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prova SES-DF 2020

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PR
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Tipo “U” 
 
 
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO Nº 1 – RP/SES-DF/2020, DE 7 DE OUTUBRO DE 2019 
 
PROGRAMA 
2 1 3 
Multiprofissional em Atenção em Oncologia 
Fisioterapia 
 
Data e horário da prova: domingo, 15/12/2019, às 14 h. 
 
I N S T R U Ç Õ E S 
 
 Você receberá do fiscal: 
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, 
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e 
o uma folha de respostas personalizada. 
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. 
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. 
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, 
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: 
 
Tudo o que você precisa é amor. 
 
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá 
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. 
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. 
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. 
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material 
transparente. 
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. 
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. 
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. 
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. 
 
I N S T R U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T I V A 
 
 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. 
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. 
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais 
destinados às respostas. 
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da 
prova objetiva para a folha de respostas. 
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, 
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. 
 Marque as respostas assim: 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 
213 – MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO EM ONCOLOGIA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
PÁGINA 2/9 
 
Fisioterapia 
Itens de 1 a 120 
 
A dor lombar é um dos problemas mais comuns na 
atenção primária de saúde. Estima-se que 70% a 85% da 
população mundial experimentarão um episódio de dor 
lombar em algum momento e que 90% desses indivíduos 
terão mais de um episódio [...]. 
 
SOUZA, I. M. B., et al. Prevalence of low back pain in the elderly 
population: a systematic review. Clinics, 2019. 
 
Um paciente de 45 anos de idade, fisicamente ativo, funcionário 
público, apresenta dor lombar crônica grau 7 pela escala de dor 
com irradiação para região posterior da coxa e lateral da perna 
esquerda, além de dois episódios de queda ao solo por “falseio” 
do joelho. Ao exame físico, observa-se paciente longilíneo, sem 
protrusão abdominal, retificação da lordose lombar, discreta 
inclinação lateral do tronco para direita, como postura antálgica, 
sensibilidade tátil, térmica e dolorosa preservada, reflexo patelar 
e calcâneo normais, encurtamento muscular importante em 
musculatura posterior da coxa e deficit de força muscular em 
tríceps sural à esquerda de 35% comparado ao lado contralateral 
mensurado por dinamometria isométrica. 
 
Com base nesse caso clínico e considerando os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
1. Recursos terapêuticos passivos de forma prolongada e 
isolada estão indicados para pacientes com dor lombar 
crônica. 
2. Está indicado para esse paciente o uso de cinta ou 
imobilizador lombar para prevenir, bem como para o 
tratamento da dor lombar crônica. 
3. O fisioterapeuta não deve sugerir exames de imagem a 
menos que suspeite de doenças graves, tais como 
trauma, câncer, infecção, síndrome de cauda equina e 
doenças inflamatórias, visto que o exame de imagem 
não tem se mostrado eficaz para auxiliar na decisão 
clínica para o tratamento da dor lombar. 
4. É indicado para esse paciente o uso de palmilhas 
mecanoposturais, tanto para o tratamento quanto para a 
prevenção de recidiva dos sintomas. 
5. O trabalho muscular ativo deve ser introduzido 
precocemente, enfatizando exercícios que ativem 
músculos como transverso do abdome e multifídeos. 
6. O ganho de flexibilidade da cadeia posterior do 
membro inferior pode ser obtido por meio de técnicas 
de alongamento estático e dinâmico. 
7. Para o reequilíbrio muscular nesse paciente, deve-se 
prescrever exercícios bilaterais, enfatizando a 
musculatura dorsiflexora de tornozelo. 
8. A escala de Oswestry deve ser utilizada para o 
acompanhamento desse paciente como instrumento de 
avaliação das desordens da coluna. 
 
 
Um paciente de 35 anos de idade, tenista amador, sofreu 
entorse de joelho direito com diagnóstico de ruptura 
completa do ligamento cruzado anterior. Foi submetido a 
ligamentoplastia com enxerto do ligamento da patela 
ipsilateral, mas, no pós-operatório, evoluiu com artrofibrose 
importante e grande limitação da amplitude de movimento do 
joelho. Foi realizada nova artroscopia do joelho e 
manipulação cirúrgica. O paciente encontra-se internado em 
pós-operatório imediato, com dor grau 8 pela escala de dor, 
significativo edema suprapatelar, flexo de 2º e ADM passiva 
de flexão de 90º, além de inibição de contração voluntária do 
quadríceps. Foi solicitada fisioterapia precoce. 
Considerando esse caso clínico e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
9. O fisioterapeuta deve orientar o posicionamento de um 
apoio sob o joelho operado (almofada, travesseiro ou 
lençol), a fim de garantir maior conforto e alívio da dor 
do paciente. 
10. O uso de mobilização passiva contínua (CPM), quando 
disponível, é uma ferramenta indispensável para o 
ganho de amplitude de movimento articular nessa fase 
de reabilitação. 
11. A mobilização patelar e a massagem em bolsa 
subquadricipital são indicadas como condutas iniciais 
do atendimento desse paciente. 
12. Não é permitida a contração ativa do quadríceps nesse 
momento, pois o paciente irá se queixar de dor, 
podendo comprometer uma boa recuperação pós-
operatória imediata. 
13. Caso o paciente tolere, o fisioterapeuta pode orientar o 
ganho de amplitude de movimento de extensão do 
joelho posicionando o paciente em decúbito ventral 
com os joelhos para fora da beira da maca. 
14. O fisioterapeuta deve seguir uma conduta mais 
cautelosa no ganho de amplitude de movimento nessa 
fase, haja vista que o paciente refere muita dor e edema 
articular. 
 
 
Um paciente de 49 anos de idade, entregador de cartas, relata 
que, há dois anos, iniciou, de maneira insidiosa, com sintoma 
de dor na porção central de tendões calcâneos, rigidez 
matinal e limitação funcional. Teve vários episódios de 
afastamento do trabalho para repouso como tratamento. 
Atualmente, a dor está mais exacerbada, ele queixa-se de 
aumento de volume no corpo dos tendões calcâneos, maior 
sensação de rigidez e impossibilitado de andar mais de 1 km 
ou subir e descer rampas ou ladeiras. 
 
A respeito desse caso clínico e com base nos conhecimentos 
correlatos, julgue os itensa seguir. 
 
15. Deve-se instituir, como prioridade no tratamento desse 
paciente, recursos termoeletrofototerápicos para 
melhora da funcionalidade da tendinopatia calcânea 
crônica. 
16. O desfecho clínico de dor deve ser analisado 
isoladamente dos demais sintomas por meio de escala 
analógica visual, pois a queixa principal do paciente é o 
sintoma álgico. 
17. O fisioterapeuta deve utilizar o questionário de 
autoavaliação VISA-A como medida confiável e válida 
para dor e função do terço médio do tendão calcâneo. 
18. Atualmente, o padrão ouro recomendado para o 
tratamento da tendinopatia crônica do tendão calcâneo é 
o exercício excêntrico do tríceps sural de alta 
intensidade. 
19. A massagem transversa profunda não tem se mostrado 
efetiva no tratamento de pacientes com tendinopatia 
calcânea crônica. 
20. O uso de strapping tape é imprescindível como 
ferramenta fisioterápica para esse caso, pois irá 
minimizar a dor com base no respectivo estímulo 
tátil-cutâneo. 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 
213 – MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO EM ONCOLOGIA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
PÁGINA 3/9 
 
 
Raio X AP de punho pré-operatório 
 
 
Raio X AP e perfil de punho pós-operatório 
 
Uma paciente de 10 anos de idade, obesa, destra dominante, 
sofreu queda de bicicleta com consequente trauma e fratura 
do terço distal do rádio e luxação da articulação radioulnar 
distal. Foi submetida à redução e fixação cruenta da fratura 
para osteossíntese com placa e parafusos e fios de Kirschner, 
conforme imagem. Ficou imobilizada por seis semanas com 
gesso em posição de supinação máxima. Após a retirada da 
imobilização gessada, foi encaminhada para fisioterapia, pois 
exibia uma hiperalgesia e distonia, não sendo capaz de 
sustentar absolutamente nenhum peso na extremidade 
superior direita, e o punho e a mão encontravam-se lustrosos, 
inchados e vermelhos. Observava-se, ainda, importante 
restrição da amplitude de movimento para os movimentos de 
pronação da radioulnar e da flexão-extensão do punho. Dor 
classificada em 9/10 pela escala analógica visual, e a 
paciente e não tolerava a aplicação de crioterapia no local. 
 
Com base nesse caso clínico e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
21. A lesão óssea em questão é classificada como fratura de 
Monteggia. 
22. Essa paciente apresenta sinais clínicos de distrofia 
simpático reflexa. 
23. No plano eletroterapêutico para tratamento do sintoma 
álgico, o fisioterapeuta pode aplicar estimulação elétrica 
em nível sensorial sobre os nervos sensoriais periféricos 
que inervam o punho e mão. 
24. A placa e os parafusos fixados no rádio estabilizam a 
articulação radioulnar para os movimentos de 
pronossupinação. 
25. Para recuperar a mobilidade intra-articular da 
radioulnar distal do punho da mão e dos dedos, o 
fisioterapeuta deve aplicar técnicas de terapia manual 
mantidas de grau III ou oscilatórias grau IV para o 
distensionamento capsular. 
 
