição da frequência cardíaca de repouso, menor número de hospitalizações e melhor qualidade de vida, além de auxiliar na remoção de secreções pulmonares. 105. Os exercícios físicos, tanto aeróbios (endurance) quanto anaeróbicos, devem ser parte fundamental da intervenção fisioterapêutica para pacientes com fibrose cística, independentemente da gravidade da doença. Sabe-se que efeitos adversos da prática de exercícios físicos são raros para esses pacientes e uma das alternativas para pacientes com distúrbio ventilatório obstrutivo grave seria o treinamento intervalado de alta intensidade. A osteogênese imperfeita (OI) é definida como um conjunto de alterações heterogêneas que se caracterizam por suscetibilidade a fraturas ósseas de severidade variável, causadas por deficiência no colágeno tipo 1. A OI impõe limitações funcionais importantes em crianças e adolescentes, mas o padrão cognitivo é preservado. Antes era dividida em quatro níveis (1, 2, 3 e 4) e, atualmente, foram acrescentados o quinto nível, o sexto nível, sétimo nível, e o oitavo nível. Acerca da osteogênese imperfeita e dos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 106. A OI do tipo 1 está associada à diminuição da quantidade de colágeno tipo 1, enquanto os demais tipos estão relacionados com alterações na qualidade do colágeno sintetizado. 107. A classificação da OI utiliza-se de achados clínicos e radiológicos. O tipo 1 é considerado o mais frequente e mais leve, com fragilidade óssea leve. O tipo 2 é o letal, em que há óbito, ainda, na gestação, natimorto ou óbito neonatal. O tipo 3 apresenta grave osteoporose e deformidades ósseas progressivas e o tipo 4 baixa estatura e deformidades de ossos longos; o tipo 5 severidade moderada, com deslocamento da cabeça do rádio; o tipo 6 baixa estatura moderada e lamelas ósseas como escamas de peixe; tipo 7, baixa estatura leve e úmeros e fêmures curtos; o tipo 8 um prognóstico grave/letal, baixa estatura grave e fragilidade óssea extrema. 108. As principais alterações no componente estruturas e funções do corpo na OI, conforme a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), são: transferências de postura, marcha e atividades de vida diária. 109. A medida da função motora grossa (GMFM) e o inventário de avaliação pediátrica de incapacidade (PEDI) já foram validados e são instrumentos confiáveis para avaliação e acompanhamento de crianças com OI. 110. Entre os objetivos específicos da intervenção fisioterapêutica, pode-se relacionar, entre outros, alcançar os marcos motores do desenvolvimento, promover o alinhamento biomecânico, detectar ou tratar precocemente as deformidades de coluna, reduzir o tônus muscular e favorecer o equilíbrio corporal. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 233 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA CRIANÇA FISIOTERAPIA – TIPO “U” PÁGINA 9/9 Uma criança de 19 meses de vida, apresenta fraqueza no hemicorpo esquerdo há quatro dias, sendo encaminhada para hospital de referência em pediatria. Ao exame físico, os sinais vitais dela estavam normais: SpO2 = 98%, FC = 108 bpm, FR = 28 ipm. A mãe relata febre baixa intermitente e perda de peso. Criança nascida a termo de mãe primípara, diagnosticada com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), desde o segundo mês de gravidez. O tratamento antirretroviral (TARV) foi iniciado junto ao diagnóstico. Parto cesáreo, a família optou por amamentação exclusiva. O recém-nascido recebeu profilaxia com TARV, que foi descontinuado no terceiro dia de vida em razão de problemas sociais. A criança não recebeu mais cuidados com a exposição à infecção pelo HIV. Durante a anamnese, constatou-se que os marcos de desenvolvimento estavam nos padrões de normalidade. Apresentava-se tranquilo ao exame, totalmente consciente. Na avaliação neurológica, foi revelada espasticidade, hiperreflexia e fraqueza muscular no hemicorpo esquerdo. Ao ser realizada tomografia computadorizada (TC), evidenciou-se lesão em território da artéria cerebral média à direita, sugestionando infarto isquêmico agudo. A criança foi, então, diagnosticada com hemiparesia do lado esquerdo, em virtude de isquemia vascular cerebral, possivelmente decorrente da vasculite tuberculosa, sendo diagnosticada com infecção pelo HIV. Com base nesse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 111. Acidente vascular encefálico (AVE) em crianças é evento raro, mas está tomando proporções cada vez mais importantes, em razão da gravidade de suas complicações e dos diversos diagnósticos diferenciais. Entre as causas mais comuns do AVE isquêmico infantil estão: a hipertensão arterial sistêmica e a obesidade, comorbidades que antes não eram vistas, mas que estão cada vez mais frequentes no público infantil. 112. Crises epiléticas e a hemiparesia são, respectivamente, a manifestação clínica e a sequela mais comum no AVE infantil. Sabe-se, também, que o membro inferior (MI) tem mais dificuldade de recuperação do que o membro superior (MS). 113. Diversas técnicas da fisioterapia têm sido utilizadas para reabilitar indivíduos com hemiparesia. Entre as mais recentemente utilizadas, destaca-se a terapia de constrição com indução do movimento (TCIM). Essa técnica, que possui uma das maiores evidências científicas para ganho da funcionalidade de MS, consiste em manter o membro hemiparético contido de dez dias até quatro semanas e com tempo de estimulação diária de três a seis horas. 114. Nos casos de AVC isquêmico, observa-se uma diminuição da perfusão cerebral, o que pode ocasionar danos irreversíveis. Ao redor da área de isquemia, há uma área menos comprometida, que sofreu um processo isquêmico temporariamente compatível com a recuperação anatomofisiológica integral. O menor intervalo de tempo entre a instalação do AVE e a instituição do seu tratamento é essencial para salvar essa região da evolução para morte celular e para que se alcance bons resultados clínicos e terapêuticos. Essa região é chamada de zona de penumbra ou zona de isquemia perifocal. 115. São exemplos de escalas de avaliação, validadas para a população brasileira, que podem ser utilizadas na criança a que o caso clínico se refere: medida da função motora grossa (GMFM), inventário de avaliação pediátrica de incapacidade (PEDI), escala de equilíbrio pediátrica, entre outras. 116. Por causa das limitações nos diagnósticos e da reduzida comprovação científica, é mais comum que crianças com AVE recebam o diagnóstico de paralisia cerebral (PC) do que sequela de AVE. Sabe-se queo termo PC é muito mais abrangente e contempla muitas doenças neurológicas, inclusive o AVE infantil, que, necessariamente, precisa de um evento cerebrovascular. A paralisia cerebral (PC) designa um grupo de distúrbios neurológicos não progressivos, secundários a uma lesão cerebral pré, peri ou pós-natal, afetando o desenvolvimento de habilidades posturais e de movimento do encéfalo imaturo, além de uma diversidade de manifestações clínicas referentes ao tipo, à distribuição e à gravidade do comprometimento motor. No que se refere a esse assunto, julgue os itens a seguir. 117. Durante algumas décadas, acreditou-se que a asfixia perinatal era a principal causa da PC. Hoje, acredita-se, com os avanços nos exames de imagem, que fatores pré-natais passaram a ser a causa mais frequente, chegando de 70% a 80% dos casos tanto em lactentes nascidos a termo quanto em prematuros. 118. Classificar uma condição de saúde tão heterogênea como a PC não é tão simples. Por esse motivo, diversos esforços dos profissionais da saúde foram feitos no intuito de classificar esses indivíduos em relação à sua mobilidade, habilidade manual e comunicação. Para esses desfechos, utiliza-se, principalmente e respectivamente, o sistema de classificação da função motora grossa (GMFCS), o sistema de classificação da habilidade manual (MACS) e o sistema de classificação da função de comunicação (CFCS). 119. A autolocomoção da criança e do adolescente com PC é classificada pelo GMFCS, que considera as limitações de mobilidade e a necessidade do uso de dispositivos para locomoção. É uma escala ordinal que contém cinco níveis, classificados de forma crescente, sendo que, no nível 1, a criança é mais dependente na sua locomoção e, no nível 5, é mais independente. Apresenta, ainda, diferenças conforme a faixa etária (antes dos 2 anos de idade, entre 2 anos aos 4 anos de idade, entre 4 anos e 6 anos de idade, entre 6 anos e 12 anos de idade e entre 12 a 18 anos de idade). 