 
Um paciente de 16 amos de idade, desportista amador de 
futebol, relata que, ao chutar a bola durante um treinamento, 
sentiu uma “fisgada” muito forte na região anterior e superior 
do quadril direito e um aumento de volume na porção 
anterior e proximal da coxa. Passou por consulta médica e 
diagnosticou-se lesão miotendinosa de reto anterior da coxa 
com fratura avulsão. Optou-se pelo tratamento conservador, 
sendo o paciente encaminhado aos cuidados da fisioterapia. 
 
Acerca desse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
26. A desinserção do músculo reto anterior da coxa deu-se 
na respectiva inserção junto à espinha ilíaca 
anterossuperior. 
27. Com relação ao mecanismo de lesão, essa é uma 
condição clínica comum no futebol, em razão de o 
músculo reto anterior da coxa ser um músculo 
multipenado e uniarticular. 
28. Embora os tratamentos conservadores possam obter 
resultados aceitáveis, é comum que os pacientes 
apresentem menor força muscular, atraso no retorno à 
atividade física e um gap permanentemente visível e 
palpável. 
29. Para pacientes com esse tipo de lesão tratados 
conservadoramente, prioriza-se inicialmente o ganho de 
movimento com mobilização passiva e sem a 
necessidade de braces imobilizadores. 
30. Para o fortalecimento muscular em fases mais 
avançadas de reabilitação, o fisioterapeuta pode utilizar 
o exercício isoinercial como forma de potencializar a 
força excêntrica do movimento, a fim de prevenir 
relesão. 
 
Área livre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 
213 – MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO EM ONCOLOGIA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
PÁGINA 4/9 
 
Um paciente sedentário de 65 anos de idade, com colesterol 
total acima de 240 mg/dL e HDL abaixo de 35 mg/dL, 
IMC = 30 kg/m2, relação abdome-quadril de 1 w/h e pressão 
arterial de 140 mmHg x 90 mmHg e história familiar de 
hiperglicemia, apresentou um evento cardíaco que culminou 
em infarto agudo do miocárdio e hospitalização. 
 
Quanto a esse caso clínico e com base nos conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
31. A fase II da reabilitação estabelece o treinamento 
aeróbico com intensidade constante por um período de 
treino de até 20 minutos, e, caso ocorra queda da 
frequência cardíaca de 5 bpm, o exercício deve ser 
suspenso. 
32. A prescrição de atividade física faz parte do programa 
de reabilitação nas fases II e III, por contribuir para a 
redução dos fatores de risco apresentados nesse caso 
clínico. 
33. Na fase de internação hospitalar, ou fase I, a fisioterapia 
é fundamental, com ênfase na prescrição de exercícios 
de membros superiores contra resistência. 
34. As condições patológicas e comportamentais apontadas 
no caso clínico demandam uma atuação multiprofissional 
que pode ser desenvolvida nas fases I, II e III da 
reabilitação cardíaca. 
35. A hipercolesterolemia e o sobrepeso não são indicações 
para iniciar programa de reabilitação. 
 
 
Um paciente de 69 anos de idade encontra-se no 
pós-operatório (PO) de revascularização do miocárdio. No 
primeiro dia de PO, o paciente encontrava-se no leito, sem suporte 
ventilatório, lúcido, obedecendo aos comandos vagarosamente, 
em desmame das drogas vasoativas. Ao exame físico, foram 
verificados pressão arterial = 110 mmHg x 75 mmHg, frequência 
respiratória = 23 irpm, SpO2 = 94% usando cateter nasal 
a 3 L/min e ausculta pulmonar com crepitações bibasal e edema 
(3+/4) em extremidades de membros inferiores. O 
paciente queixa-se de tontura ao sentar e tosse com desconforto na 
região esternal. 
 
No que se refere a esse caso clínico e com base nos 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
36. Esse paciente está contraindicado para realização de 
RPPI por causa do desconforto retroesternal. 
37. A curto prazo, do primeiro ao quinto dia de PO, a fisioterapia 
enfatiza técnicas que utilizam respiração profunda, tosse, 
desobstrução brônquica, supervisão e incentivo à mobilização 
precoce, saída do leito, marcha estacionária, programa de 
exercícios equivalentes a 2 a 4 METs. 
38. A partir do terceiro dia de PO, deve-se iniciar exercícios 
isométricos de MMII e progredir para exercícios 
resistidos. 
39. A utilização da ventilação não invasiva no PO de 
cirurgia cardíaca, após a extubação, é usada com 
objetivo de reverter atelectasias e melhorar a 
oxigenação, principalmente em pacientes idosos. 
40. No decorrer da internação hospitalar (fase I), a 
tolerância aos exercícios deve ser aumentada 
gradativamente. O controle e a intervenção 
cardiorrespiratória devem ter base nos seguintes 
parâmetros: FC de repouso, pressão arterial e escala de 
esforço percebido e, se possível, a FC atingida no teste 
de caminhada de seis minutos. 
 
O sistema cardiovascular é constituído pelo coração e pelos 
vasos sanguíneos. Ele é responsável por transportar o sangue 
e os respectivos componentes para os tecidos do corpo, tendo 
funçõesdiretamente integradas a outros sistemas, 
especialmente o respiratório. 
 
Em relação aos aspectos estruturais e funcionais 
cardiovasculares julgue os itens a seguir. 
 
41. O sistema cardiovascular tem a função de suprir as 
células de nutrientes para o respectivo metabolismo, 
anabolismo e catabolismo. 
42. Fatores que promovem a saída do sangue do coração 
para as artérias são: contração do músculo cardíaco, 
valvas cardíacas, elasticidade das artérias e gravidade. 
43. A valva atrioventricular direita tem o objetivo de evitar 
o refluxo de sangue do ventrículo para o átrio no 
momento de contração do ventrículo. 
44. A valva atrioventricular esquerda tem a própria 
estrutura composta de dois folhetos, sendo também 
chamada de valva mitral. 
45. O retorno venoso é determinado por uma combinação 
de fatores, entre eles: bombeamento do sangue pelo 
coração, bomba muscular e valvas das veias (abrem em 
direção ao coração). 
 
 
As cardiopatias congênitas são secundárias a malformações 
cardíacas no período embrionário e, com bases nas alterações 
da estrutura anatômica, podem ser classificadas em simples 
ou complexas. Frequentemente, acarretam alterações na 
hemodinâmica do organismo e isso pode provocar 
repercussões negativas comprometendo a sobrevida da 
criança. 
 
Acerca das alterações hemodinâmicas esperadas dessas 
cardiopatias, julgue os itens a seguir. 
 
46. A tetralogia de Fallot representa um tipo de alteração 
vascular que dificulta a oxigenação no cérebro, mas não 
na periferia, por isso é considerada uma síndrome não 
cianótica. 
47. Comunicação interventricular provoca a passagem de 
sangue arterial do ventrículo esquerdo para o ventrículo 
direito e para a artéria pulmonar, especialmente durante 
a sístole. Logo, há aumento do fluxo sanguíneo para 
pequena circulação e hipervolemia pulmonar. 
48. Durante a estenose pulmonar, a maior resistência ao 
fluxo provoca adaptação cardíaca: hipertrofia VD 
concêntrica, sobrecarga sistólica de VD. 
49. A fisioterapia na vigência de hipertensão pulmonar 
objetiva ofertar oxigênio satisfatoriamente e evitar 
níveis elevados de PaCO2. 
50. Na comunicação interatrial, observa-se shunt da 
esquerda para direita, pois a pressão no átrio esquerdo é 
maior. 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 
213 – MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO EM ONCOLOGIA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
PÁGINA 5/9 
 
Uma paciente de 70 anos de idade, ex-tabagista e hipertensa, 
vem apresentando, há um mês, cansaço aos pequenos 
esforços, taquicardia, edema em membros inferiores e 
turgência jugular. Ao ser atendida no pronto atendimento de 
um hospital geral, relatou intensa dispneia e tosse 
improdutiva. Foi diagnosticado edema pulmonar por 
insuficiência cardíaca grau II, segundo a New York Heart 
Association (NYHA), com fração de ejeção de 43%. 
Medicada, vem sendo acompanhada na unidade básica de 
saúde da respectiva referência, mas o quadro clínico ainda se 
mantém. Encaminhada a um centro de reabilitação, iniciou 
um programa de reabilitação cardiovascular. No teste 
ergométrico, a frequência cardíaca máxima da paciente foi de 
120 batimentos por minuto. 
 
Em relação a esse caso clínico e considerando os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
51. Essa paciente deve ser incluída na fase III da 
reabilitação cardíaca no centro de reabilitação, pois já 
foi medicada, ou seja, pode iniciar atividade física sem 
supervisão. 
52. A zona-alvo da frequência cardíaca para o treinamento 
dessa paciente é 150 bpm, ou seja, a frequência cardíaca 
máxima esperada para idade. 
53. Essa paciente utilizou os seguintes níveis de atenção à 
saúde: atenção primária, representada pela unidade 
básica de saúde; atenção secundária, representada pelo 
centro de reabilitação; e atenção terciária, representada 
pelo hospital geral. 
54. As características desse quadro clínico enquadram a 
paciente na fase II do programa de reabilitação. 
55. Como a paciente realizou o teste ergométrico, a 
intensidade de treinamento deve ser: 50% a 70% x FC 
reserva + FC rep. 
 
 
O uso da ventilação mecânica não-invasiva com 
pressão positiva (VMNI) para o tratamento de pacientes com 
insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada foi, 
certamente, um dos maiores avanços da ventilação mecânica 
nas últimas duas décadas. 
 
SCHETTINO G. P. P; REIS M. A. S. et al. Ventilação Mecânica Não-
Invasiva com Pressão Positiva. In: Revista Brasileira 
de Terapia Intensiva v. 19, n. 2, 2007. 
 
Um paciente de 70 anos de idade, medindo 1,78 m, deu 
entrada no pronto-socorro do hospital com crise hipertensiva, 
evoluindo para edema agudo de pulmão. Na admissão, o 
fisioterapeuta observou: paciente orientado e com esforço 
respiratório, com frequência cardíaca = 130 bpm, 
pressão arterial = 170 mmHg x 100 mmHg, frequência 
respiratória = 35 irpm, SpO2 = 88%, usando oxigênio por 
máscara facial com reservatório a 10 L/min e queixa de falta 
de ar. A gasometria arterial era: pH = 7,28; PaCO2 = 58; 
PaO2 = 62; HCO3 = 26; BE = 2; SaO2 = 88%. 
 
Em relação a esse caso clínico e aos conhecimentos 
correlatos julgue os itens a seguir. 
 
56. O paciente desse caso clínico preenche critérios para 
iniciar tratamento com ventilação não invasiva. 
57. Um dos efeitos esperados com a ventilação não 
invasiva nesse paciente é promover o recrutamento 
alveolar aumentando a PaCO2. 
58. Espera-se que o paciente desse caso clínico melhore a 
oxigenação e reduza a hipercapnia. 
59. A gasometria desse caso clínico é característica de 
hiperventilação, mostrando uma acidose respiratória 
com hipoxemia. 
60. Os dados vitais desse caso clínico, juntamente com a 
gasometria arterial, revelam contraindicação absoluta 
para realização de VMNI. 
 
 
A espirometria de incentivo foi desenvolvida na 
década de 1970 por Bartlett com o objetivo de incentivar a 
inspiração máxima sustentada. A manobra ideal para 
reinsuflar alvéolos colapsados deve incluir: aumento do 
volume pulmonar, pausa pós-inspiratória e fluxo inspiratório 
com velocidade baixa. 
 
BRITTO, R.R; BRANT, T.C.S; PARREIRA, V.F. Cap. 9. Espirometria de 
Incentivo. In: Recursos Manuais e Instrumentais em Fisioterapia 
Respiratória. [S.l.]: Manole, 2009, com adaptações. 
 
Acerca dos espirômetros de incentivo, julgue os itens a 
seguir. 
 
61. Durante a realização da manobra ideal do espirômetro 
de incentivo, espera-se atingir vias aéreas de pequena 
secção transversa, assim como o exercício de inspiração 
máxima sustentada. 
62. A recomendação do volume a ser atingido no 
espirômetro a volume deve ser de duas a três vezes o 
volume corrente do paciente. 
63. O uso está contraindicado para pacientes maiores de 
4 anos de idade e para os pacientes cooperativos, 
incapazes de compreender as instruções. 
64. Quando os espirômetros de incentivos são utilizados 
corretamente, aumenta-se a pressão transpulmonar 
decorrente do aumento da pressão alveolar. 
65. O trabalho respiratório imposto pelos espirômetros de 
incentivo a fluxo está vinculado ao peso e ao tamanho 
da esfera a ser levantada, ao formato e ao diâmetro do 
cilindro e à relação entre esses fatores. 
 
 
Uma paciente de 58 anos de idade foi admitida no 
pronto-socorro com quadro de infecção respiratória 
pós-aspiração. A paciente já apresentava diagnóstico de 
esclerose lateral amiotrófica (ELA), estabelecido há quatro 
anos, e utiliza, nos últimos dois anos, suporte ventilatório não 
invasivo (dispositivo de suporte à vida, Bilevel em modo 
S/T, sendo IPAP = 14 cmH2O e EPAP = 6 cmH2O) apenas 
durante o sono. O exame de imagem pós-admissão 
evidenciou a aspiração comprometendo o lobo inferior do 
pulmão direito. 
 
A respeito da posição de drenagem postural para esse caso 
clínico e com base nos conhecimentos correlatos, julgue os 
itens a seguir. 
 
66. Considerando-se que a paciente está estável 
hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal para 
região pulmonar comprometida seria decúbitosemiassentado a 45o de elevação de cabeceira. 
67. Tendo-se em vista que a paciente está estável 
hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal para 
região pulmonar comprometida seria decúbito dorsal 
com 10° de elevação de cabeceira. 
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68. Considerando-se que a paciente está estável 
hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal para 
região pulmonar comprometida seria decúbito lateral 
esquerdo em Trendelenburg. 
69. Tendo-se em vista que a paciente está estável 
hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal 
para região pulmonar comprometida seria decúbito 
lateral direito. 
70. Considerando-se que a paciente está estável 
hemodinamicamente, a postura de drenagem ideal para 
região pulmonar comprometida seria decúbito ventral 
em Trendelenburg. 
 
 
Um homem de 70 anos de idade, ex-fumante (100 
maços/ano) que parou de fumar há seis meses, foi internado 
com exacerbação do quadro da doença pulmonar obstrutiva 
crônica (DPOC). Ao exame físico, apresentava-se 
consciente, acianótico, taquipneico, em uso de musculatura 
acessória, com distensão das veias jugulares e edema de 
MMII. A ausculta pulmonar mostrou: murmúrio vesicular 
diminuído globalmente e sibilos nos lobos superiores. As 
provas de função pulmonar prévias apresentavam: distúrbio 
ventilatório obstrutivo severo, pressão inspiratória máxima 
(Pimax) 40% do esperado. 
 
Acerca desse caso clínico e da DPOC, julgue os itens 
a seguir. 
 
71. Os pacientes com DPOC podem apresentar valores 
normais de Pimax por causa da utilização da 
musculatura acessória da inspiração. 
72. O instrumento utilizado para realizar a mensuração da 
pressão inspiratória máxima é o ventilômetro. 
73. Os pacientes com DPOC severa apresentam disfunção 
contrátil, ou seja, maior capacidade de gerar força, uma 
vez que a fibra muscular mais presente no diafragma é 
de contração rápida. 
74. O treino da musculatura respiratória de pacientes com 
DPOC deve ser dividido em treino de força e de 
resistência, sendo que a resistência deve enfatizar o 
fator tempo, sendo considerado adequado um mínimo 
de 15’ de maneira contínua ou intervalada. 
75. O parâmetro avaliado na espirometria para graduar a 
severidade da doença pulmonar obstrutiva crônica é a 
capacidade vital forçada. 
 
 
Considere um paciente de 55 anos de idade, com estatura de 
1,70 m, pesando 80 kg sem história de tabagismo e de 
doença pulmonar crônica, em VM, modo volume controlado 
com: Vt = 480 mL, Vte = 495 mL, fr = 16 irpm, FRP = 22 irpm, 
PEEP = 5 cmH2O, Ppico = 35 cmH2O, Pplatô = 30 cmH2O, 
fluxo = 40 Lpm, Ti = 1,0 s, I:E = 1:2, está com FiO2 = 0,4. 
Apresenta a seguinte gasometria: PH 7,15/PCO2 50/PO2 
66/HCO3 26/BE -8/ Sat 90. Ao exame físico: avaliação do 
estado de alerta, o paciente foi responsivo aos comandos 
“abra e feche os olhos”, “olhe para mim e abra a boca” e 
“coloque a língua para fora”. O Medical Research Council 
(MRC) total foi de 25 pontos. O raio X de tórax mostra 
infiltrado no lobo inferior direito. 
 
Considerando esse caso clínico e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
76. O valor da relação PaO2 /FiO2 preenche os critérios de 
SDRA grave, juntamente com o achado radiológico e o 
valor da PEEP. 
77. O volume corrente instituído para esse paciente está 
dentro da faixa de 6 mL/kg a 8 mL/kg de peso predito. 
78. A complacência estática está menor que 60 mL/cmH2O. 
79. A driving pressure ou pressão de distensão alveolar, 
nesse caso clínico, encontra-se maior que 15 cmH2O. 
80. Como o MRC desse paciente foi avaliado menor que 
48, isso significa que o paciente não apresenta 
condições para realizar o teste de respiração 
espontânea. 
 
 
Um paciente de 30 anos de idade é enfermeiro intensivista. 
Pratica futebol como hobby toda quarta-feira e, há três 
semanas, sofreu uma queda durante um jogo e nela perfurou o 
membro superior esquerdo na região do cotovelo. Foi 
socorrido pelos colegas e levado ao hospital, onde realizou-se 
a reparação e o curativo do local, contudo não houve 
necessidade de cirurgia, e os médicos relataram tratar-se de 
uma axonotmese do nervo ulnar. O paciente iniciou a 
reabilitação e, na avaliação, o fisioterapeuta constatou edema 
em membro superior esquerdo, flacidez em antebraço, 
diminuição da temperatura, perda de sensibilidade na região 
do quinto dedo e da borda medial da mão e fraqueza muscular. 
 