120. Além da classificação por funcionalidade, a PC também pode ser dividida e classificada conforme o subtipo neurológico e topográfico. Os distúrbios motores da PC são frequentemente acompanhados por distúrbios de sensação, percepção, cognição, comunicação. Atualmente, a PC apresenta a divisão: espástica (unilateral ou bilateral), discinética (distônica ou coreoateroide), atáxica ou mista. Área livre PR OV A A PL IC AD A Tipo “U” GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE EDITAL NORMATIVO Nº 1 – RP/SES-DF/2020, DE 7 DE OUTUBRO DE 2019 PROGRAMA 2 4 3 Multiprofissional em Saúde da Família Fisioterapia Data e horário da prova: domingo, 15/12/2019, às 14 h. I N S T R U Ç Õ E S Você receberá do fiscal: o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e o uma folha de respostas personalizada. Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: Tudo o que você precisa é amor. Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente. Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. I N S T R U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T I V A Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais destinados às respostas. O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da prova objetiva para a folha de respostas. A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. Marque as respostas assim: PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 243 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA FISIOTERAPIA – TIPO “U” PÁGINA 8/9 A relaçaõ entre atividade física e saúde é tema permanente e sempre atual na mídia leiga e o trabalho em equipe multidisciplinar que visa à promoção da saúde com base na prática da atividade física, ainda, é um desafio em nosso país. Evidências recentes têm mostrado que a adequada orientação pode favorecer a adoção de estilo de vida mais ativo por parte dos pacientes. Nesse contexto, é importante considerar o papel da atividade física na prevenção e no tratamento de diferentes doenças e na promoção da saúde. Essa discussão é apresentada para subsidiar o papel do fisioterapeuta como promotor de saúde na atenção primária e na orientaçaõ dos pacientes para a prática regular de atividade física. Considerando a função do fisioterapeuta como profissional de orientação e atenção básica nos serviços de saúde pública julgue os itens a seguir. 101. Atualmente, ocorre uma menor mortalidade em grupo de pessoas mais ativas, mesmo na presença dos três principais fatores de risco cardiovascular: hipertensaõ arterial, hipercolesterolemia e tabagismo, comparativamente a outro grupo, que não apresentou nenhum desses fatores de risco, mas era menos ativo. 102. Segundo o American College of Sports Medicine e a American Heart Association, para promover e manter adequada saúde, todo adulto saudável, entre 18 e 65 anos de idade, deve acumular, pelo menos, trinta minutos de atividade física diária de intensidade moderada, no mı́nimo cinco dias por semana ou, pelo menos, vinte minutos de atividade fı́sica vigorosa, no mı́nimo três vezes por semana. 103. Uma opção de medida muito simples e prática para mensurar o nível de atividade física geral dos pacientes é o questionário internacional de atividade física (IPAQ), proposto pela Organizaçaõ Mundial da Saúde. 104. A intensidade do esforço físico, medido por meio de parâmetros relativos, pode ser classificada mediante os múltiplos da taxa de equivalente metabólico (MET). Por esse critério, assume-se que 1 MET equivale ao consumo de oxigênio necessário para um adulto se manter ativo, o que representa cerca de 3,5 mL/kg/min ou o consumo de 1 kcal/kg/hora. 105. Define-se como atividades físicas moderadas aquelas que resultam de 2 a 4 METs, e vigorosas aquelas resultantes acima 5 METs. O diabetes mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia, estando associado a doenças micro e macrovasculares que afetam o sistema nervoso e musculoesquelético, além de vários órgãos, como pele, coração, cérebro e rins. ODM é considerado uma epidemia mundial e um grande problema de saúde pública, apresentando uma prevalência estimada em 347 milhões de pessoas. No Brasil, estima-se que 9,1 milhões de pessoas sejam diabéticas. O Ministério da Saúde redefiniu, em 2014, a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde, destacando a importância das equipes multiprofissionais para o cuidado dos usuários. Entre as profissões que podem compor as equipes, vale destacar a fisioterapia, uma ciência aplicada que tem como objeto de estudo o movimento humano nas suas alterações patológicas e nas repercussões psíquicas e orgânicas. Visa preservar, manter, desenvolver ou restaurar a integridade de órgão, sistema ou função. A respeito desse assunto, julgue os itens a seguir. 