Com base nesse caso clínico e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
81. A degeneração walleriana ocorre em todos os tipos de 
lesão nervosa periférica, incluindo a axonotmese. 
82. Nas lesões como as desse paciente, no início da 
reabilitação, o fisioterapeuta deve ter como objetivo 
prevenir deformidades, sendo a mais comum, nesse 
caso, e a mão em garra. 
83. Em uma lesão nervosa periférica do tipo neurotmese, é 
correto afirmar que houve uma secção completa do 
axônio e da bainha de mielina, porém o endoneuro se 
mantém intacto. 
84. Pela lesão sofrida por esse paciente, espera-se que a 
fraqueza muscular seja significativa em extensores de 
dedos e musculatura intrínseca da mão. 
85. Após uma lesão nervosa periférica, é possível ocorrer a 
reorganização do mapa cortical, consequente da 
diminuição das informações aferentes, provocando a 
modificação da funcionalidade de determinadas áreas 
anteriormente responsáveis pela ativação da área 
denervada. 
 
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Uma recém-nascida apresenta diagnóstico médico de 
mielomeningocele nível S1-L5. Encontra-se com 10 meses 
de vida e foi avaliada em equipe para admissão no programa 
de reabilitação, no qual a expectativa dos pais é a aquisição 
de marcha. Essa paciente realizou a cirurgia de correção da 
malformação no primeiro dia de vida, a colocação da válvula 
de derivação ventriculoperitoneal com 1 mês de vida e a 
correção do pé torto congênito (equinovaro) com 5 meses de 
vida; desde então, faz uso de órtese tornozelo-pé fixa 
bilateralmente. Quanto às aquisições motoras, a paciente 
adquiriu controle cervical em todas as posturas aos 4 meses 
de vida, rolou ambas posturas com 7 meses de vida, 
sentou-se de forma independente e arrastou-se com 9 meses 
de vida. Não engatinha e não se transfere para ajoelhado nem 
para ortostatismo de forma independente. 
 
No que se refere a esse caso clínico e com base nos 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
86. Considerando-se a paciente em questão, pelo nível da 
malformação, espera-se que a criança seja 
deambuladora comunitária com utilização de órteses, 
sendo necessário o uso de cadeira de rodas somente 
para longas distâncias. 
87. No plano de tratamento dessa criança, o fisioterapeuta 
deve traçar metas de tratamento de acordo com a idade 
dela, as funções que realiza ou poderá aprender, o 
desempenho motor e as queixas da criança e da família. 
88. A mielomeningocele é uma malformação congênita 
decorrente do não fechamento do tubo neural durante o 
segundo trimestre da gestação. 
89. No caso em questão, o uso da órtese não se faz 
necessário, pois o nível de lesão da paciente não 
apresenta alterações de musculatura de tornozelo, como 
tibial anterior e tríceps sural; a fraqueza apresentada 
será de musculatura intrínseca dos pés. 
90. Em decorrência do quadro motor desse caso clínico, a 
paciente apresentou atraso nas aquisições motoras de 
controle cervical, rolar, sentar e arrastar, dos quais se 
espera que sejam conquistadas aproximadamente com 3 
meses, 5 meses, 6 meses e 6/7 meses de vida, 
respectivamente. 
 
 
Uma paciente de 72 anos de idade encontra-se internada na 
unidade de terapia intensiva (UTI) há três dias, após 
apresentar afasia e hemiparesia à esquerda. O diagnósticomédico foi de um acidente vascular encefálico (AVE) 
isquêmico da artéria cerebral média direita. O histórico de 
saúde da paciente inclui diabetes tipo 2 e hipertensão. O 
fisioterapeuta acaba de avaliá-la e iniciará o plano de 
tratamento intra-hospitalar. 
 
Em relação a esse caso clínico e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
91. Em um AVE, além da área diretamente lesionada pela 
falta de oxigênio, também haverá degeneração em 
cascata de outros tratos neuronais, como consequência 
da perda sináptica, aumentando a extensão da lesão. 
92. No caso dessa paciente, é correto determinar como 
fatores de risco para o AVE “modificáveis” o sexo e a 
idade, enquanto “não modificáveis” são a diabetes e a 
hipertensão. Tais fatores são determinantes para o 
prognóstico da paciente. 
93. O plano de tratamento fisioterapêutico no momento 
agudo pós-AVE durante a internação na UTI, como no 
caso apresentado, deve incluir: prevenção de 
complicações, como escaras e edema nos membros 
plégicos, e evitar contraturas ou deformidades. 
94. A excitotoxicidade pode ocorrer após uma lesão 
cerebral isquêmica e consiste na morte celular 
provocada pela liberação excessiva de glutamato, um 
neurotransmissor excitatório determinante para o 
funcionamento do sistema nervoso central, que, 
contudo, quando em altas concentrações, se torna tóxico 
para os neurônios. 
95. Um sintoma comum após um AVE é a síndrome 
dolorosa do ombro hemiplégico, tratando-se de uma 
barreira para avanços na reabilitação. Apesar disso, no 
caso em questão, não há nada a ser feito, já que a 
paciente se encontra na UTI. 
 
 
Um paciente de 2 anos e 6 meses de idade nasceu prematuro 
por hipertensão materna não controlada no pré-natal e passou 
por parto prolongando, no qual entrou em sofrimento fetal 
que resultou em uma lesão cerebral hipóxico-isquêmica. Na 
avaliação fisioterapêutica, é constatado que essa criança tem 
paralisia cerebral do tipo espástica, diparética e, segundo o 
Sistema de Classificação da Função Motora Grossa 
(GMFCS), nível 3. 
 
Quanto a esse caso clínico e considerando os conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
96. A paralisia cerebral caracteriza-se por um grupo de 
desordens do desenvolvimento do movimento e da 
postura por lesão ocorrida no sistema nervoso central 
em desenvolvimento. A lesão neurológica não é 
progressiva, contudo as respectivas manifestações 
motoras secundárias à lesão podem ser. 
97. No caso em questão, a classificação topográfica é 
espástica com alteração de tônus predominantemente de 
membros inferiores. 
98. Com base na Classificação Internacional de 
Funcionalidade (CIF), a reabilitação desse paciente 
deve focar no treino de funcionalidade, transferindo o 
aprendizado das sessões para a rotina diária, buscando 
maior participação da criança nas respectivas atividades 
diárias e tendo como consequência uma criança mais 
independentes e participativas na sociedade. 
99. É importante utilizar estímulos sensoriais aferentes, 
favorecendo o tônus postural e a vivência de 
experiências sensório-motoras fundamentais à prática 
das habilidades funcionais. Entretanto, é contraindicado 
o fortalecimento muscular para melhora da 
funcionalidade das crianças com paralisia cerebral. 
100. Pela classificação do GMFCS desse paciente, espera-se, 
como prognóstico, que ele seja capaz de deambular 
utilizando um dispositivo manual de mobilidade. 
 
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O câncer de mama apresenta-se como um grave problema de 
saúde pública em todo o mundo e, no Brasil, é a neoplasia 
maligna mais incidente na população feminina. Um 
importante fator prognóstico do câncer de mama é o 
diagnóstico precoce. Quando detectado em estágio inicial, o 
tumor apresenta altos índices de cura. Entretanto, no Brasil, 
cerca de 60% dos diagnósticos iniciais do câncer de mama 
são realizados em estágios avançados, sendo a abordagem 
cirúrgica inevitável para o tratamento da doença. 
Independente da técnica radical ou conservadora, a dissecção 
axilar tem sido um tratamento cirúrgico padrão para o câncer 
de mama. Esse procedimento, quando realizado de forma 
isolada, mas principalmente em conjunto com a radioterapia 
pós-operatória, pode causar morbidade severa no membro 
superior homolateral à cirurgia, problemas, como linfedema, 
dor, parestesias, diminuição da força muscular e redução da 
amplitude de movimento (ADM). 
 
De acordo com a atuação do fisioterapeuta em casos de 
pacientes com diagnósticos de câncer de mama, julgue os 
itens a seguir. 
 