106. A atenção primária caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitaçaõ e a manutençaõ da saúde. 107. O deficit de equilı́brio e o consequente risco de queda é uma frequente manifestação entre os indivíduos com DM, sobretudo entre os portadores de DM tipo 2. 108. Estratégias para a avaliação da capacidade funcional são fundamentais para esse tipo de paciente. Entre elas: o teste time up and go, o teste de caminhada de seis minutos, o teste de sentar-levantar e a dinamometria isocinética. 109. Exercícios com a utilização de plataformas vibratórias são indicados no tratamento fisioterápico de indivíduos diabéticos. 110. Os exercı́cios de fortalecimento de membros inferiores podem ser considerados contraindicados para uso clínico no tratamento da disfunçaõ de equilı́brio em pacientes com neuropatia periférica diabética. 111. A dor neuropática é uma manifestação prevalente no DM. Aproximadamente 20% dos diabéticos apresentam esse sintoma. 112. A dor muscular tardia, cujos sintomas podem variar de uma leve alteração na percepção muscular até uma rigidez muscular com dor debilitante, é relatada como uma experiência comum entre os indivíduos sedentários diabéticos. 113. Retinopatia, nefropatia, neuropatia e tendinopatias saõ algumas das principais complicações microvasculares do DM. 114. O índice de Barthel é usado para a avaliação da independência funcional e mobilidade, e o protocolo de desempenho físico de Fugl-Meyer, composto pelas dimensões relacionadas à funçaõ motora, à sensibilidade, à mobilidade e ao equilı́brio, é utilizado para mensurar os resultados da reabilitaçaõ neurofisiológica. 115. Entre as sı́ndromes dolorosas do ombro, a capsulite adesiva é a mais frequentemente observada entre indivı́duos com DM. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 243 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA FISIOTERAPIA – TIPO “U” PÁGINA 9/9 A gravidez é um período no qual ocorrem várias modificações endócrinas e metabólicas, cujo objetivo é atender tanto às necessidades maternas quanto às necessidades fetais. Essas demandas exigem adaptações do organismo da gestante que, quando não atendidas, podem acarretar prejuízos ao prognóstico materno e perinatal. Nesse grupo de adaptações, incluem-se as que exigem desempenho diferenciado do pâncreas endócrino que, quando não ativado, pode acarretar intolerância à glicose. Considera-se diabetes mellitus gestacional (DMG) a condição hiperglicêmica diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez, significando intolerância aos açúcares ou carboidratos de graus variados de intensidade. De forma prática, consideram- se limites para seu diagnóstico glicemia de jejum maior que 126 mg/dL, ou teste de tolerância à glicose, com 75 gramas de glicose, maior que 140 mg/dL. Sabe-se que o DMG aumenta o risco objetivo de complicações clínicas e obstétricas. Os distúrbios da glicemia, com risco constante de descompensação hiperglicêmica, são preocupações permanentes. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir. 116. A American Diabetes Association (ADA) considera o exercício físico uma importante terapia coadjuvante no tratamento de todas as formas de diabetes mellitus. Essa prática é frequentemente recomendada no manejo de pacientes portadoras dessa doença, visto que melhora a captação de glicose por meio da diminuição da sensibilidade periférica à insulina e da redução da adiposidade corpórea. 117. O exercício é uma valiosa forma de terapia de suporte para o DMG, devendo ser indicado o quando a euglicemia não é alcançada somente com dieta. 118. A orientação dietética é essencial, bem como a hidratação adequada durante o exercício. Além da prática de exercícios, as gestantes diabéticas devem ser incentivadas a manter uma vida ativa e a realizar exercícios de força muscular moderada, caminhar por 15 minutos a 1 hora, após as refeições. 119. Os programas de exercícios físicos aeróbios obtêm mais benefícios para DMG comparados com os exercícios de resistência à força – anaeróbios. 