101. A utilização da neuroestimulação elétrica transcutânea 
(TENS) para alívio da dor promove uma atuação sobre 
as fibras nervosas aferentes, como um estímulo 
diferencial que "concorre" com a transmissão do 
impulso doloroso. Ativa as células da substância 
gelatinosa, promovendo uma modulação inibitória 
segmentar, e, ao nível do sistema nervoso central 
(SNC), estimula a liberação de endorfinas, 
endomorfinas e encefalinas. 
102. O efeito analgésico, nesse caso, ocorre pelos opioides 
exógenos (as endorfinas) que são liberados no corpo 
para que se liguem a receptores específicos no sistema 
nervoso central e periférico, diminuindo a percepção da 
dor e aumentando as respostas nociceptivas. 
103. O objetivo da termoterapia é promover o alívio do 
espasmo muscular, interferindo no ciclo dor-espasmo-dor, 
reduzindo a extensibilidade tecidual e o relaxamento 
muscular em indivíduos portadores de tumores, os quais 
podem estar comprimindo estruturas neuromusculares e, 
dessa forma, causando dor. 
104. A termoterapia superficial com calor tem 
contraindicação relativa, quando aplicada diretamente 
sobre áreas tumorais. 
105. Estratégias fisioterapêuticas, utilizando os exercı́cios 
aeróbicos, resistidos e de flexibilidade, são capazes de 
reduzir a intensidade da dor em pacientes submetidos 
ao tratamento oncológico. 
106. O questionário de McGill pode ser utilizado pelo 
fisioterapeuta para avaliar a dor de forma 
multidimensional com escore geral ou em dimensões 
sensitiva, afetiva, avaliativa e mista. O McGill fornece 
dados abrangentes, capazes de identificar aspectos 
fı́sicos, psicológicos ou comportamentais da dor. 
107. Os efeitos do treinamento aeróbio associados ao 
fortalecimento muscular em pacientes com câncer, 
durante o tratamento quimioterápico, aumentam a 
fadiga relacionada ao câncer, mas melhora a 
independência funcional das atividades da vida diária. 
108. A utilização da radioterapia pode ocasionar diversas 
complicações imediatas e tardias. O uso dessa 
terapêutica tem relação direta com o surgimento da 
fibrose juncional do ombro, o que pode estar 
intimamente relacionado com o déficit de movimento 
do ombro envolvido. 
109. A limitação da ADM é a complicação pós-cirúrgica que 
mais justifica o encaminhamento para o fisioterapeuta, 
principalmente naquelas mulheres que serão submetidas 
à radioterapia, pois a posição ideal para a irradiação é 
uma flexão combinada com uma rotação interna do 
ombro a 30°. 
 
 
Uma paciente de 44 anos de idade compareceu ao hospital 
para avaliação fisioterapêutica, com queixa funcional de dor 
no ombro esquerdo, sensação de dormência na região 
posterior do braço, fraqueza e limitação de movimento para 
realizar suas AVDs. Durante a anamnese, a paciente relatou 
que, no início de 2019, foi diagnosticada com câncer de 
mama na região direita, cujo tratamento consistiu na 
realização da mastectomia total com esvaziamento axilar, 
sem reconstrução. A paciente foi também submetida ao 
tratamento quimioterápico e radioterápico. Foi realizado um 
exame físico, observando-se: ausência de alteração na 
coloração da pele; edema nos braços confirmada pela 
perimetria; presença de cicatriz atrófica e com aderência na 
regiaõ mastectomizada e teste de sensibilidade sem alteração.Na avaliação cinesiofuncional, foi constatada limitação de 
movimento para rotação externa e interna, diminuição de 
força muscular para flexão e restrição de abdução e extensão 
de ombro, apresentando grau 3 de força segundo o teste de 
Oxford. 
 
Em relação a esse caso clínico e com base nos 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
110. O linfedema é uma condição crônica e pode aparecer a 
qualquer momento após a dissecção axilar. Alguns 
fatores influenciam o aparecimento do linfedema, tais 
como extensão da abordagem cirúrgica axilar, infecções 
e radioterapia. 
111. Para análise do grau da força muscular, a classificaçaõ 
de Oxford descreve: grau 0 – naõ se observam sinais de 
contraçaõ muscular; grau 1 – sinais de discreta 
contratilidade, sem movimentos da articulação; grau 2 – 
mobilidade em todos os sentidos normais, com 
eliminaçaõ da gravidade; grau 3 – movimentos de 
amplitude normal contra a ação da gravidade; grau 4 – 
mobilidade integral contra a açaõ da gravidade e de 
certo grau de resistência; e grau 5 – mobilidade 
completa contra resistência acentuada e contra a ação 
da gravidade. 
112. A realização de exercícios com amplitude livre é 
permitida após o sexto dia de pós-operatório, pois 
permite uma recuperaçaõ satisfatória das limitações 
funcionais, sem o aumento de seroma ou deiscência. 
113. A diminuição de amplitude de movimento do ombro é 
causada pela presença de linfedema, que é um quadro 
patológico agudo e não progressivo, resultante de uma 
anomalia ou dano para o sistema linfático, gerando 
deficit no equilı́brio das trocas de lı́quidos no interstı́cio, 
desconfortos, dores e aumento do risco de infecções de 
forma precoce. 
114. A dor crônica secundária ao procedimento cirúrgico 
pode ser nociceptiva, resultante da lesão dos músculos e 
ligamentos, e neuropática, resultante da lesaõ de nervos 
ou disfunção do sistema nervoso, esta última é 
corresponde à sı́ndrome dolorosa pós-mastectomia 
(SDPM). 
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115. A SDPM é descrita como dor crônica, de origem 
neuropática, na qual o exame neurológico detecta lesaõ 
do plexo braquial, no nervo axial. 
116. A fisioterapia complexa descongestiva atualmente é o 
tratamento preconizado pela sociedade internacional de 
linfologia para essa disfunçaõ. 
 
 
Uma paciente de 27 anos de idade, previamente hígida, 
apresentou quadro álgico na região lombar, há dois anos, 
principalmente enquanto praticava atividades físicas. Após 
procurar o serviço médico de sua cidade e realizar exame de 
ressonância magnética, foi evidenciada uma imagem 
sugestiva de neoplasia de aproximadamente 5 cm, anterior ao 
sacro (tumor maligno – cordoma). Após uma reunião 
multidisciplinar, foi decidido realizar uma ressecção tumoral 
por meio da sacretomia parcial associada à aplicação da 
técnica de criocongelamento, para eliminar as células 
cancerígenas. A paciente evoluiu no pós-operatório com 
deficit de sensibilidade, fraqueza da musculatura do assoalho 
pélvico, dor lombar inespecífica e perda total do movimento 
de dorsiflexão do tornozelo esquerdo. 
 
Com base nesse caso clínico e de acordo com a atuação do 
fisioterapeuta no contexto do pós-operatório, julgue os itens 
a seguir. 
 
117. A indicação de uma órtese é fundamental, nesse caso, 
para manter o tornozelo em posição neutra, prevenindo, 
assim, contraturas e deformidades e facilitando a 
marcha. 
118. A estabilização segmentar é um importante recurso a 
ser utilizado, principalmente pela contração e pelo 
fortalecimento do músculo transverso do abdome. 
119. O uso da eletroestimulação neuromuscular, para 
aumentar a contratilidade muscular e estimular o ganho 
de força, deverá, sempre que possível, não ser associado 
com o exercício ativo, pois os benefícios para o 
aumento da força muscular tornam-se mais evidentes 
com a terapia isolada. 
120. Em razão da dor lombar crônica inespecífica, o repouso 
absoluto deverá ser recomendado como fator de 
proteção e alívio dos sintomas de dor da paciente. 
 
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Tipo “U” 
 
 
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO Nº 1 – RP/SES-DF/2020, DE 7 DE OUTUBRO DE 2019 
 
PROGRAMA 
2 3 3 
Multiprofissional em Saúde da Criança 
Fisioterapia 
 
Data e horário da prova: domingo, 15/12/2019, às 14 h. 
 
I N S T R U Ç Õ E S 
 
 Você receberá do fiscal: 
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, 
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e 
o uma folha de respostas personalizada. 
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. 
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. 
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, 
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: 
 
Tudo o que você precisa é amor. 
 
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá 
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. 
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. 
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. 
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material 
transparente. 
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. 
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. 
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. 
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. 
 
I N S T R U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T I V A 
 
 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. 
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. 
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais 
destinados às respostas. 
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da 
prova objetiva para a folha de respostas. 
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, 
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. 
 Marque as respostas assim: 
 
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Criança de 6 meses de vida deu entrada no pronto-socorro com 
tosse, febre e vômitos, evoluindo com piora do estado geral e 
desidratação.. O exame físico apresenta: peso = 3,040 kg, 
estatura = 52 cm. Teste de dosagem de cloreto no suor: braço 
direito = 100,24 mEq/L, braço esquerdo = 101,11 mEq/L. 
Valores de referência 0,00 - 40,00 (o que confirmou fibrose 
cística). Sinais vitais: frequência respiratória = 65 irpm, 
frequência cardíaca = 162 bpm, saturação de O2 = 92%. 
Evoluiu ainda com desconforto respiratório, taquicardia e 
palidez. Na sequência, apresentou quadro de insuficiência 
respiratória aguda por pneumonia, sendo transferida para UTI 
pediátrica, onde permaneceu por uma semana, necessitando de 
ventilação mecânicapor seis dias e drogas vasoativas por 
cinco dias. Apresentando boa evolução do quadro, o paciente 
teve alta para enfermaria e seguiu estável. 
 