120. Os exercícios com menor chance de causar contrações uterinas, elevação da pressão arterial materna, são aqueles realizados com os membros superiores, mantendo as gestantes sentadas e recostadas, com menor sobrecarga ao tronco. Área livre Área livre PR OV A A PL IC AD A Tipo “U” GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE EDITAL NORMATIVO Nº 1 – RP/SES-DF/2020, DE 7 DE OUTUBRO DE 2019 PROGRAMA 2 5 3 Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso Fisioterapia Data e horário da prova: domingo, 15/12/2019, às 14 h. I N S T R U Ç Õ E S Você receberá do fiscal: o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e o uma folha de respostas personalizada. Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: Tudo o que você precisa é amor. Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente. Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. I N S T R U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T I V A Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais destinados às respostas. O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas daprova objetiva para a folha de respostas. A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. Marque as respostas assim: PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 253 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO FISIOTERAPIA – TIPO “U” PÁGINA 8/9 Uma paciente de 60 anos de idade foi diagnosticada com osteoartrite (OA) de joelho esquerdo e encaminhada para fisioterapia. Atualmente, apresenta queixa principal de dor e importante limitação na amplitude de movimento de joelho, com inúmeros afastamentos da respectiva atividade laboral e qualidade de vida prejudicada. Faz uso de medicação condroprotetora (colágeno, condroitina e glicosamina), além de anti-inflamatórios não esteroidais frequentemente, causando distúrbios gastrointestinais, dor grau 7 pela escala analógica visual, joelho inchado constantemente, ADM restrita com joelho em flexo de 8º e flexão ativa de 80º. Observa-se hipotrofia muscular da coxa e força muscular grau 3 para os movimentos de extensão e flexão de joelho. A paciente encontra-se na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para realização de artroplastia de joelho. No que se refere a esse caso clínico e com base nos conhecimentos correlatos. 101. OA é a doença musculoesquelética mais comum e prevalente associada ao envelhecimento populacional, afetando em torno de 250 milhões de adultos ao redor do mundo, impactando, de maneira negativa, na função e qualidade de vida dessas pessoas. 102. A fraqueza do quadríceps é um achado característico de pacientes com OA de joelho, sobretudo em idosos, por causa da sarcopenia, afetando a função física pela diminuição da força e massa muscular, da função vascular e da densidade mineral óssea que ocorre no envelhecimento. 103. Treinamento resistido com baixas cargas, conforme preconizado pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva, estimula a hipertrofia muscular. 104. Para essa paciente, estão indicados exercícios de fisioterapia aquática enfatizando técnicas de fortalecimento muscular do Watsu. 105. O fisioterapeuta deve indicar o uso de joelheira articulada com estabilizadores laterais e bloqueador articular em amplitude de movimento segura. 106. A mobilização articular nos graus II e III é uma boa opção terapêutica para essa paciente, para direcionar o processo de remodelamento tecidual, minimizando a proliferação de tecido fibrótico, diminuindo a formação de pontes cruzadas de colágeno, aderência tendinosa aos tecidos que o cercam e modular a dor. 107. A orientação de exercícios de deslizar o pé na cama, em decúbito dorsal, é indicada para ativação muscular e melhora da força muscular. 108. A técnica de treinamento resistido de baixa intensidade com oclusão vascular parcial ou Kaatsu training pode ser uma ferramenta bastante útil na reabilitação muscular de pacientes que não toleram altas cargas de treinamento. Área livre [...] a Política Nacional de Saúde do Idoso apresenta como propósito basilar a promoção do envelhecimento saudável, a manutenção e a melhoria, ao máximo, da capacidade funcional dos idosos, a prevenção de doenças, a recuperação da saúde dos que adoecem e a reabilitação daqueles que venham a ter a sua capacidade funcional restringida, de modo a garantir-lhes permanência no meio em que vivem, exercendo de forma independente suas funções na sociedade. BRASIL, Portaria do Gabinete do Ministro de Estado da Saúde no 1.395, de 9 de dezembro de 1999, que aprova a Política Nacional de Saúde do Idoso e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial (da) República Federativa do Brasil, no 237-E, p. 20-24, 13 dez., seção 1. Como destaca o primeiro Caderno de Atenção Básica voltado para a atenção à pessoa idosa editado pelo Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde “a equipe de saúde precisa estar sempre atenta à pessoa idosa, na constante atenção ao seu bem-estar, à sua rotina funcional e à sua inserção familiar e social, jamais a deixando à margem de seu contexto, mantendo-a o mais independente possível no desempenho de suas atividades rotineiras.” COSTA NETO, M. M.; SILVESTRE, J. A. Atenção à Saúde ao Idoso: Instabilidade Postural e Queda. Brasília: Departamento de Atenção Básica, Secretaria de Políticas de Saúde, Ministério da Saúde, 1999. Com base nesses textos, julgue os itens a seguir. 109. O fisioterapeuta deve estar focado nas disfunções funcionais do idoso, trabalhando mais a doença e as respectivas incapacitações do que a saúde geral. 110. A internação dos idosos, seja em ambiente hospitalar por curto prazo de tempo, seja em serviços de longa permanência, representa um modelo excludente e que causa importante deterioração na respectiva capacidade funcional e autonomia. 111. O fisioterapeuta deve engajar-se no modelo assistencial caracterizado pela prática de saúde voltada para uma abordagem biológica e intra-hospitalar de cobertura, resolubilidade e custos satisfatórios. 112. O fisioterapeuta como profissional de saúde deve ser capaz de perceber a multicausalidade dos processos mórbidos, sejam físicos, mentais ou sociais, tanto individuais quanto coletivos, contextualizando, sempre, o indivíduo no próprio meio ambiente. 113. O processo de envelhecimento não é benigno e, sim, patológico, com agravos físicos, emocionais e sociais que, com o aumento da idade, representam uma efetiva e progressiva ameaça para o equilíbrio dinâmico do indivíduo. 114. É competência do fisioterapeuta orientar as pessoas idosas, os respectivos familiares, os respectivos cuidadores e a comunidade acerca de medidas que reduzam ou previnam os riscos à saúde da pessoa idosa. 115. Cabe ao fisioterapeuta avaliar a pessoa idosa, classificando-a segundo o risco, em relação aos problemas típicos da respectiva idade, imobilidade, instabilidade postural, incontinência, insuficiência cerebral e iatrogenia, bem como empregar terapêuticas específicas. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 253 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO FISIOTERAPIA – TIPO “U” PÁGINA 9/9 Uma paciente de 83 anos de idade, do lar, iniciou com quadro leve de perda de memória e quedas frequentes dentro de casa. Relata perda progressiva de equilíbrio e força para subir e descer escadas. É ex-tabagista, osteopênica, faz uso de marcapasso para insuficiência cardíaca e refere falta de ar para executar tarefas cotidianas e repetidas infecções respiratórias. Ao exame físico, observam-se amplitudes de movimentos preservadas, hipotrofia muscular generalizada, deficit de equilíbrio estático e dinâmico, uso de óculos para miopia e astigmatismo, além de pálpebras caídas recobrindo praticamente metade dos olhos. Faz uso de fralda geriátrica por causa de incontinência urinária. Chega à fisioterapia acompanhada pela filha que mora com ela e a auxilia nas atividades de vida diária. Quanto a esse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 116. A prescrição de exercícios resistidos deve utilizar os principais e grandes grupos musculares com séries de 10 a 15 repetições com taxação do esforço percebido de 12 a 13 na escala de Borg, duas vezes por semana e com 48 horas repouso entre as sessões. 117. Pode-se garantir que o treinamento sensório-motor utilizando games, como Nintendo Wii® ou X-Box®, é eficiente para promoção do equilíbrio corporal e capacidade funcional de idosos. 118. Espera-se que, com o uso de incentivadores respiratórios, como Respiron® e o Flutter®, ocorram modificações na mecânica respiratória a curto prazo, causando melhora na sensação de falta de ar dessa paciente. 119. Para a incontinência urinária dessa paciente, deve-se introduzir um programa de fortalecimento
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