A respeito desse caso clínico e com base nos conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
101. O aumento da tolerância ao exercício está relacionado a 
um pior prognóstico e qualidade de vida (QV) dos 
indivíduos com fibrose cística. 
102. As manifestações clínicas típicas da fibrose cística que 
o paciente apresenta são: tosse, diarreia crônica e 
desidratação. Esses sintomas, além de causar 
inadequação nutricional, podem ocasionar consequente 
perda da massa magra e depressão da função 
imunológica. 
103. Uma técnica fisioterapêutica com alta eficácia (nível 
evidência 1A) para ser utilizada no tratamento desse 
paciente é o huffing. Essa técnica tem como objetivo a 
remoção de secreções brônquicas com a menor 
alteração da pressão pleural, menor probabilidade de 
colapso bronquiolar e com vantagem de não necessitar 
da colaboração do paciente, uma vez que a criança 
ainda é muito jovem. 
104. O exercício físico regular no paciente com FC 
proporciona aumento da função cardiorrespiratória, 
ganho de resistência, aumento da autoestima, 
hipertrofia muscular, diminuição da frequência cardíaca 
de repouso, menor número de hospitalizações e melhor 
qualidade de vida, além de auxiliar na remoção de 
secreções pulmonares. 
105. Os exercícios físicos, tanto aeróbios (endurance) quanto 
anaeróbicos, devem ser parte fundamental da 
intervenção fisioterapêutica para pacientes com fibrose 
cística, independentemente da gravidade da doença. 
Sabe-se que efeitos adversos da prática de exercícios 
físicos são raros para esses pacientes e uma das 
alternativas para pacientes com distúrbio ventilatório 
obstrutivo grave seria o treinamento intervalado de alta 
intensidade. 
 
 
A osteogênese imperfeita (OI) é definida como um conjunto 
de alterações heterogêneas que se caracterizam por 
suscetibilidade a fraturas ósseas de severidade variável, 
causadas por deficiência no colágeno tipo 1. A OI impõe 
limitações funcionais importantes em crianças e 
adolescentes, mas o padrão cognitivo é preservado. Antes era 
dividida em quatro níveis (1, 2, 3 e 4) e, atualmente, foram 
acrescentados o quinto nível, o sexto nível, sétimo nível, e o 
oitavo nível. 
 
Acerca da osteogênese imperfeita e dos conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
106. A OI do tipo 1 está associada à diminuição da 
quantidade de colágeno tipo 1, enquanto os demais 
tipos estão relacionados com alterações na qualidade do 
colágeno sintetizado. 
107. A classificação da OI utiliza-se de achados clínicos e 
radiológicos. O tipo 1 é considerado o mais frequente e 
mais leve, com fragilidade óssea leve. O tipo 2 é o letal, 
em que há óbito, ainda, na gestação, natimorto ou óbito 
neonatal. O tipo 3 apresenta grave osteoporose e 
deformidades ósseas progressivas e o tipo 4 baixa 
estatura e deformidades de ossos longos; o tipo 5 
severidade moderada, com deslocamento da cabeça do 
rádio; o tipo 6 baixa estatura moderada e lamelas ósseas 
como escamas de peixe; tipo 7, baixa estatura leve e 
úmeros e fêmures curtos; o tipo 8 um prognóstico 
grave/letal, baixa estatura grave e fragilidade óssea 
extrema. 
108. As principais alterações no componente estruturas e 
funções do corpo na OI, conforme a Classificação 
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde 
(CIF), são: transferências de postura, marcha e 
atividades de vida diária. 
109. A medida da função motora grossa (GMFM) e o 
inventário de avaliação pediátrica de incapacidade 
(PEDI) já foram validados e são instrumentos 
confiáveis para avaliação e acompanhamento de 
crianças com OI. 
110. Entre os objetivos específicos da intervenção 
fisioterapêutica, pode-se relacionar, entre outros, 
alcançar os marcos motores do desenvolvimento, 
promover o alinhamento biomecânico, detectar ou tratar 
precocemente as deformidades de coluna, reduzir o 
tônus muscular e favorecer o equilíbrio corporal. 
 
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233 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA CRIANÇA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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Uma criança de 19 meses de vida, apresenta fraqueza no 
hemicorpo esquerdo há quatro dias, sendo encaminhada para 
hospital de referência em pediatria. Ao exame físico, os 
sinais vitais dela estavam normais: SpO2 = 98%, 
FC = 108 bpm, FR = 28 ipm. A mãe relata febre baixa 
intermitente e perda de peso. Criança nascida a termo de mãe 
primípara, diagnosticada com o vírus da imunodeficiência 
humana (HIV), desde o segundo mês de gravidez. O 
tratamento antirretroviral (TARV) foi iniciado junto ao 
diagnóstico. Parto cesáreo, a família optou por amamentação 
exclusiva. O recém-nascido recebeu profilaxia com TARV, 
que foi descontinuado no terceiro dia de vida em razão de 
problemas sociais. A criança não recebeu mais cuidados com 
a exposição à infecção pelo HIV. Durante a anamnese, 
constatou-se que os marcos de desenvolvimento estavam nos 
padrões de normalidade. Apresentava-se tranquilo ao exame, 
totalmente consciente. Na avaliação neurológica, foi revelada 
espasticidade, hiperreflexia e fraqueza muscular no 
hemicorpo esquerdo. Ao ser realizada tomografia 
computadorizada (TC), evidenciou-se lesão em território da 
artéria cerebral média à direita, sugestionando infarto 
isquêmico agudo. A criança foi, então, diagnosticada com 
hemiparesia do lado esquerdo, em virtude de isquemia 
vascular cerebral, possivelmente decorrente da vasculite 
tuberculosa, sendo diagnosticada com infecção pelo HIV. 
 
Com base nesse caso clínico e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
111. Acidente vascular encefálico (AVE) em crianças é 
evento raro, mas está tomando proporções cada vez 
mais importantes, em razão da gravidade de suas 
complicações e dos diversos diagnósticos diferenciais. 
Entre as causas mais comuns do AVE isquêmico infantil 
estão: a hipertensão arterial sistêmica e a obesidade, 
comorbidades que antes não eram vistas, mas que estão 
cada vez mais frequentes no público infantil. 
112. Crises epiléticas e a hemiparesia são, respectivamente, a 
manifestação clínica e a sequela mais comum no AVE 
infantil. Sabe-se, também, que o membro inferior (MI) 
tem mais dificuldade de recuperação do que o membro 
superior (MS). 
113. Diversas técnicas da fisioterapia têm sido utilizadas 
para reabilitar indivíduos com hemiparesia. Entre as 
mais recentemente utilizadas, destaca-se a terapia de 
constrição com indução do movimento (TCIM). Essa 
técnica, que possui uma das maiores evidências 
científicas para ganho da funcionalidade de MS, 
consiste em manter o membro hemiparético contido de 
dez dias até quatro semanas e com tempo de 
estimulação diária de três a seis horas. 
114. Nos casos de AVC isquêmico, observa-se uma 
diminuição da perfusão cerebral, o que pode ocasionar 
danos irreversíveis. Ao redor da área de isquemia, há 
uma área menos comprometida, que sofreu um processo 
isquêmico temporariamente compatível com a 
recuperação anatomofisiológica integral. O menor 
intervalo de tempo entre a instalação do AVE e a 
instituição do seu tratamento é essencial para salvar 
essa região da evolução para morte celular e para que se 
alcance bons resultados clínicos e terapêuticos. Essa 
região é chamada de zona de penumbra ou zona de 
isquemia perifocal. 
 
 
115. São exemplos de escalas de avaliação, validadas para a 
população brasileira, que podem ser utilizadas na 
criança a que o caso clínico se refere: medida da função 
motora grossa (GMFM), inventário de avaliação 
pediátrica de incapacidade (PEDI), escala de equilíbrio 
pediátrica, entre outras. 
116. Por causa das limitações nos diagnósticos e da reduzida 
comprovação científica, é mais comum que crianças 
com AVE recebam o diagnóstico de paralisia cerebral 
(PC) do que sequela de AVE. Sabe-se queo termo PC é 
muito mais abrangente e contempla muitas doenças 
neurológicas, inclusive o AVE infantil, que, 
necessariamente, precisa de um evento cerebrovascular. 
 
 
A paralisia cerebral (PC) designa um grupo de distúrbios 
neurológicos não progressivos, secundários a uma lesão 
cerebral pré, peri ou pós-natal, afetando o desenvolvimento 
de habilidades posturais e de movimento do encéfalo 
imaturo, além de uma diversidade de manifestações clínicas 
referentes ao tipo, à distribuição e à gravidade do 
comprometimento motor. 
 
No que se refere a esse assunto, julgue os itens a seguir. 
 
117. Durante algumas décadas, acreditou-se que a asfixia 
perinatal era a principal causa da PC. Hoje, acredita-se, 
com os avanços nos exames de imagem, que fatores 
pré-natais passaram a ser a causa mais frequente, 
chegando de 70% a 80% dos casos tanto em lactentes 
nascidos a termo quanto em prematuros. 
118. Classificar uma condição de saúde tão heterogênea 
como a PC não é tão simples. Por esse motivo, diversos 
esforços dos profissionais da saúde foram feitos no 
intuito de classificar esses indivíduos em relação à sua 
mobilidade, habilidade manual e comunicação. Para 
esses desfechos, utiliza-se, principalmente e 
respectivamente, o sistema de classificação da função 
motora grossa (GMFCS), o sistema de classificação da 
habilidade manual (MACS) e o sistema de classificação 
da função de comunicação (CFCS). 
119. A autolocomoção da criança e do adolescente com PC é 
classificada pelo GMFCS, que considera as limitações 
de mobilidade e a necessidade do uso de dispositivos 
para locomoção. É uma escala ordinal que contém cinco 
níveis, classificados de forma crescente, sendo que, no 
nível 1, a criança é mais dependente na sua locomoção 
e, no nível 5, é mais independente. Apresenta, ainda, 
diferenças conforme a faixa etária (antes dos 2 anos de 
idade, entre 2 anos aos 4 anos de idade, entre 4 anos e 
6 anos de idade, entre 6 anos e 12 anos de idade e entre 
12 a 18 anos de idade). 
120. Além da classificação por funcionalidade, a PC também 
pode ser dividida e classificada conforme o subtipo 
neurológico e topográfico. Os distúrbios motores da PC 
são frequentemente acompanhados por distúrbios de 
sensação, percepção, cognição, comunicação. 
Atualmente, a PC apresenta a divisão: espástica 
(unilateral ou bilateral), discinética (distônica ou 
coreoateroide), atáxica ou mista. 
 
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Tipo “U” 
 
 
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO Nº 1 – RP/SES-DF/2020, DE 7 DE OUTUBRO DE 2019 
 
PROGRAMA 
2 4 3 
Multiprofissional em Saúde da Família 
Fisioterapia 
 
Data e horário da prova: domingo, 15/12/2019, às 14 h. 
 
I N S T R U Ç Õ E S 
 
 Você receberá do fiscal: 
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, 
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e 
o uma folha de respostas personalizada. 
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. 
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. 
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, 
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: 
 
Tudo o que você precisa é amor. 
 
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá 
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. 
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. 
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. 
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material 
transparente. 
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. 
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. 
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. 
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. 
 
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 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. 
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. 
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais 
destinados às respostas. 
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da 
prova objetiva para a folha de respostas. 
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, 
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. 
 Marque as respostas assim: 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 
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FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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A relaçaõ entre atividade física e saúde é tema permanente e 
sempre atual na mídia leiga e o trabalho em equipe 
multidisciplinar que visa à promoção da saúde com base na 
prática da atividade física, ainda, é um desafio em nosso país. 
Evidências recentes têm mostrado que a adequada orientação 
pode favorecer a adoção de estilo de vida mais ativo por 
parte dos pacientes. Nesse contexto, é importante considerar 
o papel da atividade física na prevenção e no tratamento de 
diferentes doenças e na promoção da saúde. Essa discussão é 
apresentada para subsidiar o papel do fisioterapeuta como 
promotor de saúde na atenção primária e na orientaçaõ dos 
pacientes para a prática regular de atividade física. 
 
Considerando a função do fisioterapeuta como profissional 
de orientação e atenção básica nos serviços de saúde pública 
julgue os itens a seguir. 
 
101. Atualmente, ocorre uma menor mortalidade em grupo 
de pessoas mais ativas, mesmo na presença dos três 
principais fatores de risco cardiovascular: hipertensaõ 
arterial, hipercolesterolemia e tabagismo, 
comparativamente a outro grupo, que não apresentou 
nenhum desses fatores de risco, mas era menos ativo. 
102. Segundo o American College of Sports Medicine e a 
American Heart Association, para promover e manter 
adequada saúde, todo adulto saudável, entre 18 e 65 
anos de idade, deve acumular, pelo menos, trinta 
minutos de atividade física diária de intensidade 
moderada, no mı́nimo cinco dias por semana ou, pelo 
menos, vinte minutos de atividade fı́sica vigorosa, no 
mı́nimo três vezes por semana. 
103. Uma opção de medida muito simples e prática para 
mensurar o nível de atividade física geral dos pacientes 
é o questionário internacional de atividade física 
(IPAQ), proposto pela Organizaçaõ Mundial da Saúde. 
104. A intensidade do esforço físico, medido por meio de 
parâmetros relativos, pode ser classificada mediante os 
múltiplos da taxa de equivalente metabólico (MET). 
Por esse critério, assume-se que 1 MET equivale ao 
consumo de oxigênio necessário para um adulto se 
manter ativo, o que representa cerca de 3,5 mL/kg/min 
ou o consumo de 1 kcal/kg/hora. 
105. Define-se como atividades físicas moderadas aquelas 
que resultam de 2 a 4 METs, e vigorosas aquelas 
resultantes acima 5 METs. 
 
 
O diabetes mellitus (DM) é um grupo de doenças 
metabólicas caracterizadas por hiperglicemia, estando 
associado a doenças micro e macrovasculares que afetam o 
sistema nervoso e musculoesquelético, além de vários 
órgãos, como pele, coração, cérebro e rins. ODM é 
considerado uma epidemia mundial e um grande problema de 
saúde pública, apresentando uma prevalência estimada em 
347 milhões de pessoas. No Brasil, estima-se que 9,1 milhões 
de pessoas sejam diabéticas. O Ministério da Saúde 
redefiniu, em 2014, a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas 
com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de 
Saúde, destacando a importância das equipes 
multiprofissionais para o cuidado dos usuários. Entre as 
profissões que podem compor as equipes, vale destacar a 
fisioterapia, uma ciência aplicada que tem como objeto de 
estudo o movimento humano nas suas alterações patológicas 
e nas repercussões psíquicas e orgânicas. Visa preservar, 
manter, desenvolver ou restaurar a integridade de órgão, 
sistema ou função. 
A respeito desse assunto, julgue os itens a seguir. 
 
106. A atenção primária caracteriza-se por um conjunto de 
ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que 
abrangem a promoção e a proteção da saúde, a 
prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a 
reabilitaçaõ e a manutençaõ da saúde. 
107. O deficit de equilı́brio e o consequente risco de queda é 
uma frequente manifestação entre os indivíduos com 
DM, sobretudo entre os portadores de DM tipo 2. 
108. Estratégias para a avaliação da capacidade funcional 
são fundamentais para esse tipo de paciente. Entre elas: 
o teste time up and go, o teste de caminhada de seis 
minutos, o teste de sentar-levantar e a dinamometria 
isocinética. 
109. Exercícios com a utilização de plataformas vibratórias 
são indicados no tratamento fisioterápico de indivíduos 
diabéticos. 
110. Os exercı́cios de fortalecimento de membros inferiores 
podem ser considerados contraindicados para uso 
clínico no tratamento da disfunçaõ de equilı́brio em 
pacientes com neuropatia periférica diabética. 
111. A dor neuropática é uma manifestação prevalente no 
DM. Aproximadamente 20% dos diabéticos apresentam 
esse sintoma. 
112. A dor muscular tardia, cujos sintomas podem variar de 
uma leve alteração na percepção muscular até uma 
rigidez muscular com dor debilitante, é relatada como 
uma experiência comum entre os indivíduos sedentários 
diabéticos. 
113. Retinopatia, nefropatia, neuropatia e tendinopatias saõ 
algumas das principais complicações microvasculares 
do DM. 
114. O índice de Barthel é usado para a avaliação da 
independência funcional e mobilidade, e o protocolo de 
desempenho físico de Fugl-Meyer, composto pelas 
dimensões relacionadas à funçaõ motora, à 
sensibilidade, à mobilidade e ao equilı́brio, é utilizado 
para mensurar os resultados da reabilitaçaõ 
neurofisiológica. 
115. Entre as sı́ndromes dolorosas do ombro, a capsulite 
adesiva é a mais frequentemente observada entre 
indivı́duos com DM. 
 
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A gravidez é um período no qual ocorrem várias 
modificações endócrinas e metabólicas, cujo objetivo é 
atender tanto às necessidades maternas quanto às 
necessidades fetais. Essas demandas exigem adaptações do 
organismo da gestante que, quando não atendidas, podem 
acarretar prejuízos ao prognóstico materno e perinatal. Nesse 
grupo de adaptações, incluem-se as que exigem desempenho 
diferenciado do pâncreas endócrino que, quando não ativado, 
pode acarretar intolerância à glicose. Considera-se diabetes 
mellitus gestacional (DMG) a condição hiperglicêmica 
diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez, 
significando intolerância aos açúcares ou carboidratos de 
graus variados de intensidade. De forma prática, consideram-
se limites para seu diagnóstico glicemia de jejum maior que 
126 mg/dL, ou teste de tolerância à glicose, com 75 gramas 
de glicose, maior que 140 mg/dL. Sabe-se que o DMG 
aumenta o risco objetivo de complicações clínicas e 
obstétricas. Os distúrbios da glicemia, com risco constante de 
descompensação hiperglicêmica, são preocupações 
permanentes. 
 
Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir. 
 
116. A American Diabetes Association (ADA) considera o 
exercício físico uma importante terapia coadjuvante no 
tratamento de todas as formas de diabetes mellitus. Essa 
prática é frequentemente recomendada no manejo de 
pacientes portadoras dessa doença, visto que melhora a 
captação de glicose por meio da diminuição da 
sensibilidade periférica à insulina e da redução da 
adiposidade corpórea. 
117. O exercício é uma valiosa forma de terapia de suporte 
para o DMG, devendo ser indicado o quando a 
euglicemia não é alcançada somente com dieta. 
118. A orientação dietética é essencial, bem como a 
hidratação adequada durante o exercício. Além da 
prática de exercícios, as gestantes diabéticas devem ser 
incentivadas a manter uma vida ativa e a realizar 
exercícios de força muscular moderada, caminhar por 
15 minutos a 1 hora, após as refeições. 
119. Os programas de exercícios físicos aeróbios obtêm mais 
benefícios para DMG comparados com os exercícios de 
resistência à força – anaeróbios. 
120. Os exercícios com menor chance de causar contrações 
uterinas, elevação da pressão arterial materna, são 
aqueles realizados com os membros superiores, 
mantendo as gestantes sentadas e recostadas, com 
menor sobrecarga ao tronco. 
 
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO Nº 1 – RP/SES-DF/2020, DE 7 DE OUTUBRO DE 2019 
 
PROGRAMA 
2 5 3 
Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso 
Fisioterapia 
 
Data e horário da prova: domingo, 15/12/2019, às 14 h. 
 
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 Você receberá do fiscal: 
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, 
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e 
o uma folha de respostas personalizada. 
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. 
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. 
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, 
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: 
 
Tudo o que você precisa é amor. 
 
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá 
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. 
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. 
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. 
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material 
transparente. 
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. 
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. 
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. 
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. 
 
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 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. 
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. 
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais 
destinados às respostas. 
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas daprova objetiva para a folha de respostas. 
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, 
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. 
 Marque as respostas assim: 
 
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Uma paciente de 60 anos de idade foi diagnosticada com 
osteoartrite (OA) de joelho esquerdo e encaminhada para 
fisioterapia. Atualmente, apresenta queixa principal de dor e 
importante limitação na amplitude de movimento de joelho, 
com inúmeros afastamentos da respectiva atividade laboral e 
qualidade de vida prejudicada. Faz uso de medicação 
condroprotetora (colágeno, condroitina e glicosamina), além 
de anti-inflamatórios não esteroidais frequentemente, 
causando distúrbios gastrointestinais, dor grau 7 pela escala 
analógica visual, joelho inchado constantemente, ADM 
restrita com joelho em flexo de 8º e flexão ativa de 80º. 
Observa-se hipotrofia muscular da coxa e força muscular 
grau 3 para os movimentos de extensão e flexão de joelho. A 
paciente encontra-se na fila do Sistema Único de Saúde 
(SUS) para realização de artroplastia de joelho. 
 
No que se refere a esse caso clínico e com base nos 
conhecimentos correlatos. 
 
101. OA é a doença musculoesquelética mais comum e 
prevalente associada ao envelhecimento populacional, 
afetando em torno de 250 milhões de adultos ao redor 
do mundo, impactando, de maneira negativa, na função 
e qualidade de vida dessas pessoas. 
102. A fraqueza do quadríceps é um achado característico de 
pacientes com OA de joelho, sobretudo em idosos, por 
causa da sarcopenia, afetando a função física pela 
diminuição da força e massa muscular, da função 
vascular e da densidade mineral óssea que ocorre no 
envelhecimento. 
103. Treinamento resistido com baixas cargas, conforme 
preconizado pelo Colégio Americano de Medicina 
Esportiva, estimula a hipertrofia muscular. 
104. Para essa paciente, estão indicados exercícios de 
fisioterapia aquática enfatizando técnicas de 
fortalecimento muscular do Watsu. 
105. O fisioterapeuta deve indicar o uso de joelheira 
articulada com estabilizadores laterais e bloqueador 
articular em amplitude de movimento segura. 
106. A mobilização articular nos graus II e III é uma boa 
opção terapêutica para essa paciente, para direcionar o 
processo de remodelamento tecidual, minimizando a 
proliferação de tecido fibrótico, diminuindo a formação 
de pontes cruzadas de colágeno, aderência tendinosa 
aos tecidos que o cercam e modular a dor. 
107. A orientação de exercícios de deslizar o pé na cama, em 
decúbito dorsal, é indicada para ativação muscular e 
melhora da força muscular. 
108. A técnica de treinamento resistido de baixa intensidade 
com oclusão vascular parcial ou Kaatsu training pode 
ser uma ferramenta bastante útil na reabilitação 
muscular de pacientes que não toleram altas cargas de 
treinamento. 
 
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[...] a Política Nacional de Saúde do Idoso apresenta 
como propósito basilar a promoção do envelhecimento 
saudável, a manutenção e a melhoria, ao máximo, da 
capacidade funcional dos idosos, a prevenção de doenças, a 
recuperação da saúde dos que adoecem e a reabilitação 
daqueles que venham a ter a sua capacidade funcional 
restringida, de modo a garantir-lhes permanência no meio em 
que vivem, exercendo de forma independente suas funções 
na sociedade. 
BRASIL, Portaria do Gabinete do Ministro de Estado da Saúde 
no 1.395, de 9 de dezembro de 1999, que aprova a Política Nacional de 
Saúde do Idoso e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial (da) 
República Federativa do Brasil, no 237-E, p. 20-24, 13 dez., seção 1. 
 
Como destaca o primeiro Caderno de Atenção 
Básica voltado para a atenção à pessoa idosa editado pelo 
Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde “a 
equipe de saúde precisa estar sempre atenta à pessoa idosa, 
na constante atenção ao seu bem-estar, à sua rotina funcional 
e à sua inserção familiar e social, jamais a deixando à 
margem de seu contexto, mantendo-a o mais independente 
possível no desempenho de suas atividades rotineiras.” 
 
COSTA NETO, M. M.; SILVESTRE, J. A. Atenção à Saúde ao Idoso: 
Instabilidade Postural e Queda. Brasília: Departamento de Atenção Básica, 
Secretaria de Políticas de Saúde, Ministério da Saúde, 1999. 
 
Com base nesses textos, julgue os itens a seguir. 
 
109. O fisioterapeuta deve estar focado nas disfunções 
funcionais do idoso, trabalhando mais a doença e as 
respectivas incapacitações do que a saúde geral. 
110. A internação dos idosos, seja em ambiente hospitalar 
por curto prazo de tempo, seja em serviços de longa 
permanência, representa um modelo excludente e que 
causa importante deterioração na respectiva capacidade 
funcional e autonomia. 
111. O fisioterapeuta deve engajar-se no modelo assistencial 
caracterizado pela prática de saúde voltada para uma 
abordagem biológica e intra-hospitalar de cobertura, 
resolubilidade e custos satisfatórios. 
112. O fisioterapeuta como profissional de saúde deve ser 
capaz de perceber a multicausalidade dos processos 
mórbidos, sejam físicos, mentais ou sociais, tanto 
individuais quanto coletivos, contextualizando, sempre, 
o indivíduo no próprio meio ambiente. 
113. O processo de envelhecimento não é benigno e, sim, 
patológico, com agravos físicos, emocionais e sociais 
que, com o aumento da idade, representam uma efetiva 
e progressiva ameaça para o equilíbrio dinâmico do 
indivíduo. 
114. É competência do fisioterapeuta orientar as pessoas 
idosas, os respectivos familiares, os respectivos 
cuidadores e a comunidade acerca de medidas que 
reduzam ou previnam os riscos à saúde da pessoa idosa. 
115. Cabe ao fisioterapeuta avaliar a pessoa idosa, 
classificando-a segundo o risco, em relação aos 
problemas típicos da respectiva idade, imobilidade, 
instabilidade postural, incontinência, insuficiência 
cerebral e iatrogenia, bem como empregar terapêuticas 
específicas. 
 
Área livre 
 
 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2020 
253 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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Uma paciente de 83 anos de idade, do lar, iniciou com 
quadro leve de perda de memória e quedas frequentes dentro 
de casa. Relata perda progressiva de equilíbrio e força para 
subir e descer escadas. É ex-tabagista, osteopênica, faz uso 
de marcapasso para insuficiência cardíaca e refere falta de ar 
para executar tarefas cotidianas e repetidas infecções 
respiratórias. Ao exame físico, observam-se amplitudes de 
movimentos preservadas, hipotrofia muscular generalizada, 
deficit de equilíbrio estático e dinâmico, uso de óculos para 
miopia e astigmatismo, além de pálpebras caídas recobrindo 
praticamente metade dos olhos. Faz uso de fralda geriátrica 
por causa de incontinência urinária. Chega à fisioterapia 
acompanhada pela filha que mora com ela e a auxilia nas 
atividades de vida diária. 
 
Quanto a esse caso clínico e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
116. A prescrição de exercícios resistidos deve utilizar os 
principais e grandes grupos musculares com séries de 
10 a 15 repetições com taxação do esforço percebido de 
12 a 13 na escala de Borg, duas vezes por semana e 
com 48 horas repouso entre as sessões. 
117. Pode-se garantir que o treinamento sensório-motor 
utilizando games, como Nintendo Wii® ou X-Box®, é 
eficiente para promoção do equilíbrio corporal e 
capacidade funcional de idosos. 
118. Espera-se que, com o uso de incentivadores 
respiratórios, como Respiron® e o Flutter®, ocorram 
modificações na mecânica respiratória a curto prazo, 
causando melhora na sensação de falta de ar dessa 
paciente. 
119. Para a incontinência urinária dessa paciente, deve-se 
introduzir um programa de fortalecimento

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